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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Alimentação balanceada e seus benefícios para a qualidade de vida de pessoas com Alzheimer

A doença de Alzheimer pode ser definida como uma síndrome clínica neurodegenerativa, na qual ocorre uma alteração da função cognitiva, que pode se manifestar de várias formas, como déficit de memória, dificuldades de compreensão e julgamento e outros déficits relacionado as funções corticais. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 55 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer. Estimativas da Alzheimer’s Disease International, sediada no Reino Unido, mostram que os números globais poderão chegar a 74,7 milhões, em 2030, e 131,5 milhões, em 2050.


A doença acomete com maior incidência pessoas idosas e ainda não tem cura.

Para melhorar a qualidade de vida de pessoas com a doença, a alimentação adequada e balanceada é uma forte aliada. Segundo a Nutricionista e integrante da Comissão de Formação Profissional do Conselho Regional da 3ª Região – CRN-3, Maria de Lourdes do Nascimento da Silva, “a alimentação e nutrição adequadas está diretamente relacionada com a qualidade de vida e a manutenção da saúde e prevenção de complicações nos portadores da Doença de Alzheimer. Quanto mais precoce se inicia a terapia nutricional, maior será o impacto benéfico no tratamento, retardando a progressão da doença.”, explica.

Ainda segundo a nutricionista, é importante manter uma alimentação rica em proteínas, Antioxidantes (vitaminas A, D, E), Vitaminas do Complexo B (em particular a vitamina B 12) e Folato, Ácido Graxos Essenciais (ácido graxo ômega 3), Minerais (ferro, selênio e zinco).

Ainda não se conhece uma causa específica da doença de Alzheimer. A hipótese de predisposição genética para seu aparecimento ainda está em estudo. Mas já existem pesquisas que apontam a influência de vários hábitos de vida e de agentes externos presentes no ambiente (produtos químicos, toxinas e poluição, por exemplo) na ativação ou supressão de genes patológicos associados ao Alzheimer e de diversas outras doenças.

Sobre a prevenção à doença, Maria de Lourdes explica que é possível sim estar menos propício ao Alzheimer com a prática de bons hábitos alimentares. “Para prevenção é muito importante que o indivíduo tenha uma alimentação equilibrada em calorias e nutrientes de acordo com suas características relacionada ao seu peso, estatura, idade, por exemplo. É importante também que esteja presente na dieta alimentos que forneçam os nutrientes que participam ativamente das funções cerebrais: Peixes (contêm ômega 3), Vegetais Verdes Folhosos (contêm Minerais e vitaminas do complexo B, ácido fólico) Frutas Vermelhas (antioxidantes), Castanha do Pará (Contêm selênio), sem esquecer das fibras, é da água, fundamentais para processos metabólicos. Quanto mais variada for a alimentação, mais nutrientes ela vai fornecer, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e prevenindo muitas outras doenças também”, explica a nutricionista.

Para concluir, Maria de Lourdes orienta como proceder para começar a ter uma alimentação balanceada, tanto para prevenir a doença de Alzheimer quanto para aqueles que já tem a doença e querem ter mais qualidade de vida.

“Primeiramente é fundamental consultar o Nutricionista. É o profissional indicado para realizar avaliação nutricional, definir o diagnóstico nutricional e estabelecer a conduta alimentar. O atendimento deve ser de forma individualizada levando em considerações aspectos, físicos, clínicos, rotinas, aspectos socioculturais e emocionais. O profissional nutricionista também irá orientar e desmistificar sobre muitos conceitos, corrigir hábitos, indicar alimentos mais saudáveis, incentivar o progresso das ações, respeitando e valorizando a pessoa como um indivíduo único e que precisa estar envolvido no seu tratamento, na sua saúde e ser agente ativo para a manutenção da sua qualidade de vida”, concluiu.



CRN-3
www.crn3.org.br



Sangramentos uterinos: quando se preocupar?

A Dra. Bruna Merlo, Ginecologista da HAS Clínica fala sobre os sintomas anormais da menstruação

 

O útero, órgão do sistema reprodutor feminino, é responsável pela gravidez e menstruação. Sendo assim, os sangramentos uterinos são frequentes, mas é preciso prestar atenção para saber a hora de se preocupar. 

O sangramento menstrual é uma perda fisiológica de sangue mensal que ocorre nas mulheres em idade reprodutiva. Ela pode durar de 2 a 7 dias, o volume de sangue varia e as cólicas são comuns. 

“O sangramento se torna anormal quando acontece fora do período habitual e apresenta características diferentes como: aumento de volume e duração maior que 7 dias. Neste caso é recomendado a procura de um profissional da saúde”, explica a Dra. Bruna Merlo, Ginecologista do Hospital Albert Sabin (HAS). 

O diagnóstico é feito a partir de exames como: ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética, tomografia, entre outros. 

As causas mais comuns do sangramento uterino anormal são: desequilíbrio hormonal, infecções, lesão uterina e até câncer uterino. 

O tratamento do sangramento anormal é feito através de uso de anticoncepcionais orais, medicamentos hormonais injetáveis, terapia hormonal e, em alguns casos, cirurgia. 

“A cirurgia é escolhida dependendo de cada caso. Pode ser feita uma histerectomia, que é a remoção do útero ou apenas um procedimento para remover as lesões. Além disso, a cirurgia pode ser aberta ou por vídeo, dependendo da saúde da paciente, o tipo e tamanho das lesões. A melhor opção será avaliada pelo médico”, finaliza a Dra. Merlo.

