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terça-feira, 26 de abril de 2022

TOD ou TDAH? Você Sabe Identificar?

Para Entender as Diferenças Entre Esses Transtornos, o Especialista Dr. Marcone Oliveira, Médico Neuropediatra e Orientador de Pais, vai nos explicar 


Se você é pai,mãe , professor, ou se simplesmente ja estava em paz passeando no shopping e viu aquela criança chamando atenção, como se estivesse desobedecendo ou sendo agressivo com pai, mãe ou quem estivesse por perto, você já viu um exemplo de uma criança com provável Transtorno Opositor Desafiador (TOD), mas não é tão simples assim de identificarmos. Precisamos de mais, porque estes mesmos comportamentos podem ser birra da idade, como podem ser também praticados por crianças com TDAH.

Quem nos falará sobre as principais características e como identificar cada um deles, é o Dr. Marcone Oliveira, médico neurologista infantil, especialista em Transtornos do neurodesenvolvimento, em especial o TDAH e orientador de pais.

O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é um transtorno que tem como caraterística um comportamento desobediente, que desafia as regras, as figuras e os símbolos de autoridade, como por exemplo, pai, mãe e professores, e na fase adulta esse comportamento, se não tratado, pode se agravar. Embora a causa seja desconhecida, especialistas e estudos apontam que, mais provavelmente, há uma combinação entre fatores ambientais e genéticos. E os sintomas costumam aparecer antes da criança completar os oitos anos de idade.

É preciso entender que o TOD não é uma birra, que é um comportamento comum nas crianças, mas que passa com a idade de forma natural. Ao contrário, o Transtorno Opositor Desafiador é um comportamento que deixa a criança sempre irritável e, muitas vezes, sem motivo, fazendo tudo para irritar os outros. E, apesar do tratamento ser de grande ajuda, o TOD é crônico, podendo durar por anos ou a vida toda.

Assim como o TOD, o TDAH também é um transtorno crônico e, geralmente começa na infância, podendo continuar na vida adulta. Quando a criança não passa por um tratamento adequado ela terá problemas no desenvolvimento escolar, e na vida adulta terá relacionamentos problemáticos, mal desempenho nos estudos superiores, no trabalho e na vida social. Embora sejam transtornos diferentes, é comum a confusão entre TOD e TDAH.

Com muita frequência vejo pais perdidos sem saber se os filhos realmente tem TDAH ou TOD. Essas características podem ajudar a diferenciar um do outro. A criança com TOD se irrita com mais facilidade, é vingativa, não sabe tolerar o sentimento de frustração, além de ter um comportamento desafiador. Já a criança com TDAH é impulsiva, tem dificuldade de prestar atenção, mas também pode ter um hiperfoco, além da dificuldade para controlar movimento e ações. Claro que, para o diagnóstico correto, você vai precisar de uma consulta médica especializada, mas conhecer os sinais e sintomas já pode ser de grande ajuda – Explica o Dr. Marcone Oliveira.

O TOD, para ser diagnosticado, se observa ao menos quatro dos seguintes sintomas:

  • Explosões de raiva frequentes, às vezes sem motivo
Não assume os próprios erros, culpando os outros por tais erros
  • Desafia e enfrenta pessoas mais velhas e figuras de autoridade
Não obedecem às regras
  • Apresenta atitudes e comportamentos apenas para aborrecer os outros

Os sintomas do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), como o próprio nome diz, incluem falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. O seu diagnóstico é clínico, sendo responsável um médico especialista em TDAH.

Embora não entre na lista dos critérios diagnósticos, a labilidade emocional é uma característica da criança com TDAH; essa alteração emocional aparece em outros transtornos e por isso ela não é considerada no diagnóstico. A criança com TDAH tem um limiar de frustação muito baixo, por isso ela se irrita muito fácil – Alerta o Dr. Marcone Oliveira.

 

Dr. Marcone Oliveira - Médico Pediatra, com especialização em Neurologia Infantil pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Possui também Graduação em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce; é Mestre em Ciências Fonoaudiológicas pela UFMG. Atualmente é Diretor Clínico da Clínica Proevoluir - Médico Neuropediatra.

Site: https://drmarcone.com.br

Instagram: @doutormarcone

Youtube: https://www.youtube.com/c/DrMarconeOliveiraNeuropediatra

 

Meningite: conheça os principais tipos, sintomas e tratamentos

Renato Grinbaum, infectologista e professor da Unicid, explica os perigos que a doença pode ocasionar 

 

Em 24/04, foi celebrado o Dia Mundial da Meningite. Criada para ressaltar a importância da doença, a data tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados que as pessoas devem tomar contra essa enfermidade que afeta milhares de pessoas em todas as partes do mundo.

Segundo o infectologista Renato Grinbaum, professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid, a meningite é uma infecção bacteriana que afeta a membrana que reveste o cérebro, causando dores de cabeça intensa e febre, além de outros sintomas que o paciente não está acostumado, como náuseas e rigidez no pescoço.

