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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Líder ou Gestor, entenda a diferença


Quando se fala em engajar pessoas e gerar resultados por meio delas, o que te parece mais atraente: focar em processos e indicadores a serem seguidos ou focar em relacionamentos? 

Antes de tomar uma decisão, deixe-me esclarecer as consequências da falta de cada um deles. Sem processos e indicadores, a maior chance é a de que os resultados sejam dúbios ou inexistentes ou até mesmo que a produtividade geral da equipe seja inferior ao potencial dela. Sem bons relacionamentos, não há lealdade entre o líder e o liderado, além do fenômeno global de desengajamento, em que as pessoas simplesmente não tem vontade de trabalhar. 

Dito isto, pare e reflita sobre a pergunta inicial: qual te parece mais interessante: processos ou relacionamentos? 

Caso você não tenha respondido, com firmeza, ambos, sugiro que leia este artigo com extrema atenção. 

Existe uma grande diferença entre um gestor e um líder. Um gestor é, em geral, alguém responsável por determinado resultado ou processo em uma empresa. Ao passo que um líder não necessariamente possui um título específico, mas tem seguidores e o engajamento deles. 

Agora sim, respondendo à pergunta inicial, afirmo categoricamente que ser apenas um bom líder ou um bom gestor é um tremendo erro e desperdício de potencial. 

Um gestor sem habilidades de liderança não consegue extrair o melhor de cada colaborador, pois não é capaz de engajado o time a trabalhar da melhor forma. Um líder sem habilidades de gestão, apesar de ter pessoas que se esforçam por ele, não consegue os melhores resultados, pois é incapaz de planejar, organizar e medir resultados. Portanto, idealmente, esforce-se para ser um excelente gestor e um líder cada dia melhor. 

Dito disto, não é trivial se desenvolver essas duas áreas. Existe uma infinidade de conteúdos e metodologias sobre o assunto, de forma que se torna difícil até saber por onde começar. Nesse sentido, reflita sobre os seguintes pontos, principais, sobre como alcançar a excelência na gestão e liderança.

 

Gestão:

Quando se fala em gerir, tenha em mente que estamos tratando de gerenciar processos ou projetos. Isso significa acompanhar resultados e indicadores. Isso ocorre através de ciclos sucessivos de planejamento, execução, medição de resultados e ajustes.

 

Liderança:

Liderar é a arte de engajar pessoas a fazer algo ou atingir determinado resultado.

Engajar nesse sentido está relacionado a despertar a vontade e motivação para que o time faça o que tem de ser feito por vontade própria, não somente por que foram mandados. 

Entendeu como existe uma grande diferença entre liderar e gerir? De toda forma, como você já deve ter percebido, uma boa liderança favorece uma boa gestão e vise versa. Focar somente em resultados e indicadores pode causar quebras de relacionamento no time, ao passo que focar somente em relacionamentos pode tornar a equipe acomodada e sem direção.

Ao se tornar um excelente gestor e líder, você será capaz de tracionar resultados incríveis através de seus times e será extremamente valorizado por isso. 

Engajar e gerir pessoas é uma das habilidades mais relevantes para o desenvolvimento de carreiras e negócios, torço para que, ao ler até aqui, você tenha despertado insights poderosos para acelerar sua trajetória pessoal e empresarial.

 

Valdez Monterazo - Coach Executivo, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. https://valdezmonterazo.com.br


FMI revisa para cima projeção de crescimento da economia brasileira

Freepik
O Fundo elevou de 0,8% para 1,7% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, mas prevê desempenho mais fraco para 2023

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento da atividade brasileira, neste ano, apesar das dificuldades enfrentadas pela economia global. Entretanto, passou a ver desempenho mais fraco em 2023.

Na revisão das estimativas em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira, 26/07, o FMI passou a estimar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano em 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

Para 2023, o relatório do FMI indica que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2%, neste ano. A previsão do Ministério da Economia para 2023 é de 2,5%.

A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região de 3% este ano, 0,5 ponto a mais do que no relatório anterior.

Mas da mesma forma, a estimativa para a América Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2%.


ECONOMIA MUNDIAL

De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do PIB global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6%, divulgada em abril.

O crescimento mundial se recuperou em 2021 para 6,1% depois que a pandemia da covid-19 esmagou a produção global em 2020 com contração de 3,1%.

"A perspectiva piorou significativamente desde abril. O mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última", disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comunicado.

Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4 ponto estão a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.

Para a China, o fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, indo respectivamente a 3,3% e 4,6%.

