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domingo, 2 de abril de 2023

Somos gays e queremos a genética dos dois no mesmo embrião, é possível?

Normas éticas para a Reprodução Assistida no Brasil. Essa é uma das questões mais complexas da Fertilização in Vitro, mas tem resposta! É importante ressaltar que, periodicamente o CFM (Conselho Federal de Medicina) atualiza as normas éticas para a Reprodução Assistida no Brasil, abrindo portas para novas conquistas, principalmente para a classe mais interessada no assunto, a comunidade LGBT. Portanto, essa é uma informação volátil, que pode mudar a qualquer momento.

Primeiramente, vamos contextualizar o assunto para você que está chegando agora! Casais heterossexuais com problemas de fertilização e casais gays, precisam optar por outros métodos na hora de ter um bebê. E graças aos avanços científico-tecnológicos, hoje essas pessoas têm algumas opções, como a Inseminação Artificial e a FIV. Claro, de acordo com suas preferências e especificidades.


 

Por exemplo:


Um casal composto por duas mulheres pode realizar um desses métodos, sendo que o óvulo usado pode ser de uma delas e o útero de outra, ou ambos da mesma mulher, ou até mesmo, com o auxílio de uma terceira, para ceder o útero ou o óvulo, dependendo das necessidades deste casal. Já o material genético masculino, é coletado por meio de um banco de esperma.

 

No caso de dois homens, é necessário a doação do óvulo e do útero, sendo que ambos são cedidos por mulheres diferentes – a doadora de óvulos deve ser anônima e a barriga solidária deve ter até quarto grau consanguíneo com um dos homens envolvidos no processo. Além disso, o esperma deve ser cedido por um deles.

 


É nesse momento que a dúvida surge: não podemos colocar nossos espermas juntos?

 

A resposta é não! Segundo o CFM, hoje isso não é mais possível, porque pode comprometer o sucesso do procedimento, já que com o material genético de apenas um dos pais, em contato com o óvulo da doadora e implementado no útero da barriga solidária, as chances de o procedimento dar certo são potencialmente maiores.

Isso não quer dizer que os dois não podem ter filhos com a genética de ambos. Mas neste caso, o CFM aconselha que sejam feitos dois procedimentos separadamente, um para cada embrião formado com espermatozoides diferentes. 


 

Por quê?

É uma questão genética! Quando um embrião é formado de maneira natural, ou seja, por um óvulo e um espermatozoide, são criados dois conjuntos de cromossomos, com a genética dos dois materiais.


Em casos de gravidez de gêmeos, dois espermatozoides fecundam dois óvulos diferentes, e consequentemente nascem dois bebês. Ou, no caso de gêmeos idênticos, ao fecundar o óvulo, o embrião se divide, gerando duas vidas. Porém, mesmo assim, existem dois conjuntos de cromossomos para cada um dos bebês.

 

Quando um único óvulo é fecundado por dois espermatozoides diferentes, ou seja, de dois homens, são criados três conjuntos de cromossomos, o que segundo os médicos, é “tipicamente incompatível e os embriões não costumam sobreviver”. Então, é possível acontecer? Sim! No entanto, as probabilidades de falha são muito maiores do que de sucesso, e a chance de dar certo é raríssima. Só houve dois casos desses relatados até hoje.


 

Concluindo:


Por determinação do Conselho Federal de Medicina, e para que os processos de Reprodução Assistida tenham mais sucesso, é importante que apenas um dos homens envolvidos no processo doe seu esperma, ou, que ambos doem para implementação em úteros diferentes.


Ah! Devemos ressaltar também que é possível transferir mais que um embrião no procedimento, para que haja mais chances de gravidez, mas essa determinação varia de acordo com a idade da Barriga Solidária:

 

·    mulheres com até 37 anos podem receber até 2 embriões de uma vez

·   mulheres com mais de 37 anos podem receber até 3 embriões de uma vez

 

Outra coisa que é comum acontecer quando são transferidos mais que um embrião, é a gravidez de gêmeos, por isso, pense bem antes de dar início ao seu procedimento e tenha um planejamento na ponta do lápis.

 

 Helio e Tonanni - @2papais

 


Obstetra indica os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação

O foco dos exercícios para gestantes deve ser as atividades mais leves e funcionais, de preferência, indicadas por especialistas   

 

Apesar de ainda haver tabus sobre a atividade física na gestação, a prática é altamente recomendada e ajuda a evitar problemas de saúde graves, como pressão alta e a diabetes gestacional. 

No Brasil, a prevalência de diabetes mellitus gestacional (DMG) é, de acordo com o Ministério da Saúde, de 7,6% – número considerado alto. Além disso, cerca de 20% das mulheres no país são consideradas obesas, o que aumenta as chances de desenvolverem uma gravidez de risco. 

