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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Inverno: menos sódio, mais saúde


 Queda na temperatura favorece os excessos à mesa,
aumentando os riscos para o coração e para os rins


Nada como uma refeição quentinha e condimentada para espantar o frio da estação, não é mesmo? Durante o Inverno, é muito comum deixar de fora do prato verduras e frutas, e adotar refeições mais calóricas para compensar a perda de temperatura do corpo. Por isso mesmo, é importante redobrar os cuidados para manter uma alimentação equilibrada e saudável nesta época do ano. Um dos cuidados é com o teor de sódio dos alimentos, evitando o uso de sal em excesso e o consumo exagerado de embutidos, carnes, queijos e alimentos industrializados. Um dos riscos de exagerar nas doses de sódio é o desenvolvimento de doenças renais.
“Consumir sal demais provoca hipertensão, que é um dos principais fatores que levam à doença renal crônica”, afirma o médico nefrologista Bruno P. Biluca, da Fenix Alphaville. Outro problema que pode ser causado pela ingestão exagerada é a formação de pedras nos rins. Segundo o especialista, o sal em excesso também pode provocar inchaços.
Os rins são responsáveis por filtrar as impurezas do sangue e equilibrar líquidos e sais do corpo, além de participar na regulação da pressão. Quando o sódio é consumido em altas doses, alerta o nefrologista, pode haver o comprometimento e redução dessas funções.
O brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O ideal, segundo a OMS, é limitar a ingestão diária a cinco gramas, o que corresponde a dois gramas de sódio.
Mas sal e sódio não são a mesma coisa? “Essa é uma confusão comum. O sal de cozinha é composto por sódio e cloro, e é usado na culinária para salgar e dar mais sabor aos alimentos. O sódio também é encontrado em outros alimentos, principalmente os industrializados, sejam salgados ou doces, e também nos embutidos. Ele não tem sabor e, geralmente, é adicionado para conservar esses alimentos”, explica Biluca.
Exemplos de alimentos ricos em sódio são os fast-foods, salame, presunto, mortadela, bacon, queijos como o parmesão e o cheddar, pão francês, carnes, sopas e temperos prontos, salgadinhos de pacote, vegetais enlatados, bolachas e bolos industrializados.
O consumo cada vez maior desses produtos vem sendo associado pelos órgãos de saúde ao aumento expressivo no Brasil de diversas doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade e insuficiência renal crônica. O problema é tão sério que vem mobilizando uma série de esforços para reverter a situação. Dois projetos de lei em tramitação no Senado buscam reduzir o teor de sódio desses alimentos prontos e alertar os consumidores sobre o que está ingerido. O PLS 532/2018 estabelece uma quantidade máxima de gorduras, açúcares e sódio para a produção de comidas industrializadas, enquanto o PLS 392/2018 obriga os fabricantes a indicarem no rótulo que os alimentos contêm alto teor de sódio. Outras iniciativas são os acordos que vêm sendo firmados entre o governo e a indústria alimentícia.
“O sódio é um mineral essencial para o bom funcionamento do organismo. O problema está no excesso, que provoca um desequilíbrio e prejudica a saúde, afetando o coração e os rins, que têm de trabalhar mais e acabam sobrecarregados”, esclarece Biluca. Entre as funções do sódio, estão a de regular, juntamente com o potássio, o volume de líquidos no sangue e nas células, o ritmo do coração e os movimentos dos músculos.
Alguns sinais que podem mostrar que o consumo de sódio passou dos limites são o inchaço e sentir mais sede. As pessoas que consomem muito sal também podem se sentir mais cansadas e com vontade de ir ao banheiro mais vezes.


DICAS
Use o sal com moderação e apenas durante a preparação dos alimentos. Deixar o saleiro na mesa contribui para aumentar o consumo.
Ervas realçam o sabor dos alimentos sem prejudicar a saúde. Prefira temperos como salsinha, hortelã, alecrim, orégano e outras ervas no preparo dos pratos.
Na hora das compras, leia os rótulos dos produtos para saber exatamente a quantidade de sódio que contêm.
Se você já tem algum problema de saúde ou notar algum sintoma diferente, busque a orientação de seu médico ou de um nutricionista para manter uma dieta adequada.




