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segunda-feira, 3 de abril de 2017

O Brasil está envelhecendo e é preciso aprender a lidar com isso

Em 30 anos, 30% da população brasileira será idosa


O que deveria ser encarado como um ponto positivo, a longevidade do brasileiro, está se tornando um motivo de preocupação. Ter mais tempo para curtir a família, ver os netos crescendo, realizar sonhos, viver por mais tempo, deveriam ser sinônimo de felicidade. Porém, a falta de apoio ao processo de envelhecimento e de ações voltadas aos idosos, faz com que o País enxergue o aumento da população idosa como um problema.

Pensando em buscar melhorias para a população idosa e criar conscientização nos jovens para que busquem um envelhecimento saudável, médicos e pesquisadores em todo o mundo vem trabalhando para encontrar uma maneira de se conquistar a longevidade com qualidade. “Conseguir chegar a longevidade é um prêmio. Triste que no Brasil isso tem sido encarado como um peso”, comenta Dra. Maisa Kairalla, Coordenadora do Ambulatório de Transição de Cuidados do Serviço de Geriatria e Gerontologia da Unifesp e Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, SBGG.

De acordo com Maisa, o envelhecimento e a longevidade são processos que devem ser compreendidos como um grande avanço para a evolução dos tempos, porém, a falta de preparo para este momento tem criado um sentimento negativo. “É preciso que haja maior educação e conhecimento sobre o envelhecimento no Brasil. Precisamos envelhecer com saúde, qualidade de vida e que sejamos produtivos e independentes”, complementa.

Educação para um envelhecimento saudável está primeiramente ligado em mostrar aos jovens que não serão jovens para sempre. É importante levar uma vida saudável com atenção aos alimentos ingeridos e uma rotina de atividades físicas. Esses processos relativamente simples podem ter um grande impacto no processo de envelhecimento de cada pessoa.

Mas também é preciso ter atenção com a população que já atingiu a senioridade. Promover maior controle de um plano nutricional e ajustes de medicamentos podem reduzir as reinternações destes pacientes em hospitais, reduzindo custos e também a exposição a agentes infecciosos. As doenças que mais ocasionam internações são pneumonia, insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio.

Atualmente a medicina conta também com programas de vacinação contra pneumonia e herpes zoster em idosos, práticas que também podem diminuir as internações e melhoram a qualidade de vida da população idosa. “O médico geriatra tem uma visão muito importante sobre todo o processo de envelhecimento, entendendo todas as preocupações do paciente referentes ao envelhecimento e doenças relacionadas, mas há outros profissionais envolvidos nesse trabalho de prevenção e educação como fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos. Nosso trabalho está focado em buscar ganhos funcionais e qualidade de vida aos pacientes”, destaca Maisa.

Entre os dias 6 e 8 de abril, acontece em São Paulo, o 10º Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia, onde serão abordados temas referentes a saúde, prevenção a doenças e educação em saúde de idosos, com temas que abordarão vacinação, demência, fragilidade, longevidade, direito dos idosos, entre outros.






As redes sociais podem mesmo atrapalhar o relacionamento de um casal?



Todas as formas de expressão e comunicação social podem produzir ruídos de comunicação entre pessoas e a comunicação feita pelas redes sociais pode ser meio de conflitos num casal. “Numa rede social, muitas vezes a publicação de uma circunstância pode ser impulsiva e  outro pode desconsiderar o contexto. Assim já temos uma forma bastante comum de produção de ruídos na comunicação”, fala Oswaldo.

Um problema anexo das redes sociais, que nem todos os indivíduos compreendem é a criação rápida de formas de expressão utilizando contrações nas palavras, emoticons, figuras variadas, gifs. Quando uma forma específica se cria num grupo, somente terá o significado combinado dentro do grupo. Fora dele deverá receber novos significados e a compreensão da comunicação será desvirtuada e poderá produzir conflitos com a mudança da compreensão original. 

Um casal precisará ter meios muito limpos de comunicação ou quando um deles publicar alguma coisa relativa a um dos tantos grupos dos quais participe e que usa aquelas formas diferentes de comunicação... o que publicou poderá ser mal-entendido.

Então voltamos ao casal: se ambos têm segurança em como se relacionar, com o futuro e compromissos entre si, não serão as redes sociais que trarão mal-estar, dificuldades de comunicação, brigas ou separações. Então, quando existe um problema num casal e reportam que é devido a uma rede social, perguntem-se: não haveria algum problema anterior? Possivelmente esse deva ser o caminho a ser compreendido para buscar uma superação da situação problema.


Abster-se de ter perfis nas redes pode ser a solução?
Para Carla Zeglio, esse comportamento não adianta. A aparência será de que se não nos envolvermos com redes sociais, elas não serão problema, mas e se o casal já tem problemas?Então de nada adiantará absterem-se das redes sociais. O casal precisa compreender que se algo está errado, devem procurar ajuda. E atenção: muitos casais não conseguem relacionar-se se não apresentarem problemas cotidianos, discussões e situações de mal-estares. Esses casais arranjarão problemas com ou sem as redes sociais”, comenta.

