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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Como doar leite materno? Aprenda os cuidados necessários para a coleta e o armazenamento

Médico explica a importância do aleitamento materno e o passo a passo para fazer a coleta e armazenamento corretos

 

No Brasil, 330 mil crianças nascidas a cada ano são prematuras ou têm baixo peso e, por isso, precisam da doação de leite materno para sobreviver. Considerado o melhor alimento para recém-nascidos, o leite materno reduz em 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos e diminui o risco de desenvolvimento de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.

 

Em 2023, a doação de leite humano registrou crescimento de 8%, o maior aumento nos últimos cinco anos. Foram 253 mil litros de leite humano doados, que beneficiaram 225.762 bebês recém-nascidos. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde para reforçar a importância do aleitamento materno e da doação de leite humano, marcando a data especial em 19 de maio, o Dia Mundial da Doação de Leite Humano.

 

De acordo com Dr. Flávio Costa, profissional da área de ginecologia e obstetrícia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, “o leite materno é essencial para os bebês, fornecendo todos os nutrientes que precisam para crescer e se desenvolver de forma saudável. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é amamentar exclusivamente até os seis meses e, depois, continuar junto com outros alimentos até, pelo menos, os dois anos de idade”.

 

Como coletar e armazenar o leite

Na doação de leite materno, qualquer quantidade de leite pode ajudar, uma vez que 1 ml de leite já é suficiente para a nutrição de um recém-nascido a cada refeição, a depender do peso.

 

Segundo o médico, “algumas lactantes podem ter restrições que impeçam a doação do leite, como infecções transmissíveis pelo leite e uso de certos medicamentos”. Para as lactantes que tenham disponibilidade e queiram doar leite humano, o médico indica os principais cuidados para extrair e armazenar o leite para que seja considerado adequado para doação. As medidas também podem ser consideradas por quem precisa coletar o leite para ser ofertado ao próprio bebê quando estiver ausente.

 

Coleta: após lavar as mãos até a altura dos cotovelos, a lactante deve utilizar um frasco de vidro com tampa de plástico, previamente esterilizado (basta ferver em uma panela com água por 15 minutos). Durante a extração do leite, é preciso utilizar uma touca nos cabelos e máscara cobrindo o nariz e a boca, para evitar contaminação. Feita a coleta, o frasco tem de ser fechado e levado imediatamente para a refrigeração.

 

Armazenamento: segundo o Ministério da Saúde, o leite humano pode ser armazenado na geladeira por até 12 horas e, no congelador, por até 15 dias, mas no caso de doação, o prazo são 10 dias. Deve ser mantido na geladeira entre 0 e 4°C, em recipientes apropriados. Para garantir a validade, é recomendado etiquetar o recipiente com a data da coleta.

 

Onde doar: o Brasil tem a maior Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH) do mundo. Para fazer a doação, a lactante pode entrar em contato com o banco de leite mais próximo de sua casa ou ligar no 136 para obter informações de como e quando doar. No site do Ministério da Saúde, é possível encontrar uma lista com os endereços e contatos de Bancos de Leite em todo o país.


 Cartão de TODOS


Cavalo Caramelo e quando a água baixar

 

O final de Abril e o começo de Maio foram marcados pelo pior desastre  ecológico da história do Rio Grande do Sul, com inundações, mortes e milhares de desabrigados e de pessoas ilhadas. Nosso país assistiu atônito, preso em mais uma onda de calor, com a umidade encapsulada e derramando toda a chuva no sul do país. Calor e secura aqui e um dilúvio ali. Negacionistas teclam furiosos que não foi tão ruim assim. Depois de chamar a Covid 19 de “uma gripezinha”, o que vai ser agora? Foi só uma chuva de verão?

Nossos olhos perplexos fitam as imagens de perda, os resgates improvisados, as pessoas subindo nos caminhões com filhos, gatos e cachorros no colo. Vi uma imagem numa Rede Social de um senhor se agarrando em seus cachorros resgatados, que tinham ficado para trás. Ele, aos prantos, eu, com os olhos gotejando. E a imagem de um cavalo ilhado, imóvel, encima de um telhado percorreu o mundo, ficou doendo nas telas. Alguns dias parado, imóvel, encima de um espaço exíguo. Essa imagem mobilizou influencers e internautas para ver o que fazer para tirar o “Caramelo”, assim nomeado pelas redes, daquela situação. Uma equipe de veterinários e bombeiros foram em vários botes para salvar Caramelo. Ele foi sedado lá no telhado mesmo, apesar do risco do mesmo ceder, não cedeu, e o bicho foi colocado como um bebê no bote que finalmente o tirou dali, depois de quatro dias e meio de resistência. Lágrimas, aplausos. E alívio. Que alívio!

Assisti uma aula de um Psiquiatra indiano, Dr Suresh Bada Math, em que ele dividiu a resposta das pessoas, em situação de Desastre Natural, em quatro fases: Fases Heróica, Lua de Mel, Desilusão e Recuperação.  

Na fase inicial, ligamos em nosso Cérebro o modo de sobrevivência. É uma fase que o objetivo é reduzir ao máximo os danos e salvar vidas. Bombeiros e militares se revezam para resgatar as pessoas, tratar os feridos, impedir a propagação de infecções. Voluntários aparecem de todos os lugares. Depois vem a fase que ele estranhamente referiu como “Lua de Mel”, o que eu acho que é para causar essa estranheza mesmo: chegam donativos de todo o país, remadores olímpicos e surfistas vão resgatar as pessoas, autoridades prometem mundos e fundos, abrigos, roupas, auxílio médico, tudo brota como mágica. Estamos vendo essa fase agora. Isso é bom? Isso é ótimo. Salvou o Caramelo da morte por fadiga muscular e desidratação. Mas, para a Psiquiatria, tem um porém, quando as águas baixarem. Aí é que vem a fase da queda no Real. E a desilusão.

