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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Turismo radical: Neurocientista explica como o cérebro viciado em adrenalina pode ignorar risco

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o cérebro pode se viciar em adrenalina

 

 

O caso da implosão do submersível no Oceano Atlântico que iria realizar uma expedição até os destroços do Titanic e causou a morte de cinco pessoas, chamou a atenção do mundo para um mercado em ascensão: O mercado do turismo radical.

 

O turismo radical sempre chamou a atenção, seja para escalar montanhas, nadar com tubarões ou realizar saltos de aviões, mas com a crescente evolução da tecnologia os limites para a realização desse tipo de atividade se expandiu, com diversas empresas oferecendo viagens a grandes profundidades nos oceanos e a enormes altitudes no espaço uma questão tem surgido: Por quê o ser humano se submete a atividades perigosas?

 

A ação da adrenalina no cérebro

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela,o cérebro é o órgão mais afetado pelas descargas de adrenalina, o que gera reações em todo o corpo.

 

A adrenalina, um hormônio produzido pelas glândulas adrenais e neurônios do Sistema Nervoso Central, desempenha um papel crucial em situações perigosas ou estressantes. O cérebro detecta o perigo e envia um sinal para a amígdala, que, por sua vez, aciona o hipotálamo. O hipotálamo comunica-se com o corpo através do sistema nervoso simpático, estimulando as glândulas adrenais a liberarem adrenalina na corrente sanguínea”.

 

A adrenalina desencadeia diversas reações no corpo, ela quebra moléculas de glicogênio no fígado, fornecendo energia aos músculos, também acelera a respiração, aumenta os batimentos cardíacos, contrai os vasos sanguíneos e estimula a transpiração” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

 

O cérebro viciado em adrenalina e os riscos do turismo radical


Em 1974, os psicólogos Donald Dutton e Arthur Aron conduziram um experimento revelador sobre como a atribuição errônea da excitação afeta nossos sentimentos de atração. 

 

Homens que visitavam um parque em Vancouver foram entrevistados por uma mulher atraente, metade atravessou uma ponte suspensa, enquanto a outra metade passou por uma ponte sólida. 

 

Após visualizarem uma foto e imaginarem uma história por trás dela, a mulher forneceu seu número de telefone aos participantes. Surpreendentemente, a maioria dos homens que ligaram para ela havia atravessado a ponte suspensa, confundindo a excitação com atração. Quando o experimento foi repetido com um entrevistador masculino, poucos ligaram. 

 

Essa confusão ocorreu devido ao aumento dos batimentos cardíacos e da respiração acelerada na ponte suspensa, que foi interpretado erroneamente como atração, por ambos os sentimentos, medo e paixão, se relacionarem ao Sistema Nervoso Simpático, relacionado com o instinto de lutar ou fugir, gerando reações semelhantes, o que pode confundir as sensações.

 

A exposição à adrenalina pode ser viciante pois quando ela ocorre em ambientes controlados, como parques de diversões ou esportes radicais, onde, teoricamente, os riscos de morte são mínimos, mas não a sensação de exposição a ela, o que faz com que o cérebro gere sensações que podem ser confundidas com prazer e paixão, o que pode gerar a necessidade de continuar se expondo a essas situações, muitas vezes ignorando os riscos incluídos nela” Explica o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

 

 


Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society (Mais de 200 membros da Sigma Xi receberam o Prêmio Nobel), Membro da Society for Neuroscience (USA), Membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.


Arte132 apresenta exposições dos artistas Claudino Nóbrega e Luiz 83

 

 Em “Uma trajetória de sonhos, caos e fé”, Claudino Nóbrega convida o espectador a descobrir o melhor ângulo para contemplar suas pinturas, produzidas na década de 80 e que trabalham a interação entre formas e cores. Já em “Síntese de forma”, de Luiz 83, a letra é transformada metaforicamente em edificações e alegorias à figura humana, em diálogo com a arte urbana. As duas mostras serão abertas ao público em 8 de julho 

 

A Arte132 Galeria inaugura, em 8 de julho, duas individuais: Uma trajetória de sonhos, caos e fé, de Claudino Nóbrega, e Síntese da forma, de Luiz 83.  Na seleção de pinturas da década de 1980, Nóbrega explora a interação de cores e formas. Já a coletânea de Luiz 83 traz esculturas em bronze e fibra de vidro com pintura automotiva, além de desenhos produzidos em guache, nanquim e grafite sobre papel, inspirados na paisagem urbana.

Claudino Nóbrega percorre dois caminhos paralelos ao estabelecer uma interação de cores que obriga o público a olhar de perto, e uma interação de formas, que conduz a um olhar mais afastado. Entre uma e outra, o olho dança. Para Nóbrega, a individualização de cada pessoa vai definir o melhor ângulo para contemplar suas obras. “A ideia é fazer o espectador questionar se a melhor visão de suas obras fica melhor de perto ou de longe, a resposta fica a desejo dos olhos de cada um. A distância ideal fica onde o olhar oscila, entre a forma e a cor”, afirma o artista catarinense. 

Ele chama atenção para a fragmentação executada em cubos, com jogo de cores complementares em cima de fundo manchado, gerando luzes com temperaturas diversas. “Essas luzes fragmentadas, olhadas a distância, criam uma unidade de luz que não se mistura, uma luz indivisa e inédita, que não se abre imediatamente”, comenta. O artista conclui explicando que “a própria técnica traz efeitos óticos e até formação de arquétipos, independentemente da atitude pictórica ou poética”.

Já o espaço expositivo reservado para as 23 obras de Luiz 83 leva o visitante a um universo que ressignifica os signos das metrópoles. As esculturas e desenhos mostram que o artista paulistano se aproximou da arte primeiro pela pichação, agregando a pintura urbana lúdica e violenta para, em seguida, projetar-se em suportes mais clássicos.

