Pesquisar no Blog

sexta-feira, 3 de março de 2023

Obesidade: dor causa círculo vicioso de limitações que prejudicam perda de peso

Excesso de peso pode causar problemas de coluna e pressão alta

 

“Perdi três anos com as limitações causadas pela dor. Não podia ir ao parque porque não conseguia caminhar muito nem ir ao cinema, pois era incômodo ficar muito tempo sentada. Agora estou recuperando o tempo perdido”, conta a professora Anna Wisoczynski, 41 anos. O motivo da dor era uma hérnia de disco volumosa, que foi agravada por uma vida de sobrepeso. Com os quilos a mais vieram problemas de saúde como pressão alta e a piora da endometriose e hipotireoidismo. 

A professora soube da hérnia de disco no fim de 2019, depois de uma viagem. Começou tratamento com ortopedista, descobriu a necessidade da cirurgia para correção, mas a pandemia da covid-19 dificultou o tratamento, o que fez com que ela ficasse apenas com os remédios nos momentos de crise. Três anos depois, já não conseguia fazer atividades rotineiras, como arrumar a cama ou até mesmo trabalhar. Voltou a procurar um especialista e os exames mostraram que a hérnia já havia dobrado de tamanho. 


Cirurgia minimamente invasiva e reabilitação

O ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Antonio Krieger, explica que, embora a causa da hérnia de disco seja genética, o sobrepeso é um fator agravante porque aumenta a carga em cima do disco, que já tem uma predisposição para o desgaste. “Pela obesidade, a Anna não conseguia fazer uma reabilitação adequada com fisioterapia e exercícios, porque as dores causavam limitações e isso cria um círculo vicioso. Ela já não tinha qualidade de vida, perdeu o controle da urina e não conseguia ficar muito tempo em pé”, conta Krieger. 

Para remover a hérnia, a professora passou por uma cirurgia minimamente invasiva chamada vídeo-endoscopia, em que é feito apenas um único furo no paciente. “A cirurgia demorou cerca de 40 minutos, entrei com dor no centro cirúrgico e saí andando sem nenhum incômodo. No início, até achava que era devido à anestesia, mas já nos primeiros dias vi que estava sem nenhuma dor para sentar-se, andar e fazer pequenas atividades”, relembra a professora. “A cirurgia melhorou minha saúde física e mental. Hoje já caminho no parque, vou ao cinema e levo uma vida normal. E estou com meu currículo pronto para voltar a dar aulas, que antes não conseguia devido à dor”, afirma. 


Dia da Audição: Data alerta para cuidados preventivos e a importância de tecnologias assistivas

87% da população nacional que possui deficiência auditiva, não faz uso de tecnologias assistivas pela dificuldade de adaptação

 

Desde 2007, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mobiliza anualmente seu Escritório de Prevenção da Cegueira e Surdez para promover um debate mundial focado em compartilhar informações e promover ações de prevenção à perda auditiva e de promoção dos cuidados auditivos. Com base nesta iniciativa, o dia 03 de março ficou marcado como o Dia Mundial da Audição data que, este ano, tem como tema “Cuidados com o ouvido e audição para todos”. A data torna-se ainda mais importante diante da previsão feita pela OMS de que até 2050 o mundo poderá registrar 2,5 bilhões de pessoas surdas. 

Dados levantados pelo Instituto Locomotiva revelam ainda que apenas 9% das pessoas com deficiência auditiva nasceram com essa condição, e 91% adquiriram ao longo da vida, sendo que a metade destes indivíduos começou a ter problemas antes dos 50 anos. Diante deste cenário, é importante saber como cuidar da audição para prevenir a surdez, ou então, prevenir seu agravamento. 

Os cuidados começam no dia a dia, evitando a exposição prolongada a estímulos sonoros que ultrapassem o limite de segurança de 85 decibéis estipulado pela OMS. Para se ter uma base comparativa, o som de uma britadeira, ou de uma motocicleta, por exemplo, atinge 100 decibéis. O momento da higienização, inclusive, precisa de atenção, visto que as hastes flexíveis podem apresentar um risco para a audição por contaminação ou até perfuração dos tímpanos. 

Manter um acompanhamento médico para verificação da saúde em geral e também focada na audição é imprescindível para o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Isto porque até doenças como meningite, sarampo, caxumba e infecções crônicas no ouvido podem causar perda auditiva.  E segundo a OMS, uma pessoa sem problemas auditivos consegue ouvir sons de 25 decibéis ou mais baixos. Quando diagnosticada a perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos pode ser um aliado na prevenção do agravamento do problema. 

Porém,  o início da utilização de aparelhos auditivos é um processo que leva mais tempo e exige mais etapas do que só adquirir um dispositivo com configurações padronizadas e passar a colocá-lo na orelha, como prega o senso-comum. Antes de começar a utilizar esta tecnologia assistiva diariamente, é preciso que o paciente passe por cinco etapas determinantes para o sucesso de sua adaptação. 

Neste texto, você confere quais são essas etapas, além de dicas de quem mais entende do assunto, a fonoaudióloga e audiologista Luciene Machado, que atua na rede Audição de TODOS e destaca: “óculos são dispositivos que, assim como aparelhos auditivos, ajudam a amenizar os efeitos da perda de um sentido. Se os óculos são tão difundidos, como podemos verificar hoje em dia,  por que com os aparelhos seria diferente?”.

 

Fase 01: Audiometria de alta precisão

Todos aqueles que sentem que estão passando por um processo de perda auditiva e decidem buscar ajuda, precisam procurar um profissional da área, seja ele audiologista, fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista, capaz de realizar um exame chamado de “Audiometria”. Na Audiometria, o profissional identifica o grau da perda auditiva, traça as particularidades dessa perda e indica o tipo de aparelho correto para que o paciente possa voltar a escutar.

