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quarta-feira, 1 de março de 2023

Será que é amigdalite?

Otorrinolaringologistas mapeiam a doença inflamatória da garganta e dão dicas para identificar episódios, suas causas, tratamentos corretos e profilaxia

 

A garganta começa a "pegar" e logo vem a dúvida sobre qual a origem dessa dor: faringite, laringite, Covid-19, amigdalite? Como saber se é o caso de uma amigdalite e, principalmente, como cuidar dessa inflamação que atinge sobretudo as crianças e adolescentes? 

"Geralmente, a amigdalite provoca uma dor de garganta mais intensa e febre mais alta. Outro sinal mais frequente da amigdalite é a otalgia reflexa, ou seja, a dor de ouvido que se origina de outro local", explica a Dra Roberta Pilla, Otorrinolaringologista membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). Ela reforça, porém, a necessidade de uma avaliação médica para diferenciar de outras doenças, lembrando que é muito comum que faringe e amígdalas inflamem simultaneamente, pela proximidade anatômica. 

A Dra Maura Neves, otorrinolaringologista pela USP, lembra também dos doloridos gânglios que se formam no pescoço num quadro de amigdalite, além da dificuldade para engolir, dor no corpo e mau hálito. "Alguns pacientes podem apresentar sintomas como coriza, obstrução nasal e espirros, que são sintomas de infecção viral do trato respiratório alto, da qual a amigdalite pode fazer parte", reforça.


Bactéria ou vírus? 

Falando em infecção viral, a Dra Carla Falsete, otorrinolaringologista de São Paulo, informa que a amigdalite pode ser tanto viral, quanto bacteriana, sendo que o tipo mais comum é a viral: "Ela é responsável por aproximadamente 70% das infecções nas amígdalas, principalmente em crianças menores e pré- adolescentes. A amigdalite bacteriana é menos comum, mas, em geral, é mais severa e costuma atingir jovens e adultos". 

A Dra Carla faz um alerta sobre a versão bacteriana da doença que é bastante comum na sociedade: o abandono precoce do tratamento. "Ao perceber uma melhora dos sintomas, o paciente deixa de tomar o medicamento pelo tempo estipulado pelo médico. Isso faz com que as bactérias se tornem cada vez mais resistentes aos medicamentos no futuro, propiciando as infecções de repetição", explica. 

Os casos de amigdalite por repetição, aliás, estão entre os quadros que pedem maior atenção e podem exigir mais do que o tratamento convencional, que é feito por analgésicos e antiinflamatórios (amigdalite viral) ou antibióticos (amigdalite bacteriana). Segundo a Dra Maura Neves, este é um dos casos em que pode ser necessária a retirada das amígdalas. "Na presença de 7 episódios em 12 meses; 5 episódios por 2 anos consecutivos; ou 3 episódios durante 3 anos consecutivos, há indicação de cirurgia", diz a especialista. Mais, uma situação de maior alarme para uma eventual amigdalectomia é quando as tonsilas palatinas (outro nome para as amígdalas) são grandes e geram obstrução respiratória, roncos, apneia do sono, respiração bucal e sono agitado, entre outros.

 

Alívio dos sintomas 

A Dra Roberta Pilla chama a atenção para medidas simples que podem amenizar as dores de quem está com amigdalite. "Os remédios caseiros podem ajudar a aliviar os sintomas e acelerar a recuperação, pois possuem uma certa ação anti-inflamatória e antisséptica", ela explica, ao citar opções como gargarejo com água morna e sal e suco de limão, mel e gengibre, acompanhados, é claro, de uma orientação médica adequada, "especialmente quando a dor de garganta é muito forte e acompanhada de sintomas como pus na garganta, febre ou ausência de melhoras dentro de três dias", indica a otorrino. 

Na mesma linha, a Dra Carla Falsete adiciona à lista alguns chás que contribuem no alívio dos sintomas: romã, hortelã, gengibre, limão, barbatimão, malva, sálvia, anis estrelado, eucalipto, alho e raiz de alcaçuz.

 

Como evitar a amigdalite? 

Os casos mais comuns de contágio acontecem pelo contato com gotículas expelidas ao tossir, espirrar, beijar ou compartilhar objetos contaminados, como copos e talheres, de acordo com a Dra Carla. Diante disso, ela recomenda algumas medidas para se proteger da contaminação: 

- Evitar ambientes com aglomeração;

- Evitar ar condicionado;

- Preferir ambientes abertos e bem ventilados;

- Hábitos de higiene, como lavar bem as mãos, principalmente antes das refeições
- Não levar as mãos à boca;

- Controle do stress, com práticas meditativas. 

"Todos devemos ter hábitos de vida saudáveis, que ajudam na melhor resposta do nosso sistema imunológico e na prevenção das amigdalites, como dormir bem, comer com qualidade, praticar atividade física regular, manter boa hidratação e evitar tabagismo", complementa a médica. 