Para Grinbaum, existem dois tipos de meningites que precisam de atenção. “São vários os tipos, porém as duas mais relevantes são: bacteriana e viral. A primeira pode ser mais grave e trazer consequências severas, já a segunda, na maioria dos casos é mais leve e não causa prejuízos relevantes”, explica.

A enfermidade atinge várias pessoas de diversas faixas etárias, pois possui diferentes variantes, a bacteriana por exemplo, costuma afetar os adultos acima dos 20 anos, enquanto a viral, costuma ser frequente em crianças de até cinco anos de idade.

Para se prevenir da meningite, o professor Grinbaum salienta que a melhor forma de prevenção é a vacinação, para garantir segurança e a eficácia contra essa doença.

“Existem várias imunizações, mas para a obtenção de um resultado melhor, é importante que a vacina seja aplicada especialmente na infância, para que o risco da doença seja reduzido de forma significativa”, orienta o docente da Unicid.

O tratamento da meningite existe, porém, quando o paciente é diagnosticado, ele deve buscar ajuda médica o mais rápido possível, isso porque dependendo do caso, o resultado pode ser fatal.

Por fim, o infectologista ressalta que as meningites virais se curam sozinhas, já que habitualmente não precisam ser tratadas, agora no caso das bacterianas, é importante a internação, por isso, independente do tipo, o tratamento deve começar o quanto antes. 

 

 

Dr. Renato Grinbaum - médico infectologista. Doutorado em Clínica Médica. Atualmente é Professor da Universidade Cidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica, atuando principalmente em: residência, infectologia, infecção hospitalar e antimicrobianos.

 

 

Unicid 

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Pesquisa revela mecanismo ligado ao agravamento da COVID-19 nos pulmões e abre caminho para tratamento

Cientistas brasileiros do consórcio ImunoCovid mostram que a infecção por SARS-CoV-2 leva a uma ‘tempestade’ de enzimas no pulmão, que danifica o órgão e pode deixar sequelas (imagem: Freepik)

 

Pesquisadores brasileiros descobriram um mecanismo ligado ao agravamento da COVID-19 nos pulmões, abrindo uma nova possibilidade para tratamento. Estudo publicado na revista científica Biomolecules mostrou, pela primeira vez, que a atividade enzimática e a expressão de dois tipos de metaloproteinase, MMP-2 e MMP-8, aumentaram significativamente nos pulmões de pacientes graves infectados pelo SARS-CoV-2.

Essa espécie de “tempestade” de enzimas ajuda no processo de inflamação exacerbada do pulmão, que acaba alterando as funções do órgão. Normalmente, as metaloproteinases (grupo de enzimas que participam do processo de degradação de proteínas) são importantes na cicatrização e no remodelamento do tecido, mas, com a produção excessiva, é como se elas atuassem para lesionar o pulmão.

Outros estudos já haviam comprovado que a resposta hiperinflamatória à COVID-19 é caracterizada pela “tempestade” de citocinas, levando à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Agora, o grupo de cientistas desvendou um mecanismo de desregulação das metaloproteinases, que pode estar associado à formação de fibrose no órgão, deixando sequelas nos pacientes.

Foram analisadas amostras de líquido aspirado traqueal de 39 pessoas internadas com casos graves de COVID-19, intubadas em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) da Santa Casa e do Hospital São Paulo, ambos em Ribeirão Preto, entre junho de 2020 e janeiro de 2021. Também foram incluídos 13 voluntários críticos hospitalizados, mas por diferentes condições clínicas, para o grupo de controle, além de dados de proteoma de biópsias pulmonares de indivíduos falecidos em decorrência da doença.

“Descobrimos que as metaloproteinases agem por dois mecanismos no pulmão: por injúria tecidual e ao modular a imunossupressão por meio da liberação de mediadores inflamatórios existentes na membrana das células, como o sHLA-G, um importante mediador de resposta imune”, explica à Agência FAPESP Carlos Arterio Sorgi, professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), e um dos autores correspondentes do estudo.

A injúria é causada quando o tecido detecta um estímulo nocivo externo ou um corpo estranho. Nessas circunstâncias ocorre uma inflamação e, durante esse processo, o cenário se modifica com o surgimento de células de defesa produzindo mediadores que levam a um estresse oxidativo descontrolado.

No campus da USP em Ribeirão Preto, Sorgi é um dos coordenadores do consórcio de pesquisa ImunoCovid, uma coalizão multidisciplinar de 11 pesquisadores da USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que trabalham em colaboração, compartilhando dados e amostras.

O consórcio, apoiado pela FAPESP, é liderado por Lúcia Helena Faccioli, professora da FCLRP-USP que também assina o artigo. O trabalho recebeu financiamento por meio de seis projetos (20/05207-614/07125-620/08534-820/05270-014/23946-021/04590-3).

