Pesquisar no Blog

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Moradas Pet Friendly: um grande fenômeno no décor de interiores

Com o crescente aumento das famílias com um peludinho de estimação, cada vez mais é primordial planejar a casa para que a vivência seja boa tanto para os tutores, como os pets. O segredo está na execução do projeto e nas escolhas certas dos materiais

 

Neste projeto assinado pelo arquiteto Bruno Moraes, o JB, cachorro da raça pastor de
shetland, tem livre circulação por todos os ambientes do a  apartamento. Para o piso,
o porcelanato com aparência de cimento queimado deixa a manutenção do dia a dia
bastante simplificada
Projeto: BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci



Os espaços pet friendly já deixaram a alcunha de tendência para se efetivarem como uma realidade tanto nos projetos residenciais, como nos comerciais. E essa consciência não é para menos, já que o Brasil ocupa a terceira colocação no ranking dos países com a maior população pet do mundo, ‘perdendo’ apenas para a China e os Estados Unidos, conforme dados da consultoria alemã GSK, e de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há um total de 203 milhões bichinhos nos lares de todo território nacional.

Seja para famílias maiores ou mesmo por aqueles que decidem ser apenas pais ou mães de pets, esse amor se deriva em uma convivência cada vez mais próxima nos ambientes da casa, deixando de lado o antigo comportamento de deixar cães e gatos apenas no quintal.

Experientes em ouvir os desejos de cada tutor, um time de arquitetos compartilha dicas importantes para os projetos de interiores e são unânimes em afirmar: dá sim para conciliar excelentes escolhas e decisões dentro de cada estilo de décor. Acompanhe:

Defina um espaço especial para o animal

 

Neste projeto assinado pela arquiteta Cristiane Schiavoni,
a varanda integrada tornou-se o playground para os dois gatinhos
da família composta por um casal com dois filhos pequenos.
A estrutura com arranhador, escadinha e nichos ficou harmônica com o
décor e super alinhada com a dinâmica de brincadeiras dos felinos
Fotos: Guilherme Pucci


No caso dos gatos, é comum se sentirem mais seguros e confortáveis quando estão em um ponto alto do chão, pois o corpo deles apresenta uma estrutura propícia para essas atividades. “Por isso, para uma família com dois gatos, propus uma área de brincadeiras que ficou sensacional e de forma nenhuma destoou com a decoração. Digo que foi totalmente o contrário, pois a estética se completou”, relembra a arquiteta.

Já em lares com cachorros, Cristiane oriental que o ideal é projetar um cantinho que propicie uma visão ampla das pessoas que transitam pela casa durante o dia, visto que essa presença próxima é sinônimo de segurança e felicidade para eles.



Escolha os tecidos certos


Tecidos com tramas fechadas, resistentes e impermeabilizados são providenciais para revestir sofás, cadeiras e poltronas, pois a baixa textura não desperta o instinto dos animais – principalmente dos gatos –, que por natureza gostam de arranhar como forma de demarcar território visual e olfativo.

Para os tapetes, nada de desconsiderar seu uso por conta do receio de sujar. A dica para facilitar a remoção de pelos e outros sujidades é escolher modelos produzidos com fibras sintéticas como o vinil, nylon, polipropileno e nylon, entre outras possibilidades. Com relação às cores, tonalidades do bege e nude são perfeitas para não ‘entregar’ manchas ou o excesso de pelos.

Os pets sempre fizeram parte de nossas vidas, mas até certo tempo atrás, as casas não eram pensadas para promoveram essa inclusão. “Quando sei que meus clientes têm um bichinho de estimação, busco conhecer as características e hábitos para que ele faça parte e usufrua do projeto”, argumenta a arquiteta Cristiane Schiavoni. E embora todas as escolhas do décor sejam pensadas também para eles, ela diz que dentro de uma arquitetura pet friendly é fundamental definir um espaço totalmente dedicado para eles.

 




Sofás e poltronas são móveis queridinhos para o descanso de cachorros e gatos. Nos projetos realizados pelas arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini, até peças de design assinado, como a Poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, é um espaço perfeito e seguro – tanto para os pets, como seus donos | Projetos: Paiva e Passarini Arquitetura | Foto: Xavier Neto

  

Cantinhos para se conectar com a família 

Quem tem animais sabe a delícia e as responsabilidades de criá-los e ter a casa totalmente sob controle. De acordo com a arquiteta Júlia Guadix, embora o lar seja um amplo território para eles, é necessário oferecer um cantinho para seu senso de pertencimento e conexão com a família.” Em todo projeto que faço para donos de pets, deixo sinalizado o lugar da caminha, tapete higiênico ou caixa de areia, comedouro, bebedouro e os brinquedos. Sempre sugiro que esses itens estejam em harmonia com a decoração da casa, seguindo referências como a paleta de cores, por exemplo”,  destaca a profissional à frente do Studio Guadix.

 

  



Mãe do Bolota, a arquiteta Júlia Guadix conta que seu pet tem espaços especiais em sua própria casa e na dos avós. Com caminhas e tapetes confortáveis espalhados pela casa, o pequeno morador aproveita seu dia com tranquilidade | Projeto: Studio Guadix | Fotos: Guilherme Pucci


Ouse nas cores

 

Além de trazer alegria para os donos e aos ambientes, os pets são um bons motivos para inserir cores ousadas nos espaços, tornando-se uma estratégia para disfarçar a sujeira

que fica mais evidente em projetos monocromáticos. Os arquitetos Bernardo e Priscila Tressino, sócios-proprietários do escritório PB Arquitetura, afirmam que é essencial combinar a cor do animal com o piso para amenizar o visual de manchas e o excesso de pelo.