 

HAS Clínica
Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento: (11) 3838 4669
http://www.consultaaqui.com.br/
https://www.instagram.com/has_clinica/
Agendamento on-line: https://app.agenda.globalhealth.mv/agendar/?key=hasabin


Março Azul Marinho: fatores genéticos são a causa de 20% dos casos de câncer colorretal

Estudos indicam que 1 em cada 6 pacientes possui variante patogênica de linhagem hereditária
 

O câncer colorretal é um dos mais incidentes na população moderna. Estima-se que, por ano, mais de 1 milhão de pessoas sejam diagnosticadas com a doença mundialmente. A diminuição dos fatores de risco está associada a mudanças de hábitos de vida, mas pouco se fala sobre a importância da investigação genética. 

“Conhecer a linhagem hereditária do paciente é crucial para um diagnóstico precoce e, consequentemente, a aplicação de abordagens terapêuticas de precisão. Como a maioria dos médicos não faz a investigação genética, não sabemos quem tem predisposição, assim, não conseguimos intervir nas mudanças de hábitos precocemente”, explica Dr. Pedro Uson, oncologista do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor. 

Atualmente, o principal meio de detecção do câncer colorretal é a colonoscopia. Estudos apontam que, a partir de um diagnóstico precoce, o exame tem a capacidade de reduzir significativamente o risco de desenvolver a doença, além de demonstrar redução no risco de morte. Outro exame essencial e extremamente recomendado para o rastreamento é a análise de sangue nas fezes. 

O médico afirma que o exame de rastreamento deve ser iniciado a partir dos 45 anos, mas em casos de pacientes com histórico familiar ou outros fatores de risco, a indicação é começar aos 35. Quando os achados da análise são considerados normais, a recomendação é repetir o exame a cada 5 anos. Já em pólipos ressecados, os especialistas aconselham a retomada em 3 anos. 

“A maioria dos pacientes que têm a doença diagnosticada precocemente não apresenta sintomas, entretanto, quando mais avançada, os sinais podem incluir dores abdominais, anemia, alterações do hábito, calibre e até mesmo sangue nas fezes. Algumas manifestações inespecíficas podem estar associadas ao cansaço e emagrecimento sem motivo aparente”, ressalta o doutor. 

Ainda de acordo com o médico, manter hábitos saudáveis é a melhor maneira de prevenção, além das rotinas de exames médicos. “Inclua a realização de atividade física regular durante a semana, evite o consumo ao máximo de carne vermelha, processados, álcool e cigarro. Essas medidas são fundamentais para evitar o desenvolvimento de diversas doenças”, finaliza o médico.

 

Hcor

 

Fertilidade: o caminho para a gravidez pode estar no prato

Unsplash
Café, carne vermelha e trigo. Os itens, comuns à lista de supermercado das famílias, escondem um potencial revelado pela ciência: a interferência direta na fertilidade feminina.  

Os alimentos têm sido cada vez mais relacionados ao desenvolvimento – ou piora – de doenças que afetam o sistema reprodutivo da mulher, como a endometriose. 

Em alguns casos, as intolerâncias alimentares podem se camuflar num cansaço difícil de diagnosticar. Silenciosa, a doença celíaca é um exemplo de distúrbio associado à endometriose que encontra na má alimentação uma brecha para a infertilidade.  

Não à toa, a nutrição virou ferramenta no tratamento de quem busca engravidar. Um universo feito de homens e mulheres que se desdobram para driblar as estatísticas – já que, segundo a Organização Mundial de Saúde, a infertilidade atinge 15% da população.  

Se antigamente a suplementação com ácido fólico era a única recomendação para as mulheres que decidiam planejar a gravidez, hoje, a nutrição funcional prega a importância da alimentação e peso saudáveis aliados ao acompanhamento – e eventual reforço – de nutrientes como o cálcio, vitaminas D e E e antioxidantes, essenciais no processo de ovulação. 

Paralelamente a isso, evitar o excesso de carne vermelha e de café são orientações médicas para manter distância de eventuais patologias relacionadas à dificuldade para engravidar.   


Trabalho a dois

Missão vivida a dois, a tarefa de gerar a vida não é exclusividade da mulher e os cuidados também não o são.  

O avanço dos estudos levou a outra mudança nos consultórios: os futuros pais têm investido em mudanças nutricionais com foco na fertilidade.  

Isso porque o espermatozóide que fecunda o óvulo pode impactar a saúde dos descendentes por mais de uma geração, exercendo influência, inclusive, na saúde dos netos do genitor.  

Segundo a nutricionista funcional e professora do Puravida PRIME, Débora Valadão, parte dos problemas de fertilidade masculina diagnosticados em espermogramas é passível de solução apenas com adaptações na alimentação.  

“Os espermatozóides não têm defesa antioxidante própria, eles dependem da oxidação externa que vem da alimentação do paciente”, explica a especialista.  

Débora destaca que o consumo de alimentos ricos em vitamina C e E são essenciais para a saúde reprodutiva masculina. Mas não são os únicos. No caso em que o diagnóstico do espermatozóide inclui alteração na motilidade, os nutrientes indicados são outros.   

“Quando a gente pensa em motilidade, a gente vai pensar em ativar mitocôndria, que são as organelas que formam energia e fazem com que esse mesmo espermatozóide se desloque de forma adequada. Eu poderia falar dois nutrientes que eu considero importantes: vitaminas do complexo B, especialmente B1, B2, B3 e Coenzima Q10”, pontua.  