Além disso, o grupo contou com a participação da professora Raquel Fernanda Gerlach, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, especialista em metaloproteinases que divide a correspondência do artigo. “O consórcio buscou essa parceria para conseguir responder às perguntas mais complexas que apareceram neste caso”, conta Sorgi.


Resultados

Ao analisar as amostras, os pesquisadores detectaram que as taxas de MMP-2 e MMP-8 foram significativamente maiores no líquido aspirado traqueal de pacientes com COVID-19 em comparação aos não contaminados por SARS-CoV-2. Além disso, os indivíduos que morreram tinham um nível maior dessas enzimas ativas do que os que sobreviveram.

Durante a ação das metaloproteinases no pulmão são liberadas moléculas do sistema imune das membranas das células, entre elas sHLA-G e sTREM-1, responsáveis por causar imunossupressão no órgão. Ou seja, em vez de estimular a imunidade antiviral, o vírus acaba não enfrentando resistência do organismo.

Na pesquisa, os dados demonstraram que os níveis de sHLA-G e sTREM-1 eram elevados em pacientes com COVID-19 e, após uma série de testes, ficou demonstrado que a MMP-2 estava envolvida na liberação de sHLA-G.

Em 2020, outro estudo do consórcio ImunoCovid havia apontado que o acompanhamento das taxas da proteína sTREM-1 no plasma, a partir dos primeiros sintomas, serviria como uma ferramenta importante para auxiliar na tomada de decisão das equipes de saúde e como um preditor de evolução e desfecho da COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/34265/).

De acordo com os resultados publicados na Biomolecules, pacientes com a doença também apresentaram aumento na contagem de neutrófilos (um tipo de leucócito responsável pela defesa do organismo, capaz de produzir algumas metaloproteinases e espécies reativas de oxigênio) no pulmão.

Embora a base molecular da imunopatologia do SARS-CoV-2 ainda seja desconhecida, está estabelecido que a infecção pulmonar se associa à hiperinflamação e ao dano tecidual. As MMPs são componentes cruciais dos processos que levam à pneumonia e ao agravamento dos casos da COVID-19.

Até então, as metaloproteinases vinham sendo estudadas como biomarcadores para a doença, como foi o caso de artigo publicado no ano passado por outra equipe de pesquisadores da USP de Ribeirão Preto na revista Biomedicine & Pharmacotherapy.

No trabalho divulgado agora, essas moléculas aparecem na patogênese do pulmão, como potencial alvo terapêutico. Segundo Sorgi, a ideia é seguir os trabalhos testando em modelos animais um inibidor de metaloproteinase associado a anti-inflamatórios para tentar reverter o quadro grave de COVID-19. Uma dessas drogas é a doxiciclina, antibiótico disponível no mercado brasileiro e atualmente usado para tratar doenças como febre tifoide e pneumonia.

“Vamos precisar começar do zero. A ideia é montar um novo projeto, incluindo parcerias com grupos internacionais, para trabalhar com o modelo animal e depois a aplicação clínica”, afirma o professor.

O artigo Matrix Metalloproteinases on Severe COVID-19 Lung Disease Pathogenesis: Cooperative Actions of MMP-8/MMP-2 Axis on Immune Response through HLA-G Shedding and Oxidative Stress pode ser lido em: www.mdpi.com/2218-273X/12/5/604/htm#.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-revela-mecanismo-ligado-ao-agravamento-da-covid-19-nos-pulmoes-e-abre-caminho-para-tratamento/38455/

 

Técnicas de escuta humanizada contribuem para o sucesso nas negociações

A especialista e PHD em Análise do discurso para o trabalho, Juliana Algodoal, ensina seis técnicas para desenvolver a escuta humanizada que podem contribuir com o sucesso em momentos de negociações


O sucesso de uma negociação requer dos negociadores não apenas habilidades de oratória, mas principalmente o domínio em uma nova ferramenta: a escuta humanizada. A partir dela, é possível demonstrar o real interesse por suas pessoas.

A análise é de uma das principais especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal, PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho -- Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, e fundadora da empresa Linguagem Direta, que aponta seis técnicas para desenvolver e praticar a escuta humanizada em negociações:

  1. Autoconhecimento: antes de participar de uma negociação é preciso reconhecer as forças e fraquezas no tema. Isso faz com que o interlocutor faça o melhor aproveitamento do seu discurso.
  2. Ganha-ganha: seguindo as diretrizes ESG, um negócio não pode ser benéfico para apenas uma ponta da cadeia. É preciso estar ciente que uma negociação todos devem ceder para obter ganhos;
  3. Nem tudo é negociável: é preciso ter domínio sobre o tema da negociação e deixar claro os itens negociáveis para não assumir uma postura intransigente;
  4. Expressões que ajudam: durante uma negociação, é recomendado trocar as expressões “não, mas...” por “sim, e...”. Dessa forma, o negociador estabelece uma comunicação flexível, que pode colaborar muito para o desfecho positivo;
  5. Ganhar no grito não é uma opção: o debate de ideias sempre enriquece uma negociação, desde que traga valor à negociação. De forma alguma deve ser feito de forma agressiva ou com o objetivo de atingir ou atacar pessoas, empresas etc.
  6. Discurso X atuação: o discurso do líder em uma negociação deve estar alinhado com as diretrizes da empresa, de dentro para fora e vice e versa. Isso mostra que a empresa se preocupa em alinhar sua estratégia com suas práticas e comunica-la de forma estruturada e congruente por toda empresa e seus stakeholders.

