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terça-feira, 30 de março de 2021

Saúde prorroga por mais um ano a atuação de 2.900 profissionais

 Médicos e gestores que não optarem pela prorrogação devem se manifestar entre 5 e 8 de abril. A lista com os profissionais que tiverem a prorrogação validada está previsto para 12 de abril. 

 

O Ministério da Saúde irá prorrogar, excepcionalmente, a permanência de aproximadamente 2.900 profissionais que atuam pelo programa Mais Médicos. A medida, publicada no Edital nº 6, vale para os médicos integrantes do 19º ciclo do programa, contratados pelo Edital nº 5, de 11 de março de 2020. A iniciativa prevê a prorrogação automática para esses médicos que teriam o contrato encerrado em abril.

Desta forma, os médicos poderão permanecer à frente do atendimento à população, atuando no enfrentamento à Covid-19, além de reforçar os serviços da Atenção Primária em regiões que mais necessitam. Os médicos que aceitarem a prorrogação poderão dar continuidade às atividades no mesmo município em que já estejam alocados. 

Para que a prorrogação seja efetivada, o médico precisa cumprir os seguintes requisitos: Não ter vínculo de serviço com carga horária incompatível com as exigências do programa; Estar em situação regular nas ações de aperfeiçoamento referentes ao primeiro ano de participação no projeto, e realizar novas atividades de ensino, pesquisa e extensão em regiões prioritárias para o SUS. O novo curso de aperfeiçoamento em outras modalidades de formação será ofertado por instituições de educação superior brasileiras vinculadas à UNA-SUS. 

A lista dos profissionais médicos que poderão ter sua adesão prorrogada no programa será publicada no site do Mais Médicos. Como a prorrogação será automática, respeitando os itens acima, apenas os profissionais ou gestores municipais que não tiverem interesse na prorrogação deverão se manifestar à pasta, de acordo com os prazos estabelecidos no cronograma, disponível também no site do programa. A manifestação de desinteresse na prorrogação deverá ser feita entre 5 e 8 de abril. A lista com os profissionais que tiverem a prorrogação validada está previsto para 12 de abril. 

Para acessar o Edital de Prorrogação nº 6, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (29), clique aqui.  

  


Karina Borges
Ministério da Saúde

 

Governo lança MP que moderniza o ambiente de negócios e vai melhorar a posição do país no ranking global

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a medida é um passo significativo e deve melhorar as condições para os pequenos negócios continuarem gerando emprego e renda


O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira (29) uma medida provisória (MP) com o objetivo de modernizar e desburocratizar o ambiente de negócios no Brasil, melhorando a posição do país no ranking Doing Business, do Banco Mundial. O documento traz mudanças legislativas para a simplificação de abertura de empresas, a proteção aos investidores minoritários, a facilitação no comércio exterior de bens e serviços e a liberação de construções de baixo risco, entre outros. 

Por meio de dez indicadores diferentes, o Banco Mundial analisa o nível de facilidade de se fazer negócios em 190 economias do mundo. No levantamento mais recente, o Brasil ocupava a 124ª posição.  De acordo com o Ministério da Economia, a MP deve elevar o Brasil de 18 a 20 posições no ranking. “Com as ações já traçadas e em execução desde 2020, em conjunto com a implementação do que é proposto na MP, o Brasil pode figurar pela primeira vez, no curto prazo, dentre as 100 melhores economias para se fazer negócios no país”, informou o ministério, em comunicado.

O objetivo do governo Bolsonaro é, até 2022, colocar o Brasil entre os 50 melhores países para se fazer negócios. A assinatura da MP aconteceu em rápida cerimônia, no Palácio do Planalto. A expectativa do governo é que a proposta tramite e seja aprovada no Congresso Nacional ainda neste ano.

“Trata-se de um conjunto de medidas de curto prazo não só extremamente relevantes para a minimização dos efeitos negativos da pandemia de covid-19 sobre a economia, como também urgentes, em razão de ser necessário que as mudanças legislativas ora propostas sejam implementadas a tempo de serem refletidas nas respostas aos questionários no primeiro semestre de 2021 e constarem do relatório 2022 do Banco Mundial”, explicou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.


Medidas adotadas

De acordo com a pasta, no âmbito da abertura de empresas, a MP determina a unificação de inscrições fiscais federal, estadual e municipal no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), “eliminando análises de viabilidade - que somente existem no Brasil – e automatizando a checagem de nome empresarial em segundos”.

A medida ainda trata da proteção aos investidores minoritários, por meio da alteração da Lei das S. As (Sociedades por Ações), “seguindo as boas práticas definidas pelo Banco Mundial”. De acordo com a Presidência, as mudanças aumentarão o poder de decisão dos acionistas, inclusive minoritários, mediante elevação do prazo de antecedência para o envio de informações para uso nas assembleias; o aprimoramento dos dispositivos relacionados à comunicação; e a vedação ao acúmulo de funções entre o principal dirigente da empresa e o presidente do Conselho de Administração, entre outras medidas.

