Pesquisar no Blog

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Especialista apresenta os segredos da Gestão Enxuta e Lucrativa

De acordo com a Dra. Kélen Abreu, o conceito é capaz de maximizar os ganhos e diminuir gastos desnecessários


A Gestão Enxuta e Lucrativa é uma abordagem empresarial altamente eficiente e orientada para resultados, que busca maximizar a produtividade e reduzir desperdícios em todos os processos organizacionais. 

Essa metodologia enfatiza a melhoria contínua, o envolvimento de todos os colaboradores e a entrega de valor ao cliente como pilares fundamentais. Ao desvendar os segredos dessa gestão, as empresas podem aprimorar a qualidade, agilidade e rentabilidade de suas operações, impulsionando a competitividade e o crescimento sustentável no mercado.

De acordo com a Dra. Kélen Abreu, especialista em BPO financeiro, gestão e reestruturação de empresas, é preciso seguir os cinco princípios da Gestão Enxuta e Lucrativa para que uma companhia cresça e continue gerando bons retornos. “O primeiro deles é ganhar mais com menos esforço. Essa é a regra básica para começar o processo e leva, justamente, ao segundo passo, que é gastar menos. Todos os dias deve existir um olhar cuidadoso, analisando onde podemos economizar sem deixar de investir no que é, efetivamente, necessário”, revela.

Deixar a inveja de lado e não se iludir com histórias de empresários que afirmam estar ganhando milhões também fazem parte desses princípios fundamentais. “Não devemos ficar olhando para a grama do vizinho pensando que ele possui coisas melhores ou mais luxuosas. Na maioria dos casos, essas pessoas estão apenas jogando dinheiro fora. Além disso, muitos empreendedores não mostram os seus pontos fracos e se vangloriam por seus ganhos. No entanto, na maioria das vezes, essas são apenas histórias mal contadas”, pontua. 

Segundo a especialista, o último pilar da Gestão Enxuta e Lucrativa é constantemente aprender com os erros dos outros. “É importante perguntar para outros empresários o que eles aprenderam com os próprios erros e pensar em estratégias para não cair nas mesmas armadilhas. É muito bom aprender com os erros. No entanto, é ainda melhor se for com os erros de outras pessoas”, declara.

Dra. Kelen acredita que uma estrutura mínima é o suficiente para uma empresa. “Muitos empresários pensam que precisam de um espaço físico para receber clientes. No entanto, essa necessidade ficou no passado. Em qualquer eventual diminuição do faturamento, por exemplo, o primeiro problema é o valor do aluguel. Quando não temos um valor elevado nesse sentido, podemos gastar menos e nos preocupar com outros pontos importantes. Para aqueles que empreendem com a prestação de serviços, o home-office, certamente, é a melhor opção”, relata. 

Quando existe a necessidade de um espaço físico, há diversas possibilidades. “É preciso avaliar se, por exemplo, toda a estrutura existente é realmente necessária ou se pode ser reduzida. Os coworkings servem como uma ótima opção, disponibilizando salas para reuniões que são construídas, justamente, para esse tipo de situação. Com isso, não existem gastos com aluguéis mensais, apenas com a locação dos espaços para momentos específicos”, revela.

Para Kélen Abreu, é preciso usar a tecnologia a nosso favor. “Soluções tecnológicas são fundamentais para reduzir custos e despesas. Atualmente, existem servidores na nuvem, sistemas de gestão e ferramentas de comunicação capazes de facilitar o dia a dia de qualquer empresa. Independentemente da idade, é preciso aprender a utilizar essas plataformas para não ser considerado ultrapassado”, alerta.

A especialista acredita que uma gestão enxuta e lucrativa exige que o empreendimento possua a equipe certa. “Quando isso não acontece, provavelmente, o quadro de funcionários é maior do que o necessário. Isso vai, justamente, contra o conceito. Afinal, se precisamos ter muitos funcionários, é porque alguns deles não apresentam bons resultados, e isso significa que se está gastando mais do que deveria. Com a equipe certa, existe uma ampla economia”, pontua.

Entretanto, para contar com esses profissionais em um time, é preciso seguir modelos diferentes e mais inovadores. “Um gestor precisa oferecer benefícios à sua equipe e mostrar que é um verdadeiro parceiro dos funcionários. Proporcionar uma participação nos resultados, apresentar feedbacks e fornecer capacitação pode ser extremamente motivador para todos os colaboradores”, declara.

Quando um gestor passa a terceirizar funções que apenas ele realizava, significa que a equipe certa foi encontrada. “Assim, conseguirá passar essas atividades adiante com segurança, não sendo um empresário centralizador e, consequentemente, a empresa será lucrativa, contando com pessoas capacitadas fazendo um serviço melhor e com mais qualidade. É uma oportunidade de transformar pedras brutas em verdadeiros diamantes”, finaliza a especialista.

 

Dra. Kélen Abreu - especialista em Reestruturação Financeira e BPO Financeiro há mais de dez anos, também é mentora e referência em gestão de empresas. Realiza consultorias e treinamentos para formar BPOs Financeiros pelo Brasil. Com experiência no Brasil, Estados Unidos e em Angola focada em construir negócios lucrativos. Empreendedora serial, também coordena a equipe do Gerente Financeiro Online e Lucros Reais, empresas que prestam serviços de BPO Financeiro para diversas empresas de forma totalmente remota. É fundadora do Iuli, uma plataforma de gestão financeira que dá o poder da clareza e simplicidade nas finanças e veio para que a planilha financeira seja abandonada para gerenciar os negócios dando segurança e rastreabilidade aos dados. Tem como missão diminuir a mortalidade das empresas brasileiras através do compartilhamento de conhecimento sobre finanças, formação de mulheres, BPOs e ferramentas para auxiliar a vida do empreendedor. Além de ser doutora em educação, mestre em administração estratégica pela UDESC, especialista em BSC, mapeamento de processos e finanças, é também graduada em administração pela UFSC.
https://drakelenabreu.com.br/
@drakelenabreu

