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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Massagem: o alívio necessário para as tensões pós-festas de fim de ano

Como o suposto descanso das férias pode as vezes ser mais danoso para o corpo que nossa rotina 

 

Depois de noites agitadas, risadas compartilhadas e mesas fartas, o corpo começa a pedir socorro. As festas de fim de ano, embora cheias de alegria, também deixam um legado de cansaço: músculos tensos, mente sobrecarregada e aquela sensação de "preciso de férias das férias". É nesse cenário que a massagem surge como a solução perfeita, transformando o peso acumulado em leveza e renovação.

Com o toque certo, é possível não apenas relaxar, mas também recarregar as energias para encarar o novo ano com disposição e equilíbrio. Fernando Fappi, massoterapeuta com vasta experiência, explica: "As massagens não são apenas um momento de relaxamento, mas uma forma de realinhar o corpo e a mente, aliviando tensões e preparando você para o que vem pela frente".


Massagens recomendadas para o pós-festas

1. Massagem relaxante: Ideal para quem sente o peso de noites mal dormidas ou tensões nas costas e ombros, comuns após a correria das festas. Com movimentos suaves e contínuos, essa técnica reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e promove uma sensação imediata de tranquilidade.

2. Drenagem linfática: Após os excessos alimentares, o corpo pode apresentar retenção de líquidos e inchaços. A drenagem linfática ajuda a eliminar toxinas e melhorar o funcionamento do sistema linfático, proporcionando uma sensação de leveza e bem-estar.

3. Massagem com pedras quentes: Indicada para relaxar profundamente, essa técnica utiliza pedras aquecidas para aliviar tensões musculares e ativar a circulação. "É uma excelente opção para quem precisa de um momento de pausa e renovação", sugere Fernando.


Benefícios além do relaxamento

As massagens vão além do alívio imediato. Elas auxiliam na melhoria da concentração, na regularização do sono e até mesmo na redução de sintomas de ansiedade. “Após um período intenso como as festas de fim de ano, é comum que as pessoas sintam dificuldade para voltar à rotina. A massagem ajuda a harmonizar corpo e mente, facilitando esse retorno", explica Fernando.

Além disso, as massagens contribuem para a prevenção de problemas físicos, como dores crônicas e lesões por esforço repetitivo. "É importante não esperar até sentir dor para buscar ajuda. A massagem regular pode ser uma forma preventiva de cuidar do corpo", alerta o massoterapeuta.


Um convite ao autocuidado

Se o começo do ano traz a promessa de novos hábitos e mais atenção à saúde, incluir a massagem na rotina pode ser um passo essencial. Como Fernando enfatiza, "a massagem é um momento para desconectar do mundo externo e focar no que o corpo realmente precisa".

Com técnicas personalizadas e um ambiente acolhedor, Fernando Fappi oferece sessões que atendem às necessidades específicas de cada cliente. O objetivo? Fazer de cada massagem uma experiência única, que vai além do toque e transforma o bem-estar.




Fernando Fappi - Massoterapeuta
@fappifernando
ffappi@hotmail.com
Frei Henrique de Coimbra, 1272 – Hauer, Curitiba/PR.
Capitão Souza Franco, 848, Champangnat, Curitiba/PR.
Voluntários da Pátria, 537, sala 2, São José dos Pinhais/PR.



Troca de óleo: 5 cuidados essenciais para a manutenção do carro antes de sair de férias

 Lwart Soluções Ambientais

Com a chegada do fim de ano, cresce o trânsito nas cidades e o movimento nas estradas. Para evitar problemas no caminho, a atenção à troca e manutenção do óleo lubrificante é fundamental. O óleo lubrificante é a peça-chave para garantir o bom funcionamento do motor, mas exige cuidados específicos que muitas vezes passam despercebidos pelos motoristas.

Confira 5 dicas essenciais:

  1. Verifique o nível do óleo antes de pegar a estrada

Antes de sair, cheque o nível do óleo com o motor frio e em uma superfície plana. O ideal é que esteja entre as marcas de mínimo e máximo indicadas na vareta. Caso esteja baixo, o complemento deve ser feito com o mesmo tipo de óleo recomendado pelo fabricante.

  1. Troque o óleo no tempo ou quilometragem indicados

O uso prolongado do óleo além do prazo recomendado compromete a lubrificação e pode causar o desgaste prematuro das peças do motor. Respeitar os prazos é essencial e ajuda a evitar danos graves.

  1. Utilize o óleo adequado ao seu motor

A escolha do óleo deve seguir as especificações do fabricante, considerando a viscosidade e o tipo: mineral, sintético ou semissintético. Usar um produto incompatível pode prejudicar o desempenho do motor e aumentar o consumo de combustível.

  1. Troque o filtro de óleo junto com o lubrificante

O filtro de óleo retém as impurezas que circulam pelo motor. Por isso, trocar o filtro junto com o óleo é indispensável para garantir a eficiência da lubrificação e evitar que partículas contaminem o motor.

  1. Fique atento a vazamentos e consumo excessivo

Manchas de óleo no chão da garagem ou um consumo acima do normal podem indicar vazamentos ou problemas mecânicos. Antes de viajar, é importante fazer uma inspeção em oficinas especializadas.

E o que acontece com o óleo lubrificante usado?