Sobre o comércio exterior de bens e serviços, o texto assegura, por exemplo, a disponibilidade de guichê único eletrônico aos operadores de comércio exterior e prevê que quaisquer exigências baseadas em características das mercadorias sejam impostas somente por meio de lei, “modernizando o sistema de verificação de regras de origem não preferenciais”.

Na mesma linha, de acordo com a Presidência, a MP também confere nova regulamentação à profissão de Tradutor Público e Intérprete Comercial, revogando o Decreto nº 13.609, de 1943. “A alteração desburocratiza a profissão ao permitir que tradutores atuem em todo país e possam realizar seu trabalho em meio eletrônico, garantindo maior segurança jurídica à matéria, indispensável ao desenvolvimento do comércio exterior e à evolução do Brasil em diversos outros indicadores relacionados ao ambiente de negócios”, diz a nota.

No âmbito da execução de contratos, o governo instituiu o Sistema Integrado de Recuperação de Ativos (SIRA) para agilizar a cobrança e recuperação de crédito. O SIRA será capaz de reunir dados cadastrais, relacionamentos e bases patrimoniais de pessoas físicas e jurídicas com o objetivo de reduzir o custo de transação da concessão de crédito através do aumento da efetividade das ações judiciais que envolvam a recuperação de créditos públicos ou privados.

Por mim, a MP se refere ao fornecimento de eletricidade, “a fim de aumentar a celeridade de alguns processos de acesso à energia elétrica”. O texto propõe soluções para a questão, como o estabelecimento de prazo para o Poder Público autorizar a realização de obras de extensão de redes de distribuição energia elétrica.


Meta de governo

O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, destacou, durante o evento, que a Medida Provisória tem o potencial de fazer o país avançar 20 posições e que, juntamente com outras 1 mil medidas aprovadas desde o início da pandemia, há chances reais de o Brasil alcançar a posição de número 80 no próximo ranking do Banco Mundial. “A nossa meta é colocar o país entre os 50 melhores para se fazer negócios no mundo. Esse é o país de empreendedores que sonham em criar emprego e renda. Nossa expectativa é lançar novas medidas nos próximos meses e colocar o Brasil na posição de número 47 no ranking do Doing Business. Esse seria o maior salto já visto em melhoria de ambiente de negócios”, comenta o secretário.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, ressaltou que a MP tem um enorme significado para os pequenos negócios no Brasil. “Nós somos um dos países mais empreendedores do mundo, mas quando se trata do ambiente de negócios, a realidade é que ainda há muitos obstáculos. Com essa Medida, nós devemos evoluir 20 posições no cenário global, com a meta de chegarmos entre os 50 melhores países até o fim deste governo”, comenta Melles. “Durante a pandemia, nós tivemos avanços significativos na digitalização das empresas, na melhoria do crédito, na flexibilização das regras trabalhistas. Mas precisamos avançar na questão do emprego e da produtividade. Esse é um binômio essencial e a MP vem nesse sentido”, concluiu.


Jesus Cristo: primeiro personagem histórico submetido ao lawfare

Iniciando-se a Semana Santa, período introspectivo para os cristãos, oportunidade em que se relembra as atrocidades feitas contra Jesus e culmina com sua morte de cruz no calvário, farei uma análise sobre o julgamento de Cristo e a prática do lawfare. O que lawfare significa?

O termo se refere à junção da palavra law (lei) e o vocábulo warfare (guerra), e, em tradução literal, significa guerra jurídica. Podemos entender lawfare da seguinte maneira: uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar. Em termos ainda mais gerais pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade política que normalmente não seria alcançada se não pelo uso do lawfare.

Atualmente, o lawfare se caracteriza pelo emprego de manobras jurídico-legais com a finalidade de causar dano a adversário político. Mas o que isso tem a ver com o julgamento e a condenação à morte de Jesus Cristo? Tudo, absolutamente tudo, senão vejamos.

Nos três anos de vida pública de Jesus ele colocou o dedo nas mazelas impostas pelos líderes políticos judeus, contestando suas leis e formas de aplicação, bem como suas tradições e o modo segregacionista que tratavam os outros povos, como os samaritanos, por exemplo. Jesus pregava uma vida mais igualitária, com a diminuição das desigualdades sociais. Jesus pregava a misericórdia e o amor, o perdão e a compaixão. Jesus arrastava multidões por onde passava e isso começou a incomodar, enormemente, os grupos políticos-religiosos da época.

Os líderes políticos eram os saduceus, os doutores da lei e os fariseus. O grupo dos saduceus era formado pelos grandes proprietários rurais (detentores do domínio econômico) e pela elite sacerdotal: tinham o poder nas mãos e controlavam a administração da justiça no Tribunal Supremo (Sinédrio). Os doutores da lei eram responsáveis pela interpretação das Escrituras (juristas da época). Já os fariseus eram os que dirigiam a vontade do povo, na medida em que imponham a eles os rigores das Escrituras e ditavam as regras de comportamento.

