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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Grupo estuda formas de melhorar a oxigenação dos músculos e do cérebro durante o exercício físico

O equilíbrio hemodinâmico durante a prática de exercícios
foi avaliado em adultos saudáveis
 Freepik
Objetivo de pesquisadores da Unicamp e colaboradores é encontrar abordagens capazes de melhorar o desempenho no esporte e evitar perdas relacionadas ao envelhecimento

 

Um dos fatores que mais influenciam o desempenho físico durante a prática de exercícios é a quantidade de oxigênio que circula pelo sangue no momento do esforço. Isso porque o oxigênio é usado pelas células musculares para produzir a energia necessária para a contração, assim como pelas células cerebrais para comandar toda essa atividade motora.

Encontrar estratégias para melhorar a oxigenação dos tecidos durante a realização de exercícios de diferentes tipos e intensidades tem sido o foco de projetos conduzidos no Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte (Lafae), que está sediado no campus de Limeira da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A linha de pesquisa conta com apoio da FAPESP (projetos 20/11946-618/05821-617/10201-409/08535-519/20894-2 e 19/10666-2) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Quando o indivíduo é submetido a um esforço físico, e isso vai depender do tipo de exercício, da intensidade e volume do esforço, há um aumento da demanda energética que faz com que o organismo se ajuste a essa nova condição. A oferta e a utilização do oxigênio são critérios muito importantes no processo de manutenção do exercício físico e isso obviamente vai mudar de acordo com a intensidade”, explica a educadora física Fúlvia Barros Manchado-Gobatto, professora da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA-Unicamp) e integrante do Lafae.

Em um trabalho recente, divulgado no Journal of Sport and Health Science, a equipe do laboratório e colaboradores analisaram a relação entre a oferta e o aproveitamento de oxigênio simultaneamente no cérebro e nos músculos durante a realização de diferentes tipos de exercício físico, entre eles ciclismo, esteira, flexão de joelhos e natação. Para isso, foram analisados de forma sistemática dados de 290 indivíduos adultos que participaram de 20 estudos previamente publicados.

“Acreditamos que a capacidade refinada do organismo em ajustar a oxigenação via redirecionamento de sangue [hemodinâmica] seja a chave para a manutenção do exercício e, possivelmente, para o desenvolvimento de abordagens que poderão favorecer a saúde e o esporte. O avanço nessa compreensão está sendo impulsionado por novas tecnologias e pela confecção de equipamentos vestíveis, como os baseados na espectroscopia de infravermelho próximo e dispositivos não cabeados. A utilização desses equipamentos em estudos possibilita que informações sobre a oferta e a utilização de oxigênio sejam mensuradas simultaneamente no cérebro e em músculos mais e menos ativos, enquanto o indivíduo realiza o exercício físico”, conta Manchado-Gobatto, coordenadora do estudo.


Proteína transportadora

Como explica a pesquisadora, o transporte de oxigênio na circulação é feito pela hemoglobina – a proteína que dá a cor vermelha ao sangue. Quando essa proteína está ligada ao oxigênio é chamada de oxi-hemoglobina. Já a desoxi-hemoglobina é a forma sem oxigênio.

Ao rastrear essas duas formas da hemoglobina no sangue e nos tecidos dos voluntários, foi possível verificar as mudanças na hemodinâmica durante a atividade física. Desse modo, constatou-se que, embora ocorra um aumento do fluxo sanguíneo no cérebro e nos músculos mais ativos durante o exercício físico, a resposta da oxi e da desoxi-hemoglobina é diferente nessas duas regiões.

Observou-se ainda que, quando se atinge o ponto máximo de esforço e tanto o músculo quanto o cérebro estão extenuados, a oxigenação fica comprometida em ambos os casos. Nesse momento, o aumento do fluxo sanguíneo não é capaz de fornecer a quantidade necessária de oxigênio aos tecidos musculares ativos. No cérebro, a oferta de oxigênio é reduzida a valores críticos, o que pode acarretar falha motora durante o exercício.


Envelhecimento

Neste primeiro estudo de revisão, o equilíbrio hemodinâmico durante a prática de exercícios foi avaliado em adultos saudáveis. Uma das metas dos pesquisadores do Lafae é descobrir como isso muda à medida que envelhecemos. Outro objetivo é compreender como pequenos ajustes nesse mecanismo podem favorecer o desempenho de atletas.

Na avaliação de Manchado-Gobatto, há carência de estudos sobre o tema. “A oxigenação no cérebro e nos músculos durante o exercício vem sendo estudada há muito tempo. No entanto, por falta de tecnologias vestíveis e capazes de detectar sinais em elevada frequência, as medidas não eram tão precisas e observáveis em tempo real. Além disso, grande parte das investigações focava no cérebro [córtex frontal] ou nos músculos ativos. Hoje, temos conseguido integrar os dois e realizar as medidas sem atrapalhar o movimento realizado pelo voluntário durante a prática de exercício físico. Essa é uma abordagem importante, pois nessa relação cérebro-músculo pode estar a chave da compreensão fisiológica sobre intensidade do exercício e demandas cerebrais e musculares para o esforço”, diz.

