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quarta-feira, 10 de agosto de 2022

5 dicas para mulheres que desejam entrar no mercado de tecnologia

Não há dúvidas de que o mercado de trabalho para quem está na área de tecnologia é promissor e, de acordo com uma projeção divulgada pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), serão criadas pelo menos 797 mil novas vagas de emprego até 2025. 

No entanto, o setor ainda é uma área predominantemente masculina. De acordo com um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as mulheres representam apenas 20% da força de trabalho. Diante deste cenário, a {reprograma}, iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, priorizando mulheres negras, trans e travestis, lista 5 dicas para quem deseja começar ou fazer uma transição de carreira para o setor de tecnologia. 


Dê o primeiro passo
Apesar de ser uma área ainda muito masculina, atualmente existem diversas iniciativas sociais, como a Elas Programam e Manas Digitais, que possuem como principal objetivo ajudar mulheres que desejam iniciar neste mercado. Além disso, se não houver possibilidade de fazer uma faculdade ou curso, comece a participar de lives, eventos e workshops. Esses primeiros contatos ajudarão a criar uma rede de apoio e networking e, assim, será possível seguir adiante, iniciando os estudos e, posteriormente, entrando no mercado de trabalho.


Síndrome do impostor
A síndrome do impostor está ligada à autossabotagem e ao fato de, muitas vezes, as mulheres terem uma percepção de que são incapazes e insuficientes para realizar determinada tarefa. Por isso, trabalhe nesta mudança de mindset e procure ter referências femininas, para que essas outras mulheres possam te inspirar e servir como referência. 


Esteja preparada!
Infelizmente não podemos fechar os olhos para os obstáculos que podem surgir durante a jornada de mulheres que começam na área de tecnologia. No entanto, é possível ultrapassar esses preconceitos, desmistificando esse machismo de que só homem entende de tecnologia e inovação e se tornando cada vez mais bem preparada para o mercado.


Autodidatismo
Mesmo depois de se formar, é importante seguir estudando, se atualizando e adquirindo novos conhecimentos por si só, pois o setor de tecnologia está em constante mudança e evolução. A curiosidade, a persistência e a resiliência também são valores importantes para quem deseja permanecer na área. A {reprograma}, por exemplo, possui o Curso Online Imersão JavaScript, direcionado para mulheres que já possuem o conhecimento básico, ou alguma formação em tecnologia, mas estão em busca de aperfeiçoamento profissional. 


Cuide do seu portfólio
Além dos estudos, ter experiência é fundamental. Por isso, é essencial investir no seu portfólio, mesmo que seja por projetos e freelancers, pois, principalmente no início da carreira, isso ajudará a adquirir experiência e será muito útil para conquistar uma colocação no mercado. 


Dia dos Pais: 8 em cada 10 brasileiros pesquisam preços

Sites e aplicativos são os principais canais utilizados na pesquisa por preços

73% dos brasileiros recorrem a essas plataformas para economizar

 

As compras para o Dia dos Pais têm agitado o varejo no País. Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o Dia dos Pais de 2022, comemorado no próximo domingo, 14 de agosto, promete levar mais de 100 milhões de pessoas às compras e deve movimentar mais de R$24 bilhões no comércio brasileiro.

Já a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento de R$6,4 bilhões nas compras online para o Dia dos Pais 2022. Um crescimento de 2,9% comparado a 2021, considerando os 14 dias que antecedem a ocasião. Ainda segundo a entidade, o total de pedidos neste período deve ultrapassar a marca dos R$14,2 milhões.

Mesmo diante de números promissores, a pesquisa da CNDL aponta que o consumidor está cauteloso em relação aos gastos: oito em cada dez brasileiros (78%) pretendem pesquisar preços para economizar antes de fazer as compras, utilizando principalmente os sites e aplicativos (73%), lojas de shopping (53%), as redes sociais (41%) e lojas de rua (38%).

De acordo com estudo “Tendências e Insights para o Dia dos Pais” realizado pela Macfor, agência full service de marketing digital, as buscas na internet relacionadas à data começam entre um mês e 15 dias antes, e, se intensificam nos últimos 6 dias que antecedem a ocasião, tendo um pico às vésperas da comemoração

Ainda segundo a agência, 68% das pesquisas online são feitas por mulheres e 38% por homens. Tais buscas são lideradas por mulheres dos 18 aos 34 anos e entre os homens predomina a faixa etária dos 25 aos 34 anos.


