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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Medo e desculpas: 3 dicas para evitar bloqueios ao iniciar um negócio

A empresária e especialista em desenvolvimento pessoal Martinha Gondim fala sobre como crenças limitantes atrapalham nosso crescimento e dá dicas de como superá-las



A trajetória empreendedora é rodeada por dificuldades, mas e quando o obstáculo somos nós mesmas? Às vezes, bloqueadas por medos e apreensões, algumas mulheres não se permitem evoluir e ir atrás dos próprios objetivos.

De acordo com Martinha Gondim, empresária, especialista em desenvolvimento pessoal e fundadora da A Vida Que Sonho, uma das maiores organizações de vendas diretas e marketing multinível do Brasil, esses tipos de pensamentos estão atrelados às crenças limitantes. “Elas são verdades que nutrimos sobre nós e o mundo, e que muitas vezes absorvemos em nossa criação. O problema aparece quando essas ideias passam a nos controlar, e não podemos deixar isso acontecer”, explica.

No contexto do empreendedorismo, essas crenças vêm de várias formas. “Elas podem estar relacionadas ao dinheiro, por meio de pensamentos como ‘só gente muito inteligente fica rica’, ou mesmo vinculadas à pessoa, como acreditar que ‘eu sou um fracasso’. Esses bloqueios se fortalecem ainda mais dependendo das condições de vida”, aponta.

Para Martinha Gondim, porém, muitas dessas crenças são mentais, muros que criamos em nossa mente. “Às vezes, um obstáculo simples pode se tornar um desafio impossível dependendo de como o interpretamos. Para crescer, precisamos interromper este ciclo e buscar por pensamentos que valorizem nossos sonhos e nós mesmos”, informa.

A seguir, confira três dicas de como evitar esses bloqueios e iniciar seu negócio com mais certezas do que dúvidas:

 

  • Muna-se de informações

Quem tem informação, tem poder. Costumamos nos amedrontar com aquilo que não conhecemos e, portanto, não sabemos lidar. Martinha afirma que a melhor maneira de enfrentar o medo é, de fato, mergulhando neste universo.

“Não posso mudar o que penso se não aprender sobre o que pode ser diferente. Informe-se sobre o mercado para entender qual é a direção que você procura. Quando mapeamos o terreno, o desafio sempre parece menor”, comenta.

 

  • Busque inspirações

Procurar por histórias empreendedoras de sucesso que começaram de lugares parecidos com o seu é um caminho crucial para encontrar inspiração e autoconfiança, de modo a crescer e dar o próximo passo no negócio.

“Essas empreendedoras que tiveram grandes conquistas se tornam referência e funcionam como um motor para que possamos aplicar estratégias na prática. É desse modo que podemos fortalecer o sonho do negócio, afinal, todo o conhecimento do mundo não é suficiente se antes você não for capaz de idealizar a linha de chegada”, diz.

 

  • Esteja rodeada de pessoas

Trocamos experiências o tempo inteiro. Para Martinha Gondim, expandir seu leque e conviver com sonhos e vivências diferentes das suas é importante para que possamos entender nosso lugar no mercado e no mundo.

“Além da bagagem que adquirimos, quando estamos em contato com outras pessoas, que também buscam alternativas a suas aflições e bloqueios, encontramos a motivação necessária para seguir adiante e enfrentar nossos medos, já que passamos a nos sentir menos sozinhas”, completa.

 

Martinha Gondim - empresária atuante na indústria do bem-estar, consultora independente, palestrante nacional e internacional, escritora e responsável pela A Vida Que Sonho, uma das maiores organizações de vendas diretas e marketing multinível do Brasil. Em seus 23 anos de atuação profissional adquiriu, acumulou e desenvolveu competências em desenvolvimento e marketing pessoal, formação de equipes, expansão de negócios, liderança, marketing multinível, planejamento estratégico e vendas diretas. Com A Vida Que Sonho, já formou mais de 30 mil consultores em 35 países.

www.martinhagondim.com.br

 

Felicidade no trabalho: de quem é a responsabilidade em garanti-la?

Ser feliz em seu ambiente de trabalho nunca foi um tema tão crucial. Isolados em nossas casas, relatos de desânimo, depressão e desgastes cresceram em níveis preocupantes – acendendo um alerta urgente em garantir que a rotina organizacional seja a mais leve e satisfatória possível. Mesmo diante de inúmeras interferências externas, construir um ambiente harmônico fará toda a diferença para a retenção, produtividade e destaque dos talentos. Mas, para isso, todos precisam trabalhar em conjunto nessa missão.

Atribuir a responsabilidade de criar um local de trabalho feliz para apenas uma das partes é uma tarefa perigosa – afinal, nem sempre essa insatisfação é gerada pelo lado da contratante. De fato, muitas companhias que excedem nas cargas horárias atribuídas a seus profissionais, aplicando cobranças intensas sem o devido reconhecimento, abrem portas para a dispersão de seus times com prejuízos intensos em suas operações.