E mexer o corpo na gestação não faz bem somente à mãe. Por estimular a circulação sanguínea, os exercícios melhoram o transporte de nutrientes e oxigênio do organismo materno para o bebê, que se dá por meio da placenta e do cordão umbilical. A melhor oxigenação do cérebro pode trazer, inclusive, benefícios cognitivos, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Montreal, no Canadá. 

Já um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que uma substância produzida pela placenta após a prática de exercícios tem efeitos positivos sobre a saúde da criança, reduzindo as chances de desenvolver diabetes no futuro. Além disso, hormônios responsáveis pelo bem-estar, liberados durante a atividade física, também podem atravessar a barreira placentária e chegar até o bebê.

 

Toda grávida pode treinar?

No entanto, a prática regular de atividades físicas durante a gestação deve ser avaliada junto com o obstetra. “Os exercícios devem ser compatíveis com o quadro e a evolução da gravidez”, diz Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre. 

Segundo ele, o ideal é evitar esforço físico em gestantes com placenta prévia, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, doenças cardíacas e pulmonares prévias e outras condições similares. “Nestes casos, o obstetra pode recomendar fisioterapia e outras atividades de baixíssimo impacto, embora o ideal seja o descanso e o foco na gestação”, afirma Carlos Moraes.

 

Confira os exercícios adequados para cada etapa da gestação

Após a avaliação com seu obstetra, busque um profissional especializado que faça o monitoramento dos seus exercícios. E para ajudar na escolha das modalidades ideais, do início ao fim da gravidez, o ginecologista e obstetra Carlos Moraes listou as principais opções:

 

No primeiro trimestre

Para a mulher que pratica atividade regular, é comum ter se exercitado normalmente nas primeiras semanas antes de descobrir a gravidez. Entretanto, uma vez que a gestação esteja confirmada, é hora de adaptar a rotina. 

Para começar, o ideal são os alongamentos, sempre sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta. “Os alongamentos reduzem as chances de dores nas costas no decorrer da gravidez, ajudam a minimizar gases e prisão de ventre e fazem parte da preparação para o parto”. 

Atividades como bicicleta, natação, pilates, corridas leves e até alguns exercícios na academia de musculação podem continuar a ser feitas com regularidade, ajustando apenas a intensidade. 

“Já para as sedentárias, não é hora de pensar na atividade como meio de manter a forma ou perder peso. O foco dos exercícios físicos para gestantes deve ser as atividades mais leves e funcionais, de preferência, indicadas por especialistas”, adverte Carlos Moraes.

 

No segundo trimestre

Este período é considerado mais tranquilo, quando as náuseas e a fadiga do primeiro trimestre desaparecem ou diminuem. Mas, com o aumento de peso e a retenção de líquidos, alguns movimentos podem ficar mais difíceis, alterando o equilíbrio. 

“As mudanças corporais somadas à nova percepção de equilíbrio acabam favorecendo quedas. Por isso, a dica é reduzir a intensidade de caminhadas e outros exercícios aeróbicos, e trocar a bicicleta comum pela ergométrica. A natação e a hidroginástica continuam sendo ótimas opções de exercícios físicos para grávidas. Isso porque a atividade na água reduz o impacto e é mais fácil medir a intensidade”. 

Outra recomendação é iniciar práticas de fortalecimento do assoalho pélvico. “Feito com a orientação de uma fisioterapeuta especializada, o treinamento muscular do assoalho pélvico facilita o parto natural e pode reduzir as chances de lacerações perineais (ferimentos na região entre a vagina e o ânus que podem ocorrer durante o parto)”, explica o ginecologista e obstetra. 

Além disso, os exercícios para o assoalho pélvico ajudam no controle do escape da urina, comum neste período devido à pressão crescente da placenta sobre a bexiga.

 

No terceiro trimestre

Nesta fase, costuma ser mais difícil manter alguma atividade física. Dores na lombar, nas pernas e nos joelhos se intensificam e até as náuseas que eram comuns no primeiro trimestre podem retornar. Essas e outras transformações podem desanimar a continuidade dos exercícios, fazendo com que a gestante interrompa a rotina. “Se ocorrer, não há problema algum. Depois do nascimento, você volta a se exercitar normalmente, dentro do seu tempo”. 

Mas, se ainda houver disposição, vale apostar na hidroginástica e ioga, sempre com um profissional que tenha capacidade técnica para orientar gestantes. O treino muscular do assoalho pélvico pode continuar a ser feito. Nesta etapa, a grávida também pode iniciar a massagem perineal, que deve ser feita após orientações da fisioterapeuta. 

“Na reta final, o ideal é dar uma pausa nos treinos e aproveitar o resto da gravidez com massagens, relaxamento e preparação psicológica para o parto”, finaliza Carlos Moraes.