Jesus Cristo veio para romper com esse establishment e, assim, gerou muita inveja e receio entre os líderes políticos, que tramavam uma força “legal” de prendê-lo. A gota d’água para esses líderes foi a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém no “Domingo de Ramos”, que marcou o início da aplicação do lawfare contra Cristo. Explico.

Conforme se extrai dos evangelistas, no domingo anterior ao da Páscoa, Jesus, acompanhado dos seus discípulos (os apóstolos e demais seguidores), foi recepcionado pelos judeus de Jerusalém como rei. Ao entrar na cidade muitas pessoas estenderam ao chão seus mantos para Jesus passar e outros o saudaram com ramos, prática usada para recepcionar os líderes políticos, conforme se extrai do livro do Reis.

Jesus, em síntese, ao ingressar como rei dos Judeus (Messias) confronta com o centro político da sociedade judaica simbolizada por Jerusalém e pelo Templo, sede do poder econômico, político, ideológico e religioso. Jesus traz consigo a inversão de um sistema de sociedade apoiado na violência da força militar que defende os privilegiados. O povo aclamou como aquele que traz o reino da verdadeira justiça e a notícia espalhou por toda a cidade.

Com receio do grande apoio que Jesus teve do povo judeu, os líderes se reuniram e tramaram para prendê-lo e condená-lo. Para tanto, manipularam as leis, desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do acusado previstos na “lei mosaica” (nítida aplicação do lawfare). Para isso, iniciaram cooptando um dos apóstolos, oferecendo propina para entregar Jesus. Jesus foi preso à noite e levado a presença do sumo sacerdote (Caifás), que fez alguns questionamentos sobre seus seguidores e sua doutrina. Em resposta aos questionamentos de Caifás, Jesus respondeu: “Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.” Jesus ao responder dessa forma agiu nos limites da lei judaica, que estabelecia que todo prisioneiro em julgamento tinha o direito de ser confrontado com seus acusadores, fato que não proporcionado a Jesus.

Nessa mesma noite, ao arrepio do regramento da lei judaica que vedava a realização de julgamento à noite, Jesus foi sentenciado pelos integrantes do Sinédrio (Tribunal Supremo). Depois de muita luta para achar testemunhas de acusação (os delatores daquela época), duas apareceram e apontaram como suposto crime o fato de Jesus ter dito que poderia derrubar o Templo e reconstruí-lo em três dias. Uma aberração dizer que tal fala é crime contra a lei judaica.

Durante o julgamento, tendo em vista a fragilidade abissal da tese acusatória, Jesus fez uso do direito ao silêncio. Então Caifás, violando a proibição legal de exigir de alguém que testificasse em seu próprio caso senão voluntariamente, e de sua livre iniciativa, pediu uma resposta de Jesus e, também, exerceu a potente prerrogativa de seu ofício de sumo sacerdote, para colocar o acusado sob juramento, como testemunho diante do tribunal sacerdotal. Uma manipulação atroz contra seu suposto inimigo político (lawfare). Caifás pergunta se Jesus é filho de Deus e obtém a seguinte resposta: “Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. (...) “Eu sou o que tu disseste.” Diante da resposta o evangelista Lucas relata: “Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes agora a sua blasfêmia! Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte”. Assim se deu a primeira condenação pautada no lawfare da história da humanidade.

Jesus foi condenado pelos integrantes do Sinédrio por representar um risco político aos saduceus, aos doutores da lei e aos fariseus. Mas a condenação, ilegal, pelo Tribunal Supremo não seria suficiente para aplacar a crescente liderança de Jesus, por isso os líderes políticos-religiosos o levaram a presença de Pilatos e exigiram que o representante do império romano consultasse o “povo” se queriam Jesus sentenciado à morte de cruz. Com isso, os líderes judeus passaram a bola para Pilatos, porque a “lei mosaica” não permitia a condenação à morte, de qualquer pessoa, baseada na sua confissão, a menos que fosse amplamente apoiada por testemunhas dignas de fé, fato não observado na espécie. Ou seja, os representantes políticos deram um drible na lei para condenar Jesus à morte.

Jesus Cristo foi condenado e morto não por ter cometido um crime ou até mesmo uma blasfêmia contra o Deus dos judeus, mas por representar um risco para a establishment político. Os líderes políticos manipularam a lei para condená-lo sem provas com o objetivo de aniquilá-lo como uma nova liderança. Ou seja, os líderes judeus fizeram uso indevido dos recursos jurídicos para fins de perseguição política (lawfare). Qualquer semelhança com algum julgamento contemporâneo não é mera coincidência.

 


Marcelo Aith - advogado especialista em Direito Público e professor convidado da Escola Paulista de Direito (EPD).