As obras apresentadas na exposição Síntese da forma retomam a estilização típica da pichação para transformar as letras metaforicamente em massivas edificações e alusões à figura humana. Para o crítico de arte Paulo Gallina, Luiz 83 comenta e transforma a metrópole através de suas pinturas e esculturas, “em uma reflexão sobre o contemporâneo, a cidade e suas construções materiais e simbólicas.”


Sobre os artistas

 José Claudino da Nóbrega (São José-SC, 1951) entra em contato com os princípios da pintura, ainda na juventude, aos 16 anos. Em 1984, realizou sua primeira exposição individual na Ponte Galeria de Arte, em São Paulo, e teve seu trabalho reconhecido pelo mercado de arte. As experimentações com a técnica pontilhista começam em 1986, ano em que foi inserido no Dicionário Crítico da Pintura no Brasil. Em 1993, começa a estudar a história paulista, dedicação que resulta, em 2003, na mostra individual “Homenagem a São Paulo”, apresentada no Museu Brasileiro da Escultura (MUBE).

Luiz dos Santos Menezes - Luiz 83 (São Paulo, 1983) é artista independente e autodidata, indicado ao Prêmio Pipa on-line na edição de 2022. Extraiu da vivência de “pichador” nas ruas da capital paulista um vocabulário plástico que vem refinando por meio de pesquisas com os meios artísticos mais convencionais, como o desenho, a pintura e a escultura. Teve obras expostas na PARTE - Feira de Arte Contemporânea de São Paulo, em 2015, 2016 e 2019, e nas ruas de Londres, em 2016. Apresentou exposições independentes em galerias da capital paulista. Também participou de mostras coletivas como Tendências da Street Art, no Museu Brasileiro de Escultura, e no 37° Panorama do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

 

Serviço

Uma trajetória de sonhos, caos e fé | Claudino Nóbrega

Síntese da forma | Luiz 83

Local: Arte132

Endereço: Avenida Juriti, 132, Moema, São Paulo - SP

Abertura: Sábado, 8 de julho de 2023, das 11h às 17h

Período expositivo: 8 de julho a 5 de agosto de 2023

Visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h

Entrada gratuita

https://arte132.com.br


Férias com as crianças

  Museu Catavento recebe evento gratuito sobre educação no trânsito

Por meio de vivências lúdicas e pedagógicas, projeto "Na Pista Certa", da Fundación MAPFRE, mostra que mobilidade e segurança viária também são assuntos de criança


As famílias que buscam programação educativa para as crianças nestas férias escolares já podem programar suas agendas. Entre os dias 4 e 17 de julho, o Museu Catavento, museu de ciência e tecnologia da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, recebe o programa Na Pista Certa, iniciativa da Fundación MAPFRE. O evento, que tem como principal objetivo ensinar às crianças sobre respeito e cidadania no trânsito, é gratuito e aberto ao público, das 8h30 às 17h, de terça à domingo. Entre as atividades, estão experiências lúdicas e pedagógicas em um espaço cenográfico de 600m ².  

A programação inclui um teatro animado e interativo, que ocorre no interior de uma carreta e que aborda conceitos sobre preservação da vida, autocuidado e atitudes que favorecem o convício social. Em seguida, bicicletas, triciclos e equipamentos de segurança ficam à disposição dos pequenos para que eles possam se divertir, colocando em prática o conhecimento sobre sinalização viária.

A pista conta com informações que ajudam as crianças a exercerem a convivência no trânsito, compartilhando vias, respeitando pedestres e parando no sinal vermelho. “Solidariedade, respeito, inclusão e gentileza são valores que precisam ser fortalecidos desde a infância”, diz Fátima Lima, representante da Fundación MAPFRE no Brasil.

Durante o evento também são discutidas as relações entre transporte particular e coletivo na saúde, na economia e no meio ambiente, abordando temas como emissão de gases poluentes e o impacto da poluição sonora no convívio social. Vale lembrar que, além do programa Na Pista Certa, que acontece na área externo, o Museu Catavento conta com outra série de oportunidades de visitações de seus acervos e exposições, que podem ser conferidas no site do museu.

Para participar, basta ir ao Museu Catavento, localizado na Av Mercúrio, s/n - Pq Dom Pedro II, Centro, São Paulo – SP, de terça à domingo, entre os dias 4 e 17 de julho, das 8h30 às 17h.  

 

Fundación MAPFRE

Saúde bucal: saiba como combater o mau hálito de forma efetiva

Especialista dá dicas de como manter um hálito saudável

 

O mau hálito, também conhecido como halitose, é tão comum que afeta diversas pessoas. Porém, além do desconforto social, ele pode ser um sinal de problemas de saúde bucal. Márcia Durão, dentista e professora do curso de Odontologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, aborda as causas do mau hálito, os tratamentos para amenizá-lo e as dicas para manter um hálito fresco e saudável.

“O mau hálito pode ser desencadeado por várias razões. A causa mais comum é a higiene bucal inadequada. Isto é, falta de escovação, do uso do fio dental e da limpeza da língua. Esses péssimos hábitos permitem o acúmulo de resíduos de alimentos e bactérias na boca, levando ao odor desagradável. Outros fatores que contribuem são infecções periodontais, cáries, placas bacterianas e doenças na gengiva, assim como algumas condições médicas, como refluxo gastroesofágico e diabetes”, explica.

Certos alimentos e bebidas, como alho, cebola e café, também podem deixar a pessoa com mau hálito temporariamente. Já o tabagismo causa um odor desagradável persistente devido aos efeitos nocivos na saúde bucal.

Felizmente, existem tratamentos e práticas preventivas para combatê-lo. “O principal é ter uma rotina de higiene bucal adequada. Ou seja, escovar os dentes, pelo menos, duas vezes ao dia, usar fio dental diariamente e limpar a língua com um limpador específico. Além disso, se manter hidratado ajuda na redução do mau hálito. Também é muito importante ter visitas regulares ao dentista para a realização de exames odontológicos”, finaliza Márcia.