A Dra Maura Neves chama a atenção também para outro tipo de profilaxia. "As vacinas também são excelentes e devem ser usadas na prevenção: vacinas contra gripes, Pneumo 13, Pneumo 23, Haemophilus tipo B e difteria", indica. 

 

Atenção aos principais sintomas da amigdalite 

- Dor de garganta;

- Febre;

- Alteração temporária da voz;

- Redução de apetite;

- Halitose (mau hálito);

- Calafrios;

- Dor de ouvido;

- Dificuldade para engolir;

- Inchaço na região do pescoço e mandíbula (gânglios aumentados);

- Vermelhidão e/ou pontos de pus nas amígdalas.

 

Os agentes causadores da amigdalite 

Em termos técnicos, segundo a Dra Carla Falsete, os vírus mais comuns para tratamento da amigdalite são adenovírus, rinovírus, vírus influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório. No caso da amigdalite bacteriana, a maior incidência se dá pelo estreptococos ß-hemolíticos do grupo A, causando amigdalite pustulosa -- quando há placas na garganta -- ou estreptocócica. 


Dra. Carla Falsete - CRM 101843 | RQE 71523 - Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- Campus Sorocaba (2000). Residência médica em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica pela Clínica Médica Otorhinus (2004). Título de Especialista em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica e Cirurgia Cérvico Facial pela ABORL-CCF (desde 2005). Pós-graduada em Medicina Desportiva pela UNIFESP (2007). Psicoterapeuta formada Helper pelo Pathwork®️ (2018). Formação Médica ampliada pela Antroposofia (2020).

 

O ambiente em que você vive pode estar te engordando! O que fazer para manter o peso e evitar a obesidade?

Você sabia que o ambiente em que você vive pode estar favorecendo o seu ganho de peso? Isso mesmo! Os estilos de vida que adotamos são amplamente influenciados pelo ambiente, que está cada vez mais engordativo. Não apenas o local onde você vive ou trabalha, mas também o nosso sistema de educação, governo e sociedade. Por isso, viver em um ambiente engordativo pode dificultar a manutenção de um peso saudável e aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados à obesidade, como diabetes, doenças cardíacas e câncer. 

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo comenta que um dos maiores contribuintes para um ambiente engordativo é a abundância de opções de alimentos não saudáveis. Restaurantes fast food, aplicativos de comida e lojas de conveniência em toda esquina geralmente oferecem alimentos com alto teor calórico e baixo teor de nutrientes a preços baratos. Se o ambiente em que você está facilita os comportamentos menos saudáveis que os saudáveis, ele pode estar contribuindo para o seu ganho de peso.

 

Mas o que fazer para não sofrer tanta influência desse ambiente?

Pequenas mudanças no dia a dia podem ser suas aliadas para evitar o ganho de peso.

Elaborar uma lista de compras é uma ótima estratégia, pois ajuda a não esquecer o essencial e a não adquirir mais do que o necessário. 

Desativar as notificações dos aplicativos de comida também pode ajudar a evitar a tentação de pedir alimentos calóricos e pouco saudáveis. 

Outra dica importante é preparar as diferentes refeições do dia e ter sempre snacks saudáveis à mão, para não sentir vontade de consumir outros alimentos – que normalmente costumam ser doces, guloseimas e coisas muito calóricas.

Além disso, sempre que possível, opte por deslocações a pé e limite a utilização de automóveis. Caminhar é uma excelente forma de exercício físico, que pode ajudar a manter um peso saudável. 

Portanto, é possível fazer pequenas mudanças no seu estilo de vida para evitar o ganho de peso em um ambiente engordativo. Comece implementando algumas dessas dicas no seu dia a dia e sinta a diferença na sua saúde e bem-estar.

 

Ambiente engordativo e tendência a obesidade

A relação entre o ambiente engordativo e a obesidade está diretamente ligada à facilidade de acesso e disponibilidade de alimentos altamente calóricos e pouco nutritivos. O ambiente em que vivemos pode influenciar significativamente nossas escolhas alimentares e hábitos de vida. Por exemplo, a disponibilidade de fast food e alimentos altamente processados pode levar a um consumo excessivo de calorias, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade. 

“Além disso, viver em um ambiente que não incentiva a atividade física, como ter acesso limitado a espaços verdes e equipamentos esportivos, pode dificultar manter um estilo de vida ativo. A falta de atividade física também é um fator importante na obesidade, pois o corpo não queima calorias suficientes para manter um peso saudável.” ressalta o Dr. Ronan Araujo.