Intolerâncias alimentares

Mais que suplementar, é preciso uma investigação para identificar os pontos em desequilíbrio no organismo. Para isso, Débora indica uma série de exames que ajudam a mapear possíveis deficiências que implicam diretamente na fertilidade. Entre eles, estão: 

  • Rastreamento para doença celíaca (que costuma estar atrelada à endometriose);  
  • Ultrassom para contagem de folículos; 
  • Índice de saturação de transferrina; 
  • Cálcio; 
  • Vitamina D; 
  • Vitamina B12; 
  • Zinco; 
  • Cobre. 

“Existe uma série de exames nutricionais que eu preciso para que eu consiga equilibrar a endometriose. A gente costuma brincar que é a doença da fertilidade mais ‘chata’ de tratar por que tem alteração em quatro vias: da inflamação, da defesa antioxidante, do sistema imunológico e do sistema hormonal”, explica a professora do Puravida PRIME.


Cardápio reforçado 

A nutricionista listou alguns alimentos que são aliados na manutenção dos pilares para a nutrição das mulheres que já identificaram a endometriose.  


Aporte antioxidante:  frutas cítricas, em especial frutas amareladas e alaranjadas;  


Vitamina E: oleaginosas, como nozes, castanha do Pará, semente de girassol; 

Coenzima Q10: sardinha e amendoim. Brócolis, couve e espinafre também são ricos na substância;  


Dormir bem: para os ajustes da dieta serem efetivos, eles precisam estar alinhados com noites de sono reparador. “O maior antioxidante do ovário é a melatonina. Sem um sono adequado, eu não tenho uma defesa antioxidante do ovário boa, então não adianta eu comer tudo isso se eu durmo mal porque o ovário é fã da melatonina”, esclarece Débora Valadão. 


Bom lembrar

A alimentação está diretamente ligada à fertilidade.  Tanto pela manutenção da saúde, que proporciona o ambiente propício para a ovulação e para a produção de espermatozóides saudáveis, quanto para a prevenção e mitigação de sintomas causados por doenças que podem levar à infertilidade, como a endometriose.  

Investir na nutrição de qualidade é o primeiro passo para casais que planejam ter filhos.  Caminho que passa pela nutrição funcional, responsável por avaliar os parâmetros individuais e ajustar eventuais desequilíbrios nutricionais a fim de preparar o organismo dos futuros pais para a gestação e para a chegada do bebê.  

A recomendação geral é reforçar o cardápio com alimentos benéficos para esse processo, principalmente aqueles ricos em vitamina E, coenzima Q10 e com função antioxidante.  

Outra dica da nutricionista funcional Débora Valadão é apostar em boas noites de sono: o descanso reparador faz com que tudo flua melhor – da manutenção da homeostase à disposição para pensar numa nova vida para aumentar a família. 



Puravida PRIME
https://www.puravidaprime.com.br/

 

Cerca de 30% das crianças com doenças raras morrem antes dos 5 anos sem diagnóstico fechado

Crédito: Camila Hampf
Primeiro hospital a ser habitado como serviço de referência nos país, Pequeno Príncipe chama atenção para a importância do diagnóstico precoce


Cerca de 30% das crianças com doenças raras morrem antes dos 5 anos de idade, na maioria das vezes, sem diagnóstico. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma doença é considerada rara quando atinge 65 em cada 100 mil pessoas. Embora atinjam apenas uma pequena parcela de pessoas, juntas as doenças raras acometem mais de 5% da população mundial – 75% são crianças e 80% têm origem genética. 

No Brasil, a estimativa é que 13 milhões de pessoas possuam algum tipo de doença rara. Aqui o número de diagnósticos aumentou em mais de 100% em quatro anos, de acordo com um estudo publicado no Journal of Community Genetics em 2018. A pesquisa mapeou 144 municípios brasileiros. “As doenças raras já são comuns, e a conscientização se tornou importante porque o número de paciente está se tornando cada vez maior, e é preciso oferecer melhor qualidade de vida para essas pessoas”, diz a chefe do Serviço de Doenças Raras do Pequeno Príncipe, Mara Lúcia Schimitz Ferreira Santos.

Por isso, no Dia Mundial das Doenças Raras, que neste ano acontece no dia 28 de fevereiro, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do país, chama atenção para a data que tem o objetivo de disseminar informações referentes ao tema. “Quanto mais conscientização, mais podemos ajudar. E ajudar nesses casos é buscar o diagnóstico precoce. Identificar a doença nos primeiros anos da criança pode oferecer sobrevida e mudar completamente suas condições de saúde e bem-estar”, considera a neurologista.

Para 95% dos acometidos por uma doença rara não há tratamento, mas com o diagnóstico definido é possível realizar cuidados paliativos e serviços de reabilitação. Outros 3% têm tratamento cirúrgico ou medicamentoso que atenua os sintomas. Os demais podem ser curados com medicamentos ou ainda com a realização de transplantes.

O número exato de doenças raras ainda é desconhecido, porém acredita-se que existam de sete a oito mil tipos no mundo. Essas patologias são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa, o que acaba dificultando o diagnóstico. Uma doença rara leva, em média, de 10 a 15 anos para ser diagnosticada. As famílias acabam passando por dez médicos de especialidades diferentes até chegarem ao diagnóstico correto.