Com os novos estudos, o grupo do Lafae pretende avançar no entendimento desses sistemas, verificar se eles estão respondendo de maneira adequada à intensidade do exercício, inclusive em condições de hipóxia ambiental, identificar a possibilidade de melhorar a prescrição de treinos para atletas e também avaliar limitações de saúde.

O artigo Cerebral and muscle tissue oxygenation during exercise in healthy adults: A systematic review pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2095254624000267?via%3Dihub.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/grupo-estuda-formas-de-melhorar-a-oxigenacao-dos-musculos-e-do-cerebro-durante-o-exercicio-fisico/52607


27% dos brasileiros sofrem com sensibilidade nos dentes: especialistas afirmam que enxaguantes bucais são aliados no tratamento

Condições como sensibilidade, cáries e desgaste dentinário podem comprometer o bem-estar, requerendo cuidados especiais e soluções mais avançadas
 

Manter a saúde bucal em dia é essencial para garantir o bem-estar, o conforto e a qualidade de vida. Especialistas reforçam que é importante contar com a orientação de profissionais para entender a melhor forma de incorporar os enxaguantes à rotina de saúde bucal, especialmente em casos de cuidados específicos, como a sensibilidade nos dentes, que atinge 27% dos brasileiros, de acordo com dados do estudo Global Oral Care Indications Toluna, de 2022. 

A mesma pesquisa aponta que 69% dos brasileiros entrevistados usam enxaguante como um complemento dos cuidados bucais. Ele serve para proporcionar limpeza adicional, alcançando áreas onde a escova e a pasta de dentes não chegam.Além de proporcionar uma sensação de frescor na boca, os enxaguantes auxiliam na remoção de bactérias patogênicas e que causam mau hálito, e também podem ajudar a fortalecer o esmalte dentário, contribuindo com a prevenção da formação de placa bacteriana, lesões cariosas e gengivite. 

Para Natallia Moura - dentista e Gerente Nacional de Detailing da Colgate-Palmolive, de maneira geral, é importante optar sempre por soluções sem álcool. “Enxaguantes com álcool podem deixar os dentes mais porosos, facilitando o aparecimento de manchas e causando desgaste dentário. Além disso, matam as bactérias que fazem parte da flora bucal e também podem causar ressecamento na mucosa.”  

Natalia comenta ainda que “embora alguns produtos tenham fórmulas avançadas, é importante combinar os cuidados com um bom creme dental e uma escova de cerdas macias, menos agressivas para o esmalte e as gengivas do paciente”. Além disso, ainda segundo ela, há diferentes opções no mercado, com fórmulas distintas e aplicações bastante específicas. Em alguns casos, é necessário buscar por produtos com componentes direcionados ao tratamento de algumas condições, como sensibilidade nos dentes, cáries e desgaste, por exemplo.

 

Mercado oferece soluções avançadas para problemas bucais comuns 

De acordo com o mesmo estudo, 27% dos brasileiros têm sensibilidade nos dentes e 35% já tiveram cáries. Esses são casos, segundo a especialista, em que o dentista, na maior parte das vezes, deve indicar enxaguantes diferenciados, com tecnologia mais avançada, que já existem no mercado. “Todos estes produtos diferenciados desempenham um papel vital na manutenção de dentes saudáveis, especialmente para aqueles que já sofrem com condições como essas. Além de tratamento em consultório, esses produtos ajudam a reduzir a dor e podem atuar melhorando a saúde bucal do paciente como um todo, inclusive evitando o desgaste precoce dos dentes”, explica. 

No mercado, existem fórmulas com fluoreto de amina, um ingrediente que tem benefícios tanto para a proteção contra a cárie como também para dentes sensíveis. O fluoreto de amina funciona criando um escudo protetor, remineralizando os danos iniciais ao esmalte dos dentes e ajudando na proteção contra a cárie. A especialista reforça ainda que, “enxaguantes que combinam a tecnologia com flúor são particularmente benéficos, pois ajudam a fortalecer o esmalte para proteger contra a cárie e sensibilidade. Já os que têm agentes antibacterianos ajudam a combater a gengivite e a formação de placa”, conclui.  

Com tecnologia avançada, a marca suíça elmex®, da Colgate-Palmolive, desenvolveu uma linha em parceria com especialistas em odontologia, formulada com ingredientes eficientes para promover benefícios, como a prevenção da cárie dentária e do desgaste precoce dos dentes. Além disso, o creme dental e o enxaguante bucal elmex proporcionam alívio imediato e proteção prolongada contra a sensibilidade. A linha está disponível nas principais farmácias de todo o Brasil.


Maternidade tardia avança e já representa quase 17% dos casos de gravidez no país

Nas últimas décadas, número de mulheres com mais de 35 anos que decidiu engravidar aumentou mais de 81%


Os números apontam um crescimento de 81% nos casos de gravidez em mulheres com mais de 35 anos, entre os anos 2000 e 2020

A chamada maternidade tardia tem avançado com força no Brasil nas últimas décadas, conforme demonstra pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com base nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Os números apontam um crescimento de 81% nos casos de gravidez em mulheres com mais de 35 anos, entre os anos 2000 e 2020. 