Poucos motoristas sabem, mas o Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) é um resíduo altamente poluente:  1 litro pode contaminar 1 milhão de litros de água. No Brasil, a legislação determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado ao rerrefino, processo industrial que transforma o resíduo em óleo básico, matéria-prima para a produção de novos lubrificantes.

E é aqui que entra a Lwart Soluções Ambientais, referência nacional em logística reversa e que realiza a coleta e o rerrefino de maneira sustentável, garantindo que o OLUC não cause danos ao meio ambiente.

“Os geradores de óleo lubrificante usado e contaminado, como oficinas, concessionárias e outros, têm uma responsabilidade fundamental: destinar esse resíduo de forma correta. Essa atitude não é apenas uma obrigação legal, mas um compromisso com a preservação ambiental e com as futuras gerações. Inclusive, perguntar para onde vai o OLUC após a troca é uma atitude simples que ajuda a evitar a contaminação de milhões de litros de água e contribui para um ciclo sustentável", afirma Rodrigo Maia, Diretor de Coleta e Logística na Lwart Soluções Ambientais.

Com atitudes preventivas e conscientes, o cuidado com o carro pode ir além da manutenção, garantindo também a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.

 

Lwart Soluções Ambientais
www.lwart.com.br


Como ficam as mudanças na aposentadoria em 2025

Portal Gov.br

Modificações nas regras de transição na aposentadoria por tempo de contribuição, previstas pela reforma da Previdência para aplicação na virada de 2025, são algumas das principais alterações já em vigor 


Quem está prestes a se aposentar precisa ficar atento. Promulgada em 2019, a reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano. A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Confira abaixo as mudanças que começam a vigorar neste ano.


APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

A reforma estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2024 para 2025. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro para 92 pontos (mulheres) e 102 pontos (homens).

Os servidores públicos estão submetidos à mesma regra de pontuação, com a diferença de que é necessário ter 62 anos de idade e 35 anos de contribuição (homens), e 57 anos de idade e 30 anos (mulheres), respectivamente. Para ambos os sexos, é necessário ter 20 anos no serviço público e cinco anos no cargo.

Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, o benefício agora deverá ser requerido a partir de 59 anos (mulheres) e 64 anos (homens). A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres, e 35 anos para homens.


PROFESSORES 

Em relação aos professores, que obedecem a uma regra de transição com base no tempo de contribuição na função de magistério combinada com a idade mínima, as mulheres passam a se aposentar aos 54 anos, e os homens, aos 59 anos. A idade é acrescida seis meses a cada ano até atingir o limite de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens, em 2031.

O tempo de contribuição mínimo para obter a aposentadoria como professor corresponde a 25 anos para as mulheres, e a 30 anos para os homens. A regra vale para os professores da iniciativa privada, das instituições federais de ensino e de pequenos municípios. Os professores estaduais e de grandes municípios obedecem às regras dos regimes próprios de previdência.


APOSENTADORIA POR IDADE

Desde 2023, está plenamente em vigor a regra para a aposentadoria por idade, destinada a trabalhadores de baixa renda que contribuíram pouco para a Previdência Social e se aposentariam por idade na regra antiga.

Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para as mulheres, a idade de transição está em 62 anos desde 2023. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido para se aposentar por idade está em 15 anos.

Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima para as mulheres estava em 60 anos, passando a aumentar seis meses por ano nos quatro anos seguintes. Subiu para 60 anos e meio em janeiro de 2020, para 61 anos em janeiro de 2021, 61 anos e meio em 2022 e 62 anos no ano passado.


REGRAS QUE NÃO MUDARÃO

Por já ter sido cumprida, a regra do pedágio de 100% sobre o tempo de contribuição não mudará no setor privado. Quem tem mais de 60 anos de idade e 35 anos de contribuição (homens) ou 57 anos de idade e 30 anos de contribuição (mulheres) pode se aposentar. A regra estabelecia que o segurado tinha de cumprir o dobro do período que faltava para se aposentar na promulgação da reforma, em 2019.

No serviço público, alguns terão de esperar mais um pouco, porque, além do pedágio, é necessário ter 20 anos de serviço público e cinco anos no cargo. Em tese, quem começou a contribuir para a Previdência muito jovem e entrou no serviço público há pelo menos 20 anos ainda tem possibilidade de ser beneficiado pela regra em 2025.

A reforma tinha outra regra de pedágio, desta vez para o setor privado. Quem estava a até dois anos da aposentadoria em 2019 tinha de cumprir 50% a mais em relação ao tempo que faltava para se aposentar. No entanto, essa regra de transição foi integralmente cumprida e não beneficiará mais ninguém em 2024.

No cenário mais abrangente, quem trabalharia por mais dois anos em 2019 teve de trabalhar um ano extra, totalizando três anos. No fim de 2022, todos os que estavam enquadrados na regra do pedágio de 50% já se aposentaram.


SIMULAÇÕES 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) permite simulações da aposentadoria no computador e no celular.

