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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Período de férias reforça sobre a importância da vacinação

Especialista fala sobre as principais vacinas que devem ser aplicadas antes de viagens nacionais e internacionais 

 

Segundo dados da Agência Senado, a imunização infantil encontra-se nos níveis mais baixos dos últimos 30 anos, sendo que em 2021 apenas 60% das crianças haviam sido vacinadas contra hepatite B, tétano, difteria e coqueluche; 70% contra tuberculose e paralisia infantil; e menos de 75% contra sarampo, caxumba e rubéola. Esse ano, a adesão foi ainda menor, sendo que até o final de setembro de 2022, apenas 34% das crianças, entre 1 a 4 anos, haviam tomado a vacina contra poliomielite. Esses números reforçam a importância da manutenção assídua ao calendário de vacinação como forma de prevenção de doenças agudas, inclusive nos períodos das férias de verão onde a circulação de pessoas aumenta.

A enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, afirma que o quadro é preocupante e que toda a população deve priorizar a atualização da carteira de vacinação. “O Brasil sempre foi exemplo quando o assunto é vacinação, mas de alguns anos para cá a adesão tem caído vertiginosamente. Os motivos são diversos, indo desde a falta de incentivo dos órgãos públicos, até a falta de conhecimento da população sobre os benefícios da vacinação”, afirma.

Além das vacinas tradicionais, com as férias chegando, Kátia reforça sobre a importância de colocar as vacinas como parte do pacote de viagens da família, principalmente aquelas que pretendem viajar para lugares onde há exigência de comprovante de vacinação. “Em algumas regiões do Brasil e também fora do país, algumas imunizações são obrigatórias, como as que defendem contra febre amarela e dengue. Essas são as chamadas vacinas das férias e sem elas as pessoas não podem circular em determinadas regiões. Além disso, ficam desprotegidas justamente quando estão mais vulneráveis e longe de casa”, conta.

Kátia também explica que, diferente do que muitas pessoas podem pensar, as doenças que contam com a prevenção pela vacina, não são benignas, muito pelo contrário, são graves e podem deixar sequelas e levar a óbito. “Meningite e caxumba, por exemplo, podem causar surdez. A difteria pode levar os rins à falência. O sarampo pode retardar o crescimento e reduzir a capacidade mental. A coqueluche pode causar lesões cerebrais. A mulher grávida que contrai rubéola, pode gerar um bebê com sérios problemas como deformações cadíacas, glaucoma, catarata, podendo chegar a ter um aborto”, alerta.

Para saber quais vacinas priorizar, Kátia elenca abaixo as principais vacinas que devem estar em dia no planejamento das férias:

 

Tríplice viral - Protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Esse imunizante é administrado em duas doses, sendo que a primeira é recomendada para crianças a partir de 1 ano de idade e a segunda aos 18 meses. Adultos até 29 anos, que não receberam a vacina, devem receber as duas doses. Para pessoas entre 30 e 49 anos, a vacinação é em dose única.

Tríplice bacteriana - Imuniza o organismo contra difteria, tétano e coqueluche e deve ser aplicada em crianças com até 7 anos, em doses aos 2, 4 e 6 meses. Dois reforços devem ser realizados aos 18 meses e 4 anos. Após os 7 anos de idade, é recomendado receber uma dose do imunizante de dTpa – tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, e duas doses de dT (dupla do tipo adulto).

Meningite - Esse imunizante apresenta três possibilidades: Meningocócica C, Meningocócica B e Meningocócica Conjugada Quadrivalente (ACWY), sendo que antes de receber qualquer um desses imunizantes, é importante consultar se a localização da viagem oferece o risco de contrair o vírus, para entender qual vacina os viajantes devem receber.

Hepatite A e B - É indicado para pessoas que planejam viajar para Ásia, África e as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nesse caso, o esquema vacinal envolve a aplicação de duas doses para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16, com intervalo recomendado de seis meses entre os imunizantes. Para pessoas a partir dos 16 anos, a recomendação é de três doses da vacina, com intervalo 0-1-5 entre as aplicações.

Febre amarela - O imunizante contra a febre amarela é obrigatório para algumas viagens ao exterior, em que é pedido o cartão de vacina internacional atualizado. Essa vacina deve ser administrada a partir dos 9 meses de vida até os 59 anos em dose única.