 

Adote algumas ideias como:

  • Substituir refrigerantes e sucos açucarados por água, chás naturais ou sucos naturais sem adição de açúcar;

  • Evitar o consumo excessivo de alimentos processados, fast food e outros alimentos industrializados;

  • Cozinhar mais em casa usando ingredientes naturais e saudáveis;

  • Fazer uma caminhada rápida ou atividade física leve após as refeições para ajudar na digestão e controlar o apetite;

  • Dormir bem e por tempo suficiente, pois a falta de sono pode contribuir para o ganho de peso;

  • Encontrar formas de reduzir o estresse, como meditação, ioga ou outras atividades relaxantes;

  • Estabelecer metas realistas e alcançáveis para perda de peso ou manutenção do peso saudável;

  • Procurar apoio e motivação de amigos e familiares que também estão tentando adotar hábitos mais saudáveis.

 

Em resumo, o ambiente em que estamos inseridos pode ser um fator determinante na nossa saúde e qualidade de vida, principalmente no que diz respeito à obesidade. A oferta de alimentos pouco saudáveis e altamente calóricos, juntamente com a falta de opções saudáveis e incentivo à atividade física, pode resultar em um aumento no ganho de peso e no risco de doenças associadas à obesidade.

O Dr. Ronan Araujo esclarece que, no entanto, pequenas mudanças em nosso cotidiano podem ser muito úteis para ajudar a prevenir esses problemas e promover um estilo de vida mais saudável. É crucial termos consciência do impacto que o ambiente tem em nossas escolhas alimentares e hábitos de vida, para podermos fazer escolhas mais saudáveis e melhorar nossa qualidade de vida. 

Lembre-se: um estilo de vida saudável é essencial para uma vida longa e feliz! 


Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

 

Menopausa e andropausa: como adaptar a alimentação e reduzir os sintomas relacionados à idade

Adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas contribuem para reduzir sintomas, comuns nessas fases, e prevenir doenças cardíacas, diabetes e AVC

 

A menopausa e a andropausa são processos naturais dos ciclos de vida das mulheres e dos homens. A menopausa ocorre entre 45 e 55 anos, fase que os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona. No homem, não há uma idade específica que marca o início da andropausa, mas a partir dos 30 anos, os níveis de testosterona começam a diminuir e ficam mais acentuados entre 45 e 65 anos.

Com o aumento gradual da longevidade, como consequência, as mulheres e os homens vivem cada vez mais dentro desses períodos. Tanto na menopausa quanto na andropausa, ocorrem mudanças físicas e hormonais, portanto, a principal recomendação é procurar atendimento médico para fazer um check-up completo e monitorar a saúde. A reposição hormonal deve ser analisada, caso a caso, a depender da avaliação do profissional competente.

Sobre os sintomas físicos associados à menopausa e à andropausa, normalmente, ocorrem: ganho de peso, aumento da gordura corporal e diminuição da densidade óssea, que pode levar à osteoporose, caso não seja tratada. À parte isso, a perda de massa muscular contribui com a redução da taxa metabólica basal, o que torna o metabolismo mais lento, podendo desencadear o risco de desenvolver vários problemas de saúde, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.

Incluir os alimentos ricos em cálcio (leite e derivados) e a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio, são bons aliados na prevenção da osteoporose. A respeito da redução da massa muscular é fundamental incluir a atividade física na rotina e manter uma dieta saudável.

Em relação à alimentação, as orientações são as mesmas para a distribuição alimentar de um indivíduo adulto, ou seja, a dieta deve conter proteínas, legumes, verduras, frutas, fibras e carboidratos. O consumo balanceado desses nutrientes auxilia na melhoria da saúde.

Outro ponto relevante é o aporte proteico. Com o envelhecimento, o ideal é que ele seja ajustado com o incremento de mais proteínas, distribuídas de forma gradual ao longo dos dias, para que a absorção ocorra da melhor forma.

Cabe destacar que em qualquer fase da vida, a pessoa deve controlar o consumo de sódio e de açúcar. O sódio em excesso eleva os riscos das doenças cardiovasculares e do Acidente Vascular Cerebral (AVC). O açúcar, consumido sem moderação, aumenta a resistência à insulínica (hormônio que regula a quantidade de glicose no sangue), o que pode causar pré-diabetes ou diabetes tipo 2. A cafeína em excesso também faz mal. Em relação à bebida alcoólica, não existe uma recomendação médica para o consumo, mas caso haja deve ser feito de forma moderada.

As orientações mencionadas até aqui valem para todas as idades e devem ser seguidas com mais atenção na menopausa e na andropausa. Manter uma composição corporal adequada contribui para o melhor funcionamento do metabolismo. O peso é o resultado dessa composição, por isso, o ideal é priorizar a melhora da massa muscular e a redução da gordura corporal com uma alimentação balanceada, evitar alimentos nocivos à saúde e praticar atividade física regularmente.

