Quão verdadeiramente preocupada a sua empresa está em preservar o meio ambiente? Muito tem sido falado, nos últimos anos, no que diz respeito à implementação da Agenda ESG (Environmental, Social and Governance) no mercado, atestado como um selo importante perante clientes e investidores através de ações que atinjam esse equilíbrio entre ações de impacto ambiental, social e de governança. Um discurso realmente importante, mas que ainda não é eficientemente incorporado em diversos negócios – o que vem desencadeando consequências climáticas preocupantes no mundo todo.
Em um estudo feito pelo Pacto Global da ONU e
Accenture, 98% dos líderes concordam que a sustentabilidade é um fator
primordial em seus cargos, considerado ainda como um investimento indispensável
para vencer momentos de crise, como o que vivenciamos durante a pandemia. Este
sentimento cresceu 15% em comparação aos últimos 10 anos, ainda de acordo com a
mesma pesquisa, em resposta, dentre tantos fatores, às intensas mudanças
climáticas que estão preocupando líderes globais.
A própria pandemia é um exemplo nítido dessa
realidade. Há poucos meses, todos éramos obrigados a usar máscaras de proteção
ao sairmos de nossas casas, nos protegendo contra um vírus que causou muitas
mortes ao redor do mundo. Até hoje, muitos ainda sentem danos em seus
sistemas respiratórios ocasionados pela doença, agravados ainda pela baixa
qualidade do ar mais visto nas grandes metrópoles. Segundo a própria OMS, quase
toda a população (99%) respira ar que excede os limites de qualidade
recomendados pela organização, o que ameaça gravemente sua saúde.
Analisando essas mudanças climáticas um pouco mais
distante do nosso país, o Nepal, um pequeno país asiático localizado entre a
Índia e a China, está enfrentando situações perigosas desencadeadas por essas
alterações. O local atrai milhares de pessoas todos anos que desejam escalar o
Everest – a qual, por mais desafiadora que realmente seja, ainda é uma montanha
das mais simples de ser percorrida quando comparada com outras que possuem mais
de 8.000 metros.Em seus dados oficiais divulgados em 2022, ele já foi escalado
10.657 vezes desde 1953, quando o nepalês Edmund Hillary e o tibetano Tenzing
Norgay, se tornaram os primeiros a realizar esse percurso.
O caminho, contudo, apresenta suas dificuldades. De
acordo com o último senso divulgado também em 2022, 311 pessoas morreram
tentando escalar essa maior montanha do mundo, decorridas, acima de tudo,
justamente pelas alterações climáticas que estão afetando a região. Fora o ar
rarefeito agravado pelas temperaturas extremamente negativas, o gelo e chuva
constantes dificultam ainda mais aqueles que se aventuram no trajeto –
desencadeando avalanches perigosas, ventos fortes e outros efeitos que,
certamente, prejudicarão mesmo aqueles mais preparados.
Seja no Nepal, no Brasil, ou em qualquer outro
país, não é difícil enxergar os impactos que as mudanças climáticas estão
trazendo para nossas vidas e, cabe a nós, combater esses efeitos. Muitas
atividades empresariais geram, diariamente, impactos consideráveis ao
ecossistema, principalmente quando não administradas corretamente em uma gestão
mais sustentável para todos os envolvidos.
Muitas companhias, hoje, compreendem a importância
de assumirem esse papel perante toda a sociedade – mas, ainda existem aquelas
que apenas incorporam o ESG no papel. A própria Americanas é um exemplo disso,
a qual, em 2021, se dizia fortemente comprometida com esses pilares e uma
gestão mais sustentável. Ela continha um dos melhores indicadores do mercado,
mas, mesmo assim, acabou sofrendo o rombo contábil que tomos observamos neste
ano.
Incorporar o ESG e, acima de tudo, seu pilar
sustentável, não é um discurso que consegue ficar apenas na teoria. Até porque,
hoje, empresas realmente sustentáveis são buscadas por quase 70% dos
consumidores, segundo o que aponta uma pesquisa da Opinion Box. Se o próprio
mercado está exigindo uma mudança verdadeira, não faz sentido abandoná-la e não
se preocupar em incorporá-la em toda a cultura do negócio.
Nos próximos anos, cientistas estimam que a
temperatura do planeta ultrapasse, pela primeira vez, um marco crucial para sua
saúde. Segundo especialistas, há 66% de chance de passarmos do limite de 1,5°C
de aquecimento global entre hoje e 2027, em uma probabilidade que tenderá a
aumentar a cada ano devido às emissões provenientes de atividades humanas e
outros fenômenos climáticos.
O funcionamento e sucesso das empresas sempre se
moldará conforme as necessidades de seu público-alvo. Hoje, a preocupação em
preservar o meio ambiente está intensa, e não há espaço para negócios que não
se atentarem a essa questão. É preciso acompanhar esse momento, inovar nas
estratégias corporativas e assegurar a manutenção climática em suas ações. Com
isso, os benefícios financeiros serão apenas uma parte de tantas conquistas que
a empresa sentirá em sua jornada.
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