"Os riscos para o cenário são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem", destacou o FMI.

  

Agência Brasil

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/fmi-revisa-para-cima-projecao-de-crescimento-da-economia-brasileira

 

Resiliência da Floresta Amazônica cria janelas de oportunidades para regeneração passiva

Avanço da regeneração em zona ripária, com a presença de um tronco grande residual atuando na formação de poços (foto: Felipe Rossetti de Paula)

 

Em um intervalo de aproximadamente 32 anos, de 1988 a 2020, 457.474 km2 foram desmatados na Amazônia Brasileira – uma área bem maior do que a da Itália e quase igual à da Espanha. E o ritmo do desmatamento, que havia diminuído, voltou a crescer nos últimos quatro anos – principalmente em 2022.

Um dado auspicioso nesse cenário é que 120.000 km² de área desmatada, destinados principalmente à formação de pastagens e depois abandonados, voltaram a se regenerar passivamente, por meio de processos naturais.

Ao mesmo tempo que o desmatamento e a degradação das áreas remanescentes precisam ser urgentemente interrompidos, a floresta oferece janelas de resiliência que podem ser utilizadas com inteligência para promover a regeneração. O artigo “Seizing resilience windows to foster passive recovery in the forest-water interface in Amazonian lands”, recém-publicado no periódico Science of The Total Environment, forneceu informações substanciais nesse sentido.

“Existem atualmente muitas áreas sob regeneração passiva na Amazônia. E, na região que estudamos, localizada no município de Paragominas, no Estado do Pará, a floresta localizada em margens de riachos recuperou atributos estruturais [densidade de indivíduos e de dossel] a partir de 12 anos, enquanto a recuperação da área basal ocorreu em 18 anos”, diz à Agência FAPESP o pesquisador Felipe Rossetti de Paula, pós-doutorando da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e primeiro autor do estudo.

Rossetti de Paula ressalta que grande parte dessas áreas em regeneração localiza-se em beiras de corpos d’água, comumente conhecidas como zonas ciliares ou zonas ripárias. “A importância de haver florestas nas zonas ripárias se deve ao fato de os ecossistemas de riachos serem estreitos e, com isso, quase totalmente cobertos pelo dossel. Assim, os recursos alimentares que sustentam a base da cadeia alimentar nesses cursos d’água provêm de folhas, frutos e insetos que caem no meio líquido e são decompostos e utilizados por microrganismos, mais tarde consumidos por invertebrados aquáticos, que posteriormente servirão de alimentos para os peixes”, afirma.

Essa sequência caracteriza os riachos como sistemas predominantemente heterotróficos – isto é, que dependem de recursos externos. Quando as florestas ripárias são desmatadas, elimina-se o dossel, e, junto com ele, os aportes orgânicos que mantêm a heterotrofia do sistema. Este torna-se, então, autotrófico, tendo que gerar sua própria fonte de energia para a sustentação da cadeia alimentar.

Nesse ponto, o papel dos fungos decompositores na cadeia alimentar é substituído por organismos fotossintetizantes, como algas, microalgas e plantas aquáticas, que utilizam luz solar para produzir seu alimento e que depois serão consumidos por invertebrados aquáticos e assim por diante. Nesta condição, aumentos nos níveis de luz e temperaturas no sistema podem ocasionar também o crescimento exagerado de microalgas, aumentando a turbidez da água e tornando-a menos propícia para o consumo das populações locais. Além disso, estudos recentes mostraram que temperaturas elevadas da água diminuíram o crescimento de espécies nativas de peixes, menos tolerantes a esta condição.

“Com a regeneração da floresta ripária, recupera-se o dossel, e, com ele, o fornecimento de material orgânico e o controle da entrada de luz no ecossistema aquático. O sistema como um todo retorna ao status heterotrófico”, resume Rossetti de Paula.

O pesquisador enfatiza também que as grandes árvores que caem nos riachos possuem funções ecológicas altamente relevantes, como oferecer abrigos para peixes dentro de cavidades, fornecer alimentos e locais de fixação para invertebrados aquáticos e, o mais importante, represar o fluxo de água, criando pequenas piscinas naturais que são lugares de fluxo reduzido e retenção de material orgânico e nutrientes.

“Sem esses poços, a disponibilidade de recursos alimentares e nutrientes é reduzida, pois eles tendem a ser transportados mais rapidamente pelo fluxo de água. Tais piscinas também são importantes hábitats para peixes que utilizam a coluna d’água para nadar, como os lambaris”, informa Rossetti de Paula.