Quando passamos por uma perda, por exemplo, de um ente querido, na fase inicial, a Heróica, parece que somos inundados por Adrenalina, para cuidar de todos os detalhes, proteger os mais vulneráveis, consolar o sofrimento. Nas primeiras semanas após a perda, vem as ligações, as visitas, o amparo de amigos, parentes, colegas do dia a dia, para animar, estimular e acolher a pessoa que passa por aquela perda. Mas o tempo passa, e a água, abaixa. E aí que começamos a dimensionar o tamanho do estrago. As pessoas retomam suas vidas. Os telefonemas escasseiam. Nessa hora, em que parece que a vida vai continuar, é aí que um psiquiatra vai colocar seus olhos e ouvidos atentos: é a fase da grande tristeza. A fase em que “cai a ficha”. E o que aparece? Revivências dos traumas, revolta, angústia, uma imensa sensação de perda e vazio, o que pode desembocar em vários transtornos psiquiátricos. E, veja só, é nessa hora, quando a poeira e a água do Guaíba baixar, que a mídia vai embora, os blogueiros vão falar de outra coisa e as pessoas vão ver o que sobrou depois do dilúvio. Nessa fase de desalento, estranhamente, costuma ser a fase em que há a maior solidão e confronto com a dor. Acaba o oba-oba da mídia e começa o trabalho de enxada da reconstrução, onde não pode faltar a escuta, o apoio, os planos de reconstrução: isso vai ser tarefa também da equipe de Saúde Mental. Esse é o paradoxo: quando a água refluir, a comoção da opinião pública se abrandar, nessa hora que os enlutados, os órfãos e os caramelos vão precisar de mais ajuda. De mais investimento.

Uma lembrança para os queridos leitores, aí do outro lado da tela: isso vale para todo processo de luto: quando todo mundo acha que ele está melhorando, é justamente aí que a tristeza fica pior. E precisa ser acolhida. Por todos.



Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


Como adiar a maternidade com segurança e consciência


Especialista destaca a importância do planejamento reprodutivo em meio à crescente tendência de gravidez tardia

 

Trinta e cinco anos. Este é o marco inicial para uma gestação ser classificada como tardia. Apesar de parecer cedo, especialmente considerando as diversas mudanças que a mulher tem passado ao longo dos anos, este é um conceito que permanece inalterado. O médico convidado pela Organon, João Sabino Cunha Filho, professor titular da faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reforça essa perspectiva.

“A saúde das gestantes de hoje aos 35 anos é muito melhor do que a das gestantes de três décadas atrás. Mas, a partir desta idade, consideramos a gravidez como tardia devido ao aumento do risco de uma série de condições, como doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes durante a gestação”, explica.

Outro fator que impacta as mulheres quando o assunto é gravidez tardia é o relógio biológico. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa a entrar em declínio, já que as mulheres não produzem novos óvulos após o nascimento. Com a reserva ovariana diminuindo ao longo dos anos, a concepção natural torna-se mais difícil.

Nesse contexto, muitas mulheres se veem diante de um dilema. À medida que os avanços médicos ampliam a expectativa de vida e as mulheres buscam realizar diversos objetivos pessoais e profissionais, a gravidez muitas vezes não está no centro de sua atenção. É aí que o congelamento de óvulos surge como uma alternativa.

De acordo com o Dr. João Sabino, este procedimento oferece às mulheres a liberdade de decidir o momento mais adequado para iniciar uma família. O especialista também afirma que se ele pudesse dar um conselho para as mulheres, seria: “façam um planejamento reprodutivo”.

“Assim como fazemos planejamento financeiro, para viagem, para comprar carro... Também é essencial pensar no futuro reprodutivo. Os óvulos podem ser congelados indefinidamente, sem prazo de validade. Se uma mulher optar por esse procedimento aos 32 anos, por exemplo, e decidir engravidar aos 40, é como se ela ainda tivesse 32 anos biológicos ao tentar engravidar”, destaca.

Com acompanhamento médico adequado, hábitos saudáveis e o apoio de técnicas como o congelamento de óvulos, a gravidez tardia pode ser uma experiência segura. A decisão de ter filhos após os 35 anos deve ser tomada de forma consciente, considerando os riscos e benefícios envolvidos, sempre com o apoio de um profissional de saúde qualificado.



Organon
www.organon.com/brazil
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Gratuito: Centro Comercial Aricanduva abre inscrições para a 21ª edição do Mutirão da Catarata


A ação tem inscrições limitadas e podem ser realizadas no shopping e outros pontos, entre os dias 20 de maio e 20 de junho

 

A maior ação social do Brasil, o Mutirão de Catarata, chega à 21ª edição, novamente realizado pelo Centro Comercial Aricanduva. A iniciativa já foi responsável pelo encaminhamento de mais de 30 mil pessoas para cirurgia gratuita ao longo dos últimos anos. Poderão se inscrever gratuitamente pessoas com mais de 50 anos com algum grau de deficiência visual e que residam em São Paulo.

As inscrições são limitadas e podem ser realizadas diretamente no shopping entre os dias 20 de maio e 20 de junho, das 10h30 às 21h, de segunda a sábado, e domingos e feriados, das 14h às 19h, em posto próximo à loja Polo Wear. Para confirmar a participação, é preciso levar documento com foto e comprovante de residência. Caso a inscrição seja para terceiros, o responsável deve levar seu documento pessoal junto com os documentos do paciente. Não serão atendidos pacientes que sejam de outros municípios, somente da cidade de São Paulo-SP.