 

Eduardo Rauen - cofundador da healthtech Liti, que trabalha para resolver a dor do sobrepeso e da obesidade no Brasil. É médico formado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste). Integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É médico nutrólogo (com título de especialista pela ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia) e do Exercício e do Esporte (com título de especialista pela SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte). Também atua como diretor técnico do Instituto Rauen – Medicina, Saúde e Bem-Estar.

 

Doença de Crohn: saiba o que é e quais sintomas ela provoca

A condição é considerada rara, atinge o trato gastrointestinal e não tem cura, mas é possível tratá-la e ter qualidade de vida

 

 

O Dia Mundial das Doenças Raras é celebrado em 28 de fevereiro - a data tem o objetivo de dar visibilidade ao tema e levar conhecimento à população, reforçando a igualdade para os pacientes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é considerada doença rara aquelas que afetam até 65 pessoas em um grupo de 100 mil. Estima-se que aproximadamente 350 milhões de pessoas sofrem com doenças raras no mundo e que existam entre 6 mil e 8 mil tipos diferentes de doenças raras. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 13 milhões de pessoas vivem com doenças ou síndromes que são classificadas dessa forma.

 

Dentre essas doenças raras, está a Doença de Crohn, a condição é a inflamação do trato gastrointestinal e atinge desde a boca do paciente até o ânus, mas que ataca principalmente a parte final do intestino delgado. Casos graves podem resultar em fístulas e estenose do intestino, por afetar os tecidos gastrointestinais profundamente, ela pode ser um fator de risco para o câncer de intestino. A doença de Crohn não tem cura e de acordo com especialistas, é provocada por desregulação do sistema imunológico. 

 

É uma inflamação grave no trato gastrointestinal, ou seja, ela provoca feridas no intestino. No Brasil, estima-se que cerca de 11 mil pessoas sofrem com a Crohn e esse número vem aumentando nos últimos anos, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o país registrou um crescimento de 15% nas doenças inflamatórias gastrointestinais . A doença atinge, na maioria das vezes, pessoas entre 15 e 40 anos, mas podem ocorrer em todas as idades e não tem cura. É importante ressaltar que existe tratamento e isso, faz com que a vida do paciente tenha mais qualidade”, explica Michele Brajão, enfermeira estomaterapeuta e coordenadora da clínica ConvaCare.

 

As causas da doença de Crohn ainda são desconhecidas, mas de acordo com a especialista, fatores como a genética do paciente e alterações no sistema imunológico podem ocasionar a doença, sendo agravados por hábitos alimentares ruins, além de estresse e ansiedade.

 

Os sintomas

 

·  Dor abdominal;

·  Diarreia frequente, com fezes que podem conter sangue;

·  Cólica;

·  Febre;

·  Sangramento Retal;

·  Fraqueza;

·  Perda de apetite e de peso;

·  Lesões na pele, lesões da região anal, incluindo hemorróidas, fissuras, fístulas e abscessos, inflamação nos olhos e pedras nos rins são sintomas que também podem estar ligados à Doença de Crohn.

 

 

O diagnóstico e a vida após a descoberta da doença

 

A Doença de Crohn é diagnosticada através de exames de imagem, como o raio-X e a endoscopia, além de exames de sangue.

 

A doença não é causada pela alimentação mas, por atingir a parte gastrointestinal quando ela não está controlada é importante ter uma dieta balanceada rica em fibras, evitando alimentos industrializados e gordurosos para não agredir e provocar mais sintomas. “A doença estando controlada, o paciente pode ter uma alimentação sem restrições, praticar esportes e ter uma vida normal e com qualidade”, afirma Michele.


 

Quais são as complicações que a Doença de Crohn provoca?

 

Por se tratar de um quadro inflamatório importante, que afeta o intestino, no longo prazo, a doença de Crohn pode trazer outros problemas de saúde, as chamadas complicações. Entre as complicações comuns da doença de Crohn, estão:

 

·  obstruções intestinais, em que as paredes do órgão apresentam uma aderência que impede a movimentação do bolo fecal;

·  fístulas que geram a formação de novos canais de ligação entre as alças intestinais ou mesmo entre outros órgãos;

·  úlceras que podem surgir não só no intestino, mas também em outros pontos do sistema gastrointestinal, aparecendo até mesmo na boca, na forma de aftas;

·  câncer de cólon e reto.

 

 

O tratamento

 

A doença de Crohn pode ser controlada por meio dos medicamentos que reduzem a inflamação e amenizam os sintomas. Além disso, a dieta alimentar é importante para obter um controle dessas inflamações. Alguns pacientes podem precisar da cirurgia e outros utilizam a bolsa de colostomia. Mas, isso varia de caso para caso, somente o médico responsável poderá indicar o tratamento adequado. Na ConvaCare, quem utiliza a bolsa de colostomia tem todo um treinamento de como fazer a higienização dela e viver normalmente utilizando o procedimento. 