No computador: 

• Entre no site meu.inss.gov.br e digite seu CPF e senha. Caso não tenha senha, cadastre uma;

• Vá em "Serviços" e clique em "Simular Aposentadoria"

• Confira as informações que aparecerão na tela. O site vai mostrar sua idade, sexo e tempo de contribuição, além de quanto tempo falta para aposentadoria, segundo cada uma das regras em vigor

No celular:

• Baixe o aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS)

• Se necessário, clique no botão "Entrar com gov.br" e digite seu CPF e senha. Caso não tenha senha, cadastre uma

• Abra o menu lateral (na parte superior esquerda) e clique em "Simular Aposentadoria"

• Cheque as informações que aparecerão na tela. O site vai mostrar sua idade, sexo e tempo de contribuição, além de quanto tempo falta para a aposentadoria, conforme as regras em vigor

• Caso precise corrigir algum dado pessoal basta clicar no ícone de lápis (à direita)

O segurado pode salvar o documento com todos os dados das simulações. Basta clicar em "Baixar PDF". 

 



Agência Brasil

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/como-ficam-as-mudancas-na-aposentadoria-em-2025

 

Ansiedade, corrupção e meio ambiente: o retrato das preocupações dos jovens brasileiros

Pesquisa revela o que mais preocupa os jovens de 18 a 27 anos. Entre as aspirações, vontade de empreender supera o interesse em emprego com carteira assinada.


Uma pesquisa ampla realizada pelo Centro de Estudos SoU_Ciência em parceria com o Instituto IDEIA trouxe à tona os desafios e as aspirações dos jovens brasileiros entre 18 e 27 anos. Em setembro foram ouvidos 1.034 jovens, revelando um panorama que contempla temas relacionados a aspectos da vida pessoal, estudantil e profissional dos jovens, suas perspectivas de futuro, posições ideológicas e percepções sobre o país. 

Os principais destaques do levantamento foram divulgados nesta sexta-feira, 20/12. 

Na avaliação de Pedro Arantes, professor da Unifesp e pesquisador do SoU_Ciência, a pesquisa coordenada por ele revela dados “que devem ser interpretados como alertas à sociedade e aos poderes públicos”, afirma. “Nossas autoridades e gestores públicos e privados não podem ignorar, por exemplo, que o fato de quase 40% de nossos jovens apontarem a ansiedade e a depressão como seu principal problema, configura uma questão de saúde pública”.
 

Saúde mental no topo das preocupações – Ansiedade e depressão foram apontadas como os maiores desafios pessoais por 38% dos entrevistados. O dado representa um aumento em relação a 2021, quando o tema ocupava o terceiro lugar com 32%. Mulheres mencionaram essas questões com maior frequência do que homens (43% contra 32%). Entre os universitários, 51% indicaram ansiedade e depressão como principais problemas, em comparação a 32% entre aqueles que não frequentam o ensino superior. 

Outros problemas relacionados à saúde mental também foram destacados. O vício em celular e redes sociais teve um aumento de 41% entre 2021 e 2024, sendo mais citado por mulheres (27%) e jovens de classe AB (27%). O consumo de drogas foi mencionado por 22%, com destaque entre jovens de classe C (30%) e aqueles com ensino superior completo (34%).
 

Corrupção: o maior problema do país – A corrupção foi mencionada por 34% dos jovens como o principal problema do Brasil. Esse percentual representa um aumento em relação aos 26% registrados em 2021. A preocupação com o tema foi mais comum entre homens (40%) e jovens da classe AB (37%). Entre os jovens de direita ou centro-direita, 52% consideraram a corrupção como o maior desafio nacional. Já entre aqueles que se identificam como de centro, o índice foi de apenas 21%. 

A violência e a falta de segurança foram o segundo maior problema apontado, com 30% das respostas, uma queda em relação aos 35% registrados em 2021. Mulheres (33%) e jovens da classe DE (30%) destacaram essa questão com maior frequência. O Nordeste foi a região onde o tema apresentou maior relevância, sendo citado por 33% dos jovens. 

Por outro lado, fome e pobreza, que eram a principal preocupação em 2021 com 66%, caíram para 18%, ocupando a oitava posição no levantamento atual.
 

Empreendedorismo versus carteira assinada – Ter o próprio negócio é a maior aspiração profissional de 30% dos jovens entrevistados. O interesse é mais comum entre mulheres (34%) e jovens pretos (31%) e pardos (32%), superando brancos (27%). Regionalmente, o Centro-Oeste registrou o maior percentual (37%), enquanto o Nordeste apresentou o menor índice (27%). 

Quanto ao emprego com carteira assinada, apenas 11% dos jovens manifestaram interesse, embora este modelo seja a fonte de renda atual para 41% deles. Entre aqueles com ensino superior completo, o interesse no empreendedorismo atinge 31%, enquanto o desejo por um trabalho com registro em carteira é de apenas 8%. 

A carreira no funcionalismo público foi mencionada por 18% dos jovens, com destaque entre os que se identificam como de esquerda (28%). A possibilidade de viver de investimentos também aparece como aspiração para 18% dos entrevistados, apesar de atualmente representar fonte de renda para apenas 1%.
 

Polarização ideológica e distanciamento político – A maioria dos jovens (67%) afirmou não se identificar nem com a esquerda nem com a direita. Eles se dividem entre os que afirmaram nunca ter tido posição política (31%), os que “não sabem ou preferem não responder” (20%) e os que já tiveram posição política, mas não a têm mais (7%) e os de centro (9%). Entre os 33% que possuem um posicionamento ideológico, 16% se declaram de esquerda ou centro-esquerda, e 17% de direita ou centro-direita. 