 

Fase 02: Personalização do aparelho

Depois que o paciente estiver com o aparelho indicado em mãos, faz-se necessária ainda a personalização de como as ondas sonoras serão captadas pelo dispositivo, tendo em vista que o processo de perda auditiva possui caráter único e individual, de modo semelhante a impressões digitais, e por isso, cada aparelho precisa de uma configuração particular e minuciosa. 

 

Fase 03: Acompanhamento e limpeza frequentes

O cumprimento das duas primeiras etapas elencadas prepara o paciente para dar início ao uso dos aparelhos diariamente. No entanto, a fonoaudióloga e audiologista Luciene Machado ressalta a importância de que o paciente mantenha um acompanhamento  frequente com profissionais capacitados, para que o aparelho seja calibrado da forma mais apurada possível e passe por um processo de limpeza periódico que contribui para o aumento da vida útil do dispositivo. 

Preços altos e a demora no atendimento, no entanto, muitas vezes afugentam aqueles que precisam passar por estas três fases, fazendo com que eles frequentemente optem por alternativas com configurações padronizadas que são comercializadas em e-commerces por preços mais baixos. Em grande parte dos casos, no entanto, os aparelhos padronizados não vão resolver os problemas dos pacientes, mas sim fazer com que eles passem a integrar uma parcela de 87% da população brasileira que está consciente sobre sua perda auditiva, porém não quer fazer uso do aparelho, devido à dificuldade de adaptação. 

De acordo com a fonoaudióloga e audiologista Luciene Machado, que atua na rede Audição de TODOS, a compra de produtos sem fiscalização, além de não possuir qualquer garantia de funcionamento, também pode representar um risco à saúde auditiva do usuário. “Todo e qualquer aparelho auditivo vendido por revendas autorizadas são fiscalizados pelo Conselho Regional de Fonoaudiologia, bem como é exigido o acompanhamento do paciente pelo profissional fonoaudiólogo. Além disso, todos os aparelhos auditivos comercializados no Brasil devem ser aprovados pelo Inmetro e pela Anvisa, de modo que sejam seguros e confiáveis”, pontua Luciene. 

Atenta à situação de rivalização entre os preços acessíveis e a qualidade, no mercado nacional, a Audição de TODOS, se lançou neste segmento oferecendo preços até 50% abaixo do que a média praticada no Brasil e opções de parcelamento, além de audiometria e personalização gratuitas, o que garante um recurso totalmente seguro e eficaz por um preço tão competitivo como os sem fiscalização. Inaugurada em 2022, a Audição de TODOS atua com a venda de aparelhos com qualidade aprovada pelo Inmetro e pela Anvisa, além do suporte oferecido aos pacientes, através de consultas com agendamento flexível, realizadas por profissionais especializados em saúde auditiva.


Saúde da mulher: 4 bilhões de motivos para investir na saúde delas

 

Em novembro de 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que atingimos a inacreditável cifra de 8 bilhões de habitantes. O número é impressionante e reflete as melhorias na saúde, nutrição, higiene e avanços na medicina que permitiram um aumento notável na longevidade humana, mas que infelizmente ainda não estão disponíveis para todos. Apesar de algumas colocações alarmistas de superpopulação, na verdade, a taxa de crescimento populacional está diminuindo à medida que as taxas de fertilidade decrescem em muitas áreas do mundo, em consequência das mudanças sociais e econômicas.

Dados recentes revelam que, à medida que as mulheres buscam mais educação e têm acesso ao planejamento reprodutivo, acabam por adiar a gestação e, quando decidem engravidar, o número de filhos é reduzido. A queda de natalidade é uma questão que afeta inúmeros países e resulta na desaceleração do crescimento populacional mesmo naqueles mais populosos, como China e Índia. Segundo o IBGE, em 2022 a taxa era de 1,65 nascimentos por mulher. A realidade não é muito diferente nos demais países da América Latina e Europa, por exemplo.

O impacto esperado na economia, na sociedade e em nosso modo de vida como um todo deve ser tremendo à medida que a população envelhece e as taxas de fertilidade diminuem. Em contrapartida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que a infertilidade é um problema de saúde mundial que acomete entre 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas no mundo, o que representa 15% da população total do planeta.  Uma parcela significativa dessas pessoas infelizmente permanece sem acesso ao diagnóstico e tratamento adequados. Além disso, o adiamento da maternidade, uma tendência registrada em todos os cantos do globo, promete agravar a situação, já que há uma queda significativa da fertilidade feminina após os 35 anos de idade. Portanto, a necessidade de se concentrar em fornecer cuidados reprodutivos adequados para todos não pode ser subestimada.

Pelo exposto acima, fica claro que muito do nosso futuro depende da saúde e das decisões tomadas pelas quase quatro bilhões de mulheres que povoam nosso planeta. Segundo o Banco Mundial, 49,7% da população mundial é feminina e compreende a maioria dos habitantes em grande parte dos países, exceto na Índia e na China, onde os homens superam em muito as mulheres.

Quando se consideram os grupos etários, a proporção entre homens e mulheres é mais elevada entre os 15 e os 19 anos, mas, acima dos 50 anos, as mulheres ultrapassam os homens. O papel da força de trabalho feminina é extremamente importante e, sem sombra de dúvida, impulsiona o crescimento econômico.

Apesar desses números, as mulheres continuam negligenciadas quando se trata de ciência e pesquisa. Mesmo em países como os Estados Unidos, onde as mulheres representam mais de 50% da força de trabalho, controlam 60% da riqueza produzida no país e são responsáveis por 85% das decisões de consumo, a situação é preocupante.

Não há dúvidas sobre os impactos de gênero na saúde e na doença e, portanto, estudos que considerem tais diferenças são urgentemente necessários. Há pesquisas que mostram respostas diferentes à uma droga para o tratamento da hipertensão, enquanto outros revelam o efeito dos hormônios ovarianos sobre a imunidade, por exemplo. Além disso, a maioria dos estudos clínicos que são fundamentais para identificar novos tratamentos inclui uma minoria de mulheres. Por outro lado, os investimentos na saúde da mulher permanecem baixos, compreendendo menos de 2% dos atuais projetos da indústria farmacêutica.