Fenix Alphaville

Quedas com fraturas ocasionadas por osteoporose aumentam o número de óbitos na terceira idade


 Embora a OMS aponte que cerca de 40% das mortes na terceira idade têm relação com as quedas, o problema continua sendo menosprezado e subdiagnosticado


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com mais de 60 anos de idade no país já passa dos 29 milhões, constituindo cerca de 14% da população brasileira[1]. No mundo inteiro, são cerca de 900 milhões de idosos – número previsto para dobrar até o ano de 2050[2]. Levando em conta o aumento de problemas de saúde que costumam ocorrer ao longo do envelhecimento, o dia 24 de junho é considerado o Dia Mundial de Prevenção às Quedas de Idosos.

“Com a chegada da idade avançada, o centro de gravidade do corpo humano – a postura – sofre alterações fisiológicas naturais que geram instabilidade no controle do equilíbrio, provocando quedas que podem prejudicar a qualidade de vida de pessoas idosas”, comenta o ortopedista e traumatologista Lindomar Guimarães Oliveira. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30% das pessoas na terceira idade caem pelo menos uma vez ao ano e 25% destes precisam ser hospitalizados. Quando a queda gera uma fratura, apenas metade deste número sobrevive após um ano do incidente, devido a complicações[3].

De acordo com o Dr. Lindomar, as fraturas são perigosas pois os pacientes idosos podem perder mobilidade em um nível severo, principalmente se a quebra dos ossos for decorrente de osteoporose – doença que afeta cerca de 10 milhões de brasileiros[4] e gera cerca de 121 mil fraturas de quadril por ano no país[5]. “As fraturas por fragilidade óssea costumam ocorrer em uma fase da vida na qual a capacidade de recuperação dos ossos já está comprometida. Os ossos que sofrem fraturas osteoporóticas não conseguem se regenerar com a mesma facilidade que um osso saudável ou o osso de uma pessoa jovem, pois as células que promovem esse processo encontram-se em desequilíbrio”. 

Estas células, chamadas de osteoblastos e osteoclastos, são os agentes responsáveis pela formação e reabsorção óssea (perda óssea), respectivamente. A instabilidade entre suas funções pode ocorrer devido à menopausa, envelhecimento, dieta pobre em cálcio, tabagismo, alcoolismo e utilização de medicamentos de longa duração, como corticoides. Esse fenômeno faz com que os ossos fiquem porosos e frágeis e, portanto, mais suscetíveis a fraturas causadas por mínimo esforço.  

Ao longo dos últimos anos, a ciência tem trabalhado no desenvolvimento de inovações para o tratamento da condição. Estudos publicados recentemente no New England Journal of Medicine mostram que houve um salto tecnológico nas modalidades de tratamento, pois já existe uma molécula capaz de atuar na arquitetura óssea com dupla ação – aumentando a formação dos ossos e diminuindo o efeito de reabsorção concomitantemente –, possibilidade que ainda não é oferecida pelas terapias existentes no mercado brasileiro, as quais não são tão acessíveis ou eficientes para a maior parte da população.

Por estes motivos, é importante focar na realização de campanhas de conscientização sobre a doença, além de trabalhar de forma intensa a prevenção das quedas e detecção das fraturas osteoporóticas, já que grande parte dos pacientes não sabe que possui osteoporose até quebrar algum osso por fragilidade esquelética[6]. Abaixo, o especialista Lindomar Guimarães Oliveira lista algumas dicas para prevenir as quedas nessa parcela da população:


Evitar o uso de tapetes

Os tapetes que não são fixos no chão tornam o ambiente mais propício a tropeços, escorregões e quedas.


Utilizar calçados apropriado

Sapatos confortáveis, com sola composta por materiais antiderrapantes, são os mais recomendados para a terceira idade.


Instalar corrimãos na residência

Servem para manter a estabilidade e facilitar a locomoção, principalmente em locais como banheiros e escadas, que podem ser escorregadios.


Atentar-se aos efeitos colaterais de medicações de uso contínuo

Alguns medicamentos podem causar sonolência e tontura, que prejudicam as atividades diárias dos pacientes.


Manter a prescrição dos óculos atualizada

Para os que utilizam óculos, é necessário visitar o oftalmologista com frequência para manter o grau das lentes atualizado.


Instalar iluminação entre o caminho da cama ao banheiro

Esta é a rota em que acontece a maior parte das quedas domésticas. É interessante utilizar iluminação de led no rodapé ou ter lanternas por perto. Velas são desaconselhadas por perigo de incêndio.


Colocar equipamentos de segurança no banheiro

Utilizar pisos não escorregadios, barra de segurança no box do chuveiro e também na altura do vaso sanitário.