Gripe/vírus Influenza - Todas as crianças entre os 6 meses de vida e 9 anos devem receber a vacina em duas doses com intervalo de um mês, além da revacinação anual. Para pessoas acima dos 9 anos, a aplicação do imunizante deve ser em dose única anual.

Pneumocócicas - As vacinas pneumocócicas se apresentam em três tipos: Conjugada 10-valente (VPC10), Conjugada 13-valente (VPC13) e Polissacarídica 23-valente (VPP23). Todas as crianças entre 2 meses e 6 anos devem receber os imunizantes. A partir dos 6 anos, adolescentes e adultos portadores de algumas doenças crônicas são recomendadas as vacinas VPC13 e VPP23. Já para pessoas com mais de 50 anos e, sobretudo, para maiores de 60, indica-se esquema com as vacinas VPC13 e VPP23.

Dengue - Esse imunizante protege contra infecções causadas pelos quatro sorotipos (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), mas só pode ser aplicado em pacientes que comprovadamente já foram infectados pelo vírus. A vacina está licenciada para crianças a partir de 9 anos, adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos infectados por dengue, em três doses com intervalo de seis meses entre cada uma.

 

Pesquisa internacional revela o quanto é preciso cuidar da saúde emocional de grávidas no Brasil

Especialistas do Centro Mackenzie de Pesquisa sobre Infância e Adolescência participam do estudo e concluíram que prejuízo pode chegar a R 26 bilhões

 

Pesquisa coordenada por economistas do Care Policy and Evaluation Centre da universidade London School of Economics and Political Science (LSE), em colaboração com o Perinatal Mental Health Project, tem professoras mackenzistas como representantes do Brasil. 

O prejuízo, de aproximadamente R 26 bilhões, é o principal resultado da pesquisa econômica que avalia o impacto em não tratar os problemas emocionais perinatais nas mulheres e em seus filhos. Estes gastos incluem, por exemplo, assistência hospitalar e perda de produtividade. À frente do projeto estão as professoras Cristiane Silvestre de Paula e Ana Alexandra Caldas Osório, ambas do Centro Mackenzie de Pesquisa sobre Infância e Adolescência, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Higienópolis, juntamente com Alicia Matijasevich, do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP). 

Uma ressalva importante é que devido a indisponibilidade de dados no Brasil, as pesquisadoras acreditam que os valores encontrados possam estar subestimados. Esses resultados são os primeiros da América Latina e indicam a urgência de investimentos brasileiros na saúde mental perinatal.

Durante a gravidez e pós-parto, 15% a 30% das mulheres apresentam ansiedade ou depressão. Dados recentes durante a pandemia da Covid são ainda mais preocupantes, indicando que até 47% das mulheres no período perinatal apresentavam problemas psicológicos. Os impactos para as mulheres e seus filhos são de longo prazo e devastadores, no entanto, a área continua negligenciada. 

São raros os estudos revelando o impacto econômico relacionado aos problemas de saúde mental na população brasileira. Cristiane Silvestre de Paula afirma que, por isso, a pesquisa conjunta tem uma grande força de mobilização ao demonstrar que bilhões de reais seriam economizados se tratássemos adequadamente os problemas emocionais das grávidas e puérperas de nosso país. 

O objetivo principal foi de estimar os custos da depressão e ansiedade perinatal, considerando os impactos de longo prazo tanto nas mães quanto nas crianças brasileiras. A pesquisa foi coordenada por economistas do Care Policy and Evaluation Centre da renomada universidade inglesa London School of Economics and Political Science (LSE), em colaboração com o Perinatal Mental Health Project, tendo no Brasil pesquisadoras do Centro Mackenzie de Pesquisa sobre Infância e Adolescência da UPM e Departamento de Medicina Preventiva da USP. 

Ana Osório explica que “a situação de saúde mental de grávidas e puérperas já era grave no nosso país antes da pandemia e só aumentou com a crise do coronavírus”. Além disso, ela diz que estudos de custo econômico mostram inequivocamente a magnitude e urgência deste problema de saúde pública. 

De acordo com Alicia Matijasevich, embora os problemas de saúde mental perinatais, principalmente depressão, sejam reconhecidos há bastante tempo na maioria dos países desenvolvidos, em países em desenvolvimento não há uma atitude ativa para abordá-los. “São poucos os profissionais de saúde que conseguem identificar precocemente, orientar e tratá-los adequadamente evitando consequências deletérias nas mães e em seus filhos”. 