Do total de mães que tiveram filhos em 2020 no Brasil, 16,5% tinham mais de 35 anos. No ano 2000, esse número mal chegava a 9%. “Embora haja divergências na própria literatura médica, o mais comum é dizer que uma gravidez é tardia após os 35 anos. E esse crescimento é reflexo da mudança de hábitos da sociedade. As mulheres estão realmente preferindo ter filhos mais tarde, para privilegiar a carreira e os estudos”, explica o especialista Bruno Jacon de Freitas, farmacêutico e Gerente de Qualidade e Assuntos Regulatórios da Euroart Import, que trouxe para o Brasil o lubrificante íntimo Conceive Plus, com fórmula única que ajuda a engravidar. 

Segundo Jacon, esse fenômeno também pode ser visto em mulheres que já ultrapassaram os 40 anos. “Segundo dados do IBGE divulgados neste ano, o número de gestantes com idade superior a 40 anos aumentou de 64 mil para 106 mil entre 2010 e 2022, o que representa 65,7% de crescimento, ou seja, em apenas 12 anos os casos quase dobraram”.

 

E os casais que não conseguem engravidar? 

É consenso entre os médicos que a capacidade de uma mulher gestar um filho biológico apresenta uma queda entre 35 e 37 anos, mas isso não é um impeditivo para a gravidez. “O próprio crescimento de casos de gravidez tardia dos últimos anos prova que mesmo após os 35 anos, uma mulher pode tranquilamente ter filhos. Torna-se mais difícil, mas, é completamente possível. Utilizar um lubrificante de fertilidade, como o Conceive Plus, é o primeiro passo para a realização desse sonho”, tranquiliza Jacon. 

Dados da Associação Brasileira de Reprodução Assistida indicam que, somente no Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas em idade reprodutiva enfrentam dificuldades para engravidar. “Os testes em laboratório comprovam que o lubrificante Conceive Plus aumenta o tempo de sobrevivência dos espermatozóides, permitindo que eles sobrevivam por até 72 horas. Quanto mais tempo eles forem capazes de fecundar um óvulo, maior a probabilidade de coincidir com a ovulação da mulher no período fértil”, explica Carlos Alberto Dimarzio Filho, Gerente Geral da Euroart Import. 

Segundo a Sasmar Farmacêutica, fabricante do produto, o Conceive Plus tem formulação exclusiva que equilibra o pH da vagina e é indicado para casais saudáveis, devendo ser utilizado na região íntima (tanto do homem quanto da mulher) de 10 a 15 minutos antes da relação sexual, podendo ser reaplicado sempre que necessário. 

“O Conceive Plus importado corretamente e que segue todos os padrões e normas da Anvisa tem a embalagem com as informações em português. Se na embalagem as instruções estiverem em outro idioma não é seguro comprar”, alerta o Gerente Geral da Euroart import.


Após novos casos de Monkeypox (mpox) no país, saiba quais cuidados tomar

Infectologista explica sobre sintomas, tratamento e prevenção

 

Em virtude da recente declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após o aumento de casos em diferentes países, a infectologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Michelle Zicker, traz informações atualizadas sobre a monkeypox (mpox). 

Em sua série histórica, segundo dados divulgados pela Secretaria de Saúde, até o dia 15 de agosto, a cidade de São Paulo tinha 3.278 casos confirmados, com dois óbitos. A região central é a mais afetada, com 915 indivíduos infectados pelo vírus. 

A mpox é uma doença viral zoonótica causada pelo vírus Monkeypox. Sua transmissão ocorre pelo contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou objetos contaminados de pessoas infectadas. Beijos, abraços, relações sexuais e o compartilhamento de objetos de uso pessoal são formas comuns de contágio. A transmissão também pode ocorrer por meio de gotículas, através do contato próximo prolongado entre o indivíduo infectado e outras pessoas. 

Segundo a Dra. Michelle Zicker, "a transmissão do vírus exige atenção especial. Profissionais de saúde, familiares e parceiros íntimos estão entre os grupos com maior risco de infecção”. 

Os sintomas da mpox incluem o surgimento de lesões na pele, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, inclusive na região genital. Esses sintomas podem ser acompanhados de febre, dor muscular e cansaço. O diagnóstico é confirmado por meio de exames laboratoriais específicos. 

"A evolução da doença costuma ser leve a moderada, com duração de 2 a 4 semanas. No entanto, é essencial que o diagnóstico seja precoce para evitar complicações", explica a infectologista.
 

Tratamento e Prevenção

Atualmente, o tratamento da mpox se baseia em medidas de suporte clínico, que visam aliviar os sintomas e prevenir complicações. Embora não exista um medicamento específico para o vírus, a vacinação tem sido uma ferramenta importante na proteção de grupos de risco, como pessoas vivendo com HIV/aids e profissionais da saúde que tem contato direto com pacientes infectados ou análises laboratoriais. 

Dra. Michelle ressalta que "a principal medida de controle é a prevenção. Evitar o contato com pessoas infectadas e seguir as orientações de isolamento são fundamentais para conter a propagação do vírus." 