Exposição a canabinoide na gestação aumenta mortalidade e problemas respiratórios em recém-nascidos

Conclusão é de estudo com ratos conduzido por pesquisadores da Unesp e da USP. Ninhadas cujas mães receberam equivalente sintético da substância apresentaram taxa de morte neonatal 29% maior, além de alterações no controle da respiração e da sensibilidade ao dióxido de carbono – fatores que em humanos predispõem à morte súbita (foto: Freepik)

 

O consumo de maconha ou derivados durante a gravidez pode trazer problemas respiratórios aos bebês, como disfunção do controle da respiração e menor sensibilidade ao dióxido de carbono (CO2), fatores que favorecem inclusive a ocorrência de morte súbita infantil. O alerta é de um estudo publicado no British Journal of Pharmacology.

O grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP) administrou em ratas grávidas um composto sintético com ação cerebral análoga à dos canabinoides derivados da maconha. Grande parte dos efeitos deletérios observados ocorreu principalmente nos filhotes machos.

“Com a legalização e flexibilização da maconha e seus derivados em alguns países e um considerável aumento do consumo, grávidas utilizam desses compostos presentes na planta Cannabis sativa na forma de medicamentos, devido às propriedades de redução das náuseas, ou mesmo de modo recreativo. No entanto, as consequências dessa exposição a canabinoides no feto ainda são pouco conhecidas”, afirma Luis Gustavo Patrone, primeiro autor do estudo conduzido com apoio da FAPESP durante seu doutorado na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV-Unesp), em Jaboticabal.

Em comparação com os ratos que não sofreram exposição intrauterina à substância, os filhotes expostos tiveram uma mortalidade neonatal 29% maior. Nos machos, houve ainda intensificação dos tremores nos primeiros dias de vida, em decorrência de um quadro de abstinência, alterações na respiração basal e na resposta ventilatória ao oxigênio e ao CO2, além de menor capacidade de expansão dos pulmões.

Os autores também observaram queda na eficiência da respiração mitocondrial do encéfalo, alteração da quantidade de receptores para canabinoide (CB1) e de neurônios catecolaminérgicos em núcleos do encéfalo que controlam a função respiratória. Juntos, esses dados revelam alterações significativas.

Nas fêmeas, mais eventos espontâneos de apneia (períodos sem respirar) ocorreram, além de reduções nas populações de neurônios serotoninérgicos no tronco encefálico. Juntos, esses dados revelam que a exposição intrauterina a canabinoide resultou em relevantes alterações no controle mecânico e sensorial da ventilação, sendo mais acentuada sobre os indivíduos machos.

“Sabe-se que diversos compostos da Cannabis atravessam facilmente a placenta e podem interferir nas vias de sinalização dos endocanabinoides, que são produzidos pelo próprio cérebro. Isso pode afetar profundamente as funções neurais e fisiológicas do feto, incluindo os processos cardiorrespiratórios, causando efeitos duradouros na vida pós-natal”, resume Luciane Gargaglioni, professora da FCAV-Unesp e coordenadora do estudo.

O trabalho integra um projeto também apoiado pela FAPESP e coordenado por Gargaglioni.

Morte súbita

Os pesquisadores lembram que o uso de maconha durante a gravidez pode estar associado à ocorrência da síndrome da morte súbita infantil (SIDS), que é relacionada à detecção das concentrações dos gases O2 e CO2 na corrente sanguínea e ajustes ventilatórios. Os episódios de apneia espontânea nas fêmeas expostas à substância durante o estudo são indicadores da diminuição desse controle.

“Se o travesseiro cai no rosto e impede a respiração durante o sono, por exemplo, o bebê que tem essa síndrome não é capaz de detectar as alterações dos gases. Enquanto em um recém-nascido com o controle normal da respiração isso o faria despertar e chorar, na SIDS, mesmo com grandes reduções do oxigênio e aumento do CO2, o bebê pode morrer asfixiado”, explica Patrone.

A sensibilidade aumentada ao dióxido de carbono também foi testada, visto que é um determinante biológico dos ataques de pânico. Machos de diferentes idades apresentaram uma exacerbada resposta ventilatória ao CO2. Entre as fêmeas, o mesmo padrão foi observado apenas nas juvenis.

“A exposição pré-natal a canabinoides, portanto, pode aumentar a sensibilidade ao dióxido de carbono e, consequentemente, a vulnerabilidade a transtornos de pânico”, diz Gargaglioni.

As análises não demonstraram alterações expressivas sobre o controle cardiovascular e da temperatura corporal, ao menos em curto e médio prazo. Os experimentos foram encerrados quando os animais completaram 28 dias de vida.

“Ainda que seja um estudo feito em ratos, ele pontua importantes alterações na fisiologia respiratória em decorrência da exposição a canabinoides no útero e, por isso, lança uma nota de cautela para o uso terapêutico ou recreativo de canabinoides por mulheres grávidas”, encerra Patrone.