Entre os benefícios gerados pela escuta humanizada nas negociações, Juliana Algodoal cita maior atração de inovação, já que, segundo ela, “inovar é atender uma necessidade que ainda não é cumprida. Ouvir é imprescindível para entender e atender a essas necessidades. Essa habilidade também aproxima as empresas e seus líderes da criatividade, da diversidade, muito além do discurso”, conclui Juliana Algodoal.



Juliana Algodoal  - Considerada uma das maiores especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho -- Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta*. Acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de projetos que buscam aprimorar a interlocução no ambiente empresarial - tendo como clientes grandes companhias, como Novartis, Pfizer, Aché, Itaú, Citibank, Unimed, SKY, Samsung, Souza Cruz, dentre outras. Também é presidente do conselho administrativo Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.


LGPD: o que mudou até agora?

Com mudanças e maior fiscalização, cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados ainda é um desafio para algumas empresas


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor desde 2019, com punições aplicadas desde agosto de 2021, mas algumas empresas ainda não se adequaram totalmente às regras para preservar a privacidade dos dados de seus consumidores. Com as mudanças em curso neste ano, tanto na fiscalização quanto na tecnologia, cumprir a regulamentação torna-se ainda mais urgente.

Por um lado, há a consolidação das diretrizes, e agora a possibilidade de a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) aplicar multas retroativas para incidentes ocorridos a partir de agosto de 2021. Por outro, temos o avanço da Internet 5G – as empresas que quiserem investir nesse mercado também deverão adaptar sua proteção de dados a esse sistema.

No caso das empresas de pequeno porte, que enfrentam maiores dificuldades para se adaptarem à lei por falta de pessoal qualificado e treinamento, há boas notícias: a partir da Resolução CD/ANPD nº 2/2022, as microempresas podem adotar procedimentos mais simples para seguirem a lei e contam com maior prazo para atender solicitações de titulares em incidentes de segurança das informações.

No entanto, treinar a equipe para seguir as diretrizes da LGPD, independentemente do porte da empresa, é urgente e fundamental. “Quem manuseia essas informações são os funcionários, eles também têm que aderir à lei”, explica Caio Cunha, presidente da WSI Brasil. Ele afirma que tanto o controlador, que na lei é o proprietário da empresa ou dos dados, quanto o processador – frequentemente uma terceira pessoa ou empresa, como no caso de consultorias de marketing digital, devem estar à disposição para esclarecer quaisquer solicitações do consumidor. Por isso, a WSI Brasil não se limita a informar seus funcionários diretos, mas também desenvolveu um manual da LGPD para os consultores franqueados, além de auxiliar os clientes a aderirem às regras.

Para que a empresa se mantenha alinhada à LGPD, é importante que os fornecedores contratados também estejam atualizados. Principalmente os que oferecem serviços ligados a tecnologia, como soluções de marketing digital, caso da WSI Master Brasil. “Quando um cliente fornece informações, orientamos nossos funcionários, criamos uma política de educação sobre a lei para eles aderirem, principalmente, quando novos colaboradores entram na empresa. No que tange a marketing, com referência ao controle dos dados, nós atendemos”, conclui Caio. 

Como a lei é muito ampla e também pode envolver diversos setores, como Recursos Humanos, operações e vendas, se ainda houver dificuldade para a adaptação, é aconselhável consultar um advogado especializado, que poderá indicar as mudanças necessárias para a empresa se precaver. 

 

Caio Cunha - Presidente da WSI Master Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board. Com mais de 25 anos de experiência na indústria de tecnologia, atingiu cargos executivos de alto nível, em grandes empresas multinacionais como PWC (com clientes IBM e Unisys), SAP e Hitachi Data Systems, no Brasil e no exterior.


Poupatempo alerta sobre última semana para solicitar primeiro título e regularizar situação eleitoral

 Cidadãos tem até a próxima quarta-feira, 4 de maio, para solicitar o primeiro título, transferir o domicílio eleitoral e regularizar a situação para as eleições 

  

Os cidadãos podem contar com os serviços do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no Poupatempo para regularizar a situação eleitoral. Até a próxima quarta-feira, 4 de maio, é possível solicitar o primeiro título, transferir o domicílio eleitoral e regularizar a situação para votar na próxima eleição, previstas para o dia 2 de outubro.   

Atualmente são 13 unidades no Estado, na capital, Região Metropolitana e interior que oferecem serviços do TRE: Itaquera, Lapa, Santo Amaro, Sé, Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Franca.     