Com o recente aumento de casos na África e a descoberta de uma nova cepa do vírus mpox, a OMS recomenda que todos os países intensifiquem seus esforços de vigilância epidemiológica, incluindo as Américas, onde a possibilidade de introdução dessa variante é real. 

O caso confirmado de mpox deverá se manter em isolamento até que a erupção cutânea esteja totalmente resolvida, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado. Orientações para a pessoa infectada: 

  1. Não sair de casa, exceto quando necessário para emergências ou cuidados médicos de acompanhamento;
  2. Contato com amigos, familiares somente em emergências;
  3. Não praticar atividade que envolva contato íntimo;
  4. Não compartilhar itens potencialmente contaminados, como roupas de cama, roupas, toalhas, panos de prato, copos ou talheres;
  5. Limpe e desinfete (hipoclorito de sódio ou produto alcoólico) rotineiramente superfícies e itens comumente tocados, como balcões ou interruptores de luz, usando desinfetante acordo com as instruções do fabricante;
  6. Use máscara cirúrgica bem ajustada quando estiver em contato próximo com outras pessoas em casa;
  7. Higiene das mãos (lavar das mãos com água e sabão ou uso de produto para as mãos à base de álcool) deve ser realizada por pessoas infectadas e contatos domiciliares após tocar na lesão cutânea, roupas, lençóis ou superfícies ambientais que possam ter tido contato com a secreção da lesão;
  8. Caso utilize lentes de contato, evite para prevenir possíveis infecções oculares;
  9. Evite depilar áreas do corpo cobertas de erupções cutâneas, pois isso pode levar à propagação do vírus;
  10. Se possível, use um banheiro separado das outras pessoas que moram no mesmo domicílio;
  11. Se não tiver a possibilidade de um banheiro separado em casa, o paciente deverá limpar as superfícies como balcões, assentos sanitários, torneiras com desinfetante, depois de usar um espaço compartilhado. Isso inclui: atividades como tomar banho, usar o banheiro ou trocar bandagens que cobrem a erupção cutânea. Considere o uso de luvas descartáveis durante a limpeza se houver erupção nas mãos;
  12. Evite a contaminação de móveis estofados e outros materiais porosos que não podem ser lavados colocando lençóis, capas de colchão, cobertores sobre essas superfícies;
  13. A roupa suja não deve ser sacudida para evitar a dispersão de partículas infecciosas;
  14. Cuidado ao manusear a roupa suja para evitar o contato direto com o material contaminado;
  15. Roupas de cama, toalhas e vestimentas devem ser lavadas separadamente. Podem ser lavadas em uma máquina de lavar, se possível com água morna e com detergente; não é obrigatório o uso de hipoclorito de sódio;
  16. Pratos e outros talheres não devem ser compartilhados. Não é necessário que a pessoa infectada use utensílios separados se devidamente lavados. A louça suja e os talheres devem ser lavados com água morna e sabão na máquina de lavar louça ou à mão;
  17. Pessoas com mpox devem evitar o contato próximo com animais (especificamente mamíferos), incluindo animais de estimação em casa. Em geral, qualquer mamífero pode ser infectado com mpox.

Diante deste novo alerta sanitário, é importante se manter informado sobre a mpox e seguir as orientações dos órgãos de saúde. "O cenário atual exige atenção, mas com as medidas adequadas, podemos reduzir o risco de disseminação da doença", conclui a Dra. Michelle Zicker.


Anemia - médico explica o que é, como identificar e como tratar

5 dicas de sintomas comuns da anemia 

 

A anemia é uma condição em que o sangue tem um número menor de glóbulos vermelhos para transportar oxigênio adequadamente para o corpo. “Isso pode causar diversos sintomas, como cansaço, palidez, falta de ar e tontura”, explica Dr. Juan Valenciano, Diretor Médico do Centro Médico Pastore (RJ).   

O diagnóstico da anemia é feito através de exames de sangue, como hemograma completo. “Outros exames podem ser necessários para identificar a causa da anemia”, alerta o médico.   

“O tratamento da anemia depende do tipo e da gravidade da doença, que geralmente inclui a reposição da substância deficiente (ferro, vitamina B12 ou ácido fólico), transfusões de sangue ou medicamentos”, detalha Dr. Juan Valenciano.  

Para alertar sobre a identificação do problema, o médico indica 5 sintomas comuns quando se tem anemia: 

1* Cansaço e fraqueza: é o mais comum, deixando você sem energia para as atividades do dia a dia. 

2* Falta de ar: principalmente ao se esforçar, como subir escadas ou caminhar. 

3* Palidez: na pele, nas palmas das mãos e dentro da boca. 

4* Tontura e vertigem: por causa da baixa oxigenação no cérebro. Dor de cabeça frequente e pulsátil. 

5* Unhas quebradiças e cabelos fracos: por falta de nutrientes.

 “Lembre-se: consulte um médico para ter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado. Siga as orientações médicas sobre alimentação e medicação. Tenha hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos e evitar fumar”, alerta o diretor médico do Centro Médico Pastore (RJ).