Mais de 12 mil negócios no Brasil esperam pela aprovação do marco legal das startups

Dentre os tópicos trazidos pelo projeto, dois merecem destaque: a delimitação temporal de 6 anos na inscrição do CNPJ para startups, e faturamento bruto anual de R$ 16 milhões ou mensal de R$ 1,3 milhão


A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) informa que no Brasil há 12.700 startups, sendo 11 “unicórnios”, ou seja, têm avaliação de mercado de US$ 1 bilhão ou mais, e outras 17 que ainda devem chegar nesse patamar até o final de 2021. No ranking mundial da StartupBlink, que avalia ecossistema de inovação, ambiente de negócios, a quantidade, a qualidade de startups e as instituições de apoio a esse modelo de empresa, o país ocupa o 37º lugar. O quadro revela uma grande expectativa dos empreendedores em relação ao Marco Legal das Startups, que prevê a regulação desses ambientes de negócios.

A professora de Direito Empresarial e advogada Alexsandra Marilac Belnoski, mestre pela Universidade Positivo e especialista em Direito Comercial pela Universidade de Coimbra,  informa que no dia 25 de fevereiro de 2021, o Senado aprovou por unanimidade  o Projeto de Lei Complementar sob o nº 146/2019, mais conhecido como Marco Legal das Startups. Como ocorreram alterações na redação do documento, o mesmo voltará para a Câmara dos Deputados para novas discussões e aprovação antes da sanção do Presidente da República. “A ideia central é salvaguardar as startups por meio de algum respaldo jurídico”, frisa.

A advogada comenta que o projeto também estabelece os princípios e as diretrizes para a atuação da administração pública no setor, e prevê medidas de fomento ao ambiente de negócios e ao aumento da oferta de capital para investimento em empreendedorismo inovador. Além disso, traz normas sobre licitação e contratação de soluções inovadoras pela administração pública. “Por fim, a proposta da relação com a Administração Pública a ser firmada com startups por meio de licitação diferenciada, visa ao teste de soluções inovadoras já desenvolvidas ou a serem desenvolvidas, com ou sem risco tecnológico”, complementa.


Destaques do projeto

Ela pontua que dentre os tópicos trazidos pelo projeto, dois merecem destaque: a delimitação temporal de 6 anos na inscrição do CNPJ para startups, e faturamento bruto anual de R$ 16 milhões ou mensal de R$ 1,3 milhão. A advogada ressalta que ainda são requisitos: estabelecer no objeto social a declaração de que utiliza modelo de negócios inovadores ou ser enquadrado no Inova Simples.

Quanto à figura do investidor anjo, a norma estabelece que poderá investir ou fazer consultorias, sem integrar o capital social da startup e também não responderá pelas dívidas ou até mesmo em recuperação judicial. O projeto propõe as regras simplificadas para as sociedades anônimas de capital fechado, “não com o intuito de criação de uma nova espécie societária, mas sim, para privilegiar o modelo já existente, mas com regras mais simples para o seu emprego”, pondera.

Alexsandra Marilac explica ainda que o projeto prevê a implementação do sandbox, um ambiente regulatório experimental com condições especiais simplificadas para aqueles que participam da relação jurídica, podendo receber dos órgãos e entidades reguladoras setoriais procedimentos facilitadores para a implementação da inovação.


Pontos positivos e negativos

Para a professora, o projeto apresenta como ponto positivo a promessa de melhoramento do ambiente jurídico para startups, bem como o fomento as inovações no mercado nacional. “O que pode ser observado, é que até a presente data, não havia regulamentação do setor, estando este segmento desprovido de segurança jurídica”, sublinha. Ela destaca que o marco legal pode fomentar o inventivo aos investimentos, em especial, do investidor anjo, que foi contemplado com a regulação da sua figura, limitando a sua condição, o que propicia maior segurança para aquele que pretende investir em startups.

Além disso, a abertura que se dá junto à Administração Pública também permite a relação governamental para que o país invista em inovação e se torne mais competitivo com países que já investem no setor. “Vale lembrar que as startups de hoje são futuras empresas que se destacarão no mercado, terão projeção e merecem a atenção devida”, observa a advogada.

Em relação aos pontos negativos, Alexsandra Marilac salienta que alguns temas referentes à inovação foram deixados de lado, e cita como exemplos: as fases das startups, quais sejam, a criação, operação, tração e autosustentação. “Estas fases são de grande relevância, pois definem o caminho a ser seguido e o bom ou mau desenvolvimento daquela que nasce e amadurece neste cenário”, reforça. A advogada pontua que não foram contempladas outras figuras no cenário de inovação que estão ligadas as startups, tais como, as aceleradoras, incubadoras, hub de inovação, venture capital e private equity. “Estas figuras são de suma importância e sequer foram mencionadas no projeto “, critica.

Por fim, a advogada destaca que a exigência de faturamento no importe de 16 milhões anuais exclui muitas startups que de início, sequer faturamento possuem, e, no período de operação, pouco faturamento terão, muitas vezes, sequer chegando a 1 milhão por ano.

 


Alexsandra Marilac Belnoski - professora e advogada especialista em Direito Empresarial pela FAE, aperfeiçoamento em Direito da Empresa e Recuperação de Empresas pela Universidade de Coimbra e mestre em Gestão Ambiental pela Universidade Positivo.