O artigo Sex- and age-specific respiratory alterations induced by prenatal exposure to the cannabinoid receptor agonist WIN55,212-2 in rats pode ser acessado em: https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bph.16044.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/exposicao-a-canabinoide-na-gestacao-aumenta-mortalidade-e-problemas-respiratorios-em-recem-nascidos/41025/



Produto usado para limpeza a seco pode estar relacionado ao Parkinson, especialista explica

Neurocirurgião, Dr. Bruno Burjaili afirma que, diante da incerteza das causas do Parkinson, ter novos indicativos é fundamental 

 

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente pessoas idosas, mas também pode, mais raramente, ocorrer em indivíduos mais jovens, ele causa tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e coordenação, além de alterações na fala e na escrita. Ainda não há cura para o Parkinson, mas existem tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Ainda não se sabe ao certo as causas da doença, mas novas pesquisas e inovações tecnológicas têm ajudado a compreender melhor como a condição surge e se desenvolve, o que pode levar a novas terapias e tratamentos no futuro. 

Um novo estudo publicado pelo Journal of Parkinson’s Disease, indicou que o TCE - tricloroetileno químico - solvente muito usado para lavagem a seco, desengordurar metais, remover tintas e até para anestesiar pacientes, pode estar relacionado ao desenvolvimento de Parkinson, aumentando em até 500% o risco de ter a doença. 

Os resultados reforçam pesquisas anteriores que já relacionavam o produto ao Parkinson demonstrando sua capacidade de penetração nos tecidos cerebrais e danificar as mitocôndrias, organelas presentes nas células e responsáveis pelo processo de respiração celular, alterações nela também têm sido fortemente relacionadas com o surgimento de doenças neurodegenerativas. 

Segundo o neurocirurgião especialista em Parkinson, Dr. Bruno Burjaili, ter novos estudos que apontam possíveis causas para a doença é essencial para prevenção, diagnóstico e tratamento. 

Há uma certa dificuldade, mesmo com o avanço das pesquisas e tecnologias, na determinação das causas do Parkinson. Por isso, estudos como esse, que ajudam a compreender melhor esse processo, são fundamentais para direcionar melhor os esforços quanto ao tratamento e à possível prevenção da doença”. 

Nesse caso específico, a relação entre o TCE e o Parkinson já foi sugerida algumas vezes na literatura, tanto em testes com animais como em relatos de pessoas doentes que foram expostas ao produto, isso poderia indicar a necessidade de cuidados específicos, em especial, com moradores de regiões próximas a segmentos do comércio ou da indústria que utilizem o produto, o grande problema é que ele pode evaporar, se difundir e atingir de forma silenciosa esses moradores. De todo modo, ainda precisamos de análises mais detalhadas para entender melhor essa relação e qual nível de contato gera risco. Enquanto não sabemos ao certo, não podemos permitir que essas pessoas se exponham.” Explica o Dr. Bruno Burjaili. 

 

Dr. Bruno Burjaili - Neurocirurgião especializado no tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.



Hábitos de vida e fertilidade: Qual a relação?

Nos dias atuais, 15% de toda a população sofre com infertilidade, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Somente no Brasil, a condição afetaria aproximadamente 8 milhões. Em cerca de 10 a 15% dos casos, além disso, os casais enfrentam uma questão bastante complicada: não encontram o motivo para tal dificuldade. 

Contudo, graças ao crescente avanço da pesquisa científica, descobriu-se que a infertilidade pode estar ligada a uma série de fatores. Entre eles figura, com destaque, o estilo de vida. Não deixa de ser uma boa notícia, tendo em vista que a mudança de alguns costumes cotidianos viria, então, melhorar a capacidade reprodutiva. 

Para a ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana e integrante da Famivita, Dra. Mariana Grecco, a busca pela gravidez seria o momento ideal para promover modificações em hábitos que nada de positivo agregam à nossa rotina, proporcionando também uma gestação mais tranquila e um bebê saudável. 

O fumo, por exemplo, conforme ressaltado por ela, pode apresentar um grande impacto na fertilidade de homens e mulheres. No caso feminino, quem é tabagista apresenta um risco da menopausa ser antecipada de 1 a 4 anos. O mau costume ainda agiria prejudicando a reserva ovariana, posto que pode colaborar para o envelhecimento das células. Já no que diz respeito aos homens, as substâncias nocivas presentes no cigarro ocasionariam alterações genéticas, capazes de desregular a parte hormonal e acabar lesando o padrão seminal. Por fim, o tabagismo, segundo acrescentou a especialista, tem uma relação com uma maior taxa de abortos.

Outro vilão no universo da fertilidade é o álcool, quando ingerido excessivamente, e seus malefícios são igualmente distribuídos, independente de gênero. “Para elas, as consequências estariam ligadas à produção relativa aos hormônios, suspensão da ovulação e decréscimo na qualidade dos óvulos. No que se refere aos homens, o consumo frequente de bebida alcóolica danificaria as células produtoras de testosterona, as chamadas ‘Células de Leydig’. Sabe-se, a propósito, que aqueles que bebem muito, dispõem de uma contagem de esperma mais reduzida e gametas com menor mobilidade”, pontuou a Dra. Mariana. 