Pintar as paredes com tintas laváveis ou optar pela aplicação de papel
de parede com fácil manutenção são possibilidades que deixam a vida
dos moradores mais tranquilas. Nesse dormitório executado por Priscilla e Bernardo Tressino,
 o branco do enxoval e do desenho da parede estão em linha com a pelagem da gatinha
 Projeto: PB Arquitetura | Foto: Henrique Ribeiro


E os odores?

Para a arquiteta Júlia Guadix, a limpeza constante das casas é essencial para uma convivênciasaudável com os pets
| Foto: Guilherme Pucci


Um dos desafios dos tutores de animais em casa é driblar o desconforto com os cheiros. Segundo a arquiteta Júlia Guadix, os desinfetantes enzimáticos são recomendados para a higiene de espaços com cães, pois a composição quebra os compostos da urina. Também não há como se descuidar com a organização, que interfere diretamente na higiene dos locais. “Quanto mais roupinhas, caminhas e brinquedos espalhados pelo imóvel, a tendência é que esses odores se alastrem”, afirma.

Para evitar a impregnação no estofados, ela indica a utilização de capas nos móveis que cães e gatos adquiriram o hábito de estar, evitando o contato direto com o revestimento original

 



A Studio
(11) 2062-6423
@brunomoraesarquiteturastudio
www.brunomoraesarquitetura.com.br

Cristiane Schiavoni
Tel. (11) 3649-4900
www.cristianeschiavoni.com.br
@cristianeschiavoni


Paiva e Passarini Arquitetura
(17) 3235-2618
arquitetura@paivaepassarini.com.br
@paivaepassarini


Studio Guadix
Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
www.studioguadix.com


Instagram: @studioguadix
PB Arquitetura
End. Alameda Caulim, 115 sala 710
Bairro Cerâmica, São Caetano do Sul – SP
Telefone: (11) 2311-1178 / (11) 96202-1731
Instagram: @pbarquiteturanoinsta
Site: www.pbarquitetura.com.br
E-mail: contato@pbarquitetura.com.br



DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS

 

Pesquisa aponta as novas demandas dos clientes do mercado pet no Brasil; atendimento humanizado surge como principal desejo

Conduzida pela SKS CX Customer Experience Consultancy, a pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor aponta que há um grande gap na equação que envolve a relação de tutores e pets com grandes marcas dessa indústria. No levantamento, 74,53% dos entrevistados em São Paulo e no Rio de Janeiro declaram que a relação que mantêm com os seus animais de estimação é humanizada, e 71% afirmam não estar satisfeitos com o atendimento recebido em lojas. Há, portanto, uma clara demanda por um atendimento humanizado. O estudo evidencia, ainda, o impacto da pandemia na relação dos brasileiros com os seus pets.


Em tempos ágeis, mutantes e inseguros, os consumidores têm demandado muito mais das marcas, fazendo com que o relacionamento com produtos e serviços seja questionado constantemente. Com clientes dominando as táticas utilizadas pelas empresas – e com uma maior percepção sobre estratégias e objetivos dos empresários –, o ambiente de compra passa por uma transformação que impõe desafios ao atendimento e relacionamento com os compradores. No mercado pet há, ainda, uma camada a mais de complexidade: a relação estreita do tutor com o animal. A pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor – que investiga as necessidades emergentes e futuras desse cliente – aponta que quando questionados sobre como definem a relação que mantêm com o próprio pet, 75% dos entrevistados do Rio de Janeiro e de São Paulo afirmam que é humanizada. O animal é, para a maioria, um membro da família.

Segundo Stella Kochen Susskind (foto) – coordenadora da pesquisa quantitativa e qualitativa, que fez uso da metodologia de cliente oculto, combinada com metodologia quantitativa através de entrevistas por e-mail –, no período de isolamento por conta da crise sanitária, os tutores de animais de estimação passaram a ansiar por certezas sobre o bem-estar do pet. A ansiedade e o medo em torno da pandemia fizeram com que a relação com os bichinhos se estreitasse à medida que o contexto social aumentou a vivência entre ambos. “Com o boom das demandas por serviços veterinários e bem-estar do animal de estimação, o on-line se solidificou, no período, como um forte canal de compras, porém, o presencial se tornou um canal essencial para o estreitamento da conexão entre tutores e marcas. Na prática, a combinação de canais tem sido valorizada por esse cliente. A pesquisa mostra, ainda, uma mudança no storytelling dessa relação. Temos, na equação, dois clientes que precisam ser agradados ao mesmo tempo: o tutor e o animal”, detalha a coordenadora da pesquisa e presidente da SKS CX Customer Experience.  

Realizada em parceria com os profissionais Abel Osório de Castro, mestre em Administração e Estratégia de Empresas; Lívia Felix Lima, social listening; e Marlon Lemes de Almeida, estrategista em UX e Designer, a pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor aponta que muitos tutores compram on-line e vão à loja buscar o produto. Com isso, surge a necessidade – e oportunidade – de repensar o atendimento como um todo. “Ficou muito claro que esse atendimento, que envolve tutor e animal de estimação, precisa ser repensado sob a lente do atendimento humanizado. O canal de retirada de produtos, por exemplo, deve ser enxergado pelos gestores das marcas como mais um canal de vendas e extremante importante para vendas adicionais”, afirma Stella.

