Maior especialista
em autoconhecimento e inteligência emocional do país, Heloísa Capelas, explica
como as mulheres estão rompendo com o modelo masculinizado de liderança e
contribuíram para os conceitos de equidade e diversidade, cada vez mais
presentes nas organizações
Na construção pelos espaços de oportunidade e
igualdade no mercado de trabalho, muitas mulheres assumiram modelos masculinos
de perfil de líder, a fim de serem aceitas pelas corporações como um sinônimo
de força e competência ao ocupar um lugar antes desconhecido. Esse caminho se deu
consciente e também inconscientemente, afinal essa era a grande referência que
se obtinha até então.
Fato é que uma vez que a mulher encontrou uma
oportunidade de espaço no mundo corporativo, ela nunca mais retornou à antiga
posição de cuidadora, responsável única e exclusivamente pelos afazeres do lar
e dos filhos.
Foi no chão de fábrica que as mulheres começaram a
revolucionar, mostrando força e capacidade tal qual os homens, em um movimento
que, pouco a pouco, foi lhes permitindo galgar novas posições e assumindo os
cargos de maior hierarquia como vemos atualmente. No entanto, este não foi um
caminho fácil.
“As mulheres tiveram que
renunciar sua feminilidade para encarar os mais diferentes desafios em um mundo
que foi construído pelos homens. E não teve outro jeito. Elas não tinham outra
referência a não ser a masculina, tanto em termos de ocupações, quanto de
perfil de liderança. Essas primeiras mulheres sedimentaram o caminho para que
outras continuassem os avanços, reconhecendo que essas características eram
apenas uma parte do processo. Aos poucos, as mulheres foram resgatando sua
essência, empoderando-se, e hoje mostram que suas habilidades fazem total
diferença para o sucesso dos negócios”, explica Heloísa
Capelas, uma das maiores especialistas em autoconhecimento e
inteligência emocional do país, palestrante e autora dos best-sellers: Inovação
Emocional, O Mapa da Felicidade, e Perdão, a revolução que falta.
As habilidades femininas citadas por Heloísa são as
reconhecidas soft skills, hoje amplamente valorizadas no mundo corporativo; um
legado feminino que continuamente tem se expandido a homens e mulheres, a
partir do momento que as companhias notaram os benefícios dessas contribuições.
Empatia, capacidade de assumir multitarefas, ter visão sistêmica, tudo isso sem
ter que deixar de lado a amorosidade e o acolhimento.
“Embora estejamos falando
atualmente com mais afinco sobre as soft skills, elas já estão há um bom tempo
impulsionando grandes revoluções no ambiente corporativo. Toda essa sensibilidade
em enxergar o todo, fez perceber a necessidade de criar ambientes cada vez mais
equilibrados, equitativos e diversos, abrangendo diferentes gêneros, etnias e
faixas etárias para alcançar a homogeneidade que vemos hoje. As mulheres foram
as precursoras das ideias e movimentos de equidade, pelo simples fato de
saberem o quanto tiveram que lutar para conquistar seu espaço. E elas
conseguiram mostrar, por meio de diferentes iniciativas, o quanto essa nova
forma de trabalhar e compor equipes pode gerar discussões produtivas, agregar
ainda mais criatividade e insights preciosos, que impactam diretamente no
sucesso dos negócios”, complementa Heloísa Capelas.
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