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sexta-feira, 3 de março de 2023

Kaspersky alerta: mensagem “você ganhou um perfume no Dia da Mulher” é falsa

Prêmio é enviado via WhatsApp e vítimas podem ser direcionadas para diferentes sites. Em comum, eles geram “leads” para banco de dados de campanhas publicitárias ou para baixar algum app legítimo, com potencial de distribuir apps maliciosos




Os especialistas de segurança sempre avisam sobre o risco de ofertas chamativas -- e os pesquisadores da Kaspersky encontraram mais um exemplo de golpe usando a tática de engenharia social que está explorando o Dia das Mulheres, na próxima semana. Nesta fraude, as vítimas recebem uma mensagem dizendo que ganharam um perfume e serão levadas para diferentes sites, dependendo da região, dispositivo ou momento que o clique é feito. A empresa aproveita a oportunidade para reforçar as dicas de segurança para evitar fraudes online.

A fraude começa com o recebimento da mensagem “Homenagem ao Dia da Mulher. Você ganhou um perfume” por WhatsApp -- provavelmente vinda de um amigo ou familiar desavisado -- e ela contém um link curto que levará a vítima para um site falso. Neste momento, vale destacar uma dica importante. “Os criminosos sempre usam marcas populares e desejadas para chamar a atenção das vítimas. Eles precisam disso para disfarçar o golpe. E as marcas usadas são tão vítimas quanto as pessoas. Por isso, sempre recomendamos que confira a existência da suposta promoção ou premiação nos sites e canais oficiais”, destaca Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

Ao clicar no link da mensagem, a vítima verá os detalhes da premiação -- que diz que 5 mil mulheres serão presenteadas com a homenagem ao Dia Internacional da Mulher, caso ela responda um questionário. Aqui já está um sinal de alerta claro do golpe. As perguntas são muito simples de serem respondidas, pois o objetivo do criminoso é concluir a fraude. Para finalizar o processo, é pedido o preenchimento de um formulário que solicita nome, telefone e e-mail pessoal, além do compartilhamento da mensagem com 5 grupos ou 20 contatos. Novamente, a viralização é outro sinal de alerta para a vítima ficar atenta.

 

 


 


Uma curiosidade é que este golpe não acaba nessa etapa. Em seguida, se inicia outra cadeia com o apelo “Esta é sua chance! Deve selecionar a caixa correta com o presente dentro. Tem 3 tentativas -- boa sorte!”. Para Assolini, o criminoso está otimizando os esforços para atender diferentes interesses.
 



“Fizemos mais de uma simulação em nossas análises e fomos direcionados a dois sites diferentes: o primeiro “prêmio adicional” é um suposto cupom de R
500 reais para compras em supermercados. Para concorrer ao vale, a vítima novamente precisa passar dados pessoais. Já o segundo site que verificamos oferece 3 mil, 5 mil ou 10 mil reais para serem investidos em criptomoedas. Mas, para receber essa bonificação, a vítima precisa responder a um novo questionário e baixar o app de um trade. Aqui, já fica claro outro sinal de alerta que é a exigência da instalação de um programa. Menos mal que, neste caso, é uma aplicação legítima. Portanto, a fraude se limita apenas no método de promoção escolhido”, avalia o especialista.

Assolini ainda reforça o apelo às empresas para que elas fiquem atentas às promessas milagrosas de promoção e marketing. “Diferente da marca do perfume que é explorada sem o consentimento da empresa, as demais empresas envolvidas no esquema podem sofrer com problemas de reputação ou confiança do cliente, pois o primeiro contato da pessoa com a marca foi durante um golpe online. Seguramente, essas empresas não tem ciência do método fraudulento de promoção, mas há a relação entre cliente-fornecedor e isso é um risco à marca e à empresa.”




Para evitar ser vítima de um golpe, a Kaspersky recomenda:

  • Suspeite sempre de links recebidos por e-mails, SMSs ou mensagens de WhatsApp, principalmente quando o endereço parece suspeito ou estranho.
  • Sempre verifique o endereço do site para onde foi redirecionado,
  •  endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos antes de clicar, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink.
  • Verifique se a notícia é verdadeira acessando o site oficial da empresa ou organização -- ou os perfis nas redes sociais.
  • Se não tiver certeza de que o site é real e seguro, não insira informações pessoais.
  • Use soluções de segurança confiáveis para ter uma proteção em tempo real para quaisquer tipos de ameaças.


Kaspersky
www.kaspersky.com.br/


10 dicas para o seu carro não te deixar na mão nas viagens

Cuidar da manutenção do carro é uma prática que deve ser constante, mas, quando os veículos são mais utilizados para viagens e trajetos mais longos, essa atenção deve ser redobrada e com algumas características específicas.

Normalmente, os veículos são utilizados para percursos mais curtos no dia a dia, e muitas vezes até ficam parados na garagem por mais tempo. Quando chegam as férias ou feriados prolongados, em que os automóveis são utilizados para pegar estrada e rodar centenas ou milhares de quilômetros, podem apresentar problemas que estragam ou atrasam o passeio, deixando toda a família ou grupo de amigos estressados, além de representarem riscos para a segurança.