Para comparecer aos locais indicados é necessário realizar agendamento de data e hora no portal (www.poupatempo.sp.gov.br). Entre os serviços disponíveis estão a transferência de domicílio eleitoral, regularização do título, cancelamento e solicitação do primeiro documento. Os jovens que completarem 16 anos até a data marcada para a eleição, em 2 de outubro, também já podem tirar o título.   

Nos canais digitais do Poupatempo, portal, app Poupatempo Digital e totens de autoatendimento, é possível ainda realizar consultas de local de votação e da situação eleitoral e emitir certidão de quitação eleitoral e certidão de crime eleitoral.     

Nos primeiros três meses deste ano, o Poupatempo já contabilizou cerca de 650 mil atendimentos do TRE. Desses, quase 580 mil foram pelos canais digitais do programa.   

É importante lembrar que o voto é obrigatório para todos os brasileiros que têm entre 18 e 70 anos e facultativo para jovens de 16 e 17 anos, analfabetos e idosos com mais de 70 anos. 

  

Sobre o Poupatempo   

Administrado pela Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado – o Programa Poupatempo tem 24 anos de existência e já realizou cerca de 690 milhões de atendimentos à população em suas 134 unidades.   

Com o início da pandemia, em março de 2020, o programa acelerou o processo de digitalização dos serviços, para melhor atender a população. A meta é chegar a mais de 240 opções eletrônicas em 2022. 


Novas regras para concessão do auxílio-doença

O Governo Federal publicou no último dia 20 de abril de 2022 uma nova Medida Provisória - MP 1113 - que tem como objetivo regulamentar alguns procedimentos ligados à concessão de benefícios por incapacidade. Uma novidade dentro desses procedimentos é a possibilidade de deferimento de auxílio-doença (ou auxílio por incapacidade temporária) independente da perícia médica federal, apenas com análise documental.

Modelo similar àquele adotado durante a pandemia, momento em que a perícia presencial ficou inviável devido ao vírus Covid-19.  A ideia, na prática, visa otimizar as concessões, tendo em vista que no INSS existem filas gigantescas de segurados aguardando uma data com o médico da autarquia.

No entanto, é sempre importante lembrar que o contato pessoal entre o médico e o segurado tem um papel muito importante na concessão, pois, muitas vezes, no decorrer da conversa, o segurado consegue explicar de forma bem clara como a doença o incapacita para a atividade que exerce.

Importante destacar que a análise documental é feita de forma muito impessoal e pode gerar inúmeros indeferimentos que seriam evitados caso a perícia presencial fosse realizada.

Um ponto interessante a se ressaltar é que nos últimos anos e, principalmente, após a explosão da pandemia no Brasil e no mundo, inúmeros benefícios por incapacidade temporária foram concedidos para segurados com problemas psiquiátricos. 

Agora, é de se imaginar que, para doenças em que não há exames para comprovar, apenas o laudo não será considerado suficiente para o deferimento do benefício nesses casos.  Por esse motivo, espera-se que algumas perícias presenciais sejam mantidas, uma vez que em alguns casos continuarão sendo extremamente necessárias.

Além da mudança na concessão do auxílio-doença, outro ponto chamou atenção: pela nova MP, os segurados que recebem auxílio-acidente poderão passar por pente-fino.

O benefício do auxílio-acidente é pouco comentado (e pouco conhecido). Vale dizer que ele tem uma origem indenizatória, compensatória. O auxílio-acidente é concedido àqueles segurados que sofrem um acidente (de qualquer natureza) e acabam tendo sua capacidade reduzida, mas não extinta por completo.

Por esse motivo, recebem uma complementação mensal a fim de que possam passar a trabalhar sem grandes prejuízos. Antes da Medida Provisória, o auxílio-acidente era definitivo e cessado somente em caso de morte ou aposentadoria. Agora, é possível que os segurados sejam chamados a perícia e caso seja constatado que a incapacidade não existe mais, o benefício pode ser cessado.

Vale lembrar que todas as decisões tomadas pelo INSS são passíveis de recurso. 

Conclui-se, portanto, que a MP traz algumas mudanças ao funcionamento do INSS, principalmente na questão do auxílio doença e pode ser de grande ajuda para minimizar e diminuir as imensas filas de concessão de benefícios, mas somente se utilizada de forma correta. 


Debora Hurtado - advogada especialista em Direito Previdenciário do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

 

Conheça os principais mitos da cultura da inovação

Foto: reprodução
Especialista da consultoria Troposlab traz dicas para fugir de crenças antiquadas e empreender de forma moderna

 

Um dos principais indicadores do sucesso de um negócio é a sua capacidade de inovação, que é a exploração bem-sucedida de uma nova ideia. Essa iniciativa pode se transformar em um processo, produto ou novo negócio que, ao ser entregue ao mercado, tem seu valor reconhecido por ele. Porém, muitas crenças falsas ou até mesmo antiquadas ainda permeiam esse ambiente de inovação nas empresas, o que torna essencial orientar empreendedores e gestores a criarem um senso crítico profundo sobre o assunto e se afastarem de erros. 