Ao invés de meias, caneca e cerveja

Durante o período que antecede a data comemorativa, as mensagens inspiracionais para os pais predominam nas buscas entre os 100 principais termos relacionados ao “Dia dos Pais”. Diferente do Dia das Mães, por exemplo, destacam-se também buscas relacionadas ao universo escolar, como lembranças e cartão.

A data também é marcada pelas buscas relacionadas a presentes e lembranças ao estilo faça você mesmo, também conhecido como DIY (sigla que em inglês significa Do it Yourself), desde termos como presentes fáceis até ideias para educação infantil. Em 2021, o termo tênis foi bastante procurado, tendo pico de interesse na própria data.

Thiago Pereira, head of innovation & business development da Macfor, explica que esse pico pode representar um alto volume de pesquisas feitas dentro das lojas físicas, durante as compras presenciais, “algo vinculado à consulta de preços para talvez servir de barganha para descontos ou mesmo como base comparativa de custo benefício”, diz.

A expressão “lembrança” também é um termo em alta nas buscas e, ao contrário do que a maioria pensa, não são meias os itens mais procurado no período. O destaque fica para as  canecas e as cervejas, de acordo com o estudo da Macfor.


Expectativa versus realidade

Enquanto os consumidores procuram mais por presentes inspiracionais e simbólicos para o Dia dos Pais, os termos relacionados a “pais” que mais figuram entre os anunciantes no período estão associados a eletrônicos.

Pereira explica que, para o Dia dos Pais, o maior atrativo usado nesses anúncios são as promoções. Ele esclarece que nesta época o grande interesse das empresas é trabalhar o branding (a marca), já que os anúncios sobre a data em si também se destacam entre os consumidores por causa do apelo emocional.

“Como as pessoas buscam por presentes baratos próximo à data, uma forma de as empresas atraírem a atenção desses consumidores é intensificar o anúncio de promoções agressivas nas duas semanas que antecedem a ocasião, além, é claro, de usarem o termo “pai” no copy e/ou na arte desses anúncios”, ensina o especialista.


Do online para o físico e vice-versa

“O consumidor criou o hábito de pesquisar preços na internet e isso não tem volta”, comenta Pereira. Por isso, ele ainda acrescenta que além do e-commerce, o ambiente digital pode ser muito efetivo para o aumento das vendas nas lojas físicas durante o Dia dos Pais 2022, “desde que as marcas compreendam efetivamente qual o interesse do seu público-alvo e lhes entreguem com mais precisão aquilo que procuram”, pontua. 

“As estratégias de marketing digital são ferramentas preciosas para conectar benefícios específicos aos consumidores, além de ajudá-los em sua intenção de compra e a determinar a escolha por um produto, serviço ou marca”, diz o especialista. 

Segundo Pereira, os anunciantes que souberem usar a mídia digital de maneira correta, conseguirão apresentar a mensagem certa, no momento adequado para os usuários. “E, com recursos avançados, as marcas poderão direcionar campanhas automatizadas para auxiliar os consumidores em suas decisões de compra no período”, conclui.

A pesquisa da agência analisou as variações de termos com maiores volumes de buscas feitas em relação à data, entre os anos de 2019 e 2022, e contempla dados públicos coletados exclusivamente pela API Macfor. 

Mais informações e para acessar o estudo completo, clique aqui.


Ocupantes de terras devolutas terão mais facilidade e agilidade para regularizar imóveis em SP

Para o Bueno, Mesquita e Advogados, criação do Programa Estadual de Regularização de Terras garante mais segurança jurídica e competitividade ao Agronegócio paulista

 

A Fazenda do Estado de São Paulo já está autorizada a fazer a regularização fundiária de terras públicas sem destinação de posse, também chamadas de terras devolutas. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) aprovaram o Projeto de Lei 277/2022, que cria o Programa Estadual de Regularização de Terras (Lei nº 17.557). A proposta foi promulgada pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) e já está em vigor.    

Para o Bueno, Mesquita e Advogados, escritório especializado em Direito Agrário e Ambiental, a nova lei destrava amarras burocráticas que impediam ou atrasavam a regularização de terras no Estado, o que gerava insegurança jurídica, perda de produtividade e de competitividade para o Agronegócio paulista.

“Algumas propriedades produtivas deixam de ser procuradas por grandes empresas pelo risco de não conseguir identificar a legitimidade da posse”, esclarece a advogada Mariana da Silva. “Temos uma expectativa de que a lei consiga proporcionar um melhor aproveitamento da exploração dessas terras”, projeta Mariana.