Em 2023, a Dr. Monitora realizou mais de 20 mil remoções de veículos com guincho, e a maior parte dos problemas estava relacionada à falta de manutenção. Por isso, preparamos 10 dicas sobre os principais itens que você deve verificar para que os problemas com o carro não atrapalhem seu passeio: 

1. Freios – Fluído, discos, pastilhas e tambores devem ser revisados. Qualquer desgaste em uma dessas peças pode comprometer a segurança. O fluído de freios deve ser trocado pelo menos uma vez por ano.

2. Óleo – É importante seguir as recomendações do fabricante quanto ao tipo de óleo e capacidade de quilometragem. As trocas devem ser realizadas conforme indicado na etiqueta da última troca. A falta ou envelhecimento do óleo podem causar danos irreversíveis ao motor. O ideal é verificar o nível do óleo todas as vezes que abastecer o veículo.

3. Filtro de ar – Deve ser periodicamente verificado e substituído. Isso garante a conservação e previne o desgaste do motor.

4. Filtro de combustível – Ele evita que qualquer sujeira do tanque passe para o motor, por isso, deve ser mantido sempre em bom estado.

5. Pneus – Devem estar sempre em bom estado e nunca deixar que fiquem desgastados, muito menos carecas. Pneus com sulco abaixo de 1,6cm são considerados irregulares. É importante realizar o rodízio a cada 6 meses e o alinhamento e balanceamento periodicamente. Mantê-los calibrados, segundo as orientações do fabricante ajuda a preservá-los. Sempre que calibrar, não esqueça de fazer o mesmo com o estepe.

6. Suspensão – O sistema de suspensão existe para absorver os impactos gerados pela irregularidade dos terrenos. Isso evita danos no chassi e mantém a segurança.

7. Sistema de arrefecimento – Para evitar o superaquecimento e manter a refrigeração adequada do motor, é necessário fazer a limpeza desse sistema, que inclui o radiador e reservatório de expansão).

8. Sistema de Iluminação – Certifique-se de que não há lâmpadas queimadas e que tanto faróis como as luzes de freio estão funcionando. Alguns problemas também podem estar relacionados ao sistema elétrico ou mau contato da instalação.

9. Sistema Elétrico – Deve ser periodicamente verificado. Uma pane elétrica pode ocasionar o desligamento do motor e travar a direção, colocando os ocupantes do veículo em grave risco.

10. Limpador de para-brisas – Itens muitas vezes negligenciado, os limpadores de parabrisas devem ter as borrachas das paletas em bom estado, caso contrário, além de danificarem o vidro, podem não cumprir sua função corretamente em dias de chuva forte, comprometendo a segurança.

Com esses itens em ordem, faça uma ótima viagem e aproveite o passeio sem transtornos

 

Construção Civil: o momento de entender as dores do setor e investir em inovação

Nos últimos anos, a construção civil tem comemorado seu crescimento acelerado. Só em 2022, de acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o setor sofreu um aumento de 7% no PIB, superando a projeção para o ano e, em paralelo, houve um aumento de novas soluções tecnológicas. As expectativas para este ano são ainda maiores. As novas tecnologias e acesso às plataformas digitais, como o BIM e o ambiente em nuvens, deixam de ser o futuro e passam a ser realidades nos canteiros de obra.

De uns anos para cá, venho desenvolvendo uma pesquisa com diversas áreas da construção civil buscando entender as relações de causa e efeito na gestão de projetos da construção civil, as dores e necessidades desse mercado, bem como um panorama de novas ideias, hipóteses e soluções. Em uma das fases da pesquisa, entrevistei especialistas em implementação de projeto de inovação na indústria baseada em engenharia, gerentes de programas de aceleração e inovação aberta e CEOs de startups. O objetivo era entender a perspectiva deles sobre o panorama da inovação na construção brasileira.

Diante da pergunta do cenário e perspectivas para inovar na construção, todos os respondentes concordaram que a inovação no setor é algo crescente, mas, por outro lado, alguns demonstraram uma certa apreensão quanto a sua banalização e a perda de credibilidade das iniciativas e soluções propostas, justamente pelas implementações não trazerem a percepção de valor pelas empresas da construção. A urgência em “inovar” atropelou o entendimento de onde inovar.

De acordo com um dos entrevistados, o nascimento de uma empresa que é em função de um problema vivido, já garante  50% do seu sucesso. Visto que  algumas soluções não trazem valor algum para o mercado, comprometendo o objetivo final que é justamente atrelá-la à resolução de um problema, ou uma dor que já existe.

Após a análise desse estudo foi possível constatar três principais direcionamentos: o movimento de inovação e acesso a novas tecnologias; há uma clara diferença entre a percepção do valor entregue pelas iniciativas de inovação (startups, centros de pesquisa) e as empresas do setor e, principalmente, se identificou a dificuldade em medir os resultados da inovação; e os impactos proporcionados pela sua implementação no setor.

Enxergar esse "boom" de novas tecnologias leva a refletir bastante sobre a oportunidade de conectar os processos de inovação ao conjunto de ferramentas e metodologias do Lean Construction que contribuem a evidenciar os problemas e dores das organizações. Desta forma, viemos testando modelos para apoiar as empresas da construção a mapear e identificar suas dores como base para sua estratégia de inovação. O modelo vem sendo testado e é motivador ver o envolvimento e maior alinhamento empresarial unindo diferentes setores no desenho de soluções que passam por tecnologia, passam por inovação. Ou seja, alinhamos uma metodologia com as necessidades do mercado - Isso, para mim, é inovador! 