A implementação de uma cultura de ideias inovadoras eficientes é fundamental, mas para ser bem-sucedida deve evitar cair em algumas armadilhas comuns no mundo corporativo. A Troposlab, consultoria especializada em inovação, destacou alguns dos principais mitos que cercam o tema e devem ser evitados pelas organizações. Confira:

 

Começar pelo programa de ideias

Os programas de ideias representam uma importante armadilha quando iniciado sem nenhuma clareza ou direcionado adequado sobre os caminhos que serão criados para a implementação das soluções selecionadas. Quando essa série de erros acontece, a inovação pode se tornar um trauma nas empresas. Tentativas frustradas em que há tentativas infrutíferas e ideias sem profundidade são recorrentes. Para uma primeira edição, direcionar as idéias, por exemplo, torna o processo mais confortável e simples.

 

Ideias "revolucionárias"

Há diferentes tipos de inovação, sendo as mais radicais denominadas disruptivas, mas também existem inovações incrementais e que geram resultados importantes para a empresa. Os colaboradores tendem a relacionar inovação com novos produtos de tecnologia, modificadores, e sem desmistificar isso eles podem se sentir incapazes de contribuir com o processo.

 Inovar não significa necessariamente inventar algo que vai mudar o mundo. Uma boa dica para quem deseja viabilizar as suas ideias é apostar em programas personalizados de transformação cultural. Esse direcionamento mais específico permite que as ideias geradas estejam associadas à estratégia da empresa, com isso elas tendem a ter mais patrocinadores internos e serem implementadas com sucesso. Os projetos não devem morrer no papel. 

 

Cultura da diversão x Cultura da inovação

Popularizados pelas startups, os ambientes divertidos com sinucas, games, puffs etc, se tornaram sinônimo da cultura de inovação. Infelizmente, trabalhar com roupas informais, por exemplo, não significa que o colaborador terá segurança de expor suas ideias, já que a segurança psicológica é um elemento fundamental da cultura de inovação. 

"A cultura da inovação é uma cultura que combina diversidade com resultados, e pode acontecer em coerência com culturas mais formais ou mais despojadas. Precisamos olhar para os elementos certos," diz a Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab, Renata Horta.

 

Criatividade em detrimento da qualificação

A palavra inovar, obviamente, está relacionada com a novidade, o frescor. Contudo, as pessoas acham que pensar fora da caixa é um dom que só exige criatividade, quando na verdade todo o processo de inovação pede um conjunto de habilidades e um ambiente favorável para que se torne estruturada e coerente. 

"Gerar uma boa ideia, por exemplo, depende de uma visão qualificada do negócio ou área, exige que os colaboradores conheçam a estratégia, entendam os desafios da área e saibam diferenciar problema de solução”, afirma a diretora. 

 

Tecnologia associada a meios digitais

A inovação também é comumente associada aos meios digitais, o que confunde-se com a tecnologia como um todo. Inovar tecnologicamente é, na verdade, ter sucesso na pesquisa da área correspondente, a qual não é, necessariamente, a de TI (tecnologia da informação). 

Para as empresas e empreendedores ficarem antenados com os respectivos avanços tecnológicos do seu setor, uma dica valiosa é interagir com startups, que estão procurando constantemente meios mais acessíveis e diferenciados de se conduzir um negócio. Também vale consultar segmentos diferentes para intercambiar formas de inovação. 

 

Produtos bonitos demais

Alguns projetos podem parecer muito inovadores, mas será que são assertivos? Será que podem ser viabilizados e abraçados pelo mercado? De acordo com a Diretora de Inovação e Conhecimento da Troposlab é melhor eliminar propostas que não irão gerar qualquer engajamento com o público correspondente, por mais bem elaboradas que sejam.  

“Produtos e serviços precisam ser sinceros, e não apenas bonitos. Quando isso não acontece, deixa de ter valor para alguém. Além disso, o consumidor está mais crítico, tornando a busca por autenticidade ainda mais essencial”, explica Horta.

 

Programas de desenvolvimento da cultura baseados em conteúdos

Também é um erro comum pensar que ao apresentar vários conceitos de inovação através de palestras e treinamentos é possível desenvolver a cultura. Cultura é um conjunto de práticas de comportamento e os conhecimentos são somente uma parcela pequena de tudo que a cultura representa. A mudança da cultura precisa estar ancorada em processos e um bom desenvolvimento de novas formas de trabalhar. 

"Sentimentos, habilidades, rituais e resultados fazem parte da cultura e para desenvolvê-la temos que ter coerência e consistência em ações que permitam a implementação de mudanças e o desenvolvimento de novas habilidades”, afirma a especialista.