Condições femininas benignas como endometriose, miomas, sangramento uterino anormal ou menopausa recebem pouca atenção, apesar do enorme efeito adverso que podem ter na qualidade de vida das mulheres e de suas famílias caso não sejam tratadas adequadamente. Ciente dos números e preocupada com a questão, a OMS estabeleceu seis prioridades para a saúde da mulher que incluem a saúde sexual e reprodutiva para todos, bem como a redução de doenças não transmissíveis.

O conceito de saúde da mulher, entretanto, deve abranger não apenas a saúde sexual e reprodutiva, mas também um espectro mais amplo que inclua a saúde mental, materna e menstrual, bem como a prevenção do câncer e das doenças crônicas, como obesidade. Esforços para reduzir a desigualdade de gênero na saúde e mudar esse cenário devem ser uma prioridade na agenda dos governos, universidades, entidades médicas e demais organizações da sociedade civil, pois os investimentos na saúde da mulher retornarão em termos de melhoria da qualidade de vida e saúde, além de crescimento econômico, o que traz benefícios para todos. A saúde das gerações futuras também pode estar em risco quando a saúde feminina é negligenciada. Como o ambiente intrauterino é um fator vital na definição da saúde futura do indivíduo, cuidar da saúde da mulher principalmente durante o período pré-concepcional é de suma importância.

O Dia 8 de Março foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Mulher, data para homenagear mundialmente todas as conquistas incríveis que as mulheres alcançaram e chamar atenção para as muitas batalhas que ainda permanecem. Em meio a homenagens, desfiles e discursos inflamados, o tempo urge enquanto milhões adoecem e padecem sem o devido cuidado. Embora não haja dúvida de que houve avanços que devem ser comemorados, já passou da hora de realmente oferecer a toda e qualquer mulher o cuidado e o respeito que todas merecem.

 

Márcia Mendonça Carneiro - Diretora científica da clínica Origen BH e professora titular do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFMG

 

Especialista esclarece as principais dúvidas em relação ao ProUni

Neste ano, o processo seletivo vai até 03 de março, inscrições podem ser feitas pelo site

 

O Programa Universidade para Todos, popularmente conhecido como ProUni, um dos processos que seleciona estudantes para instituições particulares oferecendo bolsas de estudo, integral e parcial (50% da mensalidade), gera uma série de dúvidas nos estudantes, porque para ser beneficiado é necessário atender a critérios de triagem.  

Paulo Victor Scherrer, diretor de Growth na Gama Ensino e professor de Biologia na  Gama Pré-Vestibular, curso preparatório, com aulas online ao vivo, esclarece as dúvidas mais comuns em relação ao processo seletivo. 


  1. Quem pode se inscrever

Podem se inscrever pessoas que estudaram em escolas públicas e em escolas particulares, de acordo com a ordem de prioridade definida pelo programa. Veja abaixo: 

I - professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia destinados à formação do magistério da educação básica, se for o caso e se houver inscritos nessa situação;

II - estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em escola da rede pública;

III - estudante que tenha cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;

IV - estudante que tenha cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista;

V - estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição; e

VI - estudante que tenha cursado o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista.


  1. Critérios de seleção para bolsas

O ProUni oferece dois tipos de bolsas: integral e parcial (50% da mensalidade) e possui um critério de renda. Para concorrer a bolsas de 100%, o candidato deve ter uma renda familiar de no máximo 1.5 salário mínimo por pessoa. Já para aplicar para bolsas de 50%, a pessoa deve ter uma renda familiar de até três salários por integrante da residência. 


  1. Pode participar do prouni sendo participante do SiSU

Para aplicar para o ProUni, o interessado precisa ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2021 ou 2022. Participantes do SiSU podem participar dos dois processos, mas não podem manter as duas matrículas ao mesmo tempo. Caso a pessoa já tenha se matriculado em uma Universidade pelo SiSU, precisa cancelar a inscrição antes de se matricular na instituição vinculada ao ProUni.

De acordo com Paulo Victor Scherrer, é importante que o candidato tenha segurança de qual curso vai aplicar para concorrer a bolsa. “É uma possibilidade que amplia o acesso a universidades no país, então é fundamental que a pessoa esteja ciente de todas as normas de inscrição”, aponta.

O programa é destinado a candidatos brasileiros sem diploma de curso superior, que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022 ou 2021, com no mínimo 450 pontos na média das notas e nota na redação que não seja zero. As inscrições serão feitas em uma etapa apenas pelo site. Serão requisitados o CPF, o número de inscrição no Enem do ano anterior e a senha cadastrada no site do Enem.

 

 

Gama Pré-Vestibular  

gamaprevest.com 

 

Quais são os direitos dos trabalhadores com Síndrome de Burnout?

Pixabay
Doença ocupacional faz parte da Classificação Internacional das Doenças (CID) e dá direito ao afastamento de 15 dias, garantia de salário e estabilidade

 

Ultimamente, muito tem se falado sobre a Síndrome de Burnout, doença conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional. A enfermidade é, que é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como, médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros, trata-se um distúrbio emocional marcado por uma intensa exaustão, por isso, foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.

De acordo com o advogado trabalhista André Leonardo Couto, que é especialista em Direito do Trabalho e gestor do escritório ALC Advogados, é preciso deixar claro que os trabalhadores diagnosticados com a enfermidade têm direitos que devem ser respeitados. "Conforme aponta a OMS, a síndrome é o resultado do estresse crônico no trabalho. Sobrecargas de tarefas e funções potencializam a condição, que pode gerar esgotamento físico e mental. Comprovado o diagnóstico, o trabalhador deve apresentar na empresa um atestado médico que garante a ele, no mínimo, 15 dias de afastamento. Ele não pode sofrer prejuízos em sua remuneração, assim, a empresa arca com o salário nesse período. No entanto, se o tratamento for maior do que esse tempo, a partir do 16° dia, a responsabilidade pela remuneração passa a ser do INSS, através do benefício auxílio-doença, constatado pela perícia médica. Com isso, ele terá estabilidade em seu trabalho e ao retornar às atividades, não poderá ser demitido por um período de 12 meses", elucida.


