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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Seconci-SP faz alerta neste Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal

Colite Ulcerativa e Doença de Crohn requerem diagnóstico correto e acompanhamento médico


Diarreias frequentes, cólicas e problemas na evacuação são alguns dos sintomas de Doença Inflamatória Intestinal (DII) que requerem diagnóstico correto, tratamento e acompanhamento médico. O alerta é do dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Maio Roxo e do Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, em 19 de maio.

Segundo o especialista, a DII é composta por 2 tipos de patologias. A Colite Ulcerativa, que afeta o cólon e mais frequentemente o reto, e a Doença de Crohn, que atinge qualquer parte do trato gastrointestinal. “A causa da DII não é totalmente conhecida, mas parece haver uma interação entre a suscetibilidade genética, o ambiente e o sistema imunológico intestinal”, afirma.

A prevalência da doença no Brasil é de 100 casos para cada 100 mil habitantes, com maior incidência na latitude Sul do que na Norte, possivelmente pela menor incidência da luz solar e vitamina D. “Ambas são mais frequentes em pessoas de origem judaica da Europa Central e seus descendentes, e menos frequentes na população hispânica e negra. A DII se inicia entre os 15 e os 30 anos de idade (primeiro pico) e tem um segundo pico entre os 50 e os 80 anos”.


Colite Ulcerativa

O dr. Dias explica que esta patologia é um processo inflamatório crônico, caracterizado por episódios recorrentes e remitentes de inflamação, limitados à mucosa do cólon e mais frequentemente no reto e com extensão uniforme.

Seus sintomas são episódios de diarreia mais de quatro vezes ao dia, podendo as fezes apresentarem sangue e muco; cólicas; urgência ou incontinência em defecar; ter vontade de fazê-lo e não conseguir, ou evacuar muito pouco. Podem ocorrer febre, emagrecimento, fadiga, anemia, falta de ar e palpitações. Sua intensidade pode ser leve, moderada ou grave.

“Não tratar a patologia pode levar a complicações agudas, como sangramento grave, colite fulminante, megacolon tóxico que pode ser fatal, e perfuração. Fígado, vesícula, olhos, pele e outros órgãos podem ser afetados”.


Doença de Crohn

Trata-se de processo inflamatório crônico que pode atingir toda a espessura da parede do intestino e que se apresenta com áreas normais intercaladas com áreas comprometidas (padrão salteado). Pode acometer qualquer parte do trato gastrointestinal, ocorrendo na maioria das vezes no íleo (parte final do intestino delgado) e no cólon, preservando o reto.

Seus sintomas são: cólicas abdominais, diarreia com ou sem sangramento, fadiga, perda de peso, eliminação de gordura nas fezes, fístulas e abscessos. Podem também surgir úlceras, dificuldades ou dor ao engolir, náuseas, vômitos após as refeições. E complicações como artrite, inflamação dos olhos, dermatoses, inflamação dos dutos biliares, abscessos no fígado, acúmulo de proteínas insolúveis em alguns órgãos, cálculo renal e bronquite.


Prevenção e tratamento

Abster-se de bebidas alcoólicas e de tabagismo, manter uma dieta saudável desprovida de gorduras e com ingestão de frutas e verduras, fazer atividades físicas e ter um sono reparador são algumas das recomendações do dr. Dias. Ele esclarece que fatores psicológicos como estresse não aumentam o risco de desenvolver DII, mas podem agravar o estado do paciente que já as tem. Alerta ainda que a obesidade pode contribuir para a inflamação da mucosa intestinal, e na Doença de Crohn aumenta o risco de complicações no ânus e no períneo.

De acordo com o gastroenterologista, o Seconci-SP dispõe de quase todos os exames laboratoriais necessários para o diagnóstico.

O tratamento depende da gravidade do quadro. Pode ser com apenas uma medicação ou associação de medicamentos. A medicação é ministrada por via oral, local (com supositórios e lavagens intestinais) ou ainda em infusão parenteral.


Mito ou verdade? A coqueluche afeta apenas crianças pequenas? O que você precisa saber sobre a doença

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Em apenas quatro meses, a cidade de São Paulo registrou o dobro de casos do ano passado


A coqueluche, doença respiratória altamente contagiosa, tem sido tema de discussão e preocupação em muitos países, incluindo o Brasil. Nos primeiros quatro meses deste ano, a cidade de São Paulo registrou 17 casos, o dobro, se comparado com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a maioria das ocorrências se concentram nas zonas sul e oeste da capital. 

