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terça-feira, 13 de outubro de 2015

De mãos limpas e saúde em dia




O simples ato de lavar as mãos ajuda a evitar uma série de doenças, desde gripes a gastroenterites

Além do Dia das Crianças, o mês de outubro também comemora um dia ainda mais importante para os pequenos: o Dia Mundial de Lavar as Mãos. Celebrada no dia 15 de outubro, a data visa conscientizar a população para o hábito de lavar as mãos e, assim, erradicar doenças causadas pela falta de higiene.
Segundo a Unicef, no Brasil, 14% das crianças menores de cinco anos morrem de doenças diarreicas e infecções respiratórias. Boa parte dessas mortes poderia ser evitada com dois ingredientes simples: água e sabão. A lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarreicas em até 40% e, em quase 25% os casos de infecções respiratórias. Para isso, a lavagem deve ser feita no mínimo, em cinco momentos-chave do dia-a-dia: antes do café da manhã, do almoço e do jantar, logo após usar o banheiro e ao chegar em casa.
De acordo com pesquisa da Pastoral da Criança, de modo geral, as pessoas sabem que lavar as mãos após usar o banheiro, antes das refeições ou ao chegar em casa evita doenças. Mas confessam que não lavam com frequência e nem insistem para que as crianças lavem.
Infectologista do Hospital Caxias D’Or, Marcelo Gonçalves lembra que o hábito de lavar as mãos é de grande importância para adultos e, especialmente, para a proteção das crianças. “Essa medida evita uma série de doenças parasitárias intestinais e a transmissão de micro-organismos responsáveis por parenterites e conjuntivites.  As crianças, de forma geral, são mais suscetíveis às gastroenterites, por isso é muito importante manter suas mãozinhas limpas”, alerta o médico.
Mãos contaminadas podem provocar diarreias, vômitos e doenças como gripes, resfriados, hepatites e alguns tipos de meningite. Além da contaminação em casa, a transmissão pode afetar muitas pessoas rapidamente em creches, escolas, escritórios e locais públicos. Os germes são transmitidos para os outros pelo toque direto ou de objetos contaminados que entram em contato com olhos, nariz ou boca.
Mas lavar as mãos não é simplesmente colocá-las embaixo d’água. É necessário esfregá-las com sabão, cuidado e atenção a cada pedacinho, desde a palma até entre os dedos. “É importante as pessoas saberem que lavar as mãos tem que ser como escovar os dentes: assim como os dentes têm várias faces que precisam ser limpas de todos os ângulos, as mãos também têm vários detalhes e precisam ser limpas em todos os cantos”, explica Gonçalves.
Para ajudar adultos e crianças a aprenderem a maneira mais eficiente de lavar as mãos, o infectologista ensina um breve passo a passo:

  1. Umedeça as mãos com água corrente;
  2. Coloque sabonete em quantidade suficiente em ambas as mãos;
  3. Ensaboe as palmas das mãos, esfregando-as entre si;
  4. Esfregue a palma de uma das mãos contra o dorso da outra mão e vice-versa;
  5. Esfregue todos os dedos, entrelaçando-os e esfregando o espaço entre eles;
  6. Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da outra mão e vice-versa;
  7. Esfregue um polegar com a palma da outra mão e vice-versa;
  8. Esfregue a palma de uma mão com os dedos e as unhas da outra mão fechada e vice-versa;
  9. Enxague bem as mãos evitando tocar na torneira;
  10. Caso esteja em um ambiente público, utilize a mesma toalha de papel que usou para secar as mãos para fechar a torneira;
  11. Pronto! Mãos limpinhas e saudáveis!


Mitos e verdades sobre a mamografia





Procedimento deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos, e é capaz de identificar nódulos ainda não palpáveis.