Por fim, fica claro que o cenário para empresas que investem em inovação é bastante promissor, desde que ela esteja inserida na cultura da organização, a começar pela diretoria até os times de produção, e integrando uma visão estratégica de toda a organização. As tecnologias devem solucionar as dores reais das empresas que devem estar atentas para as necessidades das suas equipes. Este é um cenário verdadeiramente inovador e quem aplica, ganha seu merecido destaque.  

 

Bernardo Etges - Engenheiro Civil formado pela UFRGS e Co-fundador da Climb Consulting. É Mestre em Lean Construction e Doutorando em Gestão da Construção no PPGCI-UFRGS. Possui mais de 10 anos de experiência em implementação de projetos de consultoria de Lean Construction e Excelência Operacional em obras de incorporação e infraestrutura no Brasil, África e Caribe. Desde 2018 atua de forma engajada nos processos de inovação aberta e incentiva a implementação da tecnologia na construção.

 

Importância da indústria de papelão para um mundo mais sustentável

É inegável o avanço da agenda climática e ambiental que o mundo vem passando nos últimos anos. Cada vez mais atentas a essas questões, empresas dos mais variados segmentos têm buscado em seus processos de trabalho uma responsabilidade ambiental que traga menos impacto na natureza alinhado à adoção de uma política ESG. 

Nesse sentido, o setor de embalagens, mais especificamente o mercado de papelão, é um dos segmentos mais engajados na busca de embalagens mais sustentáveis e que possam agregar valor às respectivas marcas em relação ao consumidor. 

Por si só, as caixas de papelão apresentam uma alta taxa de reciclagem. Além disso, trata-se também de um bem biodegradável e renovável, atuando como uma matéria-prima na hora de seu reaproveitamento. Um importante passo para a redução dos custos de produção e de energia, contribuindo também para uma pegada menor na emissão de gases de efeito estufa durante as etapas. 

O rearranjo das cadeias globais de valores após a crise da pandemia do Covid-19 e a guerra que acontece em território ucraniano, contribuíram para o aceleramento da mudança de visão dos produtores e empresários para uma cadeia ainda mais sustentável e econômica, visto o problema que os países enfrentaram com o aumento do valor e falta de insumos no mercado durante esses períodos. 

O problema inicial aconteceu pelo aumento expressivo de pedidos via e-commerce durante a pandemia. A partir daí, essa tendência de compras online se tornou uma realidade e fez com que a indústria de papelão tivesse importância ainda mais relevante para diversos outros setores que necessitavam com certa urgência o cumprimento de seus prazos de entregas. 

Diante do novo cenário que se desenhou, houve uma corrida pela celulose, principal matéria-prima para a fabricação de papel. Extraída das árvores, esse processo levou ao derrubamento e desmatamento de mais árvores para suprir as necessidades do setor para aquele momento. 

Porém, mais conscientes de seu papel e contribuição para a sociedade, as empresas, ao optarem por essa prática, realizam essa extração por meio de madeira reflorestada, para dessa forma reduzir a exploração da floresta nativa. 

Em sua grande maioria, as indústrias do setor investem e priorizam a reciclagem, com cerca de 80% da produção das caixas de papelão sendo feitas através da recuperação de papel, essencial tanto para o barateamento de custo e desenvolvimento econômico, quanto para a sustentabilidade das corporações, e dessa forma mitigar a emissão de gases nocivos para o planeta. 

O mercado exige processos e soluções sustentáveis pautadas nas agendas climáticas que se apresentam. Inserir novas práticas e alternativas ecológicas, bem como a popular Economia Circular baseada nos 3Rs: Reduzir, Reciclar e Reutilizar; garantirá, portanto, a mesma eficiência, qualidade e performance de armazenagem de uma caixa de papelão, mas com um adicional de ser um produto benéfico do ponto de vista ambiental para a indústria.

 

Cícero Mário - diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão. deltacaixaspapelao.com.br

 

Como pequenos empresários podem ser excelentes em atendimento ao cliente?

O bom atendimento ajuda a construir uma relação de confiança com os clientes

istock

 

Na era da comunicação digital, um bom atendimento ao cliente é importante para qualquer negócio, principalmente para as pequenas empresas. Com o surgimento das redes sociais, o potencial de retorno negativo dos clientes é maior do que nunca, e as empresas que não conseguem fornecer um serviço satisfatório podem ter a sua reputação prejudicada muito rapidamente.

 

O bom atendimento ajuda a construir uma relação de confiança com os clientes. É mais provável que eles confiem mais nas empresas que mostram que se importam com eles. Quer saber por onde começar? Veja as dicas:

 

Não deixe de responder aos clientes


Quando os clientes não recebem uma resposta às suas perguntas, é provável que eles deixem de ser um cliente. Isso pode ser particularmente devastador para as pequenas empresas, uma vez que os clientes podem estar mais propensos a fazer negócios com empresas maiores e que tenham melhores políticas de atendimento ao cliente.