Segundo dados do SUS (Sistema Único de Saúde SUS), nos últimos dez anos, o país registrou uma queda no número de pessoas aderindo à vacinação. Em 2012, 93,81% do público-alvo foi atingido, já em 2022, o índice ficou em 77,25%. “Segundo o calendário vacinal do Ministério da Saúde, a DTP, vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche, tem uma alta taxa de proteção e deve ser aplicada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses e novamente aos 4 anos. No entanto, a imunização perde um pouco a sua eficácia ao longo dos anos, por isso a importância dos adultos se vacinarem a cada 10 anos”, afirma o Dr. Fábio Argenta, cardiologista, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede de clínicas focadas em vacinas que oferecem o que há de mais moderno nos cuidados com a prevenção, 

É comum encontrar uma série de mitos e verdades que circulam nas redes sociais, o profissional aponta alguns, confira:

A coqueluche tem transmissão facilitada. Verdade! O vírus se espalha facilmente por meio do contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, principalmente durante uma tosse ou espirro. “O que é muito preocupante em ambientes fechados, como escolas e creches”, conta o médico.

A coqueluche não é mais uma preocupação de saúde pública. Mito! Atualmente o vírus não recebe tanta atenção se comparadas a outras enfermidades infecciosas, porém, ela ainda representa sim preocupação de saúde pública. “A vigilância epidemiológica continua com as campanhas educativas sobre a importância de manter o calendário vacinal em dia, especialmente para que não exista uma disseminação dessa e de outras doenças. É papel de todos nós, como população, não difundirmos fake news sobre o poder das vacinas”, comenta o Dr. Argenta.

A vacina contra a coqueluche perde a eficácia ao longo dos anos. Verdade! “A eficácia da vacina contra coqueluche pode diminuir ao longo do tempo, deixando as pessoas suscetíveis à infecção. Por isso, mesmo que o indivíduo tenha cumprido as doses de imunização quando criança, o indicado é que ele faça um reforço a cada dez anos na fase adulta”, esclarece o Dr. Fábio. 

A coqueluche afeta apenas crianças pequenas. Mito! Embora os bebês sejam os mais vulneráveis a sintomas graves, o vírus pode afetar pessoas de todas as idades. Adultos e adolescentes também podem contrair, muitas vezes apresentando sintomas mais brandos que podem passar despercebidos ou serem confundidos com outros problemas respiratórios. 

A tosse convulsa é inofensiva e pode ser tratada em casa. Mito! A tosse pode levar a complicações como convulsões, pneumonia, problemas para se alimentar e até mesmo levar a óbito nos casos mais graves. Por isso, para prevenir os sintomas e complicações, é fundamental ter supervisão médica. “Entender sobre os detalhes da doença e como se dá o seu contágio é essencial para preveni-la”, finaliza Argenta.

 

Saúde Livre Vacinas


SENTE MUITAS CÃIBRAS? AS CONDIÇÕES VASCULARES PODEM SER A CAUSA

As cãibras recorrentes podem estar ligadas a problemas vasculares e procurar um especialista para avaliação é essencial.

 

Quem nunca sentiu aquela dorzinha chata na perna durante uma caminhada, exercício ou até mesmo enquanto dorme? As cãibras podem parecer um incômodo passageiro, mas elas podem ser um sinal de problemas vasculares subjacentes. 

Carol Mardegan, médica cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), explica que apesar de parecer inofensiva, em alguns casos, pode ser um alerta para a saúde vascular. “As cãibras musculares podem ser um sinal de alerta para problemas vasculares, como a insuficiência arterial. Uma das doenças que podem trazer o alerta é a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), causada pelo entupimento das artérias da perna, que impede a passagem sanguínea pelo membro. É crucial não ignorar esses sintomas, pois podem indicar condições mais sérias que precisam de intervenção médica." 

A doutora ainda complementa a importância da avaliação de um especialista vascular para saber o porquê das cãibras. “Se o paciente já vem sofrendo há algum tempo com essas dores na panturrilha, piora quando caminha e precisa parar para aliviar a dor são sinais de que a circulação pode estar alterada. Por isso a importância da avaliação com o especialista. Isso pode ser feito por um exame médico completo, incluindo testes de diagnóstico vascular, que pode ajudar a identificar e tratar quaisquer condições que possam estar contribuindo para as cãibras."      ‍

Para evitar complicações decorrentes de problemas vasculares, a Dra. Mardegan ressalta algumas dicas: 

1. Manter um estilo de vida saudável: praticar exercícios regularmente, manter uma dieta balanceada e evitar o tabagismo podem ajudar a promover a saúde vascular. 

2. Manter-se hidratado: a desidratação pode aumentar o risco de cãibras musculares. Certifique-se de beber água suficiente ao longo do dia.      ‍

3. Alongamento e fortalecimento muscular: incorporar rotinas de alongamento e exercícios de fortalecimento muscular pode ajudar a prevenir cãibras musculares.      ‍

4. Consultar um especialista: se as cãibras são regulares, é importante consultar um médico especializado em saúde vascular para avaliação e tratamento adequados. 

