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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Diabetes infantil: silenciosa, a doença na infância tem crescido em todo o mundo

Crédito: Stanias para Pixabay
 Endocrinologista do Vera Cruz Hospital esclarece as principais dúvidas

 

Casos de diabetes diagnosticados em pacientes pediátricos têm crescido em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 98 mil novos casos em crianças e adolescentes ao ano. Fato que exige atenção redobrada de pais e responsáveis, já que alguns sintomas podem passar despercebidos e/ou serem confundidos com outras doenças. Porém, as sequelas ao longo da vida podem ser graves e o diagnóstico precoce e início de cuidados podem evitar complicações. A médica endocrinologista infantil Adriana Aun, do Vera Cruz Hospital, em Campinas, esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.

 

1 – Quais sintomas podem dar indícios da doença na infância?

“Os sintomas do diabetes na infância são sutis e muitas vezes passam despercebidos pelos pais até que a doença se agrave e se torne necessário um atendimento médico de urgência”, diz a endocrinologista. Por isso a família precisa estar atenta aos seguintes sintomas:

  • perda de peso;
  • aumento do apetite;
  • aumento do volume de urina (muitas crianças voltam a fazer xixi na cama);
  • aumento da sede (passam a beber mais água)
  • indisposição;
  • turvação visual;
  • emagrecimento rápido;
  • falta de vontade para brincar;
  • irritabilidade e mudanças de humor;
  • dificuldade para compreender e aprender.

 

2 – Quais são os tipos de diabetes mais comuns entre crianças e adolescentes?

O diabetes mais comum da infância é o Diabetes Mellitus do Tipo 1 (DM1), que se origina da falta de produção de insulina pelas células do pâncreas (chamadas células beta). Porém, nas últimas décadas tem sido registrado um número crescente de pacientes pediátricos com o Diabetes Mellitus do Tipo 2 (DM2), estando associada à obesidade infantil.

 

3 – Qual é a diferença entre o diabetes Tipo 1 e Tipo 2?

A diferença entre um tipo e outro é a razão pela qual ocorre a deficiência na produção de insulina e o excesso de açúcar no sangue.

No caso do tipo 1, é decorrente de um processo autoimune, quando o corpo produz anticorpos contra as células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina. Envolve fatores genéticos.

Já no tipo 2, podemos dizer que também existe uma grande influência do fator genético somado ao sedentarismo e à obesidade. Este tipo de diabetes acomete 90% dos pacientes adultos.

 

4 - A partir de qual idade o diabetes pode se manifestar?

Pode surgir em qualquer idade, mas a maior incidência tem sido observada durante a fase da adolescência.

 

5 - Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por exame de sangue, com o objetivo de medir dosagem de açúcar (glicemia) presente no sangue. “É considerado diabetes se a glicemia for maior que 200mg/dL, avaliado num momento qualquer do dia. Quando dosada após um período de 8 horas de jejum, a glicemia maior que 126mg/dL pode ser indício de diabetes. Além da dosagem da glicemia, a avaliação da hemoglobina glicada (que seria o acompanhamento da dose de açúcar no sangue por um período de três meses) é uma ferramenta auxiliar no diagnóstico, que aponta para a presença de diabetes quando a média é maior que 6,5%”.

 

6 - Como é o tratamento do diabetes infantil? É diferente do tratamento em adultos?

Não há diferença entre o tratamento do diabetes infantil ou adulto. O que difere é o tratamento conforme o tipo de diabetes. “O tratamento do tipo 1, é feito com a reposição da insulina, um hormônio anabólico, que tem a função de regular a quantidade de açúcar presente no sangue. Este hormônio é produzido pelo pâncreas, mas no caso de quem tem a doença, o órgão produz abaixo do necessário e por isso é preciso repô-lo por meio de injeções subcutâneas”, explica. “O tratamento do tipo 2 é feito com medicamento oral (hipoglicemiantes) e mudanças de hábitos, como alimentação e atividades físicas, que promovam a perda de peso”, completa.

 

7 - O diabetes tem cura?