Aposentadoria por invalidez

André Leonardo Couto lembra que, se mesmo com o afastamento do trabalho, via INSS, a síndrome se manter, poderá ser concedido ao trabalhador o direito à aposentadoria. “Falamos de uma doença séria e que, em alguns casos mais graves, o trabalhador pode ficar impossibilitado de voltar ao emprego de forma definitiva, podendo solicitar a aposentadoria por invalidez. Mas para isso, a pessoa deve apresentar um laudo médico informando que a incapacidade de retomar as atividades profissionais é definitiva junto ao INSS e, constatada a incapacidade permanente em perícia, o trabalhador será aposentado. Mas para ter o direito à aposentadoria é necessário que o trabalhador tenha contribuído por no mínimo 12 meses, sendo este o período denominado, popularmente como carência", salienta.


Cabe processo?

O especialista lembra que, se a empresa ignorar, em todas as hipóteses, a situação do trabalhador, o empregado poderá acionar a justiça para pedir indenização. "É bom registrar tudo o que acontece, ou seja, provas do que a levaram ao burnout. Atestados médicos originais, registro de denúncias e exigir que a empresa emita a CAT, caso venha a se afastar pelo INSS. Se a empresa não cumprir o seu papel ou ignorar a doença, os gestores devem se lembrar que três motivos podem gerar processo na justiça, com possível indenização por dano moral: ter a síndrome de burnout, ter adoecido em razão do trabalho e por fim, culpa da empresa no adoecimento. Além disso, o trabalhador pode pedir também indenização material, por gastos médicos com remédios e outros itens relacionados ao tratamento", conclui.

 

ALC Advogados
Instagram @alcescritorio
www.instagram.com/alcescritorio
https://andrecoutoadv.com.br/


O marketing por trás do Dia Internacional da Mulher

Shutterstock

Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito civil e digital, exemplifica em artigo cenário atual sobre o gênero feminino no país e no mundo

 

Nos aproximamos do dia 8 de março, data em que se celebra mundialmente o Dia Internacional da Mulher. Neste dia, nossas mídias tradicionais e sociais ficam lotadas de homenagens e elogios a todas as mulheres, mas sabemos das dificuldades enfrentadas globalmente pelo gênero feminino.

Em países árabes o papel da mulher ainda é de inferioridade em relação ao homem, isso sem contar que outras opções de gênero sequer são aceitas. Mulheres somente podem viajar se autorizadas por seus maridos e conta-se como grande vitória terem sido recentemente autorizadas a dirigir automóveis ou ir a um estádio de futebol, mediante certas regras restritivas, obviamente.

No regime talibã, atualmente no poder no Afeganistão, a mulher deve estar sempre coberta e em qualquer infração às normas impostas, estará sujeita a penalidades inclusive físicas, como chicotadas em público. No mundo ocidental, felizmente, as condições não são medievais, mas estão longe de proporcionar uma igualdade entre homens e mulheres.

De acordo com relatório da Bloomberg para 2023 apenas 8% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres nas companhias de capital aberto. E nos cargos de gestão sênior (gerências ou diretorias) a participação feminina é de 30%, enquanto nos cargos de gestão média a participação é de 38%. O Brasil encontra-se dentro da média mundial com a participação de 37,4% de mulheres em cargos de liderança (sênior e média) de acordo com levantamento efetuado pela Fundacred.

Ocupamos a 78ª posição no ranking que mede a igualdade de gênero em 144 países, de acordo com o índice de gênero ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) desenvolvido pela Equal Measures 2030, um relatório global apresentado na ONU (Organização das Nações Unidas).

Em contrapartida ao cenário, no Dia Internacional da Mulher, o marketing das empresas sempre diz que operam em condições igualitárias, inclusivas e que estimulam a diversidade. Mesmo as companhias que patrocinam eventos em países que discriminam as mulheres (como foi na Copa do Mundo), dizem atuar com igualdade entre os gêneros, ainda que se em seus Conselhos de Administração a participação feminina seja minoritária.  Entretanto, difundir a ideia de igualdade, ainda que insuficiente, auxilia na formação de uma cultura igualitária, tem seu aspecto positivo.

Só não podemos deixar de mencionar, além da desigualdade, a violência física e psicológica que as mulheres sofrem, a violência doméstica, violência das ruas e tantas outras. Temos alguns fatos emblemáticos em 2023, como a prisão de Daniel Alves, acusado de estupro e que aguardará o julgamento detido, ao contrário de Robinho, condenado em definitivo na Itália por estupro e que permanece em liberdade no Brasil. São casos que ganharam repercussão pelo fato do agressor ser famoso, mas são milhares de casos que ocorrem todos os anos por todo o país.

E temos a violência processual que atinge atualmente a apresentadora Titi Muller, proibida judicialmente de falar do seu ex-marido, Tomás Bertoni, nas mídias sociais em um caso de aparente censura prévia judicial. Titi separou-se após sofrer violência física e psicológica e vinha se manifestando, debatendo a participação de pais separados na criação dos filhos, mas entendeu-se a princípio que suas postagens seriam ofensivas ao ex-marido (o processo está em sigilo e, portanto, as informações não são conclusivas).

Mas o fato de uma mulher conhecida publicamente, que possui articulação e opinião, além de independência financeira, estar sendo calada, deve ser motivo de profunda reflexão. Se uma mulher nessas condições não pode expor suas opiniões nas redes sociais, imagine-se a que condições estão submetidas mulheres que não possuem recursos financeiros e meios de expor suas opiniões e angústias. 