Rinite e sinusite: dicas de prevenção para o inverno

Especialista em alergias respiratórias explica quais são as causas e diferenças destas irritações e detalha as melhores formas de precaução


Rinite e sinusite, eis a “dupla” de alergias respiratórias que mais incomoda a população durante os meses de inverno. O frio, somado à diminuição da umidade do ar e ao aumento da concentração de poluentes, naturalmente, favorece a irritação das nossas vias aéreas. 

Não bastasse isso, a predisposição de ficarmos em ambientes fechados, de menor ventilação, potencializa o contato com ácaros e fungos. E o resultado é bastante conhecido entre as pessoas. Cerca de 60 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de alergia respiratória, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

O número representa 30% da população do país - o que reforça a importância da prevenção, especialmente nesta época do ano.

De acordo com a médica Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especializada em alergias, há várias maneiras de evitar tais complicações. "Manter a casa limpa, ventilada e livre de poeira é o mais importante", antecipa, elencando abaixo uma série de dicas relacionadas ao tema. 



Diferenças

No caso da rinite, Dra. Cristiane explica que essa é mais recorrente entre nós e pode surgir a qualquer época do ano. Mas é nos meses de inverno que costuma vir com mais intensidade. 

"No inverno, a incidência da rinite pode ser afetada por vários fatores, como a diminuição da umidade do ar, o aumento da concentração de poluentes e a maior exposição a alérgenos, como ácaros e fungos, que podem proliferar em ambientes fechados e pouco ventilados", destaca. 

Os sintomas mais comuns são coriza (nariz escorrendo), espirros frequentes e coceira nos olhos, nariz e garganta, além de tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes.

A sinusite aguda, por sua vez, costuma vir associada a infecções respiratórias, como gripes e resfriados, que podem levar à inflamação dos seios da face. Por isso, ela se notabiliza pela dor em regiões do rosto.

"Essa predisposição se acentua com o ar seco e frio do inverno, que resseca as vias respiratórias, tornando-as mais suscetíveis a infecções. Além disso, a maior concentração de poluentes no ar em algumas áreas urbanas também pode contribuir para o desenvolvimento de sinusites", enfatiza a médica.

Da mesma forma, segundo Dra. Cristiane, pessoas com desvio de septo nasal, pólipos nasais, tabagistas e que fazem uso excessivo de descongestionantes nasais ficam mais suscetíveis esta época do ano.



Prevenção

Seja rinite ou sinusite, existem diversas medidas que podem ser tomadas em casa para ajudar a preveni-las. Abaixo, seguem as principais dicas elencadas pela especialista do Hospital Paulista:

1. Manter a casa limpa e livre de poeira: limpar regularmente a casa com pano úmido, aspirador de pó e evitar acúmulo de objetos que possam acumular poeira, como tapetes, cortinas e bichos de pelúcia.

2. Controlar a umidade: ventilar a casa diariamente.

3. Evitar fumar: o tabagismo pode irritar as vias respiratórias e desencadear alergias respiratórias. Portanto, é importante evitar fumar dentro de casa ou estar exposto a fumaça de cigarro.

4. Evitar alérgenos: identificar e evitar os alérgenos que causam as alergias, como pólen, mofo, ácaros e pelos de animais de estimação.

5. Manter uma alimentação saudável: uma dieta equilibrada pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico e reduzir a suscetibilidade a alergias.

6. Higienizar as mãos: lavar as mãos com frequência ajuda a prevenir a propagação de germes e bactérias que podem desencadear alergias.

Observação importante:
Em caso de sintomas persistentes ou graves, é importante procurar um médico para avaliação e tratamento adequados.

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


"Pele de borboleta': O que é e quais os sintomas da doença rara e dolorosa?

O dermatologista Gustavo Martins a doença que afeta menino que viralizou nas redes sociais

 

Guilherme, filho de Tayane Gandra, emocionou muitos após um comovente vídeo de seu reencontro com a mãe, após passar 16 dias em coma. O menino é diagnosticado com epidermólise bolhosa distrófica, uma rara doença de pele que exige cuidados especiais.

 

De acordo com o dermatologista Gustavo Martins, a epidermólise bolhosa é uma doença genética extremamente rara em que a pele apresenta uma deficiência na produção da proteína de ligação, o colágeno tipo VII. “Essa proteína é responsável por unir a derme à epiderme, e sua ausência resulta em uma pele extremamente frágil e sensível. O simples atrito ou pressão na pele pode causar a formação de bolhas dolorosas e feridas”, explica Gustavo.

O dermatologista explica que para prevenir e minimizar os sintomas, é necessário adotar medidas de cuidados específicos.  A utilização de medicações imunobiológicas pode ajudar a estabilizar a condição, mas, infelizmente, ainda não existe uma cura definitiva. “Além disso, é fundamental evitar traumas na pele, como atritos, batidas ou pressões excessivas. Recomenda-se evitar roupas apertadas, calçados desconfortáveis e tecidos sintéticos, que podem causar danos à pele delicada”, destaca o profissional.

A doença geralmente se manifesta desde o nascimento ou durante a infância, o que demanda um cuidado constante e um acompanhamento médico especializado. “Além dos desafios físicos, a condição também pode ter um impacto emocional significativo. Portanto, é essencial oferecer um acolhimento adequado para garantir o desenvolvimento psicossocial do paciente”, finaliza o especialista.




Dr. Gustavo Martins - médico Graduado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS. É dermatologista e cirurgião dermatológico com títulação pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira. Há 12 anos atua na área de tricologia e transplante capilar, sendo um dos primeiros brasileiros a realizar a técnica FUE, na qual são retiradas unidades foliculares. Possui mais de mil pacientes operados, com vasta experiência no ramo. Palestrou nos maiores congressos nacionais e internacionais sobre transplante capilar e tricologia. Possui dezenas de artigos científicos publicados em revistas renomadas.