O 21º Mutirão da Catarata é promovido pelo Centro Comercial Aricanduva, com o apoio de BlueEye Oftamologia, Instituto Eye Hospital, Guillaumon Oftamologia, ICG Cirurgias e Instituto Cultural Gilson Barreto.

“O Mutirão da Catarata é sem dúvida a maior ação social do Brasil não somente em termos de números, mas proporciona às pessoas afetadas pela Catarata retomarem suas atividades profissionais, impactando positivamente, milhares de famílias que não teriam condições de arcar com o procedimento”, exalta Marcos Sérgio de Oliveira Novaes, Superintendente do Centro Comercial Aricanduva.


Números grandiosos

Na última edição, realizada em setembro de 2023, o Mutirão da Catarata registrou 9 mil participantes, sendo 3.020 pacientes atendidos, 600 voluntários e 1.456 cirurgias agendadas. É o caso da paciente Neide Aparecida da Silva, de 68 anos, que realizou a primeira cirurgia, na vista esquerda, no Hospital Monumento, por meio do Mutirão. “Eu terei um retorno agora em maio para conseguir a cirurgia na vista direita. No passado busquei outras referências e não tive sucesso para dar andamento, somente com o Mutirão foi possível”, declara Neide.

 
A Catarata

A catarata provoca o embaçamento do cristalino, uma parte transparente do olho e que funciona como uma lente que ajuda as imagens a se tornarem nítidas. Quando ele fica totalmente embaçado, provoca a cegueira. O processo de perda de visão pode demorar anos ou meses e atinge um ou os dois olhos.

Diretor do Instituto Eye Hospital, um dos realizadores do mutirão, e médico especialista em catarata há cerca de trinta anos, Jefferson Barreiro explica que, em caso de diagnóstico da doença, a cirurgia resolve em 99% das situações. "A catarata começa em qualquer fase da vida, mas o mais comum disparado é a partir da terceira idade", ressalta.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a enfermidade é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo. Segundo ainda os números da Organização, existem pelo menos 2,2 bilhões de pessoas no mundo com algum tipo de problema de visão. Destas, pelo menos 1 bilhão apresentam alguma condição de saúde nos olhos que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada.

  

Serviço:

Inscrições para 21º Mutirão da Catarata – Centro Comercial Aricanduva
Data:
de 20 de maio a 20 de junho.

Horário: segunda a sábado, das 10h30 às 21h. Domingos e feriados, das 14h às 19h.

Local: Av. Aricanduva, 5555, Vila Matilde – SP – (Próximo a Polo Wear)

Estacionamento gratuito.

 

Outros postos:

São Mateus: Av. Mateo Bei, 2.600 - segunda a sexta, das 10h às 17h

Vila Matilde: R. Olímpio Brás de Souza, 255 - segunda a sexta, das 09h30 às 16h30.

Tatuapé: R. Fernão Tavares, 123 - segunda a sexta, das 09h às 17h. 



Centro Comercial Aricanduva
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Dia Nacional do Medicamento Genérico: diferença de preço para remédio de referência pode chegar a mais de 3.500%

A lei dos genéricos, criada em 1999, completa 25 anos e já proporcionou economia de mais de R$ 280 bilhões para a população 

Nesta segunda-feira (20/05), é comemorado o Dia Nacional do Genérico. Segundo a PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares)¹, os medicamentos genéricos, que completam 25 anos no Brasil, já proporcionaram mais de R$ 280 bilhões em economia para a população, desde a criação da Lei nº 9.787, em 1999. Pesquisa da Cliquefarma/Afya, ferramenta que compara preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, aponta, por exemplo, uma diferença de 3.565,35% do preço médio de um genérico para disfunção erétil (R$ 6,69) e o de referência (R$ 245,21), considerando as mesmas concentração e quantidade de comprimidos.

 

O estudo revela ainda os benefícios dos genéricos para o bolso do cidadão no médio prazo: um tratamento com anticoagulante com um comprimido por dia, por um ano, pode apresentar uma diferença de valor da ordem de 2.276,46%, variando de R$ 187,72, preço médio do genérico, para os R$ 4.461,09 do medicamento de referência. Ainda segundo dados da Cliquefarma/Afya, no último ano, o medicamento genérico mais pesquisado foi para diabetes, seguido por anti-inflamatório, remédio oncológico, medicação para hipertensão e anticoncepcional.

 

Cada vez mais os brasileiros entendem as vantagens no tratamento com um custo menor e a mesma eficiência. De acordo com a ProGenéricos, no Brasil, 79% dos consumidores compram ou já compraram medicamentos genéricos. A associação destaca ainda que cerca de 90% das doenças conhecidas podem ser tratadas com genéricos; 85% dos medicamentos distribuídos no programa Farmácia Popular são genéricos; e dos 20 medicamentos mais prescritos, 15 já são para genéricos¹.

 


Afya
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Referência:
¹PróGenéricos: https://progenericos.org.br/genericos/numeros-do-setor/


Além da catástrofe: situações de estresse podem causar a Síndrome do Coração Partido

Considerado um problema raro que provoca sintomas semelhantes aos de um infarto, a síndrome tem maior incidência em mulheres com idade acima dos 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, afetando também os homens

 

Má qualidade de vida, álcool e tabaco são alguns dos fatores de risco para infartos, mas outras situações de estresse emocional e físico, como luto ou perdas em geral, também podem impulsionar problemas cardiológicos, como, por exemplo, a Síndrome do Coração Partido (SCP). Nestes casos, não há obstrução das artérias coronárias do coração nem por gordura, nem por doenças preexistentes. 

Considerado um problema raro que provoca sintomas semelhantes aos de um infarto, como dor no peito, falta de ar ou cansaço, e que surge em períodos de grande estresse emocional, por exemplo, durante uma separação ou após o falecimento de um familiar, esta síndrome tem maior incidência em mulheres com idade acima dos 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, afetando também os homens. 