Famílias com mães solo representam 15% dos domicílios no Brasil

Paternidade responsável contribui para a construção de cidadãos melhores e de uma sociedade mais justa, afirma educadora parental


A paternidade responsável ainda tem um longo caminho a ser percorrido no Brasil. Embora haja movimentos de transformação social do papel dos pais nas famílias, ainda há desafios a serem enfrentados. Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que aumentou em 18% o número de domicílios com mães solo entre os anos de 2012 e 2022, passando de 9,6 milhões para 11,3 milhões residências em que as mães vivem sozinhas com os filhos. Esse número representa 15% dos 75,3 milhões de domicílios existentes no Brasil. Pesquisa do IBGE aponta que as mulheres dedicam às tarefas diárias o dobro do tempo dedicado pelos homens. Elas passam em média 20 horas por semana cuidando de casa e eles passam 11 horas.  

Às vésperas do Dia dos Pais, a paternidade responsável tem que fazer parte dos debates de toda a sociedade, afirma a educadora parental Stella Azulay, da empresa Juntos Educação Parental. Ela comenta que houve avanços nesse sentido, mas as estatísticas ainda mostram que há muito trabalho a ser feito. O levantamento Retrato da Paternidade do Brasil, do Grupo Boticário, revela que 90% dos homens defendem a divisão de tarefas nos cuidados diários com os filhos. A teoria, no entanto, não se confirma na prática. O mesmo estudo mostra que apenas 50% dos entrevistados se consideram participativos na vida das crianças.  

Não se trata apenas de conceito, mas de legislação. A Constituição Federal determina que o direito da criança ou adolescente ao reconhecimento do seu estado de filho é absoluto, podendo ser exercido a qualquer tempo. O princípio da paternidade responsável também está no artigo 27, do Estatuto da Criança e do Adolescente, garantindo que o reconhecimento do estado de filiação é direito “personalíssimo, indisponível e imprescritível”. Mais do que direito, a paternidade responsável é fundamental para a evolução humana, afirma Stella. 

“Um mundo melhor se constrói com pessoas melhores e pessoas melhores são construídas dentro de casa”, alega a educadora parental. Ela explica que a paternidade responsável é a divisão de tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos, sem concessões. “Hoje em dia não podemos mais pensar que o homem, a figura paterna, ajuda a mulher. Ele não está ajudando, está participando de forma responsável da dinâmica de sua família, dividindo tarefas, atuando efetivamente na criação e educação dos filhos”, diz.  

Segundo Stella, essa participação deve acontecer com firmeza e autoridade, mas sem autoritarismo ou agressividade. Ao pai responsável cabe definir as regras e as referências da casa, junto com a mulher, e fazer com que elas sejam respeitadas de maneira gentil. “A figura paterna autoritária morreu, não existe mais. A figura machista ficou fora de moda. O homem hoje tem que administrar o equilíbrio entre firmeza e gentileza. Construir regras para a família junto com a mulher e saber como cultivar e manter as regras de forma saudável, entendendo com sabedoria os momentos de flexibilizá-las”, afirma.  

A divisão de tarefas em casa e a paternidade responsável trazem uma referência positiva da masculinidade para os filhos homens ou mulheres, forma cidadãos saudáveis emocionalmente e socialmente, que vão construir novas famílias saudáveis. “De modo geral, filhas que têm pais autoritários e abusivos vão acabar tendo relacionamentos no mesmo nível. Filhas de pais ausentes e permissivos demais vão buscar figuras paternas nos seus relacionamentos. Já os filhos tendem a repetir a postura e o comportamento do pai”, comenta Stella.  

Os resultados do exercício da paternidade responsável são famílias harmoniosas, nas quais prevalece o diálogo. “Toda a família ganha, inclusive os próprios pais”, diz a educadora parental. De acordo com ela, em um ambiente harmonioso, no qual a família está conectada, não há cobranças desnecessárias. “O pai não pode ser visto como provedor, mas como ser humano. Precisa ser ouvido e respeitado em um ambiente positivo, aconchegante e acolhedor”, alega. 

 

Valores 

Stella defende que as estatísticas precisam ser revertidas e que isso somente vai acontecer a partir da mobilização social em busca de famílias saudáveis. Segundo ela, a paternidade precisa ganhar um olhar mais sério das autoridades e da mídia. A educadora parental acrescenta que os pais também devem contar com suporte e rede de apoio. “Muitos pais abandonam suas famílias porque se sentem perdidos, incapazes. A paternidade mexe com a masculinidade e alguns pais preferem fugir quando percebem que não têm capacidade de prover aquilo que consideram importante para a família”, diz.  

Mas há ainda os que consideram a mulher responsável pelos filhos e pela casa, não se sentem seguros ou não amadureceram, conforme Stella. “Acabam sendo irresponsáveis por falta de ferramentas, maturidade e conhecimento”, alega. Ela lembra que o Brasil ainda vive uma cultura machista, que traz prejuízos à sociedade, não apenas na questão dos filhos, mas no trato da mulher. “Questões como violência e abuso dentro de casa, feminicídio, são frutos da mensagem machista antiquada, que não tem mais espaço dentro de uma sociedade moderna”, argumenta. 

A educadora parental explica que é preciso “virar a chave do machismo”, desmistificar a imagem do homem autoritário, agressivo e provedor, que não participa da rotina da casa e dos filhos. Para isso, defende Stella, é preciso muito debate público e conscientização e, cada vez mais, estabelecer nas famílias a paternidade responsável. A figura paterna equilibrada impacta toda a sociedade positivamente, já que os filhos se espelham neles para a formação de valores como honestidade, dignidade, empatia e consciência social.  