 

Ao dedicar tempo para responder às perguntas dos clientes, as pequenas empresas podem demonstrar seu compromisso com a satisfação do cliente. 

 

Busque resolver as reclamações dos clientes


Demorar para responder às reclamações dos clientes pode ser fatal para as pequenas empresas. Isso pode demandar pessoal ou recursos adicionais, afinal há um investimento de tempo e energia para responder às avaliações negativas, o que pode prejudicar outras tarefas importantes que precisam ser feitas na empresa. 

 

Tenha uma equipe de atendimento preparada


O bom atendimento ao cliente começa por ter uma equipe amável e capacitada que possa dar aos clientes as respostas que necessitam. Isso significa que os funcionários devem conhecer bem os produtos ou serviços da empresa e ser capazes de responder a quaisquer perguntas que os clientes possam fazer. 

 

Utilize meios de comunicação rápidos e eficientes


Hoje, é possível contatar os clientes de várias maneiras diferentes. As ligações ficaram no passado, e e-mails e aplicativos de mensagem instantânea já fazem parte da realidade, e têm sido utilizados para uma comunicação rápida e eficaz. O melhor para as pequenas empresas é que há muitas ferramentas gratuitas. Entender como criar link do WhatsApp para se aproximar de seus clientes.

 

Em resumo, fornecer um bom atendimento ao cliente é essencial para as pequenas empresas que querem crescer. O bom atendimento ao cliente ajuda a construir confiança com os clientes, impulsiona as vendas e cria uma imagem de marca positiva.

 

Dia Internacional da Mulher: entenda a evolução das lideranças femininas no mundo corporativo

Maior especialista em autoconhecimento e inteligência emocional do país, Heloísa Capelas, explica como as mulheres estão rompendo com o modelo masculinizado de liderança e contribuíram para os conceitos de equidade e diversidade, cada vez mais presentes nas organizações


Na construção pelos espaços de oportunidade e igualdade no mercado de trabalho, muitas mulheres assumiram modelos masculinos de perfil de líder, a fim de serem aceitas pelas corporações como um sinônimo de força e competência ao ocupar um lugar antes desconhecido. Esse caminho se deu consciente e também inconscientemente, afinal essa era a grande referência que se obtinha até então.

Fato é que uma vez que a mulher encontrou uma oportunidade de espaço no mundo corporativo, ela nunca mais retornou à antiga posição de cuidadora, responsável única e exclusivamente pelos afazeres do lar e dos filhos.

Foi no chão de fábrica que as mulheres começaram a revolucionar, mostrando força e capacidade tal qual os homens, em um movimento que, pouco a pouco, foi lhes permitindo galgar novas posições e assumindo os cargos de maior hierarquia como vemos atualmente. No entanto, este não foi um caminho fácil.

“As mulheres tiveram que renunciar sua feminilidade para encarar os mais diferentes desafios em um mundo que foi construído pelos homens. E não teve outro jeito. Elas não tinham outra referência a não ser a masculina, tanto em termos de ocupações, quanto de perfil de liderança. Essas primeiras mulheres sedimentaram o caminho para que outras continuassem os avanços, reconhecendo que essas características eram apenas uma parte do processo. Aos poucos, as mulheres foram resgatando sua essência, empoderando-se, e hoje mostram que suas habilidades fazem total diferença para o sucesso dos negócios”, explica Heloísa Capelas, uma das maiores especialistas em autoconhecimento e inteligência emocional do país, palestrante e autora dos best-sellers: Inovação Emocional, O Mapa da Felicidade, e Perdão, a revolução que falta.

As habilidades femininas citadas por Heloísa são as reconhecidas soft skills, hoje amplamente valorizadas no mundo corporativo; um legado feminino que continuamente tem se expandido a homens e mulheres, a partir do momento que as companhias notaram os benefícios dessas contribuições. Empatia, capacidade de assumir multitarefas, ter visão sistêmica, tudo isso sem ter que deixar de lado a amorosidade e o acolhimento.

“Embora estejamos falando atualmente com mais afinco sobre as soft skills, elas já estão há um bom tempo impulsionando grandes revoluções no ambiente corporativo. Toda essa sensibilidade em enxergar o todo, fez perceber a necessidade de criar ambientes cada vez mais equilibrados, equitativos e diversos, abrangendo diferentes gêneros, etnias e faixas etárias para alcançar a homogeneidade que vemos hoje. As mulheres foram as precursoras das ideias e movimentos de equidade, pelo simples fato de saberem o quanto tiveram que lutar para conquistar seu espaço. E elas conseguiram mostrar, por meio de diferentes iniciativas, o quanto essa nova forma de trabalhar e compor equipes pode gerar discussões produtivas, agregar ainda mais criatividade e insights preciosos, que impactam diretamente no sucesso dos negócios”, complementa Heloísa Capelas.  

  

Heloísa Capelas - reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, é mentora de líderes e ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line, e considerada uma das maiores autoridades para aplicação do Processo Hoffman no mundo. CEO do Centro Hoffman, sua mais recente obra é “Inovação Emocional”, seguida de “Perdão, a Revolução que falta” e “O Mapa da Felicidade”.