Um sono fragmentado

Além disso, quem quer engravidar, precisa buscar, mais do que nunca, dormir bem. “Inúmeros estudos atestam que uma boa noite de sono influencia a questão hormonal nas mulheres. Nesse sentido, ter uma qualidade ruim em relação a esse descanso, tão essencial ao organismo, pode acarretar para elas, por exemplo, um nível mais alto de hormônios do estresse, vindo a prejudicar a ovulação e, por consequência, inibir um ciclo saudável de fertilidade”, explicou a Dra. Mariana.  

A médica enfatizou, ainda, que várias pesquisas na área detalharam como o sono pode atrapalhar a capacidade reprodutiva masculina. Uma delas, por exemplo, mostrou que homens que relataram dormir menos de 6 horas, ou mencionaram ter dificuldades como apneia do sono ou obstrução nasal, possuíam menos probabilidades de engravidar a parceira. “Isso porque essa fragmentação do sono afeta a secreção do LH, hormônio que produz a testosterona, atingindo a espermatogênese e resultando numa piora da função reprodutiva", afirmou. 

 

Famivita

 

Dra. Mariana Grecco - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Tem residência médica em Ginecologia Obstetrícia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com título de especialista em Reprodução Humana pela mesma instituição. Dispõe, ainda, do título de especialista em Ginecologia Obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo). É membro também da Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva e da Clínica Grecco.

 

 

Cirurgião-Dentista é fundamental no atendimento a pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo

Profissionais precisam estar prontos para o acolhimento

 

No Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2/4), o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca a importância do atendimento especializado aos pacientes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Em geral, o transtorno é caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. Por isso, é essencial que o Cirurgião-Dentista esteja pronto para receber, acolher e tratar esse paciente e, também, informar familiares e cuidadores sobre saúde bucal.

Segundo a Cirurgiã-Dentista Dra. Cristhiane Olivia Ferreira do Amaral, especialista e membro da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE) do CROSP, o paciente com TEA é único, pois ele tem espectro em intensidades diferentes, que variam entre os níveis de apoio e suporte 1, 2 e 3. “O nível 1 é quando o indivíduo precisa de pouco suporte. O nível 2, quando o grau de suporte necessário é razoável. E o nível 3, quando o indivíduo necessita de muito suporte e apoio”.

O mais importante, segundo ela, é que o Cirurgião-Dentista seja inserido pela família na equipe multiprofissional que atende o paciente autista, já que normalmente ele vai a diversas terapias: fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia, entre outras. Porém, a Odontologia não está inserida de forma plena e efetiva como deveria. “Nós, Cirurgiões-Dentistas, temos que estar prontos para este acolhimento. As pessoas com autismo nos ensinam que os sentimentos não precisam de palavras e que o melhor tipo de comunicação é o amor”.

Dra. Cristhiane explica que essa inclusão da Odontologia é importante para que haja rotina, adaptação e criação de vínculo por parte do paciente e profissional. “Se houver prevenção, ela não precisará passar por um atendimento odontológico invasivo e de alta complexidade”.


Modalidades de atendimento

A especialista esclarece que a modalidade de atendimento prestada ao paciente autista é determinada de acordo com nível de dificuldade de cada um. A abordagem odontológica pode ir desde o atendimento no consultório de uma forma lúdica, com a utilização de métodos de manejo indicados para conseguir a cooperação para o tratamento, até o atendimento hospitalar.

“O nível de suporte e apoio que o paciente autista se encontra ou a reação dele frente ao tratamento odontológico e a necessidade odontológica acumulada, é que determinarão o tipo de modalidade de abordagem que o Cirurgião-Dentista vai utilizar”.

Dra. Cristhiane explica que, em alguns casos, diante da presença de um procedimento complexo e depois de tentativas de abordagem com manejo do comportamento sem a colaboração do paciente, poderá haver a necessidade de sedação com profissionais habilitados e capacitados. Em casos mais invasivos, é necessária a intervenção em ambiente hospitalar com anestesia geral.


Desafios

A desorganização sensorial que pode acontecer no consultório por parte do paciente autista não é incomum. Nesses casos, é necessário fazer de tudo para que esse paciente não se desorganize. Por isso, o vínculo formado é fundamental.

A Dra. Cristhiane esclarece que existem várias técnicas que podem ser utilizadas para ajudar nesse sentido. “O Cirurgião-Dentista pode, por exemplo, preparar o consultório com uma pré-ambientação. Podemos deixá-lo mais colorido, colocar um motivo de interesse do paciente (interesse restrito a determinados itens ou temas). Pode ser: um personagem, jogos, objetos, brinquedos que o paciente é focado e goste muito”.

Outra coisa importante, segundo ela, são as sequências visuais, pois o autista tem necessidade de referência física, materiais estruturados, para diminuir a ansiedade e para não se desorganizar sensorialmente. Nesse caso, os pais podem, por exemplo, mostrar sequência de várias figuras ou fotos de um atendimento odontológico. Dra. Cristhiane explica que essa técnica permitirá que o paciente tenha uma sequência visual do que acontecerá durante o atendimento, antecipando a sua ida ao consultório, que já estará estruturada em sua mente.