A advogada explica que, antes da aprovação do novo programa, o Estado dependia de um longo e burocrático processo para compatibilizar o uso e destinação das terras devolutas com políticas públicas e de reforma agrária. Agora, a lei possibilita que o poder público celebre acordos com o objetivo de vender essas terras a fim de prevenir ajuizamento de processos discriminatórios, reivindicatórios ou de regularização de posse das respectivas áreas devolutas.

Segundo o Projeto, o preço para regularização das terras será definido com base em percentual incidente sobre o valor da terra nua, considerando o valor médio por hectare referente à respectiva região administrativa. Os recursos arrecadados serão prioritariamente destinados a políticas públicas de saúde, educação e desenvolvimento social e econômico do Estado de São Paulo, priorizando investimentos nos respectivos municípios onde houver a regularização fundiária.

Para iniciar o processo de requerimento, o interessado vai precisar comprovar a ocupação da área e da função social da propriedade. Se já existir alguma ação discriminatória ou reivindicatória pela área, será necessário também apresentar uma cópia dos documentos desta ação. Entretanto, de acordo com o Bueno, Mesquita e Advogados, o ocupante do imóvel que não seja objeto de ação discriminatória também poderá requerer a transação, ficando sujeita à homologação extrajudicial.

 

Comércio entre Brasil e Canadá deve atingir em 2022 o maior nível já visto na história


Intercâmbio comercial entre os dois países caminha para ultrapassar o recorde na corrente comercial visto em 2021; Guerra entre Ucrânia e Rússia fez importações de fertilizantes pelo Brasil saltarem 174% entre janeiro-junho de 2022.

 

Brasil e Canadá caminham para registrar em 2022 o maior nível já visto em toda a história do intercâmbio comercial entre os dois países, estimulado principalmente pelo aumento na quantidade de negócios, revela o estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Em 2021, a corrente de comércio – que representa a soma das importações e exportações - registrou o maior recorde em uma década: US$ (FOB) 7,497 bilhões no total. O patamar mais próximo tinha sido conquistado somente em 2011, quando atingiu US$ (FOB) 6,7 bilhões.

Agora em 2022, considerando apenas a metade do ano, a cifra já está em US$ (FOB) 4,999 bilhões. Segundo especialistas da CCBC, e caso a tendência siga nesse ritmo devido ao crescimento das importações, a relação entre Brasil e Canadá será a maior já vista na história das duas nações.


Desempenho da corrente comercial Brasil-Canadá entre 2011 e 2021 | Fonte: QTF-CCBC e ComexVis/MDIC


O menor nível na última década foi visto em 2016, quando ficou em US$ 4,2 bilhões. De lá para cá, porém, os resultados foram se tornando mais expressivos – apontando para uma maior complementaridade das duas economias nos anos seguintes.


Ranking comercial

O total de US$ (FOB) 4,999 bilhões alcançados na corrente comercial entre janeiro e junho de 2022 representa um avanço de 63% frente aos US$ (FOB) 3,07 bilhões registrados em igual período do ano passado. O saldo comercial ficou positivo para o Brasil em US$ 8,55 milhões.

Considerando os dados do primeiro semestre de 2022, o Canadá ocupou a 13ª posição como o maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país norte-americano ficou em 10º lugar.


O “match perfeito”

“Brasil e Canadá estão vivendo um momento único na sua relação bilateral. Empresas brasileiras de diferentes tamanhos e setores - e que até então não incluíam o Canadá no radar de mercados - estão agora abrindo os olhos para a imensa oportunidade de não apenas exportar, como também de criar bases de operações em território canadense”, afirma Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC.

“As companhias estão identificando que essa ‘nova ponte’ facilitará, posteriormente, a ampliação das vendas e entrada nos mercados dos Estados Unidos e até da Europa”, explica.

No sentido inverso, Castro Reis lembra de uma recente iniciativa da CCBC que tem contribuído, consideravelmente, para a chegada de novos negócios canadenses ao Brasil.

“A CCBC inaugurou recentemente o Canada Hub, que atua como uma aceleradora para empresas canadenses aterrissarem no Brasil. Oferecemos um espaço de escritório virtual ou presencial, endereço fiscal para que possam abrir um CNPJ e apoio no mapeamento de oportunidades e desenvolvimento de negócios. Essa ação tem despertado o interesse de várias companhias do Canadá.”


De olho nas exportações

Os embarques ao Canadá totalizaram US$ (FOB) 2,499 bilhões no primeiro semestre de 2022, um aumento de 16% em comparação à igual período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ (FOB) 2,163 bilhões.

Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: químicos inorgânicos (óxido de alumínio, dióxido de silício e pentóxido de divanádio, usados principalmente nas indústrias farmacêutica, automobilística e de vidros e cerâmica) com alta de 34%; açúcares e produtos de confeitaria (+28%); e pérolas metais e pedras preciosas (+17%).

Entre as altas expressivas, embora com menor peso na balança comercial, figuram algodão (897%) e alumínio (571%). Entre os setores econômicos considerados cruciais na relação com o Canadá, a exportação de proteína animal cresceu 44%, obras de ferro fundido e aço subiu 246% e o segmento de aeronaves e aparelhos espaciais avançou 264%.


Salto nas importações

As compras de produtos canadenses totalizaram US$ (FOB) 2,491 bilhões no primeiro semestre deste ano, disparando 174% frente janeiro-junho de 2021, quando somaram US$ (FOB) 908,26 milhões.

Dentre os produtos mais adquiridos pelo Brasil, destaque para a indústria química (em especial fertilizantes), cuja alta significativa foi 454% impulsionada principalmente pelos conflitos envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia.


O vaivém de produtos

Análise das importações e exportações entre 2011 até os dias atuais | Fonte: QTF-CCBC e ComexVis/MDIC

O estudo da CCBC ainda revela que, durante o primeiro semestre de 2022, o mês de abril foi o que apresentou o maior valor - US$ (FOB) 456,37 milhões - para as exportações do Brasil. Posteriormente elas recuaram em maio e junho.

Já no caso das importações, junho deste ano foi o mês em que o Brasil mais comprou produtos do Canadá em toda a história: total de US$ (FOB) 766,03 milhões, valor mais alto já visto e que representa um avanço significativo de 403% frente aos US$ (FOB) 152,43 milhões obtidos em igual período de 2021.

 

Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC)

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Turistas internacionais, incluindo brasileiros, e cidadãos locais rejeitam caça como caminho para o turismo da África do Sul

Pesquisa da Proteção Animal Mundial ouviu milhares de pessoas em 10 países. Brasileiros são amplamente favoráveis a alternativas de observação da fauna e expedições fotográficas ao invés da caça

 

Uma nova pesquisa divulgada hoje, Dia Internacional do Leão, revela que tanto cidadãos sul-africanos quanto turistas internacionais de nove nacionalidades querem o fim da caça esportiva em favor de experiências amigáveis à vida silvestre no leque de atrativos turísticos da África do Sul. A informação é publicada em paralelo à realização de uma consulta pública sobre o documento preliminar oficial de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade por parte do governo sul-africano.

 

O levantamento revelou uma oposição universalmente forte à atividade, além de posturas favoráveis ao financiamento da proteção da icônica fauna silvestre do país por meio de alternativas não letais, tais como o turismo responsável.

 

As principais descobertas da pesquisa:


·        84% dos turistas internacionais concordam que o governo sul-africano deve priorizar o turismo amigo da vida silvestre ao invés da caça esportiva;


·        74% dos turistas internacionais concordam que fazer da caça esportiva um pilar de suas políticas prejudicaria a reputação da África do Sul e 72% se sentiriam totalmente desestimulados a visitar o país;


·        7 em cada 10 cidadãos sul-africanos concordam que seu país seria um destino turístico mais atraente se proibisse a caça esportiva;


·        Três quartos (74%) dos cidadãos sul-africanos concordam que a caça esportiva é inaceitável até que todas as alternativas de turismo amigo da vida selvagem tenham sido esgotadas.

 

Foram ouvidas 10.900 pessoas de todo o mundo, incluindo visitantes estrangeiros dos principais mercados emissores de turistas à África do Sul residentes fora do continente africano (Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda, Austrália, Índia, Brasil e Canadá), além dos próprios cidadãos sul-africanos. As entrevistas foram conduzidas pela agência londrina Flood & Partners durante o mês de abril. Ao todo, 1091 brasileiros foram consultados, quantidade semelhante às dos demais estrangeiros.


 

Um elefante na sala da comunidade internacional

 

Diante da percepção de sinais confusos sobre a conciliação entre turismo sustentável e desenvolvimento econômico por parte do governo sul-africano ao longo do último ano, a Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que trabalha em prol do bem-estar animal, encomendou a pesquisa a fim de qualificar o debate público.

 

Nesse sentido, o levantamento foi concebido para compreender as inclinações nos principais mercados emissores de turistas para a África do Sul em relação à caça esportiva, para averiguar as percepções dos cidadãos locais em relação à prática e em oposição a alternativas de turismo amigáveis com a vida selvagem, além de avaliar quais caminhos são considerados aceitáveis como parte de estratégias futuras da África do Sul para o turismo sustentável da vida selvagem.