Os resultados podem ser consultados na íntegra no artigo intitulado The lifetime costs of perinatal depression and anxiety in Brazil (tradução livre: Os custos brasileiros da depressão e ansiedade perinatal no decorrer da vida) na revista científica Journal of Affective Disorders.
 

Para acesso ao artigo na íntegra, clique aqui.

 

Universidade Presbiteriana Mackenzie

 

Dezembro laranja, conheça 10 fatores de risco para o câncer de pele

Dermatologista alerta para sinais nem sempre muito conhecidos da população


O mês de dezembro ficou mundialmente conhecido como Dezembro Laranja, período de conscientização da população sobre os riscos e a prevenção do câncer de pele.

Por vivermos em um país tropical, no qual a incidência solar é alta, o tumor do tipo não-melanoma é o mais comum no Brasil, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de câncer segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acontece que 3% dos tumores de pele são do tipo melanoma, mais raro e agressivo, que pode causar metástase e até a morte.

O uso do protetor solar adequado ao tipo de pele evita esse tipo de câncer, não se expor ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16 horas) e fazer avaliação anual das pintas com um dermatologista, também são medidas protetivas. Mas, quais são os fatores de risco da doença?

Segundo a médica dermatologista Dra. Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além da exposição solar, há mais 10 fatores que nem todo mundo conhece. Ela descreve um pouco de cada um deles a seguir: 

1. Pintas: “uma pinta ou marca de nascença é um tumor benigno”, diz a médica. A maioria surge em crianças e adultos sem grandes problemas, mas “pessoas com muitos desses sinais têm um risco aumentado para desenvolver o melanoma”, alerta.

2. Pintas displásicas: são atípicas e, muitas vezes, parecem com pintas normais, mas têm características do melanoma. “Elas são maiores e têm uma forma ou cor anormal. Podem aparecer na pele que é exposta ao sol, bem como na pele que, normalmente, está coberta, como nádegas ou couro cabeludo. Algumas pintas displásicas podem evoluir para melanomas”, descreve Dra. Maria Paula.

3. Pintas congênitas: as pintas de nascença são chamadas de pintas melanocíticas congênitas e o risco de virar um melanoma varia de 0% a 5%, dependendo do tamanho. Quanto maior a pinta, maior o risco.

4. Pele clara, sardas e cabelos claros: “o risco de melanoma é maior para brancos do que para os negros. Os brancos com cabelos ruivos ou loiros, olhos azuis ou verdes ou pele clara com sardas ou que se queimam facilmente têm um risco aumentado para a doença.”

5. Histórico familiar: segundo a dermatologista, cerca de 10% dos pacientes com melanoma têm histórico familiar da doença. “Por isso é recomendável que os familiares próximos, como pais, irmãos e filhos, façam autoexame rotineiramente, consultem o dermatologista regularmente e reforcem a proteção solar”, diz a médica.

6. Histórico individual: pessoas que tiveram melanoma têm risco aumentado para desenvolver novos tumores. Do mesmo modo, quem já teve câncer de pele basocelular ou espinocelular também têm risco aumentado de contrair melanoma.

7. Imunossupressão: pacientes que passaram por transplante, que sejam HIV positivo ou que façam tratamentos que afetem severamente o sistema imune, podem desenvolver melanomas.

8. Idade: “o melanoma é um dos cânceres mais comuns em pessoas com menos de 30 anos, especialmente em mulheres. Em casos familiares, o melanoma pode ocorrer em faixas etárias ainda menores”, explica Dra. Maria Paula.

9. Gênero: antes dos 50 anos, o risco é maior para as mulheres; depois dos 50, o risco é maior em homens.

10. Xeroderma pigmentoso: Dra. Maria Paula conta que essa é uma condição rara e hereditária, resultante de um defeito em uma enzima que normalmente repara danos ao DNA. Pessoas com esta condição apresentam maior risco de desenvolver melanoma e outros cânceres de pele em uma idade jovem, principalmente em áreas da pele expostas ao sol. 

A prevenção ainda é a melhor forma de lidar com o câncer de pele e pode ser feito por todos. O tratamento da doença pode incluir medicação, cirurgia e até quimioterapia.