Mas, não podemos nos esquecer que somos seres emotivos por natureza. Em um dia estressante, por motivos pessoais, um simples olhar diferente dos superiores, ou um e-mail mal compreendido pode ser suficiente para despertar sentimentos negativos e até a busca por outras oportunidades. A linha de separação entre todos esses fatores vem se estreitando cada vez mais, tornando desafiador encontrar soluções que reduzam essas interferências e auxiliem na felicidade dos profissionais em trabalharem para a marca.

Em um olhar prático, muitas empresas já compreendem o efeito dominó positivo em se preocupar com a felicidade de seus times. Quando contentes, cada profissional poderá não apenas ter uma melhor performance, como também sempre buscar soluções inovadoras para o crescimento corporativo. Um estudo da Harvard Business Review, comprovadamente, mostrou que organizações com colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores – principalmente, quando incorporam tais ações em sua cultura organizacional, transpassando esse reconhecimento desde o processo seletivo.

A felicidade no trabalho precisa ser enxergada e aplicada como uma preocupação genuína, e não como uma mera obrigação. Muito além do que oferecer um salário maior ou benefícios complementares, ela se constrói no relacionamento entre as equipes, na comunicação desenvolvida no dia a dia e em práticas que saem do papel. Após um distanciamento intenso enfrentado durante a pandemia, está mais do que na hora de todos se unirem em prol deste ambiente, construindo experiências satisfatórias que ajudem a dissipar qualquer estresse ou dificuldade que possa surgir.

Levando em consideração a migração de muitas companhias para modelos 100% remoto ou híbrido, organizar momentos de descontração presencialmente com times é uma medida obrigatória de ser colocada em prática. As facilidades proporcionadas pelo trabalho à distância, por mais benéficas que sejam, não devem excluir estes momentos de união e relacionamento – capazes de fortalecer os laços internos e desenvolver uma comunicação muito mais saudável e próxima entre todos.

Cada profissional deve se tornar o grande protagonista desse processo, tanto por parte dos gestores quanto por si só. Todos temos que compreender quais ambientes, trabalhos e cargos são adequados para nossos perfis e anseios de carreira, analisando todos esses pontos antes de aceitar qualquer oportunidade. Se não soubermos o que nos faz feliz, nenhuma outra pessoa conseguirá responder essa questão por nós. Muito menos, uma organização.

Muitos cargos específicos para a promoção dessa felicidade já foram criados e colocados em prática em diversas companhias. Mas, mesmo diante desta contribuição, o envolvimento coletivo de ambas as partes fará uma diferença muito maior na conquista deste sentimento. Uma ação pautada no autoconhecimento, como forma de atrair e reter cada vez mais profissionais satisfeitos, deve fazer parte do propósito de todas as empresas.

 

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/

Frente a novo recorde da inadimplência dos consumidores, Serasa Experian realiza ação de renegociação para tirar brasileiros do vermelho

Patamar alcançou 67,6 milhões de pessoas com nome negativado; Solução Limpa Nome oferece renegociação de dívidas com até 90% de desconto

 

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor registrou mais um recorde desde o início da série histórica: 67,6 milhões de pessoas estão com o nome negativado no país. Frente à necessidade de oferecer soluções para os brasileiros renegociarem dívidas, a Serasa Experian realiza uma força-tarefa do Limpa Nome com até 90% de desconto e possibilidade de parcelamento em até 36 vezes sem juros. Confira no gráfico abaixo a evolução da inadimplência no Brasil:




Segundo Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome, essa foi uma solução proposta depois de ouvirem 2.645 consumidores endividados no Brasil e conta com o apoio de empresas para possibilitar a recuperação do poder de compra dos brasileiros sem impactar a renda mensal. “Quando um inadimplente renegocia o débito, a dívida sai do seu nome logo após pagar a primeira parcela, o que o auxilia a retomar crédito”, explica Aline. “A ação foi a maneira que as empresas envolvidas encontraram para conter a alta da inadimplência”, complementa.

Ainda de acordo com o indicador, o setor com mais dívidas negativadas é o de Bancos e Cartões (28,6%), seguido de Utilities, que compila contas básicas como água, gás e energia (22,2%), Financeiras (13,7%), Varejo (12,4%), Serviços (10,1%), Telefonia (6,8%) e Securitizadoras (2,1%). Confira a variação anual no gráfico a seguir:




O levantamento estima, ainda, que 41,8% da população adulta no Brasil esteja inadimplente e mostra que a maior parte de pessoas com nomes negativados possui entre 26 e 40 anos. Veja na tabela abaixo a análise completa por faixa etária:



“Os recordes consecutivos da inadimplência do país refletem a alta da taxa básica de juros e a inflação ainda elevada, que impacta a realidade financeira dos brasileiros. Com a previsão de que este cenário ainda leve algum tempo para estabilizar, ações como a do Serasa Limpa Nome se fazem imprescindíveis. O consumidor que quiser, ainda, contar com outros recursos para sair do vermelho pode verificar, por exemplo, a possibilidade de utilizar o aumento do Auxílio Brasil, que passa de R$ 400 para R$ 600 por mês até dezembro deste ano”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Na comparação estadual, São Paulo fica no topo do ranking com 16 milhões de inadimplentes, seguido do Rio de Janeiro (6,8 milhões) e Minas Gerais (6,4 milhões). O gráfico abaixo traz os dados dos demais estados:





Mais Opções de renegociação de dívidas


Em julho, a Serasa concedeu mais de R$ 3,5 bilhões em descontos nas negociações realizadas pelo Serasa Limpa Nome. Para auxiliar os consumidores a saírem do vermelho a companhia, junto a empresas parceiras, disponibilizou mais de 23 milhões de dívidas para negociação até R$ 100 e mais de 68 milhões até R$ 1.000.