 

Deseja morar no Canadá? Especialista responde as principais dúvidas

Daniel Braun, fundador da Cebrusa Northgate, empresa que oferece soluções em imigração no país, esclarece questionamentos fundamentais e oferece consultoria gratuita


 

De acordo com o governo canadense, o país pretende receber 1 milhão e 233 mil novos residentes permanentes nos próximos meses. O agente de imigração e fundador da Cebrusa Northgate, uma das maiores empresas de imigração do Brasil, Daniel Braun, esclarece as principais dúvidas para os interessados em morar no Canadá para trabalhar ou estudar.  

 

Confira a seguir:


 

Preciso falar inglês fluente?


Depende do programa ou caminho de imigração que a pessoa irá escolher. Uma empresa pode contratar pelas qualificações na área e outras habilidades específicas que não sejam necessariamente o domínio do idioma. Porém em algum momento será necessário aprender a língua do Canadá, seja no Brasil ou estando lá. Neste sentido, ao chegar em solo canadense com visto permanente, você poderá se matricular gratuitamente em um curso de idiomas do próprio governo, seja esse idioma inglês ou francês. Algumas províncias ainda podem oferecer um incentivo de até C$700,00 para a pessoa estudar o francês, por exemplo.


Preciso ter experiência profissional na minha área?


Depende. Caso esteja planejando imigrar por vias de visto de trabalho é muito provável que sim. No entanto, no planejamento de imigração é possível ver outras possibilidades de imigração que nem sequer vão exigir qualquer experiência profissional.


Quanto dinheiro preciso ter para imigrar?


Existem possibilidades para todas as faixas de investimento. É possível conseguir residência permanente com um alto investimento a partir de entrada de capital no país, ou seja, a pessoa terá que apresentar um Project of Business para mostrar seu plano detalhado de negócio no país. Mas também existem possibilidades para quem tem pouco dinheiro para investir, por exemplo, sendo contratado por uma empresa canadense já no Brasil. Neste caso, todo o custo do processo é pago integralmente pela empresa. A conta bancária não importa para o Canadá, mas sim como você pode contribuir.


Consigo uma vaga de emprego de lá estando ainda no Brasil?


Isso vai depender da própria empresa que está contratando. O Canadá é um país de dimensões continentais e com uma população muito reduzida e idosa. Esse fato obriga empresas e o próprio governo canadense a selecionarem imigrantes para fazerem a economia funcionar. Por isso, todos os anos, muitas empresas canadenses vêm ao Brasil simplesmente para contratar profissionais para ocuparem postos de trabalho, oferecendo alta qualidade de vida e salários justos.


 

Eu consigo fazer tudo sozinho?


É muito comum ver pessoas que tentam conseguir passar sozinhas por todo o processo de imigração e acabam por nunca conseguirem realizar o sonho. Por isso, é fundamental ter o apoio de instituições sólidas e especializadas em imigração. Assim, além de economizar muito tempo e energia, a pessoa ainda corre o risco de ser impedida permanentemente de solicitar a imigração, devido a qualquer falha no processo.


 

As vagas de imigração para o Canadá não vão acabar com a pandemia?


Certamente não. O Canadá, devido às suas demandas sociais e demográficas específicas, necessita de imigrantes para fazer a economia funcionar. Neste sentido, no começo deste ano, em plena pandemia, o governo canadense anunciou o maior plano plurianual de imigração da história do país. Isso significa que até 2023, o Canadá vai colocar mais de 1 milhão de imigrantes no país com visto de residência permanente.


 

Consultoria gratuita

 

Cebrusa Northgate irá oferecer de 12 a 18 de abril a “Jornada More e Trabalhe no Canadá”, um evento 100% online e gratuito. Será uma semana de total imersão de como dar os primeiros passos para imigrar legalmente no país. Saiba mais em https://danielbraun.com.br/jmtc1_insc_org_instast

 

Mais informações: 

https://whats.link/northgateimmigrations ou contato@cebrusa.com.br

 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Saiba os cuidados para instalar um jardim vertical em casa

Já faz alguns anos que o tema jardins verticais tem chamado a atenção no Brasil e no mundo. O precursor desse movimento foi o francês Patrick Blanc. Com ele, os jardins verticais ganharam destaque internacional. Inicialmente, a maior aplicação foram em fachadas de edificações de forma a contribuir esteticamente e trazer melhorias de conforto térmico; depois disso, as casas de alto padrão foram ganhando suas paredes verdes e a cada dia que passa essa pitada de verde tem se tornado mais comum nas nossas vidas.

Mas como podemos ter um jardim vertical que funcione e fique lindo dentro de nossas casas? Primeiramente, precisamos entender que aqui vamos focar no jardim vertical com plantas naturais vivas, pois hoje muito se fala também do jardim com plantas preservadas, que são naturais, porém não vivas, e esse é um assunto para outra oportunidade.

