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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Dor no joelho pós-carnaval pode ser sinal de lesão grave; ortopedista explica

Todo carnaval tem seu fim, mas, o que não tem fim, para algumas pessoas é a dor nas articulações após muitos dias de folia. As dores e até o inchaço nos joelhos, por exemplo, podem significar uma lesão grave. E a articulação mais comumente afetada é quase sempre o joelho. 

De acordo com o médico ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, ao contrário do que muita gente pensa “pular o carnaval” não é uma atividade de baixo impacto e isenta de lesões. Afinal, nos blocos e outros eventos carnavalescos, os foliões costumam ficar horas e horas em pé acompanhando uma escola de samba ou um bloco carnavalesco podem causar sobrecargas ao aparelho locomotor, especialmente naqueles que não possuem condicionamento físico ou estão acima do peso ideal. 

Inclusive, o médico relembrou que estudos apontam o joelho como a articulação do corpo que mais trabalha próximo aos seus limites fisiológicos. Ou seja: esses estudos mostram que no coeficiente entre destruição tecidual e reconstrução, existe grande chance da segunda prevalecer e, consequentemente, haver lesão.  

“Então a gente pode entender de forma simplificada que não é só a prática esportiva, mas também atividades repetitivas da vida diária, como subir e descer escadas, andar muito ou agachar-se podem desencadear dor e inchaço, sem causa maior aparente. E no carnaval, quando se unem todas essas atividades, pode realmente acontecer a sobrecarga e as dores no joelho”, disse.  

Havendo sobrecarga, diferentes estruturas serão lesadas e a sintomatologia estará intimamente ligada à idade, sexo e o quanto você dançou, pulou e ficou em pé curtindo o carnaval.

 

As principais lesões de sobrecarga do joelho são: 

Tendinites - Inflamação do tendão patelar que liga a patela ao osso da tíbia, dos tendões flexores do joelho que  se chamam isquiotibiais. Em algumas pessoas, estas inflamações podem se cronificar, e a dor pode se perpetuar, se não forem tratadas da forma correta.  

Síndrome de Osgood-Schlatter - De longe, a causa de dor mais comum em joelho de adolescentes. 

Sinovite difusa- A inflamação aguda da membrana que reveste o joelho e é responsável pela produção do líquido sinovial. Denominada sinovia causa muita dor e é responsável pel acúmulo de líquido, popularmente conhecido como água no joelho. 

Bursites - Causa dor e vermelhidão na pele logo acima da patela ou na tíbia na inserção dos tendões flexores do joelho conhecidos como isquiotibiais.

 

Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o tenista uruguaio Pablo Cuevas, o jogador de futebol Rodrigo Dourado e o Ferreirinha do Grêmio. Além do tenista Argentino naturalizado Uruguaio Pablo Cuevas que faz tratamento com célula tronco desde 2017 melhorando muito sua performance avançando no ranking desde então.


Acidez dos alimentos pode causar doenças bucais, alerta especialista

Entre os problemas, a falta de proteção natural e cálcio podem desenvolver cárie 

 

A  saúde bucal sempre é um assunto sério. Todos nós gostamos muito de comer, mas devemos prestar atenção na acidez dos alimentos, pois é o principal fator de desmineralização dental. E um meio bucal ácido pode levar o indivíduo a sofrer com  diversas doenças. A odontopediatra Ilana Marques, da clínica IGM odontopediatria, explica os perigos e dá dicas para evitar o problema. 

Segundo Ilana Marques, a acidez dos alimentos quando utilizados em uma alta frequência fará com que o meio bucal também se torne ácido e esta acidez é a principal causadora da perda de minerais dos dentes. E é esta perda de minerais que causa a doença cárie.  “Alimentos ricos em açúcares como, por exemplo, chocolate, paçoquinhas, bolachas doces e recheadas, balas, doces e até mesmo as comidas consideradas saudáveis como barrinhas de cereais, frutas, consumidos em excesso e falta da higienização correta dos dentes acarreta no surgimento de novas doenças” explica a Odontopediatra.  

A especialista ainda compartilha dicas de alimentação para que as pessoas não tenham problemas futuros. "Sempre que ingerir alimentos perigosos é importante comer os alimentos protetores, que são todos os tipos de castanhas, queijos e pipoca de sal. Além de uma boa alimentação, é necessário fazer consultas com algum profissional periodicamente”, complementa Ilana.

 

Ilana dá algumas dicas para evitar problemas bucais:

1- Fazer o uso do fio dental diariamente;

2- Escovar os dentes pelo menos três vezes por dia ou após as principais refeições; 

3- Comer alimentos protetores, como todos os tipos de castanha, queijos e pipoca de sal após os alimentos perigosos; 

4- Fazer acompanhamento com o dentista periodicamente ; 

5- Estar atento para sinais como sangramento ao escovar, lesões que demoram mais de duas semanas sem melhorar.

 

Como se preparar para uma produção independente

Médico ginecologista da clínica Origen BH dá um panorama sobre o caminho possível para mulheres e homens que querem ter filhos, mas não têm parceiros

 

Mulheres e homens sem parceiros, que querem realizar o desejo de ter filhos, ainda têm muitas dúvidas sobre o tema. No Brasil, o método da gestação independente é regulamentado pelas normas éticas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O médico ginecologista da clínica Origen BH, Rodrigo Hurtado, explica mais sobre o assunto.