 

Stella Azulay - Jornalista e educadora parental da empresa Juntos Educação Parental, com especialização em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental. Escritora e palestrante. Analista de perfil formada pela Success Tools; extensão em Neurociência Comportamental pela Faculdade Belas Artes; coach de vida e carreira pela Sociedade Brasileira de Coaching; educadora parental pela Positive Discipline Association. Adotou o tema Educação como missão. É mentora e conselheira de pais e adolescentes. Em 2021 fundou e dirige a JUNTOS Educação Parental. Lançou seu primeiro livro em Junho de 2022: 'Como educar se não sei me comunicar' e também seu primeiro livro caixinha 'Conte sua história para seu filho'. Jornalista pela Fundação Cásper Líbero, trabalhou como repórter em emissoras como SBT e TV Record e foi correspondente em Jerusalém/Israel pelo SBT, onde morou por quatro anos.

 

Governo de SP distribui guias com orientações para o acolhimento de autistas para mais de 400 universidades paulistas

Produzido pela Unesp, material será enviado às Instituições de Ensino Superior do Estado com o objetivo de disseminar práticas inclusivas para pessoas autistas em ambientes acadêmicos


Guia TEA 
No último dia 20 de julho, o Governo de São Paulo, através da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, iniciou a distribuição de 4 mil cópias do Guia de Orientações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para mais de 400 Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas do Estado de São Paulo. O documento foi criado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e, com o apoio da pasta estadual, será distribuído a todas as universidades com o propósito de disseminar a construção de práticas inclusivas e anticapacitistas para pessoas autistas nos ambientes acadêmicos.

"A distribuição desse Guia é resultado de uma articulação muito importante que temos feito com as universidades, que são instrumentos fundamentais para a inclusão das pessoas com deficiência e atuam como catalisadoras de mudanças sociais. Junto das cópias impressas, as Instituições também receberão um link para disponibilizarem o documento em seus meios digitais e um convite nosso reforçando que divulguem e engajem seus alunos, docentes e colaboradores no tema. Assim, nós incentivamos que todos possam desenvolver suas potencialidades de forma plena”, destaca o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa. 

O Guia conta com mais de 40 capítulos que englobam temas sobre pessoas com TEA: o que é o TEA, dificuldades e preocupações cotidianas no contexto acadêmico, potencialidades dos estudantes, estereótipos e preconceitos, estratégias e orientações aos professores, gestores educacionais, colegas de classe e pessoas do convívio; quem procurar quando precisar de ajuda na universidade, matrícula de estudantes autistas no Ensino Superior, ingresso no mercado de trabalho, legislação, entre outros.  

"A Unesp tem plena consciência de sua responsabilidade social na efetivação do direito ao conhecimento e é comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Esse Guia estimula adoção de atitudes e práticas anticapacitistas no cotidiano das instituições educacionais e foi elaborado como uma ferramenta para a promoção do acesso e da permanência de pessoas com TEA à educação formal", afirma o coordenador de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da Unesp, Leonardo Lemos de Souza. 

No Estado de São Paulo, são 3,4 milhões de pessoas com deficiência. Desse total, a estimativa é que 460 mil pessoas tenham o TEA. Informações da Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência baseadas no Censo da Educação Superior registram que, em 2019, 15,6 mil alunos matriculados no ensino superior tinham deficiências, sendo que 4,41% desse representa pessoas com deficiência intelectual. 

Em cenário nacional, o Censo da Educação Superior de 2021 revelou que, do total de quase 9 milhões de alunos matriculados no ensino superior no Brasil, 63.404 são alunos com deficiência, o que representa um crescimento de quase 14% em relação aos números do censo de 2020 (55.829). Desse total, 7.141 possuem deficiência intelectual. 

"Nós valorizamos e entendemos a importância das universidades na construção de ambientes respeitosos para pessoas com deficiência. Enquanto gestores públicos, nosso papel é fomentar parcerias como essa, com a Unesp, que reforçam a nossa missão de inclusão, acesso e permanência dessas pessoas no ensino superior”, ressalta o assessor especial da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ignacio Poveda. 

 

O Guia pode ser acessado no link: bit.ly/GuiaTEAIES.

 

Protocolo de intenções

A parceria com a Unesp é um dos frutos do protocolo de intenções para a estruturação de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência assinado no mês de abril pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa, em conjunto com outras universidades e órgãos públicos. Saiba mais: https://bit.ly/3Q3EElU.

 

4 em cada 10 figuras paternas já consideraram deixar o trabalho para cuidar dos seus filhos. Esse pensamento se traduz em ação concreta?

O dado em questão faz parte do mapeamento “Bem-Estar Parental nas Empresas”, desenvolvido pelas Filhos no Currículo e Infojobs, que avaliou a efetividade da cultura parental na visão de colaboradores, lideranças e profissionais de RH.

Na opinião de Michelle Terni, CEO e cofundadora da Filhos no Currículo, existe uma longa distância entre pensar em deixar o trabalho e efetivamente deixá-lo. “A sobrecarga do cuidado ainda se acumula nos ombros das figuras maternas e, consequentemente, conciliar filhos e carreira ainda é um dilema feminino. Mas essa cogitação dos pais já aponta para uma tendência por uma paternidade protagonista, o que contribui para a construção de uma sociedade mais equânime”, afirma.

Marlon Camacho, engenheiro da computação, 38 anos, foi parte desta estatística. Aos 28 anos, no nascimento de seu primeiro filho, pediu demissão de um emprego formal para ser o cuidador principal do pequeno. Na época, a esposa fazia residência em ginecologia e obstetrícia e o casal tinha uma carga horária de trabalho superior a 40 horas semanais, cada um.

Marlon trabalhava de segunda a sexta na área administrativa do Shopping Liberty Mall em Brasília-DF, fazia uma pós-graduação, além de dirigir uma ONG social. Por conta das três atividades, não tinha sido presente na gestação e primeiros meses do filho.  

