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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A segurança dos pacientes e a falta de autonomia são as principais razões citadas pelos médicos para abandonarem a medicina, afirma estudo

 A digitalização e os cuidados híbridos são ações prioritárias para otimizar os diagnósticos, reduzir o desgaste dos profissionais e melhor qualidade de vida dos pacientes


Os modelos atuais de prestação de serviço no setor da saúde baseiam-se na ideia de que os médicos continuarão a ter longas horas de trabalho, frequentemente de plantão e sem remuneração adequada. Porém, isso vem mudando e os profissionais de saúde também estão buscando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Muitas vezes motivados pela missão, eles desejam ver melhores resultados e experiências para seus pacientes e para si próprios. E para compreender melhor os impulsionadores da escassez de mão-de-obra na área da saúde, a EY, uma das principais empresas de auditoria e consultoria do mundo, realizou o EY Global Voices in Health Care Study 2023 em 11 países, incluindo o Brasil, que indica que os três principais fatores que os levam a considerar abandonar a profissão: falta de autonomia ou controle (42%), sobrecarga (38%) e dano moral e preocupações com a segurança do paciente (27%).
 

“O estudo mostra que os médicos pedem por modelos que coloquem os pacientes em primeiro lugar, sem sacrificar a qualidade de vida. E mais do que isso, os sistemas de saúde devem ajudar a garantir que os médicos da linha da frente obtenham conhecimentos práticos a partir dos dados dos pacientes para melhorar os resultados”, conta Leandro Berbert, sócio-líder de Health Sciences & Wellness da EY Brasil. 

Outro ponto de atenção da pesquisa é que há uma desconexão entre as perspectivas do médico e do sistema de saúde. Enquanto os médicos enfrentavam pacientes doentes, desafios financeiros e custos laborais exorbitantes, os executivos dos sistemas de saúde tendiam a concentrar-se nos salários em resposta à escassez de profissionais (39%), provendo iniciativas de educação (33%) e benefícios de bem-estar (22%).

Além disso, parte dos médicos entrevistados afirmam que apreciam o maior foco na atenção plena e na saúde mental, mas quando questionados sobre como o sistema de saúde precisa mudar no futuro, as principais mudanças citadas foram: mais cuidados preventivos, melhores indicadores de recrutamento e melhor flexibilidade.

A transformação digital no setor de saúde é mais um caminho sem volta e as organizações devem usufruir da tecnologia para otimizar os diagnósticos, reduzir o desgaste dos profissionais e melhor qualidade de vida dos pacientes. “O estudo trouxe alguns insights sobre isso e um deles é que o digital é visto como um centro de custos, não como um centro de valor de fato. Precisamos mudar o mindset para que o setor entenda esse modelo como uma possibilidade de mais produtividade e, ao mesmo tempo, maior satisfação dos profissionais”, afirma Berbert.

Para o executivo, ainda tem mais um aspecto a se considerar. “Os custos de não seguir estratégias digitais que ajudem a atrair e reter médicos também são elevados, uma vez que o preço para substituir um médico que sai devido ao esgotamento é estimado em US500 mil a 1 milhão de dólares por médico, de acordo com um levantamento feito pela American Medical Association”.

E um dado mais agravante mostrado pelo estudo é que nenhum dos médicos entrevistados afirmou ter acesso a insights analíticos sobre os pacientes. Um relatório recente do Banco Mundial estimou que alguns países utilizam menos de 5% dos dados sobre cuidados de saúde para melhorar a saúde.

 

E no Brasil, o que falam os profissionais do setor?

O top cinco de principais pontos trazidos pelos profissionais de saúde sobre a realidade do setor no país são: resistência na adoção de tecnologia, salários não competitivos, falta de investimento de capital em cuidados de saúde, desafios na retenção da força de trabalho e aumento de casos de burnout e depressão entre o corpo clínico, incluindo médico.

“Esses pontos estão diretamente relacionados e o reflexo e impacto de cada um deles gera um efeito em cadeia que permeia todo o setor. É preciso colocar luz nessas questões para que medidas efetivas sejam tomadas para melhor o serviço de saúde de maneira holística e para todos os envolvidos”, explica o executivo.

Uma pesquisa de mercado de 2021 apontava que 83% dos profissionais de saúde relataram estarem insatisfeitos com suas medidas no local de trabalho para proteger sua saúde mental e 37% tiveram resultado positivo para indicadores de alta exaustão emocional.

“A pandemia ainda trouxe um impacto ainda maior para esses profissionais que estavam na linha de frente durante os mais de dois anos”, completa. 35% dos enfermeiras e 29% dos médicos mostraram sintomas de problemas psicológicos. 

No Brasil, o sistema de saúde respondeu com duas iniciativas principais: promover o bem-estar por meio de áreas de descompressão e transferir cuidados para fora do hospital. A primeira aconteceu com a criação de áreas de descompressão dentro do hospital, que proporcionou ambientes com poltronas confortáveis, iluminação suave e acesso a outras atividades relaxantes. Isso também possibilitou identificar sinais de esgotamento e outros problemas de saúde mental em funcionários. Já no segundo, alguns sistemas de saúde migraram para equipes de desospitalização tendo mais cuidado em casa.


