Desenvolver
habilidades tecnológicas é essencial para a transformação digital que tem
movido o mercado de trabalho; especialistas listam dicas de adaptação às
demandas tecnológicas
Em um cenário de
trabalho em constante transformação, as habilidades tecnológicas tornaram-se um
componente essencial para o sucesso profissional. Uma pesquisa recente da Gartner, publicada em
2023, revela que a média de aplicativos usados por colaboradores aumentou
significativamente em comparação a 2019, passando de 6 apps para
11, demonstrando como a tecnologia se tornou parte integrante de nossas vidas
profissionais.
Neste contexto, é
importante desenvolver habilidades em uma taxa muito mais rápida do que
anteriormente, a adaptabilidade é essencial. Apenas Word e Excel não são mais
suficientes. Tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), a análise de
dados, e a colaboração digital no ambiente de trabalho remoto já são uma realidade.
Além disso, profissões como a análise de dados e a tecnologia da informação
estão cada vez mais presentes.
Abaixo,
os especialistas listam dicas para o futuro profissional: adaptação às demandas
tecnológicas. Confira:
1.
Desenvolva a sua proficiência digital: Para Mariana Kobayashi, co-fundadora da Tech do Bem, startup que busca conectar pessoas, empresas e
instituições através da tecnologia, a primeira dica essencial é adquirir
proficiência em tecnologia. “Com a crescente popularização do trabalho remoto,
vem sendo imprescindível ter proficiência em colaborar pelo meio digital. Por
isso, é esperado que o profissional tenha já familiaridade com ferramentas e
métodos que ampliem sua produtividade e sua comunicação a distância”, revela.
2.
Aprofunde-se em análise de dados: Outra
habilidade fundamental é a análise de dados e a capacidade de relatar insights
valiosos. “Dados são importantes pois reforçam nossos argumentos e trazem uma
certa segurança para a veracidade da informação, além de sustentar tomadas de
decisões. Mas eu também diria que o pensamento crítico e a retórica sempre
serão extremamente importantes e devem continuar mais ainda valorizados em uma
empresa direcionada a dados”, mostra Raphael Santos Marques, também co-fundador
do projeto.
3.
Invista em autoconhecimento: Em vez
de cravarmos qual será o profissional do futuro: especialistas, generalistas,
ou nexialistas, devemos compreender que nem todos os profissionais são iguais e
que, justamente, essa diversidade de personalidades é importante para um
ambiente de trabalho ter sucesso. Vale aqui deixar de lado a onda da ansiedade
em querer saber tudo, o chamado FOMO (Fear of Missing Out), uma condição
psicológica que representa esse anseio moderno por querer se especializar em
tudo.
“O colaborador
hoje, esteja ele trabalhando com tecnologia diretamente ou indiretamente, não
precisa entrar nessa onda de ansiedade e sair se aprofundando em todas as tendências
que vão surgir uma atrás da outra como Metaverso, Web3, Internet of Things,
Inteligência Artificial, entre outras. O principal é entender o seu nicho de
atuação e enxergar quais dessas tendências farão a real diferença na sua
carreira e quais habilidades ele precisa desenvolver no curto e longo prazo.
Por isso é fundamental ele se conhecer melhor para identificar quais
competências já estão fortalecidas e quais precisam ser desenvolvidas - seus
pontos fortes e fracos.”, indica Mariana.
4.
Aprenda a aprender: Segundo
uma pesquisa feita pelo Google for Startups, 92% das startups que foram ouvidas
pelo estudo acreditam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil, a
pesquisa mostra que o mercado aguarda um déficit de 530 mil profissionais de
tecnologia no próximo quadriênio. “Além de haver muito espaço para a
contratação de desenvolvedores de software, também vai existir espaço para
encontrar a solução "dentro de casa". Digo isso porque muitas
profissões vão passar a ter um perfil mais tecnológico, o que vai aumentar a
demanda do mercado e influenciar esse déficit. É por isso que a capacidade em
se adaptar irá fazer a diferença para muitos profissionais; o que certamente
vai incentivar essa busca por mais aprendizagem, e melhorar essa skill de aprender
mais rápido em menos tempo”, entende Raphael.
5.
Adquira competências socioemocionais: Em um mercado vasto, é importante mostrar seu diferencial na
área. “Sempre vale dizer que habilidades fora do skillset padrão
de um desenvolvedor podem dar aquele diferencial necessário no momento da
contratação. Então, esses jovens precisam também desenvolver mais soft skills e
assim melhorar suas habilidades em comunicação e colaboração”, aconselha
Kobayashi.
Preocupações
com IA
O mercado de
tecnologia, no entanto, se encontra receoso quanto às transformações promovidas
pelas IAs em ascensão, porém, as tecnologias se mostram mais como úteis
aliadas. “A IA é capaz de automatizar tarefas repetitivas e cansativas que
ainda nos pegamos tendo que executar no mercado de trabalho. Quando você
aprende mais, você se familiariza e depois se aprofunda no uso dessas
ferramentas, você enxerga o potencial que elas têm de acelerar seus projetos e
permitir mais flexibilidade dentro da sua rotina”, explica Santos Marques.
Ferramentas como o
ChatGPT inevitavelmente vão se tornar constantes em todos meios de trabalho, a
hora é de se adaptar. “O ChatGPT é uma ferramenta excelente para você dar
aquele pontapé em determinada tarefa, economizando assim muito tempo, mas na
hora de seguir com os próximos passos e concluir essa sua demanda, aí entra o
poder da criatividade humana. Quanto mais cedo o profissional entender isso,
mais rápido será para ele tirar proveito da inteligência artificial e
transformar essa preocupação em diferencial competitivo. Para tirar o máximo de
proveito do ChatGPT, acredito que duas coisas são fundamentais: o conhecimento
aprofundado em um determinado tema e as boas práticas de conversação com essa
IA, o prompt engineering”, afirma o co-fundador da Tech do Bem.
Logo, para não
ficar para trás, estar atento às tecnologias emergentes é vital. “É óbvio que
há aquelas que estão se tornando onipresentes independente da sua profissão,
como é o caso da IA e da dataficação. Uma ferramenta como o ChatGPT é
poderosíssima para você deixar passar assim em branco nessa sua aprendizagem e
transformação digital; a mesma coisa a análise de dados”, conclui Mariana
Kobayashi.
Tech do Bem
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