Há diversas técnicas para se fazer um jardim vertical. Por isso antes de sair fazendo você precisa analisar que estrutura você tem para fazer isso, ou seja: impermeabilização, irrigação, estrutura da parede e drenagem. Observe bem se a parede está impermeabilizada para evitar infiltrações, mofo, na sua parede ou na do vizinho.

Sobre a estrutura observe se sua parede é de gesso acartonado. Se for, ela precisa de muito reforço para sustentar esse jardim. Verifique também se há tubulação nessa parede, pois numa futura manutenção pode dar dor de cabeça e tenha cuidado ao furar.  Se você não tem muito tempo na semana e rotina para a rega, seu jardim vai sofrer, então seria interessante utilizar irrigação automatizada que não é nenhum bicho de sete cabeças.


Quanto à drenagem pense que essa água que alimenta suas plantas precisa escoar, ou você precisa de um ralo próximo ou o sistema utilizado precisa ter conexão com a tubulação de drenagem, ou águas pluviais, cisterna ou esgoto da sua casa.

Popularmente uma das técnicas mais baratas é utilizar uma tela de arame e nela pendurar vasos chamados de “meia lua” nessa estrutura. Qual o cuidado nesse tipo de técnica? Primeiro, não utilizar em fachadas e grandes alturas. Esse tipo de estrutura pode se romper e provocar acidentes. Usar telas com arames encapados, de preferência uma tela eletro soldada revestida e antes de tudo impermeabilizar bem essa parede.

Uma outra forma é a utilização de bolsos de fibra de coco. São placas costuradas nesse material e depois preenchidas com substrato. Elas necessitam de uma estrutura metálica para fixar essas placas, o que costuma encarecer o sistema, mas é o que pode torná-lo mais durável e resistente. Outra questão é a quantidade de tanino da fibra que pode ser prejudicial às plantas.

Existe também uma técnica com blocos cerâmicos ou de concreto que são assentados com argamassa apropriada também sobre parede impermeabilizada previamente. Esse sistema é mais trabalhoso, pois precisa de pintura depois do assentamento e impermeabilização interna também. É um bom sistema para muros grandes e bem estruturados em áreas externas.

E outra forma são jardineiras plásticas de material reciclado fixadas sobre a parede com bucha e parafusos. Em geral, dependendo do fabricante esse sistema já protege a parede contra umidade e fixação é bem fácil. O custo-benefício costuma ser interessante também, o contra é a modulação das peças, então não permite muita personalização de formas e medidas.

O tipo de plantas que são utilizadas em geral são as pendentes e perenes ou folhagem longa e densa. Ou seja, plantas que em seu formato temos folhagens com hastes flexíveis que caem sobre as outras, além disso precisam ter boa resistência. Para escolher qual planta utilizar é interessante saber qual o índice de luminosidade do local. Abaixo listo algumas espécies:

- plantas para jardim vertical que recebe maior quantidade de sol: aspargo pendente, peperômia pendente, bromélia fireball, barba-de-serpente, véu-de-noiva, dinheiro-em-penca, trapoeraba roxa, begônia cucullata, clorofito, lambari roxo e orquídea-grapete;

- plantas para jardim vertical de meia sombra ou sombra: samambaia paulistinha, samambaia americana, filodendro brasil, filodendro limão, columéia mármore, columéia peixinho, chifre de veado, renda portuguesa e renda francesa , columéia twister.

Esses são alguns exemplos, mas há uma diversidade imensa de plantas e dependendo do local muitas serão mescladas conforme a necessidade de sol direto ou não. Além disso, em geral, no alto do painel colocamos as plantas que não necessitam de tanta água e embaixo as que gostam mais, pois receberão a coleta da água das superiores. É importante lembrar sempre de retirar as folhas secas, fazer podas moderadas, respeitando a forma natural de cada espécie, e de tempos em tempos fazer adubação apropriadas para que as folhagens permanecem saudáveis.

 


Tatiane Matsuo - arquiteta e paisagista,  formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, pós-graduada em Gestão de Empreendimentos e especialista em desenvolvimento de projetos de arquitetura e paisagismo condominiais e  residenciais, sempre utilizando técnicas de harmonização como feng shui e radiestesia em seus projetos, um diferencial em seu trabalho.

www.niwarq.com.br


Andrade & Mello Arquitetura trazem dicas essenciais para fazer o apto pequeno parecer mais amplo

 Um imóvel com área reduzida não é sinônimo de falta de espaço ou apertado: os experientes arquitetos Erika Mello e Renato Andrade compartilham suas experiências para otimizar os ambientes e favorecer o layout

Dá para imaginar que esse apto tem apenas 34m²? O recurso da integração de ambientes foi essencial para proporcionar mais amplitude ao espaço | Foto: Emerson Rodrigues

 

Cada vez mais, empreendimentos residenciais ofertam ao mercado imóveis com metragens reduzidas. Em sua maioria, apartamentos adquiridos na planta e que, depois de entregue pela construtora, se revelam como um grande desafio para os moradores. Afinal, como organizar tudo de forma tão compacta? “Sem dúvidas, o proprietário de um apto pequeno deve dedicar um pouco mais de atenção nas decisões”, enfatiza Renato Andrade, arquiteto e sócio do Andrade & Mello Arquitetura. Afinal, para mantê-lo sempre otimizado, e ao mesmo tempo, decorado e confortável, é preciso buscar boas soluções.