Modelo híbrido também na saúde

Segundo Berbert, “cada vez mais, as organizações de saúde devem avançar em direção a modelos de cuidados híbridos habilitados digitalmente para enfrentar os desafios contínuos da força de trabalho”. Inclusive, os modelos que integram o atendimento remoto e hospitalar podem ajudar a aliviar a demanda de atendimento, expandir o atendimento preventivo e melhorar a experiência do paciente e do médico.

Os dados também ajudam a identificar o momento, o local e o modo de atendimento apropriados para cada paciente. Opções de triagem virtual mais eficazes e cuidados primários virtuais podem ajudar a reduzir a carga, enquanto dispositivos e aplicativos inteligentes de monitoramento remoto de pacientes permitem intervenções baseadas em exceções e ajudam a criar pontos de contato mais consistentes com os pacientes.

Por fim, o estudo ainda aponta seis ações principais para ajudar os executivos de saúde avançarem em direção a modelos de cuidados híbridos digitalmente habilitados:


  1. Priorize o tempo entre médico e paciente - Os sistemas de saúde devem proporcionar mais autonomia ao médico para gerir os seus painéis de pacientes e fortalecer as relações com os pacientes.
  2. Ative os dados que os médicos estão coletando - Ao longo do dia, os médicos coletam dados sobre seus pacientes. Ao prover insights com base nesses dados, eles podem melhorar os resultados e a experiência.
  3. Desenvolva estratégias de comunicação mais precisas e amigáveis ao consumidor - Quando os pacientes estão aguardando resultados de exames ou consultas, a ansiedade pode aumentar. As estratégias de comunicação podem ajudar a amenizar essas preocupações e mantê-las ligadas à organização de saúde em modelos de cuidados híbridos.
  4. Informe o público sobre como é o atendimento de qualidade e seu papel nele - Muitos ainda podem se apegar à ideia de que o atendimento de qualidade só ocorre no hospital, por meio do acesso instantâneo a especialistas. Os médicos também indicaram que é necessário fazer mais para acabar com o abuso dos profissionais de saúde por parte dos pacientes e para construir confiança.
  5. Colete feedback em tempo real dos funcionários - As organizações de saúde precisam compreender melhor o que funciona para os funcionários neste momento, para que possam abandonar o que não funciona e remover políticas ou benefícios onerosos que não acrescentam valor aos funcionários.
  6. Concentre as estratégias de talentos no apoio à digitalização dos atendimentos - À medida que os sistemas de saúde mudam o atendimento para modelos preventivos e para o domicílio, o RH precisará estar preparado para as novas funções que serão necessárias para levar o atendimento até o domicílio, como técnicos de saúde do consumidor para conectar dispositivos de saúde domiciliar. Os sistemas de saúde também precisarão trabalhar com os governos e os sistemas educacionais para aprimorar os conjuntos de habilidades digitais dos profissionais clínicos e o pipeline.

EY
site


Mais de 28 mil pertences foram encaminhados no Achados e Perdidos da ViaMobilidade em 2023

 

De carteiras, cartões e documentos, a air fryer, carrinho de rolimã,
 escada de dois metros, bens perdidos ficam à espera dos donos
em Osasco e Adolfo Pinheiro
 Foto: ViaMobilidade

Concessionária das linhas 5-Lilás de metrô, 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens  realiza ações de orientação aos passageiros para recuperar seus bens, mas somente 8% vão buscá-los

 

A ViaMobilidade, responsável pelas operações das linhas 5-Lilás de metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, registrou 28.544 itens direcionados para as centrais de Achados e Perdidos, em 2023. Em comparação a 2022, quando a concessionária contabilizou 26.156 pertences nas três linhas, o número representa um salto de 9,12% de bens perdidos nas dependências dos trens e estações. Apesar dos esforços da empresa em orientar os passageiros, somente 8% dos produtos são recuperados.

 

Segundo a concessionária, 2.258 bens foram buscados pelos proprietários, durante o ano passado, nos setores de Achados e Perdidos nas estações Osasco, das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, e Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás, onde há o armazenamento dos bens, à espera de seus donos. A ViaMobilidade comunica em painéis informativos, nas estações e trens, o funcionamento do serviço, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, exceto feriados, em ambos os locais.

 

Embora seja baixo o percentual de pertences recuperados pelos proprietários, houve um aumento de 4,68% em comparação a 2022, quando 2.157 retornaram à posse de seus donos. Os objetos mais perdidos pelos passageiros costumam ser roupas, carteiras, documentos, cartões bancários e de transporte. 

 

Também há produtos inusitados, como air fryer, banjo, dentadura, escada, carrinho de rolimã, tábua de passar roupa, carrinho de bebê, moto elétrica, barraca de acampamento, panela, painel de placa solar, enxada, ventilador, entre outros. Os objetos ficam até 90 dias nas centrais de Achados e Perdidos e, caso não sejam recuperados, os itens em bom estado são doados para ONGs, enquanto documentos e cartões são desfragmentados.