Borderline: instabilidade de humor e comportamento pode ser confundida com traumas e depressão

 

Especialista do CEUB aponta traumas e negligências durante a infância como aspectos causadores do transtorno. Entenda o tratamento


A felicidade pode se transformar em tristeza em questão de segundos. Como explicar isso? O transtorno de personalidade borderline (TPB), caracterizado pela instabilidade emocional, é uma condição de saúde mental que pode causar grande sofrimento, tanto para a pessoa afetada quanto para suas relações interpessoais. Segundo o psiquiatra Lucas Benevides, professor de Medicina no Centro Universitário de Brasília (CEUB), o diagnóstico correto permite que a abordagem terapêutica ajude o paciente, assim como sua família. 

O transtorno de personalidade borderline causa dificuldade nos relacionamentos e problemas de identidade, variando a cada indivíduo. As pessoas não nascem com a condição, que pode se desenvolver devido a experiências difíceis na infância. “Geralmente, o borderline está ligado a traumas na infância, como abusos ou negligência, e pode haver predisposição genética. Quem tem TPB costuma ter relacionamentos turbulentos, uma visão confusa ou negativa de si mesmo e mudar frequentemente de opinião sobre quem é e sobre os outros.”

Segundo Lucas Benevides, o diagnóstico envolve identificar padrões de comportamento, como medo de abandono, instabilidade emocional e impulsividade, presentes desde a juventude. Ele considera a terapia como o principal tratamento, especialmente a Terapia Comportamental Dialética (DBT), que ajuda a controlar emoções e melhorar os relacionamentos, abordando as causas mais profundas do transtorno. 

Os medicamentos podem ajudar com sintomas específicos, conforme detalha o especialista, mas a terapia é o que traz mudanças duradouras. “Ao buscar um terapeuta, é importante que seja um profissional experiente, pois há risco de o paciente manipular o mesmo”. A partir do diagnóstico de Borderline, o docente do CEUB afirma que as mulheres podem manifestar mais sintomas de depressão e autolesão, enquanto homens tendem a ter comportamentos mais agressivos ou uso de substâncias, mas ambos sofrem com instabilidade emocional.
 

Borderline, depressão e traumas

O transtorno de personalidade borderline é frequentemente acompanhado por depressão, ansiedade e outros transtornos, o que pode dificultar o diagnóstico correto, segundo o professor de Medicina do CEUB. “O TPB muitas vezes anda junto com a depressão e a ansiedade, o que pode complicar o diagnóstico. Compreender o transtorno é essencial para diferenciá-lo de condições como o transtorno bipolar", explica. 

Benevides destaca a importância do apoio emocional e da compreensão para a recuperação dos pacientes. "Ter uma rede de apoio formada por amigos e familiares que entendam o transtorno é fundamental para ajudar no tratamento", afirma o psiquiatra. Segundo ele, muitos pacientes melhoram significativamente e podem levar uma vida mais estável após o diagnóstico e o início do tratamento. 

Para auxiliar no controle das emoções durante uma crise, dentro e fora de tratamento, Benevides sugere o uso de técnicas como mindfulness, respiração profunda e a busca por uma pessoa de confiança para conversar. "Atividades que ajudem a canalizar as emoções disruptivas também são muito úteis", aconselha o psiquiatra. Dentro da consciência coletiva, o docente do CEUB ressalta que educar as pessoas sobre o TPB é um passo fundamental para diminuir os tabus e preconceitos em torno da condição. “É importante se atualizar sobre as novidades no tratamento para proporcionar uma vida melhor aos pacientes”, completa.

 

Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta para uso excessivo do vape

Quem faz uso do cigarro eletrônico vê aumentado
 em até duas vezes casos de infarto ou AVC

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado nesta quinta-feira (29), traz à tona os riscos de um hábito cada vez mais evidente na sociedade, especialmente entre os mais jovens: o do uso do vape, como é chamado o cigarro eletrônico. Para se ter uma ideia, segundo o IPEC, Instituto de Pesquisas, somente nos últimos seis anos, o aumento foi de 600%. O instituto confirma ainda que já existem quase três milhões de adultos usuários do cigarro eletrônico no Brasil.

Para o cardiologista e docente do curso de Medicina da UniMAX Indaiatuba, Dr. Michel Cecilio, os riscos para a saúde dos usuários de vape são potencializados, uma vez que quem faz uso do cigarro eletrônico vê aumentado em até duas vezes casos de infarto ou AVC. E tem ainda a relação com casos de câncer de pulmão, uma vez que 85% dos casos deste tipo de câncer está associado com derivados do tabaco, também presente no vape. 

O médico faz menção ao relatório da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, em parceria com o Instituto do Coração (Incor), de junho desse ano, que apontou que o consumo de cigarro eletrônico provoca níveis de intoxicação no organismo superiores em relação ao cigarro convencional, com a detecção de níveis de nicotina entre três a seis vezes maiores em relação aos fumantes de cigarros convencionais. 

“É um produto de potencial vício e que contém substâncias extremamente tóxicas, que também afetam as pessoas ao redor”, frisa o cardiologista.