Um dos grandes destaques da pesquisa – que avaliou o desempenho de players como Cobasi, Petz, Petland e Petlove, além de outras marcas – foram os pet shops de bairros por atingirem, com maior frequência, o atendimento humanizado. No Rio de Janeiro, esse diferencial foi ainda maior, sobretudo para banhos, tosa e atendimento veterinário. De acordo com os pesquisadores, ficam claras duas necessidades e oportunidades: pet  shops de bairros precisam fidelizar os clientes para que não migrem para grandes redes; e as grandes redes precisam se apropriar do quesito humanização – conceito amplamente trabalhado pelas pets shops de bairro. “Na visão dos clientes entrevistados, embora gostem das lojas de bairro, elas tendem a perder, para as maiores redes, nos quesitos inovação em produtos e serviços. Escala, capilaridade e poder trazido pela expertise são questões que parecem estar atreladas a essa avaliação dos clientes”, aponta Stella.

Nas recomendações, a especialista aponta ser importante pensar na jornada dos clientes (animal de estimação e tutor) – em compras e atendimento –, desenvolvendo um storytelling. “Na prática, os tutores querem produtos e serviços que conversem com ele e o seu pet. Aqui, novamente, só é possível atingir esse objetivo com um atendimento humanizado. Investir em treinamentos e na construção de uma cultura voltada à humanização é a peça-chave para melhorar o atendimento nessa indústria”, afirma Stella, acrescentando que é necessário adotar a cultura de storytelling e monitorar, constantemente, o atendimento nos variados canais.

De acordo com os pesquisadores, a tendência é clara: o crescimento do mercado pet precisa ser visto por uma nova ótica. Como o animal de estimação é visto como um membro da família – algumas vezes, é a única família do tutor –, as marcas precisam ter esse cenário no horizonte estratégico. “A pandemia, o isolamento social e a pós-pandemia não apenas aumentaram o número de adoções e compras de pets como também mudaram a relação de muitas pessoas com os seus bichinhos. O termo ‘nova família’ não se aplica apenas às constituições familiares que envolvem casais homoafetivos, por exemplo. Engloba, ainda, casais sem filhos humanos. Com essa alteração no comportamento e na configuração familiar, há uma clara demanda – que é uma oportunidade de negócio – para empresas do segmento pet. Entretanto, para que possam ajustar produtos e serviços, os gestores de marcas precisam, genuinamente, entender essa dimensão emocional dos clientes e a clara demanda pelo atendimento humanizado”, aponta Stella Kochen Susskind.

 

|| METODOLOGIA DA PESQUISA

Diante do cenário de estreitamento de relações entre tutores e seus pets – e a necessidade de um atendimento humanizado no varejo e nos pet shops –, a pesquisa apurou o nível de satisfação do consumidor em relação ao atendimento oferecido pelos grandes players do mercado nacional. Para tal, os pesquisadores usaram duas metodologias combinadas: satisfação de clientes (quantitativa, via entrevistas on-line, envolvendo 106 pessoas) e cliente oculto (qualitativa por meio de 120 visitas realizadas em lojas físicas), além de amplo desk research na fase inicial do projeto. Com os resultados, os pesquisadores evidenciaram as necessidades do segmento para que os players de diferentes portes se apropriem dos aprendizados, sobretudo os que dizem respeito à demanda de humanização do atendimento. A pesquisa contou com visitas conduzidas nas cidades de São Paulo (60 visitas) e no Rio de Janeiro (60 visitas); consumidores das classes B1 e B2; com tutores de cães e gatos, com idades entre 15 e mais de 70 anos.

No questionário estruturado – voltado a 106 pessoas –, as áreas de abordagem mapeadas foram perfil (região, faixa etária, gênero e relação com pet); mercado (visibilidade, prestígio das marcas e tendências); e satisfação [satisfação geral; áreas de relacionamento (lojas, atendimento do vendedor, atendimento do caixa, inovação e dinamismo, e atendimento humanizado); e fidelidade (propensão à recomendação e à recompra)].

 

|| PRINCIPAIS CONCLUSÕES QUANTITATIVAS DA PESQUISA

_Quais frases definem sua relação com o pet?

  • 28,2% afirmam “é um membro da família”.
  • 18,4% afirmam “é meu/minha filho, filha, bebê”.
  • 17,3% afirmam “não vivo sem ele”.
  • 13% afirmam “procuro os melhores preços de produtos para o meu pet”.
  • 12% afirmam “gosto de mimá-lo com presentes”.
  • 9,3% afirmam “quando é para o meu pet, eu não economizo.
  • 1,08% afirmam “é apenas um animal da casa”.

 

_Como define a sua relação com o pet?

  • 86% das pessoas definem a relação como humanizada, sendo 79% em São Paulo e 70% no Rio de Janeiro.
  • 24% definem como normal, sendo 21% em São Paulo e 30% no Rio de Janeiro.

 

_ Quais marcas conhece?

  • 32% conhecem a Petz
  • 29% conhecem a Cobasi
  • 13% conhecem a Petland
  • 18% conhecem a Petlove
  • 6% conhecem outros estabelecimentos
  • 11% responderam que nenhuma dessas marcas.

 

_ Quais lojas costuma ir com maior frequência?

  • 29% costumam ir à Petz
  • 42% costumam ir à Cobasi
  • 9% costumam ir à Petlove
  • 28% costumam ir à Petland
  • 24% costumam ir a outros estabelecimentos
  • Os cariocas frequentam mais pet shops de bairros do que os moradores de São Paulo: 38% contra 10,71%.

 

_ Quais lojas costuma ir de vez em quando?