A polarização esquerda-direita é mais evidente em temas de costumes, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, apoiado por 79% dos jovens de esquerda e apenas 27% dos de direita. Da mesma forma, as escolas cívico-militares são apoiadas por 69% dos jovens de direita, mas apenas 26% dos de esquerda. As opiniões também divergem sobre cotas universitárias, apoiadas por 66% dos jovens de esquerda e 33% dos de direita.
 

Meio ambiente: a nova fronteira de preocupação – A crise ambiental foi citada como um dos principais problemas do país por 24% dos jovens, representando um aumento de 243% em relação a 2021, quando o índice era de apenas 7%. A preocupação é mais comum entre mulheres (27%) e jovens de esquerda (32%).

Regionalmente, a pauta ambiental aparece com maior força no Centro-Oeste, onde 29% dos jovens consideram o tema uma prioridade, à frente da violência e segurança. No Sul, 27% também destacaram a questão, enquanto no Sudeste o índice é de 21%.
 

Sobre o levantamento – A pesquisa “O que pensam os jovens brasileiros” foi realizada pelo Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA. 

Entre 16 e 23 de setembro de 2024 foram entrevistados 1.034 jovens de 18 a 27 anos, de todas as regiões do país, via telefone celular. Os dados foram ajustados com base no censo mais recente do IBGE para refletir o perfil real da juventude brasileira. 

A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. Para garantir resultados precisos, os questionários passaram por uma rigorosa checagem de qualidade.

As 55 perguntas do questionário abordaram temas relacionados a aspectos da vida pessoal, estudantil e profissional dos jovens, suas perspectivas de futuro, posições ideológicas e percepções sobre o país.
 

GRÁFICO – Principais problemas dos jovens segundo eles mesmos (setembro 2024)
(Pergunta permite até três respostas).

 

Fonte: SoU_Ciência/Instituto IDEIA, set/24.



GRÁFICO – Principais problemas do Brasil, segundo jovens, em 2021 e 2024.
(A pergunta permite até três respostas. Em 2021, respostas de jovens de 16 a 29 anos. Em 2024, de 18 a 27 anos).

 

Fonte: SoU_Ciência/Instituto IDEIA, out/21 e set/24.

 


GRÁFICO – Orientação político-ideológica autodeclarada dos jovens de 18 a 27 anos

 

Fonte: SoU_Ciência/Instituto IDEIA, set/24.



TABELA – Variação entre 2021 e 2024 na indicação dos principais problemas do Brasil segundo os jovens.
(Em 2021, respostas de jovens de 16 a 29 anos. Em 2024, de 18 a 27 anos).

 

Fonte: SoU_Ciência/Instituto IDEIA, out/21 e set/24.

 


GRÁFICO – Tipos de trabalho desejados pelos jovens brasileiros 

Fonte: SoU_Ciência/Instituto IDEIA, set/24.


Gastos com material escolar pesam no orçamento de 85% das famílias brasileiras, revela pesquisa

Região Sudeste lidera no consumo de livros e materiais escolares. Setor teve um aumento de 43,7% entre 2021 e 2024

 

Uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva e QuestionPro, que ouviu 1.461 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, aponta que os gastos anuais com livros e materiais escolares impacta 85% do orçamento das famílias com crianças em idade escolar. O consumo anual dos brasileiros com a volta às aulas gira em torno de R$ 49,3 bilhões atualmente, um aumento de 43,7% nos últimos quatro anos. 

“O impacto das compras de material escolar é ainda maior para as famílias de classe média, especialmente aquelas que se esforçam para manter os filhos em escolas particulares. Para 95% delas, o orçamento fica comprometido, evidenciando que, mais do que uma despesa, esses gastos representam um esforço para investir em educação.” destaca Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. 

Projeções do Instituto Locomotiva, a partir do IPC (Índice de Potencial de Consumo), mostram que as classes B e C concentram a maior parte do potencial de consumo de livros e materiais escolares no Brasil, com estimativas anuais de R$ 20,3 bilhões e R$ 17,3 bilhões, respectivamente. 

Regionalmente, o Sudeste lidera o potencial de consumo, respondendo por 46% do total nacional, o equivalente a R$ 23,2 bilhões por ano. Em seguida, aparecem o Nordeste (R$ 13,8 bilhões), Sul (R$ 6,1 bilhões), Centro-Oeste (R$ 4,0 bilhões) e Norte (R$ 2,6 bilhões). 

De acordo com a pesquisa, 9 em cada 10 brasileiros afirmaram que já estão se planejando para as compras de materiais escolares este ano. Entre os pais de crianças matriculadas em escolas particulares, essa intenção atinge 96%, enquanto entre os pais de alunos de escolas públicas, o índice é de 90%. 

Entre as famílias que pretendem comprar materiais escolares para 2025, 87% afirmam que buscarão materiais escolares, 72% pretendem comprar uniformes e 71% irão adquirir livros didáticos. 

Sobre a forma de pagamento, parcelar as compras será um recurso para 1/3 dos compradores neste ano. Já 65% afirmaram que irão pagar à vista. O pagamento à vista é mais comum entre as classes A e B (71%), enquanto o parcelamento tem maior adesão na classe C, onde 39% afirmam que dividirão o pagamento.

 

A era da Ask Engine Optimization: Como ser encontrado pelas inteligências artificiais


Com a ascensão das IAs, entender o conceito de AEO (Ask Engine Optimization) ou GEO (Generative Engineering Optimization) pode ser o grande ponto de partida para o futuro da visibilidade digital de uma empresa, especialmente considerando o aumento no uso de inteligências artificiais para consultas, em detrimento do Google.