Terminada a licença maternidade da esposa, e por conta da necessidade dela em retomar a residência, Marlon sugeriu que não terceirizassem os cuidados do pequeno Joaquim, e optou por pedir demissão para assumir o cuidado durante o dia.

“Muitas vezes senti o machismo estrutural fazendo efeito, com sensações de que eu estava fazendo mais que a minha obrigação, que a relação estava desequilibrada, com uma falsa noção de que o trabalho de cuidado deveria ser o da mulher, afinal muito da definição de “homem” é sobre seu sucesso profissional”, explica.

Ele só retornou ao mercado formal após o filho completar três anos, e não se arrepende dessa decisão. “Quando comecei a participar de rodas de conversa de pais, comecei a ouvir a história de outros homens falando que negaram propostas de emprego em prol de mais tempo com os filhos. Naquele momento, caiu a ficha de que tinha feito a coisa certa”, completa.


Qual é o papel das empresas?

O dado traz para o centro da discussão outro tipo de provocação: o que as empresas estão fazendo para reter seus talentos com filhos? Como criar um ambiente corporativo onde filhos e carreira possam caminhar lado a lado na vida de seus cuidadores principais?

“Ser cuidada, nutrida e protegida durante os primeiros meses de vida é um direito básico de toda a criança, mas deveria ser também um direito dos pais” afirma Camila Antunes, educadora parental e sócia fundadora da Filhos no Currículo. Vínculo não se constrói em 5 nem 20 dias. Mudar esta realidade depende de um compromisso das empresas em investir na construção de um ambiente corporativo de bem-estar parental”, completa.

Segundo a especialista, essa construção depende de uma ação combinada de fatores envolvendo:

  • Processos, políticas e benefícios mais inclusivos, que consideram as necessidades parentais em suas diferentes fases da jornada, como a LICENÇA PARENTAL estendida.
  • Formação de lideranças e pares em gestão da parentalidade, para que atuem como tradutores de uma cultura de acolhimento.
  • Criação de fóruns e espaços para discussão e trocas específicas sobre os desafios parentais, gerando assim um senso de pertencimento e conscientizando sobre a importância de uma parentalidade protagonista. 
  • Construção de uma rede de aliados e mentores dentro das próprias equipes, que servirão de referencial e apoio concreto para aqueles colaboradores que exercem função parental.


Licença Parental – um trampolim rumo à equidade

Uma das medidas mais emblemáticas a serem adotadas, são as licenças parentais estendidas, ou seja, oferecendo a mesma quantidade de dias de afastamento de licença para as diferentes figuras parentais, independentemente do gênero.

“Esse período de construção de vínculo exclusivo será decisivo para o desenvolvimento pleno da criança e contribui positivamente para a equidade de gênero no mercado de trabalho, na medida em que possibilita a corresponsabilidade dos cuidados parentais”, reforça Michelle.

Segundo a especialista, em um ambiente com boas licenças parentais, as pessoas reconsiderariam essa ideia de deixar o trabalho. Dados da mesma pesquisa revelam que 8 de cada 10 profissionais com filhos percebem um maior engajamento e compromisso com a empresa quando seu papel como pai ou mãe é respeitado no ambiente de trabalho, e as “licenças estendidas” apareceram entre as top 5 medidas mais desejadas pelos pais em suas empresas.

“A igualdade das licenças é uma ação afirmativa que visa eliminar os vieses ainda existentes da contratação de mulheres. Se hoje as empresas não contratam mulheres por medo delas engravidarem, saírem de licença e deixarem o time na mão, sem esse obstáculo, as empresas conseguem acelerar a representatividade feminina em todas as posições”, finaliza.


Por que tão poucas empresas implementam?

Segundo Vinicius Bretz, consultor da Filhos no Currículo especialista em implementação de licenças parentais, barreiras financeiras e culturais são as principais causas do baixo engajamento das empresas.

“Existem três principais desafios naturais na implementação: cultura, liderança e maturidade na agenda de DE&I (diversidade, equidade e inclusão). Empresas que possuem uma cultura mais aberta, com segurança psicologia, liderança capacitada e próxima do time e com ações de DE&I inseridas já na agenda da empresa, conseguem ter uma aceitação e implementação mais suaves e efetivas das licenças”, exemplifica o especialista.

Para ele, as licenças são parte de um movimento mais macro estratégico. “A mudança bem-sucedida exige um planejamento orquestrado por uma equipe multidisciplinar, engajamento da alta liderança e revisão de políticas acessórias que serão indiretamente impactadas pela mudança. Assim, como em qualquer transformação cultural, essa mudança leva tempo para ser assimilada e se o processo não for cuidado, corre o risco de não sair do papel”, afirma o especialista, que foi responsável por implementar a mudança em uma das maiores empresas multinacionais do setor de bebidas, com resultados diretos para o business como a diminuição na taxa de turnover, aumento do engajamento interno, das promoções e da visibilidade da marca empregadora, melhorando os índices de atração de talentos.

“Implementar uma licença parental é também uma oportunidade para construção de marca e alinhamento à agenda ESG. Dependendo de como as empresas se posicionam sobre parentalidade e equidade de gênero perante seus consumidores, clientes, colaboradores e sociedade, pode haver um aumento do valor do negócio para seus acionistas”, completa Vinícius.

Garantir uma implementação de licença parental bem-sucedida é a aposta da Filhos no Currículo, oferecendo um “pacote de implementação” para as empresas que cogitam oferecer este benefício aos seus colaboradores. O serviço oferece desde o suporte integral e multidisciplinar às áreas internas da companhia, até o plano de aculturamento da organização e alta liderança em especial.

 

Filhos no Currículo - consultoria de impacto especializada na criação de programas de parentalidade corporativos, é referência no tema por atuar com organizações na revisão e no desenvolvimento de políticas internas, tais como implementação de benefícios corporativos mais isonômicos, em busca de um ambiente empático e equitativo para o colaborador que exerce um papel parental.