 

Quem quer ter um filho seu, mas não tem parceiro fixo, e quer tentar uma produção independente, deve fazer o quê?

O primeiro passo é procurar um especialista em infertilidade para traçar uma estratégia com a melhor chance possível de sucesso para cada pessoa. Esse profissional geralmente está ligado a alguma clínica especializada em reprodução assistida, como a Origen, ou algum hospital de grande porte que oferte o serviço.


Quais são os exames básicos que podem ser solicitados, tanto para o homem quanto para a mulher?

No caso do homem, além dos exames de sangue para afastar certos problemas de saúde e do espermograma para avaliar a qualidade seminal, será necessária uma pessoa disposta a gestar em situação de útero de substituição, ou como se chama atualmente, “barriga solidária“.

No caso da mulher, serão necessários exames hormonais para determinar a reserva ovariana, função da tireoide e da hipófise, além de uma histerossalpingografia (radiografia do útero e trompas) e de uma ultrassonografia transvaginal.


Feitos os exames, qual o caminho a seguir – a mulher procurar um banco de sêmen e o homem os óvulos de uma doadora, além de uma barriga solidária?

Sim, o caminho é buscar as células germinativas (óvulos e sêmen) em bancos especializados e credenciados para isso. Eles vão fornecer o material necessário para realização dos procedimentos de reprodução - desde os mais simples, como a inseminação intrauterina heteróloga, até os mais complexos como a fertilização in vitro.

 

Como é feita a escolha do doador – por afinidade de características físicas com o paciente; e qual a garantia de qualidade dos óvulos e sêmen do banco?

Os bancos de células germinativas são responsáveis pela qualidade do material fornecido tanto do ponto de vista logístico (transporte e acondicionamento), quanto biológico (idade e saúde dos doadores, características físicas e grupo sanguíneo solicitados). Essa qualidade é testada clinicamente e laboratorialmente com muito critério.


Quais são as dificuldades encontradas ao longo desse processo da maternidade/paternidade independente?

 

A maior dificuldade costuma ser conseguir uma pessoa disposta a passar pelos procedimentos como “barriga solidária “. É comum existirem pessoas que tem interesse em ajudar, mas não estão aptas fisicamente.

 

Escolhidos sêmen, óvulos e barriga solidária, quais são os passos seguintes e tratamentos disponíveis na Origen?

Uma vez que óvulos, sêmen e útero estão disponíveis, os próximos passos são o preparo hormonal do útero para receber os embriões, no caso da fertilização in vitro e indução de ovulação, no caso da inseminação. Esse período de preparo é todo conduzido pelo especialista em reprodução humana assistida, por meio da hormonioterapia, ultrassonografia e procedimentos minimamente invasivos.


Como é tratado o aspecto ético que envolve todos esses procedimentos?

É fundamental que para os procedimentos de gestação independente a mulher e homem sejam acompanhados por um especialista em reprodução assistida, pois ele só vai propor ao paciente procedimentos permitidos e de acordo com resoluções do Conselho Federal de Medicina.

 

Os problemas nos pés de idosos podem ser evitados com a podologia preventiva

Os cuidados regulares e tratamentos adequados vão reduzir dores, desconforto, risco de quedas e outros problemas típicos da idade

 

Com o envelhecimento ocorrem modificações nas estruturas anatômicas e fisiológicas dos pés, podendo dificultar o caminhar e o movimento, o que interfere na qualidade de vida dos idosos. Estes problemas nos pés aparecem com a idade e são decorrentes da falta de cuidados, traumatismos e o desenvolvimento de doenças sistêmicas no decorrer do envelhecimento. 

Maila Lima, podóloga da Doctor Feet, explica que os “problemas nos pés que surgem com a idade podem ser evitados se a podologia preventiva for uma rotina desde cedo, assim os pés estarão sempre com as unhas cortadas da forma correta, sem unhas encravadas, sem rachaduras ou fissuras decorrentes do ressecamento, e sem fungos, bactérias e outros problemas que afetam a saúde e a beleza dos seus pés”. 

Ainda de acordo com a especialista, “muitos idosos se sentem constrangidos pela aparência de seus pés, acham seus pés feios e deixam de cuidar por vergonha de tirar o sapato. Encontrar pés considerados “feios” é a rotina dos nossos podólogos, e a maior alegria é quando vemos que conseguimos transformar essa realidade para pés muito mais bonitos e saudáveis”. 

Se os pés estão doendo, causando desconfortos ou qualquer outro tipo de problema, toda a rotina da pessoa fica comprometida, e isso se agrava demais com a idade, tornando a locomoção do idoso algo muito mais complicado do que seria se os pés estivessem saudáveis e bem cuidados. 

Durante o atendimento aos clientes, os profissionais da Doctor Feet têm constatado que o desconforto nos pés e problemas mais graves são decorrentes de várias situações, como diabetes, doença arterial periférica, artrose de quadril, alterações musculoesqueléticas, distúrbios na coluna vertebral, doenças osteoarticulares, perda da acuidade visual, diminuição do tecido adiposo na planta dos pés, fragilidade dos pontos de apoio e déficit motor. 

“Por isso, avaliar, inspecionar, cuidar, tratar e orientar o paciente idoso, possibilita tanto cuidados básicos para manutenção de pés saudáveis, quanto disfunções nos pés, que é quando nossos podólogos utilizam técnicas, abordagens e tratamentos para sanar dores nos pés, desconfortos e infecções”, afirma Maila.
 