UCB Biopharma 




[1] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
[2] Organização Mundial da Saúde (OMS)
[3] Ministério da Saúde
[4] Siqueira FV, Facchini LA, Hallal PC (2005) The burden of fractures in Brazil: a population-based study.
[5] Johnell O and Kanis JA (2006) An estimate of the worldwide prevalence and disability associated with osteoporotic fractures.
[6] Siqueira FV, Facchini LA, Hallal PC (2005) The burden of fractures in Brazil: a population-based study.

Especialista revela o que fazer para aliviar os sintomas da TPM sem recorrer a medicamentos





Estatísticas recentes calculam que 75% das mulheres sofrem com diferentes sintomas no período pré menstrual. No entanto, a boa notícia é que destas, apenas 5% necessitam de tratamento com medicamentos ou resolver alguma questão hormonal. Logo, segundo os estudos, isso significa que é possível amenizar a TPM com mudanças de hábitos e de alimentação.

O Dr. Leone Gonçalves, nutricionista especializado em ortomolecular e preparador físico aponta que muitos dos sintomas como irritação, mudanças de humor repentinas e todos os demais transtornos da TPM podem ser administrados e atenuados seguindo dicas simples que dispensam o uso de medicação. Confira


Incluir atividade física na sua rotina 

Segundo o Dr. Leone, as atividades físicas liberam endorfinas, que relaxam, ajudam no funcionamento do intestino e reduzem o edema característico do período. Mas atenção: “atividades físicas muito intensas e pesadas podem agravar os sintomas da TPM. O Recomendado é praticar pelo menos 30 minutos, quatro vezes por semana, de atividades de intensidade de leve a moderada”


Tire de sua dieta certos alimentos

O especialista aponta que uma alimentação inadequada pode amplificar os sintomas da TPM e trazer enjoos, inchaços, dores nas mamas, alterações de humor “neste período é bom evitar o consumo de café e seus derivados, reduzir o sal da comida, abuso de doces e álcool. O ideal é procurar fazer refeições mais frequentes, reduzindo quantidades, e apostando em alimentos mais leves, com teor reduzido de gordura saturada e sal, como frutas, vegetais e grãos. 


Alimentos diuréticos

Para diminuir o inchaço característico desse período, o Dr. Leone Gonçalves recomenda investir em alimentos diuréticos: “melancia, aspargos, salsa, agrião, morango, salmão, azeite de oliva, nozes, castanha e linhaça podem melhorar a circulação e também reduzir o inchaço”.


Alimentos a incluir na dieta durante a TPM.

O nutricionista recomenda investir em alimentos ricos em magnésio: figo, aveia, beterraba, alcachofra, quiabo, abacate e banana, entre outros alimentos ricos em magnésio, devem ser acrescentado à dieta alguns dias antes e durante o período menstrual. 


É possível reduzir a vontade louca de comer chocolates?

Sim é. Segundo o Dr. Leone, a carência de magnésio é responsável por essa necessidade, já que o cacau é rico neste nutriente: “É até permitido, para matar a vontade, comer um pedacinho de chocolate, mas é muito melhor investir no consumo de soja, aveia, arroz integral, feijão e tomate, alimentos ricos na substância, já que os estudos mais recentes mostram que mulheres com níveis elevados de magnésio no organismo durante o período não costumam sofrer tanto com a TPM".



O que comer para aliviar cólicas?


Vegetais verdes escuros são ricos em cálcio, que ajuda a aliviar cólicas. 



O que comer para reduzir a irritabilidade?

Já o consumo de arroz integral, feijão, ervilha, aveia, trigo, soja pode amenizar a irritabilidade durante o período.



E para aumentar a disposição?

Inclua soja e seus derivados para aumentar a disposição e reduzir a fadiga. 


E para melhorar o humor?


Durante a TPM, há uma queda nas taxas de vitamina B6 no organismo, nutriente que participa da produção de serotonina e, em consequência, melhora o humor. O Dr. Leone conta que essa vitamina pode ser encontrada nas carnes, banana, atum, semente de gergelim, grãos integrais, batata e lentilha.

Prisão de ventre

O Dr. Leone conta que nesse período é recomendável trocar todos os carboidratos refinados por versões integrais para evitar a prisão de ventre: ”O alto teor de fibras destes alimentos vai evitar a prisão de ventre e os desconfortos gastrointestinais que se acentuam com a TPM. Aumente a ingestão de carboidratos complexos, como cereais, pães e arroz integral, aveia e tubérculos, como beterraba, cenoura, nabo, batata, inhame e mandioca”.