Diante desse cenário e para além da avaliação pediátrica nos recém-nascidos – como os testes do pezinho, orelhinha, olhinho e coração –, a recomendação da especialista é que os pais fiquem atentos ao desenvolvimento da criança. “É fundamental o acompanhamento do ponto de vista neurológico, intelectual e motor; a observação da presença de algum defeito físico interno (coração, por exemplo); de infecções de repetição; de febres incessantes; e ainda de distúrbios de crescimento”, completa a médica.

 

Março Azul contra o Câncer Colorretal

Um dos mais frequentes e que mais mata em todo o mundo, só no Brasil, câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e homens, mas diagnóstico precoce pode atingir até 95% de chances de cura


O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, explica que o câncer colorretal (CCR), atinge o intestino grosso ou o reto, e apresenta maior risco são as que têm familiares com a doença, as que possuem hábitos de vida pouco saudáveis e homens e mulheres acima de 45 anos.

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino grosso/colón e de reto, mata 900 mil pessoas por ano e, fica atrás somente do câncer de pulmão. Esta neoplasia é, no Brasil, a segunda mais comum entre homens e mulheres, totalizando 45.630 novos casos por ano. 

De acordo com levantamento do Globocan, da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes. Este tipo de tumor foi o que vitimou o Rei Pelé. 

Para manter esse tipo de tumor bem longe, o médico recomenda evitar o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas, praticar atividade física, se alimentar de fibras e evitar alimentos ultraprocessados e açúcares e fazer o rastreamento da doenças mesmo sem sintomas. “Para quem perceber sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal com diarreia, intestino preso ou alternância entre diarreia e intestino preso além de dor abdominal, cólica e emagrecimento sem uma causa conhecida, daí a busca pelo médico deve ser imediata”, alerta.

As chances de cura chegam até 95%, mas para isso, o médico avisa que o diagnóstico precoce precisa acontecer. 

 

Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).

 

Bia Garbato tira a bipolaridade do armário em livro que diverte, emociona e conscientiza

Escritora esclarece os altos e baixos de viver com um transtorno mental que afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo


“Eu sempre soube que tinha uma coisa estranha aqui dentro”. É assim que a escritora Bia Garbato abre as portas da própria mente para que os leitores mergulhem no universo de quem convive com o transtorno de bipolaridade no livro Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero, lançamento da Matrix Editora. Com textos dinâmicos e divertidos, ela tira a doença do armário para educar mais pessoas sobre o tema.

Diagnosticada com o distúrbio que afeta cerca de 140 milhões de indivíduos no mundo, a autora contesta os estigmas sociais com bom humor e irreverência. “As pessoas não contam pra todo mundo que têm diabetes? Por que eu não posso contar que sou bipolar?”, questiona. Mesmo aconselhada a esconder sua condição para evitar o preconceito, ela acredita na transparência como o caminho da autoaceitação e da conscientização.

Quando fui diagnosticada, muita gente me aconselhou a encobrir a minha
doença, como se fosse vergonha, alegando que iria chocar as pessoas e gerar
preconceito. Estavam totalmente certos. O problema é que eu não consigo viver
meias-verdades. Minha maior qualidade – e defeito – é a sinceridade. Eu precisava
tanto digerir a questão, que contava para todo mundo. No ponto de ônibus:
“É aqui que passa o 304? Sabia que eu sou bipolar?”. Ou na manicure: “Quero
uma unha de cada cor. É que eu sou bipolar”. Falei para os amigos e os inimigos.

(Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero, pág. 19)

 Esse empoderamento, claro, foi conquistado a partir de um processo cheio de altos e baixos marcado por episódios de depressão e mania, os dois polos da bipolaridade. O primeiro, bem conhecido, está relacionado com o sentimento constante de tristeza profunda. Já o estado maníaco pode ser traduzido como momentos de euforia expressiva, que geram muita instabilidade emocional, prejudicam o sono, favorecem os comportamentos de risco e intensificam os hábitos compulsivos.

 As compulsões, aliás, também são tema do livro. Bebida, cigarro e comida são alguns dos vícios superados pela autora. Na busca por uma vida mais saudável, Bia perdeu 30 quilos em uma dieta transformadora. O processo de emagrecimento está registrado nas páginas a partir de passagens engraçadas que não têm pretensão de defender ou incentivar padrões irreais de beleza. Pelo contrário, a perda de peso é a prova de que ela, com o auxílio de profissionais e uso de medicamentos que estabilizam o humor, conseguiu recuperar o controle da própria narrativa.

 Bipolar, Sim. Louca, Só Quando Eu Quero expõe as vulnerabilidades de uma mulher como tantas outras, que lida com questões relacionadas à saúde mental, obesidade, sentimentos como a inveja, a maternidade real e as imperfeições do casamento. Endossado por Tati Bernardi, escritora, Guga Chakra, jornalista, Mica Rocha, influenciadora, e pelo psiquiatra Beny Lafer, referência internacional e uma das maiores autoridades sobre o transtorno bipolar, o livro trata de temas delicados com muita leveza e reforça que um diagnóstico não deveria definir a vida de ninguém. 