A síndrome do coração partido normalmente é considerada uma doença com origem psicológica (relacionada à liberação de altas taxas de hormônios na corrente sanguínea), porém, exames de imagem mostram que, durante a síndrome, a musculatura dos ventrículos, mais especificamente o ventrículo esquerdo, não contraem corretamente, levando ao baixo fluxo sanguíneo e ao desenvolvimento de sintomas semelhantes aos que ocorrem no infarto. 

Segundo o Dr. Jasvan Leite, cardiologista do Hcor, presenciar acontecimentos como desastres, casos de demissão do emprego, morte inesperada de um ente querido ou até mesmo perda de bens materiais com importante valor emocional pode causar danos ao coração. “A saúde física e mental das pessoas que estão passando pela catástrofe no Rio Grande do Sul, por exemplo, está sendo colocada em prova a todo momento. Esse tipo de situação provoca um aumento da produção de hormônios do estresse no organismo, que podem gerar contração de alguns vasos cardíacos, lesando o coração. Inclusive, estudos indicam que passar por situações estressantes, como essa, aumenta em duas vezes a chance de um infarto”, explica o especialista. 

A SCP foi descoberta há cerca de 35 anos, mas vem se tornado mais comum nos últimos tempos, devido ao nível de estresse e sobrecarga emocional das pessoas na sociedade atual. “Essa doença tem origem psicológica, porém os danos causados ao coração são físicos e simulam um infarto do miocárdio”, alerta o cardiologista. Geralmente, as sequelas da SCP são transitórias, mas pode ser necessário o uso de medicamentos para ajudar o músculo a retomar as funções normais, retirando a sobrecarga do coração e fazendo o sangue passar com mais facilidade. 

“Pessoas que já apresentam alguma doença cardíaca ou psicológica precisam ser hospitalizadas até que haja a estabilização. Esse método se mostra eficaz para o controle, pois temos uma monitorização frequente dos sinais vitais do indivíduo, além de uma assistência completa, com time multidisciplinar à disposição do paciente. É muito importante que exista essa interligação entre equipes, pois, deste modo, há maiores chances de uma recuperação mais rápida”, afirma Dr. Jasvan.

 

Como proteger meu coração? 

Não só as consultas regulares, mas um bom hábito de vida como um todo ajuda a prevenir muitas doenças cardíacas. Atividades físicas, principalmente em dupla ou em grupo, proporcionam momentos psicologicamente positivos e aliviam o estresse, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. 

“Aqueles em situação de estresse emocional muito grande também precisam de uma rede de apoio forte, que ajudem na superação do trauma. É imprescindível, assim que possível, fazer exames específicos que possam avaliar a capacidade cardíaca do indivíduo. Não fumar e não consumir bebidas alcoólicas são outros indicadores que ajudam a prevenir patologias no coração”, conclui o especialista.
 

Hcor


Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: especialista explica sobre os riscos e opções de tratamento da doença

Alguns fatores de risco favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada, diabetes e hereditariedade. A prevenção é a melhor medida para o tratamento

 

O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, celebrado em 26 de maio, alerta sobre a importância dos cuidados e acompanhamento oftalmológico adequado com a enfermidade. Por ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas na maioria dos casos, muitas vezes é diagnosticada quando o paciente já está na fase final, onde ocorre a perda da visão e do campo visual, de forma irreversível. O glaucoma é a doença que mais cega no mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta entre 1% e 2% da população com mais de 40 anos de idade em todo o mundo, o que representa cerca de 3 milhões de pessoas.
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Alguns fatores de risco favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada, diabetes e hereditariedade. A prevenção se dá com visitas regulares ao oftalmologista para avaliação e detecção precoce do problema, como forma de evitar a cegueira por glaucoma”, explica a Dra. Márcia Keiko Tabuse, médica oftalmologista e consultora da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão.
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O glaucoma crônico, mais frequente, não oferece sintomas nas fases iniciais da doença e pode ser diagnosticado pelo exame de pressão ocular e fundo de olho, que analisa o nervo óptico. Os pacientes com alto grau de miopia, acima de 5 graus, têm maior probabilidade de desenvolver esse tipo de glaucoma.
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Evidências comprovam o aumento da miopia em todo o mundo. Estima-se que terá impacto sobre mais da metade da população mundial até 2050, segundo dados da OMS. Desta forma, o controle rigoroso da miopia em crianças é fundamental para não alcançar graus altos com risco de glaucoma e perda da visão durante a fase adulta.
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Visitas de rotina ao oftalmologista desde a primeira infância, o uso comedido e regrado de dispositivos móveis, como smartphones, tablets e outros tipos de telas, e o estímulo às atividades ao ar livre consistem em estratégias importantes de prevenção à progressão da miopia. Adicionalmente, a implantação da correção adequada e/ou das terapias, também colaboram para conter o provável avanço de um quadro já existente”, aponta a especialista.
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Uma vez diagnosticada, a doença pode ser corrigida, quando necessária, por meio do uso de óculos ou lentes de contato. A Dra. Márcia destaca a eficiência de alternativas não invasivas, como é o caso das lentes de óculos de alta tecnologia e que já são opções importantes para a redução da miopia infantil. “As pessoas com a miopia axial, quando passam a fazer uso contínuo desse tipo de lente, podem ter uma média de 60% na desaceleração da progressão da miopia, pois a estrutura da lente permite simultaneamente desacelerar o crescimento do globo ocular e proporcionar uma visão mais clara”, afirma a profissional.
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Em paralelo, o glaucoma agudo ocorre quando a pressão do olho sobe de forma abrupta e o paciente refere sintomas como muita dor no olho, visão turva e pupila dilatada, por exemplo. Nesse caso, é necessária procura por um pronto socorro para o controle urgente da pressão ocular, com risco de perda da visão. Uma curiosidade é que esse tipo de glaucoma é mais frequente nas mulheres.
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As evidências atuais sugerem que as mulheres mais velhas correm o risco de desenvolver glaucoma e cegueira devido à doença. De acordo com estudos recentes, as mulheres superam os homens em casos de glaucoma em todo o mundo e correm maiores riscos de glaucoma de ângulo fechado, mas não há uma predileção clara por gênero para o glaucoma de ângulo aberto. Além disso, curiosamente, existem algumas evidências que sugerem que os hormônios sexuais femininos podem proteger o nervo óptico.
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Também levanta-se a hipótese de que a diminuição da exposição ao estrogênio está associada ao aumento do risco de glaucoma de ângulo aberto, mas estudos de base populacional apresentam resultados inconsistentes. “Atualmente, não há evidências suficientes para apoiar o uso da terapia de reposição hormonal na prevenção do glaucoma. Pesquisas apontam que as mulheres carregam um fardo maior de cegueira devido ao glaucoma por conta da longevidade e desvantagens nas crenças socioeconômicas e de saúde”, completa a profissional.