 

O papel da liderança

Segundo Renata Horta, a inovação não acontece de baixo para cima ou vice-versa sem lidar com o que ocorre no meio. Quando não se sentem capazes de contribuir, não têm seus papéis claros e estão preparados para eles, ou não acreditam no processo, os líderes possuem todas as ferramentas para não deixar a inovação acontecer. Por isso, ações de inovação precisam cuidar com atenção desse nível, o que é um grande desafio."Eles são guardiões dos indicadores, das prioridades, do tempo das pessoas, quando não estão verdadeiramente envolvidos tornam a inovação inviável, não há meio termo”, explica. 

Ainda de acordo com a diretora, inclusive, os produtos, de forma geral, são associados à ação de inovar, ainda que, como mencionado, serviços e negócios também se encaixam neste ato. Até mesmo a ideia de que uma empresa deve estar 100% focada na produtividade, não pensando no bem-estar dos colaboradores, é um tópico que se enquadra como um mito da cultura da inovação.  

Além de evitar essas armadilhas,é possível se beneficiar de algumas dicas rápidas para fomentar a inovação de forma correta:

 

·         Programas de intraempreendedorismo (acompanhados e com processo) podem ser um passo importante para ensinar os colaboradores a participar da inovação e podem evoluir para um programa de ideias que funcione.

 

·         Uma parceria entre a área de inovação e a área de desenvolvimento humano é o caminho mais consistente para desenvolver a cultura de inovação.

 

·         Interagir com o ecossistema de inovação (Hubs, Startups, Investidores) pode ajudar a entender quantas oportunidades existem tornando a inovação mais estratégica e a empresa mais aberta.

 

·         Comunicar a inovação é tão importante quanto fazer. A comunicação que reconhece as pessoas e resultados de processos inovadores estimula e fortalece as práticas culturais que devem ser estabelecidas para que a inovação se torne sistemática.

 

Troposlab - empresa especializada em inovação que desenha programas personalizados de transformação cultural, jornada de desenvolvimento do comportamento empreendedor, interação com startups e intraempreendedorismo para empresas de diversos setores.

 

Obtenção de crédito rural é facilitada por seguro

 A contratação de um seguro de penhor rural permite proteger bens dados em garantia de financiamento, reduzindo riscos para a instituição bancária, além de trazer segurança financeira para o produtor 

 

A produção agropecuária demanda muitos investimentos em insumos e infraestrutura. A cada safra ou ciclo pecuário, os produtores rurais equilibram despesas operacionais e investimentos rurais desembolsando recursos próprios ou provenientes de financiamento.

O aumento dos recursos disponíveis para linhas de crédito rural colabora para a expansão do agronegócio, oferecendo taxas de juros diferenciadas e condições que atendem às necessidades específicas do setor. O Plano Safra 2021/22, vigente para contratações até 30 de junho deste ano, disponibilizou R$ 251,22 bilhões para apoiar o agro brasileiro, representando um aumento de 6,3% em relação ao período anterior.

No entanto, embora as políticas públicas busquem estimular o agronegócio, a mera disponibilização de recursos não significa uma garantia de que todo o montante será de fato aplicado no setor. A concessão de financiamento depende de regras que variam conforme a linha de crédito, além de ficar atrelada aos objetivos do produtor e cálculos de risco.

Entre as linhas de crédito mais populares para investimentos, vale a pena citar as linhas Inovagro, Pronamp, Moderagro, Pronaf e Moderfrota, por exemplo, todas ofertadas pelo BNDES. É importante que o produtor conheça os detalhes das opções disponíveis para definir qual mais se adequa ao perfil do negócio rural e conseguir ter sucesso no processo de financiamento. Além disso, existe um fator que facilita muito a liberação de crédito rural: a contratação de um seguro de penhor rural.

A obtenção de crédito é facilitada pelo seguro de penhor rural porque essa modalidade de seguro é capaz de proteger bens relacionados às atividades agropecuárias que são oferecidos como garantia nas operações de crédito rural. Dessa forma, esse tipo de apólice leva o nome da instituição financeira como beneficiário. Ou seja, em caso de sinistro, o seguro vai cobrir perdas e danos do bem empenhado, indenizando o credor. “O seguro de penhor rural é muito bem difundido como uma forma de transferência de risco. É visto como uma métrica importante para mitigar riscos, por isso facilita a contratação de crédito”, explica Gustavo Peri, coordenador comercial de agronegócio da FF Seguros.

Como exemplo, imagine que um agricultor obtém crédito junto a um banco para adquirir um trator e essa máquina fica como garantia de financiamento. Se ocorrer a perda da máquina por um incêndio, por exemplo, a seguradora indenizará o banco. Além de ser visto com bons olhos pelos bancos, o seguro de penhor rural traz segurança financeira para o produtor. “Se acontecer o sinistro, a seguradora honra a dívida e paga a indenização diretamente para a instituição financeira, então o produtor não corre o risco de ficar inadimplente”, diz Peri.