A previsibilidade de tempo e ambiente é um item importante no atendimento ao autista. A especialista diz que a previsibilidade corresponde à necessidade de antecipação dos acontecimentos de forma estruturada e regrada. “O paciente com TEA tem essa necessidade de previsibilidade de acontecimento e de tempo de cada procedimento. Vale ressaltar que os sistemas sensoriais, como visão, audição, paladar, olfato e tato, dentre outros, são alterados no autismo. Se esse paciente tiver uma rotina ao tratamento odontológico, ele estará mais adaptado e organizado em relação aos estímulos sensoriais provocados durante o atendimento”.


Outras técnicas

Além das técnicas já citadas, a especialista destaca que existem inúmeras possibilidades que podem ser utilizadas no atendimento ao paciente com autismo, entre as quais:


O reforço positivo - O reforço positivo corresponde à recompensa cada vez que há colaboração com comportamento desejado. Esse reforço pode ser um item, um objeto; interações ou atividades que acontecem como consequência de uma resposta. “‘Aqui pode ser utilizado o incentivo com o próprio reforçador dele, que pode ser o brinquedo que ele gosta ou a tela do celular que ele vai poder olhar assim que terminar”.


A dessensibilização dos sons - O uso de equipamentos como a caneta de baixa rotação deixa o som e a vibração ruins. Uma boa estratégia, de acordo com Dra. Cristhiane, pode ser a utilização da escova elétrica para que haja uma antecipação dos ruídos e dos movimentos vibratórios em casa. A antecipação dos sons por meio de recursos como imitação do ruído da caneta de alta rotação também é válida. 

Por fim, abordagens como adaptação de rotina, condicionamento, gerenciamento de comportamento, limitação de ruídos intensos e luz diretamente nos olhos, eliminação de reforço negativo ou punição, adoção de um ritual de procedimentos estabelecidos e horários programados, somados à ajuda dos pais para tarefas sequenciais por meio de figuras e desenhos, ordens claras e curtas e sessões bem planejadas auxiliarão na formação do vínculo, que deve ser um sentimento bilateral. A Cirurgiã-Dentista aconselha aos pais que nunca mintam quando se tratar de levá-los ao Cirurgião-Dentista. “Dizer que vai levar à casa de um amigo ou no shopping não é uma boa estratégia, pois ocasiona a quebra da confiança”.


Higiene bucal

A higiene bucal em casa costuma ser difícil em muitos casos, pois o paciente pode ter aversão à escovação. Contudo, ela nunca deve deixar de ser realizada.  

A especialista orienta a driblar a dificuldade por meio de associações e aproximações sucessivas. Lembra que se trata de ensinar, não apenas um comportamento, mas um conceito. “Nem sempre é fácil, mas não deve deixar de ser feita. Se não for realizada não entra na rotina, e se não está na rotina, piora a qualidade da saúde bucal”. 


Dados

A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tenha autismo. Porém, a última pesquisa divulgada nos Estados Unidos pelo Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC), em 23 de março de 2023, apontou que 1 em cada 36 crianças de 8 anos são autistas. No Brasil, aproximadamente 2 milhões de pessoas têm Transtorno do Espectro do Autismo.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
www.crosp.org.br



40% dos brasileiros são sedentários, especialista conta como sair da inércia

No dia Mundial da Atividade Física, especialista da Bio Ritmo dá dicas de como começar a se movimentar para garantir mais qualidade de vida 

 

O Dia Mundial da Atividade Física é comemorado no dia 06 de abril e a data, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), surge para combater o sedentarismo e promover ações de conscientização da população sobre a importância de adotar um estilo de vida fisicamente mais ativo. Uma pesquisa divulgada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, na população de 18 anos ou mais, 40,3% dos brasileiros são sedentários. Além disso, doenças relacionadas ao sedentarismo também preocupam os órgãos de saúde brasileiros 

 

De acordo com a OMS, 30 minutos de atividade física, de intensidade leve a moderada, a partir de duas vezes por semana, já é um bom começo para melhorar a qualidade de vida e evitar doenças relacionadas ao sedentarismo. 

 

“O sedentarismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares e crônicas não transmissíveis. Entre outros benefícios, o exercício físico pode trazer melhorias para as relações sociais, reduz a pressão arterial, o estresse, melhora a autoestima, confiança e traz regulação emocional”, comenta Guilherme de Almeida Leite, gerente técnico da Bio Ritmo. 