Divulgação
Ficha técnica

Título: Bipolar Sim, Louca, Só Quando Eu Quero
Autora: Bia Garbato
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-6556162881
Formato: 16 x 1,5 x 23 cm
Páginas: 160
Preço: R$ 40,00
Onde encontrar: Matrix Editora e Amazon

 Sobre a autora

Bia Garbato nasceu no Rio de Janeiro em 1981 e cresceu em São Paulo. Foi publicitária, artista plástica, designer de interiores e locutora. Depois de ser diagnosticada bipolar, driblar suas depressões, se tornar mãe e perder 30kg, ela criou coragem de falar sobre suas vulnerabilidades e hoje se dedica à sua verdadeira paixão: a escrita. Com histórias bem-humoradas, ela mostra que rir de si mesmo é o melhor remédio.  Instagram


Matrix Editora
www.matrixeditora.com.br


Investir na Massa Magra é Investir na Saúde: Entenda a Relação e Como se Beneficiar

A massa muscular é muito mais do que apenas um tecido responsável por movimentar nosso corpo. Ela é uma glândula endócrina produtora de inúmeras substâncias que modulam o nosso sistema imunológico e protegem nosso DNA. 

Dentre as substâncias produzidas pela massa muscular, podemos destacar as miocinas, que são proteínas produzidas pelas fibras musculares e que têm um papel importante na comunicação com outros tecidos do corpo. Essas proteínas podem influenciar a resposta imunológica, ajudando a prevenir a inflamação crônica, que pode estar associada a diversas doenças. 

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo comenta que, além disso, a massa muscular também produz substâncias antioxidantes que ajudam a proteger nosso DNA contra danos oxidativos causados por radicais livres. Esses danos podem levar a mutações genéticas e até mesmo ao desenvolvimento de câncer. 

Dessa forma, a massa muscular não só é importante para o movimento e a postura, mas também desempenha um papel fundamental na saúde e no bem-estar do nosso organismo como um todo. Por isso, é fundamental cuidar da nossa massa muscular por meio de uma alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e outros hábitos saudáveis, como a ingestão de água e uma boa noite de sono.
 
Massa muscular e a saúde

De fato, há uma forte relação entre a massa muscular e a saúde metabólica. Quanto maior a massa muscular, menor é o risco metabólico de desenvolver doenças, o que, por sua vez, diminui o risco de mortalidade. 

Isso ocorre porque a massa muscular tem um papel importante na regulação do metabolismo do corpo. Ela é responsável por armazenar e queimar energia, contribuindo para a manutenção da glicemia e da sensibilidade à insulina. Quando há uma quantidade suficiente de massa muscular, o metabolismo do corpo funciona de forma mais eficiente, reduzindo o risco de desenvolver doenças metabólicas, como diabetes tipo 2.

“Além disso, a massa muscular também pode ajudar a proteger o coração. Isso porque, durante a contração muscular, há uma liberação de substâncias que têm um efeito vasodilatador, ou seja, que ajudam a expandir os vasos sanguíneos e melhorar o fluxo de sangue. Com isso, o coração precisa trabalhar menos para bombear o sangue, o que reduz o risco de doenças cardíacas.” Informa o médico. 

Vale comentar também que a massa muscular é importante para a saúde óssea. Quando os músculos são estimulados por meio de atividades físicas, ocorre um aumento da força e da densidade óssea, reduzindo o risco de osteoporose e fraturas. 

É possível entender que quanto mais cedo começarmos a investir no ganho de massa magra, maiores serão os benefícios que poderemos colher ao longo da vida. 

Isso porque a perda de massa muscular é uma consequência natural do envelhecimento, e começa a ocorrer a partir dos 30 anos. Essa perda de massa muscular pode levar a uma série de problemas de saúde, como doenças metabólicas, problemas cardíacos, osteoporose e fragilidade física. 

Por outro lado, investir em atividades físicas que promovam o ganho de massa muscular desde cedo pode ajudar a prevenir esses problemas e garantir uma vida mais saudável e ativa. Além disso, o ganho de massa muscular também pode contribuir para a melhoria da autoestima, da disposição e da qualidade de vida em geral. 

Invista na construção e manutenção da massa muscular, isso pode trazer inúmeros benefícios para a saúde metabólica e geral do seu corpo, reduzindo o risco de desenvolver doenças e, consequentemente, diminuindo o risco de mortalidade. 

“É importante que as pessoas comecem a se preocupar com o ganho de massa magra desde cedo, por meio de atividades físicas e uma alimentação equilibrada. A prática regular de exercícios físicos que estimulem o ganho de massa muscular, como a musculação, pode ser uma excelente opção para quem busca uma vida mais saudável e ativa. Investir no ganho de massa magra desde cedo é uma forma de conquistar mais saúde e qualidade de vida ao longo da vida.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

  

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


Beber muita água é sempre positivo?

Um dos conselhos mais difundidos junto a quem procura uma vida saudável é beber bastante água. Quem nunca escutou que é preciso consumir, no mínimo, dois litros do líquido por dia? Apesar da importância para o bom funcionamento dos rins e de outros sistemas do organismo, é necessário cautela na hora de seguir esta recomendação. Segundo o urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar, dentro das patologias renais, há tanto as que demandam alto consumo de água quanto as que exigem cuidado com o volume ingerido.

No cenário mais amplo, a orientação para consumo abundante de água está associada essencialmente a dois fatores: desidratação e formação de cálculos renais. O primeiro fator, segundo o médico, tem maior risco de ocorrer entre crianças e idosos que tendem a ter quadros de vômitos e diarreia mais frequentes. “A perda de líquido por esses meios pode gerar desidratação, que aumenta a chance de insuficiência renal. Para evitar isso, indicamos uma ingesta satisfatória de água diariamente”, complementa.