  • 36% costumam ir à Petz
  • 40% costumam ir à Cobasi
  • 1% costumam ir à Petlove
  • 5% costumam ir à Petland
  • 17% costumam ir a outros estabelecimentos

 

SATISFAÇÃO GERAL | A média geral de satisfação dos consumidores da amostra é de 8,26 (número absoluto), sendo que na base de 106 entrevistados: 48,14% estão satisfeitos; 27,68% se dizem encantados; e 24,18% são de insatisfeitos. “Vemos que há uma margem muito grande de melhora no atendimento. Nessa avaliação, questionamos a experiência efetiva do cliente em relação às lojas, ao atendimento do vendedor, atendimento nos caixas, à inovação e ao dinamismo (produtos) e ao atendimento humanizado”, detalha Stella. A análise avaliou o índice de satisfação por áreas de relacionamento; cada uma das áreas possui seus próprios atributos.

 

_Satisfação com a loja

Atributos: variedade e qualidade dos produtos; segurança no estacionamento; segurança da loja; limpeza, organização e conservação da loja; horário de funcionamento; existência de divulgações e promoções; estacionamento amplo de fácil acesso; disposição dos produtos e visual merchandising; conforto e temperatura ambiente; comunicação visual eficiente; e área de tosa e banho envidraçada.

Destaque: A marca Petz se destaca na análise com um índice de Satisfação Geral (SG) de 8,55 (de uma escala de 0 a 10, no qual zero é totalmente insatisfeito e dez, encantado).

 

 _Satisfação com o atendimento do vendedor

Atributos: zelam pelo bem-estar do animal e do tutor; transmitem segurança, confiança e apoiam o tutor no tratamento do animal de estimação; respeitam os pets e seus tutores; dão atenção diferenciada e demonstram empatia; cumprimentam, olham nos olhos e escutam com atenção o consumidor; têm conhecimento sobre produtos e serviços, características deles e benefícios; chamam o tutor e pet pelos nomes; têm atendimento eficiente; e abordam o cliente e o pet de forma individualizada, respeitando as diferenças de cada um.

Destaque: A marca Petland se destaca na análise com um índice de Satisfação Geral Calculada (SGC) com 9,33 (de uma escala de 0 a 10, no qual zero é totalmente insatisfeito e dez, encantado), sendo que 1% dos entrevistados se declarou encantado.

 

_Satisfação com o atendimento no caixa

Atributos:  número de caixas para atendimento em funcionamento; formas e condições de pagamento; facilidade de se localizar dentro do pet shop (sinalização); eficiência da administração da fila; caixas bem preparados e treinados (conseguem ajudar plenamente); atendimento ágil; e atendimento, atenção, cordialidade e educação dos caixas.

Destaque: A marca Petz se destaca na análise com um índice de Satisfação Geral Calculada (SGC) com 8,67 (de uma escala de 0 a 10, no qual zero é totalmente insatisfeito e dez, encantado) – sendo que 42% dos entrevistados se declararam encantados. O índice geral de satisfação da amostra nessa área de relacionamento é  de 8,12.

 

_Inovação e Dinamismo

Atributos: pet shop em sintonia com as tendências do mercado; estrutura física adequada para realizar os atendimentos; em constante inovação; e a criatividade e atratividade do marketing.

Destaque: A marca Petland se destaca na análise com um índice de Satisfação Geral Calculada (SGC) de 10 (de uma escala de 0 a 10, no qual zero é totalmente insatisfeito e dez, encantado), sendo que 1% dos entrevistados se declarou encantado; na segunda posição está a Petz com 8,25 de SGD. “A maioria dos tutores percebeu a preocupação com a inovação e o dinamismo por parte das redes. A Cobasi e os pet shops dos bairros, na visão dos tutores, parecem não inovar”, afirma Stella.

 

_Atendimento humanizado

Questionados sobre como definem a relação com o seu pet, 79% dos entrevistados de São Paulo classificam-na como humanizada – no Rio de Janeiro, o índice é de 70% –; e 21% (SP) como normal. No Rio de Janeiro, o índice é de 30%. No total (sem distinção de Estado), a relação humanizada está presente na fala de 75% dos entrevistados.

Na análise das marcas com atendimento mais humanizado, o destaque é Petland com um índice de Satisfação Geral Declarada (SG) de 9 (de uma escala de 0 a 10, no qual zero é totalmente insatisfeito e dez, encantado). “A maioria dos tutores percebe que o atendimento humanizado é característica marcante de pet shops de bairro. Na amostra, 74,53% declararam que a relação com o pet é totalmente humanizada ao passo que a satisfação com o atendimento (humanizado) é de apenas 29%. Esses números apontam que 71% dos entrevistados estão insatisfeitos com o atendimento recebido, ou seja, não o percebem como sendo humanizado”, salienta a pesquisadora, acrescentando que na fala dos entrevistados aparece uma queixa frequente: as marcas não investem em um atendimento individualizado; não fazem distinção entre clientes; e possuem um atendimento mecanizado. 

 

_Fidelidade

Questionados sobre a propensão de recomendar o pet shop, 58% dos tutores afirmam que não recomendariam, baseados nas experiências efetivas que tiveram. Sobre a propensão de recomprar, 47% dos tutores não recomprariam baseados nas experiências efetivas que tiveram. “Mais uma vez vemos, nesses dados, a necessidade urgente de as marcas se conectarem com as demandas dos consumidores. Os gestores dessas empresas não estão lendo o desejo do cliente”, afirma Stella.

 

|| PRINCIPAIS CONCLUSÕES QUALITATIVAS DA PESQUISA

 :: CONTEXTO | A recente crise sanitária – e o decorrente impacto financeiro – alterou os comportamentos de consumo dos brasileiros, mas não impactou significativamente os hábitos de cuidados com os pets, ou seja, as famílias não renunciaram aos cuidados com os animais de estimação. Não foram registrados, por exemplo, troca de marcas por similares mais baratas. Na prática, a indústria pet se mostrou altamente resiliente diante da crise econômica; ao contrário, o hábito de passar mais tempo em casa reforçou a importância do convívio entre tutores e pets.

