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quinta-feira, 2 de março de 2023

Confira regras e novidades do Imposto de Renda 2023


Terão prioridade no recebimento da restituição os contribuintes que usarem o modelo pré-preenchido ou optarem por receber o valor por Pix

 

As regras para a declaração do Imposto de Renda 2023 foram divulgadas pela Receita Federal juntamente com algumas novidades. Neste ano, terão prioridade no recebimento da restituição os contribuintes que usarem o modelo pré-preenchido ou optarem por receber o valor por Pix.

Esses dois casos foram incluídos no grupo prioritário, que por lei é constituído por contribuintes idosos, portadores de deficiência e os que vivem do magistério.

Este ano, a declaração pré-preenchida estará disponível desde a abertura do prazo de entrega da declaração, em 15 de março, e trará informações mais completas, como o saldo das contas bancárias e fundos de investimentos. Para usar o modelo pré-preenchido o contribuinte precisa ter conta no Portal Gov.br nos níveis ouro ou prata.

Outra novidade é que além do próprio contribuinte, agora pode fazer uso da declaração pré-preenchida o procurador pessoa física ou jurídica do contribuinte, via procuração eletrônica. Esse recurso é diferente da procuração eletrônica dada a contadores, que é mais abrangente.


PIX

No caso da opção pela restituição por Pix é necessário que a chave informada seja o CPF do contribuinte. Ao optar pelo Pix, não será necessário informar dados bancários. A informações dos dados bancários pelo cidadão, segundo a Receita, tem grande incidência de erros

No entendimento da Receita, a declaração pré-preenchida e o Pix ajudam a reduzir problemas no preenchimento, por isso o estímulo ao uso dessas opções.


BOLSA DE VALORES

Outra novidade para este ano atinge contribuintes que realizaram operações na Bolsa de Valores. Até então, qualquer valor envolvido em compra e venda de ações no ano anterior precisaria ser declarado, mas agora só é obrigatório declarar valores resultantes da venda de ações cuja soma superou R$ 40 mil ou se o contribuinte obteve lucro com a venda de qualquer ação em 2022.

A expectativa da Receita é receber até 39,5 milhões de declarações até o fim do prazo, em 31 de maio. Em 2022, o fisco recebeu mais de 36 milhões de declarações. As restituições serão pagas em cinco lotes, a partir do dia 31 de maio.

 

PRAZO PARA ENTREGA

O prazo de envio inicia em 15 de março e termina em 31 de maio de 2023.

 

QUEM DEVE DECLARAR

Rendimentos tributáveis - Quem recebeu, no ano-calendário de 2022, rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 28.559,70.

Atividade rural - O produtor rural que obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em 2022. Ou aquele que quer compensar prejuízos da atividade rural de 2022 ou anos anteriores.

Doações – Aquele que efetuou doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos.

Rendimentos isentos – Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.

Ganho de capital – Quem obtive, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Bens e direitos – Aquele que, em 31 de dezembro, acumulou a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00.

Novos residentes – Quem passou à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro.

Imóveis residenciais – Aquele que optou pela isenção do IR incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

 

TIPOS DE DECLARAÇÃO

Completo – Permite fazer deduções, como de dependentes, Previdência, pensão alimentícia, livro caixa, empregado doméstico, entre outros.

Simplificada – Possibilita desconto de 20% dos rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 16.754,34.

 

COMO PREENCHER A DECLARAÇÃO

O preenchimento e a entrega podem ser feitos por meio do Programa Gerador da Declaração relativo ao exercício de 2023, que estará disponível para download no site da Receita Federal, ou por meio do Meu Imposto de Renda, que pode ser acessado pelo site da Receita, pelo Portal e-CAC, ou pelo aplicativo para tablets e celulares

 

RESTITUIÇÃO

As restituições do IR ocorrerão nas seguintes datas:

31/5 – Primeiro lote
30/6 – Segundo lote
31/7 – Terceiro lote
31/8 – Quarto lote
29/9 – Quinto e último lote

 

PARA QUEM PERDER O PRAZO

A declaração depois do prazo deve ser apresentada pela internet, utilizando o PGD IRPF 2023 ou o serviço “Meu Imposto de Renda”, ou em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente.

A multa para quem apresentar a Declaração depois do prazo é de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o Imposto sobre a Renda devido, com valor mínimo de R$ 165,74, e máximo de 20% do Imposto sobre a Renda devido.

 

Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/confira-regras-e-novidades-do-imposto-de-renda-2023

 

Casa dos Raros: Novo centro de referência para os pacientes com doenças raras no Brasil

Espaço começa gradualmente suas atividades a partir de hoje (1º de março), quando passará a receber o registro de interesse de pacientes para consultas


As doenças raras acometem cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, e têm como característica a dificuldade na definição de um diagnóstico. A agilidade nos procedimentos é essencial, pois permite a escolha de tratamentos mais eficazes, diminuindo as chances de sequelas e impedindo a progressão da doença. É importante ressaltar a importância da evolução da medicina genética, uma vez que cerca de 80% das mais de 9.000 condições têm essa origem. 