 

As constatações servem, inclusive, para as reflexões de outros países com relevância atual e potencial de desenvolvimento para o turismo de natureza, como é o caso do Brasil.

 

Para se ter uma ideia da importância do segmento, segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, The Economic Impact of Global Wildlife Tourism 2019), em 2018 o turismo de vida silvestre contribuiu diretamente com US$ 120 bilhões para as economias ao redor do globo. Adicionando os benefícios indiretos da cadeia de suprimentos, a contribuição total do nicho salta para US$ 343,6 bilhões ou 3,9% do PIB global de Viagens e Turismo no ano.

 

Especificamente em relação à realidade brasileira, em 2019, último ano fechado antes dos impactos da pandemia de Covid-19, o Brasil recebeu 6,3 milhões de visitantes estrangeiros, que gastaram aproximadamente US$ 6 bi por aqui. O Estudo da Demanda Turística Internacional (Ministério do Turismo, 2019) aponta que “natureza, ecoturismo ou aventura” foi a segunda principal motivação dos estrangeiros que vieram a lazer para o país, respondendo por quase 19% do total das viagens da categoria.

 

A título de comparação, números da Organização Mundial do Turismo (International Tourism Highlights 2020) mostram que em 2019 a África do Sul recebeu 10,3 milhões de turistas internacionais, que deixaram divisas da ordem de US$ 8,4 bilhões no país.

Opiniões dos brasileiros e alguns paralelos

 

Diferentemente da África do Sul, a caça esportiva ou comercial de animais silvestres é proibida no Brasil há mais de meio século. Essa postura nacional consolidada aparece refletida nos sentimentos dos brasileiros ao avaliarem as perspectivas para o turismo daquele país.

 

De forma geral, nossos compatriotas acreditam que a exploração da caça como atrativo turístico é algo nocivo para a reputação do país africano, e algo que os desestimula decisivamente a realizar uma visita. Parecem, todavia, ligeiramente mais tolerantes com a ideia quando a caça é dissimulada como política de conservação. Por outro lado, entendem que as práticas amigáveis à vida silvestre devem realmente ser priorizadas, com maior predileção para santuários de animais, observação distanciada e expedições fotográficas. Já as alternativas que envolvem sofrimento animal são rechaçadas como caminhos para o desenvolvimento.

Numa análise mais detalhada, cerca de 75% dos brasileiros ouvidos acreditam que adoção da caça esportiva como um pilar da economia e da política de conservação da África do Sul prejudicará a reputação do país como líder de conservação na África, uma proporção bastante alinhada com o número global (74%). Os brasileiros foram um pouco mais aderentes à essa afirmação do que os australianos (74%), canadenses (73%), indianos (70%), e muito mais favoráveis do que os americanos (68%). 

 


Quando perguntados se ficariam desestimulados como turistas a visitar um país que tem a caça esportiva como uma parte fundamental de sua economia e política de conservação, os brasileiros, ainda que manifestando ampla rejeição à proposição (66%), mostraram uma das menores adesões, junto com os americanos (65%). A concordância global nesse caso foi de 72%.


Quando questionados em relação à
inclinação para visitar um país que encoraja a caça esportiva como uma forma aceitável e sustentável de manejar suas populações de animais selvagens, os brasileiros continuaram se mostrando majoritariamente desestimulados, numa taxa mais alta (68%) do que na proposição anterior, novamente ligeiramente abaixo do patamar global (71%) e num nível pouco acima dos americanos (65%), os menos aderentes.


Já em relação à ideia de que governo sul-africano deve priorizar o turismo amigo da vida selvagem ao invés da caça esportiva como parte fundamental da economia e política de conservação do país, os brasileiros foram esmagadoramente favoráveis (90%). A adesão, nesse caso, foi bem superior à concordância global (84%) e em linha com a dos franceses (90%).


Os entrevistados também foram interpelados especificamente em relação a
diversos tipos de práticas aceitáveis para o turismo sul-africano como forma de identificar alternativas positivas e de potencial para o desenvolvimento da atividade. 

Juntamente com australianos (95%), britânicos (94%) e canadenses (93%), os brasileiros (93%) foram os mais amplamente favoráveis a santuários de vida silvestre (locais onde os animais são resgatados e recebem cuidados adequados por toda a vida) como modelo positivo. O dado global foi de 91%.