Por fim, a médica conclui: "Não ignore as cãibras musculares frequentes. Elas podem ser um sinal de alerta. Com uma avaliação médica adequada e tratamento oportuno, é possível gerenciar e, em muitos casos, evitar complicações mais graves."     ‍
 
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Carol Mardegan - Graduada em medicina pela Universidade de Taubaté, com residência médica em Cirurgia Vascular pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especialização Fellowship em Cirurgia Endovascular. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular buscando sempre os melhores resultados através das modernas técnicas minimamente invasivas. www.carolmardegan.com


Conheça 5 mitos e verdades sobre os cuidados com os óculos

 Especialista destaca série de recomendações para manter os óculos e lentes em ótimas condições por mais tempo

 

Os óculos de grau são um item necessário para enxergar melhor, com perfeição e nitidez. Além da escolha correta de acordo com a necessidade de cada pessoa, é importante lembrar de adotar cuidados com a armação e as lentes para garantir a qualidade do produto por mais tempo. 

Esfregar as lentes, especialmente com um pano errado ou um lenço de papel, pode arranhá-las. Outros hábitos que fazem parte da nossa rotina também podem comprometer o funcionamento desses acessórios tão fundamentais para o dia a dia. É preciso estar atento para não danificá-los”, destaca Francisco Sousa, Supervisor Técnico Hoyalab Brasil da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes de óculos de alta tecnologia desenvolvidas para a correção de problemas da visão. 

Pensando nisso, preparamos abaixo uma série de recomendações e uma lista de mitos e verdades para manter os óculos e as lentes em melhores condições por mais tempo. Confira:

 

1 - Limpar as lentes com lenços de papel, toalha ou guardanapo: mito

Não limpe suas lentes com lenços de papel, toalhas de papel ou guardanapos de papel. Estes produtos geralmente contêm fibras de madeira que podem danificar permanentemente a superfície da lente. Além disso, também não é recomendado utilizar toalha que tenha sido lavada com amaciante, pois pode deixar uma película embaçada nas lentes.

 

2 - Invista nos cuidados ao retirar e guardar os óculos: verdade

Evite retirar os óculos do rosto quando não for preciso. Quanto mais tiramos, mais sujamos o acessório. Outra dica importante é manter os óculos em um estojo rígido, geralmente fornecido pelo fabricante ou pela ótica. Pegar ou deixar os óculos às pressas virado para baixo pode resultar em lentes riscadas. Por isso, nossa maior dica é sempre deixar seus óculos com as lentes viradas para cima. Assim, você evita qualquer atrito no material da lente, como partículas de poeira ou microfissuras.

 

3 - Utilizar produtos de beleza para limpar os óculos: mito

Não é recomendado utilizar produtos de beleza para lavagem dos óculos 

É importante saber quais produtos não usar em hipótese alguma. Evite usar sabonete, shampoo, sabão em barra ou produtos de limpeza abrasivos, pois eles podem danificar os revestimentos das lentes ou os materiais da armação. Esponjas de lavar louça também não são indicadas. Em paralelo, a forma correta de limpar os óculos de grau é bem simples. Utilize água fria e detergente neutro para fazer a higienização. Para isso, basta colocar o detergente na própria lente, espalhá-lo suavemente com as mãos e retirar com bastante água. Para limpezas rápidas, quando estamos em ambientes do qual não podemos fazer a higienização adequada, sugerimos: compre um pequeno frasco de limpador de lentes e leve-o quando estiver fora de casa.

 

4 - Consulte um especialista para avaliar a sua necessidade e melhor tratamento: verdade

Consulte sempre um especialista sobre revestimentos antirreflexo e anti-riscos, que garantem conforto, desempenho e durabilidade. Realizar visitas periódicas ao oftalmologista, exames preventivos, adotar hábitos saudáveis e proteger os olhos da exposição à luz solar são práticas que contribuem para uma visão saudável.

 

5 - Cuidado com a exposição dos óculos em fontes de calor: verdade

Não coloque os óculos em fontes de calor, como fornos ou aquecimento central. Além dos cuidados com a exposição ao sol, é importante lembrar de não deixar os óculos em superfícies quentes como painel do carro, em cima do micro-ondas ou em outros lugares de alta temperatura. O calor pode fazer com que os óculos entortem e até mesmo, prejudiquem os tratamentos da lente, provocando manchas, por exemplo.

 

Limpeza das lentes 

Higienizar as lentes sem riscá-las pode ser um desafio. Com cuidado e a utilização dos produtos certos, é possível lavá-las e secá-las sem prejuízos. Saiba mais: 

1- Lave suas mãos com sabonete neutro;

2- Limpe as lentes e a armação com água e uma gota de detergente líquido neutro;

3- Agite suavemente as gotas de água. Seque suas lentes com uma toalha de microfibra macia e limpa ou um lenço adquirido com o fabricante ou ótica;

4- Você nem precisa esfregar – as gotas serão transferidas para o pano em contato com a superfície da lente;

5 -Inspecione e limpe novamente, se necessário. 