Procure orientação médica

Cerca de 5% dos casos de TPM precisam de tratamento com medicamentos. Como não é possível identificar quem faz ou não parte desse grupo de mulheres sem os devidos exames médicos, o Dr. Leone aponta que ideal é procurar um ginecologista ou endocrinologista, caso as dicas acima não amenizem os sintomas do período: “A depender de cada situação, várias medicações podem ser utilizadas. Suplementos de cálcio, magnésio, vitaminas B6, B1, C e E, óleo de prímula, diuréticos, pílulas anticoncepcionais, anti-inflamatórios não-esteroides, ansiolíticos e antidepressivos podem ser necessários. Como os sintomas podem variar muito de uma mulher para outra, cabe ao médico decidir qual a melhor combinação”.

7 sinais para identificar se você está esgotado


Síndrome de Burnout, uma síndrome que ataca cada vez mais pessoas em todo o mundo!


Faz alguns meses, estava fazendo um treinamento que tinha como seu principal foco o equilíbrio emocional e como podemos obter performance em todas as áreas da nossa vida, e ouvi uma história que me chamou muita atenção e vou contar pra vocês agora. Vou apelidar a pessoa de Gabriela para guardar sua identidade.

A Gabi me relatou que todos os dias de sua vida ela acorda colocando o despertador do seu celular no modo soneca, sempre negociando mais 5 ou 10 minutos de sono, e a rotina se mantém a mesma, todos os dias acorda atrasada, não toma um café da manhã decente, fica mais tempo do que deveria no transito e quase todos os dias chega atrasada no trabalho.

Não está nem um pouco satisfeita com sua forma física, não se orgulha do desempenho no emprego, e muito menos com o seu papel de filha, namorada e amiga.

Gabi na verdade está uma pilha de estresse por não conseguir enxergar saída para o esgotamento que ela vive em seu dia a dia.

Conhece alguém que esteja passando por algo parecido?

Você está passando por algo parecido?

Gabi está tendo uma infinidade de sintomas do que hoje conhecemos como síndrome de Burnout, uma síndrome que ataca cada vez mais pessoas em todo o mundo, e que tem como seu principal estopim o estresse desenfreado.

A Sindrome de Burnout, recentemente incluída na lista de doenças pela OMS (organização mundial de saúde), tem difícil diagnostico, pois não tem efetivamente sintomas físicos, são sintomas psicológicos que abalam o corpo físico e a mente. É responsável por um número absurdo de afastamentos no trabalho, e é mais comum do que você imagina.

Vou falar 7 sintomas comuns vistos em pessoas que estão nesse estado de esgotamento mental e que precisam mudar muitas coisas em suas rotinas.


1 – Pessoas que estão sofrendo com esse estado de esgotamento mental têm uma enorme tendência a alteração de humor de maneira repentina, basta uma simples palavra ou pensamento mal interpretado que essa pessoa pode agir e reagir de forma brusca e grosseira.


2 – Outro sintoma que é extremamente comum em pessoas que estão passando por esse tipo de estado é o esquecimento frequente, a falta de memória. Pessoas que estão com os pensamentos acelerados, desenfreados, tendem a esquecer facilmente detalhes do que estão fazendo e por isso demonstram extrema dificuldade em definir prioridades e em manter o foco no que é realmente importante.


3 - Estresse constante, desde o momento de sair de casa para a empresa e até em horários em que está longe dali. O trabalho, aliás, é tema recorrente nos pensamentos mesmo quando está indo sair pra jantar com a família e até em momentos onde deveria estar praticando um hobby. A pessoa não consegue estabelecer um limite em seus pensamentos e fica estressada e descontrolada mesmo estando distante do ambiente profissional.


4 – Queixas frequentes sobre o ambiente de trabalho, mesmo estando em casa ou de férias. Parece ser o único assunto que a pessoa sabe falar, e claro que de forma negativa sempre, não consegue enxergar saída e muito menos animo para focar em outros aspectos de sua vida.


5 - Distanciamento de si mesmo, o que é tecnicamente chamado de despersonalização, na prática, o indivíduo se vê aéreo, distante dele próprio, e se sente estranho e desconfortável emocionalmente. É como se ele se visse o tempo todo em terceira pessoa, está longe de si mesmo.


6 – Dificuldade para dormir, preocupado com o lado profissional. A pessoa se sente impotente e não consegue desligar a sua mente, não consegue tirar o foco do seu papel profissional e acha que a única alternativa para melhoria é sempre trabalhar mais e mais.