Com 139,3 milhões de animais de estimação – de acordo com o Censo Pet Brasil 2019 –, o país concentra 50% desse contingente na região Sudeste. Diante de uma população de 213,7 milhões de habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), vê-se que o número de animais equivale a 67% do número de habitantes da nação. Hoje, 67,6% da população brasileira possui, ao menos, um animal; 30% foi o índice de aumento no número de pets nos lares durante a pandemia da covid-19; 22% referem-se ao aumento no número de cães; e 37% ao crescimento na aquisição ou adoção de gatos.

 

:: TENDÊNCIAS DE COMPORTAMENTO | A pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor identificou que à medida que vivenciamos um período no qual o toque físico humano foi associado ao risco (de contaminação), por sua vez, o toque nos animais de estimação foi intensificado como forma de exercitar a afetuosidade cerceada pela crise sanitária. A análise comportamental identificou quatro tendências que se perpetuaram na fase que vivemos de pós-pandemia.

_ Benefícios para a saúde | As medidas de bloqueio geraram uma maior ansiedade dos consumidores, que tiveram que alterar suas rotinas de consumo e estratégias de compras. A ênfase no uso do comércio eletrônico, por parte dos clientes, fez com que a indústria de pets tivesse que se adaptar aos novos tempos. Os ganhos na relação com o consumidor foram significativos, e muitas marcas estreitaram laços via campanhas promocionais.

_ Pet influencer | Com mais tempo em casa, muitos tutores se lançaram nas redes sociais, transformando seus animais de estimação em celebridades; os cães, em especial, tornaram-se protagonistas de vários perfis em canais de redes sociais como Instagram, TikTok, Be Real, entre outros. Esse crescimento de pets influencers não cessou na pós-pandemia; ao contrário, a tendência se mantém.

 _ Assistentes digitais | A pandemia acelerou o uso de ferramentas digitais de cuidados com os animais de estimação, ou seja, elas estão ajudando tutores e seus pets a se ajustarem ao novo normal. Destaque, nessa tendência, para aplicativos tais como o 11Pets, que oferece um conjunto de recursos: lembretes para cuidados essenciais, organização de dados médicos e acompanhamento de incidentes. O app já conta com mais de 100 mil downloads.

_Online Fur friendly | A ideia de que se tornar tutor de um animal de estimação ajudaria a lidar/aliviar o estresse e a ansiedade se tornou popular no Brasil em meio ao isolamento social. Hoje, 23% dos tutores de animais de estimação adotaram ou compraram o primeiro pet no período da crise sanitária; de 2020 a 2021, houve um aumento de 27% no faturamento do setor, de acordo com dados da Comissão de Animais de Companhia (Comac), ligada ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). 

:: RELACIONAMENTO ENTRE TUTOR E PET | A pesquisa aponta que os millennials criaram um elo mais profundo com seus pets, algo que está associado à companhia e maior troca afetiva. Para eles, a saúde do animal é uma prioridade cotidiana. Segundo Stella Kochen Susskind, as redes sociais reforçaram essa relação, tornando-se um importante canal de engajamento desse público. Postar fotos dos pets, trocar ou buscar informações são alguns dos comportamentos reforçados pelos tutores que são usuários das redes sociais. “Um ponto relevante que transparece na pesquisa é o papel do pet na família, ou seja, ele é considerado uma extensão da família para esse público, portanto, tem status afetivo diferenciado”, afirma a pesquisadora, acrescentando que esse traço – relacionamento humanizado com os pets – representa novas oportunidades de negócios para o mercado.

:: MERCADO | Ao analisar os dados do Instituto Pet Brasil, a pesquisa aponta que a indústria fechou 2021 com um crescimento de 27% no faturamento em relação ao ano anterior, ultrapassando a marca de R$ 51,7 bilhões. Entre as empresas que se destacaram, encontram-se a Petland (faturamento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão); Petz (expectativa de crescer 17% nos próximos cinco anos); Cobasi (empreendeu um movimento de expandir a experiência do cliente (pet) e tutor); e Petlove (aumento de 45% no faturamento em 2021). Para 2023, a expectativa de crescimento da indústria é de até 9%. A pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor identificou os 10 municípios com maiores despesas em pet shops; o ranking é liderado por São Paulo (total de despesas com pets no município é de R$ 97.370.281,30); seguido por Rio de Janeiro (R$ 52.190.679,43); Brasília (R$ 43.167.614,82); Belo Horizonte (R$ 17.243.169,98); Fortaleza (R$ 11.483.621,41); Curitiba (R$ 11.413.186,97); Porto Alegre (R$ 10.929.193.09); Guarulhos (R$ 9.377.241,03); Campinas (R$ 9.930.982,31); e São Gonçalo (R$ 9.169.202,02). 

_ Desafios do mercado | Em entrevistas com protagonistas e estudiosos do mercado, a pesquisa Atendimento Humanizado no Mercado Pet e Satisfação do Consumidor identificou três desafios: garantir que o mercado on-line continue a atender à demanda do tutor por serviços customizados e que respeitem a individualidade/particularidade do animal e do tutor; e desenvolver produtos e serviços que espelhem a humanização no atendimento; garantir que mesmo com o crescimento do mercado as marcas consigam manter os valores pessoais, emocionais e morais apreciados pelos consumidores. “Na essência dos desafios encontra-se o questionamento de como crescer mantendo a qualidade de um atendimento humanizado e o uso de tecnologia e conhecimento técnico – na perspectiva do tutor –,  e, ao mesmo tempo, dar um tratamento afetivo aos animais. Na prática, conjugar as inovadoras ferramentas de prestação de serviços otimizadas pela tecnologia sem perder o atendimento humanizado”, afirma Stella. 