Que possamos mudar o mais rápido possível essa realidade e que no próximo ano os dados sobre as condições de igualdade demonstrem um avanço. E que, por mais que seja um clichê, que todos os dias sejam da mulher.

 

Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor da obra “Justiça sem Limites”. Instagram: @franciscogomesadv

 

Comunidades no Whatsapp podem bombar as vendas do seu negócio: veja como funciona e crie a sua

A novidade traz a possibilidade de reunir grupos com interesses semelhantes, somando mais de 50 mil pessoas impactadas com as mensagens

 

Criadas com objetivo de reunir vários grupos em um mesmo ambiente, as comunidades do Whatsapp chegaram ao Brasil recentemente, em janeiro de 2023. O recurso, já disponível em aparelhos IOS e Android, e se apresenta como uma excelente ferramenta para os micro e pequenos negócios estreitarem o relacionamento com os clientes.  

De acordo com a analista de Mercado e Transformação Digital do Sebrae Janaína Camilo, o grande destaque desse novo recurso é a possibilidade de escalar o alcance das comunicações e aumentar o número de vendas fechadas. “A comunidade Whatsapp é a evolução dos grupos tão utilizados por todos nós, com acréscimo de uma estratégia em sua organização. Os participantes recebem avisos enviados a comunidade como um todo, e nos grupos se trata e discute sobre o que foi comunicado. Pesquisa recente do Sebrae, mostra que 84% dos clientes de vendas online usam o Whatsapp como principal canal para efetuar as operações. Ter a possibilidade de agrupar diversos contatos na comunidade expande muito os resultados dos negócios”, afirma. “Quem empreende na área de alimentação, pode criar uma comunidade com os clientes e enviar promoções, fotos atrativas, vídeos com a programação da semana e isso vai chegar a muitas pessoas, inclusive em quem não participa dos grupos. Ter o cliente como um propagador do seu negócio é a melhor prova social que se existe”, completa Janaína. 

 

Além das vendas 

As comunidades no Whatsapp também se revelam uma opção de ferramenta de gestão, facilitando a comunicação com fornecedores, colaboradores, parceiros e demais grupos que se relacionam com as empresas. Segundo a especialista, é possível ainda fazer enquetes, recolher feedbacks das compras e experiências com os produtos e serviços, além de controlar a possibilidade de se ter comunidades proativas, aquelas em que só o administrador envia as mensagens e as reativas, onde o público pode interagir.  

“É um recurso de muitas possibilidades. Se o negócio ainda não tem grupos com clientes, mas possui uma base de dados com os contatos, as comunidades podem ser criadas. Se ele quer gerar leads pode criar uma comunidade para divulgar promoções. Se deseja fazer uma pesquisa de mercado, pode criar uma comunidade em que todos os membros se comunicam, ou usar o recurso de enquetes”, exemplifica.  

Janaina chama atenção para o cuidado com os dados dos clientes. De acordo com ela, as pessoas só podem ser acionadas e incluídas em grupos e comunidades se informar seu contato para o empreendimento por meio verbal, por escrito ou em plataformas online. “Hoje temos a Lei Geral de Proteção de Dados que versa sobre a segurança e a privacidade dos clientes e dos negócios”, alerta.

 Veja o passo a passo de como criar uma comunidade para o seu negócio:

 

1 – Com celular aberto no Whatsapp, clique em comunidades, ícone com design de três pessoas no topo esquerdo da página inicial, em seguida clique em começar, escolha um nome e uma descrição para a comunidade. Seja objetivo, use o nome do seu negócio e fale o objetivo na descrição (promoções, ofertas, feedbacks, gestão administrativa...)

 

2- Escolha uma foto ilustrativa, pode ser uma logomarca ou imagem que ilustre o negócio. Essa parte é opcional. Avance.

 

3- Com os contatos salvos no celular, adicione grupos já existente e crie novos (podem ser criados até 10 grupos).

 

4 - Pronto sua comunidade está pronta para uso. Dedique um tempo para produzir conteúdo para a ferramenta. Bons negócios!

 

Comunidades no Whatsapp

• 84% dos clientes que compram online usam do Whatsapp como canal (Fonte: Pesquisa Sebrae)

• Cada comunidade possibilita 50 mil participantes (Fonte: META)

• Cada comunidade pode ter 50 grupos

• Cada grupo pode ter 1024 pessoas

• 5 mil pessoas podem receber a mesma mensagem com um clique


Kantar: Consumo de ovos de Páscoa este ano deve seguir em alta, com destaque para os artesanais, e superar índices de 2022

Crise financeira da Lojas Americanas deve levar a novas dinâmicas de compra

 

Após dois anos de pandemia de Covid-19 que levaram a uma desaceleração no consumo de ovos de Páscoa, esses itens começam a mostrar retomada de crescimento. Durante a celebração do ano passado, a Kantar, líder em dados, insights e consultoria, registrou 7 milhões de novos lares compradores de ovos de chocolate em comparação a 2020. No total, 36,2% dos lares brasileiros consumiram ovos de chocolate em 2022, um acréscimo de 12,5% em relação a 2020. 

Para a Páscoa que se aproxima a Kantar prevê a manutenção da tendência de aumento de consumo de ovos de chocolate, num cenário de retorno à rotina social e dos encontros em família e amigos. Para equilibrar o bolso, os itens artesanais (caseiros e feitos sob encomenda) devem se destacar, já que o preço médio por quilo destes itens é de R$ 132 versus R$ 183 dos industrializados. Ovos de chocolate artesanais já representam quase a metade do volume consumido durante a Páscoa pelos brasileiros. O consumidor costuma comprar, em média, 500 g dos produzidos a mão e embalagens de 390g dos industrializados. 

“Para este ano é importante que as empresas estejam atentas às movimentações do mercado. Os recentes problemas financeiros da Lojas Americanas podem trazer mudanças nas escolhas de canais, pois a varejista se desponta entre os consumidores nas categorias de indulgências, visto que 26% dos lares compram snacks, biscoitos e chocolates em suas lojas físicas ou online. Já na Páscoa, ela representa 15% das vendas de ovos de chocolates vendidos no Brasil.”, diz Lucas Farias, executivo de contas sênior da divisão Worldpanel da Kantar.. 