Carreira em tecnologia: Qualificação de iniciantes, upskilling e reskilling de equipes

Especialistas da Ironhack destacam que há uma tendência das empresas em investir em suas equipes para desenvolvê-las


Em um mercado de constantes mudanças e notícias recentes dominadas por demissões e congelamentos de contratações no setor de tecnologia, torna-se essencial a adoção de atitudes e ações para o desenvolvimento, upskilling e reskilling dos profissionais de forma geral. Além disso, um levantamento da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) aponta que, até 2025, 800 mil novas oportunidades de emprego surgirão no segmento. Portanto, o momento é o de identificar esses movimentos, para guiar os próximos passos das áreas internas de TI das empresas ou para os trabalhadores do ramo. 

Alguns especialistas da Ironhack, referência global em ensino de tecnologia, comentaram algumas dessas repercussões. Confira:

 

  • Habilidades digitais ainda estão em alta 

Apesar das demissões, a realidade é que o setor de tecnologia ainda enfrentará uma lacuna de competências muito maior do que a crise do layoff. No entanto, segundo Alexandre Tibechrani, General Manager Americas, a demanda por habilidades digitais de empresas do segmento não diminuiu no último trimestre de 2022 e não deve diminuir. 

"Mesmo em um ambiente econômico mais avesso ao risco, ainda há um aumento de contratações devido à demanda por determinadas skills. Na verdade, a maior mudança que estamos vendo é que os perfis de talentos médios e seniores estão mudando de emprego com menos frequência em comparação com o comportamento anormal que vimos durante e pós-pandemia. Passamos de 'a grande demissão’ para uma nova etapa: ‘a grande negociação' ", afirma

“Ou seja, é um ótimo momento para o talento júnior alavancar o desenvolvimento de novas habilidades e acessar o setor de tecnologia em áreas mais tradicionais, que pedem por essas competências. O Brasil tem uma matriz industrial muito ampla então abre-se uma oportunidade para scale-ups e PMEs adquirirem talentos que, de outra forma, não estariam disponíveis para eles enquanto trabalhavam em grandes corporações”, complementa.

 

  • Generalistas x especialistas 

Para Felipe Rocha, Professor Líder em Data Analytics na Ironhack, o mercado de trabalho está mudando e agora haverá mais generalistas prosperando como profissionais de dados. "Ter um especialista capaz de ‘vestir diferentes chapéus’ e navegar no vasto mundo dos dados pode ser uma grande vitória, principalmente para empresas e times de tecnologia menores”, explica.

Já Gabriel Pizzolante, UK Growth Marketer da edtech, acrescenta: "Na Ironhack, nossos bootcamps têm esse intuito, preparar as pessoas para uma ampla gama de habilidades dentro do campo que escolherem, fazendo com que fique mais fácil se tornar um profissional mais generalista, com a opção de se especializar se for exigido no futuro.”

 

  • Procura por bootcamps deve aumentar 

Bootcamps sempre foram uma ótima alternativa para quem está mudando de carreira e pretende iniciar uma função totalmente nova em um período de tempo muito curto. A intensidade e o nível de comprometimento exigidos oferecem uma alternativa eficaz a ter que voltar à universidade para perseguir um sonho.

“Aqui na Ironhack da Inglaterra, por exemplo, embora estejamos muito focados na mudança de carreira, estamos começando a ver mais candidatos que estão abandonando a universidade porque não era o certo para eles. Observamos que a Geração Z está adotando uma nova abordagem para o ensino superior. Eles valorizam o desenvolvimento profissional em um ritmo veloz e acima de uma carreira tradicional”, pontua Pizzolante.

 

  • Qualificação de iniciantes, upskilling e reskilling de equipes 

Na última década, a procura por profissionais de tecnologia mais experientes teve uma alta demanda, tornando muito difícil a retenção de talentos. Com as mudanças nas condições do mercado, o que se vê é uma tendência de que mais empresas terão o foco de investir em suas equipes para desenvolvê-las internamente, promover e retê-las por mais tempo. Com a infraestrutura certa, mais funcionários poderão mudar de carreira para funções técnicas. 

Quando se trata de upskilling e reskilling, de acordo com Jan Molendijk, também Professor Líder em Data Analytics na Ironhack, o mercado de trabalho super competitivo de hoje, com saídas silenciosas e não tão silenciosas, os empregadores não têm escolha a não ser usar o potencial que já têm em casa. "É mais fácil e barato re-treinar funcionários que são profissionais competentes em novas tecnologias do que encontrar outras pessoas que tiveram um treinamento recente nelas. A grande vantagem é que esses colaboradores já falam a língua da marca e isso também é uma vitória para eles próprios, pois não apenas mantêm seus empregos, mas adquirem habilidades, conhecimentos e experiências valiosas”, ressalta.

 

Ironhack
https://www.ironhack.com/br


O ano começa depois do carnaval: Hora de se preparar para ganhar dinheiro na Páscoa

Especialistas da eduK listam cinco sugestões de como se diferenciar, a data pode ser uma ótima oportunidade para faturar mais e ganhar novos clientes

Crédito das imagems: eduK

A Páscoa é uma das datas que mais movimenta o comércio e pode ser uma oportunidade para gerar uma renda extra ou impulsionar um novo negócio. A data traz sempre muitas oportunidades para a venda de produtos da confeitaria, não somente para ovos de chocolate. E foi pensando em como se diferenciar, que um time de especialistas da eduK selecionou as sugestões abaixo.

