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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Alterações nas regras do cheque especial são positivas, mas sucesso dependerá das instituições financeiras

Segundo a FecomercioSP, os bancos também precisam munir o consumidor com informações claras e transparentes sobre os valores pagos de juros no cheque especial
 

 
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) considera positivas as alterações nas regras do cheque especial anunciadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no último dia 10. As mudanças são uma ação voluntária dos bancos e devem entrar em vigor a partir de julho deste ano.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o sucesso da medida dependerá das próprias instituições financeiras. Isso porque o cheque especial é uma das operações de crédito mais lucrativas, e são os próprios bancos que estabelecem o limite, podendo aumentá-lo a qualquer momento.

Além disso, será necessário um intenso trabalho de educação financeira, com o objetivo de disciplinar os consumidores sobre o uso consciente do crédito. Dessa forma, a Entidade ressalta que é necessário munir o consumidor com informações claras e transparentes sobre o valor que está pagando de juros e outros encargos na operação, a fim de que, assim, ele consiga entender o tamanho da sua dívida com o cheque especial.

A sugestão da Entidade é de que tais informações sejam disponibilizadas semanalmente no extrato da conta corrente, com aviso instantâneo ao acessar a conta via caixa eletrônico, internet banking ou aplicativo do celular. O extrato semanal daria consciência aos consumidores dos custos atuais da operação com cheque especial.



O que muda

 
O cheque especial é um limite de crédito aprovado pelos bancos aos seus clientes para que seja utilizado em situações emergenciais. Mas, na prática, grande parte dos brasileiros utiliza esse crédito frequentemente, incorporando o valor à sua renda mensal. De acordo com dados do Banco Central do Brasil (BCB), a taxa de juros média dessa modalidade de crédito atingiu 324,1% ao ano em fevereiro.

O uso contínuo do cheque especial pode transformar o endividamento do consumidor em “uma bola de neve”, salienta a FecomercioSP. Para amenizar esse problema, a Febraban afirma que os bancos irão contatar os clientes que estiverem com mais de 15% de seu limite do cheque especial comprometido, desde que o saldo devedor seja maior de R$ 200, por um período superior a 30 dias, e oferecer uma modalidade de crédito alternativa com prazos e taxas definidos pelos bancos.
 

5 perguntas para fazer aos clientes


Durante o processo de venda, uma das melhores táticas que pode ser adotada pelo vendedor é descobrir uma pequena lista de informações sobre o cliente. Para tanto, uma simples conversa, descontraída e simpática, basta.

Não estou falando de passar um tempo simplesmente conversando com as pessoas, sem nenhum motivo aparente, mas de uma estratégia de vendas, por incrível que pareça.

As pessoas, em sua maioria, fazem compras devido a alguma necessidade. Normalmente elas precisam de uma solução para um problema específico, é o que chamamos de motivador de compra. E descobrir este motivador, é uma das chaves para a venda perfeita.

Por isso, trago cinco perguntas que ajudarão neste procedimento:


·         Converse – antes de qualquer coisa, seja receptivo, mantenha uma conversa agradável e tente saber qual produto ou serviço a pessoa está procurando e de que forma será possível ajudar. É importante saber ouvir. Fuja do monólogo. Investigue a solução ideal para o cliente, ele já tem em mente quais características o produto ou serviço deve ter para atender suas necessidades;


·         Conheça - durante a conversa com o cliente, pergunte quais são suas marcas preferidas, ou, caso esteja procurando um serviço, com quais fornecedores já trabalhou e o que achou dos resultados. Assim, será possível saber se ele já tem uma preferência ou uma opinião pré-determinada sobre produtos/serviços, evitando oferecer algo que ele não goste;


·         Busque – depois de conhecer o cliente, busque nas suas ofertas disponíveis o que pode se identificar com as preferências e necessidades dele;


·         Valorize – depois de descobrir do que ele gosta ou não, não tente saber os motivos para isso, o que aconteceu para que ele firmasse aquela opinião. Se o seu produto/serviço estiver no hall das más experiências, com estas informações, será possível utilizar fatos e argumentos para dissuadi-lo da má impressão;


·         Finalize – o profissional de vendas deve ajudar no processo de tomada de decisão do cliente. É fácil perceber quando o consumidor está em dúvida com esta ou aquela possibilidade de compra. Mais uma vez, investigue os motivos para a dúvida, pois, se isso aconteceu, é porque suas necessidades ainda não foram completamente atendidas. Entenda o que está faltando, se são as funcionalidades, os valores, ou apenas uma preocupação com a credibilidade da marca. Solucione estas questões, pois esta é a chance de finalizar a venda.