 

Dia dos Pais: as vantagens da guarda compartilhada na criação dos filhos

Professora do curso de Direito mostra como a divisão de responsabilidades pode beneficiar o relacionamento familiar após o divórcio


O número de divórcios caiu 10,4% no Brasil em 2022. Ainda assim, quase 70 mil casais decidiram encerrar o relacionamento no ano passado, trazendo à tona outra preocupação: o desenvolvimento emocional dos filhos. Mesmo após a separação, o equilíbrio na convivência e na divisão de responsabilidades é essencial. 

Desde 2014, a Lei da Guarda Compartilhada (Lei 13.058/2014) ajuda a lidar com essa questão e considera o compartilhamento das responsabilidades a modalidade principal nos casos de divórcio. De acordo com a advogada da área da família, Adriana Martins Silva, desde que a lei entrou em vigor, a guarda unilateral passou a ser exceção na disputa entre os genitores. 

“Essa alteração foi essencial para o melhor atendimento às necessidades dos filhos menores, já que a responsabilidade e o tempo de convivência com os filhos são divididos de forma equilibrada. Na guarda compartilhada, as decisões são equivalentes e isso possibilita que pais e mães participem de maneira ativa e concreta na criação e na educação dos filhos”, explica a professora do curso de Direito do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação, o maior ecossistema de ensino superior privado do país.

Doutoranda em Direito e coordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão “Temas Contemporâneos de Direito de Família” do UniCuritiba, Adriana Martins lembra que os conflitos entre os genitores após o término das relações afetivas impactam profundamente no desenvolvimento psicossocial e emocional das crianças e adolescentes. 

Por isso, diz a especialista, manter a guarda unilateral como regra, conforme previa a lei anterior (11.698/2008), deixava a situação mais delicada. O modelo antigo atribuía autoridade a apenas um dos genitores, cabendo ao outro apenas o direito de “visitas” em dias e horários determinados em ações judiciais.

 “O que o casal não pode esquecer é que o divórcio encerra o vínculo do casamento, mas não o vínculo entre pais e filhos. Mesmo separados, os pais devem proporcionar um ambiente de respeito e afeto na relação familiar”, comenta Adriana.



Pensão alimentícia

No Brasil, a guarda compartilhada não é automática. A modalidade deve ser requerida em ação judicial, que pode ser exclusiva ou incluir outros assuntos, como a pensão alimentícia. As Varas da Família dão prioridade à guarda compartilhada, a menos que um dos pais ou tutores não queira a guarda ou em circunstâncias que levem em conta o melhor interesse dos filhos.


De acordo com a professora do UniCuritiba, a guarda compartilhada não exclui a obrigação de pensão alimentícia. “Tanto na guarda compartilhada quanto na guarda unilateral devem ser verificadas as reais necessidades dos filhos e as possibilidades dos pais, respeitando a proporcionalidade entre eles.”


A advogada Adriana Martins Silva considera que as alterações legislativas com relação à guarda compartilhada foram positivas e necessárias para a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres de pais e mães que não vivem sob o mesmo teto. Ela reforça, no entanto, que a guarda compartilhada só funciona se os genitores atuarem em harmonia e mantiverem o foco no que é melhor para os filhos menores.



Diferença entre guarda compartilhada e moradia alternada

A guarda compartilhada é o exercício conjunto de direitos e deveres em relação aos filhos. Ou seja, mesmo divorciados, pais e mães decidem juntos o que é melhor para a criança ou adolescente. Na guarda compartilhada, as responsabilidades são divididas, mas isso não significa que a criança terá duas casas.

Já a moradia alternada – comumente confundida com a guarda compartilhada – diz respeito aos períodos que a criança ou adolescente passará na casa de cada um dos pais ou tutores. Nesse caso, pode ocorrer, inclusive, mudança de cidade, de escola, de médico, de cursos extracurriculares etc.

Em formas mais avançadas de compartilhamento da guarda são os pais que se revezam na moradia e não os filhos que trocam de casa. Esse formato depende, principalmente, da condição financeira da família e da disposição dos pais em mudar de residência de tempos em tempos, impactando menos a rotina dos filhos.

Seja qual for a realidade de cada casal e as circunstâncias do divórcio, finaliza a advogada da área da família, Adriana Martins Silva, o bem-estar financeiro e emocional dos filhos deve ser prioridade.



 

imagens: Freepick e Pixabay


UniCuritiba


Economia do Cuidado: as mulheres saíram de casa, mas os homens não entraram

É dever somente da mulher realizar os cuidados voltados para a manutenção do bem-estar e saúde das pessoas dentro de casa? Infelizmente, para muitos, a resposta é sim. Com isso, temos uma atribuição de papéis em que, para elas, cabe a responsabilidade do lar e, para eles, trabalharem fora e trazer o sustento para casa. Uma visão que não reflete mais a realidade brasileira, mas que ainda tem respaldo em uma grande parcela da sociedade.

Embora a desigualdade de gênero seja fortemente permeada pela nossa cultura, uma luta importante vem sendo travada pela maior equidade de tratamento e oportunidades, o que envolve o reconhecimento da economia do cuidado e destes trabalhos executados principalmente pelas mulheres. Tal ação busca não apenas valorizar economicamente atividades ainda predominantemente desempenhadas por mulheres, mas também a conscientização sobre a necessidade de maior participação masculina nesse âmbito.

Em sua definição, a economia do cuidado diz respeito aos trabalhos feitos para manutenção da vida, não só das pessoas que costumam demandar mais atenção, tais como crianças, idosos e aquelas acometidas por algum problema de saúde, mas de qualquer pessoa e, também, do planeta. O termo abrange o trabalho doméstico não remunerado, mas não se limita a ele, pois também incorpora atividades hoje profissionalizadas, como as de atenção à saúde.