7 – Sensação de angustia e sofrimento no domingo por imaginar que terá que trabalhar no domingo e começar um novo ciclo de sofrimento e descontentamento.

Caso você esteja tendo mais de 3 ou 4 sintomas talvez seja melhor repensar pensamentos, atitudes e comportamentos. A procura de um profissional pode te ajudar muito a se recuperar desses sintomas causados pelo estresse.




Vinicius Lopes, -Treinador Comportamental e Master Coach
Instagram: vinicius.lopesr

Consulta com o pediatra: o que falar no papo de rotina com o especialista

Momento com o médico de confiança é uma boa oportunidade para tirar dúvidas e investigar sintomas


A consulta de rotina com o pediatra é um compromisso dos pais desde que o filho nasce. Existe uma preocupação com o desenvolvimento correto do bebê, que é acompanhado de perto pelo médico em visitas frequentes ao consultório. De modo geral, a frequência de consultas deve ser mensal no primeiro ano de vida, trimestral, no segundo e semestral, do terceiro ao quinto ano. A partir dos seis anos de idade, a consulta no pediatra passa a ser anual, o que torna a conversa com o médico ainda mais importante, já que é o principal momento para identificar eventuais problemas. Uma dica para não deixar de comparecer na consulta é marcar o pediatra próximo ao aniversário da criança.


O que precisa ser falado para o médico?

Cada criança é única e, por isso, passa por situações individuais. As mudanças comportamentais devem ser observadas e expostas no momento da consulta. “É importante que os pais saibam os hábitos alimentares, frequência de atividade física, funcionamento do intestino, histórico familiar de doenças, levar sempre a carteirinha de vacinas e observar se a criança está dormindo bem”, destaca a pediatra Elisabete Caetano, com especialização pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Médica Brasileira. Essas perguntas constam na anamnese do pediatra, um roteiro que ajuda na avaliação da criança.

Outro ponto que deve ser considerado antes da consulta é a quantidade de vezes que a criança faz xixi e a característica da urina, ou seja, a rotina miccional. Isso porque, a infecção urinária é muito comum na infância, apesar de ser habitualmente mais relacionada aos adultos. Além disso, a enurese noturna, ou seja, a perda involuntária de xixi na cama, acomete cerca de 15% das crianças com mais de cinco anos de idade.


Mas, por que falar de xixi durante a consulta com o pediatra?

Por ser um assunto íntimo da criança, muitos pais evitam falar sobre o tema por vergonha e, principalmente, porque acreditam ser algo comum e que logo vai passar. Entretanto, trata-se de um problema que pode ter diversas causas, desde gatilhos emocionais até distúrbios no trato urinário. A enurese apresenta forte impacto na qualidade de vida da criança, prejudicando o aprendizado e excluindo-a socialmente, já que a criança deixa de participar de eventos escolares, por exemplo, e, principalmente, altera negativamente sua autoestima.  Por isso, crianças com cinco anos ou mais, que ainda fazem xixi na cama frequentemente, precisam ser avaliadas pelo médico.


Investigando a enurese no consultório

No caso da enurese noturna, a consulta com o pediatra pode ser mais proveitosa se a família registrar hábitos, como quantidade de água ingerida durante o dia e a periodicidade dos lençóis molhados. O diário das noites secas pode ajudar nessa tarefa. Aproveite para levar, também, informações como período de transição das fraldas, antecedentes familiares de enurese noturna, histórico de infecções urinárias e de constipação intestinal. A especialista listou algumas perguntas que podem ser feitas pelo pediatra e informações que devem ser levadas em todas as consultas:

·         A criança tem urgência para ir ao banheiro durante o dia?

·         A criança molha a calcinha/cueca com frequência?

·         A criança sente alguma dificuldade para urinar (dor, ardência, jato fraco)?

·         Durante a noite, quantos episódios por semana de xixi na cama ela têm?

·         Quantas vezes em uma mesma noite, a criança urina na cama?

·         A criança deixa de dormir na casa de colegas ou familiares por conta do xixi na cama?

·         A criança sofre ou já sofreu episódios de bullying por conta do xixi na cama?

·         A criança já pediu por tratamento médico?

·         Como os pais reagem com a enurese?

·         O xixi na cama muda a rotina da casa?

·         A família já deixou de fazer viagens por conta do xixi na cama?

·         Há estresse familiar por conta do xixi na cama?