O diabetes é uma doença que não tem cura. “Muitos estudos têm sido desenvolvidos nas últimas décadas em busca da cura e alguns avanços já foram conquistados. Atualmente, no caso do tipo 1, existem grandes expectativas no campo das pesquisas com células-tronco”, diz a médica sobre as boas-novas. Também é válido salientar que no caso do tipo 2, com diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, principalmente o emagrecimento, é possível ter um ótimo controle da doença.

 

8 - Quais são as principais orientações para evitar o desenvolvimento do diabetes infantil e como os pais/responsáveis podem auxiliar?

Não há maneiras de prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 1 já que tem origem genética; mas há como evitar que o diabetes seja diagnosticado num contexto clínico grave, reconhecendo precocemente os sintomas. A maior mortalidade pelo tipo 1 se dá no atraso do diagnóstico e no uso inadequado de insulina. Já o diabetes tipo 2, visto nos adolescentes, pode sim ser evitado, com medidas de prevenção à obesidade, prática de atividade física e bons hábitos alimentares.

 

9 – Se o diabetes não for tratado, quais complicações pode gerar?

O diabetes causa aumento da glicemia, que se não tratado, pode trazer riscos, como:  

  • Cetoacidose - grave complicação metabólica que pode gerar internações;
  • Amputação de membros;
  • Retinopatia - danos aos olhos, que pode prejudicar a visão;
  • Complicações renais;
  • Coma.

 

10 – Como a família pode contribuir com o tratamento?

São diversas maneiras de ajudar para que essa criança tenha uma melhor qualidade de vida:

  • Oferecer apoio, mantendo a criança acolhida e motivada;
  • Estimular a prática regular de atividades físicas, ou seja, no mínimo 30 a 60 minutos por dia ou de acordo com a orientação médica;
  • Oferecer uma dieta rica em frutas, vegetais, legumes e alimentos com baixo teor de sal e gordura;
  • Diminuir, se possível cortar de vez, o consumo de alimentos enlatados, industrializados, fast food, doces e refrigerantes;
  • Em casos de adolescentes, aconselhá-las a não fumar;
  • Manter de forma regular o acompanhamento médico;
  • Estimular o uso correto das medicações prescritas;
  • Realizar os exames solicitados pelo médico para monitorar o controle da glicose e investigar possíveis lesões de órgãos. Alguns exames devem ser feitos todos os anos, como o exame oftalmológico e a hemoglobina glicada;
  • Controlar o peso;
  • Fazer o acompanhamento e tratamento adequado de outras condições que podem estar associadas ao diabetes, como hipertensão e colesterol elevado. 

“De modo geral, o diabetes impacta na vida de toda a família exigindo a mudança do estilo de vida não apenas do paciente, mas de todos. E isso é fundamental para o tratamento, qualidade de vida e prevenção de complicações em longo prazo”, conclui a médica.

  



Vera Cruz Hospital

Jovens também podem sofrer perda auditiva; especialista explica

Dados da OMS alertam que mais de 1 bilhão de jovens com idades entre 12 e 35 anos correm o risco de ter perda auditiva por exposição excessiva a altos ruídos

 

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a perda de audição gradual não é comum somente nos idosos. Um alerta feito este ano pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que mais de 1 bilhão de pessoas com idades entre 12 e 35 anos correm o risco de perder a audição por conta da exposição excessiva a ruídos altos. 

Equipamentos de som, que podem chegar a níveis de forte intensidade, são  prejudiciais quando utilizados por muito tempo e de maneira inadequada.  O uso frequente de fones de ouvido e ambientes muito barulhentos estão entre os fatores mais comuns para o desencadeamento de perda auditiva em jovens. 

No caso das crianças, outras causas da perda de audição chamam a atenção, como consequências de doenças (ex: meningite e caxumba) e infecções de ouvido.  

De acordo com o Grupo Microsom,  especializado em qualidade de vida, os pais e responsáveis por  pessoas com necessidades especiais como perda auditiva, zumbido no ouvido e apneia do sono,   devem se atentar a questões que podem levar a uma perda auditiva permanente. 