Dicas de cuidados para os pés de idosos

  • Uso de calçados sem costuras salientes, que sejam forrados, flexíveis, fáceis de calçar, com fechamento em velcro, para o ajuste ideal na região dos dedos e dos tornozelos, que não limite o movimento dos pés, e não comprometa o caminhar. Os sapatos devem ter estrutura mais larga, solado neutro, contraforte rígido, distribuam uniformemente as pressões plantares, tragam conforto, equilíbrio, estabilizem a pisada e protejam os pés. Por isso, é preferível provar antes do que se arriscar comprando sapatos para idosos pela internet.
  • Idosos devem usar meias de algodão sem costuras ou elásticos, principalmente, na região dos dedos e tornozelos, pois podem prender a circulação.
  • É recomendável fazer visitas periódicas ao podólogo para realizar a inspeção, corte técnico das unhas, o desbaste de calos e calosidades, tratando previamente lesões ou qualquer problema que possa acometer as unhas, dedos, dorso e planta dos pés. Assim, o profissional pode orientar sobre uso de calçados adequados, protetores para minimizar pontos de dor ou desconforto nos pés e também cremes hidratantes específicos para os pés de idosos.

Os cuidados regulares, as orientações e tratamentos adequados dos pés idosos vão reduzir dores, desconfortos e, consequentemente, o risco de quedas e outros problemas típicos da idade. 

Caminhar com segurança confirma a autonomia e independência do idoso. Isso impacta diretamente na sua qualidade de vida, dá mais ânimo e disposição para viver um período tão peculiar da vida.


Doctor Feet
www.doctorfeet.com.br


SAS Brasil e Américas Amigas realizam mutirão de mamografia gratuitas no Jaguaré, zona oeste de São Paulo

Entre os dias 8 e 12 de março, 400 mulheres serão atendidas gratuitamente pelas organizações; os agendamentos podem ser realizados pelo WhatsApp da SAS Brasil ou pelo link de agendamento

 

O Dia Internacional da Mulher terá sua comemoração estendida no Jaguaré, bairro da zona oeste da Grande São Paulo. As organizações SAS Brasil e Américas Amigas se uniram para realizar a ação "Mulheres Amigas", um mutirão de mamografia que conecta prevenção e conscientização. A iniciativa acontecerá entre os dias 8 e 12 de março na Sociedade Benfeitora do Jaguaré e atenderá 400 mulheres previamente agendadas pelo WhatsApp (11) 945433099 ou pelo link bit.ly/acao_diadamulher. Os agendamentos podem ser realizados até o dia 2 de março.

 

É a segunda vez que a SAS Brasil realiza uma ação na região. Em 2019, a startup social esteve no Jaguaré realizando ações focadas em saúde da mulher e atendimentos oftalmológicos e odontológicos para as crianças. Neste ano, a startup social volta à região para uma ação inédita na história da instituição.  

 

A médica e CMO da SAS Brasil afirma que retornar à Jaguaré em parceria com a Américas Amigas para a realização de atendimentos às mulheres é um momento muito especial e importante para a startup social.“Realizar ações de conscientização e exames para prevenção dos cânceres de mama e de colo de útero é fazer com que a realidade de toda a família seja transformada evitando as consequências das doenças em estado grave", diz Adriana Mallet. Para esta ação, a SAS Brasil conta ainda com o apoio da Roche, que desde 2014 apoia o projeto com o foco na Saúde da Mulher realizado pela organização.

 

Existem alguns pré-requisitos para participar da ação. Para realizar o exame de mamografia é necessário ter mais de 40 anos, nunca ter realizado ou ter feito o exame há mais de 12 meses, ter renda familiar de até dois salários mínimos ou receber Auxílio Social do Governo e não ter prótese mamária estética.  

A SAS Brasil está disponível para mais informações, agendamento de entrevistas e produção de conteúdos exclusivos: marina@sasbrasil.org.br | (84) 98112-2098

 

Sobre a SAS Brasil

Startup social, uma instituição do terceiro setor que desenvolve e implementa soluções de acesso à saúde. Desde 2013, atua de forma itinerante em cidades carentes de acesso a médicos especialistas, resolvendo os problemas de saúde de ponta a ponta, impactando diretamente as filas de espera do SUS. Com a missão de levar saúde e alegria para quem mais precisa, a SAS Brasil criou soluções inovadoras e premiadas, nacional e internacionalmente.

 

Sobre a Américas Amigas

Fundada em 2009, a Américas Amigas é uma Organização da Sociedade Civil e Entidade Promotora dos Direitos Humanos que combate o câncer de mama.Tem como missão promover, em território nacional, a queda da mortalidade por câncer de mama para a população em situação de vulnerabilidade social por meio de conscientização, informação e acesso à detecção e ao diagnóstico precoce da doença.