Os dados apresentados fazem parte do relatório trimestral Consumer Insights da Kantar, que contempla 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais, representando 60 milhões de lares. O período de Páscoa analisado foi de 14 de março a 15 de maio de 2022.

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Monitoramento por câmeras traz mais segurança às rodovias concedidas

Parte do sistema que cobre a malha tem softwares de análise inteligente e permite acompanhamento da segurança viária

 

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo, as concessionárias ligadas ao Programa de Concessões Rodoviárias de São Paulo e a Polícia Militar Rodoviária trabalham juntos para elevar os níveis de segurança nas rodovias concedidas através de monitoramento da malha viária 24 horas por dia. Parte dos sistemas de câmeras (CFTV) já conta com recurso de análise inteligente de vídeo, que melhora ainda mais a prevenção de ocorrências, além de agilizar o atendimento aos usuários ao otimizar o acionamento de recursos das operadoras.  

Os softwares de análise inteligente de vídeo são projetados para reconhecer, automaticamente, incidentes e situações anormais nas rodovias, como, por exemplo, um veículo parado, pane mecânica ou uma pessoa andando na pista. A maior parte das câmeras existentes conta também com controle de posição e zoom. Todos esses recursos auxiliam a atuação de agentes da Polícia Militar Rodoviária, que monitoram e fiscalizam a circulação dos veículos remotamente, a partir dos Centros de Controle Operacional (CCOs) das Concessionárias.   

“O monitoramento inteligente garante a boa fluidez, otimiza o emprego dos recursos e traz sinergia para as equipes das concessionárias, além de proporcionar o respeito às leis de trânsito”, explica o diretor de Operações da ARTESP, Walter Nyakas. 

O CCO da concessionária Ecovias, que monitora as condições de tráfego no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), conta com 180 câmeras. Destas, 83 são câmeras inteligentes com Detecção Automática de Incidentes (DAI) e visão noturna.  Os túneis da pista de descida da Rodovia dos Imigrantes (SP-160) possuem 81 câmeras. Sempre que a câmera detecta algo fora do normal, é enviado um alerta sonoro e visual para os Operadores do Centro de Controle Operacional (CCO) da Ecovias, e, rapidamente, são enviados recursos necessários para atender a ocorrência.  Em 2022, foram 73 chamados abertos por conta da detecção automática das câmeras, sendo 63 para panes mecânicas, quatro para sinistros, quatro para pedestres na rodovia e dois para pneu furado. 

A concessionária Renovias disponibiliza os recursos de análise inteligente de vídeo para que o policiamento rodoviário possa identificar, de maneira remota, práticas dos motoristas que podem provocar ou agravar a gravidade de sinistros de trânsito. Atualmente, são 19 câmeras de monitoramento e mais duas câmeras com a tecnologia de análise inteligente de vídeo. 

Nas concessões rodoviárias iniciadas a partir de 2017, a disponibilização do recurso de análise inteligente de vídeo é uma obrigação contratual. Assim, nas concessionárias o recurso de análise inteligente de vídeo deve estar disponível, permitindo a cobertura de 100% da malha de rodovias administrada pelas novas operadoras do programa. A concessionária ViaPaulista, por exemplo, utiliza o recurso para identificar eventos, como a presença de animais, pedestres, entre outros. Ao ser detectada interferência, o CCO aciona o atendimento necessário. 

Atualmente, os usuários das rodovias podem contar com cerca de 3 mil câmeras distribuídas ao longo de mais de 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas. As imagens registradas por essas câmeras são reproduzidas nos monitores dos Centros de Controle Operacional das concessionárias, e acompanhadas no Centro de Controle de Informações (CCI), na sede da agência reguladora.


Transfer Price: medida provisória altera regras de cálculo

Com a crescente participação brasileira nas cadeias globais de valor, surge uma maior necessidade de controle das operações comerciais e financeiras praticadas com as empresas no exterior consideradas partes relacionadas ou, ainda que não vinculadas, mas que sejam residentes ou domiciliadas em países classificados como regime fiscal privilegiado ou com tributação favorecida. Neste sentido, as autoridades fiscais brasileiras têm intensificado o seu foco no combate à evasão de divisas – o que exige que as empresas nacionais estejam em compliance com as regras de Preço de Transferência, o Transfer Pricing.

Contudo, desde a edição da Lei 9.430 de 1996, que introduziu as regras de Transfer Pricing em nosso país, o modelo tem sido constantemente criticado por sua complexidade e dissonância dos padrões internacionais, além de impor uma carga tributária representativa para muitos contribuintes.

A intensão de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), somada às restrições de créditos tributários impostas pelo Tesouro Americano, culminou na publicação da Medida Provisória n° 1.152, nos últimos dias de 2022. Tal medida surge no sentido de incorporar ao nosso ordenamento jurídico o princípio do “Arm’s Length” (ALP), que alinhará nossa legislação às premissas defendidas pela OCDE e trazendo, assim, grandes benefícios para o país. Caso aprovada, seus efeitos serão mandatórios partir de 1º de janeiro de 2024 e optativos para o ano-calendário 2023.

Este princípio consiste em estabelecer os termos e condições para uma transação controlada, entre partes relacionadas, baseando-se em operações que seriam estabelecidas entre partes não relacionadas em transações comparáveis. Em outras palavras, esse princípio busca a equiparação das condições em que são realizadas as transações entre partes relacionadas com aquelas que seriam feitas em uma relação independente em mercados de livre concorrência e, dessa forma, sem a interferência de vínculos econômicos externos.

Por isso, ao estabelecer o ALP como alicerce da regra de preços de transferência no país, a MP impactará diretamente na base de cálculo do Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil e que realizam transações controladas com partes relacionadas no exterior.