 

Concordância semelhante foi registrada para a proposta de turismo limitado à observação e fotografia dos animais em seus habitats naturais. Os australianos (94%) lideraram o apoio à prática, seguidos de brasileiros (93%), canadenses (93%) e britânicos (92%). O dado global foi de 91%.

 

Já os zoológicos, ainda que aceitos, contam como menor apoio: 82% dos turistas internacionais aceitam o modelo. Brasileiros (89%) e australianos (89%) são os mais favoráveis à modalidade.

 

Práticas turísticas que envolvem sofrimento animal foram reconhecidas como tal – e majoritariamente rejeitadas pelos viajantes internacionais. Fazendas comerciais de vida silvestre (instalações nas quais os animais são criados e usados para entretenimento, abate e comercialização) foram vistas como aceitáveis para apenas 23% dos britânicos, 24% dos brasileiros e 26% dos franceses (32% global). A maioria dos indianos (51%) ouvidos, entretanto, viram a ideia com bons olhos. Prática mais extrema, a caça e o abate de animais para esporte ou entretenimento foi tida como aceitável para apenas 19% dos turistas ouvidos. Britânicos (12%), brasileiros (13%) e alemães (14%) foram os menos tolerantes.

 

Reconstruindo um turismo melhor pós-pandemia: ético e sustentável

 

“O documento oficial em consulta pelo governo sul-africano busca criar uma nação próspera, vivendo em harmonia com a natureza, no qual a biodiversidade seja conservada para as presentes e futuras gerações. E este é um grande começo. Mas faltam clareza ou compromissos tangíveis para acabar com o comércio global de animais silvestres, algo que inclui a criação de leões em cativeiro, o uso de grandes felinos para a medicina tradicional e a caça esportiva”, define Nick Stewart, chefe global de campanhas de Vida Silvestre da Proteção Animal Mundial.

 

“A República da África do Sul precisa tomar medidas decisivas para avançar em direção a um futuro mais favorável à vida selvagem. Não é tarde para aproveitar a oportunidade de tomar uma posição clara, adotando totalmente alternativas não letais e amigas da vida silvestre, incluindo o turismo responsável, que é claramente o que os turistas internacionais e a população local estão procurando. É hora de assumir compromissos públicos e com prazo determinado, começando com a eliminação em definitivo da caça esportiva”, defende Stewart.

 

Nas palavras de Edith Kabesiime, gerente Vida Silvestre do Proteção Animal Mundial na África, “a vida de um animal selvagem vale muito mais do que o troféu ao qual é muitas vezes reduzido. Essa é a visão compartilhada dos turistas, que querem visitar o país para ver a vida silvestre viva e próspera, e dos sul-africanos, que querem ver a incrível fauna local devidamente protegida, de forma humana e ética”.

 

“O governo precisa ouvir as vozes sul-africanas que nitidamente não querem que o patrimônio de vida silvestre seja saqueado. E elas clamam por mudanças. Continuar a explorar animais selvagens como alvos fáceis à mercê de visitantes ocidentais ricos está ultrapassado em um mundo no qual visões da sociedade estão mudando rapidamente”, prossegue Kabesiime. “Sem uma posição firme, a África do Sul está sufocando o pensamento inovador para identificar, incentivar e implementar alternativas não letais de conservação da vida selvagem africana. Animais silvestres têm direito a uma vida selvagem, livre de exploração comercial cruel. Devemos respeitá-los e protegê-los”, conclui.

 

Chega de sinais trocados

 

Em maio de 2021, a Proteção Animal Mundial saudou a decisão do Departamento de Silvicultura, Pesca e Meio Ambiente da África do Sul (Department of Forestry, Fisheries and the Environment) quando foram anunciadas novas medidas para interromper a reprodução de leões em cativeiro, bem como a eliminação progressiva da indústria comercial de leões em cativeiro. Este movimento, no entanto, cessou, com pouco progresso ocorrendo no ano seguinte.

 

A conjunção do desenvolvimento do turismo amigo da vida silvestre e da eliminação da exploração da vida selvagem, como a caça esportiva e a criação de leões em cativeiro, tem o potencial de melhorar a reputação internacional da África do Sul como líder global em experiências benéficas com a fauna selvagem. Pode reposicionar o país como um destino preferencial ainda mais competitivo para viajantes ​​e operadores turísticos responsáveis.

