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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Município amplia para 33 as UBS com vacinação preventiva contra febre amarela na zona Norte



Mais de 48,3 mil pessoas já foram imunizadas na região do Horto Florestal e distrito Anhanguera 


         A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo vai ampliar, a partir desta quarta-feira (25), para 33 o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) abertas para a vacinação preventiva contra a febre amarela na zona Norte da capital paulista. A expansão será feita gradualmente ao longo da semana e será somada às quatro unidades que já iniciaram a imunização no último sábado (21).

         Até esta segunda-feira (23), foram vacinadas 12.818 em toda a região do entorno do Horto: 3.238 pessoas na AMA/UBS Jardim Peri; 3.915 na UBS Horto Florestal; 2.150 na UBS Mariquinha e 2.600 na UBS Vila Dionísia. No sábado, o posto volante que funcionou na associação do bairro Vila Amélia, imunizou 915 pessoas.

         No distrito Anhanguera, onde a imunização começou em 11 de setembro, foram aplicadas 35.569 doses nas unidades Parque Anhanguera, Morro Doce, Jardim Rosinha e Morada do Sol até este domingo (22).

         “Nossa expectativa é vacinar 500 mil pessoas na primeira fase de imunização, outros 500 mil na segunda e, mais 1,5 na terceira, totalizando 2,5 milhões na terceira fase. Teremos vacina suficiente para toda a população que precisa ser imunizada. Não há motivo para pânico”, assegura Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde. Nesta terça-feira (24), São Paulo deve receber 500 mil novas doses de vacina.

         A extensão do horário de funcionamento das unidades também está em estudo e deverá acontecer de acordo com as necessidades de cada região, com divulgação específica à população local.

         A ampliação da vacinação se deu após um macaco do tipo Bugio ser encontrado morto no Parque do Horto e os exames sorológicos e histoquímico das amostras do primata terem confirmado, na última sexta-feira (20), a presença do vírus da febre amarela.

         "É importante enfatizar que se trata de febre amarela silvestre transmitida pelo mosquito Haemagogus e Sabethes, comum em regiões de mata. O macaco não transmite a doença para humanos, pelo contrário, é o indicativo de circulação de vírus no local, servindo como alerta para que se desenvolvam ações de prevenção. Nós já estamos à frente e iniciamos a vacinação em setembro no distrito Anhanguera”, esclarece Maria Lígia Nerger, coordenadora do programa municipal de imunização da capital.

         Nesta primeira fase, a vacinação é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade que residam a, no mínimo, 500 metros à frente da área de extensão dos parques do Horto e Cantareira (na segunda fase, deve ser ampliado a um raio de 1000 metros, e a terceira fase somente será definida após uma nova avaliação epidemiológica).

         A vacinação seguirá até que todo o público-alvo esteja imunizado e as ações de rotina seguirão nas unidades que normalmente já realizam vacinação para a febre amarela: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/unidades_de_referencia_vacinacao_febre_amarela_alterado5_baixa_07_03_2017_1488908226.pdf
        
         A dose não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar o médico.



Serviço:

Vacinação contra febre amarela

Horário: das 8h as 18h
·         UBS/AMA Jardim Peri - Av. Peri Rochetti, 914 - Jd. Peri

·         UBS Horto Florestal - R. Luis Carlos Gentile de Laet, 603, esquina com rua. do Horto, 603 - Horto Florestal

·         UBS Dona Mariquinha Sciascia - R. Dr. José Vicente, 39 - Tremembé

·         UBS Vila Dionísia - R. Chen Ferraz Falcão, 50, Vila Dionísia

·         UBS Jardim Rosinha - R. Dalva de Oliveira, 82 - Morro Doce

·         UBS Morada do Sol - R. Assis Brasil, 31, esquina com Pça. Luiz Vaz de Camões - Sol Nascente 