 

Páscoa no pote?!

 

Pensando em um diferencial, a chef Ju Wilken traz 3 sugestões de produtos servidos no pote, prática cada vez mais utilizada na gastronomia. Com lindas apresentações e ótimo valor agregado, ela lembra que dá para inovar com um alfajor cremoso com um delicado doce de leite caseiro e ganache com licor de laranja; wafer com caramelo salgado e bombom de prestígio com um delicioso toque de creme de coco. Tudo isso sem esquecer uma montagem e apresentação diferenciadas!
 

Aposte nas trufas

 

As trufas são consideradas o “ouro” das chocolaterias, além de serem as preferidas de muitos amantes de chocolate. A cada dia no Brasil cresce o consumo desse produto e hoje somos o quinto país no mundo que mais o consome. As trufas são sempre uma ótima oportunidade de negócio para a confeitaria, tanto no ramo faça e venda quanto na Páscoa, aproveitando a sazonalidade da procura por chocolates. Além de permitir uma produção prática e em escala, elas podem ser comercializadas em diversos segmentos, como docerias, cafeterias, festas e até como lembrancinhas. Aposte na diversificação, que vão dos tipos cremosos, crocantes e ao caramelo ou toffe, lembra a confeiteira Kátia D’Angela.

 

Inove com cones trufados

 

Amplie o cardápio e o negócio com deliciosas e inovadoras receitas de cones trufados. Abuse das casquinhas de cones e de sorvetes com diversos recheios. O chef Alan Datorre chama atenção para a variação das massas, de cones tradicionais passando pelo chocolate e o brigadeiro, e para a inovação das ganaches, com rum, creme de uísque, brigadeiro branco com limão ou pistache e crème brûlée.
 

Não esqueça dos ovos, mas com criatividade


O chocolate é um produto altamente lucrativo, que pode ser combinado com diversos sabores, texturas e modelos. O “químico do chocolate”, Gio Ribeiro, lembra que é possível migrar do simples para o sofisticado nesta Páscoa. “Use ingredientes naturais para ter uma validade maior nos seus recheios trufados e, com isso, produzir com mais facilidade”, lembra Gio. Entre eles sabores brasileiros ou tropicais, como cupuaçu, graviola e coco. E aposte em sabores intensos, como café, whisky e laranja.

 

O pão de mel não podia ficar de fora!

 

O pão de mel vai do tradicional ao pote, mas pode ganhar versões de festa! E é uma ótima dica para fazer sucesso nas vendas! Pão de mel é aquele bolinho fofinho, com cheirinho de especiarias e gostinho de infância. Mais do que isso, é uma receita clássica que pode se transformar em uma oportunidade de negócio e geração de renda. Silvana Xavier, a confeiteira dona da receita do “pão de mel do bem”, lembra que o pão de mel pode ser recheado com diversas opções, ter decorações em chocolate, pasta americana, glacê real e papel-arroz, e até montagens inusitadas.


eduK


Com o apoio da FecomercioSP, Senado aprova MP que reduz IRRF no turismo

Medida, necessária para garantir a competitividade das empresas, favorece a retomada do setor no Brasil


 
O Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) comemora a aprovação, na última terça-feira (28 de fevereiro), no Senado, da Medida Provisória (MP) 1.138/2022, que permite que agências de turismo, operadoras e cruzeiros marítimos paguem 6% de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre remessas ao exterior no limite de R$ 20 mil mensais. Desde o início do ano passado, a Federação atua em prol do pleito que tem por objetivo incentivar a recuperação do setor turístico brasileiro, um dos negócios mais prejudicados durante a pandemia de covid-19.
 
A medida deve ampliar a competitividade das empresas brasileiras. Segundo o texto, a redução da alíquota – de 25% para 6% –, válida de 1º de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2024, será feita de forma escalonada com a fração elevada em 1 ponto porcentual (p.p.) a cada ano. Assim, a alíquota seria de 7% em 2025; 8% em 2026; e 9% em 2027.
 
De acordo com a FecomercioSP, a deliberação deve baratear produtos e serviços internacionais vendidos por agências de viagem brasileiras, como pacotes turísticos, reservas de voos e hotéis, passeios e cruzeiros marítimos. Esta medida representa uma desoneração dos setores afetados de cerca de R$ 1,1 bilhão neste primeiro ano. Segundo a relatora da MP, a senadora Daniella Velloso Borges Ribeiro (PSD/PB), a decisão deve beneficiar as mais de 35 mil agências de turismo nacionais, que geram em torno de 350 mil empregos.


 
FecomercioSP atuou em prol da aprovação

A diminuição da tributação sobre remessas de dinheiro ao exterior contribui para a recuperação econômica do setor de turismo, profundamente afetado pela pandemia. Por isso, a FecomercioSP, desde o início dos debates, contribuiu para a prorrogação da data-limite da MP 1.138/2022 para 1º de março, na aprovação no Congresso.
 