Dia do Hospital: 6 tendências da Saúde 5.0 e a importância da tecnologia para o setor

A cada ano que passa, o setor da saúde vem integrando-se com as novas tecnologias que surgem no mercado para promover maior eficiência nos processos internos das instituições, reduzindo seus custos e aumentando a competitividade. Com objetivo de dar nome a este movimento, surgiu, em meados de 2011, o conceito “Saúde 4.0”, um modelo que traduzia esta integração legítima e crescente. 

Após mais de 10 anos deste momento, a versão 5.0 vem se concretizando como uma nova tendência no setor e traz consigo algumas distinções se comparado ao modelo anterior. Na busca por utilizar de maneira mais massiva as novidades do mundo tech, a Saúde 5.0 tem como premissa colocar o paciente no centro de todo o processo e promover o uso de dados de maneira mais humanizada.

 

Dentre os benefícios que a Saúde 5.0 pode promover ao ecossistema, podemos citar a melhoria na qualidade de vida do paciente, maior prevenção de doenças, de autocuidado, fomento da medicina à distância, acompanhamento contínuo, além de auxiliar na elaboração de políticas públicas de saúde, otimizando o trabalho e o tempo dos pacientes e profissionais. 

 

“Desde que o mundo foi afetado pela pandemia de Covid-19, as estratégias de digitalização na medicina se viram obrigadas a acontecer. Hoje, o uso da tecnologia aplicada ao setor de saúde traz vantagens não só para os negócios, mas também para os pacientes.”, pontua Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

 

Para comemorar o Dia do Hospital, celebrado em 2 de julho, o diretor elencou as seis principais tendências da Saúde 5.0 para os próximos anos.


 

1- Dispositivos inteligentes


Biossensores, rastreadores e impressoras 3D, por exemplo, são dispositivos que auxiliam e otimizam diversos processos ligados à saúde. A impressora 3D já é utilizada na impressão de implantes e próteses, e os biossensores e rastreadores permitem o monitoramento e análise da saúde dos pacientes que acabam recebendo diagnósticos precoces. Os dispositivos também podem ser usados para acompanhamento de doenças crônicas. 


 

2- Internet das Coisas Médicas (IoMT)


A Internet das coisas consiste em integrar dispositivos a sistemas, possibilitando a troca de informações entre ambos, enquanto a Internet das Coisas Médicas (IoMT), por sua vez, é uma evolução desse conceito, porém aplicada ao setor da saúde. “Nesse sentido, a IoMT se fundamenta na coleta contínua de dados para aplicar em modelos preditivos, possibilitando que profissionais da saúde realizem diagnósticos mais precisos e façam tratamentos personalizados.", explica Marcos.

 

Na saúde, a integração do mundo real com o virtual pode ser feita por meio de dispositivos que monitoram a saúde dos pacientes, levando as informações de prontidão aos médicos, mesmo à distância. “Wearables são exemplos claros do uso dessa tecnologia. Eles possuem funções para medir padrões de sono e batimentos cardíacos, entre outras, que podem avisar imediatamente os profissionais sobre o atual estado de saúde daquela pessoa, precavendo qualquer eventualidade", explica Marcos. 


 

3- Cloud Computing


O armazenamento em nuvem traz otimização de tempo e organização, especialmente para os médicos, que podem ter acesso aos prontuários eletrônicos de qualquer lugar e a qualquer momento, o que é de extrema importância em casos de emergência. “Além de garantir a segurança dos dados, a cloud computing no sistema de saúde também traz assertividade nos diagnósticos e, mais uma vez, pode prevenir problemas potencialmente mais graves”, fala Moraes. 


 

4- Big Data


Clínicas e hospitais recebem muitos pacientes com diagnósticos diversos. Porém, devido a esse alto número, é possível também otimizar e identificar padrões, cruzando informações que poderão auxiliar os profissionais em diagnósticos mais precisos. Com o Big Data, é possível constatar sintomas e problemas parecidos dentro de um grupo com diferentes indivíduos.


 

5- Telemedicina e Realidade Virtual


Entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de consultas foram realizadas por telemedicina, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital. O modelo virou tendência desde a pandemia, e hoje é encorajado, desde que feito de forma segura e ética sob a orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM). “Graças à tecnologia, é possível que os profissionais façam um atendimento eficaz e satisfatório, mesmo a distância, por meio de plataformas auxiliares, que ajudam no diagnóstico e no atendimento mais humanizado possível”, complementa o executivo.

 

Ainda no contexto de distância, a realidade virtual deve vir como grande revolução do setor, permitindo que os pacientes possam usar o modelo para o tratamento da dor, de fobias e da ansiedade, e que estudantes de medicina, por exemplo, consigam treinar determinados procedimentos sem precisar usar pacientes reais. 


 

6- Robôs autônomos


A automatização completa dos sistemas de pedidos de suprimentos e rastreamentos otimizam o atendimento ao paciente e economizam o tempo dos profissionais de saúde. “Os robôs autônomos recebem e preenchem pedidos de suprimentos médicos 24 horas por dia, o que diminui o tempo de execução desse serviço e libera os profissionais para dedicarem mais tempo aos pacientes”, conclui Marcos. 



FCamara
www.fcamara.com


Dia da Vacinação BCG: Cobertura vacinal atinge 82% em 2022, porém, índice é baixo comparado ao percentual de 99,72% em 2018

Diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira aborda os principais mecanismos para mobilização da imunização

 

A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) continua sendo uma medida fundamental para a prevenção contra a tuberculose, porém a cobertura vacinal do último ano, 2022, esteve abaixo do esperado, atingindo apenas 82% em relação a meta ideal de 90%. Os dados são do Observa Infância, que reúne pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase). O cálculo considera as doses aplicadas em crianças menores de um ano, idade em que a vacina deve ser aplicada, e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano.