Embora a mamografia seja importante para a detecção de nódulos e tumores nas mamas, ela ainda não faz parte da agenda anual de exames de muitas mulheres brasileiras com mais de 40 anos. De acordo com a radiologista e especialista em exames por imagem das mamas do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Dra. Flora Finguerman, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento de nódulos e tumores nas mamas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, em 2013 o número de brasileiras entre 50 e 60 anos que realizaram o procedimento foi três vezes menor que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados do Instituto Nacional do Câncer ainda apontam que os tumores de mama estão entre as principais causas de óbitos por câncer no mundo, principalmente nas mulheres entre 39 e 58 anos.  
Para ajudar a quebrar alguns mitos sobre o exame, abaixo a especialista esclarece algumas dúvidas:
1 – A radiação do exame é perigosa, por isso é melhor não fazê-lo.
Mito. Embora o aparelho de Raios-X utilizado na mamografia emita radiação, ela não é perigosa se realizada conforme as orientações médicas e com controle de qualidade adequado. A recomendação é que o exame seja feito anualmente, a partir dos 40 anos. A radiação dificilmente implicará em prejuízos à saúde, mesmo nos casos em que a mulher precisa realizar o exame antes dessa idade.
2 – O ultrassom da mama pode também ser usado para detectar nódulos e tumores?
Verdade. Embora não seja um exame obrigatório no rastreamento, o ultrassom também pode ser usado para o diagnóstico em casos de suspeita médica. “O exame costuma ser indicado principalmente para mulheres que têm as mamas densas. Nestes casos, nem sempre a mamografia consegue fazer uma boa avaliação”, afirma a médica. Há também a ressonância  magnética das mamas, que é usada em casos ainda mais específicos, como em rastreamento do tumor e avaliação da mama em pessoas que já tiveram câncer.
3 – É preciso começar a fazer a mamografia antes dos 40 quando alguém próximo da família, como minha mãe ou avó, teve câncer de mama ainda jovem?
Verdade. Quando há um histórico de câncer na família, principalmente em pessoas com parentesco de primeiro grau, como mãe e irmã, é recomendado antecipar a realização anual do procedimento. Segundo a Dra. Flora Finguerman, “se a mãe da paciente teve um histórico de câncer nas mamas ainda jovem, com 40 anos, por exemplo, recomenda-se que ela comece a fazer a mamografia 10 anos antes da idade que sua mãe tinha quando desenvolveu o quadro. Ou seja, se a mãe teve aos 40 anos, a paciente pode começar a fazer o exame aos 30”, explica. Entretanto, quando há suspeita alta de câncer, o exame poderá ser realizado em mulheres mais jovens, mesmo com menos de 25 anos, complementa.
4 – A mamografia detecta nódulos com poucos milímetros?
Verdade. O exame é capaz de detectar nódulos a partir de 2 a 3 mm. De acordo com a médica, isso decorre do grande avanço na melhoria da qualidade do exame, afinal, antes da mamografia, os nódulos eram percebidos apenas quando se tornavam palpáveis, com cerca de 1 cm. “Essa diferença na detecção e no diagnóstico é essencial para um tratamento efetivo”, enfatiza a especialista.
5 – Embora seja importante realizar o autoexame com frequência, ele não substitui o procedimento.
Verdade. O autoexame deve fazer parte da rotina das mulheres, independentemente da sua faixa etária. Entretanto, ele não substitui o exame de mamografia. “Normalmente, o autoexame detecta nódulos quando eles já estão em tamanhos maiores, o que pode dificultar ou atrasar o tratamento. Porém, ele é imprescindível, até mesmo para as mulheres mais velhas que já realizam a mamografia anualmente, pois pode detectar mudanças nas mamas que nem sempre podem aguardar até a data do próximo exame para serem percebidas”, finaliza a especialista.
Sobre a mamografia
A mamografia é um exame de Raios-X das mamas, que detecta alterações sugestivas de câncer, em particular em seu estágio precoce, antes de se tornar palpável. A detecção e o diagnóstico precoce de um câncer de mama pode diminuir as chances de morte da paciente em 30% a 70%. As mulheres devem realizar este exame pela primeira vez aos 40 anos de idade e se submeter a controles anuais mesmo acima dos 70 anos, dependendo das condições físicas e eventual doenças concomitantes. Mulheres abaixo dos 40 podem precisar realizar a mamografia em algumas situações, como presença de alto risco familiar ou alterações palpáveis. Após os 70 anos, recomenda-se continuar o rastreamento mamográfico nas mulheres que tenham boas condições de saúde. Já a ultrassonografia não é um método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições. A ultrassonografia pode ser o primeiro exame mamário por imagem em mulheres abaixo dos 30 anos que percebem um nódulo palpável, ou nas mulheres grávidas. Também é importante na orientação de punções biópsias de nódulos, que podem ser cistos ou sólidos.

Lavoisier -: www.lavoisier.com.br


Tratamento para ambiguidade sexual necessita de encaminhamento ágil




Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo trabalha para o paciente e seus familiares
#endocrinologia #sbemsp
Os distúrbios que afetam a diferenciação do sexo podem trazer graves implicações médicas, psicológicas e sociais, seja para um recém-nascido, com ambiguidade da genitália externa, ou para um adolescente com atraso puberal ou características puberais heterossexuais. 
Para centralizar as atividades de assistência e pesquisa nesta área, em prol dos pacientes com ambiguidade sexual e seus familiares, foi fundado, há 27 anos, o GIEDDS (Grupo Interdisciplinar de Estudos da Determinação e Diferenciação do Sexo) Hospital das Clínicas (HC) – FCM – UNICAMP, pelo endocrinologista Dr. Gil Guerra-Júnior e a geneticista Dra. Andréa Trevas Maciel-Guerra, juntamente com médicos pediatras. Hoje, o GIEDDS contabiliza mais de 1.000 casos atendidos. 
“O grande desafio é chegar a um diagnóstico etiológico preciso, do qual depende a definição do sexo, os procedimentos terapêuticos subsequentes e o aconselhamento genético da família. Nos casos de ambiguidade genital, é fundamental o diagnóstico precoce, ainda no período neonatal, antes do estabelecimento da identidade sexual social e psicológica”, conta o Dr. Gil Guerra-Júnior, médico membro da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP). 
No grupo estão envolvidos pediatras, geneticistas, endocrinologistas, cirurgiões, ginecologistas, radiologistas, anatomopatologistas, médicos legistas, psicólogos, psiquiatras, e assistentes sociais. A atuação desses profissionais, de forma integrada, permite maior rapidez no diagnóstico e a uniformização das informações que são transmitidas à família, e, consequentemente, uma maior confiança dos familiares na equipe médica como um todo. 
Os principais desafios a serem enfrentados ainda são relacionados: (1) ao encaminhamento precoce, com necessidade constante de formação dos pediatras, em especial dos neonatologistas, na avaliação adequada do recém-nascido e na identificação da ambiguidade genital. (2) ao financiamento da investigação destes casos, em geral com alguns exames hormonais e testes funcionais sofisticados, além de estudos citogenéticos e moleculares, nem sempre cobertos pelo atendimento SUS. 
As mudanças desde a criação do GIEDDS compreendem: na área assistencial, o aumento significativo dos encaminhamentos de casos. Na área de tratamento, a formação de uma equipe de cirurgia especializada e com técnicas de correção da genitália externa com melhores resultados. Em recursos humanos, o aumento significativo de residentes e pós-graduandos interessados na área. Na pesquisa, o desenvolvimento e aplicação de novas técnicas moleculares para diagnóstico. 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) - Twitter: @SBEMSP - Facebook: Sbem-São-Paulo - http://sbemsp.org.br/

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