“Quando essas infecções, chamadas otites, acontecem diversas vezes em um curto período de tempo e o tratamento não é feito adequadamente, o quadro pode evoluir para um problema crônico ou até para uma perda de audição. Em fase de desenvolvimento, a criança pode ser muito prejudicada pelo tempo que passa com a audição rebaixada nos períodos de infecção. Ir às consultas médicas e realizar o tratamento de forma adequada é fundamental para minimizar os possíveis efeitos da otite.  É importante também que as crianças sejam vacinadas e evitem algumas doenças que provocam a perda auditiva “ explica Maria Branco, fonoaudióloga da Microsom

Existem ainda casos em que as crianças nascem com perda auditiva ou adquirem, por exemplo, um quadro pós-meningite bacteriana. Nessas situações, quando há necessidade do uso de aparelho auditivo, a detecção precoce permite um desenvolvimento melhor para a criança. 

A falta de avaliação auditiva também pode comprometer o desempenho e o desenvolvimento em casa e na escola. “Muitas crianças que têm perda auditiva leve, ou só em uma orelha, são tratadas muito tardiamente. Quando apresentam dificuldades, são tratadas como hiperativas ou distraídas, quando na verdade um exame de audição poderia detectar essa perda auditiva e muita coisa seria esclarecida com o diagnóstico e tratamento adequado”, reforça Maria. 

Os pais devem ficar atentos ao desenvolvimento da linguagem, escrita, e desempenho escolar em geral. E não esquecer: quando for buscar ajuda profissional, incluir fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas na avaliação. 


Avaliação da audição ao longo da vida

Existe uma perda auditiva causada pelo envelhecimento, chamada presbiacusia, mas, ao contrário da crença popular, não é só esse grupo que deve ser observado. O cuidado com a saúde auditiva deve ser recorrente, com exames e avaliações feitos periodicamente ao longo da vida. Por não se tratar de uma enfermidade urgente, muitas pessoas negligenciam essa área da saúde, o que pode causar danos irreversíveis a longo prazo. 

Maria explica que, no Brasil, é feito o teste da orelhinha quando a criança nasce, mas depois disso, dificilmente o indivíduo passa por outra avaliação na infância e juventude. E o mesmo ocorre na vida adulta, o que impede que possíveis perdas sejam detectadas e tratadas precocemente. 

“Há também outras causas da perda auditiva que podem acometer os mais jovens, desde questões hereditárias, ou até mesmo que adquirem em decorrência de outros problemas de saúde”, comenta Maria, pontuando que um check-up regular também é importante para avaliar outras possíveis causas.

 


Grupo Microsom


Pastilhas e sprays de garganta podem "mascarar" doenças graves; entenda!

Otorrinolaringologista do Hospital Paulista alerta sobre o uso inadequado de medicamentos de alívio sintomático e os riscos envolvidos 

 

Com as recentes mudanças climáticas, que trazem oscilações bruscas de temperatura e aumento da exposição ao ar-condicionado, muitas pessoas têm sofrido com incômodos na garganta. Esses sintomas podem variar desde um simples desconforto até sinais de condições mais graves, como infecções respiratórias.

Em busca de alívio, é comum que as pessoas recorram a sprays e pastilhas para a garganta, disponíveis nas farmácias. Embora esses produtos ofereçam um alívio rápido, surge a dúvida: eles são realmente seguros? Existe um limite para o uso?

Para esclarecer esses pontos, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Gilberto Ulson Pizarro compartilha importantes orientações sobre o uso responsável desses medicamentos e os cuidados que as pessoas devem tomar ao usá-los.


Uso consciente de sprays e pastilhas

De acordo com o Dr. Pizarro, tanto pastilhas como sprays para garganta têm como objetivo principal aliviar temporariamente os sintomas da dor ou desconforto. Contudo, é essencial entender que esses produtos não devem ser considerados soluções definitivas. Cuidados essenciais ao utilizá-los incluem:

  • Leitura das instruções. Antes de usar qualquer medicamento, o primeiro passo é sempre verificar as informações na bula. Saber a dose recomendada, as contraindicações e os efeitos colaterais ajudam a garantir um uso seguro.
  • Evitar o uso contínuo. O especialista alerta para o perigo do uso excessivo e prolongado desses produtos. Embora possam aliviar os sintomas momentaneamente, o uso recorrente pode ocultar sinais de uma doença mais séria. "Se a dor de garganta persiste por mais de dois ou três dias, é crucial procurar orientação médica, pois isso pode indicar algo mais grave que precisa de tratamento especializado", explica Dr. Pizarro.
  • Atenção às contraindicações. Algumas pessoas podem ser alérgicas a substâncias presentes em certos medicamentos. Por isso, é importante estar atento às contraindicações, especialmente se houver histórico de reações alérgicas. "Em caso de dúvidas, é sempre aconselhável consultar um médico", orienta o otorrinolaringologista.