De acordo com a diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, a recuperação das taxas de cobertura vacinal é um dos desafios para a saúde em nosso país. Segundo dados do Ministério da Saúde em 2018, a cobertura vacinal para a tuberculose atingiu 99,72%, caindo consideravelmente nos anos posteriores.“O Dia da Vacina BCG, celebrado em 1 de junho, tem a força de pautar o tema e auxiliar na mobilização das famílias, contribuindo para que pais se conscientizem que a saúde dos seus filhos pode depender de um pequeno gesto. A vacina BCG é fundamental para a saúde das crianças e deve ser aplicada, preferencialmente, no nascimento ou no primeiro mês de vida do bebê de acordo com o calendário do PNI”, alerta.

A Fundação José Luiz Egydio Setúbal apoia a Busca Ativa Vacinal (BAV), estratégia do UNICEF para contribuir com os 2 mil municípios no Semiárido e na Amazônia Legal na garantia da imunização infantil. O projeto auxilia na identificação de crianças menores de cinco anos com atraso vacinal ou não vacinadas e encaminhamento aos serviços de saúde para a atualização. “Também realizamos a produção de vídeos no youtube e outras plataformas incentivando a importância da vacinação com explicação simples e direta para que alcance os pais das crianças. Neste ano, o nosso Fórum de Políticas Públicas de Saúde na Infância abordará a cobertura vacinal, com a apresentação de estudos e pesquisas sobre a hesitação vacinal e desinformação, além da apresentação de iniciativas públicas e privadas que tiveram sucesso nas altas coberturas vacinais”, informa a assessora de Relações Estratégicas da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, Márcia Kalvon Woods.

Buscando fortalecer a proteção contra doenças infecciosas e promover a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes, tramitam na Câmara dos Deputados propostas que buscam associar a vacinação à escola e à programas de transferência de renda. Esses mecanismos podem auxiliar no fortalecimento do Programa Nacional de Imunização e na recuperação das taxas de cobertura vacinal.


Instituto Opy de Saúde

 

Mão-pé-boca: doença viral que acomete crianças de até 5 anos

A higiene nas escolas e em casa é a forma mais efetiva de prevenir a patologia

 

Já ouviu falar na doença mão-pé-boca? A doença é uma síndrome viral e sazonal provocada por um tipo de enterovírus chamado Coxsackie vírus sendo muito comum na infância até os 5 anos de idade, embora possa acometer qualquer pessoa.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, houve um aumento de surtos da doença Mão-Pé-Boca no estado. De janeiro a março, deste ano, ocorreram 391 surtos da enfermidade, um aumento de 149% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A transmissão acontece de criança para criança incluindo compartilhamento de objetos ou brinquedos, sendo, portanto, muito comuns em escolinhas ou creches.  “A doença geralmente apresenta um quadro febril inespecífico, que evolui para manchas na mucosa bucal, que evoluem para bolhas (vesículas) e que posteriormente estouram (pequenas úlceras) que causam um grande desconforto pela dor intensa e intensa salivação (hipersialorreia)”, explica Dr. Martim Elviro de Medeiros Junior, Médico de Família e docente do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina.

O tratamento é sintomático, devendo ser cuidado com alimentação (comida pastosa e fria) e hidratação são primordiais. “Geralmente a doença cursa com melhora gradual, porém a criança deve ficar afastada das atividades escolares por 7 dias pelo risco de contágio para outras crianças.  Crianças imunodeprimidas ou que não apresentem melhora neste período ou tenha uma queda do estado geral, devem retornar aos serviços médicos para uma reavaliação, pois a doença é benigna mais pode complicar para quadros graves. A higiene nas escolas e em casa é a forma mais efetiva de prevenir esta patologia”, finaliza o especialista.  

 

Faculdade Santa Marcelina

 

Consumo de fibra solúvel favorece a renovação de células que formam o intestino, mostra estudo

 Na imagem, observa-se, em vermelho, mais células que
 passaram pelo ciclo de divisão celular no grupo de animais que
 ingeriu inulina (à dir.) do que no grupo que não recebeu a fibra solúvel.
O experimento demonstra a maior atividade proliferativa do epitélio
intestinal quando se consome fibras solúveis (
crédito: Renan Corrêa)
Uma dieta rica em fibras tem sido associada a diversos benefícios para a saúde, com estudos apontando até mesmo para a proteção contra doenças como câncer e diabetes. No entanto, pouco se sabia sobre a interação entre essas fibras, os microrganismos presentes no intestino e o órgão em si.

Estudo apoiado pela FAPESP e publicado na revista Microbiome revela que uma dieta rica em uma fibra solúvel chamada inulina, encontrada em altas concentrações nas raízes da chicória, por exemplo, pode influenciar até mesmo as características macroscópicas do intestino, como seu comprimento.

Essa ação benéfica, porém, só é possível na presença de bactérias que fazem a digestão da fibra, proporcionando alterações positivas na imunidade. Os resultados trazem novas evidências sobre a importância das fibras na dieta e podem ajudar na compreensão de doenças intestinais inflamatórias.

“Em camundongos que ingeriram uma dieta com 10% de inulina, o intestino era maior do que nos roedores que consumiram apenas fibra não solúvel [celulose]. Quando analisamos esse tecido, vimos que os animais da dieta rica em inulina tinham maior proliferação de células-tronco do epitélio, a camada que separa o conteúdo do intestino dos outros órgãos”, conta Renan Oliveira Corrêa, que conduziu a investigação com apoio da FAPESP durante seu doutorado, no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp).

Parte das análises foi realizada durante estágio realizado por Corrêa no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. O estudo é parte de um projeto coordenado por Marco Aurélio Ramirez Vinolo, professor do IB-Unicamp e coautor do artigo recém-publicado.


Expressão gênica

Ao sequenciar o RNA do epitélio intestinal dos camundongos, os pesquisadores detectaram 268 genes expressos de forma diferenciada entre os grupos de animais (dieta com e sem inulina). O grupo que ingeriu a fibra solúvel teve uma expressão maior de genes ligados ao ciclo celular, à replicação e ao reparo do DNA – extremamente importantes no epitélio intestinal devido à alta taxa de renovação das células que o compõem.