Carlos Cruz - diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) -  www.ibvendas.com.br



Maior acordo climático de 2018 acaba de ser fechado


Depois de duas semanas de intensas negociações, mais de 170 países reunidos na sede da Organização Marítima Internacional (IMO) em Londres chegaram ao que é o maior acordo climático deste ano.  Os países estabeleceram como meta a redução de pelo menos 50% das emissões de gás carbônico do transporte marítimo internacional até 2050, em relação aos níveis de 2008, com uma forte ênfase na expansão da ação para 100% até meados do século.  O cumprimento desta meta significa que dentro de pouco mais de 10 anos, na década de 2030, a maioria dos navios recém-construídos operarão com combustíveis renováveis. Os navios, que são responsáveis pelo transporte de mais de 80% do comércio global, ficarão livres de combustíveis fósseis até lá.

Em discurso na plenária da IMO, Kitack Lim, Secretário Geral da organização, disse: “O texto pode não ser satisfatório para todos, mas representa um meio termo forte… neste contexto, acredito que este texto de compromisso é uma solução que deve ser capaz de manter todos a bordo…. [o texto envia um] sinal forte para a indústria e vocês, como Estados membros, estão lidando com isso com o mesmo compromisso que assumiram com o Acordo de Paris. ”

O compromisso firmado hoje na IMO sinaliza para a indústria e os investidores que a era dos combustíveis fósseis está chegando ao fim e representa um avanço positivo para limitar o aquecimento global, já que o setor marítimo estava incumbido de estabelecer uma proposta de redução dos gases de efeito estufa desde que o Protocolo de Quioto foi assinado, em 1997.  

“O compromisso da Organização Marítima Internacional de reduzir os gases de efeito estufa entre 50% e 100% em 2050 é um grande progresso”, comemora o Dr Tristan Smith, especialista em Energia e Navegação do UCL Energy Institute.  “ É provável que essa meta se torne ainda mais rigorosa, mas mesmo com este nível mais baixo de ambição, a indústria marítima exigirá mudanças tecnológicas rápidas para produzir navios com emissões zero, passando de combustíveis fósseis para uma combinação de eletricidade (baterias) e combustíveis renováveis, derivados de hidrogênio e potencialmente bioenergia. Embora essas mudanças sejam enormes para uma indústria global, que tem uma frota de mais de 50.000 navios internacionalmente, uma pesquisa liderada pelo Reino Unido mostrou que, com o nível correto de investimento e melhor regulamentação, essas reduções podem ser alcançadas."

Algumas objeções específicas ao texto final foram feitas, mas mesmo os países que mais detêm a posse ou o registro de navios apoiaram o acordo, e apenas dois países (Arábia Saudita e Estados Unidos) se opuseram ao texto.  “A IMO deveria e poderia ter ido muito além não fosse pela oposição dogmática de alguns países liderados pelo Brasil, Panamá e Arábia Saudita”, ressalta Bill Hemmings, diretor de transporte da Transport & Environment. “Porém esta decisão coloca o transporte marítimo em uma rota promissora. Agora, o setor se comprometeu oficialmente com o conceito de descarbonização e a necessidade de reduzir suas emissões, o que é fundamental para o cumprimento do acordo de Paris ”.

Mark Lutes, observador do WWF que tem acompanhado as negociações do setor marítimo, alerta:  “As medidas de curto prazo serão objeto de discussão nas próximas reuniões da IMO no final deste ano. Há um forte apoio para a implementação rápida, mas o mesmo grupo de países que resistiu a metas de redução absoluta nesta reunião quer adiar qualquer implementação de novas medidas até 2023, quando a Estratégia revisada for adotada”.   John Maggs, presidente da Clean Shipping Coalition e conselheiro sênior de políticas, Seas At Risk, concorda: “Temos um acordo importante, e esse nível de ambição exigirá uma mudança setorial para novos combustíveis e tecnologias de propulsão, mas o que acontece a seguir é crucial. A IMO deve agir rapidamente para introduzir medidas que reduzirão as emissões profunda e rapidamente no curto prazo. Sem elas, os objetivos do Acordo de Paris permanecerão fora de alcance ”.

O transporte marítimo internacional já emite 2% dos gases causadores do efeito estufa em todo o mundo e que poderia chegar a responder por 17% das emissões em 2050, se nada fosse feito.  Embora este acordo coloque o setor no caminho para cumprir a meta de manter a elevação da temperatura média do planeta em 2°C em relação aos níveis pré-industriais, é importante lembrar que o objetivo do Acordo de Paris é que esse aquecimento fique "bem abaixo" de 2°C, visando 1,5° C. A descarbonização completa em meados do século, como proposto pelos países insulares do Pacífico que já sentem os efeitos das mudanças climáticas na forma de elevação do nível dos mares que compromete seu território e em um aumento sem precedentes na quantidade e rigor dos furacões e tornados que assolam a região, continua a ser necessária para a meta de 1.5°C.








* O acordo final da IMO será publicado aqui: http://www.imo.org/en/MediaCentre/Pages/Default.aspx


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