 

Se antes o perfil dos moradores de imóveis pequenos era voltado para jovens casais, essa realidade mudou. Pessoas solteiras que apostam em seu próprio apartamento ou profissionais que mantém dois endereços – uma casa espaçosa no interior durantes os finais de semana e um apto de metragem reduzida mais próximo dos compromissos de trabalho –, ampliam a demanda por esse tipo de edificação. “Nosso principal desafio no escritório é proporcionar uma vivência aconchegante e sem a sensação de aperto. E eu afirmo, é possível eliminar a impressão de que se está em um lar com pouca metragem”, relata Erika Mello, arquiteta e parceria de Renato no escritório.

 

Experientes, a dupla preparou algumas dicas que contribuirão para o sucesso dessa missão. Acompanhe:

 

Neste apartamento de 33 m² assinado por Erika Mello e Renato Andrade, a marcenaria planejada ampliou o espaço disponível no ambiente| Foto: Luis Gomes

 

1)    Aposte em ambientes integrados 

De tendência, a integração se tornou uma decisão que veio para ficar! Especialmente em ambientes pequenos, a conexão entre ambientes auxilia eficazmente para alcançar a sensação de amplitude que, muitas vezes, um cômodo com paredes limita. Em linhas gerais, a integração cria uma atmosfera melhor ao todo, facilitando a rotina dos moradores.

 

Para a arquiteta Erika Mello, além de eliminá-las, usar o mesmo piso é outro recurso que ajuda nessa conexão. “Quanto mais paredes, menos amplitude. Mas é necessário atentar-se à estrutura do imóvel, que não pode ser colocada em risco. Algumas paredes exercem função estrutural e não podem ser eliminadas”, alerta a profissional. Vale estudar todas as possibilidades que propiciem uma arquitetura de interiores mais receptiva e prazerosa de se estar. 

  

2) Invista na marcenaria planejada 

Cada centímetro do apartamento contribui para o bem viver. Portanto, um mobiliário bem desenhado e com alguns truques pode fazer com que o imóvel seja ainda mais funcional e pareça muito maior do que realmente é! Para isso, planejamento é palavra de ordem.

 

Antes de qualquer aquisição de móveis ou intervenções, é importante contatar um profissional de arquitetura que entenda as demandas, oriente e traga novos olhares. De acordo com Renato Andrade, listar as necessidades e priorizar o que é mais importante se enquadram como o primeiro passo. “Sempre que possível, batemos na tecla de que a marcenaria equaciona boa parte das questões de um apartamento pequeno. É possível fazer um armário do quarto ou da cozinha por meio de pequenos nichos ou até mesmo projetar uma sapateira em um espaço atrás da porta. São infinitas soluções que contribuem positivamente com o espaço”, explica.

 

 

3)    Organize-se 

Ambientes desorganizados e lotados de itens não transmitem bem-estar e comodidade e, em espaços menores, isso pode ser ainda mais evidenciado! Portanto, uma mudança de mindset também acompanha o projeto: ter apenas o que é fundamental.

 

O ato de projetar proporciona algumas formas de guardar objetos e até inseri-los na decoração de um ambiente. Segundo a arquiteta Erika, caixas e compartilhamentos internos em estantes, guarda-roupa ou closets podem ser uma opção. “Sempre aconselho que os moradores evitem o hábito de acumular, que é muito comum em nós. Desta forma, o realce fica para aquilo que realmente tem relevância, além de manter o respiro no local”, finaliza.

Neste projeto de um apartamento integrado, os profissionais optaram por seguir com o mesmo piso por todo o apartamento| Foto: Luis Gomes

 

 

 

Andrade & Mello Arquitetura e Interiores

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As boas ideias para ganhar espaço neste apartamento de 24 m², reformado pela arquiteta Fernanda Campiolo

Realizado com a Complementar Arquitetura, projeto tirou partido da marcenaria sob medida e eliminou o máximo de divisórias para conquistar ambientes confortáveis, com toques sutis de cor e até um jardim vertical


Marcenaria minuciosa e móveis versáteis, como a mesa de jantar que é recolhida quando está fora de uso, são os trunfos do projeto da Campiolo Arquitetura e Complementar Arquitetura. Outra boa ideia é o futon que dá forma ao sofá, que fica guardado para que a cama, escondida nos degraus, entre em cena| Fotos: André Mortatti

 

Espalhados, principalmente, pelas grandes cidades, os apartamentos compactos revelam a busca das pessoas por um morar cada vez mais prático. Ter medidas enxutas, no entanto, não significa abrir mão do conforto nem do bem-estar. Neste apartamento de 24 m², na zona sul de São Paulo, a arquiteta Fernanda Campiolo, sócia da Campiolo Arquitetura, em parceria com o escritório Complementar Arquitetura, conseguiu criar espaços modernos e dinâmicos, usando vários recursos de marcenaria e decoração.