Por outro lado, genes associados ao metabolismo de lipídios e ácidos graxos apresentaram expressão menor nesse grupo de animais que consumiu inulina. Essa modulação vai ao encontro de efeitos já descritos por outros grupos de pesquisa. Segundo esses estudos, o consumo de inulina diminui os níveis de lipídios circulantes e a esteatose hepática, que é o excesso de gordura no fígado.

A dieta rica em inulina aumentou ainda a expressão de genes associados à diferenciação de células epiteliais, processo essencial para que o órgão cresça e substitua células mortas. O resultado condiz com os números aumentados de células produtoras de mucina, que formam o muco que protege o intestino humano das bactérias contidas em seu interior e também indicam que o órgão está realizando bem suas funções.

“Essa análise foi feita com sequenciamento de célula única, talvez o primeiro realizado inteiramente no Brasil. Esse método permite saber o que cada célula da camada epitelial expressa separadamente”, afirma Vinolo, que coordenou outros trabalhos demonstrando os benefícios do consumo de fibras (leia mais em: agencia.fapesp.br/35327/ agencia.fapesp.br/31539)


Papel das bactérias

A comunidade bacteriana foi drasticamente modificada nos animais que ingeriram inulina. Para assegurar se as alterações eram importantes para o efeito dessa fibra no epitélio, os pesquisadores realizaram experimentos com outros dois grupos de camundongos.

Antes de receber a inulina, um dos grupos tomou um antibiótico que reduziu a microbiota intestinal. O outro grupo, por sua vez, era de animais que não tinham nenhum microrganismo vivendo em seus corpos. É um tipo de camundongo conhecido como germ free, que nasce em ambiente totalmente estéril e não tem contato com nada que possa lhe fornecer microrganismos até o experimento.

Alimentados com inulina, esses animais também não desenvolveram o fenótipo intestinal, tampouco tiveram as alterações moleculares registradas no grupo que recebeu a fibra solúvel, mas que tinha uma microbiota normal.

“Quando ingeriram um pouco das fezes [transplante fecal] dos outros que tinham bactérias no intestino e consumiram inulina, mesmo sem nunca ingerirem a inulina em si, esses animais desenvolveram o fenótipo intestinal, mostrando o papel-chave da microbiota nesses efeitos”, explana Corrêa, atualmente pesquisador do Institut Imagine, na França.

Por fim, o estudo demonstrou que o consumo de inulina induzia maior produção da molécula interleucina-22 (IL-22), uma citocina produzida pelo sistema imune e importante para a saúde do intestino. Em camundongos que não produziam IL-22 (porque tiveram o gene codificador dessa proteína silenciado), a dieta rica em inulina não induziu os efeitos observados nos outros animais.

A mesma ausência de efeitos foi observada em animais que não expressavam linfócitos T do tipo gama-delta, um subgrupo dos linfócitos T que se localiza em proximidade com o epitélio intestinal, revelando assim uma importante função desempenhada por células imunes específicas nesse contexto.

“Observamos efeitos similares com outras fibras solúveis, como a pectina, contida nas frutas. Novos estudos precisam ser feitos para entender exatamente o que cada fibra faz. Mas podemos afirmar que uma dieta balanceada traz efeitos cada vez mais evidentes e que envolvem uma complexa interação entre componentes da dieta, microbiota e células do nosso organismo”, informa Vinolo.

“Entender como isso funciona e como podemos atuar nesse sistema é fundamental para prevenirmos e mesmo tratarmos doenças inflamatórias intestinais e outras como diabetes e asma”, conclui Vinolo.

O artigo Inulin diet uncovers complex diet-microbiota-immune cell interactions remodeling the gut epithelium pode ser lido em: https://microbiomejournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s40168-023-01520-2.

 

André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/consumo-de-fibra-soluvel-favorece-a-renovacao-de-celulas-que-formam-o-intestino-mostra-estudo/41777/


Pasta de dente: como escolher?

Quantidade de flúor, excesso de corantes e sintomas bucais precisam ser analisados na hora da compra correta do creme dental

 

Sabor, cor e aroma estão sempre em destaque nas embalagens dos cremes dentais e são fatores determinantes na hora de decidir qual produto comprar. Porém, é preciso se atentar aos detalhes para escolher a pasta adequada para cada situação, que varia de acordo com a idade, os sintomas bucais e a presença de implantes ou aparelhos ortodônticos, por exemplo. 

Além disso, a pasta de dente escolhida deverá sempre conter flúor, substância essencial para a prevenção da cárie, numa concentração mínima de 1100 ppm (partes por milhão), informação contida na embalagem, na parte dos ingredientes. Já a quantidade de pasta utilizada durante a escovação deve ser consciente e a deglutição (ato de engolir) não é recomendada. “Utilizando um creme dental com a concentração mínima recomendada de flúor e na quantidade correta, que pode ser medida comparando o tamanho da unha do dedo mindinho, podemos dizer que estamos usando o produto da maneira ideal para prevenir a cárie, sem o risco de efeitos colaterais”, explica o dentista e especialista em saúde coletiva da Neodent, João Piscinini.


Crianças também precisam de pasta com flúor?

É essencial a presença do componente nos cremes dentais usados em crianças a partir dos seis meses de idade, quando os primeiros dentes começam a nascer, pois é esta substância que trará aos dentes maior proteção contra a cárie. Somente haverá risco de fluorose, alteração no esmalte dental que apresenta manchas brancas ou acastanhadas, quando a escovação infantil acontecer sem a supervisão de um adulto e não seguindo as orientações de um profissional, e é por isso que se recomenda a visita ao dentista já nos primeiros meses de vida. “O segredo para evitar a doença está na quantidade de pasta utilizada: para crianças abaixo de dois anos, devemos usar a quantia parecida com a metade de um grão de arroz. Depois, podemos passar para o equivalente a um grão de arroz e, conforme a criança for crescendo e dominando o ato de cuspir, aumentar para um grão de ervilha. Manter o tubo de pasta de dente fora do alcance dos pequenos também é uma prática que recomendamos”, complementa o dentista João Piscinini.