As mulheres foram as que mais utilizaram o serviço de renegociação da Serasa, representando 54% do total. Confira abaixo o ranking de renegociações em todo o país:



Para pagar as dívidas com descontos e parcelamentos, o consumidor deve consultar o Serasa Limpa Nome pelos canais oficiais:


• Aplicativo: disponível no Google Play e na App Store

• WhatsApp - (11) 99575-2096

• Mais de 6 mil agências de Correios espalhadas pelo Brasil

• Telefone: 0800 591 1222

Site oficial do Serasa Limpa Nome


Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Educação para democracia precisa ir além das eleições, dizem especialistas

Processo democrático envolve todos os aspectos da vida em sociedade

 

Da merenda servida na hora do intervalo ao asfalto que existe ou falta no caminho de casa até a escola, tudo passa pela política. Por isso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz, entre as competências gerais da Educação Básica, “agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. Falar sobre política, democracia e cidadania não é, portanto, uma escolha, mas uma exigência.

Compreender o processo eleitoral e a importância do voto para o futuro do país é fundamental, mas a abordagem educacional a respeito da democracia não pode parar por aí. É o que defende Manoella de Souza Soares, doutora em Geografia e editora de conteúdo da Aprende Brasil Educação, que atende à rede pública municipal de ensino de mais de 300 cidades brasileiras. “As eleições sempre trazem à tona a importância de falar dos processos democráticos na sala de aula, mas esse é um ponto que deve ser levantado a todo momento”, alerta. Para ela, embora as eleições deixem o assunto em mais evidência, é preciso falar sobre a democracia para além do voto.

Com vasta experiência em projetos de Educação para a democracia em escolas públicas, Cibely Martins é gerente de projetos educacionais na Sincroniza Educação. Para ela, falar sobre política é falar sobre o dia a dia das pessoas. “O professor pratica a Educação para a democracia todos os dias, ao passar uma atividade ou fazer uma votação para representante de turma, por exemplo, ou ao debater o que a turma ou os professores precisam”, detalha. Esse é, portanto, um bom ponto de partida para falar sobre assuntos mais complexos, como as estruturas de poder, os três poderes, as eleições e os sistemas de votação. “Isso ajuda a melhorar o sentimento de pertencimento à comunidade escolar, traz uma reflexão sobre qual o papel de cada estudante na construção de uma sociedade e proporciona um debate para que ele se entenda como parte do processo democrático”, completa.


Política começa cedo

Mesmo com as crianças mais novas, é possível começar a criar uma consciência de coletividade, dizem as especialistas. Uma das formas de fazer isso é trabalhar com conceitos como as regras de convivência. No entanto, segundo Manoella, para que esse processo renda frutos, é imprescindível que as crianças participem da construção dessas regras. “É desde cedo que começamos a introduzir a importância da opinião, de ouvir o outro, de por que seguir determinados limites ajuda a garantir o bem-estar de todos. Também podemos trabalhar a questão da liberdade de expressão sem magoar ou ofender o colega”, explica. Ainda que o direito ao voto só comece aos 16 anos, ela lembra que não se pode esperar essa idade para começar a falar sobre cidadania. “É nosso dever, enquanto adultos, estimular e afirmar valores que contribuam para a formação da sociedade. Isso perpassa o ambiente familiar, a escola e a sociedade como um todo”, finaliza.

Manoella de Souza Soares e Cibely Martins são as convidadas do episódio 50 do podcast PodAprender, produzido pela Aprende Brasil Educação, cujo tema é como falar sobre democracia em sala de aula. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts do Brasil. 

 

Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Quais são as principais tendências que estão transformando o RH?

Infojobs aponta as principais mudanças que vêm ocorrendo no setor e como elas impactam o trabalho de todas as áreas de uma empresa

 

É inegável que a pandemia trouxe profundas mudanças para a sociedade, contudo, alguns setores aceleraram tendências e transformaram a realidade de forma significativa. Entre as áreas impactadas está  a de recursos humanos. 

A quarentena, o home office, a flexibilização do trabalho e as mudanças decorrentes da reforma trabalhista trouxeram rumos diferentes para a gestão de pessoas e atração talentos, por isso os profissionais desse setor tiveram que se atualizar e se reinventar a fim de adequar às novas realidades dentro das instituições. 

Durante a décima edição do Café da Manhã PandaPé, evento com foco em reunir profissionais, gerar debate e conhecimento sobre o setor, Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, empresa de soluções de tecnologia para RH, palestrou sobre as principais tendências relacionadas ao recrutamento e seleção que tem transformado o RH das empresas brasileiras. Confira a seguir os principais insights apresentados pela executiva.