Muitas empresas ainda estão adeptas ao tradicional uso do SEO (Search Engine Optimization) e do SMO (Social Media Optimization) para se destacar no ambiente digital. O SEO é uma técnica padrão para otimizar sites e garantir que sejam encontrados pelos mecanismos de busca da internet, enquanto o SMO se dedica a tornar o conteúdo mais visível nas redes sociais, utilizando estratégias como hashtags, metadados, e outros elementos que facilitam a localização do conteúdo.

No entanto, estamos em um momento de mudança. A transformação digital trouxe novas ferramentas e, mais importante, novos hábitos.

Com o avanço de assistentes baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT, Gemini, Siri e Alexa, uma nova realidade surge: as pessoas estão deixando de usar exclusivamente os motores de busca tradicionais e começando a fazer perguntas diretamente para as IAs. Diante disso, como as marcas e empresas podem garantir que seus conteúdos sejam priorizados e recomendados por essas inteligências artificiais?

A resposta pode estar em um novo conceito: o AEO – Artificial Engine Optimization, uma abordagem emergente para a otimização da presença digital com foco em IAs.

À medida que mais pessoas buscam informações diretamente nas inteligências artificiais, o conceito de AEO ganha relevância. Artificial Engine Optimization ou AEO, é uma prática voltada para ajustar conteúdos e dados digitais de modo que as IAs possam reconhecê-los e priorizá-los como respostas.

Diferente de um buscador tradicional, que lista uma série de links, as IAs geram respostas mais direcionadas e interpretativas, selecionando informações que julgam mais relevantes.

Portanto, o desafio do AEO é entender como estruturar informações, metadados e conteúdos para serem facilmente “enxergados” por essas IAs. Isso envolve desde o uso de dados estruturados até a adaptação do conteúdo para um formato que se alinhe às preferências e algoritmos dessas inteligências artificiais. 

Outro termo emergente que pode complementar ou até substituir o AEO é o GEO – Generative Engine Optimization, que foca na otimização de conteúdos para serem processados pelas IAs generativas, aquelas que criam e elaboram respostas complexas baseadas em grandes bancos de dados. Diferente do AEO, que é mais amplo e abrange qualquer tipo de IA, o GEO pode ser aplicado a ferramentas que realmente “geram” conteúdo, como o ChatGPT e o Gemini.

No Brasil, ainda não é claro qual termo será o mais adotado, mas essa discussão é interessante para definir a direção que o mercado deve seguir. Enquanto o AEO é mais abrangente e intuitivo, o GEO é mais específico e pode atrair atenção como uma tendência em ambientes onde a IA generativa predomine.

Em paralelo, surge uma reflexão interessante: o AEO poderia ser reinterpretado como Ask Engine Optimization. Esse nome reflete diretamente o comportamento das pessoas ao interagir com as IAs, pois, em vez de fazerem buscas tradicionais, elas fazem perguntas. Esse foco no “perguntar” traz uma abordagem mais acessível e popular, favorecendo um contato direto com a IA.

A vantagem de usar o termo “Ask” é que ele humaniza a relação com as IAs. O usuário não precisa mais “buscar” de maneira técnica, ele pode simplesmente “perguntar”, e o sistema dará uma resposta, seja em texto ou em voz. Nesse sentido, o Ask Engine Optimization traduz a transformação das buscas em conversas diretas e simplifica a forma como as empresas se relacionam com seus públicos.

Se sua marca quer se posicionar para esse futuro que já está no presente, algumas estratégias práticas podem ajudar a garantir que seu conteúdo seja notado pelas IAs. Primeiro, é importante investir em dados estruturados, como a marcação schema.org, para que as IAs compreendam melhor o conteúdo do seu site. Além disso, todos os conteúdos relevantes devem estar enriquecidos com metadados claros e específicos, facilitando sua interpretação e priorização pelas inteligências artificiais.

Criar conteúdos contextuais que respondam a perguntas diretas é outra estratégia eficaz, sendo útil adicionar seções de “perguntas e respostas” em suas páginas, como FAQs. Outro ponto essencial é manter a relevância do conteúdo sempre atualizada; as IAs priorizam informações recentes, então é fundamental que seus blogs e conteúdos estejam sempre atualizados e abordem temas de interesse do momento. Por fim, é importante adaptar o tom e o formato do conteúdo para o estilo de conversa; as IAs tendem a priorizar respostas diretas e objetivas que correspondam exatamente ao que o usuário está buscando.

Com essas práticas, entramos numa nova era do marketing digital, onde a prioridade não é mais só ser encontrado pelos motores de busca, mas sim ser reconhecido e recomendado pelas inteligências artificiais. É o momento de preparar sua marca para que seja visível e relevante para um público que consulta diretamente as IAs, sem passar pelo intermediário tradicional do Google.

Afinal, o futuro está aqui – e a otimização para as IAs será um diferencial competitivo. É hora de estar um passo à frente e adaptar suas estratégias de marketing digital para uma nova era, onde as perguntas encontrarão respostas diretamente com as inteligências artificiais.