 

::DIFERENCIAIS ENTRE O ATENDIMENTO CONVENCIONAL

E HUMANIZADO | Quando solicitados a classificar o que chamam de atendimento convencional e humanizado prestados por clínicas e pet shops, os entrevistados elencaram alguns atributos.

_ Convencional: tratamento frio com o pet; abordagem generalizada; sem empatia aparente; informações técnicas fornecidas; e instalações precárias.

_ Humanizado: pet e humano são chamados pelo nome; abordagem personalizada; foco no atendimento; entende o animal como membro da família; tem histórico com as informações do pet; e respeita a necessidade dos indivíduos (o modo de tratar o animal revelado pelo tutor).

 

SKS CX CUSTOMER EXPERIENCE
https://skscx.com.br


“Tema de Clara e Francisco”


Impossível celebrar a Festa de São Francisco de Assis sem se lembrar de sua fiel seguidora, Clara de Assis, que também alcançou a glória de Deus. Estes dois ícones da fé, esperança e caridade nos fazem crer que o Amor pode e deve ser amado, nas pessoas e situações que estão diante de nós.


O sacerdote salesiano e fundador da Comunidade Canção Nova, padre Jonas Abib, mergulhou nas virtudes franciscanas e compôs uma linda canção em 1977, fazendo emergir toda a riqueza dessa espiritualidade.


Na primeira estrofe, o compositor convida toda a humanidade a ser fraterna e a cantar ao mundo que o “Amor vencerá!”


Irmão Francisco, irmão de todo irmão.
Clara de Assis, irmã de toda irmã.
Cantam ao mundo só Deus nos bastará,
O amor é lindo, ele vencerá.


Já na segunda estrofe, o salesiano, tão dedicado ao ensino, tem a humildade de pedir a São Francisco que nos ensine a buscar a santidade, clareando nossos caminhos e nos conduzindo ao “Caminho, Verdade e Vida”, no serviço a Deus e às pessoas, mesmo que desconhecidas, pois somos todos sua imagem e semelhança.       


Irmão Francisco, vem me ensinar,
Clara de Assis aponta o que fazer.
Para que o Senhor seja o tudo em mim.
Para só servi-lo que devo fazer? Vem dizer.


Por fim, a canção é muito clara e franciscana ao afirmar, categoricamente, o que devemos fazer no seguimento a Jesus, para que sejamos perfeitos no Amor, que aprendemos a amar. Esse ensinamento, podemos conferir nos últimos versos da canção:


Se você quiser servir a Deus,
Faça poucas coisas, mas as faça bem.
Pedra por pedra, com esperança de ver Jesus.
Dia após dia, com alegria, sempre buscando além.


Recitando a letra dessa belíssima canção do nosso saudoso e carismático padre Jonas, que amou profundamente a Deus e ao próximo como a si mesmo, e gastou sua vida na missão de evangelizar, começando pela juventude, quero celebrar São Francisco de Assis. Este santo, que emprestou seu nome ao papa, é reverenciado como padroeiro da ecologia, defensor da Mãe Terra, nossa Casa Comum; protetor dos animais e Pai dos Pobres.


Que seu exemplo de fé e vida faça de mim e de você, instrumentos da Paz do Senhor Jesus, no aqui e agora deste mundo, desta geração.
Paz e Bem!

 

 

José Expedito da Silva - jornalista na Assessoria de Imprensa, com participação especial no Jornal Café da Manhã, pela Rádio Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).



terça-feira, 3 de outubro de 2023

Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama retorna ao Ibirapuera em sua 60ª edição

Com recorde de inscritos nos últimos anos, evento tem como marca uma causa de 28 anos e arrecada recursos para tratamentos oncológicos pelo SUS no IBCC Oncologia

 

Outubro é o mês dedicado à prevenção do câncer de mama, também conhecido como Outubro Rosa. Em 2023, o IBCC Oncologia realizará mais uma edição da Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama no dia 15 de outubro (domingo), a partir das 7h, no Ibirapuera, na capital paulista. O evento já está em sua 60ª edição e a expectativa é de que cerca de 8 mil pessoas participem.

A ação já reuniu mais de 195 mil pessoas desde o seu início em 1999, entre aqueles que participaram ou estiveram presentes para prestigiar o evento. A corrida terá caminhada de 3,5 KM e corrida de 5 KM e 10 KM. O evento também é patrocinado pela La Roche Posay, Cosan, Smart Fit, Drastosa Esportes e Lindoya Verão.

A corrida acontece em prol da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, que gera recursos para o IBCC Oncologia, hospital filantrópico e referência no combate ao câncer de mama que atende primordialmente pacientes do SUS.

Com o apoio da Prefeitura de São Paulo, a corrida tem como objetivo promover a conscientização sobre o câncer de mama, o tipo de câncer que mais mata mulheres no país, bem como destacar a importância da prevenção e detecção precoce da doença. 


“O IBCC enxerga essa edição de maneira especial pelo fato de estarmos retornando ao Ibirapuera, local onde a corrida e caminhada foi realizada por muitos anos”, destaca o Padre Osmar Penso, superintendente do IBCC Oncologia, localizado no bairro Mooca, na capital paulista.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres, no entanto, quando diagnosticado precocemente possui uma chance de 95% de cura. O INCA acredita que, entre 2023 e 2025, surgirão cerca de 73 mil casos de câncer de mama no Brasil.