Do outro lado, quando existe diagnóstico de insuficiência renal, a orientação vai na contramão: a ideia é que o consumo de líquido se torne cada vez mais restrito conforme a gravidade do problema. Nassar explica que nestes casos, o rim tem uma incapacidade de filtração e, se a demanda hídrica for alta, ocorre inchaço.

“A perda da função do rim pode ocorrer por diferentes motivos, como uso de medicamentos, diabetes e hipertensão. Para os pacientes com o quadro, é preciso limitar o consumo de qualquer líquido, até mesmo os presentes nos alimentos, para evitar inchaço - que geralmente é percebido nas pernas. Em casos graves, por exemplo, essa ingestão pode ser de no máximo 800 ml ao dia”.

O urologista ressalta, no entanto, que para uma população saudável e que mantém acompanhamento médico constante, a dica de consumo de 1,5 a 2 litros de água por dia pode ser seguida. “Essa é uma orientação generalizada que auxilia na prevenção de cálculo renal. Porém, vale ressaltar que essa quantidade não vai impedir o problema em todos. Algumas pessoas vão necessitar de mais líquido, por isso é preciso sempre ter um acompanhamento médico”, conclui.  

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
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Tel. (11) 5080-4000
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Alzheimer infantil: entenda o que é, quais são as causas e tratamentos

Especialista explica como acontece o desenvolvimento da doença nas crianças e as dicas de prevenção

 

A síndrome de Sanfilippo, popularmente conhecida como Alzheimer infantil, é um distúrbio causado por uma mutação que impede o metabolismo de degradar moléculas de alguns tipos de açúcar, causando falta da capacidade ou habilidade motora. Segundo a Organização Mundial para Distúrbios Raros (NORD), aqueles com a doença vivem em média entre 15 e 20 anos, embora a morte possa ocorrer antes dos 10 anos. 

O pediatra e professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê, Bruno Leandro, explica que a doença, na verdade, não se trata de Alzheimer em si, mas de uma outra que provoca perda de memória, dentre outras características.  

“É oficialmente conhecida por Niemann-Pick tipo C, porém também é, por vezes, atribuída a outras síndromes demenciais na infância, como a Síndrome de Sanfilippo. A condição é rara e há registros de que o Alzheimer infantil afeta menos de 1000 crianças no mundo todo. A doença ainda não tem cura e avança com o tempo; normalmente causa o aumento dos órgãos, danos nos pulmões, rigidez muscular, demência e dificuldade na fala”, completa. 

Entretanto, há uma grande distinção entre o Alzheimer em adultos e crianças.  A síndrome de Sanfilippo, ou mucopolissacaridose tipo III, é uma doença genética rara que impacta a produção de enzimas. A condição afeta uma substância chamada glicosaminoglicanos nas células. Já o Alzheimer tem relação com um acúmulo anormal de proteínas: a tau e a beta-amiloide.  

“Na criança começa a aparecer logo na primeira infância, acompanhada geralmente de outras alterações neurológicas como a epilepsia, convulsões e até mesmo alterações em outros órgãos do corpo. Já no adulto, é um distúrbio neurológico progressivo, principalmente depois da sexta ou sétima década de vida com a acentuação progressiva no decorrer da idade, sobretudo alterações comportamentais”, analisa o especialista. 

De acordo com o docente, geralmente as descobertas do Alzheimer infantil são ao longo da primeira infância. “Basicamente em todos os exames de rotina pré natais realizados, não trazem alteração e a criança também por muitas vezes não tem nenhuma mudança perceptível ao nascimento, mas ao longo dos primeiros anos de vida é que ela desenvolve essas síndromes conhecidas popularmente como Alzheimer infantil.” 

O especialista recomenda que, em crianças que já têm o diagnóstico de síndromes demenciais infantis, é importante fechar o diagnóstico com exames específicos e avaliação do neurologista, que pode requerer avaliação de outros especialistas, como um geneticista para observar qual a evolução natural da doença e tentar potencializar o lado saudável da criança, verificar quais são os órgãos alvos e o comportamento que se mantém íntegro, mesmo após a doença e as expectativas de tratamento. 

Por fim, o docente salienta que existem alguns cuidados que é preciso ter com crianças diagnosticadas com Alzheimer infantil. “Medicamentos que podem atrasar ou diminuir os sintomas da síndrome são ótimos cuidados, além de uma atenção multidisciplinar, em conjunto com a equipe de terapia passional, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas capazes de darem um suporte completo para essa criança e família.”    



Centro Universitário de João Pessoa
www.unipe.edu.br

 

Veja dicas para evitar lesões relacionadas à rotina de trabalho

A LER e os DORT são decorrentes de movimentos repetitivos, sobrecargas e posturas inadequadas.


Concluir uma demanda do trabalho é satisfatório para muitos profissionais. Para que isso aconteça, alguns estão dispostos a ficar horas na frente do computador, sem intervalos, para cumprir a tarefa. 

O problema é quando essa dedicação em busca dos melhores resultados deixa de ser saudável e traz prejuízos à saúde do trabalhador, como o aparecimento de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). 

Geralmente associada à rotina de trabalho, a síndrome atinge tendões, nervos, músculos, ligamentos, ossos, articulações, entre outras estruturas do corpo. São decorrentes de movimentos repetitivos, sobrecargas por períodos prolongados em uma mesma posição, excesso de força e postura inadequada. 