Lembre-se que os óculos fazem parte de um conjunto do seu dia a dia. Além de ser um importante acessório para corrigir a visão, são uma extensão da personalidade, um reflexo do nosso estilo de vida e uma afirmação de quem somos. 



Hoya Vision Care
Saiba mais em Link


Dia Nacional de Combate à Cefaleia: dores de cabeça podem ter relação com disfunções na mandíbula

Problema atinge 1 bilhão de pessoas em todo o mundo; especialista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), destaca uma das causas: a disfunção temporomandibular (DTM)

 

Um dos principais objetivos do dia 19 de maio é alertar a população sobre as diferentes causas da cefaleia (dor de cabeça), identificá-las e permitir o tratamento adequado: é o Dia Nacional do Combate à Cefaleia que, segundo a literatura médica, tem mais de 200 causas diferentes. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o problema atinge 1 bilhão de pessoas no mundo e é a sexta doença crônica que mais incapacita. Dentre as diversas causas, uma, em particular, chama a atenção: a disfunção temporomandibular (DTM). 

Cirurgiã Bucomaxilofacial do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), Laura D’Ottaviano, explica que a cefaleia relacionada à DTM tem algumas características específicas. “Geralmente, é uma dor na região das têmporas, bilateral, em algumas situações pode ser unilateral. Não chega a ser uma dor incapacitante, como no caso da enxaqueca, que normalmente faz com que o paciente precise se fechar em um quarto escuro e limita suas atividades diárias, mas prejudica a qualidade de vida do paciente. A cefaleia ligada à DTM é aquela dor chata, não muito intensa, mas que perturba o dia inteiro. Pode apresentar momentos de piora e, nesses momentos, há de se recorrer a medicamentos. A dor na região das têmporas é causada pela contração exagerada do músculo temporal, envolvido diretamente na mastigação, que fica nessa região”, explica. 

Muitas vezes, o paciente com DTM pode apresentar dificuldade para movimentar a boca, apresentar uma abertura além do limite normal ou até uma movimentação dolorosa, alterando desta forma as funções da boca, como mastigação, deglutição, fala e, até, respiração. “Dependendo do caso, a dor ou desconforto pode afetar pontos diferentes da face: dor nos músculos da mastigação, dor no músculo temporal ou em pontos específicos, como próximo ao ouvido (podendo confundir o paciente, que acha que está sentindo dor de ouvido). Além da dor, também pode perceber ruídos anormais, como estalidos ou crepitação, ao movimentar essa articulação”. 

Segundo a especialista, o fator predisponente mais importante da DTM está ligado à qualidade dos ligamentos do paciente. “O ligamento funciona como se fosse um elástico sustentando a articulação temporomandibular (ATM), a estrutura que une o osso temporal com a mandíbula e faz com que ela possa se mover. Se esse elástico é forte, mesmo que essa articulação tenha algum pequeno problema, ele se sustenta. Agora, quando o ligamento é muito frouxo, então, a instabilidade dessa articulação acontece muito mais facilmente”.

 

Bruxismo

Também temos que considerar as parafunções orais, como, por exemplo, o bruxismo. “O bruxismo é o ato de apertar ou ranger os dentes involuntariamente, durante o sono ou no período em que a gente está acordado. Muitas vezes, o paciente só percebe que aperta ou range os dentes ao observar fraturas de dentes ou restaurações, desgaste dos dentes, dentes doloridos ou amolecidos, dores nos músculos faciais ou dores de cabeça ao acordar ou em momentos de tensão”, explica. 

De acordo com a cirurgiã, o bruxismo acontece em surtos e é desencadeado por um mecanismo cerebral ligado às emoções. “Geralmente, por emoções, não necessariamente ruins, mas que tocam o paciente. Em períodos de ansiedade ou tensão, os surtos de bruxismo são muito mais frequentes. Essas emoções chegam ao cérebro e acionam uma estrutura chamada centro de controle rítmico do tálamo. Isso fará com que o paciente, involuntariamente, aperte ou ranja os dentes. Independentemente se ele tem dentes ou não, se tem uma mordida boa ou não”, diz. 

“O problema de ficar apertando os dentes é que o ser humano não foi feito para ficar com os dentes encostados, isso deve ocorrer somente no momento da mastigação. Desta forma, uma noite de dentes rangendo supera muito o limite do sistema mastigatório. Fazendo uma analogia, é como se você corresse uma maratona toda noite e pela manhã sentisse dores nas pernas. É isso que ocorre com quem tem bruxismo, a pessoa amanhece com dor de cabeça ou dores na face em decorrência de ter contraído excessivamente a mandíbula”, associa.