 

A Proteção Animal Mundial está agora pedindo à República da África do Sul que:


·        rejeite práticas cruéis e letais, como a caça esportiva, como uma abordagem básica para o desenvolvimento sustentável e para a conservação;


·        assuma o compromisso público de acabar com a caça esportiva;


·        invista em alternativas econômicas não letais, incluindo o turismo amigo da vida selvagem.

 

Juntamente com a divulgação internacional da pesquisa de opinião, a Proteção Animal Mundial também está convocando as pessoas para que engrossem a oposição às práticas cruéis de exploração da vida silvestre e reforcem o apoio às alternativas amigáveis na África do Sul.

 

No site da entidade os visitantes encontram um modelo de carta (em Inglês, com tradução Português) a ser enviadas para as autoridades sul-africanas que estão conduzindo a consulta pública a respeito do documento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade. Há também a possibilidade de replicar um tuíte sobre o assunto como parte da campanha.

 

Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) - A Proteção Animal Mundial é a voz global do bem-estar animal, com mais de 70 anos de experiência em campanhas por um mundo no qual os animais vivam livres de crueldade e sofrimento. Temos escritórios em 12 países e desenvolvemos trabalhos em 47 países ao todo. Colaboramos com comunidades locais, com o setor privado, com a sociedade civil e governos para mudar a vida dos animais para melhor. Nosso objetivo é mudar a maneira como o mundo trabalha para acabar com a crueldade e o sofrimento dos animais selvagens e de produção. Por meio de nossa estratégia global de sistema alimentar, vamos acabar com a pecuária industrial intensiva e criar um sistema alimentar humano e sustentável, que coloca os animais em primeiro lugar. Ao transformar os sistemas falhos que impulsionam a exploração e a mercantilização, daremos aos animais silvestres o direito a uma vida silvestre. Nosso trabalho para proteger os animais desempenhará um papel vital na solução da emergência climática, da crise de saúde pública e da devastação de habitats naturais.


Shopee lidera número de downloads de app entre os e-commerces no Brasil

Com mais de 15 milhões no segundo trimestre de 2022, a empresa desbancou grandes players como Mercado Livre e Americanas


Em 2022, tivemos o Brasil ranqueado como a população que, em média, gasta mais tempo utilizando aplicativos, segundo o report State of Mobile 2022 produzido pela data.ai, parceira da Similarweb. Quando olhamos especificamente para os dados dos e-commerces brasileiros, a Shopee, gigante plataforma de comércio eletrônico singapurense  no Brasil, teve mais de 9 milhões de instalações únicas no segundo trimestre de 2022, seguido pelo Mercado Livre (4.292 milhões)  e Magazine Luiza (3.710 milhões).

A pesquisa produzida pela Snaq em parceria com a Simillarweb traz dados do comportamento do digital dos principais e-commerces brasileiros entre abril e junho de 2022. Nele é possível ver nomes nacionais como Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia, além de internacionais como Alibaba, Amazon e AliExpress.

Neste indicador de downloads, notamos a presença da Shopee como primeira colocada pelo segundo semestre consecutivo. Este vem sendo um dos objetivos da empresa desde sua chegada ao Brasil em 2019, com uma estratégia agressiva de marketing. A Shopee apresentou 20,2% de participação no volume de de participação no volume de downloads das Top 10 marcas analisadas

Analisando as métricas do tráfego total, incluindo desktop e mobile, o Mercado Livre é líder absoluto de sessões mensais com 649 milhões. O 2º lugar é da OLX (296 milhões), seguido pela Amazon (276 milhões). Entretanto, vale dizer que o trimestre fechou em baixa de 10,45% quanto ao número de visitas se comparado ao mesmo trimestre de 2021, o que não necessariamente significa um desaquecimento do mercado varejista. 2021 foi um ano outlier economicamente, além de que agora, contamos também com a retomada do consumidor às compras em lojas físicas.


Principais buscas

O brasileiro está de olho em iPhone. No segundo trimestre de 2022, entre as palavras mais buscadas em mecanismos de pesquisa, iPhone 11 e iPhone 13 foram as duas mais procuradas. Na lista ainda aparecem nomes como ps5, notebook, cadeira gamer e geladeira. 

Existem dois modos de uma palavra-chave ser ranqueada ao utilizar mecanismos de busca: orgânica ou paga. Na primeira opção, os buscadores cruzam alguns atributos do site, como: qualidade e originalidade do conteúdo, densidade de palavras-chave, links externos e internos e alguns outros.