 

Serviço

O quê: Ação Mulheres Amigas (Realização SAS Brasil e Américas Amigas)

Quando: 8 a 12 de março de 2023

Horário: das 7h às 17h

Onde: Rua Floresto Bandecchi, 16, Jaguaré, zona oeste de São Paulo 

Agendamentos: Pelo link: bit.ly/acao_diadamulher ou pelo Whatsapp: (11) 9 45433099


Conscientizar sobre o teste de creatinina e a crise da diálise é a meta do Brasil para o Dia Mundial do Rim 2023

Mobilização promovida pela Sociedade Brasileira de Nefrologia visa estimular a detecção precoce para evitar o agravamento da crise na rede assistencial de diálise
 

Mais de 20 milhões de brasileiros têm algum tipo de doença renal crônica e apenas uma pequena parcela destes sabe. Quem já recebeu o diagnóstico sofre com falta de vagas para fazer hemodiálise no Sistema Único de Saúde, muitos deles morrem por complicações da doença sem conseguir tratamento. 

É por conta desse cenário triste e extremamente preocupante que a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e suas regionais realizam, no próximo dia 9 de março, uma grande mobilização nacional para celebrar o Dia Mundial do Rim com duas mensagens de conscientização: exame de creatinina para todos; cuidar dos vulneráveis e estar preparado para desafios inesperados.
 

Exame de creatinina para todos 

A creatinina é uma substância presente no sangue que funciona como um marcador para avaliar o funcionamento dos rins. O exame, feito a partir de uma amostra simples de sangue, consiste em verificar o nível de creatinina. Se ele estiver alto ou em elevação, há indícios de problemas renais. “Este exame é uma alternativa simples e viável para conseguirmos detectar a doença precocemente e dessa forma aumentar as chances de tratamento adequado para retardar a progressão para estágios mais avançados”, explica José Moura Neto, nefrologista e Presidente da SBN.
 

Crise da diálise no Brasil 

O “estágio mais avançado” ao qual Moura Neto se refere é a dependência de terapia renal substitutiva, que é feita por meio de hemodiálise ou transplante. O número de pacientes renais crônicos que aguardam vaga para realizar diálise na rede pública de saúde é alto e tende a se aumentar se não houver uma ampla reformulação desse setor. “Estamos vivendo uma crise humanitária importante que a sociedade precisa tomar conhecimento. Precisamos urgentemente melhorar o financiamento do setor para ampliar o número de vagas e serviços de diálise para atender aqueles que estão mais vulneráveis” alerta o Presidente da SBN.

A estratégia de detecção precoce e a falta de vagas foram notificadas à Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, logo após a sua posse. A Sociedade Brasileira de Nefrologia solicitou uma audiência para discutir a crise na diálise, colocando membros e especialistas à disposição para a elaboração de planos e políticas públicas que tragam mais sustentabilidade ao setor e garanta aos brasileiros com doença renal crônica o direito de assistência à saúde assegurado na Constituição.
 

Sobre o Dia Mundial do Rim

É uma campanha mundial criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) com o objetivo de informar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde renal. Comemorado sempre na segunda quinta-feira do mês de março, no Brasil, as ações são coordenadas pela Sociedade Brasileira de Nefrologia.


As principais tendências para o mercado de saúde em 2023

É notório que o desenvolvimento de inovações voltadas especialmente para o mercado de saúde tem tido grande destaque nos últimos anos. A adoção de novas tecnologias cumpre um papel crucial ao aprimorar o atendimento médico, bem como garantir aos profissionais do setor acesso a informações confiáveis para proporcionar aos pacientes uma melhor experiência de cuidado. Neste contexto, soluções como telemedicina e atendimento com base em informações baseadas em evidências tem ganhado um espaço significativo no setor.

De acordo com a pesquisa TIC Saúde 2022, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CBI.br), a teleconsulta foi utilizada por 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros. Os dados do comitê apontam ainda que, se comparado ao período anterior à pandemia de Covid-19, cada vez mais os profissionais da saúde têm acessado informações dos pacientes disponíveis de modo eletrônico. Com relações às anotações de enfermagem, houve um aumento de 52% em 2019, para 81% em 2022. Para os médicos, foi registrado um crescimento de 74% em 2019, para 85% em 2022 na disponibilidade de listas de medicamentos prescritos aos pacientes.

Tendo em vista a adoção exponencial de serviços digitais no segmento da saúde, a expectativa é que soluções tecnológicas mantenham-se como atores centrais dentro dos consultórios, laboratórios e demais espaços clínicos.
 

Revolução no atendimento clínico além dos consultórios tradicionais 

O aumento da adesão tecnológica tem ocupado um espaço de destaque nas instituições de saúde. Entre as principais alternativas que contribuem para o fomento deste cenário estão os modelos de telemedicina e cuidados virtuais, que foram adotados por sistemas de saúde com o objetivo de potencializar o cuidado ao paciente.

No entanto, com a crescente adoção desta modalidade de consulta, também há uma preocupação maior com a qualidade do atendimento virtual, bem como com os dados utilizados para a tomada de decisões clínicas. Neste sentido, é preciso que os próprios provedores de saúde estejam atentos em fortalecer e formalizar o treinamento para pesquisar e promover as melhores práticas de telessaúde baseadas em evidências para suas equipes clínicas.

Além disso, para garantir a melhor experiência no ambiente digital, os profissionais do setor devem atentar-se à disponibilidade de conteúdos educacionais personalizados. Isso tornará a comunicação com o paciente mais acessível e o ajudará a trilhar a sua própria jornada de saúde.
 

Treinamento e educação virtual para aprimorar o atendimento clínico 

Na medida em que há um aumento na disponibilidade de informações científicas e soluções tecnológicas para apoiar o setor, também é necessário preparar todo o corpo clínico na forma de lidar com esses dados, para que, assim, médicos e enfermeiros possam atender seus pacientes com base em conteúdos ricos e precisos.