Nesta terça-feira (28/2), Dia Mundial de Combate à LER/DORT, o médico do Trabalho, Djunior Mota, que atua na Clínica Censo em Parauapebas (PA), unidade referência na saúde do trabalhador, explica que segundo pesquisas, as síndromes são mais recorrentes em mulheres, entre 40 e 49 anos. 

“Quando falamos em setores ocupacionais, os estudos demonstram que a ocorrência das síndromes é maior em profissionais que atuam em indústria, comércio, alimentação, transporte e serviços domésticos, sendo comum nas profissões de serviços gerais, operadores de máquinas fixas, digitadores, músicos e cozinheiros”, exemplifica. 

Um levantamento realizado pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), apontou que entre os anos de 2007 e 2016, foram notificados mais de 67 mil casos de LER/DORT. 

“São dados que trazem um alerta para a necessidade do cuidado com a saúde do trabalhador. A maioria dos sintomas estão relacionados a atividades executadas de maneira equivocada ou feita por muito tempo, como um trabalhador que fica mais de dez horas seguidas na frente de computador”, alerta o profissional. 

Os principais sintomas se manifestam nos membros superiores e nos dedos, provocando formigamento, cansaço muscular, alteração na temperatura e sensibilidade. Os trabalhadores também são acometidos com lesões nos ombros e inflamação nas articulações. 

Para prevenir o aparecimento das lesões, o médico recomenda algumas dicas importantes a serem seguidas: 

- Mantenha uma postura adequada e apoie as costas no encosto;

- Faça alongamentos periódicos, principalmente em regiões onde há sobrecarga;

- Faça pausas sempre que possível e respeite os momentos de descanso;

- Respeite os limites do seu corpo;

- Use ferramentas e acessórios adequados para as atividades que exerce;

- Tenha estilo de vida com boa qualidade de sono, alimentação e com atividades físicas. 

O médico finaliza recomendando que “a qualquer sinal de dores, o trabalhador deve procurar um médico especialista para diagnóstico e tratamento correto”.

 

04/03 Dia Mundial da Obesidade: os números e perigos

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que cerca de 20% dos brasileiros estão acima do peso, o que coloca a obesidade como um problema crônico de saúde pública.

 

Dia 04 de março é o Dia Mundial da Obesidade, para o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista, essa não é uma questão de estilo de vida, mas sim de uma doença crônica, recidivante e multifatorial. Por isso, deve ser olhada com cuidado e atenção. 

Para o médico, a obesidade é um desequilíbrio entre a quantidade de calorias consumidas e a quantidade que se gasta e muitos pacientes não conseguem por um fim ao sobrepeso utilizando de mudanças de hábitos e dieta, eles realmente precisam de intervenção cirúrgica. É aí que entra a cirurgia bariátrica. 

Esse tipo de cirurgia está indicada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para pacientes com IMC acima de 35 Kg/m² que tenham complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue e problemas articulares, ou para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de medicamentos)”, revela. Para Dr. Rodrigo, o mais importante e essencial é que uma pessoa com esse perfil busque ajuda médica, já que a qualidade de vida e a saúde são itens que nenhuma balança ou fita métrica são capazes de medir. 

Já para a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento, isso pode ser sinal de doenças como hipotireoidismo, intolerância alimentar e até estresse, que também pode influenciar no funcionamento normal do metabolismo e dificultar o processo de emagrecimento. 

"Os distúrbios hormonais e as doenças metabólicas são alguns fatores que dificultam ou até impedem a perda de peso", fala a médica. "O estresse, por exemplo, faz o organismo liberar cortisol - um hormônio capaz de acumular gordura abdominal. Além disso, os acometidos pelo estresse muitas vezes descontam o estado emocional em comidas gordurosas", fala. 

Dra. Ana também conta que doenças metabólicas ou hormonais também dificultam o processo de emagrecimento, como o hipotireoidismo, por exemplo, que também pode alterar a produção de hormônios que regulam o metabolismo e assim, em menor quantidade, o deixam mais lento e dificultam também a perda de peso", completa a médica.

 



Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).


Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá -- MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo -- HCFMUSP.

 

Dia da ressaca: prejuízos podem ser evitados antes mesmo da bebedeira

A ressaca nada mais é do que uma intoxicação aguda do corpo. Médicos e nutricionistas detalham qual o impacto do excesso de álcool no organismo e os cuidados que podem ser tomados antes mesmo da bebedeira

 

Dia 28 de fevereiro é comemorado o dia da ressaca. Afinal, todo mundo tem alguma história com bebida, não é mesmo? Seja num barzinho com amigos, num happy hour, em um casamento, ou até mesmo em um jantar. A diversão no dia pode ter sido incrível, mas e o dia seguinte?  

As consequências são um misto de arrependimento com sintomas físicos característicos da ressaca. O consumo excessivo de bebida alcoólica pode trazer prejuízos instantâneos à saúde assim como a longo prazo. Isso porque o álcool afeta diversos órgãos e funções do organismo, como o fígado, a imunidade e a pele.  

“Basicamente, uma ressaca é resultado da reação das toxinas do álcool com as enzimas corporais. Uma ressaca prolongada é mais provável à medida que o corpo tenta eliminar mais toxinas. Para ajudar na limpeza que seu corpo vai ter que fazer, consumir alimentos ricos em vitaminas antioxidantes é fundamental. Neste caso, as frutas são as melhores amigas, pois além de vitamina e minerais, elas têm muita água, como melancia, melão e morango”, explica o nutricionista Ângelo Daher, da plataforma Science Play.  