Desde 2020, o Conselho de Turismo da Federação atua em conjunto com as importantes lideranças do setor no sentido de buscar a aprovação da MP e no reforço da importância de manter os recursos destinados a esta política no PLOA de 2023, frente ao risco de perdas de emprego e encerramento de empresas ligadas direta e indiretamente ao segmento.
 
 
FecomercioSP


Obesidade: dor causa círculo vicioso de limitações que prejudicam perda de peso

Excesso de peso pode causar problemas de coluna e pressão alta

 

“Perdi três anos com as limitações causadas pela dor. Não podia ir ao parque porque não conseguia caminhar muito nem ir ao cinema, pois era incômodo ficar muito tempo sentada. Agora estou recuperando o tempo perdido”, conta a professora Anna Wisoczynski, 41 anos. O motivo da dor era uma hérnia de disco volumosa, que foi agravada por uma vida de sobrepeso. Com os quilos a mais vieram problemas de saúde como pressão alta e a piora da endometriose e hipotireoidismo. 

A professora soube da hérnia de disco no fim de 2019, depois de uma viagem. Começou tratamento com ortopedista, descobriu a necessidade da cirurgia para correção, mas a pandemia da covid-19 dificultou o tratamento, o que fez com que ela ficasse apenas com os remédios nos momentos de crise. Três anos depois, já não conseguia fazer atividades rotineiras, como arrumar a cama ou até mesmo trabalhar. Voltou a procurar um especialista e os exames mostraram que a hérnia já havia dobrado de tamanho. 


Cirurgia minimamente invasiva e reabilitação

O ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Antonio Krieger, explica que, embora a causa da hérnia de disco seja genética, o sobrepeso é um fator agravante porque aumenta a carga em cima do disco, que já tem uma predisposição para o desgaste. “Pela obesidade, a Anna não conseguia fazer uma reabilitação adequada com fisioterapia e exercícios, porque as dores causavam limitações e isso cria um círculo vicioso. Ela já não tinha qualidade de vida, perdeu o controle da urina e não conseguia ficar muito tempo em pé”, conta Krieger. 

Para remover a hérnia, a professora passou por uma cirurgia minimamente invasiva chamada vídeo-endoscopia, em que é feito apenas um único furo no paciente. “A cirurgia demorou cerca de 40 minutos, entrei com dor no centro cirúrgico e saí andando sem nenhum incômodo. No início, até achava que era devido à anestesia, mas já nos primeiros dias vi que estava sem nenhuma dor para sentar-se, andar e fazer pequenas atividades”, relembra a professora. “A cirurgia melhorou minha saúde física e mental. Hoje já caminho no parque, vou ao cinema e levo uma vida normal. E estou com meu currículo pronto para voltar a dar aulas, que antes não conseguia devido à dor”, afirma. 


ChatGPT vai tomar meu emprego?

O novo chatbot é um popstar. Ele conversa, escreve, compõe e desenha. Ela sabe muitas coisas. E o que não sabe, inventa sem pudor, tem personalidade e, de vez em quando, dá uns chiliques, como nas conversas com o jornalista americano Kevin Roose. E com tudo isso, é natural que muita gente se pergunte: o que acontecerá se esse programa quiser o meu emprego?

O ChatGPT é a última ferramenta em um processo de automação de funções e tarefas que não é nem um pouco novo, e talvez tenha se iniciado com a invenção da roda, mas podemos localizar na Inglaterra vitoriana o primeiro movimento de oposição ferrenha à automação.

Foi lá que surgiu uma organização secreta, os Luditas, que usavam métodos violentos e de sabotagem para impedir a adoção de máquinas de fiação automáticas nas tecelagens inglesas, por temor que essas causassem desemprego em massa. 

O movimento dos Luditas acabou, a automação tomou conta de todas as tecelagens do mundo, e ninguém ficou sem trabalhar. Assim como produtores de cinema não ficaram sem trabalho com a chegada do VHS, radialistas com o advento da televisão, maquinistas e condutores de carruagens com a invenção do carro e do avião, datilógrafos com o aparecimento do PC, e a lista segue infinita em todas as direções. 

Mas é melhor eu ser mais preciso aqui. Quando se observa individualmente o conjunto de tarefas ligadas e uma profissão, empregos podem ser perdidos. Linotipistas não existem mais. Mas quando a observação é macroeconômica, cada nova tecnologia expande o corpo de demandas ocupacionais, e os indivíduos se readaptam a novas funções e responsabilidades. Portanto, tecnologias destroem profissões, mas criam empregos. E o ChatGPT não vai tomar o seu.

Vou reforçar a afirmação com duas outras razões. A primeira delas: Eu trabalho com Inteligência Artificial e automação há mais de uma década, sempre buscando a mesma coisa, aumentar a produtividade de organizações, e nunca, repito, nunca, vi empregos serem perdidos em razão de automação. Nenhuma organização, de qualquer tamanho, demite bons profissionais porque suas funções foram substituídas por automação. Essas organizações automatizam processos exatamente para que bons profissionais possam se concentrar em funções mais nobres, que demandam sensibilidade e tomada de decisão. 