A importância de um diagnóstico médico

Embora pastilhas e sprays possam aliviar temporariamente o desconforto, Dr. Pizarro destaca a importância de buscar um diagnóstico médico. "A automedicação pode esconder problemas maiores, como infecções bacterianas ou virais, que exigem tratamentos específicos", afirma.

A dor de garganta, quando persistente, deve ser avaliada por um profissional de saúde, que pode identificar a causa e indicar o tratamento adequado. "Cada caso é único, e o tratamento precisa ser personalizado", conclui o otorrinolaringologista.

Portanto, ao lidar com sintomas de dor de garganta, especialmente quando são recorrentes ou prolongados, a melhor prática é sempre buscar a orientação de um especialista para garantir que a recuperação seja segura e eficiente.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia



Dor aguda nos dentes: especialista explica causas e como aliviar os sintomas

Pixabay
Mercado oferece opções de produtos que ajudam a diminuir sensação de incômodo e promovem bem-estar ao paciente

 

A hipersensibilidade dentinária é uma condição que causa dor aguda e repentina nos dentes, geralmente desencadeada pelo consumo de alimentos e bebidas quentes, frias, doces ou ácidas, como algumas frutas, vinagre e refrigerantes e até mesmo pela simples escovação ou contato com o ar frio. No Brasil, 27% das pessoas sofrem com esses sintomas, de acordo com dados do estudo Global Oral Care Indications Toluna, de 2022.

Essa situação pode ser ainda mais grave entre pessoas que já apresentam problemas de retrações gengivais e/ou têm dentes desgastados. Natállia Moura, dentista e Gerente Nacional de Detailing da Colgate-Palmolive explica que, "para algumas pessoas, tomar sorvete ou café pode ser um pesadelo. Os pacientes costumam descrever a dor como uma sensação de choque elétrico, que é rápida, mas extremamente desconfortável e isso pode acontecer em momentos de lazer, relaxamento, em que o paciente até deixa de consumir algo para evitar a dor”. 

A profissional explica que isso acontece quando a dentina, a camada interna do dente que fica logo abaixo do esmalte, é exposta. Diversos fatores podem gerar essa exposição, alguns deles são: a retração gengival, desgaste do esmalte ou a abrasão causada por escovação inadequada. 

Entre as ações para aliviar os sintomas, a primeira dica é procurar um dentista para que o mesmo possa examinar e diagnosticar a natureza da causa da dor, recomenda Natállia Moura. Em seguida, é necessário ter uma rotina de higiene bucal adequada. “É fundamental que o paciente utilize uma escova de dentes com cerdas macias e creme dental específico para dentes sensíveis e essa é uma solução simples, já que é possível levar na bolsa, na mala, onde quer que a pessoa vá. Também é importante escolher produtos que contenham ingredientes como zinco e arginina, que aliviam mais rápido essa hipersensibilidade nos dentes. Essas substâncias auxiliam no bloqueio dos túbulos dentinários, o que reduz o desconforto e promove bem-estar.”

Ainda segundo a dentista, evitar o uso de cremes dentais abrasivos e fazer uma escovação suave para que o desgaste do esmalte não seja agravado é essencial. “A pessoa que sofre com a hipersensibilidade nos dentes pode usar diariamente cremes dentais que previnam a dor de tomar um drink gelado, um suco com frutas cítricas ou até mesmo quando está planejando viajar para lugares frios. Atualmente, há diversas tecnologias no mercado que atendem às necessidades destes pacientes. E, em caso de dúvida, devem buscar orientação profissional. Ignorar os sintomas pode levar ao agravamento do problema e à necessidade de tratamentos mais invasivos”, reforça Natállia Moura.