Portanto, o desmatamento em zonas ripárias também elimina o aporte de árvores nos riachos, e consequentemente, todas as suas funções dentro do ecossistema aquático. E, mesmo com o avanço da regeneração, a recuperação do fornecimento de árvores grandes para o riacho é mais demorada que a do fornecimento de folhas e controle da luz solar, pois as árvores demoram mais para crescer em diâmetro do que para desenvolver o dossel.

“Uma floresta jovem, com árvores de pequeno diâmetro, até irá fornecer árvores para o riacho, porém os poços formados serão pequenos e temporários, pois árvores pequenas são mais rapidamente decompostas ou mais facilmente carregadas pelo fluxo de água”, argumenta o pesquisador, que sublinha a importância de aproveitar as janelas de resiliência constituídas por riachos que ainda possuem grandes árvores tombadas em seu curso.

“A regeneração passiva possui um custo de implantação praticamente zero em comparação aos projetos de restauração convencionais, que necessitam de preparo, recuperação do solo, plantio de mudas e manejo da área para que as mudas não morram. Considerando a alta resiliência ainda presente na Amazônia, a chance de as florestas ripárias se recuperarem é muito grande”, explica Rossetti de Paula.

E afirma que muitos riachos ainda possuem árvores grandes caídas em seu interior, oferecendo abrigos e recursos para os organismos aquáticos, que constituem uma importante fonte de retenção de biodiversidade mesmo após o desmatamento. Essas oportunidades não devem ser desperdiçadas.

“Se não aproveitarmos as árvores ainda dentro do canal, estas serão decompostas e perdidas, e, quando a regeneração ripária começar, haverá uma lacuna enorme até as árvores crescerem em diâmetro e depois caírem no riacho. Nesse hiato, o riacho ficará sem muitas das funções exclusivamente providenciadas pelos troncos, o que acarretará extinções locais e perda de biodiversidade”, pondera o pesquisador.

Considerando a enorme diversidade de peixes nos riachos amazônicos, é imprescindível proteger estes ecossistemas altamente biodiversos e que também oferecem serviços ecossistêmicos para as populações locais. Nesse sentido, deve-se aproveitar ao máximo o enorme potencial de regeneração passiva destas florestas e os troncos grandes ainda presentes no riacho para acelerar a regeneração a um custo baixo e com muitos ganhos ambientais.

Rossetti de Paula destaca que em outras áreas, como as do Estado de São Paulo, a regeneração passiva pode não ser tão eficiente quanto a da Amazônia, devido ao longo histórico de desmatamento e degradação que possivelmente exauriu as fontes de regeneração natural da área.

“Em algumas áreas que estudamos no Estado de São Paulo, como as da Bacia do Rio Corumbataí e da Estação Experimental de Ciências Florestais em Itatinga, encontramos florestas ripárias com aproximadamente 32 anos de idade, apresentando valores de diâmetro de árvores bem inferiores aos das florestas regeneradas mais antigas do nosso estudo na Amazônia”, afirma.

Vale destacar também que grande parte de florestas ripárias sob regeneração está localizada em propriedades rurais e circundada por atividades agrícolas. Estas podem atuar como fontes de distúrbios, que retardem ou eventualmente impeçam a regeneração.

Para a quantificação inicial da idade da regeneração, o estudo utilizou inicialmente um mapa de regeneração provido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a partir de imagens de satélite com 30 metros de resolução, correspondente ao período de 1988 a 2010. Posteriormente, a periodização foi expandida até 1984, com imagens disponíveis na plataforma Google Engine Timelapse. “Além de expandir a periodização, isso permitiu uma melhor quantificação da idade da regeneração e também do tempo em que a área permaneceu sob pastagens antes do início da regeneração”, conta Rossetti de Paula.

O estudo foi conduzido em Paragominas, no Estado do Pará, município que possui algumas peculiaridades importantes. Desde seu estabelecimento, na década de 1960, na esteira da construção da rodovia Belém-Brasília, ele foi palco de intenso desmatamento, principalmente para extração de madeira e implantação de pastagens. No entanto, muitas áreas se tornaram rapidamente improdutivas e acabaram sendo abandonadas, o que deu início ao processo de regeneração passiva. Além disso, Paragominas embarcou recentemente em iniciativas sustentáveis, como a dos Municípios Verdes, que também contribuíram para a regeneração natural.