Nesta terça-feira (28), famílias e associações de raros, profissionais de saúde, autoridades e patrocinadores tiveram a oportunidade de conhecer o novo centro referência para os pacientes com doenças raras no Brasil: a Casa dos Raros. O prédio, que começa gradualmente suas atividades a partir de hoje (1º de março), quando passará a receber o registro de interesse de pacientes para consultas, contará com a parceria da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, nas áreas de medicina diagnóstica, por meio das marcas Exame e Dasa Genômica e de pesquisa clínica. 

O espaço, construído em Porto Alegre, foi idealizado pelo Dr. Roberto Giugliani, Head de Doenças Raras da Dasa Genômica, de junto ao Presidente da Casa Hunter, Antoine Daher. “Estou muito feliz em realizar este sonho ao lado de profissionais e empresas tão renomadas e dedicadas à essa causa à qual também venho dedicando a minha carreira. É um novo e importante momento na minha longa jornada ao lado dos raros”, comemora o Dr. Giugliani.

Para o diretor de genômica e de pesquisa clínica LATAM da Dasa, Gustavo Riedel, estar presente na Casa dos Raros é de suma importância para a empresa. “Vamos colaborar para o diagnóstico precoce dos pacientes com exames genômicos de última geração e para a busca de novos tratamentos para as mais diversas doenças raras, por meio da pesquisa clínica. É uma excelente notícia para todos, principalmente para os pacientes raros e seus familiares”, afirma.


Doenças Raras

O diagnóstico de doenças raras pode levar de 5 a 7 anos para ser definido, fazendo com que os pacientes passem por diversos médicos. “Para encurtar essa jornada, é fundamental que os profissionais ampliem seu conhecimento sobre as possibilidades oferecidas pela genômica para, em caso de suspeita, solicitar os testes adequados para a investigação diagnóstica”, explica Dr. Roberto Giugliani.

Levando em consideração o fato de que o ser humano possui cerca de 23.000 genes e existem pouco mais de 9 mil doenças raras conhecidas, pode-se entender que ainda há muitas condições a se descobrir. No entanto, vale lembrar que o número de médicos geneticistas no Brasil ainda é relativamente pequeno. Por se tratar de uma especialidade nova, conta com pouco mais de 300 especialistas. “Por isso, todos os profissionais da saúde devem ficar atentos para os casos doenças ainda não diagnosticadas. Apesar da dificuldade, o avanço da genômica tem tornado essa agilidade cada vez mais acessível”, diz.

Os exames recomendados para pessoas com sintomas são o de “microarrays”, que permite detectar pequenas alterações nos cromossomos; os painéis NGS, que analisam simultaneamente diversos genes relacionados a um fenótipo definido; e o Exoma, que faz uma pesquisa mais profunda e analisa todos os genes identificados nas regiões codificantes do DNA.

 

BabyGenes: a evolução do Teste do Pezinho

A triagem neonatal é importante porque permite o diagnóstico de doenças raras tratáveis antes mesmo de se manifestarem. Graças aos avanços da genética, o Teste do Pezinho pode ser complementado com o BabyGenes, teste que utiliza o Sequenciamento de Nova Geração (NGS) para avaliar 401 genes e assim acrescentar 390 doenças ao painel detectado pelo Teste do Pezinho tradicional.

Com a o diagnóstico correto é possível interromper ou retardar a progressão de uma doença, melhorar a qualidade de vida do paciente, orientar os familiares e prevenir novos casos. “É a medicina do futuro que vai chegando e ocupando o seu espaço”, conclui o especialista.

O BabyGenes está disponível nas marcas de diagnóstico da Dasa em todo o Brasil, como Alta Diagnósticos, em São Paulo e no Rio de Janeiro, Delboni, Salomão Zoppi e Lavoisier, em São Paulo, Sergio Franco, Lâmina e Bronstein, no Rio de Janeiro, Exame, em Brasília, Leme e Cerpe, no Nordeste, e Frischmann e Santa Luzia, no Sul.
 

Dasa Genômica


Nutricionista lista 10 sinais que o seu corpo dá quando você está exagerando no açúcar

Juliana Vieira também elencou as doenças crônicas que o consumo exagerado do alimento pode causar

 

Ele está no pãozinho consumido no café da manhã, no preparo de bebidas e na maioria das receitas. E é também um dos maiores vilões da saúde: o açúcar refinado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no máximo 10% das calorias diárias devem ser provenientes do consumo de açúcar.  

 

O consumo em excesso pode ocasionar diversos problemas de saúde. De acordo com a nutricionista Juliana Vieira, o açúcar não tem um bom valor nutricional e é bastante calórico. Ela listou os sinais que o corpo dá quando você está com açúcar elevado no sangue.