 

Tecnologia e inovação contra a hipersensibilidade nos dentes 

O creme dental Colgate Sensitive Pro Alívio, tem uma poderosa tecnologia com arginina que que proporciona o alívio da sensibilidade duas vezes mais rápido - se comparado com cremes dentais de nitrato de potássio . “O uso contínuo é essencial e faz toda a diferença para os resultados. Uma dica é aplicar o creme dental diretamente onde incomoda, massageando por um minuto. Usar produtos recomendados e com eficácia comprovada deve fazer parte da rotina de cuidados de quem tem sensibilidade nos dentes e pode aliviar os desconfortos no dia a dia”, afirma a especialista.
  


Colgate-Palmolive
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Verão chegando: como fica a suplementação da vitamina D?

Academia Americana de Endocrinologia atualizou recomendações e fez alterações importantes para evitar excessos

 

Confira o que muda e como fazer uso correto para obter

todos os benefícios para a sua saúde

 

A suplementação da vitamina D virou rotina para muita gente e tem sido recomendada há muitos anos, para diferentes faixas etárias. O hábito iniciado em países com inversos rigorosos, pouco a pouco atingiu também lugares mais quentes, chegando a países tropicais, como o Brasil. Em muitos casos as medidas são importantes, especialmente considerando os hábitos de vida atuais, com cada vez menos espaço para atividades ao ar livre e pouquíssima exposição ao sol. 

No entanto, a chegada do verão sempre muda esta dinâmica e as viagens de fim de ano, férias na praia, os churrascos de final de semana ou o futebol com os amigos podem melhorar este cenário. Afinal, quais os riscos do excesso de vitamina D e por que é tão importante fazer uso correto da suplementação?

 

Vitamina D: pra que serve? 

De acordo com o Dr. Daniel Lerario, clínico geral e endocrinologista, mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina, a principal função da vitamina D no organismo é regular os níveis de cálcio e fósforo no sangue, que são essenciais para a saúde óssea. “Esta vitamina também tem efeitos relevantes em funções musculares e imunológicas, prevenindo doenças.” 

Especialmente no caso de pessoas com enfermidades crônicas, como osteoporose ou câncer, alguns grupos de pacientes devem receber suplementação de vitamina D mesmo sem a necessidade da dosagem, pois os benefícios de manter os níveis desta vitamina superam inclusive uma eventual superdosagem. Esta é uma das novidades da recente atualização das diretrizes lançadas pela Academia Americana de Endocrinologia. A recomendação de suplementar sem precisar dosar os níveis da vitamina no sangue não cabe para qualquer pessoa, mas apenas a alguns grupos específicos de pacientes. 

Estão incluídos neste grupo, além dos já citados, crianças e adolescentes com até 18 anos e risco aumentado para raquitismo e, consequentemente, mais chances de desenvolver infecções respiratórias agudas; idosos com mais de 75 anos, pelo maior risco de mortalidade; gestantes, para proteção contra pré-eclâmpsia, parto prematuro e baixo peso ao nascer; e portadores de pré-diabetes, pois o nutriente diminui a probabilidade de evolução para diabetes nesse grupo específico.  

De acordo com o novo consenso americano, cerca de 600 unidades diárias são suficientes para a população em geral e 800 unidades para aqueles que precisam de doses reforçadas. Entretanto, em mesmo para estas pessoas, em caso de necessidade de uso prolongado, ou caso residam em locais com clima tropical, como o Brasil, é importante atenção ou a orientação individualizada. 

O excesso da vitamina D pode desencadear elevação de cálcio no sangue, náusea, vômito, fraqueza, anorexia, desidratação e até insuficiência renal. Em casos extremos, podem ocorrer alterações neuropsiquiátricas, como confusão, pancreatite e bradiarritmia, que é a arritmia caracterizada por batimentos cardíacos lentos. 

Por este motivo, a orientação médica é sempre importante para que o paciente seja avaliado e a correta dose e modo de ingestão da vitamina sejam indicados. 

 

Como obter vitamina D?

Além da suplementação, é possível obter a vitamina D2 (ergocalciferol) na alimentação, orienta o Dr. Daniel.

“Por meio do consumo de peixes e frutos do mar, ovo, leite e derivados, vegetais e cogumelos, além de suplementos”. 