“Caso tenha dúvidas ou o pediatra não faça perguntas sobre as características urinárias da criança, é importante não deixar de falar sobre as eventuais mudanças no comportamento. É necessário investigar as causas da enurese e iniciar o tratamento mais indicado para diminuir o impacto negativo na vida da criança e da família”, completa a pediatra.




Fonte: www.semxixinacama.com.br


Técnica minimamente invasiva para tratamento dos nódulos benignos da tireoide evita a retirada total da glândula e reduz tempo de internação


O nódulo de tireoide palpável é presente em até 6,4% das pessoas. A grande maioria (cerca de 95%) é benigna, porém, alguns deles, necessitam de algum tipo de tratamento devido ao crescimento progressivo, à compressão local ou mesmo por queixas estéticas. As principais opções terapêuticas são a cirurgia (tireoidectomia) e eventualmente o tratamento com levotiroxina, sendo que este é indicado em casos muito específicos.

No entanto, há novidades no tratamento desses nódulos já disponível em nosso país: a técnica minimamente invasiva de ablação por radiofrequência. O médico cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Dr. Erivelto Volpi diz que “as principais vantagens da ablação por radiofrequência em face da cirurgia são o tratamento dos nódulos sem cortes e as chances de preservação da glândula, além de ser um tratamento ambulatorial”.

Ainda de acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço, a técnica apresenta resultados altamente satisfatórios na diminuição dos nódulos e na resolução dos sintomas compreensivos e estéticos.
Estudos internacionais demonstram que raros pacientes submetidos à técnica apresentam algum efeito colateral. Entre os possíveis são: febre, hematoma local, disfonia e hipotireoidismo. Porém, via de regra, são de pouca intensidade geralmente autolimitados, no entanto o resultado mais importante é a preservação da função tireoidiana mantida em praticamente 100% dos pacientes.

A função da tireoide é produzir, armazenar e liberar hormônios tireoidianos na circulação sanguínea, sendo os principais os  triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), que têm a missão de controlar o metabolismo e a homeostase - equilíbrio entre os sistemas - do nosso corpo. “A não produção desses hormônios causa o que chamamos de hipotireoidismo, e seus sintomas são: cansaço, depressão, diminuição da função cognitiva, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, sonolência, entre outros”, reforça Dr. Erivelto Volpi, médico cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.


Como é a técnica -  O procedimento de aplicação da radiofrequência é realizado através da inserção de um eletrodo no centro do nódulo a ser tratado, guiado por ultrassonografia. O nódulo é aquecido, fazendo uma termolesão tecidual controlada. "O procedimento reduzirá gradativamente, em um período de seis meses após a aplicação, o volume apenas do nódulo, preservando, assim, as funções hormonais da glândula da tireoide, além de evitar a cicatriz, resultado da cirurgia convencional”, explica   Dr. Erivelto.

No entanto, é importante destacar que nem todos os nódulos benignos são elegíveis para o procedimento de Ablação por Radiofrequência. Primeiramente, é necessária a comprovação por meio de ultrassonografia e punção aspirativa que esse nódulo é realmente benigno. Além disso, a técnica é recomendada para o tratamento de nódulos grandes que incomodam o paciente e causam sintomas compressivos em estruturas importantes, como o esôfago, dificultando a deglutição; a traqueia, resultando na dificuldade de respiração; ou mesmo nódulos em crescimento que incomodam esteticamente o paciente.





Fonte: Dr. Erivelto Volpi – médico cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor de medicina do Curso de Faculdade de Medicina da UNINOVE.

Choosing Wisely: precisamos mesmo fazer tantos exames médicos?


Apesar de ser comum encontrarmos pessoas resistentes e até mesmo contrárias à realização de exames médicos, já é grande e preocupante o número de análises laboratoriais que estão sendo solicitadas sem necessidade.

Uma pesquisa promovida pela American Board of Internal Medicine (ABIM Foundation) revelou que 48% dos médicos solicitam exames em caso de insistência dos pacientes, por exemplo. Outro estudo, realizado pela Harvard Medical School, juntamente com o Beth Israel Deaconess Medical Center, apontou que 30% dos exames no mundo são desnecessários, enquanto outros 30% podem ser reavaliados.

Por isso, alguns centros de referências, com o objetivo de reduzir o gasto em saúde pública e de energia da equipe médica, desenvolveram tratativas conhecidas como Choosing Wisely, ou “Escolhendo com Sabedoria”, em tradução livre.