Vinícius Taddone - diretor de marketing e fundador da VTaddone® www.vtaddone.com.br


Planejamento assertivo das férias escolares: equilíbrio entre diversão e aprendiza

 

Pode parecer que não, mas é possível equilibrar momentos de descanso com atividades educativas durante as férias escolares através de um planejamento assertivo. O primeiro passo deve partir da família junto à criança, em que ambos entendem quais serão os objetivos específicos para o período de férias. 

Um deles, por exemplo, pode ser o descanso em uma viagem e outra, o cuidado de vivenciarem momentos criativos e de convivência com qualidade mesmo que no próprio lar. O segredo está em aliar a flexibilidade com a estrutura, já que o tempo passa rápido e as férias mais ainda! 

Nesse planejamento, é essencial incluir atividades lúdicas que deem vida à imaginação e à criatividade da criança. De forma indireta e divertida, essas brincadeiras contribuem de maneira significativa para seu desenvolvimento cognitivo, além da criação de novas memórias de aprendizagem e diversão em família para além do ambiente escolar

Quando as férias acontecem de maneira leve, é possível perceber o engajamento das crianças e dos adolescentes em diferentes atividades, sejam em casa, explorando a natureza, conhecendo ambientes artísticos como museus e teatros ou criando possibilidades na areia de uma praia. Sempre há espaço para a diversão atrelada ao aprender.
 

Equilibrando descanso e aprendizagem 

Buscar formas de incluir atividades educativas nas férias reflete uma tendência de balancear diversão e aprendizagem. Nesse cenário, é importante envolver as crianças na escolha do planejamento das férias, incentivando a sua autonomia, responsabilidade e criatividade, além de fortalecer o vínculo familiar. Ao serem ouvidas, elas se sentem valorizadas e mais motivadas a participar das atividades escolhidas de maneira assertiva e engajada. Assim, abre-se espaço para o desenvolvimento de habilidades envoltas na tomada de decisão, fundamentais para seu crescimento emocional e cognitivo. 

É claro que o formato das férias, assim como seu planejamento, também dependerá do orçamento familiar. Para a criança, na maioria das vezes, o real significado das férias é estar em família, independentemente do local, mas é importante envolvê-las no processo de organização para compreenderem que a família busca fazer o melhor com o que é possível e que isso não afetará a diversão. 

Atividades como piqueniques, passeios no parque ou até sessões de cinema em casa podem render memórias valiosas sem pesar no bolso, mostrando que a diversão não depende necessariamente de grandes investimentos. Esse diálogo combinado com os filhos contribui para o desenvolvimento emocional saudável e equilibrado, assim como com o contentamento.
 

A tecnologia como aliada 

A tecnologia também pode ser uma ferramenta positiva nas férias, desde que usada com limites e supervisão. Aplicativos educativos, documentários e até jogos que estimulam habilidades cognitivas desenvolvem a criatividade e a aprendizagem, mas é importante garantir que o uso das telas seja equilibrado com atividades físicas e sociais. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tempo de tela deve ser limitado a no máximo duas horas por dia para crianças de até 10 anos. 

Fora das telas, algumas das atividades que as crianças podem realizar durante as férias incluem artes manuais, culinária, jardinagem com mini-hortas, escrita de histórias e teatro. Explorar novos hobbies como fotografia ou música também é interessante e benéfico. Para adolescentes, projetos de leitura e a criação de blogs ou diários são atividades que promovem reflexão e desenvolvimento de habilidades. 

Além disso, tanto para crianças quanto para adolescentes, é interessante uma caminhada ecológica pela natureza, atividades de observação de plantas e animais ou ideias que incluam caça ao tesouro, que pode ser organizada em casa ou até mesmo na cidade, com pistas sobre história, cultura ou literatura, tornando o aprendizado uma verdadeira aventura. Essas atividades não apenas mantêm a mente ativa, mas também reforçam a autoconfiança e o interesse por novos conhecimentos.
 

Flexibilidade com estrutura 

Manter uma rotina flexível durante as férias é essencial, mas sem perder o senso de organização. Definir horários básicos de refeições e de sono, por exemplo, ajuda a estabelecer um ritmo diário que favorece o bem-estar. Além disso, pequenas responsabilidades como ajudar nas tarefas domésticas podem ser integradas à rotina de forma divertida, reforçando o senso de responsabilidade e participação. 

Mas atenção: a falta de equilíbrio no planejamento pode ser o pior erro. Sobrecarregar as férias com muitas atividades ou deixar tempo em excesso para o descanso pode prejudicar o retorno ao ambiente escolar. Para uma volta às aulas tranquila, é preciso ajustar gradualmente a rotina de sono e alimentação na semana anterior ao início das aulas. Diálogos abertos sobre as expectativas para o novo período letivo também são essenciais para reduzir a ansiedade e promover um recomeço mais motivado. 

Com um planejamento equilibrado, as férias escolares se transformam em uma oportunidade de aprendizagem, descanso e fortalecimento dos laços familiares, preparando as crianças para um retorno mais produtivo e integrado à rotina escolar.

  

Alexandra Xavier do Carmo Costa - orientadora educacional dos anos finais e Ensino Médio da unidade de Muriaé (MG) da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.

 

Como a IA está aperfeiçoando os ataques cibernéticos e deixando-os mais difíceis de serem identificados

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Cibercriminosos conseguem automatizar processos de ataque e criam ferramentas extremamente personalizadas


O uso da Inteligência Artificial (IA) já é uma realidade em diversas áreas de atuação e no cibercrime não é diferente. Afinal, através dela é possível analisar grandes volumes de dados, identificar vulnerabilidades e lançar ataques de maneira autônoma e em tempo real. 