Dra. Maria Paula Del Nero - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535 - Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.


Copa do Mundo: como recuperar a voz depois de torcer e gritar nos jogos


 A voz é uma das principais formas de comunicação, e na maioria das vezes, não recebe os devidos cuidados. Além da comunicação, a voz é uma importante forma de expressão dos sentimentos e das emoções. Por isso, durante a Copa do Mundo, os gritos de emoção ou frustração são quase que uma trilha sonora para as partidas de futebol. Mas a voz pode sofrer muito em época de Copa do Mundo, principalmente nos jogos do Brasil. 

Segundo o otorrinolaringologista Rui Imamura, a voz é produzida pela vibração das cordas vocais. Durante essa vibração, uma corda vocal encosta suavemente na outra cerca de 120 vezes por segundo nos homens e mais de 200 vezes por segundo nas mulheres. “Quando gritamos, ao invés de um contato suave, as pregas vocais colidem uma contra outra, o que pode causar lesões chamadas fonotraumáticas, como pólipos, hematomas e até lacerações da mucosa. Algumas dessas lesões podem causar alterações definitivas na voz”, explica Imamura. De acordo com o médico, se uma pessoa apresentar rouquidão e a voz não apresentar melhora depois de três dias, é importante procurar um especialista. 

Seguem algumas recomendações para aproveitar os jogos, sem afetar a saúde da sua voz: 

  • Caso esteja resfriado(a), sobretudo, se já estiver um pouco rouco, evite gritar. Cordas vocais inflamadas são mais susceptíveis a lesões. Gritar nesta situação pode causar um sangramento das cordas vocais;
  • Perdeu totalmente a voz após gritar e ela não voltou depois de um dia de descanso, procure um médico. Pode ser indicado realizar uma laringoscopia para avaliar o que aconteceu;
  • Tem azia e refluxo, não se esqueça de tomar as medicações do estômago. Nesta época, é comum abusar de álcool e comidas gordurosas, que podem piorar o refluxo, que por sua vez, também ataca as cordas vocais;
  • Beba bastante água. Manter-se sempre hidratado é um dos segredos para manter a voz saudável. O corpo humano, quando hidratado adequadamente, permite que as cordas vocais tenham muito mais flexibilidade e vibração, evitando também a boca seca e a rouquidão. Tenha sempre com você um copo ou garrafa d’água (na temperatura ambiente) e beba em pequenos goles;
  • Faça repouso vocal por dois ou três dias -- poupar a voz, ficar sem falar, é fundamental para recuperar a voz;
  • Não pigarreie porque isso força as pregas vocais e piora o quadro;
  • Não fale sussurrando porque provoca mais tensão na região e piora o quadro; 

Geralmente, as pessoas utilizam gengibre, mel, própolis ou bala de menta para amenizar ou até curar a rouquidão. Eles têm efeito anestésico na região próxima à corda vocal, mas não ajudam a recuperar a voz. Outro mito é tomar conhaque -- ele aumenta o fluxo sanguíneo na região, melhora na hora, mas o efeito rebote é pior. Já a água morna com sal serve para limpar secreções da garganta. Ela não age diretamente na voz, mas se você estiver com inflamação na região, pode ajudar indiretamente.

 

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://www.hsl.org.br

 

Concussões podem levar a danos psiquiátricos a longo praz

Estudos realizados pela Fifa na Copa de 2018 apontaram que 13% das contusões graves durante o Mundial envolviam choques de cabeça e na região cervical
Créditos: Envato



Nova regra da Fifa prevê retirada do jogador da partida após pancada na cabeça; 13% das contusões graves do Mundial de 2018 foram de choques na cabeça e região cervical

 

As concussões sofridas por jogadores de futebol na Copa do Mundo, em disputas de bola, estão no radar da Fifa e de entidades de saúde. As novas regras, aplicadas no Catar, estabelecem que, nesses casos, o atleta deve ser imediatamente retirado da partida, realizar exames de neuroimagem para diagnóstico mais preciso e evitar danos maiores à saúde. Isso acontece depois de estudos realizados pela Federação na Copa de 2018 apontarem que 13% das contusões graves registradas durante o Mundial envolviam choques de cabeça e na região cervical. 