Importância de encontrar e reter talentos

Uma das principais dores de empresas do mundo inteiro é a dificuldade de encontrar e reter bons profissionais. O mercado de trabalho passa por uma escassez de talentos que é oriunda de vários fatores como: troca de prioridade dos candidatos, novos objetivos, aumento da economia colaborativa, popularização do trabalho remoto e poder de escolha dos candidatos. “Esse fenômeno pode ser observado como a grande renúncia que vem acontecendo em diversos países, incluindo o Brasil. Uma das formas em contornar esse cenário é as empresas entenderem a importância de conciliar os interesses do negócio com os dos profissionais, olhando para as tendências de mercado”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.


Employer Branding

Neste novo cenário, as empresas precisam entender que o colaborador também é um cliente. É necessário trabalhar com ele de forma transparente, apresentando integridade e o propósito da marca empregadora. Segundo uma pesquisa da Employer Branding Brasil 43,8% dos candidatos dizem que são mais propensos a nunca mais se candidatar a uma empresa após uma experiência negativa. Essa visão negativa também se reflete nos resultados financeiros da empresa relacionados às vendas. O mesmo levantamento aponta que 42% dizem que são menos propensos a comprar produtos da empresa. Os números refletem a visão de mercado destes candidatos e impactam diretamente na reputação da empresa e até na atração de novos talentos.


Employee Experience

Trabalhar o engajamento de seus funcionários é muito importante no atual momento que estamos passando por conta da alta rotatividade nas empresas. Pessoas engajadas e que estão alinhadas com a cultura da empresa permanecem por mais tempo na organização. Essa tendência também precisa ser levada aos processos seletivos, priorizando a dinamicidade do recrutamento, testes que condizem com a realidade da vaga e feedbacks ao final da seleção.


Inteligência Artificial

O uso de novas ferramentas e plataformas digitais para encontrar o candidato certo já é uma realidade. Plataformas digitais de RH, auxílio da IA e ferramentas para cruzamento de dados dos candidatos são fundamentais para agilizar e otimizar os processos de seleção. Segundo uma pesquisa do Infojobs 98% dos recrutadores reconhecem que a tecnologia para RH tem potencial de facilitar a rotina e agilizar processos. “É necessário que o profissional de RH veja o surgimento de novas tecnologias neste setor como um aliado para ajudar nas tarefas do dia a dia, desde o momento da divulgação de uma oportunidade até no fechamento da vaga de forma mais assertiva”, explica Ana Paula.


Novos formatos de trabalho

Seja o modelo 100% home office, híbrido ou 100% presencial, o fato é que desde pequenas empresas, até grandes organizações como Airbnb e Tesla, estão passando por esse debate, o que também influencia na retenção de talentos. Estamos passando por um momento onde muitos funcionários preferem trabalhar de casa do que ir ao escritório. Por isso, é importante entender que o modelo de trabalho necessita acompanhar o resultado de seus colaboradores e cada empresa pensa e cobra os seus colaboradores de uma forma diferente.


Diversidade, igualdade e inclusão nas empresas

Esses três pontos estão ligados com atração de pessoas e retenção de talento, e precisam ser mais do que um simples discurso da empresa. Uma pesquisa feita pelo Infojobs mostra que para 47% dos entrevistados a preocupação com a inclusão e diversidade é apenas um discurso de marketing das empresas. Por conta disso é necessário que a diversidade seja colocada em prática em todos os níveis de hierarquia e também pensar no desenvolvimento dessas pessoas, com iniciativas internas e externas. Uma equipe diversa tem menos conflitos, mas é necessário que a empresa tenha comprometimento e políticas claras para esses três pilares. 


Economia GIG

De acordo com, o dicionário de Cambridge, economia GIG, tradução de “gig economy” é um arranjo alternativo de emprego, que se baseia em contratos temporários ou prestação de serviços sob demanda, como serviços de aplicativo e freelancers. O que está em constante crescimento mundialmente, um movimento onde trabalhadores podem realizar seus próprios horários, com um salário fixo e com a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar. Esse fenômeno está ligado a fatores como crise econômica e o avanço da tecnologia que permite uma pessoa trabalhar em qualquer lugar do mundo. Por ser uma alternativa de trabalho bastante buscada hoje em dia, as empresas precisam levar isso em conta na hora de contratar e fazer propostas.


Saúde mental

Segundo dados da OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e 5º país com mais pessoas em quadros de depressão, o que torna o tópico de saúde mental extremamente relevante nas empresas. O Burnout, por conta do trabalho excessivo, foi reconhecido como doença ocupacional e trouxe grande visibilidade na sociedade. Sendo necessário que as companhias adotem políticas com seus colaboradores sobre o tema.


Contratações por habilidades

Se antigamente as empresas contratavam pessoas por conta de títulos e experiência profissional, atualmente, realizar contratações por habilidade faz mais sentido. Além disso, as soft skills e hard skills estão na lista de critérios dos recrutadores. Principalmente com as lideranças que precisam ter senso de pertencimento, colaboração, autonomia e olhar empático dentro da empresa. Em um levantamento produzido pelo Infojobs, 77,2% dos profissionais de RH indicaram que soft skills e hard skills possuem grande relevância na hora da contratação. Outro dado apresentado foi que 37,10% dos recrutadores destacam em primeiro lugar “saber trabalhar em equipe” como a habilidade mais importante e em segundo lugar “inteligência emocional”. 