Hoya Vision Care 
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Existe vacina contra o câncer? Gastrite pode virar câncer? Confira as respostas para essas e outras dúvidas sobre a doença

 

O cirurgião oncológico do Hospital Edmundo Vasconcelos, Vinicius de Borba Marthental, oferece as respostas para algumas das dúvidas mais procuradas pelo público

 

O câncer é considerado a segunda doença que mais mata em todo o mundo e no Brasil também não é diferente, com a existência de mais de 704 mil falecimentos por conta da doença anualmente. Além disso, segundo um estudo do British Medical Journal aponta que nos últimos 30 anos houve um aumento de 79% de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos. A previsão também é que possa haver 31% mais mortes pela doença nessa população nos próximos seis anos.

Especialistas afirmam que é muito importante que as pessoas busquem informações para a conscientização e para buscar novas formas de prevenção e cuidados com a doença. O cirurgião oncológico do Hospital Edmundo, Vinicius de Borba Marthental, responde abaixo algumas das dúvidas mais comuns sobre o assunto:

Cisto pode virar câncer?

Segundo o médico na maioria dos casos eles não se transformam em câncer e são, em geral, formações benignas que podem aparecer em diversas partes do corpo, como mama, tireoide e rim. “A transformação de um cisto em câncer é rara e depende de vários fatores, incluindo o tipo específico do cisto e sua localização. É importante que qualquer novo cisto ou mudança em um cisto existente seja avaliada por um médico especialista no assunto, para um diagnóstico adequado”, detalha. De acordo com ele, é preciso ter atenção a alguns tipos de cistos de pâncreas e dos rins podem ter características atípicas, então é importante consultar um cirurgião especializado para verificar a possibilidade de realizar uma biópsia ou a retirada da lesão.

Gastrite pode virar câncer?

Vinicius explica que doenças crônicas como gastrite crônica, especialmente quando associada à infecção por Helicobacter pylori, podem aumentar o risco de câncer de estômago. “A inflamação crônica do estômago pode levar a alterações pré-cancerosas na mucosa gástrica, que, se não tratadas, podem evoluir para câncer. Portanto, o tratamento eficaz da gastrite e a erradicação do H. pylori são importantes para reduzir esse risco”, afirma ele.

Como é o nódulo do câncer de mama? E quais os sinais do câncer de mama, no geral, e em quem está amamentando?

O especialista detalha que o nódulo do câncer de mama frequentemente se apresenta como um caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor. “É importante destacar que nem todos os nódulos na mama são cancerígenos, mas a presença de um nódulo nessas características exige uma avaliação médica para um diagnóstico preciso”, alerta ele.

Já entre os sinais, além do nódulo, Vinicius destaca a presença de alterações na pele da mama, que pode ficar avermelhada ou com aspecto de casca de laranja, mudanças no bico do peito (mamilo), como retração ou alteração de posição, e saída espontânea de líquido de um dos mamilos, que pode ser sanguinolento, claro ou de outra cor. “Em mulheres que estão amamentando, qualquer nódulo ou alteração deve ser avaliada, pois alterações benignas como mastites ou obstruções também são comuns neste período, mas é vital descartar a presença de câncer”, pondera ele.

Como a alimentação pode influenciar no desenvolvimento de algum tipo de câncer? Quais as outras formas de se prevenir de um câncer?

O médico do Hospital Edmundo Vasconcelos reforça que a alimentação pode influenciar no desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e pobre em gorduras saturadas e carnes processadas, pode reduzir o risco de certos tipos de câncer, incluindo câncer de cólon, mama e próstata, especialmente por conta dos antioxidantes, fibras e outros compostos benéficos presentes nesses alimentos, que podem proteger contra danos celulares.

“Para além dos cuidados com a alimentação, é possível reduzir o risco de desenvolver câncer com a adoção de hábitos saudáveis como praticar exercícios regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, proteger-se contra infecções que podem levar ao câncer (como HPV e hepatite), evitar a exposição excessiva ao sol e realizar check-ups regulares que incluem exames de detecção precoce para tipos de câncer como de mama, próstata, cólon e colo do útero, conforme recomendações médicas”, garante o médico.

Quais os tipos de câncer mais comuns no Brasil?

O Câncer de pele, do tipo não melanoma, engloba o grupo de cânceres mais comuns no Brasil. Segundo dados do INCA, os principais tipos de câncer na mulher brasileira são o câncer de mama, câncer de colo de útero, câncer colorretal, câncer de pulmão e câncer de tireoide. Já para os homens os mais comuns são o câncer de próstata, câncer de pulmão, câncer colorretal, câncer de estômago e câncer de cabeça e pescoço.