O nosso organismo também produz a vitamina D, sob a forma de vitamina D3 (colecalciferol), mas para que isso aconteça, é preciso que haja exposição da pele à luz solar, mais especificamente aos raios ultravioletas B (UVB) do sol, explica o especialista.  

“Bastam 15 minutos, de 2 a 3 vezes por semana, no caso de pessoas de peles claras, ou de 30 minutos a 1 hora, no caso de pessoas de peles mais escuras, sem o uso de protetor solar em ao menos alguma região do corpo, como por exemplo nos braços ou pernas. É importante, no entanto, que as regiões mais sensíveis, como o rosto, estejam sempre protegidas”. 


Fim de ano: quais são as vacinas exigidas para viajar?

Foto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe

Com o turismo em alta no Natal e Ano-Novo, o Hospital Pequeno Príncipe reforça o cuidado com a saúde de toda a família

 

As buscas por passagens aéreas para o Natal de 2024 já registram um aumento de 38% em relação ao ano passado, e para o Ano-Novo o crescimento é de 32%, segundo dados da Decolar. Com o turismo em alta, é indispensável que os viajantes considerem não apenas o planejamento do roteiro, mas também o cuidado com a saúde de toda a família. Por isso, o Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, alerta sobre a importância de verificar as vacinas para viajar a destinos nacionais e internacionais. Afinal, isso é essencial para prevenir doenças infecciosas durante as férias. 

A vacinação é uma importante iniciativa de proteção, principalmente para ir a destinos com climas e condições sanitárias diferentes. “Em alguns países, vacinas específicas são exigidas na entrada para proteger tanto o viajante quanto os habitantes locais, como é o caso da febre amarela. Em outros casos, doenças endêmicas – sarampo, hepatite A, meningites, influenza – exigem atenção extra”, salienta a pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
 

Vacina e viagem: como organizar-se?

  • Identificar as vacinas necessárias para o destino escolhido

Países têm requisitos específicos. Por isso, é recomendável consultar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou da Organização Mundial da Saúde (OMS) para verificar as exigências do destino.


  • Consultar um profissional da saúde com antecedência

Alguns imunizantes precisam de tempo para oferecer proteção completa. Portanto, o ideal é iniciar o planejamento vacinal de quatro a oito semanas antes da viagem. Em consultas de pré-viagem, o médico avaliará o histórico de vacinação e o destino, indicando as vacinas e o momento certo para aplicação de acordo com cada faixa etária.


  • Manter as vacinas de rotina em dia

A carteira de vacinação deve ser atualizada conforme orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) também recomendam doses complementares disponíveis na rede pública ou algumas vezes apenas na rede particular.
 

Importante!

Manter o calendário de vacinação em dia é uma recomendação básica para crianças, adultos, idosos e gestantes. Isso inclui vacinas como a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), gripe, hepatite B, difteria, tétano e coqueluche, já que a exposição a essas doenças pode ocorrer em locais com diferentes índices de imunização, além de outras vacinas que também são importantes, conforme o destino da viagem.
 

Quais são as vacinas exigidas para viajar?


  • Febre amarela

Em alguns países, é obrigatória a comprovação da vacina de febre amarela por meio da apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) 2005. A dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem.


  • COVID-19

O comprovante de imunização não é mais obrigatório em diversos países. No entanto, a vacina contra a COVID-19 deve estar em dia para retornar ao Brasil. Em países como Dubai, Panamá, Peru, Tailândia, Uruguai, Chile e Colômbia, o comprovante de vacinação ou teste negativo é solicitado. No Japão, é necessário ter as três doses ou teste negativo. Já em Cuba e Estados Unidos, é obrigatório estar imunizado.


  • Sarampo e rubéola

Muitas regiões apresentam ainda surtos esporádicos de sarampo e a rubéola. Devido à alta transmissibilidade do sarampo, deve ser verificado se o esquema de vacinação está completo antes de viagens nacionais e internacionais. O ideal é atualizar as vacinas o mais brevemente, se possível 10 a 15 dias antes da viagem.


  • Hepatite A

Recomendada em regiões com saneamento precário, pois protege contra a transmissão da hepatite A principalmente por alimentos e água contaminada.