Infojobs 

 

Aumento do prazo de financiamento pelo Casa Verde Amarela passa a valer no próximo mês

A Caixa Econômica Federal prepara para ainda este mês a aprovação do aumento do prazo do financiamento vinculado à Casa Verde Amarela de 30 para 35 anos. A medida, que entrará em vigor a partir do dia 1º de setembro, tem como intuito facilitar a entrada de novos mutuários no programa e vai impactar no valor da prestação do financiamento, fazendo com que novas famílias possam suportar a prestação da casa própria.

O presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, diz que a matemática do financiamento habitacional, nesse sentido, é mais simples de compreender. “Com o aumento do tempo de contrato, o mutuário terá mais tempo para amortizar/devolver o capital ao banco. Com isso, a parcela de amortização da sua prestação diminui, e consequentemente, a própria prestação também. Quanto mais tempo para devolver o dinheiro ao banco, menor é o valor da parcela que se paga.”

Segundo ele, para o mutuário, o que importa inicialmente é a diminuição da parcela, pois assim ela caberá dentro do seu orçamento familiar. “Para o setor da construção civil, a redução da parcela aumenta a oportunidade de venda, pois mais pessoas podem se candidatar à aquisição do imóvel.”

Porém, é importante destacar que o tempo de contrato também é diretamente proporcional ao quanto de juros você paga. Mesmo que, de acordo com Vinícius Costa, a sensação seja de uma parcela mais baixa, porque você vai ter uma amortização menor, em contrapartida, quanto mais tempo você demora para pagar a dívida, mais juros você paga. “A grosso modo, um financiamento com taxa de 5% ao ano em 30 anos representa um montante de juros equivalente a 150%. A mesma taxa de juros em 35, representa 175%. O que se diminui em amortização, aumenta em pagamento de juros.”

De toda forma, o presidente da ABMH destaca que o aumento no tempo de contrato para 35 anos, o que já existe em outras modalidades de financiamento é uma notícia boa que pode movimentar o mercado imobiliário. “Para quem pretende buscar o financiamento dentro dessa nova situação, é preciso tentar se organizar financeiramente para efetuar amortizações extraordinárias no contrato para diminuir a dívida e o que se paga de juros ao longo do tempo.”

 

Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação - ABMH


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Cigarro eletrônico: você vai cair nessa?

O dia 29 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo, uma data de extrema importância contra o tabagismo no Brasil. Após décadas de luta e marcos na legislação que rege a comercialização do cigarro, o Brasil alcançou índices de redução de fazer inveja a qualquer país do mundo: nos últimos 30 anos, conseguimos reduzir em 50% o número da população de fumantes. Atualmente, mais de 90% dos brasileiros declaram-se não-fumante.  

No entanto, os tempos estão mudando. Voltamos a viver um período de grande alerta: a popularização dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). Também conhecidos como “cigarros eletrônicos”, os DEFs vêm ganhando espaço no mundo e no Brasil principalmente entre os jovens. Recente pesquisa nacional realizada com mais de 9.000 brasileiros e brasileiras no primeiro trimestre de 2022, mostrou que um a cada cinco jovens entre 18 e 24 anos já teve contato com algum tipo de DEF. O dado é preocupante. 

“Não fumo cigarro comum, só o eletrônico... estou seguro.” 

Nos tempos da tecnologia digital e das mídias sociais, por que a indústria do tabaco seguiria investindo bilhões de dólares apenas num produto que queima folhas? Combustão é coisa do século XX! Pois é... essa poderosa indústria alavancou um protótipo inventado em 2003, na China, e se reinventou. Atualmente, ela está por trás de 75% das modernas fabricantes de DEFs.  

Mas há algo que ela jamais poderia mudar: seu ingrediente-chave, a nicotina. O segredo que ninguém conta é que a nicotina causa dependência em cerca de 90% das pessoas que a consomem regularmente por mais de um mês. Claro, tudo começa apenas com uma tragada (ou inalada) eventual. Mas, quando menos se espera, você é mais um a cair na perigosa (e, para a maioria, inescapável) armadilha do vício da nicotina. Há DEFs que chegam a ter concentração de 5% de nicotina, o que quer dizer que cada mililitro do “juice” (líquido contido nos DEFs) tem 50 mg de sal de nicotina. Em média, cada cigarro tem um pouco menos de 1 mg de nicotina. Uma vez que um “pod” tem 1,3 ml, nesta concentração de 5% temos 3 maços de cigarro em quantidade de nicotina. E, pior, isso pode ser consumido facilmente em uma noite. Para quem pensou: “eu uso sem nicotina...”, não se engane: há estudos sérios, de boa qualidade, que mostram que eles também contêm a substância.  