 

A ViaMobilidade investe na comunicação aos passageiros sobre o funcionamento das centrais de Achados e Perdidos para que os cliente consigam recuperar o seu bem perdido, por isso há divulgação dos serviços em cartazes, painéis nas estações e também em monitores nos trens e metrô, além de informações no site e nas redes sociais das concessionárias.


 

Linha 5-Lilás


Responsável por ligar Capão Redondo a Chácara Klabin por meio de 17 estações na Capital, a Linha 5-Lilás de metrô teve queda de itens destinados à Central de Achados e Perdidos na Estação Adolfo Pinheiro: 9.805, em 2022, para 9.327 objetos no ano passado, redução de 4.87%. Em 2023, 1.309 itens foram buscados por seus donos, o que representa 14% dos produtos recolhidos.

 


Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda


Com trilhos que conectam seis municípios, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos somaram 19.217 bens designados à Central de Achados e Perdidos em 2023. Desse total, 949 foram recolhidos pelos seus proprietários. Os passageiros são informados do serviço diariamente por meio dos painéis dos trens, além do apoio das redes sociais. 


Endereços das centrais de Achados e Perdidos


Na Linha 5-Lilás, a Central de Achados e Perdidos fica na Estação Adolfo Pinheiro, no endereço Avenida Adolfo Pinheiro, 301. Já os passageiros que esqueceram seus pertences nos trens ou estações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda podem retirá-los na Estação Osasco, que tem acesso pela Praça Antônio Menck, s/nº (Centro) ou pela Rua Erasmo Braga, s/nº (bairro Bonfim).


Volta às aulas: 5 passos para configurar o smartphone dos pequenos

Guia da Kaspersky ajuda pais a promoverem a cibersegurança e o uso adequado de dispositivos para crianças



De acordo com a pesquisa “Hábitos Digitais” da Kaspersky, 32% das crianças brasileiras recebem seu primeiro dispositivo móvel entre 8 e 9 anos e a privacidade é uma das principais preocupações para 68% das famílias brasileiras. Na América Latina, o Brasil é o país mais atacado via smartphones e tablets da LatAm – 5 ataques por minuto. Por conta disso, a preocupação dos pais com a segurança digital dos filhos cresce cada vez mais. Para protegê-los, a Kaspersky preparou dicas para auxiliar que pais configurem adequadamente os dispositivos móveis dos pequenos.

Dado que as crianças podem ser ainda mais vulneráveis à ciberataques, outras preocupações têm crescido entre os pais, como a possibilidade de seus filhos encontrarem conteúdos inadequados para a idade, sofrerem assédio online, desenvolverem dependência de videogames ou uma percepção distorcida da realidade, fatores que podem afetar a vida mental, física ou social de jovens.

Diante da necessidade de proteger as crianças e prevenir que os dispositivos móveis se tornem uma porta de entrada para as ciberameaças, os especialistas da Kaspersky oferecem aos pais cinco passos simples para configurar o primeiro smartphone de seus filhos e ajudá-los a aproveitar a tecnologia com segurança:

  1. Crie uma conta para crianças e não compartilhe a senha com elas. A conta atua como proteção no dispositivo, evitando downloads de conteúdo para adultos ou inapropriados para os pequenos. Recomenda-se ativar a autenticação de dois fatores, se possível, e vinculá-la ao seu próprio dispositivo, não ao das crianças. Você pode saber mais sobre como configurar uma conta para crianças no Android ou no iOS.
  2. Instale todas as aplicações básicas, especialmente aquelas que suportam comunicação ou localização geográfica (como aplicativos de mensagens instantâneas e mapas), além de aplicativos de aprendizado. Não se esqueça das configurações de privacidade em cada um dos aplicativos instalados, para que seus filhos não possam ser contatados por desconhecidos através de seus números de telefone. Algumas ferramentas, como um verificador de privacidade, podem ajudar a escolher as configurações de proteção ideais para diferentes dispositivos e plataformas.
  3. Limite o tempo de uso dos dispositivos para garantir um equilíbrio saudável. Estabeleça horários livres de tecnologia, como durante as refeições ou nas horas antes de dormir. Existem ferramentas que ajudam a definir o tempo em que seus filhos podem usar seus dispositivos, seja 15 minutos, 1-2 horas ou mais; após esse limite, os aplicativos serão bloqueados. Você também pode atribuir um tempo específico a aplicativos, como jogos ou aqueles usados para tarefas, ajustando periodicamente esses limites conforme seus filhos crescem.
  4. Controle o uso da Internet para prevenir o acesso não supervisionado. Desative o uso de dados móveis nos dispositivos de seus filhos e configure o acesso à rede WiFi de sua casa. Isso ajudará a garantir que as crianças só se conectem à Internet em casa. Embora haja redes WiFi gratuitas em vários lugares, é importante observar que, comumente, essas redes não são protegidas, tornando fácil para cibercriminosos interceptá-las e roubar informações daqueles que se conectam (senhas, sites visitados, contatos etc). Uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Premium, bloqueará sites de phishing e software malicioso, mantendo a privacidade e o anonimato de sua atividade na Internet.
  5. Instale ferramentas de controle parental, como o Kaspersky Safe Kids, que é útil para filtrar conteúdo, sites indesejados e restrições de aplicativos por categoria e idade. Também pode ajudar na supervisão do tempo que seus filhos passam online e rastrear sua localização atual. Essa ferramenta está incluída gratuitamente no Kaspersky Premium.