Para que isto funcione de modo efetivo, espera-se que provedores e instituições de ensino se apoiem na tecnologia para fornecer recursos baseados em evidências e alcançar mais alunos, estabelecer-se na transformação digital e, consequentemente, reter mais médicos e profissionais no corpo de enfermagem, aprimorando assim o atendimento clínico.

De encontro com o aperfeiçoamento de conhecimento científico, estão as aulas virtuais e o aprendizado online, práticas que tendem a serem cada vez mais comuns no processo de formação médica.

A utilização destas ferramentas permite ao aluno uma aprendizagem mais imersiva proporcionando a simulação de práticas que aparecerão rotineiramente no consultório. Sendo assim, como uma vivência prévia, os profissionais chegam ao mercado de trabalho melhores preparados para as tomadas de decisões clínicas.
 

Integração de dados e aceleração de soluções clínicas baseadas em evidências nas instituições de saúde 

Ferramentas de aprendizagem de máquina, como processamento de linguagem natural e mineração de dados textuais, podem ajudar os sistemas de saúde a revelarem valiosas percepções de equidade de saúde escondidas em dados clínicos não estruturados que são difíceis de armazenar, pesquisar, analisar e compartilhar através dos sistemas de saúde.

Outro fator destacável para melhorar a experiência clínica, é a interoperabilidade entre os sistemas de saúde, com o propósito de integrar todas as informações relacionadas ao paciente. A integração de toda a documentação ajudará a aumentar a eficiência do provedor de saúde e, consequentemente, melhorar o atendimento baseado em evidências.

Indo ao encontro com a tendência de explorar informações científicas entre os decisores do mercado de saúde, existe um interesse crescente por ferramentas e soluções especificamente projetadas para encurtar o ciclo entre a identificação de problemas clínicos e a implementação de soluções baseadas em evidências. Neste sentido, iniciativas de pesquisa de melhoria da qualidade são fundamentais para melhores resultados dos pacientes e desempenho financeiro e operacional.

Desta forma, o cenário vislumbrado para 2023 é de um ecossistema de saúde ainda mais digital pautado no acesso a informações confiáveis e pesquisas sólidas. No entanto, existem muitos desafios no que tange abordagens inovadoras para aprimorar o atendimento clínico, mas é preciso explorar cada vez mais as alternativas disponíveis no mercado de saúde, para que, assim, médicos e pacientes saiam ganhando com um atendimento mais personalizado, atencioso, efetivo e seguro. 

  

Matheus Barbosa - Gerente Comercial e de Alianças para Medi-Span Clinical na Wolters Kluwer, empresa líder global no fornecimento de informações profissionais, soluções e serviços para médicos e enfermeiros.


Preocupação excessiva com a aparência, distorção de imagem, medo (ou mania) de espelho... Precisamos falar sobre a Dismorfia Corporal!

 A cirurgiã plástica Thamy Motoki explica o transtorno que atinge cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil e conta como proceder quando recebe pacientes com esse quadro

 

Vivemos um tempo em que a preocupação excessiva com a aparência atinge, a cada dia, níveis alarmantes. Com a ditadura das redes sociais, o maior uso de telas e câmeras, e os padrões de beleza impostos, as pessoas desejam, desesperadamente, se enquadrar nesses modelos. Primeiro através dos milagrosos filtros, que proporcionam um rosto quase perto do sonhado ideal, depois querem que esses filtros se tornem realidade e, então, procuram os procedimentos estéticos.

“Creio que com as redes sociais, a busca por um corpo perfeito, aquela beleza de “filtro”, é cada vez maior. E isso pode influenciar, negativamente, na percepção da imagem corporal. As pessoas se comparam mais com as outras, e querem parecer impecáveis tanto nas redes, quanto na vida real”, diz a cirurgiã plástica Dra. Thamy Motoki, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O problema é que essa busca infinita pela aparência perfeita pode se transformar em um sério transtorno psicológico, paralisando de modo grave a vida do indivíduo. É quando a pessoa passa a se incomodar, de forma desproporcional, com algo em seu corpo. Seja uma manchinha aqui, uma marca de expressão ali, o nariz, a orelha, a perna mais ou menos grossa, entre diversos outros pontos.

Só que muitas vezes esses “defeitos” visualizados nem sempre estão, de fato, ali, ou são supervalorizados. A pessoa então passa a se olhar obsessivamente no espelho, ou então foge dele. E tenta escapar da vida social, do convívio com as pessoas, acreditando que está feia e desencaixada do padrão.

Quando isso acontece é bem provável que esteja ocorrendo um quadro de Dismorfia Corporal, ou Transtorno Dismórfico Corporal, quando a pessoa tem uma preocupação excessiva com o corpo e passa a ver sua imagem de forma distorcida. Acredita-se que hoje em dia o problema atinja cerca de 4 milhões de pessoas só aqui no Brasil, e até 2% da população mundial.

“A dismorfia corporal é um transtorno psicológico que resulta em um impacto muito negativo para autoestima, além de afetar a vida no trabalho, nos estudos e no convívio em geral com outras pessoas”, pontua a Dra. Thamy.