“Entender essas normas e aplicar no cotidiano garante ao médico uma melhor fluência da sua rotina, ao paciente, menos preocupações e, ao Estado, uma economia de processos e verba”, explica Raul Canal, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM).

No Brasil, por exemplo, o número de procedimentos que buscam sinais de nódulos na tireoide, realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aumentou de 384 mil para 570 mil entre 2010 e 2017, e a proporção do valor de verbas públicas subiu de R$ 9 milhões para R$ 14 milhões. Esses são os dados mais recentes dos SUS.

No entanto, o número de diagnósticos de câncer na tireoide sequer era estimado em 2010 pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Atualmente, a entidade prevê cerca de 10 mil casos por ano no país, sendo que menos de 2% dos exames realizados encontram sinais da doença.

O aumento de exames também não representa uma necessidade de alerta de saúde, pois os casos graves, que culminaram em mortes, não tiveram grande representatividade entre os óbitos gerais no país no mesmo intervalo de tempo.

Ainda segundo o SUS, a alta de mortes por câncer de tireoide, de 2010 para 2017, passou de 617 para 805, o que significou algo em torno de 0,05% das mortes gerais no Brasil nos dois períodos analisados.


Novos rumos

Novas práticas e ideias no atendimento médico estão surgindo com a intenção de selecionar com precisão quais exames e procedimentos deverão ser feitos. Para Raul Canal, é preciso que este tipo de discussão passe pelos órgãos oficiais, além das sociedades.

“É necessário que o médico consiga reunir argumentos legais e técnicos para explicar ao paciente o porquê de não realizar determinado procedimento, sendo esse um zelo pela saúde e não desdém médico, como a população pode entender”, finaliza.






Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM)



Acupuntura

 Conheça a origem e ações da técnica milenar


A acupuntura surgiu na China há mais de 5.000 anos, embora práticas semelhantes tenham sido encontradas em outros povos antigos como egípcios, sumerianos, persas, nas civilizações maia e asteca, nas populações africanas e na medicina popular dos diferentes povos da Europa. A partir do século XVII a acupuntura e a moxabustão passaram a ser praticados em países vizinhos em países vizinhos como Japão, Coréia, Tibete e Indochina. Também nessa época a acupuntura passa a ser conhecida na Europa introduzida por jesuítas e viajantes que vinham do Extremo Oriente. No início do século XX a França tornou-se grande escola de acupuntura. Nos Estados Unidos, a prática da acupuntura iniciou-se após a década de 70.

A acupuntura (do latim acus - agulha e punctura-punção ou colocação) é o meio terapêutico pelo qual, mediante a inserção de agulhas em determinados pontos do corpo, são feitos a introdução, a mobilização, a circulação e o desbloqueio da energia, além da retirada das energias perversas, levando a uma harmonização energética do indivíduo a fim de restaurar e manter a saúde. Baseia-se na Medicina Tradicional Chinesa.

A moxabustão ou moxaterapia consiste em aquecer os pontos de acupuntura pela queima de ervas medicinais. Baseia-se também na Medicina Tradicional Chinesa.

A Medicina Tradicional Chinesa é uma combinação da prática de acupuntura, da moxabustão e da farmacologia natural. Constitui um vasto campo de conhecimento, de origem e de concepção filosófica, baseia-se na observação dos fenômenos da Natureza e no estudo e compreensão dos princípios que regem a harmonia nela existente. Na concepção chinesa, o Universo e o Ser Humano estão sob as mesmas influências, sendo este parte integrante do Universo como um todo. Desse modo, observando-se os fenômenos que ocorrem na Natureza, pode-se por analogia estendê-los à fisiologia do corpo humano, pois nele se reproduzem os mesmos fenômenos naturais.

O conceito filosófico chinês sobre o Universo apoia-se em três pilares: a teoria do Yang/Yin, teoria dos cinco movimentos e a teoria dos Zang/Fu (Órgãos e Vísceras).

Ao se observar a Natureza verificou-se que tudo que nela existe é composto por duas características específicas e essenciais que se complementam e mantêm entre si um equilíbrio dinâmico. A essas duas características os antigos chinesas chamaram de Yang e Yin. São opostos e ao mesmo tempo complementares. O Yang somente pode existir na presença do Yin e vice-versa. Em termos práticos e simplórios o Yang representa a energia e o Yin a matéria. O Yang o espírito e o Yin o corpo.