  • Poliomielite

Por riscos de importação, deve ser verificada a vacinação para viagens a países endêmicos, com risco ou surtos da poliomielite. O imunizante precisa ser administrado pelo menos quatro semanas antes da viagem.


  • Difteria, tétano e coqueluche

Por serem doenças graves e transmissíveis, especialmente a coqueluche, com grande aumento de casos em 2024, e atingirem pessoas em diferentes faixas etárias e em qualquer região, a imunização é essencial para prevenção.


  • Meningite

Doença grave e de evolução rápida. Por isso, a imunização contra a meningite é recomendada principalmente para crianças, adolescentes e viajantes para destinos com maiores incidências.

 


Pequeno Príncipe
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Aumento na procura por cirurgias no fim de ano exige atenção para evitar atrasos na autorização

Alta demanda sobrecarrega planos de saúde e pode prejudicar pacientes com procedimentos já agendados 

 

O fim do ano se aproxima e com ele surge uma corrida aos hospitais e clínicas para a realização de cirurgias, muitas vezes, proteladas ao longo do ano. Este movimento, que se repete anualmente em dezembro, tem gerado preocupação entre profissionais do setor devido ao alto volume de pedidos e possíveis atrasos nas autorizações dos procedimentos. O fenômeno tem afetado tanto hospitais particulares quanto o fluxo de atendimento em operadoras de saúde.

De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados em seu relatório anual de 2023, houve um aumento de 40% nas solicitações de cirurgias eletivas em dezembro, quando comparado à média mensal do mesmo ano. O estudo ainda aponta que cerca de 30% dos procedimentos sofrem atrasos na autorização devido à alta demanda concentrada neste período. Os números também revelam que as especialidades mais procuradas são ortopedia, oftalmologia e cirurgia plástica.

O especialista em autorizações cirúrgicas, Rodolfo Damasceno, analisa este cenário com preocupação e destaca um aspecto pouco observado. “A maioria das pessoas agenda cirurgias em dezembro pensando nas férias e no período de recuperação, mas não considera que as operadoras de saúde também sofrem com o deficit de funcionários nesta época. Muitos colaboradores das áreas de análise e autorização entram em férias, causando uma sobrecarga natural no sistema de aprovações”, explica.

Para evitar transtornos, a recomendação é iniciar o processo de autorização com pelo menos 30 dias de antecedência. O planejamento antecipado permite resolver eventuais pendências documentais e garante tempo hábil para recursos em caso de negativas. É importante reunir todos os exames necessários e laudos médicos atualizados antes de dar entrada no pedido de autorização. Além disso, os pacientes devem verificar se seus exames pré-operatórios estão dentro do prazo de validade exigido pelo hospital e pela operadora de saúde. Do contrário, isso pode levar o processo de volta à estaca zero.

Os hospitais também têm se adaptado a esta demanda sazonal. Muitas instituições aumentam suas equipes administrativas e criam fluxos especiais para dar conta do volume de solicitações. Mesmo assim, o processo pode sofrer atrasos devido à necessidade de análise individual de cada caso. A documentação incompleta é apontada como principal causa de demora nas autorizações, seguida pela falta de justificativa médica adequada para o procedimento.

Damasceno reforça a importância do planejamento adequado e compartilha sua experiência no setor. “As pessoas precisam entender que o processo de autorização é complexo e envolve várias etapas. Temos casos em que o paciente marca a cirurgia para a primeira semana de dezembro e só inicia o processo de autorização em novembro. Quando surgem pendências ou é necessário apresentar mais documentos, o tempo fica muito apertado e pode comprometer a realização do procedimento na data prevista”, pontua.

Cabe aos médicos e hospitais ajudarem os pacientes a ajustarem sua expectativa para a celeridade do processo e tranquilizá-los sobre os prazos. Afinal, uma cirurgia não pode ser meramente uma meta de fim de ano, e sim um passo dado com consciência. “Por isso, sempre oriento meus pacientes a começarem a organizar a documentação já em outubro, quando planejam uma cirurgia para dezembro. O segredo é manter uma comunicação próxima com o médico, reunir todos os documentos necessários e acompanhar cada etapa do processo junto à operadora de saúde para evitar ter de remarcar o procedimento”, ressalta o especialista.