Ainda dá para participar?

Para participar, é necessário se inscrever por meio do site oficial: https://corridaibcc.com.br. Os ingressos ainda estão à venda e os valores são revertidos para subsidiar o IBCC Oncologia, hospital que é referência no combate ao câncer.

Criada em 1999, a Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama já faz parte do calendário de milhares de pessoas, atletas ou não, que todos os anos vestem a camiseta estampada com o Alvo Azul, e participam do evento para comemorar a vida e a importância da prática regular da atividade física.

O IBCC já realizou edições do evento em mais de 10 cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Blumenau, Brasília, Curitiba, Recife, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, Florianópolis e Porto Alegre.

“A campanha dissemina a conscientização a respeito da importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. 95% dos casos, quando diagnosticados nos estágios iniciais, têm chance de cura. Quem corre conosco, luta pelo pódio e pela conscientização sobre um dos tipos de câncer que mais atinge as mulheres”, finaliza o Padre Osmar.

 

Sobre a Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”

A Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” foi idealizada em 1994 por Ralph Lauren junto com seus colegas do Council of Fashion Designers of America (CFDA), que criaram uma fundação (CFDA Foundation) para angariar recursos para o combate ao Câncer de Mama. O IBCC Oncologia – São Camilo é o detentor exclusivo da marca no Brasil desde 1995. Licenciando a marca do “Câncer de Mama no Alvo da Moda” para produtos de consumo e realizando parcerias com empresas, os recursos arrecadados desde o início da Campanha têm sido revertidos em instalações, equipamentos, e melhorias no atendimento aos pacientes do SUS. Em 2023 a Campanha completará 28 anos nos EUA, e será realizada a 60ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama.

Siga à campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” nas redes sociais: @alvoazul


Sobre o IBCC Oncologia

Fundado em 1968, o IBCC Oncologia é conhecido por ser um Centro de Tratamento Oncológico de alta complexidade e possuir um Centro de Pesquisa Clínica renomado. É pioneiro no combate ao câncer de mama e ginecológico e trouxe o primeiro mamógrafo para o Brasil em 1971.

Durante a década de 70 e 80, atuou com o maior programa de prevenção do câncer do colo uterino e de mama já realizado por uma instituição, com atendimento a mais de 2 milhões de pessoas. Foi considerado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de SP o melhor hospital em atendimento humanizado e classificado entre os 10 melhores hospitais do estado, assim como, entre os anos de 2004 a 2007, recebeu, consecutivamente, o Troféu “Hospital Best” na categoria Instituição Filantrópica. 

Desde 1988, a instituição passou a ser Entidade Camiliana, se tornando o IBCC Oncologia. Também foi escolhido para ser no Brasil a instituição detentora da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, em 1995. Há 55 anos é referência na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer em São Paulo. Para mais informações: https://ibcc.org.br/ 

 

 

Serviço:


60ª Corrida e Caminhada Contra o Câncer de Mama São Camilo

Dia: 15 de outubro de 2023 (domingo)
Local: Ibirapuera

Valor da inscrição: R$139,90 + taxa de serviço
Saiba mais: https://corridaibcc.com.br 


SOS 12 de outubro

 

 



Por que álcool e gravidez não combinam



12 de outubro é Dia das Crianças. Boa oportunidade para refletir sobre o que ofereceremos em qualidade de vida aos pequenos que estão por vir à luz. Não existe nada mais valioso do que cuidar da saúde deles. Zelar pelo bem-estar das próximas gerações, a propósito, é um bem que se deve cultivar diariamente, inclusive muito antes do nascimento.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) considera imperioso informar às futuras mamães sobre a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Trata-se de doença grave e irreversível que compromete o desenvolvimento cerebral de bebês, provoca anomalias congênitas, como problemas cardíacos e fenda do palato, entre outros problemas de saúde.

A SAF é provocada pelo consumo de álcool durante a gestação. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, tem prevalência estimada em 1 caso para cada 1.000 nascidos vivos. Contudo, o número certamente é bem maior em virtude da subnotificação consequente do desconhecimento sobre a doença entre médicos, profissionais de saúde e polulação, da dificuldade de diagnóstico e ainda do crescimento do consumo de bebidas alcóolicas entre as mulheres.

Estudos internacionais apontam que a prevalência é maior em populações vulneráveis sócio-economicamente. Esse achado científico é corroborado, em território nacional, por pesquisa de meados de 2014, com 2 mil puérperas do Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha: 33% das acompanhadas bebiam mesmo esperando um bebê. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz.

Seja de médicos, de familiares, de amigos ou de conhecidos, gestantes escutam à exaustão que não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante a gravidez. A recomendação, no entanto, costuma ser vaga e muitas vezes não responde às perguntas feitas pelas futuras mamães: Por quê? Quais são os riscos? Existe consumo seguro? Como o álcool afeta o bebê?

O espectro de desordens fetais alcoólicas, do inglês Fetal Alcohol Spectrum Disordes, FASD, está sempre à espreita de crianças expostas à bebida no útero. Elas podem ter atrasos de memória, fala, audição e atenção, dificuldades na aprendizagem escolar, especialmente em matemática, e no relacionamento interpessoal.

Quando crescem, correm o risco de se tornar adultos com problemas de saúde mental e de comportamento, desrespeitando leis, consumindo drogas e demonstrando dificuldades com o emprego, conduta sexual inadequada e dependência física e emocional.