“Um dado importante do nosso estudo foi que ele se concentrou em uma região mais distante da sede do município de Paragominas, dentro de uma enorme área florestal sob manejo sustentável, o que também auxiliou o processo de regeneração passiva, uma vez que a proximidade das florestas do entorno aumenta as fontes de regeneração”, ressalta o pesquisador.

Os dados foram coletados entre 2014 e 2016, durante o doutorado de Rossetti de Paula na The University of British Columbia, no Canadá, com apoio da FAPESP, sob a orientação de Silvio Frosini de Barros Ferraz. Em 2018, Rossetti de Paula prosseguiu o estudo com bolsa FAPESP de pós-doutorado.

O artigo “Seizing resilience windows to foster passive recovery in the forest-water interface in Amazonian lands” pode ser acessado em https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969722015182.

  


José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/resiliencia-da-floresta-amazonica-cria-janelas-de-oportunidades-para-regeneracao-passiva/39216/
 

terça-feira, 26 de julho de 2022

Cerca de 48% dos idosos do DF têm problema de visão

Problema é maior entre idosos de regiões de baixa renda e gera impacto na qualidade de vida dessa população


Cerca de 48,4% da população idosa do Distrito Federal tem problema de visão, é o que revela a pesquisa “Percepção dos idosos sobre viver no Distrito Federal”, estudo realizado pelo Observatório de Políticas Públicas do Distrito Federal (ObservaDF), projeto vinculado à Universidade de Brasília (UnB), sobre a qualidade de vida dos idosos. Os dados da pesquisa também mostram que, os idosos que moram em regiões de baixa renda, são os que têm maior dificuldade para enxergar.

O estudo do ObservaDF avaliou a situação do idoso no Distrito Federal, por meio de um questionário, com cerca de 900 pessoas, com idade superior a 60 anos. Os participantes consultados na pesquisa, incluiu moradores de todas as regiões administrativas do DF. O objetivo do estudo é conhecer as percepções dos idosos sobre o viver nesse território, e sobre o acesso e a qualidade de serviços públicos voltados à essa população.

Segundo a professora e pesquisadora da UnB, Andrea Felipe Cabello, um dos pontos que se destaca na pesquisa, é a desigualdade no âmbito da saúde. “Nos chamou bastante atenção algumas disparidades em relação à saúde. Em um relatório anterior, já havíamos enfatizado que, o acesso à saúde no Distrito Federal, não é igualmente distribuído entre todas as regiões administrativas, principalmente aquelas pessoas que moram em regiões administrativas de mais baixa renda, têm acesso a serviços de pior qualidade. E isso não é diferente com os dados desse questionário”, relata. 

Uma das questões mencionadas sobre saúde, e que deixam explícitas as diferenças sociais, é o problema de visão, conta Cabello. “Muitos deles relataram dificuldade de enxergar, mas os que mais relatam essa dificuldade, moram em regiões de baixa renda, o que pode estar relacionado com a qualidade do serviço prestado”, declara.

A médica oftalmologista do CBO- Hospital dos Olhos, Maria Regina Chalita, informa que a prevalência da deficiência visual na população idosa é grande e, entre as principais causas de baixa visão no idoso, estão doenças como o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular relacionada à idade, sendo todas elas irreversíveis. Chalita destaca que a baixa na visão tem repercussões importantes na capacidade funcional dos idosos e na sua autonomia. “Sabe-se que os idosos que enxergam melhor, sofrem menos quedas, cometem menos erros ao ingerir medicações, apresentam menor isolamento social e menos quadros depressivos, são mais independentes e têm melhor qualidade de vida”, afirma.

A oftalmologista ressalta a importância do acompanhamento médico da população idosa para obter um diagnóstico precoce de doenças. “As doenças que causam perda da visão irreversível, como o glaucoma e a retinopatia diabética, têm controle, se diagnosticadas precocemente e se iniciado tratamento adequado com acompanhamento por um médico oftalmologista. Como causa de baixa de acuidade visual reversível no idoso, temos a catarata, a qual permite a recuperação da visão após seu tratamento cirúrgico. Nos casos de perda visual irreversível, a reabilitação visual tem papel importante na qualidade de vida desta população”, esclarece. 


Entenda por que doar sangue é importante!


A doação de sangue é um gesto solidário. Mas, quem doa sangue, de fato, está ajudando a quem? De acordo com o GSH Banco de Sangue de São Paulo, uma única doação salva até quatro pacientes, que podem ser vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes com câncer, que serão submetidos a transplantes, a cirurgias de médio e grande porte, como, por exemplo, cardíacas -- um a cada 10 pacientes internados necessitam de transfusão. 