A médica conta que já recebeu em seu consultório muitos pacientes com essa dismorfia. E o que eles querem é corrigir, através de cirurgias, um problema que nem existe e está apenas em sua mente. “A abordagem, nesses casos, não é simples. O próprio paciente não tem noção do seu problema e necessita um olhar cuidadoso, alguém que o ouça e acolha adequadamente. Eu, como cirurgiã plástica, tento mostrar de forma técnica que não há problema, de fato, com o corpo. Ou então que pode estar havendo uma supervalorização de um pequeno problema”, explica a Dra. Thamy.

Ela, inclusive, já se negou a realizar cirurgias em pessoas com esse quadro de distorção de imagem. “Já neguei, sim! É preciso ter bom senso para indicar um procedimento cirúrgico e também para declinar um pedido. E já aconteceu de paciente ficar chateado, afinal, ele procura uma cirurgiã para operar e não esperam, nunca, receber um não. Mas, como disse, é preciso ter bom senso”, diz a profissional.

A dismorfia corporal tende a surgir na época da adolescência e afeta mais, em sua grande maioria, as mulheres. Afinal, a cobrança estética em cima do público feminino, não é segredo, sempre foi grande e cruel.

De acordo com a cirurgiã, pessoas com dismorfia corporal estão insatisfeitas com o próprio corpo de maneira exagerada. Podem supervalorizar pequenos defeitos transformando isso na causa de todas as suas insatisfações. “As reclamações mais comuns que noto aqui na clínica são relacionadas à face, em especial ao nariz, e às mamas”, detalha.

O diagnóstico de uma pessoa com transtorno dismórfico corporal nem sempre é imediato. Mas ao longo das consultas com o médico ele pode se revelar em queixas repetidas direcionadas à determinada área do corpo, insatisfação permanente com aquela região, ainda que não haja um problema anatômico/ estrutural/funcional importante. “O paciente nitidamente ansioso e relacionando seus problemas, e demais insatisfações, àquela tal “imperfeição”, ou que tenta atingir determinado padrão de beleza estipulado como ideal, pode estar sofrendo de dismorfia. Além disso, quem apresenta esse quadro, também relata evitar convívio social (como ir à praia ou piscina, por exemplo), tem dificuldade de concentração e olha-se no espelho com frequência, ou chega a evitar por completo ver sua imagem refletida ali”, explica a médica, sobre os indícios que indicam o problema.

Apesar de ser ainda pouco abordada, a dismorfia corporal, principalmente entre os adolescentes, mas em todas as idades, é um problema sério, que precisa ser diagnosticado e tratado antes que gere consequências e traumas ainda piores, inclusive cirurgias arriscadas e sem necessidade alguma. Por isso é preciso sempre estar atento aos familiares e amigos à nossa volta e procurar tratamento adequado assim que os primeiros sintomas forem notados.

“Meu conselho é: cuide do seu corpo, sem esquecer da sua mente! Corpo saudável e mente saudável devem caminhar juntos. Evite comparações com outras pessoas e procure ajuda especializada com psicólogo e psiquiatra”, orienta a cirurgiã, Dra. Thamy Motoki.


Ginecologista alerta sobre as principais doenças que afetaram as mulheres durante o período de folia

Especialista evidencia que o verão é dos fatores que potencializa o desenvolvimento de doenças ginecológicas 

 

O período de folia está chegando ao fim, a programação intensa de viagens, festas e bloquinhos carnavalescos costuma cobrar um preço alto do nosso corpo. No entanto, ainda que a festa seja um momento repleto de alegria e curtição, é essencial empenhar uma atenção maior em relação à saúde, principalmente para as mulheres.

Durante essa festividade estamos vivenciando a estação mais quente do ano, que é um dos períodos em que mais mulheres costumam procurar os consultórios pelas doenças ginecológicas decorrentes da proliferação de fungos nas partes íntimas “No verão com o aumento da umidade e temperatura a propagação de fungos e bactérias é maior. Além disso, o carnaval também potencializa o aumento do número de disseminações e contágios das Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” adverte a médica Loreta Canivilo, ginecologista.

A região vaginal possui uma proteção natural, contudo, ainda é uma área muito delicada que necessita de cuidados para prevenir que resíduos se acumulem e atinjam a região interna que acarretara no desenvolvimento de doenças tais como a candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, infecção urinária ou cistetite.

Por outro lado, também existe as ISTs que são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo o Ministério da Saúde as ISTs mais comuns são a herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e a AIDS.

A medida mais indicada após o carnaval é procurar um ginecologista para a realização de um check up para tratar de forma precoce qualquer alteração que a folia possa ter trazido. “É essencial que as mulheres procurem um especialista para a realização de um diagnóstico e tratamento corretos, mesmo em casos de doenças recorrentes, pois o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal” ressalta Dra. Loreta. 

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.

 

Residência Médica e o plantão

  A Residência Médica é uma modalidade de ensino de pós-graduação, oferecida por instituições regulamentadas pelo Ministério da Educação (MEC) e regimento determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). É considerada o “padrão-ouro” na formação de médicos no Brasil.

Nela, o residente realiza treinamento, em serviço, sob a supervisão do preceptor, médico de elevada qualificação ética e profissional, mediador do processo de ensino-aprendizagem, das inter-relações entre estudantes, docentes, usuários, gestores e equipe multiprofissional, nos diferentes estágios previstos pela CNRM.