Qual a importância da vacina HPV e que tipo de câncer ela protege? Quem pode tomar?

O especialista ressalta que a vacina HPV é crucial para prevenir o câncer cervical, câncer anal, de pênis, de vulva, de vagina e orofaríngeo. “A vacina funciona por meio da indução do sistema imunológico a produzir anticorpos contra o HPV, prevenindo assim a infecção”, diz.

São dois tipos de vacinas disponíveis no Brasil: a quadrivalente contra o HPV (protege contra quatro tipos de vírus) e a nonavalente (protege contra nove variantes). “Ambas são eficazes na prevenção de condições causadas pelo HPV, como verrugas genitais e certos tipos de câncer. A nonavalente, por incluir mais tipos do vírus, incluindo variantes de alto risco associadas ao câncer, pode oferecer uma proteção mais ampla”, detalha.

O Ministério da Saúde oferece a vacina no SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos para proteger antes do início da vida sexual. Há também uma ampliação do público-alvo para pessoas imunossuprimidas de 9 a 45 anos e vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos, com esquemas vacinais adaptados para esses grupos. “Já a vacina nonavalente pode ser administrada em mulheres de meia-idade (27–45 anos), após análise clínica ponderada sobre o risco individual e a situação específica de cada uma, mesmo que as evidências sobre seus efeitos preventivos nessa faixa etária sejam insuficientes”, finaliza.

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

www.hpev.com.br

 

 

Dengue: pediatra aponta cuidados especiais com bebês abaixo de dois anos

Mães, pais e/ou responsáveis precisam estar atentos para identificar possível quadro de dengue em bebês, que têm dificuldade em expressar sintomas relacionados à dor 

 

Com recordes alarmantes de casos de dengue em todo o país, a preocupação se volta especialmente para os públicos com maior fragilidade, que são os bebês e os idosos. No caso dos menores de dois anos, que geralmente ainda não sabem se comunicar, o olhar atento dos pais e responsáveis precisa ser redobrado. A médica pediatra Juliana Okuyama, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), destaca alguns pontos de atenção, para um diagnóstico e tratamento oportunos, evitando assim o agravamento dos sintomas. 

“Os sinais de dengue são febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele, que geralmente aparecem por volta do quarto ao quinto dia da doença. Como os bebês não sabem ainda falar, é importante estar alerta para alguns destes sintomas e ficar atento se o bebê está mais choroso ou apresenta mudança de comportamento, além da presença da febre”, explica. 

Os sintomas da dengue são comuns a outras infecções virais benignas na infância e é necessário um olhar atento do pediatra. Os sinais de gravidade e que exigem avaliação médica imediata são vômito persistente, dor abdominal, pele fria e pálida, sonolência ou agitação, sangramento, diminuição da urina e dificuldade para respirar. 

De acordo com a especialista, para o diagnóstico até o terceiro dia do início dos sintomas pode ser realizado um teste rápido de sangue (NS1 dengue) e o hemograma, que apresentam alterações típicas da doença e podem auxiliar na confirmação. Uma vez diagnosticada a dengue, a criança deve fazer acompanhamento clínico e laboratorial a cada 48 horas até plena recuperação. 

“O tratamento, no caso dos bebês, geralmente inclui as medicações para controle da febre, do vômito e hidratação calculada de acordo com o peso da criança. Do volume total de hidratação, 1/3 será dado com soro de hidratação oral. Uma dica pra melhorar a aceitação desse soro é fazer picolé ou gelatina sem sabor”, sugere. 

A médica ainda alerta que, sob nenhuma hipótese, em caso de suspeita de dengue, deve-se administrar medicamentos anti-inflamatórios. “Jamais usar o ibuprofeno, que pode aumentar o risco de sangramento”, explica. Por isso, o importante é não tentar amenizar os sintomas por conta própria, mas, sim, com a ajuda e a orientação de uma equipe médica. 

A recuperação ocorre por volta de sete dias com resolução completa dos sintomas e melhora dos exames laboratoriais. Quando o tratamento é instituído oportunamente, não há sequelas.

 

Prevenção

Diante deste cenário, a melhor alternativa é prevenir para que os pequenos não sejam picados pelo mosquito transmissor (Aedes aegypti). A pediatra sugere repelentes conforme a faixa etária: 

A partir de dois meses – repelente a base de icaridina, com baixa concentração do produto (10%), com reaplicação conforme orientação do fabricante. 

A partir de seis meses – repelente a base de IR3535 (etil butilacetilaminopropionato), que deve ser reaplicado a cada 4 horas. 

A partir de dois anos – repelente a base de DEET (N,N-Dietil-m-toluamida), com baixa concentração do produto (10%), com reaplicação conforme instruções da embalagem. 

“Outras medidas de proteção são telas em portas e janelas, uso de repelentes de ambiente contendo citronela, como velas e óleos aromáticos. Roupas longas que protegem maior parte do corpo do bebê, quando possível”.

 

Vacina

Recém criada, a vacina contra a dengue, por enquanto, é liberada para a faixa etária de 4 a 60 anos e baseia-se em estudos de eficácia e segurança. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponível nos postos de saúde para crianças com idade de 10 a 14 anos. No entanto, na rede particular é possível vacinar outras faixas etárias. 

“O esquema vacinal completo inclui duas doses, porém, a primeira já atinge 80% de proteção. A vacina é contraindicada para gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência primária ou adquirida e para pessoas que tenham tido reação de hipersensibilidade à dose anterior”, orienta.