A cirurgia é feita para extrair zonas do intestino e promover o alívio a longo prazo e por tempo indeterminado dos sintomas.Muitas pessoas utilizam medicamentos diários para controlar a doença e diminuir a inflamação causada pela mesma. O controle da doença de Crohn é feito por medicamentos e por dieta alimentar, feito isso, o paciente vive com qualidade de vida

 

ConvaCare

 https://clinicaconvacare.com.br

 

"Dores de cabeça não podem ser banalizadas", diz médica intervencionista em dor

Dra. Amelie Falconi destaca que dor de cabeça não é diagnóstico. Segundo ela, existem mais de 150 tipos de dores, e, para que sejam diagnosticadas e tratadas corretamente, é necessário auxílio médico

 

A dor de cabeça é um problema recorrente entre a população mundial. Um grupo de cientista noruegueses mostrou recentemente, contudo, que o incômodo é mais comum do que imaginávamos. Segundo estudo, que revisou os números sobre ocorrência de enxaqueca na população global, não são 35% das pessoas que afirmam ter dor de cabeça uma vez ao ano, como se acreditava, mas 52%.

A médica intervencionista em dor, dra. Amelie Falconi, destaca a importância de o paciente procurar auxílio médico para determinar o tipo de dor de cabeça que o acomete, para que consiga o correto tratamento. “As dores de cabeça são banalizadas, tornando-se um alvo frequente da automedicação, que pode levar ao seu agravamento”, afirma.

Segundo dra. Amelie, o diagnóstico começa pela história do paciente e por exames clínico e neurológico com o objetivo de determinar as causas e as características da dor. “Alguns exames de sangue e imagem às vezes são solicitados pelo médico para a elucidação do diagnóstico”, diz. Conforme a médica intervencionista em dor, apesar de serem importantes ferramentas para determinar o tipo de dor de cabeça, os exames não são obrigatórios para o diagnóstico.

A Dra. Amelie comenta que existem mais de 150 tipos de dores de cabeça, que podem ser dívidas em cefaleias primárias e cefaleias secundárias. Ao primeiro grupo pertencem as dores de cabeça que são tanto a doença como o sintoma. São exemplos de dores de cabeça primária a enxaqueca, a cefaleia tensional e a cefaleia em salvas, que ocorre em padrões ou em conjunto.

Já as cefaleias secundárias são as dores de cabeça desencadeadas por outras patologias, ou seja, apresentam-se como sintomas de outras doenças, que podem ter causas diversas, entre as quais: infecções de vias aéreas, distúrbios visuais, aneurismas cerebrais e tumores. “A mitigação desses tipos de dor de cabeça envolve o tratamento da doença de base”, afirma a médica.

As dores de cabeça podem ser consideradas motivo de preocupação, segundo a dra. Amelie, quando são constantes. “Mesmo se forem leves, o fato de se repetirem com certa frequência já é razão para procurar tratamento, porque podem acarretar limitações diárias, por exemplo, no sono, humor, rendimento no trabalho e relacionamentos, que, por sua vez, podem levar a consequência mais sérias”, diz.

Dra. Amelie alerta que em casos de dor de cabeça forte ou dores de cabeça associadas a sintomas como febre, rigidez de nuca, convulsões, desmaios, sonolência e alterações do nível de consciência, a busca pela ajuda médica deve ser feita de maneira imediata.

Há diversos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de dor de cabeça. Conforme Dra. Amelie, eles são divididos em dois grupos: não modificáveis e modificáveis. Entre os fatores de risco não modificáveis estão a predisposição genética, o sexo (feminino), a escolaridade (baixa) e a idade. Por sua vez, os principais fatores de risco modificáveis são: uso excessivo de medicação para a fase aguda da enxaqueca; frequência das dores de cabeça; distúrbios do sono; obesidade; depressão; e eventos estressantes da vida.

Além de medicamentos, são importantes estratégias para o tratamento da dor de cabeça: procedimentos intervencionistas para controle de dor; cuidados com a saúde mental; acupuntura, e a prática regular de exercícios físicos. A médica intervencionista em dor destaca que a mudança no estilo de vida, tais como ingestão de alimentos saudáveis, manejo do estresse e cuidado com a saúde mental, higiene do sono e prática de exercícios físicos contribuem para a diminuição das dores de cabeça. “Nossa sociedade precisa começar a entender qualquer tipo de dor, inclusive a dor de cabeça, como uma doença que é interferência do estilo de vida”, diz

Dra. Amelie relata que alguns pacientes podem ter dores de cabeça desencadeadas por alimentos ou por déficits nutricionais. Já outros pacientes apresentam aumento do número de crises e exacerbação da dor provocadas por momentos de estresse. Por sua vez os distúrbios do sono são um fator de risco importante para a cronificação das dores e por desencadear crises de dores de cabeça. Segundo ela, os exercícios físicos são as medidas não-farmacológicas que apresentam mais impacto no alívio da dor.