Os estágios em urgência e emergência, pronto-socorro e atendimento a pacientes internados constituem em estágios obrigatórios com base na Resolução CNRM nº 2/2006, devendo constituir 10% da carga horária anual.  São determinadas, no máximo,  24 “horas de plantão”, dentro da carga horária de 60 horas semanais.

A Matriz de Competências em Cirurgia Vascular, aprovada pela CNRM, descreve em seus objetivos gerais: Formar e habilitar médicos, na área de Cirurgia Vascular, a adquirir as competências necessárias para realizar procedimentos diagnósticos, terapêuticos clínicos, cirúrgicos e endovasculares, no ensino, na pesquisa e assistência aos pacientes portadores de afecções circulatórias congênitas, adquiridas, degenerativas, “urgências traumáticas e não traumáticas”. E em seus objetivos específicos: Adquirir competências para abordar os acessos vasculares invasivos ou não, “atendimento ao trauma vascular e às emergências cirúrgicas e clínicas”.

É durante os processos de estágios e plantões, no atendimento de urgências e emergências, que atitudes, habilidades e competências necessárias à especialidade devem ser desenvolvidas para a adequada capacitação do médico residente, nos serviços de urgência e emergência, tais como: capacidade de manter-se alerta e estável, tomar decisões rápidas e adequadas, dentro de normativas das melhores práticas, atuar com segurança diante das mais diferentes intercorrências e adversidades, saber lidar com as limitações de recursos, ter boa comunicação com pacientes e familiares e trabalhar bem em equipe.

É no plantão, em pronto-socorro, que o médico-residente tem maior contato com pacientes que necessitam de atendimento de urgência/emergência. Deste modo, é importante ressaltar que, os eventos cardiovasculares são considerados a principal causa de morte na população brasileira, enquanto as causas externas, incluindo causas intencionais e não intencionais, sendo, portanto a principal causa de morte, nas primeiras quatro décadas de vida (p.ex. trauma).

Esses eventos críticos, comuns no atendimento às urgências e emergências, apresentam-se cada vez mais desafiadores, sendo o pronto-socorro considerado área crítica para o desenvolvimento dos médicos, tendo em vista a evolução da própria medicina e a expectativa da sociedade atual, que estabelece novos padrões de exigência, desfechos e tempos de resposta às demandas individuais.

Nesse contexto, os plantões médicos são idealizados para garantir pronto atendimento aos pacientes, internados ou que chegam à instituição, seja no pronto-socorro, unidades de emergência, UTI, enfermarias, garantindo atendimentos emergenciais e assistência contínua aos doentes. Desta forma, o enfrentamento das situações de urgência e emergência e de suas causas requer não apenas a assistência imediata, mas incluem ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e seus agravos, o tratamento contínuo das doenças crônicas, a reabilitação e os cuidados paliativos.

A responsabilidade estratégica do atendimento é de extrema importância e os setores de Urgência e Emergência, dentro dos sistemas de saúde, são locais de alta demanda e existe sobrecarga dos serviços disponibilizados para o atendimento da população. Por outro lado, há necessidade constante de atualização e educação continuada dos médicos plantonistas.

O médico residente, dentro de um programa de residência devidamente credenciado pela CNRM, não deve ser o responsável pela Assistência Médica em substituição ao preceptor (assistente), pois a atividade-fim do residente se relaciona ao processo de ensino e aprendizagem.

A maneira apropriada do treinamento e capacitação do médico residente, em regime de plantão, objetiva fornecer formação adequada com ganho de autonomia e independência para ofertar tratamento adequado à população. Certamente, essas atividades de alta complexidade exigem supervisão adequada de preceptor habilitado.

Além de capacitar o médico residente para o atendimento, nos diferentes níveis de gravidade do doente, presentes nos serviços de urgência e emergência (pronto-socorro), os programas de residência médica, também, devem primar pela capacitação técnica, humanização e alinhar conhecimentos legais, portarias e diretrizes de saúde vigentes, que são pilares essenciais para a formação profissional do médico. 

 

Dra. Regina de Faria Bittencourt da Costa - Cirurgiã vascular. Membro do Departamento de Educação Médica Continuada da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo. Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM) e Chefe da Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis.

 

Alimentação é aliada no tratamento da endometriose

Apesar de ser uma doença crônica o tratamento adequado permite à mulher uma melhora significativa, com maior qualidade de vida e controle dos sinais da endometriose

 

Manter hábitos alimentares saudáveis está entre as indicações de práticas para amenizar os desconfortos e dores provocadas pela endometriose. A correlação, de acordo com a ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, está na capacidade de alguns alimentos interferirem de forma positiva na inflamação na região pélvica.

“A endometriose é uma doença benigna. Ela se caracteriza pela presença de células do endométrio fora da cavidade endometrial- tecido que descamaria na menstruarão. As mulheres com esse problema podem ter focos de endometriose no ovário, na bexiga ou no intestino, o que pode desenvolver inflamação e, consequentemente, dor”, explica a especialista.

Com o intuito de atenuar esse desconforto, a médica reforça que é preciso dar preferência ao consumo de alguns alimentos e excluir outros, a fim de não intensificar o quadro inflamatório. “É recomendado que as mulheres com esse quadro incluam na sua rotina fibras e frutas, além de muita água. Na contramão, o ideal é evitar o consumo de carne vermelha, de leite e de alimentos gordurosos”, exemplifica.