 

-Micções frequentes;

-Aumento da sensação de sede;

-Aumento da sensação de fome;

-Dores de cabeça;

-Dificuldade de concentração;

-Visão turva;

-Fadiga;

-Prurido;

-Boca seca;

-Oscilação de peso.

 

Juliana pontua que o excesso de açúcar pode acarretar em doenças crônicas como : 

 

1. Problemas circulatórios; excesso de glicose no sangue pode causar a obstrução de vasos e, dessa forma, originar problemas cardiovasculares.

 

2. Dificuldade no processo de cicatrização: A ingestão de açúcar provoca um processo inflamatório dentro das células, o que atrapalha as células e tecidos em processo de cicatrização.

 

3. Diabetes : É caracterizada por um estado de hiperglicemia constante, que se deve em alguns casos, à insuficiente produção de insulina pelo organismo – diabetes tipo 1– ou à insuficiente ação da insulina – diabetes tipo 2 – e frequentemente, à combinação destes dois fatores.

 

4. Problemas renais : Com a glicose alta, os rins ficam sobrecarregados para filtrar o sangue - o que pode ocasionar alguns problemas a longo prazo.

 

A nutricionista faz uma recomendação. "Dê preferência aos adoçantes naturais (como o mel e xilitol) ou até mesmo aos açúcares mascavo e demerara, que são opções mais saudáveis. A vida é mais leve e doce sem açúcar", finaliza.

 

1 em cada 3 crianças está com sobrepeso ou obesidade no Brasil

04/03 - Dia Mundial da Obesidade  

 

 

Além dos fatores genéticos, responsáveis por 70% das causas da obesidade, o estilo de vida da criança influencia - consideravelmente - para o desenvolvimento da obesidade. As telas dos smartphones e o vídeo game, aliados à baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos pelas crianças e a falta de exercícios físicos, contribuem para que a obesidade infantil atinja patamares assustadores.

 

O Brasil está em 5º lugar entre os países com maior número de crianças e adolescentes com obesidade até 2030, segundo o Atlas Global e Obesidade Infantil de 2019. Dados do Ministério da Saúde apontam que uma em cada 3 crianças está com sobrepeso ou obesidade no País.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 340 milhões de crianças e adolescentes - de 5 a 19 anos - apresentam sobrepeso e obesidade. A obesidade infantil já é considerada uma epidemia mundial. (leia aqui).

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a obesidade pode trazer muitas complicações para o desenvolvimento dos ossos, articulações e músculos ainda mais porque a criança está em constante crescimento.

 

“Além dos prejuízos esqueléticos, a criança com obesidade tem um risco maior para ter hipertensão e distúrbios metabólicos. Estendendo a obesidade até a fase adulta, aumentam-se as chances de doenças cardiovasculares”, explica Dra. Lorena.

 

Incentivar atividades com gasto de energia como andar de skate, brincar de pega-pega e andar de bicicleta são brincadeiras que ajudam no combater ao sedentarismo.

“Quanto à alimentação, evitar salgadinhos e excesso de doces É preciso oferecer frutas, folhas verdes, legumes. É uma troca, nem sempre muito bem-vista pela criança, mas que aos poucos faz toda a diferença na qualidade de vida”, exemplifica a endocrinologista.

 

 

Dicas da Dra. Lorena Amato:

 

- A introdução alimentar deve ter início no 6º mês de vida, oferecendo os cinco grupos alimentares (proteína, carboidrato, verduras, legumes e fibras) com variedade de alimentos.

 

- Criança precisa de rotina, inclusive na hora de comer. Horários estabelecidos para as refeições ajudam a diminuir a chance de escapar e comer aquele salgadinho. Evite que a criança consuma excessivamente frituras, doces, fast-food e outros alimentos industrializados.

 

- Respeite a quantidade consumida pela criança. Nada de encher o prato e exigir que ela coma tudo.

 

- Até para beber água é importante ter uma rotina, fique atento a isso. A água pode inibir a vontade de comer. Não beber água, pelo menos, 30 minutos antes das refeições.

 

- Outra estratégia é não comer doces e salgadinhos direto do pacote, coloque em um pote uma quantidade determinada para que não haja exagero.

 

- Deixar frutas à disposição e ao alcance da criança é uma ótima dica para incentivar a alimentação saudável. 

 



Dra. Lorena Lima Amato - especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/



Casos de pedras nos rins crescem em média 30% durante o verão

Médico urologista alerta para importância da hidratação na estação mais quente do ano

 

O verão é a época do ano em que mais é preciso tomar precauções, principalmente quando falamos de saúde de um modo geral, devido às altas temperaturas da estação. Preocupada com os termômetros subindo ano após ano, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) faz um alerta à população sobre os riscos e as maneiras de prevenir a formação de pedras nos rins.