Todavia, apesar da edição dessa Medida Provisória já trazer uma grande harmonização das normas nacionais aos padrões internacionais, 107 emendas de melhorias já foram apresentadas nos primeiros dias de fevereiro, o que evidencia que muitos pontos ainda deverão ser alterados pelo Congresso Nacional além de regulamentados pela Receita Federal.

Para que a Medida Provisória mantenha sua eficácia, ela deverá ser convertida em lei dentro do prazo de 120 dias, com efeitos mandatórios a partir de 1º de janeiro de 2024. Desta forma, após sua promulgação, é recomendável que as organizações busquem, o quanto antes, a orientação de uma consultoria especializada para as adequações de seus processos. Afinal, cada negócio apresenta suas próprias especificidades e objetivos, os quais devem ser levados em consideração na análise e seleção do método mais apropriado.

Sua implementação demandará um estudo muito mais profundo das transações controladas que forem realizadas entre a pessoa jurídica domiciliada no Brasil com partes relacionadas no exterior – o que exigirá, com o apoio de uma consultoria, a comprovação de que a empresa estará praticando preços condizentes com o valor de mercado entre as partes.

Por se tratar de uma medida obrigatória para viabilizar a integração do Brasil à OCDE, além de possibilitar uma maior integração das entidades brasileiras às cadeias de valor transnacionais, há um forte consenso sobre a importância desta aprovação. Por esta razão, quanto mais cedo buscarem o apoio de profissionais especializados, mais rápido conseguirão se adequar às novas regras de Preço de Transferência.

 


Bruno Baruchi e Tais Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Por que empresas precisam investir em marketing para atrair a geração Z?

Especialistas em comunidades digitais destacam como a GenZ
tem ditado e conduzido os rumos de consumo em todo o mundo

 

Os membros mais velhos da Geração Z estão entrando na casa dos 20 anos, expandindo sua posição no trabalho e no mercado, o que faz com que as marcas tenham maior consideração ao se adaptar às preferências do consumidor. Além disso, trata-se de um público que já representa 32,7% da população mundial, figurando como parte relevante entre os economicamente ativos.

Sendo os primeiros nativos digitais, a geração Z tem contato com tecnologia e internet desde o nascimento e por crescerem em um cenário cada vez mais conectado e com fácil acesso à informação, o público dessa geração têm ditado e conduzido, com maestria, os rumos de consumo em todo o mundo, e à medida que seu poder de compra aumenta, os varejistas e marcas precisam investir em pesquisas e aprender os novos hábitos de compra.

Para os especialistas da Pira, empresa especializada na criação e realização full service de projetos com foco na construção e fortalecimento de comunidades digitais, se aproximar da geração Z vai além do básico de que é preciso conhecer o seu público-alvo. “Além de já se posicionarem como tomadores de decisão, os consumidores mais jovens têm adotado uma postura de vigilância quanto ao posicionamento das marcas. Eles não só acompanham as ações das empresas, como criticam e cobram melhorias”, diz Filipe Ratz, CEO e diretor executivo da Pira.

De acordo com a pesquisa realizada pela Morning Consult, há uma oportunidade para as marcas conquistarem esses consumidores mais jovens, aumentando a distribuição de conteúdo no YouTube e adotando uma abordagem mais inovadora por meio do Instagram e do TikTok.

Nascidos na era digital, a GenZ é especialista em tecnologia e ativa em plataformas sociais. Além de se divertirem e atualizarem com as últimas notícias, as redes também são usadas para as tomadas de decisões na hora da compra. Para Kim Nery, COO e diretor de criação da Pira, investir na conexão com esse público é o caminho para otimizar as ações de comunicação, por meio de plataformas digitais.

"Consumir conteúdo em vídeo é uma característica dos brasileiros observada já há um bom tempo. No entanto, estamos acompanhando uma grande aceitação dos conteúdos disponibilizados em vídeos curtos, como os usados em reels do Instagram, Shorts do YouTube e no TikTok. Este formato se destaca por conter menos interrupções e mais entretenimento”, destaca.

Já para Filipe, as marcas precisam levar seus produtos e serviços para onde está concentrado o seu público alvo, adaptando-se não somente às demandas, como também às exigências apresentadas por seus consumidores. “Aqui falamos de gerar conexão. Quando determinada marca investe na adaptação de linguagem e postura e leva seu produto ou serviço para as plataformas onde o público está, as chances de sucesso e conversão são, na maioria das vezes, imensas”, diz o executivo.

Contudo, mesmo que uma determinada empresa não tenha a GenZ como seu principal público, ainda assim é necessário estar atento às exigências, visto que, de forma gradativa, tal posicionamento tende a se reverberar também nas outras gerações.

Como forma de corroborar o cenário que vem se desenhando, Kim relembra o resultado do estudo global ‘Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica da Influência’, o qual destacou que 67% dos jovens no Brasil praticam ativismo ao escolherem marcas de produtos ou serviços. Já no mundo, este índice chega a 73%. “Levar em consideração o que pensa a geração Z é hoje uma importante decisão para o futuro do negócio, seja ele voltado ou não para este público”, destaca.

 

Pira
https://www.agenciapira.com/

 

Demanda dos consumidores por crédito registra baixa de 3,5% em janeiro, revela Serasa Experian

Diminuição foi maior entre a população do Distrito Federal; apenas cinco Unidades Federativas retomaram a busca pelo recurso financeiro

 

Em janeiro de 2023, a demanda dos consumidores por linhas de crédito foi 3,5% menor em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian. O levantamento mostra, ainda, que a diminuição foi maior entre aqueles que residem no Distrito Federal (-19,6%), sendo os únicos estados a marcarem saldo positivo: Santa Catarina (0,1%), São Paulo (1,5%), Tocantins (2,4%), Rio Grande do Sul (2,6%), e Amazonas (6,6%). Confira os dados gerais completos no gráfico abaixo:


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a taxa Selic mantida em 13,75% e a entrada de um novo governo, que sempre gera incertezas econômicas, trazem um estímulo para que os consumidores brasileiros realizem avaliações de risco antes de se comprometerem com novos créditos. Para aqueles que optam pelo recurso financeiro, planejamento e educação financeira serão sempre os melhores aliados”.