Por isso, a demanda por hemocomponentes é constante e são os bancos de sangue que abastecem os hospitais com as bolsas de sangue. E, para que os estoques sanguíneos estejam em um nível saudável, é importante que as pessoas se conscientizem sobre a importância da doação de sangue. 

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8 da população brasileira é doadora, quando o ideal seria 3%. Neste mês de julho, período de férias, a situação ficou ainda mais crítica no GSH Banco de Sangue de São Paulo, acentuando a queda nas doações. 

“Estamos recebendo uma média de 50 doações por dia quando o ideal seriam 160, e essa situação vem se repetindo há várias semanas, o que é muito grave pois pode causar um colapso no abastecimento”, diz Mayara Santos, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo.

Ela explica ainda que é justamente neste período que a demanda por transfusões aumenta em decorrência de acidentes de trânsitos, pois há mais pessoas nas estradas viajando. “Por isso, temos que estar prontos com estoques saudáveis para atender casos de emergência, além dos casos que já atendemos de pacientes em tratamentos nos hospitais”, enfatiza Mayara. 

Nesse contexto, o Banco de Sangue convida os doadores frequentes e também aqueles que querem fazer sua primeira doação a comparecer na unidade e entrarem nessa corrente do bem pela vida. Doar sangue não dói, é um processo rápido, que dura em média 40 minutos. 

E para que os doadores tenham mais opções de horários, a instituição atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue: 

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;
  • Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;
  • Não ter diabetes em uso de insulina;

 

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Critérios específicos para o CORONAVÍRUS: 

  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;
  • Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;
  • Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;
  • Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).

 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Inverno pede cuidado redobrado com a saúde das crianças

As viroses respiratórias e os resfriados comuns são as doenças mais comuns nesta época do ano, além da Covid-19 (Tima Miroshnichenko/Pexels) 


 Pediatra explica diferença das doenças típicas da estação mais fria do ano e como os pais devem proceder

 

A estação mais fria do ano promete não dar trégua até a chegada da primavera. Pelo resto desse período, segundo as últimas previsões da meteorologia, o inverno seguirá derrubando temperaturas em praticamente todo o país, intensificando as chuvas em regiões mais quentes, sobretudo no Norte e no Nordeste, e os dias de neblina e geada no Centro-Sul do país.  

Como é de praxe, os dias com temperaturas mais baixas e o clima chuvoso pedem maior atenção com a saúde, em especial das crianças, que ainda estão com seus sistemas imunológicos em desenvolvimento. Isto porque as mudanças no clima propiciam o aumento de casos de síndromes gripais.  

O pediatra, neonatologista e professor Samir Buainain Kassar, do curso de Medicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas), lembra que as doenças mais comuns nesta época são as viroses respiratórias, os resfriados comuns e a Covid-19, cujos casos voltaram a ter um comportamento de alta desde o início de junho em boa parte dos estados. 

“Para prevenir estas doenças típicas de inverno valem as mesmas orientações para evitar a transmissão da Covid-19: lavar sempre as mãos, uso de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações, festas e parquinhos. As crianças que estiverem com síndromes gripais, apresentando febre, tosse, coriza, dor na garganta, não devem ir à escola”, recomenda. 

Samir destaca que gripe e resfriado são doenças diferentes. A gripe é causada pelo vírus influenza e, para evitá-la, é essencial a vacinação disponível em praticamente todo o Sistema Único de Saúde. Já o resfriado pode ser causado por diversos vírus, tem duração de sintomas como tosse e coriza por 10 a 14 dias, e em apenas cerca de 10% dos casos pode persistir por até 25 dias. "O resfriado tem mais coriza e tosse, com quadro leve e prolongado. No resfriado pode até ter febre, mas sempre febre baixa. Já a gripe costuma vir com quadro de febre alta, dor na garganta e dor no corpo: é sempre um quadro mais grave”, alerta.  

Como em todos os casos de adoecimento, o pediatra recomenda que os pais ou responsáveis busquem atendimento médico para a criança o quanto antes, evitando a automedicação. Kassar reforça ainda a necessidade de oferecer alimentos naturais e bastante água para os pequenos adoentados.