Ter perfil de casal pode ser a solução (2)?

Para Carla, alguns casais acreditam que os perfis de casal, aqueles com fotografias que colocam os nomes dos dois será suficientemente controlador dos problemas que por ventura, teriam nas redes sociais. Contudo, não são definitivamente segurança para nada se não houver realmente confiança, disponibilidade e vontade de se manterem juntos. Um perfil de casal na rede social, não vai impedir qualquer um dos dois de usar a rede social com fins de romper ao contrato do casal. Por fim, nenhum tipo de controle funciona muito se ambos não estiverem realmente dispostos a permanecerem juntos, apesar da grande possibilidade de encontrar muitas outras pessoas legais pela vida, nas redes sociais e fora delas. 

O ciúme se estende para a vida social virtual da mesma maneira como na vida real?
O mundo virtual pode exacerbar as emoções, pois as consequências podem não se apresentar tão imediatamente como na vida real. “Assim, visualizar uma publicação do cônjuge, sem tê-lo por perto para questionar e debater, pode permitir fantasiar a busca de uma compreensão que pode ser a errada e começam os sofrimentos”, fala Oswaldo. Esse mecanismo existe no mundo real e nas redes sociais, mas no mundo real existe mais controle e menos impulsividade!

Quais as dicas, em um mundo tão on-line e tecnológico, para que um casal não seja afetado pelo universo virtual, seja pelas redes sociais ou pelo tempo que passam conectados na tela e desconectados um do outro?
Um casal que pretende manter-se junto por mais tempo necessita de mecanismos para que isso ocorra. “Um casal precisa solucionar problemas, ter habilidades sociais e capacidades em comunicação assertiva e afirmativa. Tudo em prol do futuro juntos”, diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr.


Mas, e quando o casal não sabe administrar problemas, facilmente discutem e sentem-se mal com os debates sobre o relacionamento?
Carla fala que um casal como esse precisa de atenção profissional de psicoterapeutas que atendam casais para que desenvolvam estas habilidades. Não se tratam de conselhos nem de orientações. ”Estamos nos referindo a casais que têm estas dificuldades e não saem do lugar! As redes sociais podem ser mal usadas nestas horas, expondo um ou outro cônjuge de modo a produzir um futuro negativo. Com raivas e ciúmes, publicar informações verdadeiras ou falsas levará a expor e deixar compreensões erradas sobre o outro. Quem foi exposto também poderá reagir com emoções negativas e a briga virtual poderá continuar e lesar a ambos de modo irremediável”, explica.

Também devemos considerar que existam casais que vivem destes meios agressivos, um agredindo ao outro e depois da briga sentem o alívio e confundem isso com o amor e o prazer. Consideram-se adequados e acreditam que brigar e discutir não é um problema.

Outra questão sempre será o tempo usado na vida on-line. Muitos não compreendem que passar horas em comunicações ou jogos virtuais os retiram do contato real a dois. Estes têm mais problemas que os afastam e dificultam reencontrar um caminho diferente em prol de um futuro. Não basta um reclamar que o outro não tem participado da vida conjugal. Aquele que está envolvido com esta vida virtual é que precisa compreender se está desenvolvendo estas formas para evitar algo que não controla ou se não sabe como produzir um relacionamento de prazer a dois. Os prazeres que um casal sente juntos é o que manterá o casal. Evitar o contato pode conduzir a alívios e, se forem confundidos com prazer, o problema se estenderá em muito.


Como lidar com a tecnologia então?
Os psicólogos especialistas em terapia de casais falam que a vivência de uma variedade de comportamentos e formas de relacionamento e interação de um casal será muito útil num prazo longo. Casais nem sempre aprendem e desenvolvem novas e variadas formas para ampliar e manter o relacionamento a dois. Também podem  usar todos os meios tecnológicos para que o casal exista. As redes sociais e os novos mecanismos de comunicação podem ser muito úteis para que o casal se desenvolva e crie novos comportamentos que tragam mais bem-estar juntos. Mas, se existem problemas, eles precisam ser compreendidos, modificados e superados. Só assim o casal se manterá e viverá com qualidade.




  
Fontes:
Carla Zeglio e Oswaldo M. Rodrigues Jr  - psicólogos especialistas em sexualidade e terapia de casais do InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade) http://psicologia.inpasex.com.br/


Mundo tem um bilhão de pessoas sem acesso a eletricidade



O atual ritmo de avanços em três metas globais de energia - acesso à eletricidade, energia renovável e eficiência energética - não tem a rapidez necessária para que elas sejam atingidas em 2030, de acordo com o último relatório do Global Tracking Framework (GTF) divulgado hoje em Nova York pelo Banco Mundial e pela Agência Internacional de Energia.