Segundo um relatório da Norton Cyber Safety Insights, houve um aumento de 32% nos ataques cibernéticos baseados em IA entre 2021 e 2023, e essa tendência preocupa especialistas, pois dificulta significativamente a detecção e a prevenção de ameaças. Isso porque, um estudo da Cybersecurity Ventures aponta que 90% das violações de dados em 2022 tiveram como ponto de entrada ataques de engenharia social, muitos deles potencializados pela Inteligência Artificial. 

“A inteligência artificial tem sido uma grande aliada no desenvolvimento de software e outras soluções tecnológicas. No entanto, essa mesma capacidade tem sido aproveitada por hackers, permitindo o desenvolvimento de malwares mais sofisticados, sistemas de phishing aprimorados e a repetição automatizada de ataques. O conceito de aprendizado profundo, em especial, facilita a evolução desses ataques, proporcionando agilidade no desenvolvimento de novas ameaças e ataques mais elaborados”, destaca Erik de Lopes Morais, COO da Penso Tecnologia, empresa especializada em soluções de TI. 

Em contrapartida, ao mesmo tempo que os avanços tecnológicos oferecem ferramentas poderosas para defesa, também criam oportunidades sem precedentes para os cibercriminosos. “Falando agora sobre o uso da IA como defesa ou segurança ofensiva, assim como os hackers utilizam para desenvolver seus softwares e aprimorar suas práticas, nós também temos a capacidade de usá-la para defesa. Hoje em dia, existem vários sistemas de detecção de comportamentos, conhecidos como SIEM, XDR, EDR, entre outros termos que definem esse tipo de produto de defesas”, aponta o COO da Penso Tecnologia. 

Além disso, a inteligência artificial está transformando rapidamente diversos setores, potencializando tanto oportunidades quanto desafios. No entanto, essa mesma velocidade e eficiência que tornam a IA tão promissora também trazem preocupações, especialmente no que se refere ao aumento da complexidade dos crimes cibernéticos. 

“A IA tem uma enorme capacidade de acelerar a evolução do cenário atual de forma muito rápida. É importante lembrar que a tecnologia, especialmente a TI, já apresentou um crescimento exponencial, ou seja, houve uma progressão contínua de evolução, com inovações se dobrando a cada ano. Agora, com a IA, esse processo será um acelerador sem precedentes, pois as máquinas operam 24 horas por dia, com uma capacidade de desenvolvimento constante. As IAs, de modo geral, conseguem realizar ações repetitivas com uma velocidade muito maior do que a humana. Por isso, acredito que veremos um salto tanto positivo quanto negativo. Não podemos esquecer que, ao falar sobre a evolução da cibersegurança, também estamos abordando os avanços no crime cibernético.” finaliza Erik.


  
Penso

 

Como desenvolver marcas já consolidadas no mercado?

Mesmo com uma imagem bem estabelecida, a consolidação de uma marca exige anos de esforço e consistência em estratégia e execução. Esse trabalho é essencial para garantir que o negócio permaneça relevante e se mantenha no patamar desejado. Nesse contexto, um dos grandes desafios é entender como desenvolver uma marca que já tenha sólida presença em seu mercado.

O primeiro passo é realizar um diagnóstico detalhado para avaliar o quão robusta a marca realmente é. Indicadores como reconhecimento pelo público-alvo, níveis de experimentação e preferência, atributos associados à marca e estabilidade nas vendas podem fornecer insights valiosos. Por exemplo, se o setor está crescendo e sua empresa não lidera ou acompanha essa evolução, isso indica que a companhia não está sabendo estabelecer seu espaço. Já se ela é a líder, o desafio passa a ser como expandir sua atuação além do território já consolidado.

É evidente que desenvolver uma marca além de seu mercado natural não é tarefa simples. Nesse processo, alguns riscos devem ser considerados, como perda de identidade, afastamento dos consumidores atuais, queda nas vendas e impacto na rentabilidade — desafios que muitos gestores prefeririam evitar. Renovar a visão sobre um trabalho consolidado é frequentemente mais complexo do que construí-lo do zero. Por isso, é fundamental identificar e preservar a “essência” da marca — ou seja, os atributos centrais que a definem e que devem permanecer inalterados ao longo do tempo.

As marcas, assim como as pessoas, possuem uma identidade central e valores duradouros, que se alteram pouco e lentamente com o passar dos anos, além de características que fazem sentido apenas em determinada época. Uma marca sem posicionamento claro corre o risco de ser relevante apenas temporariamente ou em nichos específicos. Assim, é crucial distinguir os elementos permanentes daqueles que podem se adaptar às demandas do momento. Essa clareza é indispensável para que se mantenha a relevância em um cenário amplo e em constante transformação.

Quanto às adaptações temporárias, mais importante do que seguir tendências é compreender quem as define. O consumidor deve ser o protagonista, pois é no mercado que as tendências se formam, não dentro das empresas. Uma marca que valoriza a conexão com seus consumidores deve estar atenta às mudanças nos hábitos e atitudes do público. Por exemplo, um adulto de 30 anos em 2024 possui um estilo de vida e valores muito diferentes de alguém da mesma idade na década de 1990. Assim, compreender e incorporar os aspectos culturais mais relevantes de cada época é essencial para manter um diálogo ativo com o público. Ignorar esses movimentos geralmente leva à desconexão, e quanto mais tempo uma marca permanece afastada, mais difícil se torna o trabalho de reconquista.