Engajar para comprar

Mais do que novos downloads, o engajamento do público é algo buscado constantemente pelos e-commerces. Métricas como páginas visualizadas por sessão e tempo médio são importantes indicadores para melhorias quanto a experiência do usuário e conversão em compras. No período analisado pelo Report da Snaq, a OLX é a empresa com mais páginas visualizadas por sessão, ShopFácil fica na última colocação.

Em sites de vendas de novos e seminovos, como Mercado Livre e OLX, vemos uma média maior de páginas visualizadas, influenciada naturalmente pela necessidade do usuário “garimpar” produtos. A mesma premissa segue para o tempo médio de cada sessão. No segundo trimestre de 2022, os usuários ficaram cerca de 10 min em cada sessão da Shopee, sendo em média 3:30 em players como Alibaba, Magalu, Casas Bahia e Amazon.

Confira os dados completos em https://conteudo.snaq.co/e-commerce-brasileiro-2t22?utm_source=parceiro&utm_medium=sile&utm_campaign=lancamento

 

Cinco maneiras de potencializar e empoderar equipes remotas

Em 2021, 47 milhões de americanos deixaram seus empregos, dando início ao que muitos chamam de "grande desistência". Em uma tentativa de atrair e reter funcionários talentosos, empresas de todo o mundo, como Airbnb e Twitter, tornaram o trabalho híbrido e remoto uma parte central de sua filosofia de espaço de trabalho. Esta modalidade trabalho ajuda às companhias a aumentarem a diversidade e diminuir o porcentual de funcionários que pedem demissão. 

Mas como os gerentes que nunca gerenciaram funcionários remotos podem apoiar ativamente suas equipes e ajudá-las a prosperar nesse novo ambiente?

 

 

1. Reconheça o esforço de sua equipe remota

O trabalho remoto oferece aos funcionários flexibilidade sem precedentes. Mas sem um lembrete frequente de como suas contribuições influenciam a organização e sua equipe, também pode deixar os membros remotos da equipe se sentindo isolados de seus colegas e desconectados de seu trabalho.

 

2. Incentive o autocuidado

Mostrar à equipe remota que o autocuidado é uma prioridade permitirá que eles gerenciem seu equilíbrio entre vida profissional e pessoal de forma mais eficaz. Incentivar sua equipe a tirar um tempo do dia para coisas pessoais, como ir à academia, assistir ao jogo de futebol de uma criança, cuidar de reparos em casa ou ir ao médico, os ajudará a se sentir mais à vontade para tirar uma folga e recarregar as baterias.

 

3. Comemore vitórias, aprenda com as derrotas

Passar um tempo analisando os sucessos e fracassos da semana com sua equipe pode ajudar os colaboradores a se sentirem mais à vontade para compartilhar problemas potencialmente difíceis, fornecendo contexto para lições ou estratégias importantes e ajudando-os a se destacarem nas próximas tarefas. Compartilhar os próprios erros também pode ajudar a reforçar a lição fundamental de que o fracasso faz parte do sucesso. Como disse certa vez Winston Churchill: "O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo".

 

4. Crie oportunidade para aprendizado e desenvolvimento

Todos os profissionais de sucesso, independentemente de sua função ou setor, têm a mesma coisa em comum: são altamente hábeis em aproveitar oportunidades para obter insights e aprender lições e estratégias valiosas. Graças à ampla gama de meios de comunicação disponíveis, como telefone, chat, vídeo e e-mail, você tem muitas maneiras de oferecer e fornecer feedback. Por exemplo, você pode oferecer dicas rápidas ou informações críticas sobre produtos e mensagens via chat ou e-mail, enquanto discussões de estratégia mais complexas, como sessões individuais, podem ser conduzidas por meio de vídeo.

 

5. Crie conexões para estabelecer confiança

O trabalho remoto é único, pois exige inerentemente um alto nível de confiança entre gerentes e funcionários. Os gerentes devem confiar em seus funcionários para cumprir suas responsabilidades e fazer o melhor possível com supervisão mínima, enquanto os funcionários devem confiar nos gerentes para orientar, dirigir e liderar suas iniciativas. Construir confiança com alguém que você nunca viu pessoalmente ou mal conhece pode parecer difícil, mas o segredo está em criar uma conexão humana, assim como você faria pessoalmente.

Apesar das complexidades da vida, o trabalho encontra uma maneira de ser feito, seja com a equipe trabalhando em casa, no escritório ou em algum outro lugar. E essas dicas podem ajudar a criar um ambiente dinâmico, capacitado e produtivo, aprimorando suas habilidades e eficácia como líder.

  

Nicolas Andrade - Diretor de Relações Governamentais do Zoom na América Latina e na Espanha.


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