O relatório traz dados impressionantes.  Por exemplo, o número de pessoas que usavam combustíveis sólidos tradicionais (como carvão) para cozinhar em 2014  era de 3,04 bilhões – algo em torno de 40% da população do planeta. No Afeganistão e na Nigéria, por exemplo, o acesso a uma cozinha sem fumaça tem caído cerca de um ponto percentual por ano. Em comparação, a Indonésia fez o maior progresso, aumentando o acesso a uma cozinha limpa em mais de oito pontos percentuais por ano. Vietnã e Sudão também conseguiram avançar.

Mais de um bilhão de pessoas não tinham acesso à eletricidade em 2014.  A preocupação é maior com os países populosos e de baixo acesso à eletricidade, como Angola e República Democrática do Congo, onde as taxas de eletrificação estão caindo. Alguns países de baixo acesso fizeram progressos rápidos, aumentando a eletrificação de dois a três pontos percentuais anualmente, incluindo Quênia, Malawi, Sudão, Uganda, Zâmbia e especialmente Ruanda. 
Outros, como o Afeganistão e o Camboja, estão progredindo rapidamente graças ao maior uso da energia solar fora da rede, destacando como as novas tecnologias podem impulsionar o progresso. Os países que estão reduzindo rapidamente a exclusão serão beneficiados por melhorias na educação, na saúde, no emprego e no crescimento econômico.

Em matéria de energias renováveis, o progresso global é modesto. Embora as novas tecnologias de geração de energia, como a eólica e solar, estejam crescendo rapidamente - representando um terço da expansão do consumo de energia renovável em 2013-2014 – este crescimento está se dando a partir de uma base muito pequena, apenas 4% do consumo de energia renovável em 2012. O desafio é aumentar a dependência das energias renováveis
​​nos setores de aquecimento e de transportes, que representam a maior parte do consumo global de energia.

O relatório mostra que o aumento de pessoas com acesso à eletricidade está mais lento.  Se essa tendência não for revertida, as projeções são de que em 2030 8% da população não terão energia elétrica.  Ou seja, o mundo não alcançará a meta de acesso universal à eletricidade.  Entre os eixos analisados, apenas a eficiência energética progrediu: a quantidade de energia economizada durante os anos de 2012 e 2014, período abordado no relatório, equivale ao necessário para abastecer o Brasil e o Paquistão combinados.

Para atingir os objetivos de Energia Sustentável para Todos, estima-se que o investimento em energia renovável deveria aumentar de duas a três vezes, enquanto o investimento em eficiência energética teria de aumentar em de 3 a 6 vezes.  Estimativas sugerem que um aumento geral de cinco vezes seria necessário para alcançar o acesso universal até 2030.

Embora a pesquisa tenha descoberto que a maioria dos países não está fazendo o suficiente, há exceções, com progressos encorajadores: Afeganistão, Camboja, Quênia, Malawi, Sudão, Uganda, Zâmbia e Ruanda. Estes países provam que é possível acelerar o progresso rumo ao acesso universal com políticas adequadas, investimentos robustos (públicos e privados) e tecnologias inovadoras.

"Se quisermos tornar em realidade o acesso a energia limpa, acessível e confiável, a ação deve ser conduzida por meio da liderança política. Esses novos dados são um alerta para que os líderes mundiais tomem medidas mais urgentes e focadas no acesso à energia, melhorando a eficiência e o uso das energias renováveis ​​para atingir nossos objetivos, alerta Rachel Kyte, CEO e Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Energia Sustentável para Todos. Embora estejamos fazendo alguns progressos - com a disponibilidade de muitas das tecnologias que precisamos e roteiros de políticas públicas cada vez mais claros – isso não é suficiente. Todos nós assumimos o compromisso de agir e cada dia de atraso torna mais doloroso e caro", completa.


Em sua terceira edição, o relatório mede o progresso de 2012 a 2014 em três metas globais de sustentabilidade: acesso universal à eletricidade e cozimento limpo, dobrando a taxa global de melhoria na eficiência energética e dobrando a participação das energias renováveis ​​no mix energético global até 2030. 

O relatório baseia-se em dados oficiais em nível nacional e fornece uma análise harmonizada em nível regional e mundial. A edição de 2013 mediu o progresso entre 1990 e 2010, enquanto o relatório de 2015 focalizou o progresso de 2010-2012. O Quadro Global de Monitoramento de Energia Sustentável para Todos é produzido conjuntamente pela Prática Global de Energia e Extrativos do Banco Mundial, (ESMAP) e a Agência Internacional de Energia, e conta com o apoio de outras 20 organizações e agências parceiras. O relatório da RISE (Indicadores Regulatórios para a Energia Sustentável), recentemente lançado, complementa as conclusões deste relatório, colocando a tónica na adoção de políticas e regulamentos que ajudam a estimular progressos mais rápidos e em maior quantidade.




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