"Atualmente, os dispositivos móveis já fazem parte da lista de materiais escolares em diversas instituições de ensino. Isso ocorre porque oferecem uma série de vantagens para a aprendizagem dos alunos, como a possibilidade de acessar informações online, realizar pesquisas, colaborar com outros alunos e criar conteúdo multimídia. No entanto, é importante que os pais orientem seus filhos sobre o uso adequado desses dispositivos e os configurem corretamente para que possam usá-los com segurança", comenta Fabiano Tricarico, Diretor de Vendas ao Consumidor para as Américas na Kaspersky.

Para mais informações sobre como manter as crianças seguras, acesse o blog da Kaspersky.



Kaspersky
Mais informações no site.


Carnaval e Glitter, uma combinação que ainda gera microplásticos:

Entenda o impacto ao meio-ambiente 

 

A presença de microplásticos em ambientes terrestres e aquáticos é uma preocupação cada vez mais urgente. E vale um alerta aos foliões: uma simples fantasia ou maquiagem para curtir o carnaval pode contribuir para prejudicar o meio ambiente uma vez que possuem glitter, partículas minúsculas de plástico, com diâmetros variando entre 1 µm e 5 mm, e que representam uma ameaça silenciosa à saúde humana, pois podem facilmente migrar para natureza e chegar na cadeia alimentar carregando possíveis toxinas. Diante dessa realidade, a identificação de microplásticos em alimentos, bebidas e no ambiente torna-se uma questão crítica e com potencial de expansão nos próximos anos. Mônica R. Piovani, especialista de cromatografia gasosa da Thermo Fisher Scientific, líder mundial na área de ciência e biotecnologia, aponta que a preocupação é real e a busca por estes polímeros em níveis tão pequenos passa pelo processo laboratorial. 

Ações para reduzir o microplástico vem ganhando destaque internacionalmente, na Europa há novas leis e regulamentações sobre o comércio e uso de partículas de polímeros sintéticos com menos de cinco milímetros, como o glitter. No Brasil, há um Projeto de Lei 6528/2016, para proibir a manipulação, a fabricação, a importação e a comercialização, em todo o território nacional, de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria que contenham a adição intencional de microesferas de plástico. O andamento está aguardando o parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), na Câmara dos Deputados. 

A identificação precisa desses microplásticos em amostras é crucial para garantir a segurança da saúde humana. “Acreditamos que a tendência é que laboratórios estejam cada vez mais interessados em estar preparados com equipamentos capazes de analisar a presença desses polímeros com resultados mais precisos”, destaca Mônica. 

Dentre todo o portfólio da Thermo Fisher Scientific, um dos equipamentos que pode ser utilizado na identificação destes polímeros é o GC Orbitrap Exploris com acessório para pirólise. “Essa técnica avançada permite a identificação não apenas do polímero sintético puro, mas também de resíduos de monômeros, plastificantes e outros aditivos tóxicos que podem impactar negativamente na saúde humana”, finaliza Mônica.  



Thermo Fisher Scientific


89% das PMEs acreditam que teriam solicitação de crédito aprovada em alguma modalidade, aponta pesquisa da Serasa Experian

 Levantamento mostra ainda que 53% das empresas entrevistadas utilizaram alguma modalidade nos últimos 24 meses 

Empréstimo e antecipação de recebíveis do cartão de crédito são as mais populares, com 24% e 23%, respectivamente

 

A Serasa Experian realizou uma pesquisa inédita para entender a relação das PMEs com o crédito, incluindo quais modalidades esse público prefere e a frequência de cada opção, por exemplo. No levantamento, é perceptível que ainda há espaço para ampliação do acesso e domínio sobre o tema.

 

De acordo com os dados, 89% das PMEs tem a percepção que, caso venham a solicitar crédito, teriam o pedido aprovado. O percentual salta para 95% entre empresas que já utilizam o cartão de crédito corporativo.  

 

“O crédito é combustível para os negócios e nas pequenas e médias empresas seu valor pode ser potencializado, levando esses empreendedores ao sucesso. Entender a relação desse público com cada modalidade é fundamental para termos soluções voltadas a facilitar e apoiar toda a sua jornada.”, afirma o vice-presidente de PMEs da Serasa Experian, Cleber Genero.


 

Modalidades e frequência


Olhando para os últimos 24 meses, 53% das PMEs utilizaram alguma forma de crédito, sendo as opções mais populares o empréstimo e a antecipação de recebíveis do cartão de crédito. 24% afirmam que o empréstimo foi a modalidade escolhida e esse número salta para 29% quando são companhias do setor da indústria. A antecipação de recebíveis é a preferência de 23%. Já na quebra por segmento, é a alternativa de 37% das PMEs do comércio.