 

Asscom | Unit Alagoas


Entenda o que é a hérnia de disco, doença que levou Wesley Safadão para o centro cirúrgico

Fisioterapeuta Dra. Walkyria Fernandes explica como o sedentarismo é um fator de risco e como a doença pode gerar perda de sensibilidade e de força na perna, caso não seja tratada
 

Há pouco dias, o cantor Wesley Safadão teve que ser operado às pressas por causa de uma hérnia de disco - uma lesão que ocorre com mais frequência na região da lombar. Não à toa, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2018, cerca de 5,4 milhões de brasileiros passaram por esse desconforto. O artista contou que há quatros anos teve uma crise e travou, mas que dessa vez a dor foi mais intensa, com a perda de sensibilidade nos testículos. A fisioterapeuta Walkyria Fernandes explica que a hérnia é um processo degenerativo e que faz parte do envelhecimento, mas que o sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Segundo a especialista, o paciente não deve ignorar os sintomas, pois em alguns casos, se não for tratado, a pessoa pode perder a sensibilidade ou força dos membros inferiores. 

“Temos os discos intervertebrais, localizados entre as vértebras, constituídos por um tecido cartilaginoso, que tem como função principal amortecer o movimento. Esse disco é composto por anéis fibrosos, que envolvem o núcleo pulposo, a parte de dentro, que é mole; igualzinho aquele antigo chiclete Bubbaloo. Quando há a ruptura do anel fibroso, o núcleo pulposo vaza, aí damos o nome de hérnia de disco extrusa. Quando essas fibras se rompem completamente, o núcleo pulposo pode migrar para o canal medular, pode acontecer a compressão de alguns nervos e em pouquíssimos casos gerar alteração de sensibilidade na genitália e ter comprometimento motor, que foi o caso do cantor”, explica a fisioterapeuta. 

Ainda de acordo com a Dra. Walkyria, quem tem desequilíbrio e fraqueza muscular, e diminuição de mobilidade em uma das partes do corpo, quem trabalha muito tempo sentado ou é sedentário tem grandes chances de desenvolver uma hérnia de disco. “Alguns desses fatores fazem com que a pessoa sobrecarregue, ainda mais, os níveis da coluna vertebral, como a lombar. O aparecimento da hérnia também pode ser por trauma ou acidente, mas não é o mais comum”, afirma ela.

A fisioterapeuta explica que os discos intervertebrais são formados por 80% de água, e quando eles vão perdendo essa água, vão desidratando. Esse processo de degeneração, evolui até formar uma protrusão. “É como se eu pegasse o Babbaloo -- que seria o disco intervertebral - e desse uma esmagada nele. No caso do Wesley Safadão, ele tinha uma protrusão discal e isso foi piorando ao longo do tempo, até que desenvolveu a hérnia de disco extrusa, e teve que ser operado. Menos de 5% dos casos, não respondem ao tratamento conservador, e a cirurgia é a solução. No caso do cantor, ele estava com uma crise aguda, ou seja, com dor, travado e evolui para sintomas como não sentir os testículos”, descreve Fernandes. 

Walkyria orienta ainda que o tratamento de um paciente com hérnia de disco deve ser feito com um fisioterapeuta, que vai avaliar o que está causando a sobrecarga na coluna. “Usamos as técnicas de fisioterapia manual, organizamos a mobilidade do corpo desse paciente e fazemos exercícios específicos. É preciso entender qual é o tipo de hérnia de disco desse paciente, qual é o padrão que está gerando a posição antálgica, que é a posição que o paciente adota para não sentir dor e corrigir isso. Para que não aconteça novas crises fazemos a manutenção com o fortalecimento da musculatura”, esclarece Fernandes. 

Por último, a especialista explica que o tempo de um tratamento conservador, sem cirurgia para um paciente travado, varia, mas a média são de oito semanas. “Já um paciente que fez a cirurgia, vai precisar esperar uns 15 dias para retirar os pontos e aí sim começar a fazer exercícios de exposição gradual, como por exemplo dobrar a coluna pra frente, que é o movimento de flexão ou jogar a coluna para trás, que é o movimento de extensão. E assim começar a ativar a musculatura das costas novamente”, finaliza a fisioterapeuta.

 

Walkyria Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche -- parte na UniNove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha.  A fisioterapeuta clínica ainda é idealizadora do método “Raciocínio Clínico Avançado -- RCA 360”, curso on-line que já conta com mais de 5 mil alunos no Brasil e em nove países. Já foi proprietária de uma grande clínica de fisioterapia no estado do Mato Grosso, onde também atuou durante 7 anos como professora de anatomia, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT), no curso de Medicina.