 

Dra. Amelie Falconi - Especialização em Medicina da Dor pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista em Dor pela AMB (Associação Médico Brasileira). Fellow Of International Pain Practice (FIPP) pelo World Institute of Pain (WIP). Fellowship de Intervenção em Dor - Clínica Aliviar / sinpain Rio de Janeiro. Pós-graduação em Medicina Intervencionista da Dor Guiada Por Ultrassonografia – sinpain.


Você sabe o que são doenças cardiovasculares?

Conheça os principais tipos e sintomas das doenças que são a causa número um de mortes no planeta

 

Responsável por batidas ritmadas que fornecem alimento e oxigênio às células, o coração é o músculo mais importante do corpo humano. Pensar na saúde do coração pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e, pelo menos, 400 mil morrem por ano em decorrência de alguma dessas doenças, responsáveis por atingir o coração e vasos sanguíneos.

 

“Diabéticos devem ter atenção redobrada: uma vez que possuem duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto”, alerta Juan Carlos, médico e diretor Técnico do Hospital Bom Pastor, localizado em Guajará-Mirim (RO).

 

Pertencente à entidade filantrópica Pró-Saúde, uma das maiores no ramo da gestão hospitalar do país, o Bom Pastor atua como referência em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica para Guajará-Mirim, Nova Mamoré, mais de 50 aldeias indígenas da região Norte do país, no Estado de Rondônia, além da cidade de Guayaramerin, na Bolívia.

 

“Além disso, colesterol alto, tabagismo, hipertensão, obesidade, estresse e depressão estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de outras complicações e doenças cardiovasculares”, complementa o profissional. 

 

Mas quais são as principais doenças cardiovasculares?


 

Hipertensão arterial

Crônica, ela é caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias, que podem atacar os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e paralisação dos rins. A doença atinge com maior incidência homens com até 50 anos, mulheres acima de 50, diabéticos e pessoas negras.


Sintomas: Geralmente, os sinais só são perceptíveis quando a pressão sobre muito. “Nesse caso, é possível sentir dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal”, explica o médico.


 

Doença coronariana

É causada pela obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam parte do coração, o miocárdio. Quando a obstrução é parcial ocorre a angina, forte dor no peito associada à esforço físico. Quando a obstrução se torna completa, surgem os sintomas característico do infarto do miocárdio, conhecido como ataque cardíaco. A taxa de mortalidade pela doença aumenta entre mulheres após a menopausa.


Sintomas: por vezes silenciosa, a doença pode não apresentar sintomas. Geralmente, o paciente pode sentir forte dor no peito, falta de ar e suor frio que podem evoluir para um ataque cardíaco.


 

Doença cerebrovascular

Causa a obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. Ela é composta por um grupo de doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), aneurisma, malformações vasculares e outros. Em casos crônicos, a doença pode causar demência, incapacidade funcional e perda de autonomia. 


Sintomas: “Por mais que seja silenciosa, a doença pode apresentar sinais neurológicos como tontura, dores de cabeça e mudanças na fala e visão. Além destes, também pode-se observar náuseas e vômitos, fraqueza de um lado do corpo e confusão mental”, enfatiza Juan.


 

Doença arterial periférica

Causa a obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam os membros superiores e inferiores. Com isso, a passagem do sangue se estreita até fechar de vez, causando, em última instância, a amputação. O quadro é um sinal de que outros vasos sanguíneos do corpo apresentam algum problema, como na irrigação do cérebro e coração, daí vem o risco de infarto e AVC.


Sintomas: O paciente pode sentir fisgadas e sensação de fadiga nas pernas, cãibra ao se movimentar, perda de pelo nas pernas, unhas enfraquecidas, infecções constantes nos pés e coloração esbranquiçada nestes membros inferiores. 

 

Trombose venosa profunda e embolia pulmonar

Caracterizada por coágulos sanguíneos nas veias das pernas, condição que não oferece risco de morte. Porém, caso os coágulos se movam para os pulmões, surge a embolia pulmonar, que pode ser fatal. Ambas as condições são mais comuns a partir dos 40 anos, com aumento exponencial conforme a idade.

Sintomas: em muitos casos a trombose venosa profunda é assintomática. Quando se manifestam, é comum sentir dor, inchaço unilateral, vermelhidão na pele, veias dilatadas, aumento da temperatura local, rigidez na panturrilha e dor ao tocar. Já a embolia pulmonar é grave e precisa de atendimento médico emergencial. Nesse caso, os sintomas incluem dor no peito, falta de ar, tosse repentina (que pode ser acompanhada de sangue), sudorese e tontura.