Com a pandemia, a economia do cuidado se tornou uma preocupação global, visto que os cuidados, especialmente, dos grupos de risco demandaram uma maior carga de trabalho e esforços daqueles na linha frente em hospitais e, também, dentro de nossas casas. O isolamento trouxe à tona a indivisibilidade da vida profissional e pessoal das pessoas e, aquilo que era até então complementar, e que não enquadrava no rol de atividades econômicas, passou a receber atenção por ser indispensável ao bem-estar das pessoas.

Segundo dados divulgados pelo relatório Tempo de Cuidar (Oxfam), mulheres ao redor do mundo dedicam cerca de 12,5 bilhões de horas, diariamente, ao trabalho do cuidado não remunerado – o que, de acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OIT), “é a principal barreira que impede as mulheres de entrarem, permanecerem e progredirem na força de trabalho”. Se elas fossem remuneradas pelo cuidado não remunerado, adicionariam, pelo menos, US$ 10,8 trilhões à economia global anualmente – quantidade que corresponde a mais de três vezes o valor global da indústria de tecnologia.

É fato que, hoje, há uma certa consciência sobre este tema, dados os impactos da pandemia e o trabalho de ativistas sobre questões femininas. Em maio, tivemos no Brasil o lançamento do grupo de trabalho para elaboração da Política Nacional de Cuidados e, em nível global, vemos o aumento de investimentos na construção de casas de apoio, creches, e outras instituições de cuidado, o que ameniza a sobrecarga de trabalho em casa, mas não resolve a questão. Uma maior equidade ainda está muito longe de ser conquistada, uma vez que não basta apenas dispor de políticas públicas, mas sim ser preciso uma mudança dentro e fora de casa.

Mesmo com a remuneração de algumas atividades da economia do cuidado, como os cuidados com idosos, babás, e outros similares, a desvalorização destes serviços ainda é evidente. Hoje, uma mulher no emprego doméstico no Brasil ganha cerca de 78,44% do rendimento de homens que exercem as mesmas funções, de acordo com a Pnad Contínua. E, se o trabalho doméstico tem gênero, ele também tem cor. Quando a mulher branca não assume todas as responsabilidades do cuidado, é a negra quem é contratada, normalmente, por uma remuneração ainda mais baixa.

Indo além das políticas públicas, para que possamos promover uma verdadeira mudança estrutural, precisamos tratar devidamente a questão do cuidado em todos os âmbitos da nossa sociedade. Nos lares, isso significa não apenas dar o devido reconhecimento financeiro àquelas que desempenham esses serviços, mas também estimular que os homens assumam responsabilidades e respondam pela manutenção do bem-estar e saúde das pessoas dentro de casa, desprendendo a associação destas atividades ao feminino.

A mesma premissa vale para os ambientes corporativos. Ter um plano de ação voltado para a diversidade e inclusão não é suficiente, sem que se crie um espaço de discussão sobre a incidência das responsabilidades do cuidado e se apoie essa conciliação aos deveres profissionais. Afinal, quando uma mulher começa a somar múltiplas responsabilidades do cuidado, como a maternidade e o cuidado de idosos, sua carga laboral aumenta consideravelmente e, não são os raros os casos em que acaba impedida de progredir na carreira ou de se dedicar a uma atividade econômica, o que não costuma ocorrer com os homens.

Ao não conferimos valor ao desempenho das atividades do cuidado, limitamos o impacto de ações voltadas para a promoção da equidade. Muitas das crenças mencionadas e separatórias de gênero são transmitidas de geração em geração, o que “justifica” a dificuldade de colaboração entre homens e mulheres nesses serviços. Contudo, quanto mais essa questão for discutida e suas consequências realmente compreendidas, para além da implementação de políticas públicas, mais rápido a “igualdade entre gêneros” poderá ser uma realidade.

Estima-se que, em 2050, o Brasil terá cerca de 77 milhões de pessoas dependentes de cuidados entre idosos e crianças, segundo uma estimativa do IBGE. Neste cenário, será imprescindível que todos reconheçamos, dentre outros, financeiramente o trabalho de quem cuida, fomentando sua dissociação do feminino. Se muitas mulheres saíram de casa, diversos homens ainda não entraram – uma balança que precisa ser equilibrada o quanto antes para que elas não sofram mais com essa sobrecarga sem reconhecimento.

 

Stefanie Schmitt - CEO da Olhi, startup de serviços voltada ao empreendedorismo feminino.


Olhi
https://olhi.com.br/

No Dia Mundial da Superdotação, Brasil ultrapassa 2,6 mil superinteligentes identificados por entidade global

Segundo dados da Associação Mensa Brasil, estado de São Paulo lidera o ranking, com 1226 superinteligentes, seguindo pelo Rio de Janeiro, com 298 pessoas, Minas Gerais, com 209, e Paraná, com 193


No Dia Mundial da Superdotação, comemorado em 10 de agosto, a Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, informa que o Brasil ultrapassou a marca de 2,6 mil brasileiros superinteligentes identificados no território nacional.
 
Segundo mapeamento da entidade, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 1226 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 298 pessoas, Minas Gerais, com 209, Paraná, com 193, e Rio Grande do Sul, com 115 (veja ranking completo abaixo).
 
Atualmente, do total de superinteligentes identificados pela entidade no Brasil, 70% têm entre 19 e 36 anos. As pessoas entre 13 e 18 anos correspondem a 10%, mesmo patamar verificado para a faixa etária entre 37 e 45 anos. Apenas 5% possuem atualmente mais de 45 anos de idade. Uma curiosidade: o membro mais idoso foi identificado pela Mensa Brasil aos 72 anos de idade.
 
Com o intuito de ampliar a descoberta de pessoas com altas habilidades/superdotação, a entidade tem realizado periodicamente rodadas de testes em diversas cidades brasileiras. A última rodada aconteceu em três finais de semana de junho, em dezenas de localidades, de vários estados.
 