 

Afinal, segundo a última pesquisa feita pela própria SBU, no verão a incidência de pedras nos rins aumenta 30% em comparação com outras épocas do ano. E qual o motivo? O médico urologista Heleno Diegues Paes explica:

 

“Com a temperatura mais quente, as pessoas perdem mais líquido pela transpiração e pela respiração e tendem a ficar com a urina mais amarelada. Esta urina mais concentrada leva a saturação de alguns sais presentes na urina que precipitam para a forma sólida, formando cálculos. Portanto, a desidratação causada pelo calor e pela má hidratação, em pessoas propensas, leva a formação dos cálculos”.

 

Portanto, o que importa é ter uma boa hidratação e, por isso, quem bebe pouca água pode desenvolver cálculos em qualquer temperatura. A associação entre cálculos e as estações do ano pode não ser verdadeira em lugares em que a temperatura é elevada no inverno, como nas regiões Norte e Nordeste. Dr Heleno reforça que pessoas com propensão a formar cálculos devem ter atenção redobrada com a hidratação nas épocas quentes do ano.

 

“A quantidade de líquido irá variar de acordo com o consumo de água pelo corpo, tendo em vista que somente o excedente irá ser eliminado na urina. Atletas, por exemplo, consomem muita água durante a atividade muscular, necessitando de uma hidratação muito maior. Assim como trabalhadores de ambientes quentes como na siderurgia ou na construção civil. Já quem exerce atividades intelectuais em ambiente refrigerado, cerca de 2 a 3 litros seriam suficientes”.

 

O urologista dá ainda, uma boa dica para estar atento e prevenir a formação de pedras nos rins. “Considero a coloração da urina um bom termômetro para saber se a hidratação está adequada. Formadores de cálculo precisam manter a urina próximo ao transparente”.

 

Além da má hidratação, o consumo elevado de sódio, presente no sal de cozinha, dietas hiperproteicas, obesidade e sedentarismo, ácido úrico elevado no sangue, ter infecções urinárias com frequência e pessoas com doenças no aparelho urinário que dificultem o adequado esvaziamento vesical são outros fatores que aumentam o risco de formar esses cálculos.

 

Como a maioria das pessoas portadoras de cálculos é assintomática e só descobre o problema em exames rotineiros ou quando tem uma cólica de rim, é preciso prevenir. Dr. Heleno diz que as melhores maneiras para evitar o problema são manter a boa hidratação, reduzir a ingesta de sódio, ingerir frutas cítricas, manter peso adequado e realizar atividade física rotineiramente.

 

Agora, quem descobrir que está com uma pedra no rim, deverá procurar um especialista para determinar a melhor maneira de resolver o problema. “Existem tipos de tratamento específicos para cada caso”, comenta o urologista. 

“Pode ser apenas com observação para cálculos pequenos, que são passíveis de serem eliminados espontaneamente, pode ser através da litotripsia extracorpórea, onde tenta-se fragmentar o cálculo em fragmentos pequenos para serem eliminados; ou então com cirurgias, onde os cálculos são acessados através de câmeras e fragmentados com auxílio do laser”.

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP.


Diagnóstico e tratamento precoce são fundamentais para evitar dor crônica na coluna

Imagem ilustrativa / Divulgação
Caracterizada pela permanência da dor por um período maior de três meses, a dor crônica persiste mesmo após a resolução da causa original


A dor nas costas é um problema que afeta milhares de pessoas em todo o mundo e pode ter várias causas, como hérnia de disco, estenose espinhal, artrose, entre outras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80% da população adulta terá pelo menos uma crise aguda de dor nas costas ao longo da vida e cerca de 90% dessas pessoas terão recorrências. Porém, muitas vezes a dor pode persistir mesmo após o tratamento adequado dessas condições. Neste caso, a dor se torna crônica, um problema em si, e não um sinal de que há algo errado com o corpo. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), em geral, a população brasileira que se queixa ou sofre de dor é de cerca de 30% e não existe uma política de saúde pública que leve em consideração a questão da dor crônica. 

Para o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antônio Krieger, a dor crônica da coluna é um problema complexo que envolve não só a anatomia, mas também aspectos emocionais e psicológicos.

"A dor crônica é definida como uma dor que dura mais de três meses, mesmo após o tratamento adequado da causa. Isso significa que há uma disfunção no sistema nervoso central que faz com que a dor continue mesmo após a lesão ter sido tratada", explica o médico. 

Além disso, o cirurgião ressalta que a dor crônica da coluna pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente e afetar as atividades diárias, como trabalhar, dormir e se exercitar. O problema também pode levar a distúrbios do sono, ansiedade, depressão e outras condições que podem agravar ainda mais o quadro de dor. 

Segundo a psicóloga especialista em dor, Mariana Mansur, a dor crônica pode ser influenciada por fatores emocionais e psicológicos, como estresse, ansiedade, depressão e até mesmo traumas do passado. 

"Esses fatores podem desencadear uma resposta de dor no sistema nervoso central, o que pode levar a um ciclo vicioso de dor crônica. As técnicas de psicoterapia especializada para a dor, meditação e relaxamento podem ajudar a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente", acrescenta Mariana.