  

Rodolfo Damasceno - Empreendedor com uma década de atuação na área de saúde, Rodolfo possui ampla expertise em estratégias de autorizações cirúrgicas junto às operadoras de saúde. Destaca-se por sua significativa contribuição, destravando mais de 10 mil processos cirúrgicos em um período de 10 anos e auxiliando médicos cirurgiões em diversas especializações. Além de ser o criador do Método RD3x, um impulsionador para a qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões que pode triplicar o número de cirurgias autorizadas, o especialista também criou o Método RD+, um processo de consultoria que auxilia diretamente os pacientes que buscam a realização de determinados procedimentos cirúrgicos.
Para mais informações, acesse o site ou pelo Instagram.


Terapias complementares podem ser utilizadas no tratamento da fibromialgia; entenda como

Especialista da Unimed Araxá explica as abordagens mais recomendadas e seus benefícios

 

 

A fibromialgia é uma condição complexa e desafiadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo o médico reumatologista da Unimed Araxá, Carlos Eugênio Parolini, a doença é caracterizada por dores crônicas generalizadas, fadiga, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas (concentração, raciocínio, controle dos pensamentos, aprendizagem, etc.). “Embora o tratamento convencional com medicamentos e fisioterapia desempenhe um papel importante no manejo da doença, muitas pessoas também buscam terapias complementares para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, ressalta.

 

Especialista em tratamentos de fibromialgia, o médico destaca que uma das abordagens mais recomendadas é a prática de exercícios regulares. “Eles podem incluir alongamentos (pilates), atividade aeróbica de baixo impacto como a caminhada, natação e hidroginástica. O treinamento de força também é benéfico para fortalecer os músculos e diminuir a sensação de fadiga”, indica.

 

A alimentação saudável também desempenha um papel importante. “O uso de dieta anti-inflamatória (restrição de açúcares, farinha refinada) e rica em frutas, vegetais, grãos integrais, além de ácidos graxos e ômega 3 (linhaça, sardinha, salmão, etc.) podem também beneficiar o tratamento. A dieta pode ser acompanhada do uso de suplementos como o magnésio (dimalato) e melatonina. Fora isso, temos as atividades físicas integrativas (mente e corpo) associadas à meditação, respiração e autocontrole: yoga, tai chi e lian gong”, destaca.

 

Técnicas corporais


1) Acupuntura: sistêmica (agulhas em vários pontos distribuídos no corpo), auriculoterapia (agulhas na orelha), acupuntura com laser (sem agulhas, indolor), eletroestimulação com agulhas.

2) Massoterapia: alívio da tensão muscular

3) Osteopatia: liberação das fáscias e músculos

4) Hidroterapia: terapia da água aquecida, assistida por fisioterapeuta para liberar as tensões musculares

5) TDCS: estimulação elétrica transcraniana, para diminuir a dor

6) EMT: estimulação magnética transcraniana para diminuir a dor.

7) Reiki: foco no campo energético

8) Terapia crânio-sacral: equilíbrio do sistema nervoso e das tensões.

 


Atividades e terapias cognitivo-comportamental:


1) Meditação: alívio da dor, controle do estresse, autoconhecimento

2) Psicoterapia cognitivo-comportamental – realizada por psicólogo – reestruturação dos pensamentos

3) Arteterapia: melhora da expressão emocional

4) Musicoterapia: melhora da expressão emocional

5) Participação em grupos de apoio com equipe multidisciplinar.

 


Importante


A educação do paciente no sentido de saber o que é a fibromialgia, que tem tratamento, que não leva à invalidez e a importância do conhecimento sobre o autocuidado com sua mente e seu corpo são pontos essenciais no manejo da fibromialgia. Por isto, torna-se imprescindível o tratamento do paciente com fibromialgia por equipes interdisciplinares (médico reumatologista, psicólogo, terapeutas, educadores físicos e nutricionista). O reumatologista é o especialista responsável para tratar o paciente com fibromialgia e direcioná-lo para quais terapias melhor o atendem naquele momento, em uma decisão compartilhada”, finaliza Dr. Carlos.



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