 

Dia Nacional de Combate ao Fumo: 6 dicas para excluir o vício e reduzir as chances de desenvolver um câncer de pulmão

Pesquisa aponta que o tabagismo é responsável por 80% dos óbitos por câncer de pulmão no Brasil. Neste cenário tão alarmante, a Clínica da Cidade reforça seu compromisso com a saúde

 

Em recente estudo, a Fundação do Câncer revelou que o tabagismo é responsável por 80% dos óbitos por câncer de pulmão no Brasil, afetando quase igualmente homens e mulheres. O dado alarmante reforça a urgência de conscientizar a população sobre os riscos do uso do tabaco e a necessidade de adotar medidas de prevenção eficazes.

Ao  se aproximar do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a Clínica da Cidade, pioneira em medicina acessível, destaca a importância de hábitos saudáveis e cuidados preventivos para reduzir os impactos devastadores do tabagismo na saúde.

“Parar de fumar é um dos passos mais importantes que alguém pode dar para melhorar a saúde. Nosso objetivo sempre foi oferecer à população um serviço completo e a preço justo para que todos possam ter uma vida prolongada e de qualidade. Por isso, criamos o pacote Saúde em Dia - desenvolvido para oferecer uma visão abrangente da saúde com exames completos e avaliações detalhadas que permitirão uma análise precisa do estado de saúde de maneira geral - incluindo orientações de profissionais competentes que auxiliam em diversos aspectos, como o ato prejudicial de fumar”, explica Rafael Teixeira, CEO da Clínica da Cidade. 

 

Confira seis dicas da Clínica da Cidade sobre prevenção ao tabagismo

Educação e Conscientização:

Informar-se sobre os riscos do tabagismo é o primeiro passo para a prevenção. Conheça os danos que o cigarro pode causar ao seu organismo e compartilhe essas informações com amigos e familiares.

 

Promova um ambiente livre de fumo: 

Crie espaços onde o fumo não é permitido, tanto em casa quanto no trabalho. Isso não só reduz a exposição ao fumo passivo, mas também desestimula o hábito de fumar.

 

Apoio profissional:

Se você ou alguém que você conhece está tentando parar de fumar, busque ajuda profissional. Os médicos na Clínica da Cidade oferecem orientações e os direcionamentos mais adequados.

 

Acompanhamento médico:

Parar de fumar pode ser um desafio, e contar com o apoio de um médico pode fazer toda a diferença. Na Clínica da Cidade, nossos profissionais de saúde estão prontos para oferecer consultas acessíveis e personalizadas, ajudando você a traçar um plano de cessação eficaz.

 

Monitoramento de saúde regular: 

O tabagismo pode deixar sequelas, mesmo após o abandono do hábito. Realize exames regulares para monitorar sua saúde, garantindo a detecção precoce de possíveis problemas e promovendo um tratamento adequado.

 

Suporte psicológico: 

O aspecto psicológico do vício é significativo. Nossa equipe de psicólogos oferece atendimento que ajudam a lidar com a ansiedade e o estresse associados à cessação do tabagismo.

 

 Clínica da Cidade 


Câncer de Boca: Sintomas, prevenção e tratamento

Especialista do Ateliê Oral aponta atitudes simples que podem ajudar a prevenir a doença

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se 11.180 casos novos de câncer de boca em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. 

Segundo Marcelo Kyrillos, cirurgião-dentista e especialista em saúde e função da boca da clínica Ateliê Oral, a recomendação é procurar o dentista ao observar os seguintes sintomas:

Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido; dificuldade ao engolir; qualquer inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem; rouquidão ou mudanças na voz que persistem. 

Além disso, aparecimento de manchas brancas ou vermelhas na língua, nas gengivas, no palato ou na mucosa bucal; sangramento na boca sem razão aparente; dormência ou perda de sensação em qualquer parte da boca ou lábios. O especialista completa que os sintomas podem evoluir para dificuldade na fala e na mastigação e sensação de que há algo preso na garganta.


Entenda e se proteja

Kyrillos destaca que apenas um especialista poderá fazer um diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento, uma vez que o diagnóstico precoce do câncer de boca já permite identificar lesões suspeitas.

"Por ser uma doença que pode desenvolver tumores malignos na região bucal, o paciente deve ficar atento se o seu dentista observa periodicamente as gengivas, as bochechas, o céu da boca, a língua (principalmente as bordas), além da região embaixo da língua, nos lábios e amígdalas também", enfatiza.


Como prevenir

Para o especialista, atitudes simples do dia a dia para reduzir as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil.

Entre as medidas estão evitar o cigarro,visto ser o tabagismo um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, cortar o consumo excessivo de álcool e a exposição excessiva ao Sol.

Em se tratando do Sol, o uso de protetor solar labial com um bom fator de proteção solar (FPS) é essencial para prevenir queimaduras solares e danos causados pelos raios UV, que podem aumentar o risco de câncer de lábios e de pele ao redor da boca, de acordo com Kyrillos.

O especialista alerta ainda para alguns tipos de HPV que estão associados ao desenvolvimento de câncer bucal, principalmente o HPV16, sendo a vacinação contra o vírus uma estratégia eficaz para reduzir o risco de câncer.

Higiene bucal e uma dieta rica em alimentos saudáveis, sempre.


Tratamento e cura

Dados da Fundação do Câncer informam que os tumores quando diagnosticados no início têm um tratamento mais rápido e eficaz, com 80% de chances de cura, sendo quase dispensáveis intervenções cirúrgicas.