 

Como prevenir a dor crônica?

A prevenção da dor é possível e pode ser alcançada através de uma combinação de fatores, como manter uma boa postura, fazer exercícios físicos regulares para fortalecer os músculos da coluna, manter um peso saudável e evitar hábitos como o tabagismo, que podem prejudicar a saúde da coluna. Segundo Krieger, não negligenciar os sintomas também é importante para evitar a dor crônica.

“Sentir dor não é normal. Nós somos ensinados e induzidos a suportar e conviver com a dor, mas essa não é a melhor recomendação. Quanto antes buscar o diagnóstico e o tratamento adequado do seu problema, as chances de cura serão maiores e o risco do desenvolvimento de uma dor crônica é menor”, explica o cirurgião.

 

Tratamento

Segundo os especialistas, existem várias opções de tratamento para a dor crônica da coluna, que vão desde medicamentos até terapias não invasivas, como acupuntura, fisioterapia e exercícios físicos, e por isso a abordagem multidisciplinar é importante para o tratamento da dor crônica que pode ser acompanhada de outros fatores emocionais como a ansiedade e a depressão. 

“Por isso é importante que o paciente tenha uma equipe de profissionais que trabalhe em conjunto para tratar não só a dor, mas também as questões emocionais envolvidas”, afirma Krieger. “Um acompanhamento psicológico pode ajudar o paciente a lidar com a dor de maneira mais efetiva, reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida”, complementa a psicóloga.


SAÚDE É PREVENÇÃO

SOBED, SBCP e FBG se unem e lançam o Março Azul, campanha nacional de prevenção ao câncer de intestino

 

O câncer de intestino continua ceifando vidas no Brasil e hoje é uma das neoplasias de maior incidência no País, impondo sofrimento a milhares de pacientes e suas famílias todo ano. Embora seja prevenível com exames simples (sangue oculto nas fezes e colonoscopia), a doença segue como desafio relevante para o sistema de saúde. Para reverter seus indicadores, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) uniram esforços e lançam a Campanha Março Azul 2023 para alertar a população de que a doença pode ser prevenida. 

Com o tema Saúde é prevenção: cuide de você, evite o câncer de intestino, a campanha -- que acontece pelo terceiro ano consecutivo --, quer sensibilizar profissionais da saúde, gestores públicos e tomadores de decisão sobre os riscos relacionados a essa doença e a necessidade de se facilitar o acesso ao seu diagnóstico e tratamento precoces para reduzir sua incidência. Essa meta, avaliam, deve unir o sistema de saúde e entidades de especialidades médicas, com foco na qualidade de vida e saúde da população brasileira. 

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 45.630 novos casos de câncer de intestino para o triênio de 2023 a 2025 no país. Se vierem a se confirmar tais projeções, a doença alcançará um contingente superior a 136 mil brasileiros. Segundo o Inca, o risco estimado é de 21,10 casos por 100 mil habitantes: sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres. Os dados mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM do DATASUS, de 2020, mostram que 20.245 pessoas morreram de câncer de colón, reto e ânus. 

“A alta incidência do câncer de intestino segue nos desafiando a conscientizar e proteger a população de uma doença que pode ser prevenida e evitada com exames simples. Essa é uma ação que foca na proteção à saúde e à vida do brasileiro”, afirma o médico Herberth Toledo, presidente da SOBED. “Para nós, o Março Azul traduz a nossa responsabilidade com a população, a nossa missão de contribuir para a qualidade de vida das pessoas”, justifica. Segundo ele, todas as regionais da SOBED estão mobilizadas para disseminar a campanha e conscientizar a população em todo o País. 

“O câncer de intestinoé terceiro tipo de tumor que mais mata no Brasil (excetuando-se o câncer de pele não melanoma), mas felizmente está entre os que podem ser prevenidos. Por meio da colonoscopia, conseguimos localizar e remover os pólipos, que são lesões que podem se transformar em câncer. Se você tem mais de 45 anos, converse com seu médico sobre a colonoscopia”’, orienta Dr. Antônio Lacerda Filho, presidente da SBCP. 

Entre os principais sintomas estão: 

- Alterações do hábito intestinal: diarreia ou constipação de início recente sem resolução espontânea ou com medicação.

- Presença de sangue nas fezes.

- Cólicas abdominais persistentes.

- Dor à defecação e/ou sensação de evacuação incompleta.

- Redução do apetite com ou sem perda de peso.

- Anemia 

"Os sinais e sintomas acima podem vir em conjunto ou isolados e uma parcela dos pacientes pode não apresentar qualquer tipo de sintomatologia nas fases iniciais da doença, o que torna mais importante a utilização de exames diagnósticos como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia para diagnóstico precoce do câncer de intestino, notadamente em indivíduos com mais de 45 anos”, lembra Dr. Sergio Pessoa, presidente da FBG. 