Pastas de dente infantis que seguem a quantidade recomendada de flúor, que também é de no mínimo 1100 ppm, são benéficas por terem propriedades de proteção ao esmalte dentário e combate às cáries. Além disso, são ótimas opções para incentivar o cuidado com a saúde bucal de forma lúdica, por meio de personagens e brincadeiras sugeridas nas embalagens.


Sensibilidade nos dentes

Antes do uso de qualquer produto destinado ao tratamento da sensibilidade, é preciso consultar um dentista para entender qual a origem do sintoma e como tratá-lo de forma correta. O problema pode surgir por muita força na escovação, que pode desgastar ou até mesmo corroer o esmalte, por exemplo. Outras possíveis causas para a sensibilidade são os alimentos e bebidas ácidas, que podem provocar a erosão do esmalte dentário. 

Após o diagnóstico, o dentista pode recomendar o uso de pastas específicas para sensibilidade e sugerir correções na escovação, que juntos poderão promover uma proteção adicional aos tecidos do dente e evitar o desgaste do esmalte e a retração da gengiva. 


Aparelhos ortodônticos

O uso de aparelhos ortodônticos aumenta a necessidade de atenção durante a escovação dos dentes por, algumas vezes, existir uma dificuldade maior na limpeza. Uma opção que facilita é o uso de alinhadores transparentes, mais confortáveis e menos visíveis que os convencionais. “Além da vantagem estética, os alinhadores transparentes não dificultam a mastigação e a limpeza”, ressalta a cirurgiã-dentista e especialista da ClearCorrect, Caroline Aranalde.


Implantes e lentes de contato

Em relação aos implantes, é preciso manter a atenção às gengivas. “Em um paciente recém-operado, o ideal são as pastas de rápida cicatrização. Porém, o mais importante é manter uma boa higiene para evitar o acúmulo de placa bacteriana e fortalecer as gengivas e os ossos”, exemplifica Piscinini.

Para pessoas com lentes de contato nos dentes, é indicado manter o cuidado com a limpeza correta dos dentes e alimentação sem corantes durante os primeiros meses após o tratamento também é importante, já que há riscos de manchas nas lentes.

 

 Neodent 

 

Julho Verde - Com 41 mil novos casos anuais no Brasil, câncer de cabeça e pescoço demanda atuação de especialistas de diferentes áreas

Com a campanha "Pessoas que Mudam Histórias", o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) ressalta o papel de uma equipe especializada no tratamento de tumores na região de cabeça e pescoço, que - na maioria dos casos - é uma doença com diagnóstico em estágio avançado. A complexidade deste tipo de câncer requer - além de oncologistas clínicos, cirurgiões de cabeça e pescoço e radio-oncologistas, a atuação da Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Endocrinologia, Estomatologia, Enfermagem, Otorrinolaringologia, Odontologia, Psicologia, entre outras áreas



O Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), em alusão ao Julho Verde, mês de conscientização sobre a doença, lança a campanha “Pessoas que Mudam Histórias”, que visa chamar a atenção da população para o papel de profissionais de diferentes áreas envolvidas no cuidado multidisciplinar ao paciente. Por conta das altas taxas de diagnóstico tardio, é comum que o tratamento seja mais agressivo e, potencialmente, mais associado a sequelas e desconfortos. Nesse sentido, a atuação – além de oncologistas clínicos, cirurgiões de cabeça e pescoço e radio-oncologistas – de especialistas das áreas de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Endocrinologia, Estomatologia, Enfermagem, Otorrinolaringologia, Odontologia e Psicologia, é fundamental para a melhor qualidade de vida do paciente.

Ao mesmo tempo que dá visibilidade para as especificidades da atuação decisiva dos diferentes especialistas, a campanha visa ser um instrumento de alerta para a importância do diagnóstico precoce, reforçando o tema da campanha do ano passado, que foi “Sinais que podem mudar histórias”. Na oportunidade, apontou-se quais sinais todos nós devemos estar atentos, além de alertar sobre os principais fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool e infecção pelo vírus HPV.

“Embora saibamos quais são as principais causas de câncer de cabeça e pescoço, a doença segue sendo muito comum em todo o mundo. E por falta de conhecimento sobre os principais sinais e sintomas, é também comum que os tumores sejam descobertos mais tarde. Aí entra em ação a equipe multidisciplinar, especializada. Com a campanha, queremos dar visibilidade para estes profissionais, ao mesmo tempo que vamos apontar como evitar que a doença evolua para um quadro mais agressivo”, destaca o oncologista clínico e presidente do GBCP, Thiago Bueno de Oliveira.

Quando o tumor de cabeça e pescoço se encontra em estágio mais avançado, aumenta a demanda, por exemplo, por fonoaudiólogos, pois o paciente pode apresentar quadros mais severos de disfagia (dificuldade de engolir) ou então, caso necessite de laringectomia (retirada parcial ou completa da laringe), por exemplo, precisa passar por reabilitação para o uso de prótese fonatória.

Outro exemplo, a Fisioterapia, considerando o amplo espectro de tumores na região de cabeça e pescoço, pode atuar em aspectos de dor, perda de força muscular, limitação de amplitude de movimento e funcionalidade do ombro homolateral, edemas e linfedemas de face, paralisia facial, trismo, entre outros.

Ao longo de todo o mês de julho, o GBCP, por meio de ampla campanha de Comunicação na imprensa, mídia digital e redes socais, incluindo lives e episódios especiais de podcast, ressaltará a atuação de cada perfil de profissionais, explicando as especificidades de cada área para o melhor controle da doença.

