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Professora
de Odontologia da UniSociesc, Flaira Rita Albino dos Santos, alerta para o
problema que se agravou com a pandemia
A pandemia deixou inúmeras sequelas e uma delas foi o
aumento e o agravamento dos casos de bruxismo - aquele hábito de ranger ou
apertar os dentes, seja dormindo ou acordado. Categorizado como um distúrbio,
que ocorre no sistema nervoso central e afeta a mastigação e os dentes, o
bruxismo afeta cerca de 40% da população brasileira.
A professora de Odontologia da UniSociesc, Flaira Rita
Albino dos Santos, explica que o bruxismo tecnicamente é conhecido como uma
parafunção, ou seja tudo o que se faz com a boca e os dentes que não seja
mastigar e engolir, falar ou respirar. Muitas vezes, segundo ela, a pessoa que
apresenta bruxismo também tem outras parafunções, como roer unhas, morder
objetos ou até mascar chiclete o tempo todo.
“As causas, na grande maioria dos casos, estão ligadas ao
estresse, ansiedade exagerada, dificuldade de lidar com a pressão. Então, em
muitos casos não basta apenas sugerir o uso de uma placa miorrelaxante,
estabilizadora ou oclusal, como é conhecida. É preciso encontrar a raiz do
problema e para isso o tratamento multidisciplinar é fundamental, envolvendo
profissionais da saúde mental, da educação física, da fisioterapia, entre
outros”, explica a professora.
Crianças e adolescentes precisam de
cuidados diferenciados
Um outro aspecto que Flaira lembra é que crianças e
adolescentes também sofrem com o bruxismo - sendo que os diagnósticos
aumentaram durante e após a pandemia. Mas com este público, é preciso um
cuidado diferenciado em relação ao uso das placas. Como as placas são rígidas,
podem impedir o crescimento dos maxilares, por exemplo, se o acompanhamento não
for adequado. “Nas crianças é necessário ir trocando a placa com frequência e
acompanhando detalhes”, aponta.
Flaira explica que muitas pessoas chegam ao consultório
reclamando de aspectos provocados pelo bruxismo, mas não fazem ideia do que é
este distúrbio. “Às vezes a pessoa chega com um dente desgastado, ou reclamando
que sente o dente mole, ou quebrou um dente e não sabe bem como isso aconteceu
e nós identificamos o bruxismo”, observa. Conforme a especialista, o bruxismo
não tem cura, mas poderá ter os sintomas controlados.
Fique atento aos sinais e busque ajuda
profissional
Nos casos graves, conforme Flaira, o bruxismo pode quebrar
dentes num nível que será necessário fazer um implante ou pode afetar a
mastigação ou a própria fala, tamanha é a dor sentida pelo paciente.
“Precisamos falar do tema e alertar para sinais como: dores de cabeça, que
podem começar de forma sutil; desconforto, dores ou até barulhos nas
articulações da mandíbula (ao abrir e fechar a boca); dores no pescoço ou nos
ombros. Entendendo os sinais o paciente consegue buscar o diagnóstico e
tratamento antes que o caso se torne grave”, diz Flaira.
“Quando a causa inicial do bruxismo não está relacionada ao
estresse e a ansiedade em níveis elevados, pode ocorrer por causa da
má-oclusão, do refluxo, da apneia do sono, de uma vida sedentária, do uso de
alguns medicamentos ou do uso de álcool e drogas, por exemplo”, destaca a
especialista. Flaira acredita que melhorando hábitos de saúde (alimentação,
atividade física, gerenciamento de emoções, limitar uso da cafeína e das telas)
já é possível prevenir e melhorar a intensidade dos sintomas.
Exames ajudam a ter certeza do
diagnóstico
Em relação ao aumento de casos na pandemia e após, ela
acredita que foi um momento de alto nível de estresse para toda a população que
impactou em hábitos ligados à saúde e bem-estar das pessoas. Um estudo da USP
aponta que pacientes com níveis altos de estresse são quase seis vezes mais
propensos ao bruxismo quando estão acordados. “Mesmo quando ocorre o ranger ou
apertar os dentes com a pessoa acordada, ela tem dificuldade de identificar.
Mas hoje existem vários exames que ajudam a dar certeza no diagnóstico, como
exames musculares ou realizados durante o sono”, diz.
“Às vezes a pessoa está tão concentrada, com tanta pressão
no momento de trabalho, por exemplo, que aperta os dentes sem perceber a força
que está fazendo. Isso também ocorre com atletas durante os treinos. Nestas
horas eu mesma uso um aplicativo que me ajuda a lembrar de desencostar os
dentes, como aqueles aplicativos que lembram que precisamos beber água”, conta
a professora. Ela ainda destaca que na Clínica Integrada da UniSociesc são
realizados atendimentos odontológicos com preços muito acessíveis para a
população carente.
Clínica Integrada de Saúde UniSociesc Joinville
Informações e agendamento: pelo telefone (47) 99107-9181 ou pelo e-mail clinicaintegradadesaude.agenda@gmail.com
Endereço: Rua Gothard Kaesemodel, 833, bairro Anita Garibaldi, Joinville
Clínica Integrada de Saúde UniSociesc Blumenau
Informações e agendamento: pelo e-mail clinicaodonto.unisociesc.com.br
Endereço: Rua Pandiá Calógeras, 272, bairro Jardim Blumenau, Blumenau
Clínica Integrada de Saúde UniSociesc Jaraguá do Sul
Informações e agendamento: pelo telefone (47) 99258-0030
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 268, Centro, Jaraguá do Sul