 

Diagnóstico

A DTM pode acontecer em qualquer idade, sendo mais prevalente nas mulheres. “O diagnóstico inclui a anamnese, o exame clínico e os exames complementares. A anamnese é o conjunto de perguntas para conhecermos a saúde geral do paciente, sua queixa principal, bem como as características da dor que ele sente. Em casos de dores de cabeça, é sempre muito importante ouvir o paciente e investigar”, destaca. 

O exame clínico, inclui a palpação da musculatura, observação da cavidade oral e auscultação de ruídos anormais durante a movimentação mandibular. No caso do bruxismo, como o movimento não é só apertar os dentes, mas também contrair as bochechas e apertar a língua contra os dentes, muitas vezes, a observação de uma língua com a marca dos dentes ou a mucosa da bochecha machucada podem ser sinais clínicos de que o paciente é um rangedor ou apertador de dentes. 

Durante o exame clínico também deve ser realizada a palpação da musculatura facial, para sentir se há pontos dolorosos, músculos muito volumosos ou muito contraídos. Também deve-se observar a amplitude de abertura, fechamento, lateralidade direita e esquerda, protusão (movimento da mandíbula ir pra frente) e retrusão (que é o movimento para trás), verificando se a movimentação está maior ou menor do que seria considerado normal. Além da anamnese e exame clínico, podem ser necessários para o diagnóstico exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonância magnética.

 

Tratamento

O tratamento da DTM varia conforme o tipo de disfunção e a idade do paciente. “Não existe um tratamento generalizado, mas contamos com diversos recursos que auxiliam a melhora de forma significativa, como, por exemplo, as placas de mordidas e a toxina botulínica, além de todo o suporte multiprofissional, que inclui fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos”, destaca. 

Com o tratamento adequado, a pessoa pode ter uma vida normal e se livrar do incômodo das dores de cabeça. “Inclusive, há técnicas de automanejo da dor. Então, é muito importante que o paciente se conheça, conheça seu corpo, entenda o que está acontecendo e tenha o acompanhamento apropriado. Assim, a dor de cabeça desencadeada pela DTM pode ser controlada sem prejuízos para melhor qualidade de vida”, conclui


Saúde bucal: Enxaguante e antisséptico é a mesma coisa? Saiba como usar

 As 10 dicas mais importantes para guiar a escolha e o bom uso desses produtos

 

A higiene adequada é essencial para uma boca saudável. Além da escovação regular e do uso do fio dental, os enxaguantes têm papel importante na manutenção da saúde oral. Para ajudar a esclarecer dúvidas comuns sobre o uso, escolha e importância dos enxaguantes bucais, a cirurgiã-dentista Dra. Diana Fernandes compartilha insights valiosos:

 

1. O que é um enxaguante bucal e por que usar?

Dra. Diana Fernandes: O enxaguante bucal é um aliado poderoso na higiene oral, porque potencia a limpeza da boca com substâncias químicas antissépticas e bactericidas. Ele elimina os germes responsáveis pelo mau hálito, contribuindo para uma boca mais fresca e saudável.

 

2. O enxaguante substitui a higienização comum, com escovação e fio dental? 

Dra. Diana: Nada substitui a higiene bucal tradicional, com escovação correta, fio dental e higienização da língua. O enxaguante complementa esse processo, mas não o substitui.

 

3. Quantas vezes por dia posso usar o enxaguante bucal? 

Dra. Diana: Recomenda-se o uso do enxaguante bucal duas vezes ao dia, após as principais refeições. No entanto, em casos de tratamento periodontal, o dentista pode indicar o uso pontual do produto.

 

4. Quando o enxaguante bucal não é indicado? 

Dra. Diana: O uso excessivo de enxaguantes à base de álcool pode causar danos à mucosa da boca e ao esmalte dentário. A escolha do melhor enxaguante deve ser determinada por um profissional, levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente.

 

5. Quanto tempo dura o efeito na boca? 

Dra. Diana: Esse tempo varia. Alguns produtos oferecem proteção por até 12 horas, enquanto outros têm uma ação mais curta.

 

6. Crianças podem usar? 

Dra. Diana: Sim, desde que tenham habilidade para bochechar e cuspir todo o líquido imediatamente. Antes de saber fazer isso, não é necessário e pode ser perigoso.

 

7. Como o enxaguante bucal mata as bactérias? 

Dra. Diana: Enxaguantes que contêm substâncias como clorexidina têm a capacidade de desinfetar a boca e eliminar as bactérias responsáveis pelo mau odor.

 

8. Qual a diferença entre enxaguante bucal e antisséptico bucal? 

Dra. Diana: O enxaguante bucal é mais voltado para a prevenção de cáries e o fortalecimento dos dentes, enquanto o antisséptico bucal é mais eficaz na eliminação de bactérias e no tratamento de problemas bucais específicos, como gengivite e periodontite.