A teoria dos cinco movimentos baseia-se nos fenômenos naturais, como são gerados, como influem e sofrem influência uns dos outros. Como exemplo de fenômenos naturais estão as estações do ano (primavera, verão, outono e inverno). Os cinco movimentos são: movimento água, madeira, fogo, terra e metal. Em condições normais relacionam-se de determinada forma e na doença passam a se inter-relacionar de outra maneira.

A teoria dos Órgãos e Vísceras ( Zang/ Fu ) baseia-se no estudo dos Órgãos e Vísceras sob três aspectos: o energético, o funcional e o orgânico . Características energéticas dos Órgãos e Vísceras respondem pela integridade do corpo e da mente. Estando em harmonia energética as funções deles, Órgãos e Vísceras, e as funções psíquicas terão bom desempenho funcional. As alterações de energia dos Órgãos e Vísceras, seja para mais ou para menos, levam a consequências inicialmente na Energia Mental, após às alterações de funcionamento do organismo e, por fim, se não tratadas, às alterações orgânicas propriamente ditas com a instalação das doenças.

A energia que temos, cuja parte principal recebemos dos nossos pais e outra parte adquirimos no ambiente, circula por meio de canais de energia, chamados atualmente de meridianos de energia. Temos meridianos principais e secundários interligados compondo diversos circuitos energéticos que interligados formam uma extensa rede de energia em nosso corpo com finalidades próprias. Os meridianos de energia além de circularem e distribuirem a energia têm a função de ligar o meio exterior aos órgãos e vísceras e vice-versa, e exteriorizam-se nos pontos de acupuntura. Os pontos de acupuntura funcionam também como vias de penetração das Energias Celestes (calor, frio, vento, secura e umidade) da superfície da pele para o interior (órgãos e vísceras) e claro das Energias Perversas (que são as Energias Celestes em excesso com relação à vitalidade do corpo ou fora da estação).

A difusão da Medicina Tradicional Chinesa para o Ocidente despertou a curiosidade de pesquisadores que passaram a questionar a participação de estruturas orgânicas nos mecanismos de ação da acupuntura. Diversas pesquisas científicas foram realizadas e evidenciou-se uma relação íntima entre a acupuntura e o sistema nervoso central e periférico.

Diversos estudos compararam as estruturas microscópicas que existem nos pontos de acupuntura à parte da pele vizinha ao ponto e encontraram nos pontos de acupuntura: numerosas terminações nervosas livres e encapsuladas (com receptores de pressão, de temperatura e principalmente de dor ), relações com os nervos periféricos, nervos periféricos superficiais, maior número de vasos arteriais e capilares sanguíneos, conexões neuromusculares, ponto de bifurcação de nervos periféricos, linhas de junção dos ossos do crânio e grande concentração de mastócitos (células de defesa do organismo).

Atualmente são aceitos três mecanismos de ação da acupuntura: energético, humoral e neural. Todos atuando de forma simultânea.

O mecanismo energético, baseado na Medicina Tradicional Chinesa, que foi anteriormente explicado e define que a estimulação adequada dos pontos de acupuntura localizados nos meridianos leva a uma harmonização energética e funcional dos Órgãos e Vísceras e de todo o corpo. Estímulos prolongados e intensos de pontos de acupuntura levam a uma analgesia local.

O mecanismo humoral refere-se à produção de substâncias, como neuro hormônios, neurotransmissores e hormônios que são secretados no sangue por ação da acupuntura. O sistema nervoso central participa indiretamente determinando a liberação de substâncias no sangue, como os hormônios por exemplo, após um estímulo periférico (terminações nervosas da pele) do ponto de acupuntura. A transmissão dos efeitos da acupuntura da gestante ao feto é um outor exemplo de mecanismo humoral.

O mecanismo neural decorre do estímulo dos receptores nervosos da pele, originado pela inserção de agulha. Diferentes receptores nervosos da pele são estimulados e isso explica múltiplos efeitos observados. Essa estimulação nervosa periférica transmite-se ao sistema nervoso central com liberação de diferentes neurotransmissores que podem aumentar ou diminuir impulsos nervosos a depender da intensidade do estímulo, da frequência, da profundidade, da inclinação da agulha e do sentido do movimento giratório da agulha se horário ou anti-horário. A inserção da agulha no ponto de acupuntura pode provocar reações sensitivas diversas, como dor, choque ou queimação, que podem ser simultâneas e isso decorre do estímulo de diferentes receptores nervosos locais .




Dr. Said Nassib Timani - CRM- SP 94611- Médico ortopedista e especialista em acupuntura
clinicasare.com.br
@drsaid_timani

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