Patrícia Costa, clínica médica  do Hospital Anchieta de Brasília, explica que os sintomas duram, em média, de seis a oito horas, mas podem permanecer até 24 horas após a bebedeira. A especialista diz que, depois da ingestão, dor de cabeça, dor nos olhos, enjoo, mal estar, além de dores no corpo e no estômago são alguns sintomas da ressaca, sem contar os sinais de desidratação, falta de apetite, tremores, suor e muito sono. 

"Isso acontece porque o álcool causa irritação na mucosa estomacal. O fígado só consegue metabolizar uma quantidade máxima de álcool, então, quando ele é consumido em excesso, ocorre o acúmulo de substâncias tóxicas no organismo, como o acetaldeído. Por isso, a ressaca nada mais é do que uma intoxicação aguda do corpo”, detalha Patrícia.  

De acordo com o nutricionista da Science Play Pedro Perim, existem algumas estratégias simples que minimizam esse mal-estar. Uma delas, bastante conhecida, é alternar a bebida com água ou com algum tipo de opção sem álcool. Vale, também, variar com energético sem açúcar ou água tônica. “Mantenha o máximo possível a ingestão de água para que não ocorra a desidratação, um dos principais efeitos do álcool no organismo”, recomenda o profissional. 

A médica experiente em emagrecimento e longevidade saudável Mariana Arraes conta que as bebidas mais açucaradas, mais calóricas e com o maior teor alcoólico podem ser as mais perigosas para efeitos mais significativos. “Algumas dicas que eu dou para amenizar o efeito do álcool é, no próprio dia que for ingerir a bebida, ficar atento para diminuir os excessos e manter a hidratação. Já no dia seguinte é importante fazer uma atividade aeróbia e sempre lembrar de se manter hidratado”, conclui a especialista.
 

Entenda o que são as doenças raras e a importância de detectá-las precocemente

No Dia Mundial das Doenças Raras, geneticistas da Dasa explicam como o diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento das enfermidades e melhorar a qualidade de vida

 

O último dia de fevereiro, nesta terça-feira (28/2), foi instituído como o Dia Mundial das Doenças Raras, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a sociedade sobre a existência delas e os cuidados necessários. Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), são consideradas raras as doenças que afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos.

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que existam entre 6 mil e 8 mil tipos de doenças raras no mundo, sendo 80% delas decorrentes de fatores genéticos. O órgão também informa que há aproximadamente 13 milhões de brasileiros diagnosticados com doenças raras, como: mucopolissacaridoses, esclerose tuberosa, atrofia muscular espinhal e síndrome de Ehlers-Danlos.

 Além da baixa incidência na população, as doenças raras também se caracterizam pela dificuldade no diagnóstico. Mas, a medicina e a ciência têm tido êxito nas tecnologias que auxiliam na detecção mais rápida dessas síndromes. A Dra. Graziela Antonialli, geneticista da equipe de medicina fetal da Maternidade Brasília – pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do país –, explica que as doenças raras de tipo “dismórficas” podem ser detectadas já no período fetal, como as síndromes de Edwards e de Noonan, por exemplo. 

 “Na medicina fetal, realizamos exames que podem sinalizar a existência de alterações genéticas no feto condizentes com essas doenças raras malformativas. Esses exames são importantes para planejar o tratamento mais adequado para quando a criança nascer”, detalha a geneticista.

Há, no entanto, doenças raras que não se manifestam em sintomas ou características físicas logo no início da vida. Por isso, é imprescindível realizar o Teste do Pezinho, exame que coleta gotinhas de sangue do calcanhar do bebê entre o terceiro e quinto dia de vida, e que entre outras doenças também detecta as raras.

Um grupo de síndromes raras que o Teste do Pezinho detecta são as metabólicas, como as glicogenoses e a doença de xarope de bordo, por exemplo. “Para esse grupo de doenças, é estabelecido um tratamento nutricional que previne complicações graves. Mesmo que não seja possível curar a doença nem evitar sequelas, o tratamento possibilita melhorias na qualidade de vida dessa criança, por isso a importância do Teste do Pezinho”, destaca a Dra. Graziela.

O Dr. Henrique Galvão, oncogeneticista e gerente médico da Dasa Genômica e do Exame Medicina Diagnóstica, marcas que também fazem parte da Dasa, reitera ainda que, em outros grupos de doenças raras, a jornada do paciente desde o início dos sintomas até o diagnóstico pode chegar a 15 anos. “Um dos principais desafios na investigação genômica das doenças raras é encurtar o tempo para o diagnóstico, porque quanto mais cedo a pessoa for diagnosticada, maiores as chances de obter um tratamento bem-sucedido”, observa o geneticista.

 “Fazemos testes genéticos de alta complexidade com equipes especializadas para obter um diagnóstico laboratorial de qualidade na detecção das doenças raras, pois o nosso objetivo é oferecer o melhor cuidado a essas pessoas que precisam de atenção multidisciplinar”, reforça o Dr. Galvão. 

Além do diagnóstico de doenças raras, os exames genéticos e genômicos realizados pelo Exame Medicina Diagnóstica são indicados também no tratamento das seguintes áreas: hematologia; doenças hereditárias; neurologia; cardiologia; farmacologia; reprodução humana; medicina fetal. Para tirar dúvidas e obter outras informações sobre o teste genético, acesse: https://www.dasagenomica.com/



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