A situação se agrava ao entrar em cena a Síndrome Alcoólica Fetal, SAF, a mais séria das desordens do espectro FASD. Crianças portadoras da SAF completa manifestam não apenas alterações comportamentais, como também físicas desde o nascimento – mais de 400 já foram listadas, mas as principais delas são a microcefalia, isto é, cabeça e crânio pequenos, e as dismórficas faciais típicas, como olhos pequenos, lábio superior fino e fissuras palpebrais curtas.

Além disso, os bebês com a síndrome tendem a crescer de forma lenta dentro do útero e a apresentar, já nascidos, baixo peso relativo à altura, deformidades nas articulações, problemas no coração, nos rins e nos ossos. Estima-se que para cada indivíduo com a SAF completa, existam ao menos 10 com outras desordens em todo o mundo. Isso corresponde de 1% a 3% da população geral.

Embora essas alterações variem de pessoa para pessoa e dependam da quantidade de álcool ingerido ao longo da gravidez, é preciso salientar que não há nível seguro de consumo; adotar abstinência total é a única maneira de prevenir as doenças. O conteúdo de qualquer “copinho” inocente pode atravessar a proteção da placenta e diminuir a quantidade de oxigênio enviada ao feto, prejudicando o desenvolvimento cerebral e a formação óssea.

Por colocarem em risco o aleitamento materno, bebidas também são desaconselhadas depois do nascimento. O álcool é transferido para o leite entre 30 e 60 minutos após a ingestão, e pode alterar o cheiro e o sabor, levando o bebê a recusar o alimento, e reduzir sua produção, pois inibe a fabricação do hormônio prolactina, responsável por ela. Sonolência, sudorese, sono profundo, fraqueza e, por conseguinte, ganho anormal de peso, diminuição do crescimento linear e outros riscos rondam os pequenos.

Rertornando à análise de dados brasileiros: são localizados e insuficientes. Estimativas mundiais indicam que uma em cada 13 mulheres que bebem durante a gestação darão à luz um bebê com FASD, o que resulta no nascimento 630.000 portadores de desordens fetais alcoólicas todos os anos ao redor do globo.

Importante frisar que essas crianças podem sim viver com mais qualidade se submetidos, o mais cedo possível, a um bom acompanhamento com obstetras, pediatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais; entretanto, como estamos falando de doenças sem cura ou tratamento exato, o melhor caminho sempre será evitá-las antes que surjam.

Uma palavra que deve sempre permanecer no nosso radar é moderação. Quando de gestação, zero álcool. Levantamento realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), com dados do DATASUS 2021, apontam que o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, caracterizado pela ingestão de quatro ou mais doses, cresceu 4,25% entre as brasileiras na última década. Investigar as razões por trás do aumento é urgente. Vidas de mães e filhos, afinal, estão em jogo.

Neste 9 de setembro, aliás, durante todo o mês e também em outubro, em razão do Dia das Crianças (12), a Sociedade Brasileira de Pediatria realizará uma série de ações de conscientização em sua campanha permanente #gravidezsemálcool, ao lado da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e do Instituto Olinto Marques de Paulo (IOMP), Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Vale acompanhá-las, para obter informações cientificamente sólidas e não dar brecha para a SAF. Fica a dica: se ama, não beba. Seu bebe será saudável e teremos novas geraçoes mais felizes.

 

Clóvis Francisco Constantino - presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria


Fungos, caspa e bactérias: Especialista alerta riscos de adicionar alecrim no shampoo

 A receita que viralizou nas redes sociais pode causar danos nos cabelos e na pele

 

Usar alecrim no shampoo é uma dica caseira popular nas redes sociais, mas será que funciona de fato? Segundo o dermatologista Dr. Gustavo Martins, há algumas considerações importantes.

Segundo Gustavo, embora o óleo essencial de alecrim possa ter certos benefícios, o alecrim bruto por si só não libera esses óleos efetivamente sem equipamento especializado. Além disso, utilizar a planta de forma incorreta pode potencialmente prejudicar o couro cabeludo, “A queda de cabelo é um processo normal influenciado pela genética, e ter cabelos longos ou não é em grande parte determinado por fatores genéticos”, explica.

Ele destaca que a possível “eficácia” do alecrim no shampoo compartilhada nas redes sociais pode variar de pessoa para pessoa, mas é crucial entender que melhorias podem ser devidas a vários fatores, como redução do estresse, melhoria na dieta ou melhores práticas de cuidados com os cabelos, incluindo o uso consistente de qualquer shampoo e cremes de tratamento.

Ele frisa que químicos e formuladores trabalham diligentemente para desenvolver produtos com ingredientes comprovados, “Criar uma fórmula mágica para salvar o cabelo é desafiador, uma vez que os shampoos têm tempo de contato limitado com o couro cabeludo”, ressalta Martins.

O especialista sugere que a ciência ainda não forneceu evidências sólidas que apoiem o uso de alecrim no shampoo e é importante abordar esses remédios caseiros com cautela para evitar possíveis problemas, como o crescimento de fungos, que poderiam piorar a queda de cabelo ou levar a outros problemas de pele.




Dr. Gustavo Martins - médico graduado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS. É dermatologista e cirurgião dermatológico com titulação pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira.Há 12 anos atua na área de tricologia e transplante capilar, sendo um dos primeiros brasileiros a realizar a técnica FUE, na qual são retirados unidades foliculares. Operou mais de mil pacientes. Palestrou nos maiores congressos nacionais e internacionais sobre transplante capilar e tricologia. Possui dezenas de artigos científicos publicados em revistas renomadas.

 

Posts mais acessados