“Os DEFs causam menos doenças do que o cigarro de tabaco.” As redes (leia-se: a indústria do tabaco) usam de diversas estratégias com apenas um interesse: que você se torne um dependente de nicotina e compre seus “inofensivos” produtos. O “juice” usa diversos compostos químicos como o propilenoglicol e a glicerina, e possui mais de 15.000 tipos de aromas. O que será que resulta do aquecimento dessas substâncias a mais de 200 graus Celsius usando-se uma bateria com metais como o níquel, sabidamente cancerígeno? Um estudo americano da Universidade Johns Hopkins, publicado em 2021, respondeu: mais de 2.000 substâncias. Quais são os efeitos disso tudo na saúde? O cigarro vem sendo estudado, sistematicamente, desde os anos 50. Por outro lado, temos menos de 20 anos de uso de DEFs. Há, portanto, muito a ser descoberto sobre os reais danos que eles causam à saúde física e mental. De toda forma, já sabemos que são responsáveis por causar quadros inflamatórios agudos nos pulmões (com 68 mortes relatadas nos Estados Unidos em 2019), doenças respiratórias crônicas, como o enfisema pulmonar, além de doenças cardiovasculares, dermatites e, provavelmente, o câncer. Para você que quer parar de fumar, de novo: tenha muita cautela com o que as redes vendem de informação. Os DEFs não são uma opção para deixar de fumar. Nosso país possui diversos centros e profissionais especializados e qualificados para lhe ajudar.  

Embora a ANVISA tenha proibido a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer tipos de DEFs em 2009, a fiscalização ainda é baixa e o acesso ao dispositivo, amplo e irrestrito. Anos de ações educativas, legislativas e econômicas e de parcerias entre a sociedade civil e o poder público foram necessários para reduzir o consumo de cigarro. Deu certo. Quem pode se imaginar, nos dias de hoje, ao lado de alguém com um cigarro aceso dentro de um ônibus, numa padaria ou num escritório, como era comum poucas décadas atrás? Por que não pensamos da mesma forma para o cigarro eletrônico?  

Já faz quase 150 anos que essa máquina de fabricar doenças crônicas, mortes evitáveis e sofrimento permanente está entre nós. Hoje, com novos trajes (bastante atraentes por sinal), a indústria do tabaco talvez esteja mais forte do que nunca. O segredo para vencê-la está dentro dos nossos corações, das nossas mentes, dos nossos lares e em nos nossos valores. Eu estou fazendo o meu papel. E você? Vai cair nessa? 

 

André Luiz Dresler Hovnanian - pneumologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


Laser íntimo pode ajudar no tratamento de incontinência urinária

Problema que afeta milhares de brasileiras pode ser tratado com método moderno e prático

 

A incontinência urinária afeta a qualidade de vida e, por vezes, é constrangedora. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 10 milhões de brasileiros são afetados por essa condição, sendo mais comum nas mulheres após a menopausa.

O quadro pode afetar o bem-estar e a autoestima, onde a mulher acaba se distanciando de relacionamentos e convívio social, por isso, os cuidados íntimos são essenciais. Para as mulheres da terceira idade, este tipo de problema causa um grande impacto emocional, que evitam até sair de casa.

De maneira leve, a incontinência urinária pode ocorrer ao tossir, rir, fazer atividades físicas ou em situações sob pressão e estresse. Mas existe um tratamento moderno que pode proporcionar mais qualidade de vida das pacientes que são afetas. De acordo com a Dra. Cida Dornelles, o Laser íntimo é uma excelente opção.

“É um procedimento indolor, que atua de forma local e estimula a vascularização do canal vaginal. Muitas mulheres estão apresentando resultados ótimos com o tratamento. Não causa sangramentos e pode durar cerca de 15 minutos”, conta a Dra. Dornelles.

Manter a saúde íntima em dia é vital para se relacionar, para a qualidade de vida, aumento da autoestima e disposição na realização das atividades. Cida Dornelles ainda acrescenta que esses cuidados não devem ser um tabu. “Devemos nos preocupar com a nossa saúde em todos os sentidos. Tudo pode nos afetar, então falar sobre isso e procurar especialistas sobre o assunto, é primordial para o bem-estar da mulher”, finaliza. 

 

Dra. Cida Dornelles - Harmonização íntima, Saúde Pélvica Sexualidade e Laser Íntimo
Palestrante e Empreendedora
https://www.instagram.com/dra.cidadornelles/
Av. Sete de Setembro, 6219, Batel, Curitiba/PR


29/8 Dia Nacional de Combate ao Fumo

Luta contra o câncer de pulmão ganha novos reforços 

Novos tratamentos abrangem imunoterapia, segmentectomia pulmonar (retirada de um segmento do pulmão) e abordagem personalizada para cessação do tabagismo

 

Todo ano, mais de 150 mil fumantes morrem no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O tabagismo também é responsável por 90% dos cânceres de pulmão registrados no país, que registra 28 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Duas novidades apresentadas durante o Congresso Mundial de Câncer de Pulmão (WCLC) 2022, realizado no início de agosto em Viena, na Áustria, ganharam destaque: um estudo que revela a eficácia da Segmentectomia (retirada de um segmento do pulmão) e o estudo Yorkshire Enhanced Stop Smoking Study (YESS), realizado na Inglaterra, que registrou aumento da cessação do tabagismo depois de uma abordagem personalizada. 