Dia Mundial da Prevenção do Afogamento: 10 dicas para curtir o mar com segurança

UPA 24h Zona Leste, em Santos, alerta para os perigos de acidentes nas praias, que atraem turistas neste período de férias escolares e calor fora de época


Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento (25/7), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste alerta para os perigos de acidentes nas praias. A unidade está localizada na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo, destino de muitos turistas neste período de férias escolares e calor fora de época. 

Gisele Abud, diretora Técnica da unidade, explica que o afogamento ocorre, de forma geral, por asfixia decorrente da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), ocasionando alterações das trocas gasosas, que levam a falta de oxigênio no sangue e, por consequência a acidez excessiva do sangue e fluidos corporais. 

“Infelizmente o risco de afogamento em cidades litorâneas é real. A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, alerta a profissional da UPA Zona Leste, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos e é gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde.  

Estudo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), aponta que a cada uma hora e meia um brasileiro morre afogado e 90% dos óbitos acontecem em águas naturais, ou seja, rios, oceanos, represas, cachoeiras etc. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os afogamentos são a terceira causa de morte acidental no mundo e representam quase 8% do total de mortes globais. 

No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas (que alteram a capacidade de julgamento e resposta do banhista), correntes de retorno (onde o banhista é puxado para dentro do mar), depressão no fundo das praias e o impacto das ondas (onde o movimento forte da água arremessa o banhista para baixo).

 

Como a prevenção é a ferramenta mais eficaz contra os afogamentos, a UPA destaca algumas orientações importantes: 

1- Procure o guarda-vidas mais próximo antes de entrar na água, ele saberá informar sobre as condições do mar e o local mais apropriado para banho;

2- Respeite as sinalizações, como bandeiras verde, amarela e vermelha. Em caso de alerta de perigo, não entre no mar;

3- Fique na parte rasa, principalmente se não souber nadar. Como diz o ditado: “Água no umbigo, sinal de perigo”;

4- Entre no mar acompanhado;

5- Não entre no mar sob efeito de drogas ou álcool ou após ter ingerido alimentos pesados;

6- Não entre no mar a noite e em situações com chuva e raios;

7- Nade em locais seguros, longe de pedras e costões;

8- Tenha atenção redobrada com crianças, que devem entrar no mar sempre acompanhadas por um adulto. É importante também colocar pulseiras de identificação;

9- Lembre-se que no mar há condições adversas. Dados apontam que 50% dos afogados são pessoas que sabem nadar, então cuidado com o excesso de confiança.

10- No caso de uma ocorrência ligue imediatamente para os bombeiros (193), ou chame o guarda-vidas quando perceber pessoas em situação de afogamento. 

Caso seja necessário agir, entre no mar sempre com uma boia ou objeto flutuante que possa ser jogado para o banhista em dificuldade agarrar. “Evite se aproximar, pois no momento do desespero, o banhista pode se agarrar a você e ambos se afogarem”, alerta a médica.


Vitamina D: hormônio tem inúmeras funções na manutenção do organismo

A falta de exposição solar pode fragilizar a saúde 

 

A vitamina D é considerada um hormônio de extrema importância para o bom funcionamento do nosso organismo, incluindo o fortalecimento da nossa imunidade. Sua função é reforçar as células de defesa e proteger o nosso corpo contra uma série de complicações, como diabete, esclerose múltipla, lúpus e artrite reumatoide. 

A nutricionista da Puravida, Alessandra Feltre, explica a sua importância para a manutenção da saúde. “A vitamina D é usada pelo corpo para o desenvolvimento e a manutenção dos ossos. Ela atua de forma sistêmica em todo o organismo, promovendo a saúde muscular, articular, cognitiva, reprodutiva e cardiovascular, além de auxiliar na proteção contra infecções e doenças autoimunes. Por isso ela é considerada mais do que um nutriente, sendo um pró-hormônio indispensável, desde a formação do feto até o fim do ciclo da vida”, diz.

É durante o inverno  que os níveis costumam cair. Geralmente, devido à menor incidência de raios solares e da menor exposição ao sol. E essa queda merece atenção, já que coloca a saúde em risco. A longo prazo, ela pode causar o surgimento de doenças autoimunes, além do enfraquecimento dos ossos. “A vitamina D promove a absorção de cálcio no intestino, além de ajudar a proteger os adultos mais velhos da osteoporose e atuar na redução de inflamações, nos sistemas neuromuscular e imunológico e no metabolismo da glicose. Sem vitamina D suficiente, os ossos podem se tornar finos e quebradiços”, diz a nutricionista. 