·         UBS Morro Doce - R. Alberto Calix, 55 - Jd. Canaã

·         UBS/AMA Parque Anhhanguera - R. Pierre Renoir, 100 - Via Anhanguera Km 24,5 - Jd. Britania






"Em geral, as pessoas dão pistas de que algo não vai bem": bullying entra em pauta novamente com tragédia em Goiânia



Tiroteio na manhã de sexta (20) no Colégio Goyases, em Goiânia, deixou João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, dois jovens de 13 anos, mortos e mais quatro feridos. O responsável pelos tiros, um aluno de 14 anos - 8º ano - da própria escola, era filho de militares e afirma ter sofrido bullying pelos colegas.
No ano passado entrou em vigor no Brasil a lei que criou o Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática, com o objetivo de oferecer mecanismos que possibilitassem a mudança do comportamento hostil dos agressores. Mesmo com programas governamentais, outra tragédia por conta do bullying aconteceu.

O bullying é caracterizado por violência física ou psicológica que acontece de maneira repetitiva, sistemática e sem motivação evidente. 

No Brasil, 17,5% dos estudantes disseram sofrer alguma das formas de bullying "algumas vezes por mês"; 7,8% disseram ser excluídos pelos colegas; 9,3%, ser alvo de piadas; 4,1%, serem ameaçados; 3,2%, empurrados e agredidos fisicamente - de acordo com dados do terceiro volume do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015.

Segundo Ana Cássia Maturano, psicóloga e psicopedagoga clínica, a prática do bullying, quando um colega hostiliza ou agride seu filho, é uma situação em que coloca a prova o papel dos pais.

"A atitude a tomar nessas ocasiões se transforma em um dilema para muitos: instruem o filho a se defender, ensinando-o a "brigar", ou deixam que ele se vire sozinho? Nem uma nem outra", relata a especialista.

"Passar a evitar ir à escola ou mesmo falar sobre ela, mudança no humor, evitar certas pessoas, aparecer com ferimentos ou hematomas sem explicação, ter problemas para dormir e mesmo começar a apresentar comportamentos agressivos podem indicar que a criança está sofrendo bullying", explica Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ABPp. 

Os pais precisam ajudar seus filhos a refletirem sobre as situações, questionando sobre qual o motivo pelo qual a criança está sofrendo violência, para que se fortaleçam para conseguir enfrentá-las. O adulto deve ser olhado como um ponto de referência e orientação, instruindo como as crianças e adolescentes podem agir.

"O mais certo para os pais e os filhos é que juntos eles encontrem o melhor jeito de lidar com a situação. Os adultos, por serem mais experientes, têm a obrigação de orientar as crianças, que precisam muito de proteção. Num contexto de aprendizagem que servirá para toda a vida", comenta a psicóloga Ana Cássia.

Para a presidente da ABPp, o problema é antigo e ganha mais voz por conta da internet, além de ser potencializado pelo individualismo que impera como uma forte característica da sociedade atual.

Os casos de bullying retornam as mídias com a tragédia de Goiânia, porém este não é o primeiro aviso à sociedade de que as agressões físicas ou psicológicas sofridas em sala de aula podem levar a outras, como o massacre em Realengo, no Rio de Janeiro.

A internet é capaz de denunciar estes casos, o governo precisa criar soluções práticas dentro dos ambientes escolares, e os pais devem conversar com seus filhos sobre o cotidiano nas escolas, como se comportam e são tratados.

"O que não dá é ignorar quando sentimos que as coisas não vão bem", comenta Ana Cássia Maturano. "Em muitos casos, antes de atos extremos como o da semana passada, a pessoa dá pistas de que precisa de ajuda. Postergar decisões em geral não é um bom caminho".






Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp)



Ana Cássia Maturano - psicóloga e psicopedagoga clínica, coautora do livro Puericultura Princípios e Práticas (Ed, Atheneu)


Clínica: Edifício Morumbi Medical Center
 





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