A recomendação é que o produtor busque o apoio de um corretor e simule uma cotação de seguro de penhor rural antes mesmo de solicitar uma proposta de financiamento. Para que o seguro seja elegível, os bens dados em garantia nas operações de crédito devem atender à produção vegetal, produção animal, armazenamento, pós-colheita ou outras atividades relacionadas à agropecuária previstas por coberturas do seguro de penhor rural.

Além disso, o seguro oferece três possibilidades de contratação: máquinas e equipamentos; benfeitorias e mercadorias. Cada um desses segmentos oferecerá diferentes opções de coberturas. Como exemplo, um produtor pode contratar um seguro de penhor rural de benfeitorias para assegurar um silo dado em garantia, com cobertura contra incêndio, queda de raio, explosão, vendaval, granizo, alagamento, entre outras coberturas disponíveis para essa modalidade.

Outro detalhe é que a apólice de seguro de penhor rural pode ter diferentes vigências. O produtor pode optar pela contratação anual ou plurianual, com duração de até cinco anos. A flexibilidade para escolher prazos, segmentos e coberturas da apólice permite que o produtor tenha um seguro de penhor rural aderente às necessidades para trazer segurança financeira e facilitar a contratação de crédito rural.


Como falar de política com os filhos?

Respeitando a faixa etária e a linguagem da criança e do jovem, é possível que eles entendam como a política acontece na prática


Termina no dia 4 de maio o prazo para que os cidadãos de todo o Brasil regularizem a situação do título de eleitor. Quem tiver pendências com a Justiça Eleitoral, após essa data, não poderá votar nas eleições de 2022. Neste ano, serão disputados os cargos de deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente. 

Assim como outros temas do mundo adulto, as eleições podem render boas conversas com as crianças e jovens. Além de ser um importante aprendizado sobre cidadania, é uma oportunidade de inserir o tema no cotidiano, ensinando sobre como esse processo democrático influencia a vida de todos. Nessa hora, é importante não reforçar pontos como “é sempre assim” e evitar termos muito complexos, convidando a criança e os adolescentes a se informar sobre o assunto. 


Como explicar o que é política?

À primeira vista, pode parecer um assunto meio complicado de abordar com os filhos, especialmente os pequenos. Porém, quando a reflexão é feita na linguagem da criança e respeitando a faixa etária, é possível que ela entenda como a política acontece na prática.

Os pais podem começar explicando que é uma ferramenta capaz de transformar o mundo, para que ele seja um lugar melhor para todos. Também é interessante dizer que a política está presente cotidianamente em nossas vidas, seja em casa, nas relações com os amigos ou na escola. A partir daí, é possível promover uma reflexão sobre atitudes, valores humanos e expectativas que se depositam sobre as pessoas que se dispõem a governar. 

“A responsabilidade envolvida no processo eleitoral pode ser mais bem compreendida quando as crianças têm vivências importantes em casa, como escolha consciente e corresponsável, pensamento crítico, respeito à diversidade, seleção de fontes de informação confiáveis, exercício de cidadania, direitos e deveres respeitados. Os adultos precisam criar condições para que sejam exemplo de uma conduta ética”, explica o coordenador do Ensino Médio da Escola Champagnat, Valmir Rogério Faili.


Como orientar adolescentes que já podem votar?

Neste caso, a orientação é essencial. Ou seja, os adolescentes devem ser ensinados a buscar fontes confiáveis de informações sobre os candidatos, a conhecer as plataformas de governo e compará-las com a sua forma de entender o mundo, buscando representação. 

“O papel dos pais ou familiares é muito importante nesse processo. Como adultos experientes, são eles que contribuem com a visão crítica, buscando ponderar as considerações dos jovens que, por meio da escuta e do diálogo, colaboram para escolhas conscientes”, esclarece o professor Valmir. 


Veja outras dicas na hora de conversar sobre política:

1. Evite discutir política: procure não repetir o senso comum como “é sempre assim”, “nada muda”, “os políticos são sempre os mesmos”, entre outros jargões. A crença na mudança social pela ação do cidadão é importante para que o processo eleitoral seja considerado pelo jovem como uma ferramenta de transformação.


2. Se informe junto com o filho: leia jornais, impressos ou virtuais, acesse as plataformas políticas, assista aos momentos de propaganda eleitoral, ponderando sobre a viabilidade ou não das propostas e os contextos que estão implícitos nas imagens. Essas são maneiras de dialogar e ajudar o jovem em sua escolha.


3. Evite termos complexos: no caso de crianças pequenas, é melhor explicar com exemplos práticos ao invés de partir para termos como “liberdade” ou “democracia”, que podem ser mais difíceis de entender.


4. Dê exemplos: para tornar mais palpável a explicação, exemplifique, contando que as relações políticas acontecem também em casa, no condomínio, na escola e em outros lugares que a criança frequenta. 


5. Ressalte o potencial transformador da política: para isso, incentive a participação da criança em ações como trazer os filhos para convivência com realidades diversas por meio do trabalho voluntário, por exemplo. 

 

 

Escolas Champagnat

https://escolachampagnat.com.br/ 


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