De forma geral, manter o hábito de exposição à luz solar entre às 11h e 13h, sem aplicação de protetor na área exposta, durante um período de 15 a 20 minutos diários, pode auxiliar na manutenção de níveis adequados de vitamina D.

Outro ponto que merece atenção é o cardápio diário. Consumir alimentos ricos em vitamina D, como peixes e ovos, podem ajudar a manter os níveis adequados. A reposição também pode acontecer por meio da suplementação 

“Uma parte da população não consegue se expor ao sol diariamente pelo período e horários adequados, ou, até mesmo, seguir uma dieta mais saudável por conta da rotina. Nesses casos, é preciso entrar com suplementação prescrita por um médico ou nutricionista que pode ser encontrada em cápsulas ou gotas”, pontua Alessandra Feltre.

A Puravida oferece as duas opções para suprir essa necessidade, como o Vitamina D3 Synergy em cápsulas – complexo de vitaminas A, D, K, selênio e magnésio. A empresa também tem o D3 + K2 em gotas, de uso sublingual. Enquanto a vitamina D promove a absorção do cálcio, a K2 direciona o cálcio para ossos e dentes. 

 

Puravida


Neuroimagens comprovam atuação da auriculoterapia no sistema nervoso

A auriculoterapia é uma técnica milenar, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. A comprovação da efetividade da técnica está descrita em centenas de artigos científicos. Prova de que a auriculoterapia vem sendo amplamente estudada, é que o Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Bireme/Opas/OMS) realizam uma série de estudos sobre como a prática contribui para o cuidado de diferentes problemas de saúde. 

Em minha trajetória na auriculoterapia, também venho buscado demonstrar, por meio de estudos, as comprovações científicas dos benefícios da técnica. Com esse intuito, apresentei em diversos congressos, uma pesquisa com neuroimagens em que comprovo a atuação da auriculoterapia no sistema nervoso central. A relevância do estudo foi tamanha, que participei do Congresso Internacional de Acupuntura em Boston, na Universidade de Harvard; no Congresso Internacional de Medicina Tradicional Chinesa, na China; e também em congressos nas cidades de Barcelona, Chicago, Munique e Dubai. Os resultados da pesquisa permitiram observar que a auriculoterapia neurofisiológica, e especialmente os três pontos estudados quando aplicados em conjunto, apresentaram efeitos no sistema nervoso autônomo e foram captados pelo equipamento de neurometria, conforme demonstro no artigo escrito sobre o tema. 

O meu estudo clínico foi realizado com voluntários saudáveis, homens e mulheres na faixa etária de 25 a 55 anos de idade. Eles não faziam uso de medicação contínua, não eram fumantes e nem tinham histórico de doenças. Por meio de sensores conectados nas mãos e na cabeça, o exame de neurometria foi realizado em três pontos do pavilhão auricular e metrificado em três momentos, sendo analisadas as imagens cerebrais aos 15 minutos após a aplicação, após 24 horas e após 48 horas. Durante o monitoramento foi registrado o controle de ansiedade e as variações cardíacas dos voluntários por meio de parâmetros específicos. 

Na pesquisa os voluntários tinham grau de estresse de grave a leve e quadros de exaustão das adrenais. Após 48 horas da aplicação da técnica percebeu-se a redução dos níveis de ansiedade e estresse. Conforme já sabemos a ansiedade está intimamente associada ao sistema nervoso simpático e os indivíduos estudados tinham sintomas compatíveis com estresse e exaustão. Após a aplicação foram percebidas melhoras funcionais e um aumento na atividade dos neurotransmissores, e ao mesmo tempo um estado de relaxamento, controle da ansiedade e também da frequência cardíaca.

 

Lirane Suliano - É cirurgiã-dentista, mestre e doutora pela UFPR. Especialista em Acupuntura e docente da pós-graduação nas áreas de Auriculoterapia, Eletroacupuntura e Laserpuntura, já ministrou aulas para mais de 6 mil alunos, desde 2010, quando iniciou como docente de acupuntura e auriculoterapia em universidades. Autora do livro “Atlas de Auriculoterapia de A a Z”, obra em sua 5ª Edição, é hoje referência no Brasil no ensino dessa técnica, sendo responsável pela criação da pós-graduação em Auriculoterapia Neurofisiológica, na Universidade Focus, em Cascavel, no Paraná, e por cursos on-line, formando profissionais no Brasil e em diversos países, dentre eles, Argentina, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Malásia, México, Holanda, Panamá, Portugal, Ruanda, Emirados Árabes, Uruguai e Estados Unidos.


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