 

9. Qual a maneira correta de usar o enxaguante bucal? 

Dra. Diana: Bochechar por alguns segundos, garantindo que alcance todas as áreas. Em seguida, cuspir o produto e evitar enxaguar a boca com água.

 

10. Como escolher o enxaguante bucal? 

Dra. Diana: Prefira sempre enxaguantes sem álcool na composição e siga as orientações do seu dentista, pois cada produto tem benefícios específicos para a saúde bucal.

 

Dra. Diana Fernandes - Cirurgiã Dentista, especialista em Gestão de Mercados Odontológicos


Com recorde de alta, fique atento aos cuidados básicos com a dengue

Brasil já registrou mais de 4,5 milhões de casos da doença 

 

Os casos de dengue no país apresentam recorde na série histórica do Ministério da Saúde. O órgão indica que, só nos primeiros quatro meses de 2024, o Brasil registrou mais de 4,5 milhões de casos da doença, um aumento de mais de 180% em relação ao ano anterior.

 

 A pasta de saúde indica, ainda, que apesar da atual queda de casos em 22 estados e no Distrito Federal, há uma preocupação sobre a antecipação nos casos em 2025, frente à alta de temperatura e ondas de calor.

 

Por esse motivo, Gisele Abud, médica e diretora Técnica da UPA 24h Zona Leste, em Santos (SP), alerta para as formas de prevenção contra a dengue, chikungunya e zika vírus.

 

“A principal orientação nesse sentido segue sendo o combate ao mosquito: eliminar focos de água parada em casa, como garrafas, pneus e vasos, e manter o quintal limpo em períodos chuvosos, são ações essenciais para garantir a proteção de todos”, indica a profissional.


 

Estou com dengue, e agora?

 

O tratamento da doença é baseado nas manifestações clínicas. Portanto, ao identificar febre alta (39° a 40°), dor atrás dos olhos, forte dor de cabeça, cansaço extremo, náusea, vômito persistente, dor abdominal, nos ossos e articulações, o indivíduo deve buscar ajuda médica.

 

Segundo Gisele, os principais cuidados são:

 

• Manter-se em repouso;


• Reforçar a hidratação, com água, água de coco e/ou soro;


• Não se automedicar, principalmente, medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina), já que ela favorece quadros de hemorragia que podem afetar o paciente após a infecção;


• Fazer uso de repelente e mosquiteiros. 

Outro cuidado que influencia na recuperação é a alimentação. “Fontes de proteína e ferro fortalecem a produção de células do sangue, prevenindo a anemia e fortalecendo a imunidade. Dê preferência para alimentos como feijão, beterraba, aveia, carne, ovo, queijo e beterraba”, aponta a médica.


Vacina contra HPV é essencial para a saúde feminina

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Vírus é um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, um dos tipos da doença mais comuns entre as mulheres. 


Segundo dados do Ministério da Saúde, 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV ao longo da vida. O vírus está associado ao desenvolvimento do câncer de colo de útero, um dos tipos da doença mais comuns entre o público feminino. Ainda conforme o órgão, estima-se que mais de 17 mil novos diagnósticos foram registrados no país em 2023, representando um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres.

Uma das formas mais indicadas para frear a transmissão do HPV e agir na prevenção de câncer no colo do útero é a vacinação. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a vacina consegue reduzir em até 80% as chances de retorno da infecção causada pelo vírus em pessoas que já foram atingidas pelo HPV. 

Outros dados, também divulgados pela Febrasgo, mostram que 99,6% das mulheres sexualmente ativas com até 45 anos podem se beneficiar da vacinação, já que muitas apresentam resultado negativo para o vírus ou são positivas para apenas um subtipo. 

A vacina contra o HPV é essencial para a saúde feminina. No entanto, ainda há mulheres que desconhecem a eficácia e a importância da imunização. Por esse motivo, é necessário realizar consultas periódicas com um especialista em ginecologia que possa dar as orientações corretas para a paciente.  

As autoridades de saúde também defendem a realização de campanhas que ajudem a disseminar a informação e contribuir para a conscientização do público feminino acerca dos cuidados para evitar o contágio do HPV


Vacinas estão disponíveis no Brasil

O HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, é o responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo, segundo o Ministério da Saúde. O contágio ocorre, sobretudo, por meio da relação sexual, causando verrugas na região oral, genital, anal e na uretra, assim como cânceres. 

A vacinação contra o vírus é o principal meio para a prevenção de doenças e, até mesmo, óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante pode ser aplicado em homens e mulheres com idades entre 9 e 45 anos. Todas as vacinas contra o HPV estão disponíveis no Brasil, e não há registros de reações adversas graves relacionadas à vacinação em nenhuma faixa etária. 

Dados divulgados pelo Instituto Butantan de estudos conduzidos em 14 países, com 60 milhões de pessoas, mostram que com o uso da vacina houve uma queda de 83% dos caso de HPV responsáveis por episódios de câncer de colo de útero; de 67% no aparecimento de verrugas genitais; e de 51% no surgimento de lesões pré-cancerosas, em meninas de 15 a 19 anos.