Na avaliação de Rodrigo Lopes Sauaia, presidente da Mensa Brasil, o Brasil é uma potência intelectual ainda adormecida e subaproveitada. “Temos uma das maiores populações do planeta. Cerca de 2% dos habitantes do Brasil podem apresentar sinais de altas habilidades, com um QI muito acima da média. Porém, ainda não há um mapeamento abrangente destes indivíduos”, aponta Sauaia.
 
 
Cinco sinais de superinteligência
 

  1. Raciocínio rápido para resolver problemas.
  2. Boa memória de longo prazo: capta as informações e as recupera com facilidade quando necessário (lembra-se de nomes ou rostos de pessoas que não vê há muito tempo, datas históricas, imagens, números etc.).
  3. Boa memória operacional: capta e processa diferentes tipos de informações ao mesmo tempo.
  4. Consegue diferenciar sons e visualizar detalhes em imagens com muita facilidade.
  5. Rápida curva de aprendizado, apresentando habilidades avançadas para a sua idade cronológica: crianças que aprendem a ler aos 3 anos ou antes; crianças que conseguem compor uma música sem nunca ter estudado para isso etc.


Superinteligentes identificados pela Mensa Brasil por estado


Sobre a Associação Mensa Brasil 

Fundada em 2002, a Associação Mensa Brasil é a afiliada brasileira oficial da Mensa Internacional, a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto quociente de inteligência (QI) do mundo. Ela congrega pessoas com altas capacidades intelectuais, tendo como único requisito de ingresso possuir QI acima de 98% da população em geral, comprovado por teste referendado de inteligência. A entidade coordena, representa e mobiliza seus associados, com foco em três objetivos principais: (i) identificar e promover a inteligência humana em benefício da humanidade; (ii) estimular pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência; e (iii) prover um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus associados.
 
 
Sobre a Mensa Internacional
 
Fundada em 1946, no Reino Unido, a Mensa Internacional é a maior, mais antiga e mais prestigiada organização de alto QI do mundo. Foi criada com o objetivo de promover a inteligência como ferramenta estratégica para o desenvolvimento e a evolução da humanidade. A palavra Mensa significa “mesa”, em Latim, em referência à natureza de mesa-redonda da organização, representando a união de iguais, independentemente de características como etnia, cor, credo, nacionalidade, idade, visão política, histórico educacional ou socioeconômico.


Dia Internacional da Superdotação: Saiba quem são os famosos que supostamente têm altos QIs… Mas não têm comprovação

 Rick Rosner, Walter O'Brien e até mesmo Albert Einstein não têm comprovação de suas supostas pontuações de QI

 

A OMS - Organização Mundial da Saúde - estabeleceu o dia 10 de agosto como o Dia Internacional da Superdotação, uma data que tem como objetivo lembrar de pessoas com altas habilidades cognitivas e suas necessidades, para medir e analisar a inteligência em casos de superdotação uma das técnicas mais utilizadas é o teste de QI.

 

O que é o teste de QI?


O Quociente de Inteligência (QI) é uma medida padronizada que avalia a capacidade cognitiva de um indivíduo em relação à média da população. Ele é obtido por meio de testes psicométricos que avaliam habilidades como raciocínio lógico, memória, resolução de problemas e compreensão verbal. 

 

O QI é uma das principais ferramentas utilizadas para estimar a inteligência geral e o potencial cognitivo de uma pessoa em comparação com outros indivíduos da mesma faixa etária. No entanto, existem algumas pessoas que alegam ter altas pontuações em testes de QI que não necessariamente as têm, entenda.

 

Alto QI e pouca documentação

Quando se realiza um teste de QI confiável, é emitido um certificado que comprova a pontuação, no entanto, mesmo sem esse tipo de documentação existem casos onde altas pontuações são atribuídas a determinadas pessoas.

 

Albert Einstein talvez seja o caso mais fatídico, um dos cientistas mais importantes do século XX foi alvo de estimativas que buscaram estabelecer sua pontuação de QI, no entanto, Einstein nunca fez um teste, ou seja, seus números não passam de especulação.

 

Walter O'Brien, inspiração para a antiga série “Scorpions”, também é um ótimo exemplo disto, tendo alcançado sucesso mundial após afirmar ter um QI de 197 e ter invadido o sistema da NASA aos 11 anos de idade, nunca divulgou seus testes ou documentações que comprovem as alegações.

 

Sociedades de alto QI e a confiabilidade de testes


De acordo com o Pós PhD em neurociências  e membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Sigma XI, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a presença em sociedades de alto QI é uma das formas de entender a credibilidade de testes de QI.

 

Existem testes e testes, alguns mais aprofundados, outros mais rasos, uns sequer são válidos, por isso, é importante avaliar a validade do teste antes de colocar altas pontuações em pedestais, uma das principais formas de saber se um teste tem credibilidade ou não é a presença em sociedades de alto QI”.

Uma pessoa que tira pontuação tão alta em teste de QI está sempre em uma ou mais sociedades de alto QI. E essas sociedades são extremamente rigorosas no processo de admissão, o que não deixa levantar dúvidas sobre o QI do indivíduo. Essas sociedades ou aplicam os próprios testes, indicam, ou avaliam os testes feitos de forma minuciosa” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

É preciso mais que números para medir a inteligência, por exemplo, Einstein, que para mim, é um dos maiores gênios da história. Não só um extremo alto QI com certeza, como com uma criatividade que revela uma flexibilidade incrível, mas ele não fez teste de QI, portanto, a estimativa para mim não tem validade. Há diversas nuances que podem interferir no resultado final” Afirma. 

 

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society e  HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.