Edição 2023 - O Março Azul está hospedado no site www.marcoazul.org.br, onde podem ser encontrados conteúdos informativos sobre o câncer de intestino, seu diagnóstico e tratamento. A realização da campanha tem o apoio institucional da Associação Médica Brasileira (AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), além da do apoio especial da Associação Brasileira para a Prevenção do Câncer do Intestino (Abrapreci). 

O Março Azul 2023 recebeu ainda o endosso de outras instituições e envolverá entre suas iniciativas a iluminação pública de monumentos em diversos Estados brasileiros, que serão vestidos de azul durante parte ou todo o mês para chamar atenção para o tema e entrar na rotina das pessoas. 

O slogan Saúde é prevenção: cuide de você, evite o câncer de intestino traduz de forma direta a mensagem do Março Azul 2023, levando não apenas esperança, como principalmente consciência para o cidadão. Nos anos de 2021 e 2022 a campanha impactou público estimado em 93 milhões de pessoas em todo o Brasil -- a mobilização de dezenas de artistas, influencers, times de futebol e personalidades do esporte contribuiu para viralizar a campanha por meio de depoimentos na imprensa e nas redes sociais. 

Em 2023, SOBED, SBCP e FBG convidaram um novo grupo de personalidades de diversas áreas de atuação a gravarem mensagens de apoio à iniciativa, potencializando o alerta sobre a importância da prevenção da doença. Uma das ações emblemáticas do Março Azul, os vídeos serão divulgados nos canais das entidades médicas nas redes sociais (@sobednacional, @portaldacoloprocologia e @fbg_gastro) e no perfil oficial da campanha @campanhamarcoazul. 

Em outra esfera, as entidades médicas farão uma nova rodada de diálogo com o Congresso Nacional para concluir a votação do Projeto de Lei 5.024/2019. Aprovado pelo senado Federal com alterações, a proposta que oficializa o Março Azul e inscreve a prevenção ao câncer de intestino no calendário da saúde pública brasileira terá de ser apreciada novamente pela Câmara dos Deputados. Este é um passo decisivo para construir avanços que permitam a redução da incidência da doença, assim como maior sucesso no tratamento dos pacientes. 


Prevenir é essencial -- O câncer de intestino voltou a ganhar destaque no final de 2022 pela inestimável perda de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, e por outras celebridades que anunciaram diagnóstico positivo. 

Hoje, cerca de 85% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada, o que aumenta os custos com o atendimento de saúde -- cirurgias, quimioterapia, radioterapia -- e diminui as chances de cura para um dos tumores malignos mais frequentes e fatais no país. Evitar a doença e, principalmente, aumentar a possibilidade de cura e de sobrevida de seus pacientes exigem diagnóstico e tratamento precoces dessa doença, com impacto positivo não apenas pela preservação de vidas, como também pela redução de custos do sistema de saúde. 

O tumor intestinal está relacionado a fatores de risco como: 

- Histórico familiar de câncer;

- Sobrepeso/obesidade;

- Idade igual ou superior a 45 anos;

- Dieta com excesso de alimentos processados e carne vermelha;

- Tabagismo;

- Ingestão de bebidas alcoólicas em demasia;

- Doenças inflamatórias intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

 

Já a prevenção da doença está muitas vezes associada a hábitos de vida, por isso são recomendados: 

- Praticar exercícios físicos regularmente;

- Manter o peso sob controle;

- Não fumar;

- Não consumir bebidas alcoólicas em excesso;

- Ter uma alimentação rica em verduras, frutas, legumes, farelos e cereais integrais;

- Beber cerca de 2 litros de água por dia;

- Evitar o consumo excessivo de carne vermelha e alimentos ultraprocessados e embutidos como salsicha, peito de peru, linguiça, salame e presunto.

 

Saiba mais sobre a campanha em www.marcoazul.org.br/


A Inteligência Artificial e os avanços em saúde ocular


A Inteligência Artificial (AI) tem evoluído de forma considerável nos últimos anos. Atualmente, já podemos encontrar a AI sendo aplicada em praticamente todos os setores da economia, impactando o consumidor final de diversas formas. Na área da saúde não é diferente: a tecnologia já é capaz de gerenciar dados de pacientes, auxiliar no diagnóstico e tratar doenças com mais precisão e agilidade, assistir na realização de cirurgias, entre muitos outros usos. 

A utilização da tecnologia na saúde apresentou um salto ainda maior desde o início da pandemia de Covid-19, quando diversas empresas reinventaram seus processos, passando a atuar de maneira digital. Segundo o Mapeamento Healthtech 2022, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e pela consultoria Deloitte, o setor está em crescimento constante desde 2019, com novas healthtechs sendo criadas e diferentes tecnologias lançadas no mercado. Para se ter uma ideia, o estudo apontou que os investimentos nas startups de saúde mais do que dobraram desde 2017, atingindo 1,5 bilhão de dólares em 2020.  