Quem pode se imunizar? 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a vacina contra o HPV pode ser aplicada a partir dos 9 anos, sendo recomendada para todas as pessoas até os 26 anos. Os países devem assegurar que todas as meninas com até 14 anos recebam o imunizante. 

A obrigatoriedade é defendida, pois a vacina tem se mostrado mais eficaz nessa faixa etária, quando as meninas ainda não são sexualmente ativas e, consequentemente, não tiveram contato com o vírus. 

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina contra o HPV passará a ser oferecida em dose única para as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Antes a vacinação podia ser feita em duas doses, mas a mudança veio após as recomendações da OMS, que mostrou evidências de que a dose única, em ambientes de alta cobertura vacinal, proporciona os mesmos níveis de proteção conferidos por duas ou três doses. 

A dupla dosagem do imunizante continua sendo oferecida para pessoas vítimas de violência sexual, com idades entre 9 e 14 anos, enquanto a tripla dosagem é destinada para aquelas entre 15 e 45 nos. 

Além disso, as pessoas que convivem com HIV/Aids, são pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia ou que passaram por cirurgias importantes, como transplantes de órgãos sólidos e medula óssea, devem receber três doses da vacina, independente da idade. 

Pessoas adultas de 27 anos ou mais que não estão nestas condições também podem se vacinar, mas antes devem se consultar com um profissional da área da saúde e seguir as orientações fornecidas por ele. 


Onde se vacinar? 

A vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela protege contra quatro subtipos do vírus. A vacinação oferecida na rede pública é eficaz ao HPV de baixo risco 6 e11, responsáveis pelo surgimento de verrugas anogenitais, e pelo de alto risco 16 e 18, que causam câncer de colo de útero, de pênis, anal e oral. 

Na rede particular, é possível encontrar outros tipos de imunizantes contra o HPV. A vacina nonavalente, chamada Gardasil 9, é oferecida em alguns hospitais e clínicas médicas com valor que pode variar de R$ 840 a R$ 910 por dose. 

 

Cerca de 70% das mulheres que estão na menopausa desenvolverão osteoporose

Especialista reforça: é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta


“De acordo com dados da Fundação Internacional da Osteoporose, cerca de 70% das mulheres que estão na menopausa desenvolverão osteoporose caso não recebam tratamento adequado, daí a necessidade do cuidado com a saúde óssea da mulher ao longo da vida, desde a infância”, alerta Dr. Marcelo Steiner, da diretoria da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

 

Segundo ele, os ginecologistas possuem um papel fundamental na prevenção, na identificação e no tratamento das mulheres que podem desenvolver essa doença. A preocupação com a saúde óssea deve surgir desde a infância: durante a adolescência, ocorre um significativo ganho de massa óssea e estruturação do tecido ósseo e seu pico ocorre por volta dos 25-30 anos. A partir dos 30 até os 40 anos, há uma estabilização da massa óssea, seguida por uma diminuição gradual após os 40 anos.

 

Segundo o ginecologista, o pico de massa óssea é determinado principalmente pela genética, representando cerca de 70% a 80%, enquanto os hábitos de vida contribuem com aproximadamente 20%. “Portanto, é fundamental que as mulheres adotem hábitos saudáveis desde a infância, adolescência e até a fase adulta jovem para alcançar um pico adequado. Caso contrário, quando ocorrer a perda óssea, ela partirá de um estágio abaixo do seu potencial máximo, aumentando significativamente o risco de desenvolver osteoporose e fraturas”, explica o ginecologista.

 

Saúde óssea na gestação - Na fase gestacional, há um impacto significativo no metabolismo do cálcio, uma vez que há uma demanda maior por esse mineral, e a reserva de cálcio do organismo é proveniente do esqueleto. “É importante que as gestantes tenham um consumo adequado de cálcio nesse período e que seja avaliado o nível de vitamina D. Caso esteja baixo, é recomendada a suplementação. Além disso, é essencial realizar exercícios físicos, inclusive os de resistência, que beneficiam tanto os músculos quanto mecanicamente as células ósseas, promovendo uma influência positiva na saúde óssea”, destaca o especialista.

 

Saúde óssea pós-menopausa - O processo de remodelação óssea é responsável pela renovação do tecido ósseo. Existem duas células envolvidas nesse processo: uma célula responsável pela reabsorção do osso antigo e outra célula responsável pela formação do novo osso. “Em média, um indivíduo normal realiza essa renovação do tecido ósseo em cerca de 10% do esqueleto anualmente. O equilíbrio entre reabsorção e formação do tecido ósseo geralmente resulta em um osso saudável”, salienta o Dr. Marcelo.