 

Postos do Poupatempo com atendimentos do Procon-SP participam do “Renegocia!” até 11 de agosto

Unidades do programa em 10 municípios, incluindo capital, Baixada Santista, Grande São Paulo e interior recebem os consumidores presencialmente; para ser atendido é necessário agendamento

 

Até o próximo dia 11 de agosto, os postos do Poupatempo com atendimentos do Procon-SP participam do “Renegocia!”, que oferece orientações de especialistas para negociações de suas dívidas e sobre como evitar ou sair de situações de insolvência financeira. 

Nas unidades que participam da ação, Itaquera, Santo Amaro e Sé, na capital, além de Arthur Nogueira, Barretos, Batatais, Cubatão, Matão, Mauá, Santos, Taquarituba, Ubatuba e Vargem Grande do Sul, nos procons municipais, é necessário agendamento para inscrições no programa “Renegocia!”. 

Além das atividades junto ao consumidor, o Procon-SP está em contato com fornecedores, tais como bancos e empresas de serviços, sobre as demandas da campanha, para acompanhamento das reclamações e busca das melhores condições de negociação. 

Para consultar os endereços e horários de atendimento dos postos do Poupatempo, incluindo os que participam da ação, acesse o portal www.poupatempo.sp.gov.br e clique no ícone Locais de Atendimento.

 

Inscrições no “Renegocia!” 

Além do atendimento presencial nas unidades do Poupatempo que aderiram ao programa, todos os consumidores das demais cidades - e até da capital – podem se inscrever no “Renegocia! ” a qualquer momento pelo site oficial do Procon-SP www.procon.sp.gov.br.

Dentre as solicitações mais demandadas estão: dificuldade na renegociação ou parcelamento das dívidas; cálculo de juros, saldo devedor (contestação, solicitação de histórico, dúvidas); cobrança indevida; cobrança de tarifas, valores não previstos ou não informados e negativação indevida.

 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

É gripe ou dengue? Saiba de uma vez por todas diferenciar os sintomas


Você já se perguntou sobre as diferenças entre a gripe e a dengue? Essas duas doenças são amplamente conhecidas e podem afetar significativamente a nossa saúde. A médica e diretora da Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues e o médico e diretor técnico, Dr. Marco César Roque, da Salus Imunizações fornecem informações detalhadas e esclarecedoras sobre essas condições e como você pode se proteger. 

A gripe, também conhecida como influenza, é uma infecção viral respiratória altamente contagiosa. Causada pelo vírus influenza, ela se espalha facilmente de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias no ar. A dengue, por outro lado, é uma doença transmitida por mosquitos, especificamente pelo Aedes aegypti. Esse mosquito é comum em áreas tropicais e subtropicais e pode transmitir o vírus da dengue quando nos picam. 

Vamos começar falando sobre a gripe. Ela é caracterizada por sintomas como febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça intensa e fadiga. Em casos mais graves, a gripe pode levar a complicações como pneumonia e infecções bacterianas secundárias. É importante ressaltar que a gripe pode afetar pessoas de todas as idades, mas é especialmente perigosa para grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições médicas pré-existentes. 

“Uma das melhores formas de prevenir a gripe é através da vacinação anual. A vacina da gripe é atualizada regularmente para proteger contra as cepas mais prevalentes do vírus. Além disso, medidas preventivas como a higiene das mãos e a etiqueta respiratória (como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar) também são essenciais na redução da propagação do vírus”. Informa a Dra. Marcela Rodrigues. 

Agora, falando sobre a dengue. Essa doença é caracterizada por sintomas como febre alta repentina, dores de cabeça intensas, erupção cutânea e dores nas articulações. Em casos mais graves, pode ocorrer a dengue hemorrágica, que é potencialmente fatal. É fundamental estar atento aos sinais de alerta da dengue hemorrágica, como sangramento nas gengivas, vômitos persistentes e dificuldade respiratória, e procurar assistência médica imediatamente se esses sintomas se manifestarem. 

O Dr. Marco César Roque destaca que a prevenção da dengue envolve a eliminação de criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada, e a redução da população de mosquitos através de medidas de controle. O uso de repelentes e roupas que cubram a pele exposta também é recomendado, especialmente em áreas onde a incidência da dengue é alta. Além de realizar também com a vacina contra a dengue.

O Brasil sofreu em 2022 o mais alto número de mortes pelo vírus da dengue já registradas, ultrapassando pela primeira vez a quantia de mil óbitos no período de 12 meses. Muitas cidades encontram-se em estado de alerta devido à epidemia. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a dengue como uma das dez principais ameaças à saúde global.


A taxa de mortes por dengue apresentou um aumento significativo de 2021 para 2022, o que desperta uma preocupação global em relação ao possível aumento exponencial do número de casos e óbitos pela doença no futuro. A falta de controle efetivo do mosquito, a falta de acesso a cuidados de saúde adequados e a falta de conscientização sobre prevenção contribuem para o aumento dos casos e das mortes.

 

Como identificar se é gripe ou dengue?

O Dr. Marco César Roque alerta que apesar das diferenças, há algumas semelhanças cruciais entre a gripe e a dengue. Ambas podem levar a complicações graves e até mesmo à morte. A prevenção desempenha um papel fundamental na redução do impacto dessas doenças. A vacinação anual contra a gripe é altamente recomendada, assim como a adoção de medidas preventivas para evitar a dengue, como a eliminação de criadouros de mosquitos, o uso de repelentes e a vacinação.


“A gripe e a dengue são doenças que merecem atenção. Ao compreender as diferenças entre elas, podemos tomar medidas para nos protegermos e protegermos nossas comunidades. A vacinação anual contra a gripe e a adoção de medidas preventivas e vacinação para evitar a dengue são ações que todos podemos tomar para promover a nossa saúde e o bem-estar coletivo”. Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues da Salus Imunizações.

 

Marcela Rodrigues - Diretora da Salus Imunizações. Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização. Membro da associação brasileira de melanoma.

Marco César Roque - Diretor Técnico da Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.


Posts mais acessados