 

“As doenças cardiovasculares se desenvolvem ao longo do tempo e por isso não apresentam sintomas logo no início. Além de silenciosas, alguns sintomas podem ser confundidos com outros diagnósticos, por isso, é importante comparecer regularmente ao cardiologista e realizar exames de rotina”, orienta Juan Carlos. 

A adoção de medidas simples no cotidiano são capazes de reduzir as chances de desenvolvimentos dessas doenças. “Diminuir o consumo de açúcar, sal e alimentos industrializados/ultraprocessados, realizar check-up anual, manter uma rotina de sono, não fumar, praticar exercícios e ter momentos de lazer são algumas ações que ajudam a manter o coração saudável”, indica o médico.


UniCuritiba: inscrições para o Prouni 2023 estão aberta

Estudante deve se inscrever no site do Prouni até o dia 3 março e depois fazer sua inscrição no portal do UniCuritiba


O Programa Universidade para Todos – Prouni abriu as inscrições para o processo seletivo de 2023. As vagas disponíveis são para ingresso nos cursos presenciais de graduação e sequenciais de formação específica, ainda para o primeiro semestre deste ano. As inscrições devem ser efetuadas em uma única etapa, exclusivamente pela internet, por meio da página http://acessounico.mec.gov.br/prouni. O prazo vai até sexta-feira, dia 3 de março de 2023. 

O programa, criado pelo Governo Federal, tem como objetivo incentivar o ingresso de jovens e adultos ao ensino superior. As bolsas de estudo, que podem ser integrais ou parciais, são voltadas para estudantes de baixa renda e a seleção utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério. 

Para se inscrever, o candidato precisa atender a alguns requisitos, como ser estudante brasileiro não portador de diploma de curso superior; ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alcançado uma nota mínima de 450 pontos e não ter zerado a redação; não possuir vínculo com Instituições Federais de Ensino Superior (IFES); e ter cursado o ensino médio em escola da rede pública ou em escola privada na condição de bolsista..

O resultado com a lista dos candidatos pré-selecionados estará disponível na página do Prouni no dia 7 de março, como primeira chamada; e no dia 21 de março, como segunda chamada. Para mais informações, acesse: https://www.unicuritiba.edu.br/bolsas-financiamentos/prouni/.


CEUB oferece curso de informática gratuito para o público da terceira idade

Com inscrições abertas até 05 de março, os alunos receberão noções de informática básica, uso dos smartphones e orientações de combate às Fake News


O Centro Universitário de Brasília (CEUB) está com inscrições abertas para o curso gratuito de noções básicas de informática e de internet voltado para o público da terceira idade. As matrículas para o projeto de extensão ‘Curso de Informática Básica para a Comunidade’ podem ser feitas até 5 de março neste link. (https://forms.gle/EUpSANFevPwQ2uZe9). Com vagas limitadas, o curso tem capacidade para até 100 alunos, o dobro da capacidade dos anos anteriores.

A iniciativa inclui também orientações sobre o dia a dia das redes sociais no celular e em computadores. As aulas terão início em 11 de março, nos laboratórios de informática do Centro Universitário, nos Campus Asa Norte e Taguatinga. Com duração de um semestre e aulas aos sábados das 9h às 12h, o curso abordará os seguintes conteúdos: Fake News, Ferramentas Google, Sistemas Operacionais com foco no Windows, Internet, Mobile, Word, Excel e Power Point. Os alunos passarão por avaliação geral, que garante o certificado no fim do curso.

Responsável pela ação, o professor de Ciência da Computação Gislane Santana  destaca que o projeto de extensão acadêmica vai além do comprometimento da instituição com a educação de qualidade de seus alunos. Segundo ele, a iniciativa é responsável por cultivar lições de cidadania e acesso à informação, visando atender da melhor forma o público externo. “Sucesso de público, o curso de informática coloca em prática conhecimentos adquiridos pelos alunos da graduação de Ciência da Computação, além de formar cidadãos conscientes do seu papel social, proporcionando uma forma de interagir com pessoas de outras gerações”, reforça Santana.

Após a realização da inscrição, o aluno receberá o calendário das aulas por e-mail e WhatsApp. O início da capacitação está previsto para 11 de março e término em 01 de julho. Para participar do curso é exigido o uso de e-mail da plataforma Google no ato da inscrição. Para receber o certificado ao fim da jornada, é obrigatório registrar presença em 75% das aulas e aprovação na avaliação final.