“É importante que a população saiba que, além dos dentistas particulares, unidades de saúde oferecem ao longo do ano exames bucais vitais para a detecção precoce da doença. Então, não há desculpas para fugir. É preciso estar atento e em dia com a saúde”, completa.

 

Câncer Bucal

Procure o dentista ao sinal dos seguintes sintomas:

  • Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias;
  • Dor persistente na boca, na garganta ou no ouvido;
  • Dificuldade ao engolir;
  • Inchaço ou nódulo na boca, na garganta ou no pescoço que não diminuem;
  • Rouquidão ou mudanças na voz que persistem;
  • Aparecimento de manchas brancas ou vermelhas na língua, nas gengivas, no palato ou na mucosa bucal;
  • Sangramento na boca sem razão aparente;
  • Dormência ou perda de sensação em qualquer parte da boca ou lábios;
  • Dificuldade na fala e na mastigação;
  • Sensação de que há algo preso na garganta.


O que o seu dentista precisa examinar periodicamente:

  • Gengivas;
  • Bochechas;
  • Céu da boca;
  • Língua (principalmente as bordas);
  • Região embaixo da língua;
  • Lábios;
  • Amígdalas.


Como prevenir

  • Evitar o cigarro
  • Evitar o consumo excessivo de álcool
  • Evitar a exposição excessiva ao Sol.
  • Usar protetor solar labial.
  • Ter a vacinação contra o vírus do HPV
  • Higiene bucal com idas periódicas ao dentista.
  • Dieta rica em alimentos saudáveis, sempre.

NÚMERO DE TRANSPLANTES RENAIS CRESCE 113% NO BRASIL

 Em função do Dia Nacional da Diálise, celebrado em 29 de agosto, especialista destaca a importância do cuidado com o paciente renal crônico para que ele esteja preparado para o procedimento 

 

Nesta quinta-feira (29) acontece o Dia Nacional da Diálise, pela primeira vez com força de Lei. Hoje, 155 mil brasileiros precisam da diálise para viver, de acordo com o último Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). A DaVita Tratamento Renal, líder em serviços de nefrologia no país, atende mais de 21 mil pacientes com doença renal crônica através da diálise. E apoia a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) na campanha #ADiáliseNãoPodeEsperar, com o tema “Diálise: não apenas um tratamento, mas uma ponte para a vida”. 

Quanto maior a qualidade da diálise, mais chances o paciente tem de conseguir um transplante renal efetivo e uma vida melhor. Nos últimos 20 anos, os transplantes renais aumentaram 113% em todo o Brasil, passando de 2.911 em 2003 para 6.208 em 2023. A diálise bem realizada, que auxilia ou substitui a função renal, desempenha papel crucial na preparação desses pacientes para o transplante. Hoje, a DaVita tem estrutura com 107 clínicas e presença em 318 hospitais no Brasil, o que viabilizou transplantes renais em 799 pacientes em 2023, quase 13% do total no período. 

Nos últimos 12 meses, a DaVita investiu mais de R$ 33 milhões para ampliar o acesso à diálise e cuidado geral com saúde entre pacientes com doença renal crônica. O investimento permitiu aumentar em 12,5% o número de pacientes atendidos, passando de 18,8 mil para 21,2 mil, além de crescer 9% em número de operações (clínicas, operações para paciente renal agudo e centro de acesso vascular), passando de 98 para 107, nas cinco regiões do país. “Estamos empenhados em melhorar a qualidade de vida do paciente renal, oferecendo atendimento humanizado e de alta qualidade”, afirma Marienne Melo, CEO da DaVita Tratamento Renal. 

“A diálise de alta qualidade não apenas mantém o paciente estável enquanto aguarda o transplante, mas também otimiza as condições para que o transplante seja realizado com melhores perspectivas de sucesso”, afirma o Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita no Brasil. Atualmente, mais de 30% dos pacientes DaVita estão ativos em lista de espera para o transplante renal e esse número vem aumentando gradualmente. 

Um artigo recente publicado na American Journal of Kidney Diseases pela National Kidney Foundation (EUA) destaca que o transplante renal, especialmente de doador vivo, oferece a melhor chance de sobrevida a longo prazo e uma melhora significativa na qualidade de vida para pacientes com insuficiência renal. “Para isso, a diálise adequada e o manejo eficaz do paciente na lista de espera são essenciais para maximizar essas chances de sucesso”, aponta o Dr. Zawadzki. 

Existem diferentes métodos de diálise para o paciente com doença renal crônica, como a diálise peritoneal, a hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF. Todas já consolidadas como opções terapêuticas, com muitos estudos e aperfeiçoamentos. A hemodiafiltração, por exemplo, está disponível há mais de 20 anos, sendo capaz de remover toxinas do organismo em volume maior do que a hemodiálise convencional.

 Outro tratamento disponível, a diálise peritoneal, se destaca por ser um processo realizado pelo próprio paciente, familiar ou cuidador, sem suporte de equipe de enfermagem. Assim, a diálise peritonial pode ser realizada na residência do paciente, fora do ambiente clínico ou hospitalar, com benefícios à rotina. 