Todo o material, incluindo as peças em diferentes formatos, ficará disponível para download gratuito no site do GBCP. Ao divulgar, é solicitado que sejam sempre utilizadas as hashtags #PessoaMudamHistorias e #JulhoVerdeGBCP2023. Além do kit de divulgação, a campanha contará com três lives especiais, a começar na quinta (6), às 19h, com a Live “Novidades no tratamento de câncer de cabeça e Pescoço”. Os demais encontros serão “Nova geração de profissionais da área de câncer de cabeça e pescoço – como se preparar (dia 13)” e “Desafios no pós-tratamento do paciente com câncer de cabeça e pescoço (dia 20)”.


8 ENTRE 10 CASOS SÃO DESCOBERTOS EM FASE AVANÇADA - Ao contrário do que ocorre em outros órgãos, quando o câncer acomete a região de cabeça e pescoço a doença é visível. Apesar disso, os sinais não são percebidos na maioria dos casos. No Brasil, 8 entre 10 casos de câncer que acometem, por exemplo, a cavidade oral, são descobertos já em fase avançada. Como consequência, o diagnóstico tardio resulta em menor chance de controle da doença, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação em razão da necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstrução facial, assim como mais desafios na reabilitação do paciente.

Os diferentes tumores localizados na região de cabeça e pescoço acometem a cavidade oral (boca, lábios, língua, gengiva, assoalho da boca e palato), seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais), faringe (nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (onde se encontra a amígdala e a base da língua) e hipofaringe (porção final da faringe, junto ao início do esôfago), além da laringe (supraglote, glote e subglote), glândulas salivares e glândula tireoide.

 

QUAIS SÃO OS SINAIS?


Os principais sinais de alerta para câncer de cabeça e pescoço são:

- Ferida na boca que não cicatriza (sintoma mais comum)
- Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias)
- Nódulo persistente ou espessamento na bochecha
- Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca
- Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta
- Dificuldade para mastigar ou engolir
- Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua
- Dormência da língua ou outra área da boca
- Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode
- Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula
- Mudanças na voz
- Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço
- Perda de peso
- Mau hálito persistente

Vale ressaltar que a existência de qualquer dos sinais e sintomas pode sugerir a existência de câncer, cabendo ao médico avaliar a necessidade de se pedir outros exames para confirmar ou não o diagnóstico. Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças benignas. É importante consultar o médico ou o dentista se qualquer desses sintomas persistir por mais de duas semanas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de sucesso:


A DOENÇA NO BRASIL E NO MUNDO

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC/OMS) aponta que são esperados mais de 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço no mundo em 2023, sendo assim o quinto câncer mais prevalente. Considerando todos os tipos de tumores que acometem a região de cabeça e pescoço, são mais de 460 mil mortes anuais.  

No Brasil, os tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço nos homens são os de cavidade oral e laringe nos homens e de tireoide, nas mulheres. As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para cada ano do próximo triênio (2023-2025) apontam para 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço. Na lista dos dez tipos mais comuns em homens e mulheres no país, os tumores na região mais comuns são cavidade oral e laringe (homens) e tireoide (mulheres).


HOMENS

MULHERES

Próstata

71.730

Mama

73.610

Colorretal

21.970

Colorretal

23.660

Pulmão

18.020

Colo do útero

17.010

Estômago

13.340

Pulmão

14.540

Cavidade Oral

10.900

Tireoide

14.160

Esôfago

8.200

Estômago

8.140

Bexiga

7.870

Corpo do útero (endométrio)

7.840

Laringe

6.570

Ovário

7.310

Linfoma não Hodgkin

6.420

Pâncreas

5.690

Leucemia

6.390

Linfoma não Hodgkin

5.620

 

OS FATORES DE RISCO SÃO CONHECIDO E A DOENÇA É EVITÁVEL

Diferente de muitos tipos de câncer, em que as principais etiologias (causas) não são conhecidas, os principais fatores de risco para desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço são bem estabelecidos: não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas e se prevenir contra o vírus HPV, medida para a qual há vacinas na rede pública e privada de saúde, para imunização de meninos e meninas. Há, portanto, um fator comum nos tumores de Cabeça e Pescoço: na maioria das vezes são evitáveis.

Para ser mais exato, cerca de 40% dos casos poderiam ser evitados. Não fumar, não consumir em excesso bebidas alcoólicas, estar vacinado contra o Papilomavírus Humano - HPV e fazer a higiene bucal corretamente. Este é o caminho da prevenção. Mudar esta realidade, desta a campanha, depende de cada um de nós.

Desde janeiro de 2017, o Ministério da Saúde oferece a proteção de meninos contra o vírus HPV. Essa medida se soma à imunização que já ocorria desde 2014 nas meninas. As vacinas contra HPV protegem contra os dois subtipos do vírus mais associados com câncer. Esses HPVs oncogênicos – 16 e 18 - são também prevalentes em tumores de cabeça e pescoço, principalmente de orofaringe.

“A contribuição de todos nesta causa é muito importante. Juntos, podemos amplificar e construir uma base de informação sólida que quebre o desconhecido e gere transformação. Queremos que a informação correta e atualizada sobre o câncer de cabeça e pescoço chegue a todos os profissionais de saúde e para a população em geral”, reforça o presidente do GBCP, Thiago Bueno.


POR QUE DIAGNOSTICAR PRECOCEMENTE É TÃO IMPORTANTE?

Dados sobre câncer de cavidade oral e laringe do levantamento SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NCI), apontam que 86,6% dos pacientes estão vivos cinco anos após o tratamento quando o tumor era inicial, localizado apenas no órgão. Quando a doença se espalha pelos linfonodos a taxa de sobrevida em cinco anos cai para 69,1%. Com doença à distância (metástase) a taxa é de 39,3%.

A triagem para o diagnóstico do câncer de cavidade oral começa na saúde primária, pelo exame clínico (visual) durante consulta ou durante atendimento com o dentista. A confirmação deste diagnóstico depende da biopsia. Esse procedimento, na maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. A análise do material retirado em biópsia é feita pelo médico patologista, responsável por definir o subtipo e grau de agressividade.

Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento.   



GBCP - Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço
https://www.gbcp.org.br/


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