Já no Brasil, especialistas comemoram a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 15 deste mês, da utilização da imunoterapia, associada à quimioterapia, para o tratamento de pacientes que têm doença inicial e que são candidatos a um tratamento cirúrgico. Para o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essas novidades devem beneficiar os pacientes que enfrentam tratamentos de câncer de pulmão, diminuindo as taxas de recidiva da doença. 

“A aprovação do uso da imunoterapia associada à quimioterapia neste cenário de doença inicial traz importantes vantagens: redução de 37% no risco de progressão da doença e aumento da resposta patológica verificada no tumor (que é uma forma de avaliar a efetividade dessa modalidade de tratamento, bem como os benefícios trazidos por ela) salta de 2%, somente com quimioterapia e cirurgia, para 24% com a utilização da imunoterapia e da quimioterapia juntas”, ressalta. 

O especialista destaca que em dois anos de estudo dessa nova abordagem, em 63% dos pacientes que fizeram cirurgia não houve recidiva, enquanto em pacientes que fizeram só quimioterapia e cirurgia esse número foi de 45%.

O oncologista também comenta sobre os avanços da cirurgia e a utilização da segmentectomia. “Apesar de ser uma técnica voltada para pacientes com tumores menores do que dois centímetros e com função pulmonar prejudicada, é uma cirurgia que poupa o pulmão não comprometido pela doença, porque retira um segmento do pulmão, em vez de um lobo inteiro. Isso significa que uma ressecção menor permite uma maior preservação do pulmão. A preservação de uma maior parte de pulmão saudável pode gerar um ganho na qualidade de vida”. 

O estudo YESS se destacou no Congresso Internacional porque colocou em foco prevenção, tanto no que diz respeito à cessação do tabagismo, quanto à detecção precoce do câncer de pulmão. A pesquisa baseou-se em pacientes com câncer de pulmão que participaram de um programa de rastreamento da doença e que integraram um estudo personalizado de cessação do tabagismo (que ofereceu um momento educativo com imagens e relatos das doenças causadas pelo cigarro) e alcançou taxas de abstinência de mais de 30%. 

“A oferta de apoio para cessação de tabagismo com suporte comportamental e farmacológico e rastreamento de câncer com tomografia associada ao programa de antitabagismo, diminuiu a mortalidade dos pacientes. Combinando as duas estratégias foi possível duplicar a redução de mortalidade nesses voluntários”, comemora o médico do Centro Especializado em Oncologia e complementa: “Durante o estudo foram observadas mudanças nas variáveis psicológicas, inclusive na motivação para deixar de fumar mediante o risco de câncer de pulmão, na crença e na confiança nas estratégias de cessação. Esse estudo ressalta a necessidade de combater o principal fator de risco em câncer de pulmão: o cigarro. É possível não só fazer detecção precoce, mas de fato evitar o surgimento do câncer quando educamos sobre os malefícios do cigarro”.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

www.hospitalalemao.org.br


Mamilo invertido: como amamentar?

Condição atinge cerca de 3% das mulheres

 

         O exame físico direcionado ao aleitamento é crucial para detecção de anormalidades. As mulheres que apresentam alguma alteração no complexo aréolo papilar devem ser orientadas sobre as possíveis dificuldades e o manejo precoce é fundamental para o sucesso do aleitamento, garante a médica ginecologista, obstetra e mastologista Mayka Volpato, coordenadora da Comissão de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia-SP (SBM-SP) e co-autora do livro Doenças Mamárias na Gravidez e Lactação, lançado em maio.

         Um problema que pode ocorrer nessa fase é o mamilo invertido, que, congenitamente, atinge aproximadamente 3% das mulheres. Embora a maioria dos casos seja esporádico, alguns estão associados a distúrbios genéticos hereditários e são causados por uma falha de tecido subjacente em proliferar e projetar a papila do mamilo para fora.


O que é mamilo invertido

         A aréola contém fibras colágenas densas e uma fina camada de músculo contrátil onde a papila se projeta da área central.

         Na papila normal, a contração do músculo areolar resulta na projeção do mamilo. A retração da papila ocorre quando as forças contráteis dos músculos areolares são incapazes de superar a tensão entre os ductos centrais e a pele do mamilo, o que é chamado de mamilo invertido, explica a dra. Mayka.

         A inversão do mamilo adquirido é comumente associada ao alargamento de ductos mamários, que leva a doenças como a mastite, ou ainda causado por outras infecções mamárias. Também pode ocorrer no pós-operatório de cirurgias mamárias, biópsias, câncer ou uso de piercing.

         É importante salientar que a correção cirúrgica do mamilo invertido lesa e causa fibrose em toda a árvore ductal e por isso não se pode prever o sucesso do aleitamento, alerta a dra Mayka.


Retração do mamilo x inversão do mamilo

            Embora os termos "inversão do mamilo" e "retração do mamilo" sejam frequentemente usados como sinônimos, há diferença, explica a dra Mayka:

  • retraçãodo mamilo ocorre quando apenas uma parte do mamilo é puxada para dentro porque está presa por um único ducto, resultando em uma aparência de fenda.
  • inversãodo mamilo ocorre quando todo o mamilo é puxado para dentro.