Fatores como dor de cabeça, desequilíbrio, tontura, amnésia e náuseas nem sempre estão presentes logo após a pancada e isso não significa que ela foi menos grave. A pessoa não precisa ficar desacordada para configurar uma concussão. “Não é incomum realizarmos uma tomografia após um trauma na cabeça e ela não apresentar nenhuma alteração como hemorragia ou fratura, mas, mesmo assim, é possível que tenha ocorrido uma oscilação no tecido, como se fosse - de maneira leiga - um ‘chacoalhar’ e isso produzir um processo de edema de fibras nervosas, provocando confusão mental e esquecimento”, explica o neurocirurgião dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Carlos Alberto Mattozo. “Normalmente, após dois dias, a pessoa se recupera e fica bem”, complementa.

Para o médico, o maior problema está nos casos em que os pacientes permanecem com algum grau de comprometimento a médio prazo ou que podem apresentar alterações cognitivas após um período maior, resultando em dificuldades na memorização, concentração, alterações psiquiátricas como ansiedade e perda de personalidade. “Normalmente, quando um trauma na cabeça tem alguma implicação maior, é aconselhável repouso de 15 a 30 dias para tratar a síndrome pós- concussão, que são as dores crônicas, insônia, ansiedade e depressão. Entendemos que a Copa do Mundo é um sonho de atletas que treinam a vida toda para isso, mas no cuidado com a saúde também é preciso levar a sério casos como esses. Voltar para a partida após essas pancadas na cabeça pode representar um risco muito sério para o atleta”, ressalta Mattozo.


Lesões

Além das concussões, as lesões também têm preocupado técnicos e jogadores na Copa do Mundo do Catar. Nas primeiras nove partidas realizadas no Mundial, 11 jogadores precisaram ser substituídos devido a lesões. Exemplo disso é a dupla da seleção brasileira, Neymar e Danilo, que sofreu entorses nos tornozelos - um no direito e outro no esquerdo.

“Os movimentos rotacionais de tornozelo e joelho estão entre as lesões mais frequentes no futebol profissional. A média é que a cada seis segundos o jogador faça um sprint, que é a aceleração em distâncias curtas, quando os entorses acabam sendo comuns. O que precisa avaliar é o grau que ela acontece”, esclarece o ortopedista Antonio Tomazini. “O suporte que existe ao redor do atleta profissional como alimentação balanceada, exercícios de musculação, fortalecimento e alongamento ajudam a evitar que essas lesões sejam mais graves”, destaca.

 

Advogado previdenciarista explica como aderir aos benefícios da revisão da vida toda, recém aprovada pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a inclusão no recálculo dos benefícios previdenciários das contribuições que o segurado recolheu antes do Plano Real, ou seja, antes de julho de 1994. A decisão foi proferida na quinta, 1º dezembro, no julgamento da tese que ficou conhecida como revisão da vida toda. 

Com a decisão, a revisão pode ser pedida por beneficiários que começaram a receber seus benefícios há menos de 10 anos, em respeito à decadência previdenciária. 

“Trata-se de uma vitória merecida para o segurado do RGPS, que deve ter sua aposentadoria calculada considerando as contribuições recolhidas durante toda a sua vida, e não somente por um período de tempo menor. A troca de moeda não pode servir de desculpa para prejudicar a contraprestatividade previdenciária”, diz Jefferson Maleski, advogado previdenciarista da banca do escritório Celso Cândido de Souza Advogados.

Jefferson explica que a revisão da vida toda se trata de um direito excepcional, apenas para quem se encaixar em diversas regras específicas, como: ter contribuições maiores antes de 1994 e menores depois ou ter sido aplicado um redutor chamado divisor mínimo fixo, ter recebido o primeiro benefício há menos de 10 anos e antes da reforma de 2019. “O beneficiário passa a ter o direito de escolher o cálculo mais favorável. Mas é preciso tomar cuidado, pois a revisão da vida toda não irá beneficiar a todos”, diz ele. 

 

O advogado explica que a tese beneficia quem teve maiores ganhos no início da carreira, antes de 1994 e depois passou a receber salário-mínimo, como os bancários dos diversos bancos que quebraram com o Plano Real. Mas lembra que a maioria dos brasileiros atinge o seu auge de rendimentos por volta dos 50 anos e os salários mais antigos, anteriores a 1994, são os mais baixos, podendo diminuir o recálculo da média. De acordo com ele, há estudos que apontam que cerca de 10,7% dos que se aposentaram por tempo de contribuição entre 2012 e 2019 tenham algum ganho com revisão.