 

Busca por crédito cai em todas as faixas de renda

Em relação a renda mensal, todas as faixas expressaram queda em janeiro, que se mostrou mais acentuada entre aqueles que recebem de R$ 500 a R$ 1.000, movimento que tem se repetido nos últimos meses. Confira as informações completas na tabela abaixo:


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador,
clique aqui.

 

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal. 



Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Nada substitui o livro de papel

Freepik

Quando foi a última vez que você comprou um CD, DVD ou Blu-ray? Eu mesmo não lembro, mas tenho a impressão de que não faz tanto tempo assim. Com a chegada do streaming, que passou feito um furacão nesse mercado, nossos hábitos e, infelizmente, as nossas escolhas mudaram. Muitos filmes fantásticos não constam nas Netflix e Primes da vida e nosso catálogo de opções ficou mais limitado.

Agora, veja que interessante, há exatos 30 anos surgia o primeiro livro digital. Ao contrário do streaming, essa mídia empacou, atingindo apenas 20% de público nos Estados Unidos, 15% na Europa e meros 4% no Brasil. Essa foi uma das pouquíssimas inovações para a qual as pessoas deram uma “banana”.

Explico este fenômeno: é que o livro possui presença perene e senso de pertencimento em duas vias, a do leitor para o livro e do livro para o leitor. Um caso de paixão e transformação. Livros são formadores de cidadania e a melhor defesa intelectual. As pessoas não são bobas quando preferem o livro de papel, que não está em um espaço virtual e sim num lugar físico, na cabeceira da cama, talvez nosso cantinho mais íntimo.

Infelizmente, o hábito de leitura é uma realidade para apenas 52% da população brasileira. Tem cabeceiras demais que estão vazias. Se quisermos avançar no desenvolvimento humano, temos que pensar muito nisso. A começar pela educação básica e no hábito de levar nossas crianças até a biblioteca do bairro ou livrarias.

Essa série de pequenas reflexões talvez nos ajudem a entender a falência de grandes livrarias, seus motivos e desdobramentos. Embora seja ruim o fechamento de qualquer livraria, no caso das gigantes, isso não representa o fim do mundo, mas o surgimento de algo novo.

Talvez o que esteja acabando seja o modelo de megaloja. Durante anos, o setor foi muito concentrado e isso é ruim. Quando o mercado está na mão de poucas livrarias, a oferta de títulos tende para o produto mais comercial possível. Temos a ilusão de escolha, mas, na verdade, o que chega nas prateleiras já é limitado.

Quer agora uma notícia boa? A chegada de novas livrarias, pequenas e pulverizadas, favorece a diversidade na oferta, fortalece editoras menores, possibilita que editoras independentes tragam coisas inovadoras e, principalmente, abre espaço para escritores estreantes, que foram tradicionalmente ignorados pelos megagrupos.

No caso das livrarias, o grande rei parece estar morto. Vivam os novos reis: pequenas livrarias, cheias de gente apaixonada pelos livros, físicos de preferência.

 

R. Colini - escritor, autor de ‘Entre as chamas, sob a água’ e ‘Curva do Rio’

 


Estado de São Paulo alcança 2,5 GW de potência instalada em geração própria de energia e se aproxima da liderança nacional

Estado que mais agregou potência ao sistema elétrico em 2022, São Paulo está perto de ultrapassar Minas Gerais e assumir a primeira posição entre todos os estados brasileiros 


Nesta quarta-feira (01/03), o estado de São Paulo se tornou o segundo do país a superar a marca de 2,5 GW de potência instalada em geração própria de energia, unindo-se a Minas Gerais, atualmente com 2,540 GW. Essa ordem, porém, deve mudar em breve. Em 2022, São Paulo foi o estado que mais agregou potência ao sistema elétrico nacional com 1,1 GW – à frente de Minas Gerais (844 MW) e Rio Grande do Sul (830 MW), segundo e terceiro colocados, respectivamente. Se mantiver esse ritmo, São Paulo deve ultrapassar em breve o Minas Gerais e se tornar o estado com maior capacidade instalada para gerar a própria de energia. 

“A geração distribuída (GD) se consolidou ao longo dos últimos anos, em especial em 2022, como a modalidade de energia que mais cresce no Brasil, e São Paulo é um dos principais responsáveis por essa evolução. O estado vem crescendo consideravelmente e, sem dúvidas, irá evoluir ainda mais em 2023. É questão de tempo para São Paulo se tornar o estado com maior potência em GD”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). 

Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em todos os 645 dos municípios paulistas, sendo a capital a cidade com maior volume de potência instalada (84,3 MW). No ranking por cidades, Ribeirão Preto (69,9 MW) ultrapassou Campinas (64,9 MW), alcançando o segundo lugar.

O estado havia rompido a marca de 1 GW em outubro de 2021 – ou seja, em pouco mais de um ano, São Paulo mais do que dobrou sua capacidade de geração própria de energia. O primeiro GW paulista levou mais de oito anos para ser concretizado. 

“Recentemente, o governo paulista alterou o regulamento do ICMS de serviços relacionados à bioenergia para fomentar o uso de combustíveis renováveis e aumentar a competitividade na região. Com isso, o estado passou a ter a mesma competitividade nos benefícios tributados que os demais estados do Sudeste”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). 

A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores paulistas (produtores e consumidores de energia), com 2,481 GW (99,2%). Mini e micro termelétricas (UTE) estão em segundo lugar (15,7 MW), seguidas de Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (3,7 MW). “Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Chrispim.

Em São Paulo, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 1,3 GW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 701,9 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 248,1 MW e 146,3 MW, respectivamente.

 

Associação Brasileira de Geração Distribuída - ABGD

 

Posts mais acessados