Serviço:

CEUB oferece curso de informática gratuito o público da terceira idade
Inscrições: até 05/03/2023
Link: https://forms.gle/EUpSANFevPwQ2uZe9
Aulas: 11 de março a 01 de julho
Local: CEUB - Campus Asa Norte e Taguatinga

 

Pesquisa do CEUB aponta falta de políticas urbanas para desastres naturais no Brasil

Levantamento mostra que apenas 10 capitais brasileiras tratam de desastres naturais em seus planos de governo


Apesar de direito de todos os brasileiros, a lei nem sempre garante a proteção à moradia das vítimas de locais vulneráveis aos desastres naturais. E cenário fundamentou pesquisa do estudante de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Mário Talles Mendes sobre os impactos dos acontecimentos catastróficos para as comunidades atingidas e sua ligação com as políticas públicas de efetivação do direito à moradia frente ao art. 6º da Constituição Federal. O resultado é um alerta nacional: as leis que regulam a gestão territorial da maior parte do Brasil são insuficientes para amparar esse tipo de situação.

Para realizar o estudo, o estudante do CEUB traçou, por meio de pesquisa bibliográfica conjugada, a questão da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre os desastres. Com participação do Instituto Avaliação, em conjunto com a Clínica de Direitos Humanos do CEUB, Mário Talles analisou 26 planos diretores das capitais brasileiras visando identificar regulamentações de prevenção e reparação aos danos e como estes eventos afetam o direito à moradia das vítimas dos locais afetados.

À frente da orientação da pesquisa, a professora de Direito Ambiental do CEUB Mariana Cirne explica que foi feita uma ampla revisão de legislação e de jurisprudência dos tribunais, para entender como os planos diretores municipais fazem uma espécie de respostas às demandas envolvendo desastres. “Analisando a legislação municipal de todas as capitais, percebemos o quanto é preciso evoluir nas respostas aos desastres. O Brasil tem uma pequena capacidade de trabalhar com os desafios jurídicos para desastres. Nesse desastre recente em São Paulo, por exemplo, apesar do repasse de recursos, as leis municipais que fazem a gestão territorial não possuem instrumentos jurídicos, são insuficientes para amparar esse tipo de situação”.


Amparo jurídico aos desastres no Brasil

O levantamento legislativo dos planos diretores deixou clara a realidade da falta de objetividade nos municípios. “Quanto à jurisprudência nos tribunais superiores foi possível perceber que ainda não há um debate consolidado no que se refere ao direito à moradia como direito social constitucionalmente garantido e como ainda na seara jurisprudencial os desastres são timidamente tratados”, relata o pesquisador Mário Talles Mendes.

A pesquisa mapeou o uso da palavra “risco” nos planos de governo e verificou que 17 capitais brasileiras usam o termo para expressar situações catastróficas de desastre, totalizando 42% das diretrizes avaliadas: Rio Branco – AC, Vitória – ES, São Luís – MA, João Pessoa – PB, Maceió – AL, Aracaju – SE, Cuiabá – MT, Brasília – DF, Goiânia – GO, Belém – PA, Boa Vista – RR, Macapá – AP, Manaus – AM, Palmas – TO, Porto Velho – RO, Rio de Janeiro – RJ e Porto Alegre – RS.

A mostra constatou ainda que somente 10 capitais (24%) tratam efetivamente de políticas públicas para desastres, sendo: Recife – PE, São Paulo – SP, Teresina – PI, Fortaleza – CE, Salvador – BA, Natal – RN, Campo Grande – MS, Belo Horizonte – MG, Florianópolis – SC e Curitiba – PR. No caso de reassentamentos ou realocações devido a acontecimentos dos desastres, somente sete capitais mencionaram o direito à moradia em seus planos diretores, o equivalente a 17% das legislações municipais analisadas: Vitória – ES, São Paulo – SP, Maceió – AL, Porto Velho - RO, Macapá – AP, Manaus – AM e Rio de Janeiro – RJ.

A partir da identificação dos desafios para atuar na prevenção e reparação dos desastres ambientais, o pesquisador considera a conclusão da mostra como um estímulo para outros pesquisadores, no sentido de propor melhorias de desenho legislativo e de medidas administrativas para lidar com os desastres e concretizar o direito à moradia digna. “Os próximos passos serão direcionados ao desenvolvimento de uma pesquisa sobre as audiências públicas e sua importância para a democracia e o levantamento de dados acerca das audiências públicas no contexto do Plano Diretor do Distrito Federal”, arremata.


Grandes Números

Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), foram contabilizados cerca de oito milhões de pessoas afetadas diretamente pelos desastres naturais no Brasil em 2022. Esse número abrange pessoas afetadas pelas estiagens, desalojados, desabrigados e vítimas fatais de acontecimentos catastróficos. De acordo com estudo realizado pelo Painel Intragovernamental de Mudança de Clima da ONU (IPCC), o Brasil está entre os países com grande vulnerabilidade às crises climáticas.

 

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