 

Entretanto, após a menopausa, ocorre uma reabsorção óssea maior. A perda de estrogênio provoca um processo inflamatório, que por sua vez, sinaliza para as células responsáveis pela reabsorção óssea para aumentarem sua atividade, resultando em uma perda de massa óssea acentuada nos primeiros anos após a menopausa.

 

Portanto, é importante que os ginecologistas entendam e identifiquem as mulheres em risco nesse momento, aquelas que não alcançaram um bom pico de massa óssea ou que apresentam fatores de risco adicionais que contribuem para uma saúde óssea inadequada.

 

Quando realizar uma densitometria óssea? - A densitometria óssea é uma ferramenta para diagnosticar o risco de fratura. A primeira densitometria geralmente é solicitada aos 65 anos, exceto em casos de fatores de risco como histórico familiar de fratura, baixo peso, IMC abaixo de 18, menopausa precoce, uso de corticoides, entre outros. Na prática, a maioria dos ginecologistas solicita a primeira densitometria quando a mulher está entrando na menopausa.

 

“A densidade óssea não muda rapidamente, portanto, a repetição do exame não é rotineira. Em mulheres com resultados normais aos 50 anos, a próxima densitometria pode ser solicitada em 5 anos ou até mesmo em 10 anos, sem afetar a conduta clínica”, pontua o médico.




ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
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No mês das Mães, HEF alerta sobre hipertensão na gravidez


Boas práticas alimentares, uma vida saudável e o
acompanhamento médico ideal são essenciais para
garantir o bem-estar da mãe e do bebê.
  IMED
O autocuidado desempenha um papel crucial na saúde materna e fetal para o combate à hipertensão durante a gravidez

 

 No mês que celebramos o Dia das Mães, o Hospital Estatual de Formosa (HEF), unidade do governo de Goiás, sob a administração do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, alerta sobre a importância da prevenção e combate à hipertensão arterial durante a gravidez, reconhecendo os desafios enfrentados pelas gestantes em relação à saúde cardiovascular.

A hipertensão é uma condição séria que pode afetar significativamente a saúde materna e fetal. Durante a gravidez, os cuidados tornam-se ainda mais cruciais, pois a pressão arterial não controlada pode levar a complicações como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.


O que é hipertensão arterial durante a gravidez?

É uma condição que se caracteriza pelo aumento da pressão arterial que geralmente ocorre após a vigésima semana de gravidez, normalmente no terceiro trimestre. Esse quadro é geralmente diagnosticado quando a pressão arterial em repouso é maior que 140x90mmHg.

Conforme as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das gestantes têm hipertensão arterial durante a gravidez. Essa condição pode variar de gravidade, desde casos leves até pré-eclâmpsia, ou em formas mais graves de hipertensão gestacional que pode representar riscos para a mãe e o bebê.

Para Mariana Landim, médica coordenadora do Centro Obstétrico (CO), a gestante deve ficar alerta com alguns sintomas que podem surgir. “Os sintomas podem variar entre o aumento da pressão, dor de cabeça, alteração visuais, dores abdominais e inchaço nas mãos, pernas ou pés. É fundamental que a gestante reconheça esses sinais e procure um médico imediatamente, pois a hipertensão arterial durante a gravidez requer monitoramento e cuidados especiais para garantir a saúde da futura mãe e do seu filho”, afirma Mariana.


A importância do autocuidado

A detecção precoce da hipertensão arterial durante a gravidez desempenha um papel fundamental na proteção da saúde materna e fetal. Sendo assim, não havendo o tratamento adequado, pode representar riscos significativos. Por isso, é indispensável que as mulheres grávidas realizem exames regulares e avaliem sua pressão arterial durante as consultas para ser possível identificar quaisquer alterações.

Além do acompanhamento médico, a adoção de hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas adequadas desempenha um papel fundamental.

Para Mariana Landim, é fundamental a adoção de boas práticas alimentares desde o começo da gravidez até o dia do parto, visto que no primeiro trimestre os enjoos e náuseas são muito comuns, sendo importante fracionar as refeições em menor quantidade e não ficar mais de duas horas sem se alimentar. No segundo trimestre da gestação, os desconfortos no geral tendem a parar, devendo haver uma diversidade na alimentação como frutas e verduras e o aumento da quantidade de água ingerida. No terceiro e último trimestre são indispensáveis a diminuição da quantidade de doces e de carboidratos e o aumento da quantidade de proteínas, uma vez que o parto está próximo e é o momento que o bebê vai acelerar o ganho de peso para ficar pronto para nascer.

Os cuidados durante os pré-natais são essenciais para garantir a saúde da mãe e do bebê em casos de hipertensão arterial durante a gravidez. Ao adotar medidas preventivas, como o diagnóstico precoce e uma alimentação balanceada, as grávidas podem reduzir os riscos associados à hipertensão e promover uma gestação mais tranquila e saudável.


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