 

Ainda no tema, os respondentes afirmam que, nos últimos dozes meses, recorreram ao empréstimo uma vez ao ano (35%). Já a antecipação de recebíveis do cartão de crédito apresenta, em geral, uma recorrência mensal (58%). Nos demais tipos de antecipação, a recorrência mensal ainda prevalece, com 46%, no entanto, a frequência trimestral e semestral apresentam maior recorrência, 22% e 15%, respectivamente.

 

Na outra ponta, 47% das PMEs não utilizaram nenhuma modalidade de crédito disponível no mercado. Esse número chega a ser 55% nas empresas do segmento de serviços e 51% olhando para negócios de porte individual ou micro. No entanto, dessas 47%, quase metade delas  — 21% tem a intenção de solicitar.

 

“Com a pesquisa, além de entendermos o apetite e maturidade das PMES sobre o tema, vimos também os desafios. Por exemplo, quando olhamos para empréstimos, além da taxa de juros ser uma constante, com 51% mencionando-a, a exigência de garantias é uma questão para 26% das pequenas e médias empresas respondentes. Para quem já solicitou um empréstimo, o número chega a ser 28%. É importante que esse público tenha um acesso fácil e o mais desburocratizado possível com taxas atraentes”, conclui Cleber Genero.

 

 Metodologia e amostra

A pesquisa envolveu uma amostra representativa de 522 PMEs, considerando a classificação estabelecida pelo SEBRAE. A pesquisa buscou abranger diversos setores, incluindo comércio, serviços e indústria, bem como empresas que atuam tanto no mercado B2B quanto no B2C. Foram incluídos cargos de coordenadores, gerentes, diretores, sócios e proprietários, desde que fossem maiores de 18 anos. A coleta foi realizada por meio de painel online e a margem de erro foi de 4% com um intervalo de confiança de 95%. Foram excluídas da amostra associações, federações, igrejas e outros órgãos religiosos. 

 


Experian
www.experianplc.com


97% dos CIOs do Brasil pretendem gastar mais com ferramentas de IA em 2024, mais que qualquer outro país pesquisado

Nova pesquisa do Canva revela por que os líderes de TI estão dando prioridade à IA 

85% dos CIOs brasileiros dizem que já existem ferramentas de IA demais no mercado57% deles estão preocupados com a expansão do número de apps, o que aumenta a complexidade de utilização da tecnologia, além dos riscos de segurança

57% deles dizem não ter time de TI suficiente para treinar os funcionários

 

 

O Canva, a única plataforma de comunicação visual completa do mundo, divulgou hoje uma pesquisa com mais de 1.360 CIOs sobre as oportunidades e os desafios no gerenciamento de TI com o boom da IA. O Canva contratou a empresa de pesquisa Harris Poll para entrevistar CIOs do Brasil, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Espanha, do México, da Índia e da Austrália, com o objetivo de entender como eles estão gerenciando a expansão do número de apps e tomando decisões sobre ferramentas corporativas na era da IA. 

Entre os principais resultados para o Brasil, estão: 

Mais aplicativos estão sendo usados pelas empresas, mas a consolidação e a redução da complexidade desses apps são prioridades. Os CIOs relatam que o ritmo de aparecimento de novos aplicativos no mercado está aumentando globalmente – e 74% dos CIOs brasileiros esperam adotar entre 30 e 60 novos apps em 2024. A expansão do número de apps (o crescimento de apps individuais usados ​​numa empresa) é um desafio para 57% desses CIOs, com 19% deles dizendo que estão muito preocupados com o aumento da complexidade, mas que planejam reduzí-la. 61% dos CIOs brasileiros planejam a consolidação de apps em algum nível, sendo que 37% deles planejam uma consolidação significativa. 

As equipes de TI estão sobrecarregadas, fazendo com que a simplicidade e as ferramentas fáceis de usar se tornem mais importantes do que nunca. A necessidade de consolidação dos aplicativos está sendo incentivada por times de TI sobrecarregados, que estão enfrentando um aumento rápido no número de apps para gerenciar. Mais da metade (57%) dos CIOS brasileiros relatam que não têm time de TI suficiente para treinar os funcionários para a utilização de novos aplicativos, incluindo o uso seguro e adequado. Mais de um terço (36%) deles afirmam que os seus times passam mais de metade do tempo ensinando os funcionários sobre as novas tecnologias, deixando menos tempo para o planejamento, a inovação e outras tarefas essenciais para os negócios. 

A IA não sai da cabeça dos CIOs, mas identificar as ferramentas de IA certas é um desafio. Apesar da preocupação com a expansão do número de aplicativos, quase todos os CIOs brasileiros (97%) planejam aumentar o seu orçamento para investir em apps de IA em 2024 (mais que em qualquer outro país pesquisado), sendo que 42% deles planejam aumentos orçamentais de mais de 50%. Os líderes de TI reconhecem os benefícios de adotar a IA, como obter maiores insights para orientar as decisões de negócios (52%), economizar tempo em tarefas criativas ou estratégicas (50%) e ajudar a consolidar apps (45%). Identificar as soluções certas é um desafio, com 85% dos CIOs brasileiros afirmando que já existem ferramentas de IA demais no mercado, o que causa confusão e duplicação de ferramentas com a mesma função para o time. 