No setor de alimentos e bebidas, por exemplo, a adaptação regional também desempenha um papel importante. A cultura local influencia fortemente o paladar de um povo, e uma empresa que busca sucesso nesse segmento pode precisar ajustar receitas ou formas de consumo para atender às preferências regionais. Nesses casos, é vital determinar com clareza o que é inegociável na identidade da marca e o que pode ser adaptado para agradar ao público local. Quanto maior a capacidade de adaptação regional, maiores as chances de sucesso — embora essa flexibilidade também traga desafios adicionais na gestão de múltiplos mercados.

Em suma, não há uma fórmula única para o sucesso nesse processo. Trata-se de estratégia, que nada mais é do que fazer escolhas e aceitar renúncias. É compreensível que gestores temam explorar territórios desconhecidos e assumir riscos. Contudo, o mercado frequentemente recompensa marcas — e executivos — que conseguem ser autênticos e, ao mesmo tempo, atuais em um mundo cada vez mais complexo e hiperconectado.

 


Fernanda Di Giaimo - Head de Marketing da Zamora para o Paraguai, Uruguai e Brasil, empresa espanhola detentora e produtora de Licor 43


Para onde caminha o mercado de fidelidade brasileiro?


Ter clientes fiéis, engajados com a marca e que compram com frequência, é o sonho de toda empresa. Não à toa, companhias dos mais variados segmentos da economia têm apostado nos programas de fidelidade para desenvolver o relacionamento com seus consumidores e alcançar o tão almejado “volte sempre”. 

Prova disso são as inúmeras iniciativas de fidelização que surgiram nos últimos anos em mercados que, até então, não eram tão tradicionais assim na fidelização. E exemplos não faltam. Além das já consolidadas ações em setores como o de bancos, companhias aéreas e supermercados, que também seguem crescendo, estamos assistindo uma verdadeira propagação de players em segmentos considerados mais novos nesse tipo de atividade como serviços, agronegócio, construção civil, sustentabilidade, telecomunicações, entre muitos outros. 

Os números da ABEMF, a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização, mostram que os consumidores brasileiros estão respondendo bem a esses incentivos. Todos os mais recentes indicadores da associação apontam para o crescimento do mercado no país. Já são mais de 315 milhões de cadastros, 214 bilhões de pontos/milhas emitidos e 188 bilhões resgatados – isso só no segundo trimestre de 2024. 

Com resultados tão expressivos, o que podemos esperar do futuro do mercado no Brasil? Listo aqui cinco tendências que devem movimentar o segmento em 2025 e nos próximos anos. Quem quer investir em fidelização precisa estar de olho em todas elas.
 

Parcerias – A velha máxima de que “juntos, vamos mais longe” parece fazer total sentido para marcas que investem em fidelidade. Recentemente, são muitas as parcerias entre diferentes empresas para a formação de ecossistemas de fidelização. Uma tendência que deve continuar. Isso é bom para as marcas, que conseguem reduzir custos e somar forças na estratégia de fidelizar, e melhor ainda para os clientes, que ganham em opções tanto para o acúmulo quanto para o resgate de pontos/milhas.
 

Tecnologia – Novidades tecnológicas como a inteligência artificial e soluções para análise preditiva e de dados prometem trazer novas e inúmeras possibilidades aos programas de fidelização, permitindo às empresas conhecerem mais e melhor os consumidores e seu comportamento, além de melhorar o relacionamento e a comunicação, gerando mais interação e engajamento.
 

Personalização – Bastante relacionada ao tópico anterior, uma vez que a tecnologia viabiliza esse tipo de processo, está a personalização tanto de ofertas quanto de atendimento. Atender às expectativas individuais do cliente, levando em consideração seus interesses pessoais, seu perfil de consumo, assim como necessidades e desejos, é a aposta de muitas marcas para se diferenciar da concorrência, oferecendo uma experiência melhor e, muitas vezes, exclusiva.
 

Simplificação dos processos – Um bom programa de fidelidade precisa ser simples e fácil de usar. Ninguém quer perder horas tentando entender como determinado programa funciona. Sendo assim, as empresas investirão, cada vez mais, em aplicativos e outras ferramentas que facilitem o uso e que permitam que o consumidor aproveite as vantagens sem muito esforço.
 

Novas demandas de consumo – O consumidor mudou. E, com ele, todos os negócios precisam mudar também. Hoje, acompanhamos pessoas muito mais atentas a questões ambientais, sociais e de saúde, por exemplo. Os programas de fidelidade estão acompanhando esse movimento, aliando fidelização com outros benefícios que vão muito além de um resgate de produto. Sentir que está gerando impacto positivo ao planeta e a outras pessoas pode ser um incentivo extra para consumidores mais engajados.
 

E um comentário final. Experiência nunca foi tão importante para as pessoas. Algumas vezes, mais valorizada do que outros aspectos, como o preço. O velho mote “atender bem para atender sempre” nunca perde o encanto.

 

Paulo Curro - diretor executivo da ABEMF – Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização

 

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