Pensando nesses benefícios, o gerente dá dicas de como um sedentário pode começar a se movimentar: 

 


Encontre uma atividade que goste


Existem diversos motivos para praticar exercícios físicos e um incentivo imediato para começar a se movimentar é encontrar uma atividade que goste e se adapte melhor, dando um “empurrão” para esse processo. “O primeiro passo é definir quais são os projetos e metas e a partir disso, escolher os exercícios indicados para esse objetivo”, diz Guilherme. E o gerente ainda afirma que ninguém tem paciência para fazer o que não gosta, principalmente quando não está acostumado com essa rotina, portanto, encontrar a atividade ideal para cada gosto deixará a pessoa mais animada e motivada para não desistir e retroceder. No entanto, é importante consultar um profissional para que receba orientações adequadas para a atividade escolhida. 


 

Adaptação deve ser leve e sem exageros


Guilherme comenta que os exercícios iniciais devem ser elaborados com menor complexidade, que não irão trabalhar com cargas altas e não terão grande volume de séries por sessão. “Usamos exercícios de empurrar, puxar, agachar e levantar com os membros inferiores e também um ou dois específicos para os estabilizadores de coluna. Sempre aqueles que envolvem os principais grupos musculares de forma multiarticular, ou seja, não priorizamos exercícios chamados "isolados" nesta fase. O tempo total da sessão não costuma ultrapassar trinta a quarenta minutos no total”, explica o gerente técnico da Bio Ritmo.

“Todo treino visa gerar uma adaptação, por mais avançado que seja o praticante. O treino inicial ou de introdução, na musculação, por exemplo, pode durar por até 3 meses dependendo do nível de aptidão deste novo praticante e da frequência semanal que irá adotar. Um exemplo de sessão para iniciantes pode ser: Um tipo de agachamento ou leg press; um tipo de supino, uma puxada ou uma remada, um ou dois exercícios para os abdominais e lombares já são suficientes para uma primeira vivência”, completa o gerente.


 

Intensifique a atividade com orientação profissional 


Para quem já está adaptado e busca exercícios para a perda de gordura corporal, as melhores opções são os treinos intensos e que elevem a frequência cardíaca, pois estimulam a adaptação metabólica que é responsável pela diminuição dessa gordura.

Segundo Guilherme, treinos circuitados que forem executados na intensidade correta, promoverão a diminuição da gordura corporal. “A vantagem deste treino é que como ele alterna exercícios resistidos e cardio, atende essas premissas e ainda fortalece os músculos e articulações", esclarece.


 

Tenha paciência


Seguir uma rotina de exercícios com o objetivo de obter melhores resultados não é fácil e muito menos rápido. É preciso ter paciência e adotar alguns costumes na rotina. “Além dos exercícios, incorporar uma alimentação mais saudável e apropriada para cada tipo de pessoa e objetivo, diversificar os exercícios e movimentos e não menos importante, descansar, são uns dos elementos principais para se obter os resultados”, finaliza Guilherme.




Fisioterapia online dá resultado?


Essa é uma das perguntas que mais temos ouvido nos últimos tempos, principalmente porque temos investido muito tempo nesta prática e ao contrário do que as pessoas possam acreditar, a influência sobre os pacientes não diminui com isso, aumenta! Um dado importante para entender esse fenômeno é que nos últimos anos o entendimento sobre os sintomas das doenças tem mudado completamente.

As dores, formigamentos ou qualquer sensação estranha, que você eventualmente possa ter dificuldade de explicar para as pessoas, como pressão ou alteração de sensibilidade, não são mais entendidas apenas como sinais de que existe uma lesão ou algum tipo de inflamação, infecção ou tumor local. Muitas vezes estes sinais e sintomas podem ser resquícios de problemas que já existiram ou ainda uma somatória de informações que provocaram interferências na comunicação de partes do corpo com o cérebro, provocando assim somação de estímulos mal interpretados e transformados em memórias, as quais continuamos identificando como sintoma, mesmo não havendo mais a doença ou lesão tecidual.

Estudos como, Um ensaio controlado de cirurgia artroscópica para osteoartrite do joelho (Moseley et al, 2002), mostram que independentemente de existir um desgaste articular e que parte dos pacientes estudados acreditavam que realmente somente com a cirurgia fosse possível chegar a cura de suas dores, mesmo os pacientes do grupo que recebeu o procedimento cirúrgico “placebo”, no qual apenas a pele foi cortada para simular o procedimento cirúrgico, referiram melhora dos sintomas, mostrando assim a importância de avaliar mais a fundo o caso de cada paciente, pois muitos casos que eram operados no passado poderiam ter bons resultados a partir da mudança da percepção do problema, que neste caso foi provocada por uma cirurgia placebo, mas que possamos provocar esta mudança de percepção através de conscientização do problema real, que muitas vezes está mais ligada ao entendimento do problema do que a algum tratamento seja este comprovado cientificamente ou não. 

Todo o conteúdo que temos desenvolvido nos últimos anos tem sido direcionado para chegar a mais pessoas e impactar de maneira mais profunda, diferente do que seria possível em uma sessão presencial de fisioterapia por possuir tempo limitado. As pessoas estão sedentas por informação, pesquisam nas redes sociais e nas ferramentas de busca o tempo todo por tratamentos mais eficientes e dicas que resolvam suas dores e sintomas de doenças.