Um dos setores de maior evolução nesse segmento é o oftalmológico, com a implementação de novos procedimentos e tratamentos, acompanhando os avanços da tecnologia. Nos últimos anos, a indústria criou e lançou técnicas envolvendo luzes terapêuticas, terapia genética e tratamentos combinados capazes de mitigar os efeitos de doenças como câncer, cegueira, degeneração macular, catarata e glaucoma. Recentemente, um estudo teve grande repercussão ao utilizar colágeno de porco para restaurar a visão de pessoas cegas, acometidas por uma doença degenerativa conhecida como ceratocone. Outra novidade mais recente é a lente de contato capaz de tratar diferentes doenças oculares com o uso de microagulhas, tão pequenas que não causam desconforto ou irritação aos olhos do usuário. O projeto, ainda em fase de testes, tem grande potencial para revolucionar a indústria óptica nos próximos anos. 

Para além da Medicina em si, a Inteligência Artificial também já vem se fazendo presente no varejo óptico, com diferentes players procurando reinventar seus processos, adaptando o modelo tradicional de atendimento e passando a atuar por meio de canais diversos. Dessa forma, a interação em tempo real via aplicativos de mensagens, chats com humanos, chatbots e assistentes de voz virou uma tendência no setor. A evolução tecnológica também é notável no desenvolvimento de novos produtos e materiais, que proporcionem mais qualidade de vida às pessoas com diferentes distúrbios oculares, sobretudo àquelas com casos complexos e que demandam mais cuidados. Para quem possui alguma ametropia – miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia – e faz o uso contínuo de óculos, o mercado já desenvolveu soluções como lentes ultrafinas capazes de minimizar a distorção causada pelas lentes aos olhos do usuário, como o conhecido efeito “fundo de garrafa”, além de novidades no setor de armações, com tecnologia capaz de analisar o formato do rosto do usuário e indicar as melhores opções individuais, além de materiais mais resistentes e duráveis. 

No cenário tecnológico mundial, novas descobertas envolvendo a IA surgem a cada dia, de modo que este tema é uma das grandes apostas do mercado para o ano de 2023. De acordo com um estudo recente, encomendado pela Microsoft, até 2030, a IA deve impactar um crescimento de 4,2% no PIB brasileiro. Outras pesquisas, como a realizada pela consultoria PWC, indicam que essa tecnologia deve contribuir com cerca de US$16 trilhões para a economia mundial até o mesmo ano. Um exemplo prático que vem impactando o mercado é o recém-lançado ChatGPT, modelo generativo de IA em linguagem natural, criado para responder  a perguntas e gerar textos de forma coerente e autônoma. E não deve demorar muito para que novas ferramentas similares sejam integradas aos cuidados com a saúde ocular, na área clínica ou no varejo.

Ainda para este ano, outras tecnologias estão no radar de instituições de saúde, como: o uso de dados em seus processos – integrando informações de pacientes e facilitando a gestão do tratamento –; a ampliação do 5G; a evolução da Internet das Coisas (IoT); e a melhoria de ofertas para atendimento e tratamento remoto. Com isso, é possível perceber que, apesar da indústria e do varejo de saúde focados no segmento de oftalmologia ainda não estarem 100% digitalizados, o mercado vem apresentando continuamente novas soluções, que devem ser encaradas com seriedade e utilizadas a fim de proporcionar acesso à saúde e mais qualidade de vida a todos.  

 

Makoto Ikegame - CEO e fundador da Lenscope

Saiba quais são as infecções ginecológicas mais comuns no verão e confira dicas para evitá-las


Convite ao lazer, o verão é sinônimo de água, calor e umidade. Além de favorecer momentos de descontração ao ar livre, a estação requer da população feminina um cuidado mais atento à saúde íntima. O clima típico desta época do ano acaba abafando mais a região da vulva e vagina, favorecendo o aparecimento de infecções e incômodos.

“É bastante comum as mulheres confundirem sintomas e se automedicarem, o que não resolve o problema. No caso de uma condição causada por bactérias, isso pode deixá-la mais resistente. Por isso, o melhor a fazer ao menor sinal de desconforto é procurar um médico, que vai indicar o exame necessário para que o tratamento seja feito adequadamente, como cultura de secreção vaginal e vulvoscopia, que detecta alterações epiteliais na região da vulva e vagina”, afirma Dra. Raquel Coelho, ginecologista e Coordenadora Médica do CDB, marca de laboratórios do Grupo Alliar em São Paulo. Confira abaixo os problemas ginecológicos mais comuns nesta época do ano:


Candidíase: 

Este corrimento anormal é causado pelo fungo Candida, que faz parte dos micro-organismos do corpo humano. Quando há baixa imunidade, estresse, uso excessivo de antibióticos, ele pode se multiplicar excessivamente. A candidíase apresenta corrimento espesso, esbranquiçado e sem cheiro forte. Os principais sintomas são coceira, ardência na vulva, dor ao urinar e durante o ato sexual. “Ambientes abafados e úmidos também favorecem o aparecimento da doença. Por isso, é indicado que não se fique com roupas de banho molhadas por muito tempo”, alerta Dra. Raquel.