A integração das ferramentas de IA ​​é prioridade. Quase todos os CIOs brasileiros (90%) concordam que as ferramentas de IA podem melhorar drasticamente tanto o seu papel quanto a experiência dos seus funcionários, mas citam a integração da IA ​​(34%), o acesso a talentos de TI (26%) e a segurança de dados (26%) como os desafios mais comuns para isso. Mais da metade dos CIOs brasileiros parecem prontos para aproveitar a tecnologia, com 57% deles afirmando que estabeleceram diretrizes firmes em relação à IA ​​para garantir o seu uso seguro e responsável. 

“Navegar em meio a tantas novas tecnologias concebidas para facilitar os negócios está se mostrando mais difícil do que nunca. O que os CIOs enfrentam atualmente é dificílimo, ao mesmo tempo inovar com a IA e não contribuir para a expansão do número de aplicativos usados nas empresas”, diz Cameron Adams, cofundador e diretor de produtos do Canva. “Os resultados da nossa pesquisa reforçam que os CIOs querem ser agentes da mudança e da inovação, escolhendo tecnologias que ajudem as suas organizações a ter um impacto maior ao mesmo tempo que consolidam custos e reduzem a complexidade.” 

Os CIOs de hoje estão constantemente em busca de ferramentas de produtividade que promovam maior eficiência nas empresas. No ecossistema de design e criação, existe uma profunda fragmentação de ferramentas alimentadas por IA, que não atendem às necessidades das empresas, atrasando potencialmente a adoção de tecnologias de ponta. Com o objetivo de capacitar pessoas, equipes e empresas para criar comunicação visual em grande escala, o Canva lançou em 2023 o Magic Studio – para simplificar e consolidar as melhores ferramentas de design baseadas em IA numa plataforma segura e fácil de usar. 

Para mais resultados da pesquisa, leia aqui

 

Metodologia

O Canva encomendou à empresa de pesquisa Harris Poll uma pesquisa com 1.369 CIOs. Essas pessoas são as tomadoras de decisão na compra de software nas suas empresas. O Canva entrevistou 151 CIOs no Brasil, 152 nos Estados Unidos, 154 no Reino Unido, 150 na Espanha, 150 na Alemanha, 154 na França, 151 no México, 152 na Índia e 155 na Austrália.

 

Canva


Carnaval: como não sambar no aeroporto com cancelamentos e atrasos nos voos

Manual de direito dos viajantes da ex-advogada e influencer de viagem Andrea Miramontes revela 7 regras aéreas que todos devem saber

 

O Carnaval se aproxima e os planos de viajar com transporte aéreo aumentam. Isso é o que mostram os números divulgados no relatório de demanda e oferta da Anac (pela Agência Nacional de Aviação Civil).

Em 2023, o transporte aéreo levou 112,6 milhões de passageiros, sendo este o melhor resultado anual desde 2020. Com o aumento da demanda também vieram os perrengues para viajantes que, sem conhecer seus direitos, saem no prejuízo.

Só em fevereiro de 2023, mês do Carnaval, o aumento foi de 18,2% em relação ao ano anterior. Cerca de 7 milhões de viajantes passaram pelos aeroportos do País, número relativamente próximo ao de março de 2019, no mês da folia, que movimentou cerca de 8 milhões de pessoas. 

Quem pretende pegar o transporte aéreo neste Carnaval pode evitar muito estresse ao saber seus direitos. “Viajante normalmente tem que lidar com atrasos, cancelamentos, emissão da passagem com dados incorretos e outras situações. Se não souber como agir, vai perder dinheiro”, conta Andrea Miramontes, ex-advogada e influenciadora de viagem do @ladobviagem com mais de 57 mil seguidores.

“Há casos em que o passageiro tem direito a alimentação e até hospedagem, mas não sabe. Dependendo do prejuízo pelo atraso ou cancelamento é possível também pedir indenização”, comenta Andrea.

A influenciadora e jornalista reuniu sua experiência no e-book Direito do viajante - 7 regras aéreas que você deve saber, que revela direitos básicos para passageiros aéreos. O guia é vendido pela Hotmart por 58,40 reais, e os seguidores @ladobviagem têm 30% de desconto até o Carnaval, com cupom a ser solicitado por DM no Instagram.

Andrea também é autora do Guia de Viagem Pet Friendly, que tem renda voltada para proteção animal É possível seguir a influenciadora no Instagram também pelo @andreamiramontes.real e pelo @patasaoalto, site e redes sociais de proteção animal desde 2007.

 

Andrea Miramontes - jornalista especializada em viagens há 24 anos @andreamiramontes.real, influenciadora no @ladobviagem, plataforma com site e redes sociais que inspiram viagens incríveis, passeios éticos com animais, roteiros veganos e vegetarianos pelo mundo e de viagens liberais. A jornalista já recebeu prêmios em sua área. Andrea também já foi advogada e responde a dúvidas dos seguidores sobre direitos dos viajantes e seguidores nas suas plataformas: Instagram, Youtube e site. Trabalha voluntariamente como protetora de animais com o projeto @patasaoalto - site e redes sociais, que existe há 16 anos.