E quero comprovar essa afirmação com alguns números. Os Estados Unidos são - pouca gente vai argumentar contra isso - a economia mais intensamente automatizada do mundo. E na recuperação pós-Covid, o país tem hoje a menor taxa de desemprego desde 1969. De fato, não há trabalhadores para todas as vagas disponíveis, portanto, a única solução é automatizar mais. 

E não é só lá. No Brasil , a  taxa de desembprego cai em trimestres sucessivos há 2 anos, e os países da OCDE fecharam o ano de 2022 com taxa média de desemprego de 4,9%, o limite do que chamamos de território de pleno emprego. 
O segundo fator é ainda mais interessante. O crescimento populacional estacionou em quase todas as locomotivas econômicas do mundo, e não há volta. China, Japão, Coréia, Espanha, Portugal, Itália e Alemanha têm taxas de natalidade negativas ou próximas de zero.

E no Brasil, o estado do Rio Grande do Sul, que cresceu apenas 0,06% em 2021, é apenas o primeiro retrato de uma tendência irreversível de redução e envelhecimento da população. Mas a economia não vai crescer zero. A previsão para a economia global é crescer por volta de 3,5% esse ano.

E como crescer, se não tem gente para ocupar empregos? Com o aumento de produtividade – e para incrementá-la ainda mais -, precisamos de todos os ChatGPTs e seus primos que pudermos usar. 

Mas volto a repetir. Se o volume de empregos não vai mudar, sua natureza vai. Na próxima semana, falarei do impacto do bot-matraca e IA generativa na economia criativa. Stay tuned!

 

Alex Winetzki - CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, referência em soluções digitais.


Voz de líder: garra, determinação e foco


 O livro “Garra”, da psicóloga Angela Duckworth, traz uma reflexão importante ao afirmar que o segredo das realizações incríveis do ser humano e da capacidade de perseverar e produzir resultados, não é o talento, mas uma mistura de paixão e perseverança que ela chama de “garra”. 

Esse conceito, tenho levado para o trabalho de aprimorar a interlocução de CEOs e lideranças no ambiente empresarial, derrubando o mito de que falar bem é um talento nato. É para poucos. A “garra” revela que todo mundo pode falar bem em público. Basta ter foco, treino e organização. 

A boa comunicação no ambiente corporativo vem sendo apontada por especialistas do setor como a competência mais importante para 2023. A voz é capaz de atrair as pessoas. Por isso, focar nesse tema, reforça a ideia de que é preciso impor a garra além do talento na hora de se comunicar. 

Prioritariamente, é preciso entender as características da voz e ressaltar as forças positivas para fazer do modelo pessoal de comunicação um instrumento cada vez mais preciso. E para isso não há outro caminho senão o treino. A sua narrativa é como um músculo. Quanto mais se treina, melhor ela fica. 

Nosso potencial é uma coisa e o que fazemos com ele é outra, bem diferente, seguindo os caminhos da autora. Ao impor a garra na voz, somada a gestos mais intensos e vigorosos, fica mais fácil sinalizar confiança e certeza, que contribuem para uma comunicação mais efetiva. 

Com quatro recursos apontados no livro, é possível trazer essa garra para uma construção de discursos muito mais vencedores na forma e no conteúdo. São eles:

  • Despertar interesse: as pessoas escutam, dão atenção, estudam e falam melhor daquilo pelo que se interessam mais.
     
  • Disposição para praticar: para falar bem é preciso praticar, ter foco. Não existe ‘falar de improviso’. Todo mundo que improvisa bem tem algum texto preparado previamente dentro de si.
     
  • Propósito: é o que vai além de nós. Para isso, é necessário encontrar no discurso um equilíbrio entre aquilo que interessa ao interlocutor e que faça bem aos outros como propósito. Temos sempre que facilitar a compreensão para os nossos ouvintes. Isso proporciona mais segurança.
     
  • Esperança : nem sempre vamos nos dar bem nas nossas comunicações, mas precisamos ter otimismo e aprender com o que estamos vivenciando. Da mesma forma, na comunicação. Se nossa fala for mal compreendida, é preciso ajustá-la e aplicar as técnicas de fala indicadas para um ambiente mais controlado e entender o que funciona e o que ainda pode ser aperfeiçoado. Para aprender a dar essa “garra” na voz, o conceito tirado do livro é “cair sete vezes, levantar-se oito.

O poder de conquistar as pessoas pela forma de se comunicar é um fato, mas aprendemos a lidar com isso muito tarde. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa construção da fala e da comunicação começa na escola, desde a infância. Aqui no Brasil, ainda estamos em fase inicial no incentivo às crianças para exposição de suas ideias ainda na fase infantil nas escolas. Essa vivência vai ajudar os adultos do futuro na forma de articular um discurso, de comunicar nossos propósitos e nossas mensagens. 

Nos preocupamos com o desempenho de nossa forma de comunicar apenas quando atingimos a fase adulta. É preciso treinar desde cedo esse instrumento que será um bom diferencial na vida pessoal e profissional. Bem ‘afinada’, a comunicação exige do interlocutor o cuidado de vigiar os diálogos internos que vivenciamos. Eles precisam ser mais otimistas e positivos porque vão dar o tom da mensagem, expressada na voz adequada.

  

Juliana Algodoal - PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho -- Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta.


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