Vaginose bacteriana:

Com origem no desequilíbrio da flora vaginal, a vaginose bacteriana se manifesta com corrimento fino, acinzentado e com odor forte e desagradável. Ela aparece quando cai o número de lactobacillus, as bactérias ‘boas’, e aumenta a quantidade das aeróbicas, bacilos ‘ruins’. “Dor ao urinar, coceira na vulva e dor na relação sexual também são sintomas da vaginose bacteriana. Para evitar a doença, não faça duchas vaginais, não use roupas justas e de material sintético e durma sem calcinha para que a vagina ‘respire’”, indica a médica.


Tricomoníase:

Sexualmente transmissível, a enfermidade é provocada por um protozoário que causa vaginite, acompanhada por corrimento fino, amarelo-esverdeado, odor desagradável, dor ao urinar, irritação da vulva e sangramento e/ou dor durante o ato sexual. “Aqui a questão essencial é utilizar camisinha em todas as relações sexuais”, finalizada Dra. Raquel.


Região íntima saudável durante o ano todo

Dr.ª Raquel salienta que, para que a saúde e o bem-estar íntimo da mulher se mantenha durante o ano todo, são necessários alguns cuidados simples, como usar camisinha em todas as relações sexuais, lavar as roupas íntimas com água e sabão neutros, secá-las ao ar livre e passá-las com ferro quente. “Fazer a higiene íntima adequada depois de ir ao banheiro ou ato sexual é também essencial, assim como trocar o absorvente com regularidade durante a menstruação”, aponta.

Segundo a médica, toda mulher deve visitar o ginecologista pelo menos uma vez por ano e realizar exames de rotina, como ultrassonografia transvaginal e das mamas, mamografia (dependendo da faixa etária), além do papanicolau (também conhecido como preventivo) e colposcopia e vulvoscopia com as análises de biópsia das células do colo do útero, caso necessário.


 Grupo Alliar


Sobrepeso, ansiedade e as famosas “canetas para emagrecer”

Com a proximidade do Dia Mundial da Obesidade, a nutróloga Dra. Esthela Oliveira explica relação entre estado emocional e ganho de peso, além de fazer alerta sobre uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento


 Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1 bilhão de pessoas já sofrem com o sobrepeso em todo o globo, número que se intensificou durante a pandemia do Covid-19. Estima-se que até 2025, ao menos 20% da população brasileira adulta esteja obesa. Segunda a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira este cenário se dá especialmente pelos altos níveis de estresse a que fomos submetidos após o surto de COVID-19.


“Desde que a pandemia começou diversos estudos mostraram o aumento de casos de depressão, ansiedade e burnout, condições totalmente relacionadas ao estresse excessivo. A questão é que junto com elas vem as mudanças no estilo de vida e na alimentação, induzindo a um maior consumo calórico e compulsão alimentar que favorecem o sobrepeso e ao sedentarismo, que dificulta a perda de peso”, analisa a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira.


Em paralelo a esse cenário, estamos vendo um verdadeiro boom de medicamentos como o Ozempic e o Wegovy, as famosas “canetas para emagrecer”, tão populares entre celebridades internacionais, quanto entre mulheres comuns, determinadas a buscar o peso ideal. Mas, ainda há muita polêmica em torno dos prós e contras do chamado “emagrecimento químico”.


Em um Brasil onde 96 milhões de adultos estão em condições de sobrepeso, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, assim como, cerca de 6,4 milhões de crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de 2021, a liberação para comercialização do remédio nas farmácias nacionais, chega como uma forma segura e eficaz de combater essa comorbidade, a partir dos 12 anos de idade, claro, desde que prescrita e acompanhada por um médico especialista, unida a um plano alimentar adequado, exercícios físicos regulares e uma mudança no estilo de vida, que também engloba aspectos emocionais.

A nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira, alerta sobre o uso indiscriminado da medicação sem prescrição adequada. “Esses medicamentos com semaglutida, indicados para tratamento da Diabetes tipo 2 costumam ser prescritos off label para tratamento da obesidade e sobrepeso, o Wegov, por isso não precisam de receita médica controlada para a comercialização. Esse fácil acesso pode levar ao uso inadequado e banalizado do medicamento, visto que também há um aumento nos distúrbios alimentares e de autoimagem nos últimos anos”, alerta.

Para falar mais sobre este novo medicamento, seus benefícios e indicações à saúde, a diferença entre o Ozempic e o Wegovy, além das consequências da sua liberação numa sociedade em busca de um padrão de beleza inalcançável, a Dra. Esthela Oliveira está super disponível para entrevistas.



Dra. Esthela Oliveira |@sideclinic | @draesthelaoliveira - Médica do esporte (RQE 76855), pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Albert Einstein, conexão mente-corpo (Harvard). CEO and Founder da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.


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