Apesar da grande importância que tem, a boa alimentação não exclui o acompanhamento médico e a adoção de recursos terapêuticos convencionais para lidar com o quadro ocasionada pela doença. De acordo com a ginecologista, de maneira geral, o primeiro passo é o tratamento clínico com o uso de medicamentos e interrupção da menstruação, e nos casos mais graves, a alternativa cirúrgica.

“Apesar de ser uma doença crônica o tratamento adequado permite à mulher uma melhora significativa, com maior qualidade de vida e controle dos sinais da endometriose”, conclui.

   


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Entenda o papel do Agente Comunitário de Saúde na promoção e prevenção de doenças

Cuidado com a qualidade de vida da população começa na atenção básica, destaca CEJAM

 

Você sabe o que faz um Agente Comunitário de Saúde (ACS)? Ele é um dos profissionais que compõem a equipe multiprofissional nos serviços de atenção básica, desenvolvendo ações de prevenção e promoção àsaúde.

Conforme definição do Ministério da Saúde, é o ACS quem realiza a integração dos serviços de saúde da atenção básica com a comunidade, sustentando o entendimento de que saúde não é “estar doente”, estando ligada também a fatores físicos, emocionais, psicológicos e ambientais.

Em 1991, a pasta criou o Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS), para orientar as ações de desenvolvimento no primeiro nível de atenção à saúde, sendo um braço importante da Estratégia Saúde da Família (ESF).

“A proximidade facilita o monitoramento da qualidade de vida do cidadão. Os profissionais são treinados em 360 graus e têm como principal função avaliar todas as necessidades básicas que dignificam o ser humano, bem como a comunidade em si. Cada território conta com uma equipe fixa, que dispõe de escuta e olhar atentos às questões de moradia, condições de trabalho, educação, lazer, meio ambiente, cultura e alimentação”, explica Ademir Medina, CEO do CEJAM.

Adriana Macedo, ACS no território atendido pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Cidade Ipava, gerenciada pelo CEJAM -- Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, explica que as visitas são realizadas de acordo com a necessidade do cidadão.

“Um exemplo é a gestante que deixa de fazer o acompanhamento pré-natal, deixa de vacinar os filhos ou falta em uma consulta, então, nós, ACS, fazemos esse acompanhamento de saúde e, com base nele, identificamos essas questões e vamos até o domicílio verificar como atender a demanda necessária naquele momento”, exemplifica.

Paula Aparecida, também ACS no território Cidade Ipava, destaca que algumas famílias recebem visitas mensais e, quando necessário, há revisitas, nas quais o agente segue acompanhado de um profissional médico, enfermeira ou equipe multidisciplinar, que é composta por nutricionista, educador físico, assistente social e fisioterapeuta, entre outras especialidades, de acordo com a patologia.

Agente há 13 anos, Paula conta que, diariamente, lida com anseios, angústias e conquistas dos moradores locais. “Quando conseguimos orientar e o paciente absorve o que foi dito, é muito gratificante.”

Adriana, por sua vez, compartilha um caso, em que uma paciente idosa apresentava um quadro de depressão, porém, se recusava a fazer o tratamento e não recebia a equipe.

“Aos poucos, com muita insistência, enfim, consegui a atenção dela, que passou a permitir que eu a visitasse mensalmente. Conquistando sua confiança a cada visita, pude orientá-la sobre a importância de ter o acompanhamento adequado para sua saúde mental, até que ela aceitou realizar uma consulta e fazer exames para, então, iniciar seu tratamento. Por fim, consegui até mesmo convencê-la a participar do grupo de caminhada”, comemora a profissional.

Segundo a agente, hoje, a paciente agradece por nunca ter desistido dela.

As profissionais avaliam que, no dia a dia, o trabalho pode não ser fácil, pois alguns moradores não querem recebê-las por acharem que os ACS passam para incomodar, enquanto outros julgam que são profissionais do governo que ficam andando o dia todo. “Mas, claro, muitas dão o devido reconhecimento e importância ao nosso trabalho”, pontua.

Para a gerente da UBS Cidade Ipava, Simone Menezes, o papel do ACS vai muito além de cadastrar e acompanhar famílias. “É criar laços, é ser empático, é ser o elo entre a comunidade e a unidade básica de saúde. São profissionais de extrema importância na implementação do sistema único de saúde.”

Em 2022, os agentes realizaram 2,7 milhões de visitas domiciliares em São Paulo e 878 mil em Mogi das Cruzes.


Diretrizes para qualificação dos ACS

O PACS visa promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos agentes, por meio de competências profissionais específicas da categoria, ajustadas às atividades de promoção e vigilância à saúde de famílias e comunidades:

  • Trabalho em equipe;
  • Visita domiciliar;
  • Planejamento das ações de saúde;
  • Promoção da saúde;
  • Prevenção e monitoramento de situações de risco e do meio ambiente;
  • Prevenção e monitoramento de grupos específicos;
  • Prevenção e monitoramento de doenças crônicas degenerativas e transmissíveis;
  • Acompanhamento e avaliação das ações de saúde.

Conforme prevê a lei, o candidato tem que morar em um dos bairros da área de abrangência do distrito para o qual se inscreveu. O processo seletivo tem, além da prova objetiva, o Curso Introdutório de Formação, que é obrigatório. A capacitação dispõe de 40 horas e o candidato deve registrar 100% de presença.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

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