 

Os tipos de mamilo invertido e sua graduação:

  • Grau I– O mamilo é facilmente puxado para fora com um leve aperto da pele areolar. A projeção do mamilo é bem mantida por vários minutos, mas depois o mamilo reverte para um estado invertido.
  • Grau II– Manipulação forçada é necessária para puxar o mamilo para fora, e a inversão ocorre rapidamente. A maioria dos pacientes com inversão do mamilo tem essa característica.
  • Grau III– Não há projeção do mamilo, e a papila está enterrada abaixo do nível da pele. Apesar da manipulação máxima, o mamilo não pode ser puxado para fora e é descrito como invaginado.

         Durante o pré-natal, o diagnóstico, a informação e o planejamento do pós-parto são os itens mais importantes a serem abordados para tratar da situação. Não há muito que fazer para melhorar os mamilos semiplanos, planos e invertidos. Os exercícios, uso de conchas com base rígida e os dispositivos de sucção não auxiliam nem mudam o curso do aleitamento e, portanto, devem ser desencorajados nessa fase.


Como amamentar

         As consultoras de amamentação ou enfermeiras do banco de leite são peças fundamentais para ajudar as mulheres com mamilos invertidos, pois auxiliam na exteriorização da papila e no melhor posicionamento de bebê.

         As mães devem ser estimuladas a testar várias posições para avaliar na qual o bebê melhor se ajusta - em geral as posturas invertida e cavaleiro são as mais favoráveis, pois a mulher tem maior liberdade e acesso para ajuste da mama durante a amamentação.

         Para resolver a inversão, deve-se tentar "rolar" o mamilo com os dedos para induzir o mamilo a se projetar. Alternativamente, pode-se usar um dispositivo de sucção especial (corretor de mamilo) imediatamente antes da mamada e com cuidado para não machucar ou causar dor e desconforto.

         Como último recurso, pode ser utilizado o intermediário de silicone, mas é importante deixar claro que o protetor fornecerá ao bebê maior estímulo sensorial, facilitando a pega, mas levará à diminuição da produção láctea, possibilidade de traumas no centro da papila, além da confusão de bicos e baixa ingesta láctea pelo recém-nascido. Deve ser retirado assim que o bebê consiga abocanhar a mama e manter a pega.


Informação é fundamental

         Dessa forma, é fundamental quo médico do pré-natal avalie as mamas, rastreie os demais fatores de risco primário ao aleitamento (hipoplasia mamária, obesidade, uso crônico de medicação ou suplemento, cirurgia mamária prévia ou trauma, violência doméstica, diabetes, resistência insulínica, síndrome metabólica) e ofereça informações para o manejo das possíveis intercorrências.

         Se o obstetra julgar necessário e houver possibilidade, a paciente pode  ser encaminhada, durante a gestação, a uma consultoria de amamentação para alinhar as expectativas e planejar condutas.

 

Dia Nacional de Combate ao Fumo: dez perguntas e respostas sobre a relação entre tabagismo e câncer

 90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o hábito. Por isso, é fundamental alertar sobre os prejuízos à saúde e lembrar que é sempre tempo de parar de fumar

 

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, é dedicado à conscientização dos danos causados pelo tabagismo. Dentre eles, o câncer de pulmão, doença que tem como origem em 90% a prática do hábito, está no topo. Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 30 mil pessoas irão ter o diagnóstico da doença em 2022. 

Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam - ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande. Segundo a Dra. Mariana Laloni, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, que tem sido usado principalmente por jovens. 

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, em decorrência das campanhas de conscientização e proibições do fumo, que vêm sendo aplicadas em locais públicos desde a década de 1990, o número absoluto de tabagistas ainda é alarmante. E os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno - que serve como atrativo adicional para essa parcela da população - representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista. 

No mundo, a OMS aponta que atualmente 8 milhões de pessoas vão à óbito por causa de doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, esse número pode chegar a 156 mil mortes anualmente - uma média de 428 óbitos por dia. Vale lembrar ainda que o tabagismo vai muito além do câncer de pulmão, incluindo problemas de saúde como: doenças cardiovasculares, diabetes, infarto e Acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.

 

Iluminando o caminho 

Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada. "A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral do paciente", diz Mariana Laloni. 

A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão. A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se "disfarçar" para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema. 

"Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva", explica a especialista. Entretanto, é fundamental alertar que antes de remediar, o câncer de pulmão deve ser prevenido. Para Mariana Laloni a melhor alternativa é sempre parar de fumar. 

A seguir, a oncologista Mariana Laloni esclarece dez perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer.

 

O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão? 

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.

 

Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão? 

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.

 

Quais são os principais tipos de câncer de pulmão? 

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.

 

Como é o tratamento para câncer de pulmão? 

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada. 

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.

 

Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer? 

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.

 

Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais? 

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar aida a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.

 

Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros? 

É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício. Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.

 

O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão? 

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.

 

Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina? 

Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo da carga tabágica - número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou - é importante continuar de olho.

 

Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora? 

O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva.
 


Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com

 

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