“Nosso maior desafio está em reunir sala, cozinha, quarto e banheiro em uma planta reduzida, mantendo a delimitação de cada área. Para isso, alguns móveis entram e saem de cena, quando não estão em uso, além de abrirmos mão de divisórias rígidas, que reduzem a amplitude visual”, comenta Fernanda. “O apartamento foi pensado para um homem solteiro, por isso precisava ser prático e fácil de manter. Tínhamos ainda que propor soluções, cores e materiais que deixassem tudo mais formal”, complementa.

Mais do que decorativa, a marcenaria branca, com pontos estratégicos de cor, tem o intuito de ser funcional. Um exemplo é a porta de um dos armários, que facilmente se transforma em uma mesa de refeições. “Com esse recurso foi possível ganhar espaço e evitar a compra de mais um móvel para o apartamento. Demos mais mobilidade e fluidez entre os ambientes”, ressalta a arquiteta Fernanda Campiolo. “Para quem pretende morar em imóveis reduzidos, sempre recomendo os móveis planejados, sob medida. Um dos maiores erros é querer colocar mobiliário incompatível com o local”, completa.

O banheiro fica separado dos demais ambientes com uma sutil divisória vazada de marcenaria, idealizada pela Campiolo Arquitetura e Complementar Arquitetura | Foto: André Mortatti


Para propor as soluções de marcenaria e pensar em cada área de armazenamento, a arquiteta começou o projeto de reforma listando tudo o que o morador precisava guardar e como seria o dia a dia da residência. “Evitar excessos e calcular milimetricamente tudo o que vai compor os ambientes é essencial em ambientes compactos”, afirma Fernanda. Segundo ela, os tons claros, predominante no moodboard do apartamento, favorece a sensação de amplitude. Mas foi preciso entrar com toques de cor em alguns lugares para esquentar e dar personalidade à decoração. O azul, que agradou muito o morador, está presente em nichos da estante, além do tapete e do futon de lycra feito a mão, que funciona como sofá e fica guardado quando é hora de usar a cama (escondida nos degraus do deck de madeira).

Funcional, o deck de madeira esconde a cama e, durante o dia, fica encoberto pelo futon de tricô feito a mão com lycra, que cumpre a função de sofá. Outro destaque é a parede verde composta por plantas preservadas| Foto: André Mortatti

 

Pensando em demarcar os espaços sem isolá-los, a Campiolo Arquitetura e a Complementar Arquitetura construíram dois degraus na área de estar, o que permitiu criar o deck de madeira, que esconde a cama e serve de apoio para o futon de lycra azul. “Essa solução aproveitou bem a área próxima da janela, bem iluminada, e ainda conseguimos criar um cantinho de relaxamento, composto pelo jardim que aproveita toda a verticalidade da parede”, fala Fernanda. “Como tínhamos um pé-direito bom, de 2,58m, pudemos criar sancas iluminadas no teto, ajudando a demarcar as áreas e distribuir pontos de atração pelo apartamento”, continua.

 

A televisão que fica escondida no forro de gesso não ocupa espaço no local. Para isso, o projeto usou um lift de teto, espécie de elevador que é acionado por controle remoto ou Smartphone na hora de acionar a tela. Projeto da Campiolo Arquitetura e Complemento Arquitetura | Foto: André Mortatti

 

A tecnologia também se faz presente no apartamento. Uma TV que sai do teto foi a alternativa encontrada para que não fosse necessário incluir um rack ou estante na sala, evitando atravancar o espaço. “Essa solução, além de prática, não interfere na leveza visual do ambiente. Para cria-la, usamos um lift, espécie de elevador acionado por controle remoto ou smartphone onde está fixada a televisão”, explica Fernanda. Outro destaque tecnológico ficou no espelho do banheiro, onde foi instalada uma tela interativa para o morador acessar a internet. “Durante a obra, brincávamos que esse projeto seria o apartamento do futuro, porque além de ser compacto, traz vários recursos tecnológicos que facilitam a vida do morador, agregando conforto, e bem-estar”, conta a arquiteta. 

O banheiro segue a mesma linha de raciocínio do restante do apartamento, priorizando a otimização dos espaços. Com a cuba do lado de fora, o espaço dispõe de portas de correr de vidro, que resguarda a área com vaso sanitário e box. “Uma parede com porta convencional ocuparia muito espaço. Além disso, as folhas de vidro em um tom fosco resultam em privacidade”, explica. “O banheiro é local mais íntimo, por isso requer esse cuidado. A porta do box tem um vidro espelhado para o lado de fora, com isso não é possível ver quem está tomando banho e, ao mesmo tempo, o espelho faz ambiente parecer maior”, conclui.

Com o uso de portas de correr de vidro e posicionado a cuba do lado externo, a arquiteta Fernanda Campiolo e a Complemento Arquitetura otimizaram a área do banheiro| Foto: André Mortatti


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