 

Vera Cruz Hospital


Saúde da mulher: Conheça sintomas que podem sinalizar o início da menopausa

 Mesmo com mais de 1 milhão de mulheres enfrentando a menopausa ao redor do mundo, temática segue sendo tabu entre a maioria do público feminino 

 

Os incômodos causados pelo climatério e menopausa são um processo natural do corpo humano, ainda assim, grande maioria das mulheres desconhece o assunto. Essas mulheres seguem sendo guiadas por dados sem comprovação cientifica contados repetidamente, e que acabam dificultando significantemente o processo de enfrentamento desse momento natural e inevitável da biologia feminina.

A médica ginecologista e especialista em menopausa, climatério, reprodução humana e longevidade, Dra Beatriz Tupinambá, vem ganhando cada vez mais força em seus canais digitais por produzir informações importantes sobre a temática. Diariamente, as suas quase 500 mil inscritas nas redes sociais acompanham suas dicas e se informam cada vez mais sobre menopausa e várias outras questões que compõe o universo feminino. Depois dessa interação com o público virtual, Beatriz constata que além da falta de conhecimento, mulheres enxergam a menopausa como um período muito temido, e sem solução, quando na verdade tem tudo pra ser a melhor fase da vida.

Pensando em informar e facilitar a vida de mulheres com dúvidas sobre todas essas mudanças em seus corpos e rotinas, listamos aqui 5 sintomas que podem sinalizar o início da menopausa:


1.Ondas de calor

Essa é uma das principais queixas feitas pelas mulheres. O fogacho surge de forma inesperada e causa crises de calor que se manifestam principalmente na parte superior do tronco, o pescoço e o rosto.  Em alguns casos, também, provoca suor excessivo e vermelhidão no rosto. A sensação dura em média 4 minutos e geralmente surge por mais de um ano, e em alguns casos, por mais de cinco anos.

 

2. Menstruação irregular

Talvez uma menstruação irregular seja o primeiro e principal motivo que leve a suspeita da chegada da menopausa. A baixa hormonal impede que o útero se prepare regularmente para engravidar, fato que interfere diretamente no ciclo menstrual. Porém, em alguns casos, mulheres apresentam um ciclo regular até a menopausa.

 

3.Alterações do sono

Um sono regulado tem relação direta com a produção de estrogênio. Por isso, é normal que a mulher em fase de menopausa sinta dificuldade para dormir como antes. As ondas de calor também interferem na qualidade do descanso, já que muitas vezes, ocorrem durante a noite.

 

4.Oscilações de humor

Nesta fase mudanças de humor repentinas também são muito comuns. Os hormônios responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso central são exatamente o estrógeno e a progesterona, que ficam em baixa na menopausa. Irritabilidade, melancolia e ansiedade são sintomas podemos observar nessa fase.

 

5.Diminuição da libido

Sabemos que o desejo sexual tem importante papel na saúde e bem estar da mulher, mas com a queda nos níveis de estrogênio acarretados pela menopausa, a libido da mulher pode ficar comprometida durante essa fase.

 

Ao identificar todos ou alguns dos sintomas citados no dia a dia, recomenda-se a busca por um médico especialista no assunto. Para a Dra. Beatriz, com conhecimento e assistência profissional adequada, a menopausa tende a ser a melhor fase da mulher, e cita vantagens como o fim dos ciclos menstruais, TPM, preocupação com período fértil, maior tempo de autocuidado, maturidade e homônimos administrados como algumas das vantagens. 

“A gente precisa trabalhar também o psicológico. Olhar a menopausa por outro ângulo e perceber que sim, a menopausa pode ser a melhor fase que podemos viver. A gente entra na menopausa na metade da nossa vida, e não precisamos nos manter na segunda metade dela indispostas, com calores, ressecamentos, queda de libido, entre outros, porque simplesmente deixamos de alimentar nossas células de hormônios por 50 anos.”


Hepatite A, verme, leptospirose: saiba quais são as doenças provenientes do contato com a lama


Lama ou água contaminada por microrganismos nocivos à saúde pode causar problemas como gastroenterite e casos de hepatite A, verme e até leptospirose, se ingerida ou se entrar em contato com lesões de pele, boca e outras mucosas. Por isso, a infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Marli Sasaki reforça a importância da higienização para evitar problemas.

“Espaços abertos com lama estão expostos a animais, como ratos, e materiais orgânicos que podem transmitir doenças. Por isso, o ideal é se limpar o mais rápido possível com água e sabão e evitar o contato da sujeira com a pele”, explica especialista.

Mesmo mediante a situação de calamidade pública como ocorre neste momento no Sul do Brasil, é importante reforçar até mesmo para voluntários e autoridades quais são os equipamentos necessários para transitar em contato com a água e a lama: botas, luvas, além de lavar as mãos com água e sabão após o contato com o material, principalmente antes de comer e após o uso do banheiro e trocar de roupas sujas.

É importante também estar atento ao surgimento de sintomas, como: dor de cabeça intensa e continua febre, vômitos e diarréia. Os sinais podem indicar infecções causadas pelo contato com lama contaminada.


Infecções que podem ser transmitidas pela lama:

Problemas gastrointestinais

Ao ingerir pequenas quantidades de lama contaminada, surgem os sintomas clássicos das infecções gastrointestinais: náuseas, diarréia, vômito e febre. Os incômodos aparecem poucas horas ou dias após o contato com microrganismos nocivos à saúde. O problema é tratado com boa hidratação, medicação para administrar os sintomas e, em casos mais graves, com antibióticos.

Hepatite A

A doença é causada pela ingestão de material fecal, que pode estar presente na lama. A infecção geralmente não apresenta sintomas, mas quando surgem são: febre, dores musculares e fadiga. Pode desencadear também problemas gastrointestinais, urina escura e pele amarelada.