Pensando nisso começamos a produzir já antes da pandemia um conteúdo em formato de livros (Cura pelo hábito e Cura pelo hábito – Guia prático), Ebooks e cursos online (Cura pelo hábito na plataforma Eduzz), mas quando é necessário ir fundo em uma questão e avaliar o caso individualmente a sessão online é de extrema importância. O mais curioso é que as pessoas contam com textos escritos por desconhecidos na internet, acessam dicas em vídeos de pessoas, as quais nem mesmo possuem referência ou autoridade para falar de assuntos que exigem normalmente especialidade e experiência, mas quando pensam em passar em consulta com um profissional bem indicado, por ser online eventualmente desconfiam do resultado.

Claro que a sessão presencial continua tendo seu valor e sempre terá, pois nada substitui as técnicas de manipulação, equipamentos e o contato físico, as pessoas precisam ser tocadas, pois esta é uma questão fisiológica, quando somos tocados liberamos substâncias reguladoras pelo nosso organismo, como a ocitocina, o que potencializa o resultado da sessão de fisioterapia, mas a verdade é que percebemos que uma boa parte do resultado que a fisioterapia proporciona para os pacientes ocorre através das orientações que provocam mudança de comportamento de forma definitiva.

Quando o paciente entende “o porquê” da importância na mudança de comportamentos que estão reforçando seus sintomas e começa a adquirir hábitos mais saudáveis de forma definitiva, conseguimos então entrar verdadeiramente em um ciclo virtuoso de cura, quebrando padrões de comportamento que reforçavam o ciclo vicioso da doença. 

 

Claudio Cotter - ex-fisioterapeuta da CBF, pós graduado em Medicina Psicossomática e desde a pandemia realiza tratamentos de pacientes e treinamentos de fisioterapeutas online com alto índice de performance.

 


sábado, 1 de abril de 2023

1° de abril: confira 4 mentiras que mais se ouve sobre cuidados com a beleza

Especialistas esclarecem mentirinhas que os brasileiros mais acreditam

 

O tradicional Dia da Mentira acontece em 1° de abril e foi introduzida no Brasil em 1828, quando o noticiário mineiro “A Mentira” publicou na capa, em sua primeira edição e nesse mesmo dia, a morte de Dom Pedro I. Os anos passaram e, embora a data continue sendo lembrada como um marco para as brincadeiras, algumas falácias rondam o cotidiano do brasileiro. No que compete a beleza e cuidados corporais, quatro empresas revelam o que mais se ouve por aí e que não é exatamente verdade. Confira.SPA Express - Luciana Piquet, CEO

Mito: “Esfoliar o rosto com açúcar faz bem para a pele”

  • Como o rosto é uma das áreas mais sensíveis do corpo, ao esfoliar com o açúcar, que é um grão bastante abrasivo e que promove excesso de atrito, pode acabar por agredir a pele ao invés de contribuir para a eliminação das células mortas. O indicado é evitar esfoliantes caseiros, já que, por não conter conservantes, podem ocasionar a proliferação de bactérias que entram em contato direto com o rosto, causando alergias, sensibilidade na pele, ressecamento e oleosidade. 

 

Pello Menos - Regina Jordão, fundadora e CEO

Mito: “A depilação com cera só dura uma semana”

  • Não é exatamente verdade, pois vai depender de cada pessoa e outros fatores, como genética e uso de medicamentos. No entanto, a média do crescimento dos pelos após a depilação com cera é em torno de 15 a 25 dias segundo Regina.

 

Yes! Cosmetics - Alyne Miranda, Gerente de P&D

Mito: "Quem tem pele oleosa não pode usar hidratante"

  • Peles oleosas não só podem como devem ser hidratadas diariamente. Caso contrário, o organismo tende a interpretar que a pele está ressecada e aumenta desproporcionalmente a produção das glândulas sebáceas. O ponto de atenção é a escolha do hidratante, que deve ter textura e os ativos adequados para essa condição de pele. Cremes e géis de rápida absorção e toque seco tendem a ser os mais recomendados, em especial os que agem para tratar outras particularidades da pele, como poros dilatados e tendência a acne.

 

Botocenter - Dra. Juliana Caldas, injetora 

Mito: "Cremes antirrugas oferecem resultados similares ao tratamento com toxina botulínica"

  • Apesar de muitos cremes prometerem resultados iguais aos obtidos com a aplicação de toxina botulínica, isso não é verdade. Primeiramente, não existe nenhum creme com botox em sua formulação. Além disso, os produtos agem superficialmente na pele, melhorando a hidratação e atenuando as rugas mais finas. Já a toxina atua diretamente no músculo responsável pela formação das linhas de expressão. Portanto, os cremes atuam de forma diferente e não são capazes de reproduzir resultados comparáveis aos do botox. 

 

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