 

IRPF: é MEI e não sabe por onde começar? Aprenda o passo a passo em série de vídeos do Sebrae

Material ajuda Microempreendedor Individual que também precisa prestar contas à Receita Federal como pessoa física


Chegou a hora de acertar as contas com o Leão! E os contribuintes que são microempreendedores individuais (MEI) devem estar atentos na hora de declarar seu Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O Sebrae preparou uma série de 10 vídeos e uma página on-line inteiramente dedicadas a esclarecer dúvidas sobre todo o processo de declaração e servir como mais uma ferramenta de apoio para os donos dos pequenos negócios.

Precisa declarar à Receita Federal quem recebeu, em 2023, rendimentos tributáveis como aluguéis, salários, entre outros, acima de R$ 28.559,70 por ano. É importante que cada profissional esteja atento ao seu segmento e ao cálculo que deve fazer de acordo sua faixa de isenção para a distribuição de lucros – 32% para serviços, 8% para empresas comerciais e industriais, 8% para transporte de carga e MEI Caminhoneiro e 16% para empresas de transporte de passageiros.

Caso o valor for superior ao estipulado pela Receita Federal depois de subtraídos a parte isenta do total faturado no ano e os gastos da empresa, o contribuinte é obrigado a entregar a declaração. O Sebrae ressalta a importância de registrar as retiradas e guardar os comprovantes (gastos com compra de mercadorias, serviços, água, luz, aluguel, entre outros).

O vídeo traz o passo a passo, desde a entrada no portal da Receita Federal até o preenchimento do campo de recebidos por Pessoa Jurídica, onde o microempreendedor individual deverá inserir os dados da sua empresa e o valor tributável. É importante não se esquecer de preencher o montante do contribuído para a previdência social. Na aba de rendimentos não tributáveis, na opção “13 – Rendimento de sócio ou titular de microempresa”, será necessário incluir também o CNPJ e o valor que ficou isento de impostos.

Além disso, não deixe de cadastrar o capital social em Bens e Direitos com o mesmo valor inserido no Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI).

Confira o vídeo completo aqui.


De olho nas dicas

O Sebrae preparou uma série de 10 vídeos com todas as orientações para facilitar a vida dos microempreendedores individuais (MEI). Lá, o empreendedor vai encontrar dicas sobre “Como se formalizar como MEI”, “Como fazer o cadastro no portal Gov.BR”, “Como emitir as guias DAS do MEI em atraso”, entre outros conteúdos.


Jornadas MEI

Quer começar a empreender? Já tem um negócio ou precisa organizar sua empresa? O Sebrae preparou um portal com conteúdos inteiramente voltados aos microempreendedores individuais. Nele, quem quer se tornar MEI ou já abriu a própria empresa vai encontrar o caminho para melhorar vários aspectos do dia a dia do negócio.

Ao completar as trilhas de conhecimento, o empreendedor poderá ter acesso a benefícios exclusivos, como consultorias, bônus de desconto e mesmo acesso à linhas de crédito diferenciadas.

Saiba mais aqui.


Levantamento inédito revela que contribuintes chegam a obter descontos de até 70% no pagamento de dívidas tributárias

        Foram firmadas 283 transações individuais em todas as regiões do Brasil; existem 8.655.352 registros de devedores, de acordo com a PGFN 

       A 3ª Região possui 76 transações registradas, enquanto a 6ª Região possui apenas oito acordos firmados com a mesma média de desconto fornecido 

       Visando o auge do desconto previsto, 18 contribuintes optaram pelo pagamento à vista, ou seja, sem parcelamento

 

Atualmente, a transação tributária é uma ferramenta inovadora que impacta positivamente a arrecadação do governo e viabiliza, não apenas a extinção de processos judiciais, como também a regularização de situações jurídicas tributárias, beneficiando o contribuinte e o Fisco em três esferas: federal, estadual e municipal.

Especificamente na esfera federal, a possibilidade de uma transação tributária, e principalmente as condições concedidas, variam de acordo com a região administrativa da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) responsável pela dívida. Essas variações decorrem das práticas adotadas em cada uma dessas regiões e envolvem as condições de negociação e benefícios encontrados nos acordos analisados de maneira ampla no país. Isso significa que as oportunidades de transação tributária, incluindo descontos, garantias e quantidades de parcelas, podem diferir significativamente dependendo da localidade do contribuinte.

Um levantamento inédito realizado pela equipe de Reestruturação Corporativa da LBZ Advocacia revela que, até o dia 16 de maio de 2023, das transações individuais divulgadas no Brasil, a média dos descontos concedidos foram:

       PGFN 1ª Região – 58% de desconto obtido;

       PGFN 2ª Região – 61% de desconto obtido;

       PGFN 3ª Região – 59% de desconto obtido;

       PGFN 4ª Região – 52% de desconto obtido;

       PGFN 5ª Região – 60% de desconto obtido;

       PGFN 6ª Região – 59% de desconto obtido;

De acordo com os números analisados, foi possível apurar que os descontos variam entre 18% e 70%, sendo este último o limite autorizado por lei. Segundo o estudo, 18 contribuintes optaram pelo pagamento à vista, ou seja, sem parcelamento, buscando o auge do desconto previsto.