A doença não tem tratamento específico, mas pode ser evitada pela vacinação

Verme

A lama pode conter também fezes de animais com ovos de ancilóstomo, que causa a doença larva migrans, também conhecida como bicho geográfico. A transmissão ocorre pelo contato de materiais com os ovos do parasita com a pele lesionada ou machucada. São sintomas coceira intensa em região com lesões sinuosas e semelhantes a um mapa.

O tratamento é feito com medicação específica para eliminação de verme.

Leptospirose

A doença é causada pela bactéria leptospira e transmitida pelo contato entre a pele e a urina de animais contaminados. Os principais transmissores são os ratos. São sintomas: febre, dor de cabeça e muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite e vômitos. Os sinais podem surgir em um dia ou em mês, porém, aparecem comumente entre um e duas semanas (7 a 14 dias).

A leptospirose é tratada com medicação para minimizar os sintomas e, em casos mais graves, com antibiótico. Por isso, nos primeiros sinais comuns da doença, procure por atendimento médico.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe


Câncer de intestino é o terceiro tumor mais recorrente no Brasil

Por ser silencioso, a maneira mais fácil de detectá-lo em suas fases iniciais é através da colonoscopia

 

São estimados mais de 45 mil novos casos de câncer de intestino grosso, também chamado de câncer colorretal, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse tipo de câncer ocupa a terceira posição entre os mais frequentes no Brasil, e pode atingir tanto homens quanto mulheres, embora seja mais incidente na população masculina. 

O câncer de intestino é um tumor maligno, que se desenvolve no intestino grosso (colón) ou em sua porção final (reto). É uma doença que surge a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como os pólipos, lesões pequenas que crescem nas paredes do intestino e servem de alerta ao paciente. 

“O câncer colorretal costuma ser silencioso e, de modo geral, causa sintomas apenas em estágios mais avançados”, explica Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Brasil. Sangue nas evacuações, alterações no hábito intestinal, constipação, cólicas e inchaço abdominal podem ser indicadores do problema. 

Além disso, existem sintomas pouco específicos que podem estar presentes também em outras doenças, como fadiga, perda de peso e anemia crônica. A melhor forma de investigar esses sinais e confirmar ou descartar a presença de câncer de intestino é com exame de colonoscopia. 

Na maioria dos casos, a colonoscopia deve ser feita entre 45 e 50 anos, com intervalos de 3 a 10 anos, a depender da recomendação médica. Se houver histórico familiar de câncer de intestino ou retocolite ulcerativa, a colonoscopia pode ser realizada antes. 

O procedimento capta imagens da porção final do intestino delgado, do intestino grosso e do reto. Além de tumores, o procedimento pode detectar outras enfermidades, como doenças inflamatórias. 

Entre os fatores que podem aumentar o risco de câncer de intestino estão obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada (principalmente dietas ricas em ultraprocessados), tabagismo e alcoolismo. É importante enfatizar que apresentar um fator de risco não significa que a doença se desenvolverá. 

Após diagnóstico e identificação do estadiamento da doença, o paciente deve discutir com o médico qual tratamento será utilizado, considerando os benefícios à saúde e os possíveis efeitos colaterais. Atualmente, os pacientes podem contar com tratamento local, como cirurgia e radioterapia, e o tratamento sistêmico, que inclui a administração de medicamentos via oral ou via intravenosa, como quimioterapia e imunoterapia. 



Ferring
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Médicos alertam para risco de distúrbio na menopausa causado pela lipedema

Reprodução

O lipedema, doença que afeta principalmente as mulheres, provoca acúmulo anormal de gordura nas pernas, coxas e quadris. Esta condição, muitas vezes confundida com obesidade, vai além de uma questão meramente estética, representando um desafio de saúde significativo para muitas mulheres. Segundo o estudo “Prevalência e fatores de risco para lipedema no Brasil”, de 2022, essa condição atinge cerca de 12,3% das mulheres brasileiras.

De acordo com Jaqueline Neves, médica ginecologista, os sintomas dessa doença incluem pernas pesadas e dolorosas, sensibilidade ao toque, tendência a hematomas e inchaço crônico. “As manifestações dos sintomas podem resultar em limitações nas atividades diárias, desconforto emocional devido à aparência física alterada e complicações de saúde em longo prazo, como problemas circulatórios e articulares”, destaca.

O diagnóstico pode ser desafiador, pois é frequentemente confundido com obesidade ou com o acúmulo de linfa nos tecidos que resulta em um inchaço, o linfedema. No entanto, exames clínicos e de imagem, como ultrassonografia, podem auxiliar na identificação precisa da condição. É crucial que profissionais de saúde estejam familiarizados com o lipedema para um diagnóstico precoce e intervenções adequadas.

A médica explica que um fator importante associado ao lipedema é o distúrbio do estrogênio, um hormônio feminino que desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo lipídico e do tecido adiposo. Mulheres com excesso de peso, histórico familiar da doença, variações hormonais na puberdade, gravidez e principalmente na menopausa, têm maior risco de desenvolver a condição.

Embora não haja cura para o lipedema, várias abordagens de tratamento visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pacientes. “Há terapias conservadoras, como compressão, exercícios específicos para fortalecimento muscular e reeducação alimentar. Mas em casos mais graves é possível recorrer a procedimentos cirúrgicos, como a lipoaspiração tumescente, que podem reduzir o volume de gordura”, destaca Jaqueline Neves.

Há pesquisas sobre o lipedema focadas em compreender melhor os mecanismos subjacentes da doença para que seja possível desenvolver tratamentos mais eficazes e melhorar a qualidade de vida das pacientes. “É fundamental que mais mulheres possam receber o diagnóstico precoce e possam ter acesso ao suporte necessário. Além da necessidade de difundir entre mulheres os sintomas e opções de tratamento, como forma eficaz de buscar ajuda quando necessário”, afirma a médica.


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