“Nesta terapia, um cateter flexível é colocado no abdômen do paciente, pelo qual é realizada a infusão da solução de diálise peritoneal, necessária ao processo de filtração do sangue”, explica o Dr. Zawadzki. “Esse líquido entra em contato com o peritônio – membrana que reveste os órgãos abdominais – e permanece nessa cavidade para que ocorra a troca entre a solução e o sangue, e assim acontece a drenagem, juntamente com as toxinas que estavam acumuladas”, complementa. 

Nesse procedimento, tanto a infusão quando a drenagem da solução peritoneal pode ser realizada manualmente, pelo paciente ou pessoa treinada para a função ou por uma máquina cicladora. Um período de treinamento antes do início da terapia é essencial para que a diálise peritoneal seja de maneira segura e eficaz. 

Cada modelo de diálise tem diferenciais, que podem favorecer o tratamento de acordo com o perfil do paciente. A escolha é feita de forma conjunta entre médico e paciente, com acompanhamento constante do quadro clínico. Com diálise adequada e acompanhamento pelo nefrologista, o paciente tem mais chances de estar clinicamente estável e apto para receber novos rins, quando surgir uma oportunidade de transplante.

  

DaVita Tratamento Renal


Uso excessivo de telas acende alerta para obesidade na infância e adolescência

Tecnologias de controle de acesso à internet disponíveis no mercado, ainda assim, podem ser aliadas para reduzir o tempo em frente aos aparelhos eletrônicos
 

A obesidade está afetando cada vez mais a população, sobretudo as crianças e adolescentes. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2024, publicado pela Federação Mundial de Obesidade, o Brasil pode ter até 50% da faixa etária entre 5 e 19 anos com obesidade ou sobrepeso em 2035. O estudo indica que, em 2022, 159 milhões de crianças e adolescentes viviam com a condição. O sobrepeso pode ter diversos fatores como causa, e o uso excessivo de telas é um deles. Segundo a pesquisa TIC Kids Online, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, em 2022, 92% da população com idade entre 9 e 17 anos era usuária de Internet no país, e o celular o dispositivo mais usado por esse público. 

“A tecnologia está cada vez mais presente na rotina de todas as pessoas, de diferentes idades. Na era da transformação digital, não podemos defini-la como vilã, ela pode ser uma importante aliada. Isso porque soluções tecnológicas como o CodeWall ajudam os pais a terem um acompanhamento e controle de tempo no acesso a dispositivos tecnológicos, o que contribui para um uso mais assertivo e responsável, sem impedir o acesso total. Assim, fica mais fácil desenvolver rotinas de acesso personalizadas, adaptadas às necessidades individuais de cada membro da família e a diferentes faixas etárias”, alerta Heitor Cunha, CEO da CodeBit, empresa especializada em tecnologia de desenvolvimento e infraestrutura em nuvem, que criou o CodeWall, plataforma responsável pelo aplicativo que possibilita o uso consciente da internet e auxilia na rotina familiar. 

O uso de tecnologias não deve ser impedido totalmente, considerando que a tem evoluído em muitas áreas, sobretudo na educação. No entanto, existem recursos que podem ajudar a cultivar um uso mais consciente, como aplicativos ou até mesmo sistemas integrados nos próprios dispositivos. Essas funcionalidades ajudam a ter controle no tempo de uso dos aparelhos, o que evita a dependência e também possibilita às famílias desfrutarem de momentos de desconexão.

 

Incentivar práticas saudáveis e diminuir o uso de telas

Passar muito tempo em frente aos aparelhos eletrônicos contribui para o sedentarismo e, consequentemente, para o aumento dos riscos de obesidade, hábito que deve ser controlado por pais e responsáveis para evitar complicações de saúde e desenvolvimento dos filhos. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aponta que o excesso de peso aumenta o risco para o desenvolvimento de inúmeras doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer. Além disso, existe o fator emocional. A criança acima do peso pode sofrer por conta do isolamento social decorrente do bullying, desencadeando depressão, baixa autoestima e disfunções alimentares. 

Nesse contexto, é importante que os familiares cultivem hábitos saudáveis durante o desenvolvimento da criança e adolescente. Para além das telas, incentivar a prática de atividades físicas e brincadeiras ao ar livre contribui para evitar a obesidade e o sedentarismo na infância, que também deve estar associada a uma boa alimentação. Entre elas estão futebol, vôlei, judô, bicicleta, natação, pular corda e outros. Essas práticas, além de queimar calorias, ajudam no crescimento e fortalecimento dos ossos e músculos, melhoram o humor, a autoestima e auxiliam o sono. 

“Desde pequenas, crianças são submetidas ao universo virtual e seus aplicativos, ficando vulneráveis de diferentes formas. No entanto, é preciso ainda que crianças e adolescentes sejam estimulados ao convívio social com familiares e amigos, a prática de exercícios físicos e uma rotina de modo geral mais saudável. Estabelecer rotinas acaba se tornando benéfico não apenas pelos resultados, mas pelo ensino de limites e combinados”, ressalta o CEO.

 

CodeWall
www.codewall.com.br


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