Em relação à quantidade de transações formalizadas com a PGFN, a 3ª Região possui 76 transações registradas. Por outro lado, a PGFN da 6ª Região possui apenas oito acordos firmados com a mesma média de desconto fornecido.

“Cada proposta de transação possui suas particularidades, porém, todas se baseiam nas capacidades de pagamento apurado pela PGFN individualmente para cada contribuinte e isso é a base para os planos de pagamento. Em regra, sendo a capacidade de pagamento baixa, aumenta a dificuldade para honrar os compromissos e as condições de pagamento, em tese, se tornam mais benéficas”, destaca Filipe Souza, sócio da LBZ Advocacia e um dos responsáveis pelo estudo.

Outro ponto de destaque é que a transação tributária individual federal ainda é um conceito relativamente novo no cenário tributário brasileiro. Até maio de 2023, foram firmadas 283 transações individuais em todas as regiões do Brasil, sendo que existem 8.655.352 registros de devedores, de acordo com a PGFN.

Para Souza, ainda há oportunidade para crescimento dos casos negociados, contudo, é fundamental observar que a implementação eficaz da transação tributária requer uma preparação prévia e estratégica, aliada a um acompanhamento adequado para garantir que os objetivos sejam alcançados. “À medida que essa ferramenta se consolida no sistema tributário brasileiro, é crucial que tanto o governo quanto os contribuintes a utilizem de forma responsável, visando criar um sistema tributário mais eficiente e equitativo”, diz o sócio da LBZ.


Classificação de débitos

No âmbito federal, de acordo com a Lei nº 13.988/2020, com alterações da Lei nº 14.375/2022 e a Portaria 6.757/2022, a transação pode contemplar os benefícios de desconto em multa, juros e encargos legais. Tem o potencial de oferecer prazos e formas de pagamento especiais, permitir a utilização de prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para quitação dos débitos, além de autorizar a utilização de precatórios como pagamento.

No entanto, a eficácia desse modelo de negociação depende da forma como os débitos são classificados, isso porque o sistema da PGFN gera um “rating”, classificando os débitos em categorias, sendo as mais favorecidas as consideradas como “C” ou “D”, podendo usufruir de meios alternativos de pagamento nas negociações.

“Não se pode deixar de reconhecer, no entanto, que se por um lado já é perceptível a eficácia em negócios desenhados de forma única e particular para cada contribuinte, por outro, ainda é necessário que seja fortalecida a relação de confiança entre contribuintes e Fisco para a regularização do passivo fiscal. Afinal, é sempre saudável a busca de uma solução construída em conjunto entre ambas as partes”, finaliza Filipe.

 


LBZ Advocacia


O retorno ao trabalho presencial: sintoma de falta de inclusão!

 

A transição do home office para o trabalho presencial tem sido uma realidade para muitos funcionários, evidenciando um sintoma preocupante: o da falta de inclusão nas atividades econômicas. Incrivelmente, a insistência no retorno ao trabalho presencial, especialmente por parte dos líderes empresariais, pode ser danosa à produtividade individual, por desconsiderar desafios específicos enfrentados por diferentes grupos. 

Essa exigência, muitas vezes, não leva em conta os desafios diários enfrentados, por exemplo, pelas mulheres, que muitas vezes lidam com dupla ou tripla jornada, cuidados domésticos e acompanhamento dos filhos. Durante o período em que vigorou o esquema de home office, esses desafios eram melhor equacionados, promovendo uma divisão mais igualitária nos serviços domésticos e beneficiando a produtividade. 

Além disso, a convivência intensiva durante o home office estimulou maior participação dos pais na educação dos filhos, promovendo um acompanhamento mais próximo e favorecendo o vínculo afetivo. O retorno ao trabalho presencial pode comprometer esses ganhos educacionais, impactando a qualidade da interação familiar e a divisão de responsabilidades domésticas. 

A pressão para o retorno ao presencial, além disso, parte muitas vezes de líderes empresariais que moram próximo aos escritórios, escapando dos desafios diários enfrentados por quem depende de transporte público, enfrenta o trânsito intenso e se expõe aos riscos urbanos. Isso demonstra uma falta de compreensão das dificuldades vivenciadas por funcionários que moram em áreas mais distantes. 

No mesmo sentido, a falta de experiência dos líderes na convivência com pessoas com deficiência resulta na ignorância sobre as dificuldades físicas e emocionais relacionadas ao deslocamento para o trabalho. Rotinas de tratamentos e terapias também são prejudicadas com o retorno ao presencial, colocando em risco a inclusão desses profissionais. 

Em síntese, a exigência do retorno ao trabalho presencial revela falta de empatia, falta de consideração, ao ignorar as diversas realidades enfrentadas pelos funcionários. Ao desconsiderar os ganhos do home office em termos de inclusão, equidade de gênero e qualidade de vida, os líderes empresariais comprometem a produtividade individual e coletiva. É fundamental que as empresas repensem suas políticas, reconhecendo a importância da inclusão e da flexibilidade para promover ambientes de trabalho mais produtivos e igualitários.


André Naves - Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política. É também Comendador Cultural, Escritor, Professor e Palestrante (Instagram: @andrenaves.def)



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