“Quem teve salários mais altos antes de 07/1994 (Plano Real) e quem teve salários mais baixos ou nenhum salário depois de 07/1994 até o pedido do benefício, tem chances de aumentar a aposentadoria com a revisão para a vida toda”, indica. 

Maleski lembra ainda que revisão da vida toda possui uma janela de prazo que se fecha a cada dia que passa, podendo ser solicitada hoje para quem recebeu o seu primeiro benefício desde 12/2012 até 11/2019. Já no mês que vem, essa janela diminui um mês, até que em novembro de 2029 ela se feche definitivamente. Por isso é importante que as pessoas procurem um advogado especializado para que ele verifique se elas cumprem os requisitos e se o recálculo é favorável a elas o quanto antes.

 

Jefferson Maleski - Advogado da banca Celso Cândido de Souza Advogados, é bacharel em Direito pela UniEVANGÉLICA. Especialista em Democracia Participativa, República e Movimentos Sociais e em Direito Previdenciário e Prática Previdenciária. Mestrando em Educação Profissional e Tecnológica. Professor universitário. Palestrante pela Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB/GO. Advogado previdenciarista. Perito e calculista judicial. Juiz do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB/GO


Especialista ensina o segredo de como fazer uma legenda persuasiva nas redes sociais e vender mais

Camila Silveira também lista 50 frases imbatíveis para executar em suas redes sociais e engajar a sua publicação


Já viram nas redes sociais uma foto para vender um produto e na legenda está escrito exatamente o que o internauta viu na imagem? Isso não ajudará em nada. Seria melhor deixar apenas a ilustração.  

De acordo com a especialista em vendas pelas redes sociais, uma boa legenda, feita totalmente focada na mensagem da emoção que seu produto causa, fará toda diferença em um post.  

"Saber despertar a necessidade que o cliente precisa captar ao olhar a imagem pode fazer total diferença na decisão e urgência de compra, mas a grande realidade é que 92% das contas de venda nas redes sociais não sabem como causar este impacto", afirma.  

Camila Silveira vem com uma estratégia imbatível e mega prática que irá revolucionar seu raciocínio e fazer com que esta ação seja possível. Você nunca mais terá dificuldades, ou será aquele vendedor mudo que mostra a foto e não diz nada, ou ainda pior que isto coloca a foto e descreve abaixo como se o cliente não soubesse o que está na imagem. 

"O primeiro passo será identificar qual emoção quer despertar com sua foto. Então, olhe a imagem e procure abaixo nas palavras listadas qual emoção mais combina com sua imagem: comprovação, autoridade, facilidade, desejo, estatísticas, descoberta, prova social, escassez, medo, aceitação, gratuito, dificuldade ou dúvida", explica.    

"Agora o segundo passo será de acordo com a emoção identificada.Escolha o inicio de frase que mais combine com este sentimento e lembre-se de seguir a regra de descrever no início a dor que o seu cliente tem até adquirir seu produto. Em seguida, o desejo que ele terá após sua compra. Termine mostrando que você é a solução que ele busca", completa.  

Para facilitar este processo, Camila listou um início de frase que possa combinar com este conjunto para você ter uma legenda imbatível e persuasiva: 

1. Você já se perguntou por que...?

2. Já reparou como...?

3. Você não odeia quando?

4. Você já se encontrou ...?

5. Você tem ...?

6. Sério! Como você...?

7. E se você pudesse...?

8. Quer saber um segredo?

9. Posso ser totalmente honesto com você?

10. Você está cansado de ...?

11. Isso soa familiar?

12. Imagine como seria...

13. Pense nisto por um momento ....

14. Você começa a se preocupar que ...

15. Você já tentou de tudo...

16. Eu conheço o sentimento...

17. Admita, ...

18. No fundo, você sabe que ...

19. Isso mesmo

20. E você estaria certo se...

21. Você entendeu que ...

22. Sim, é verdade que ...

23. Sim, eu pensei que ...

24. Achava que não ...

25. Achava que não

26. Não exatamente

27. Isso pode realmente ser verdade?

28. Ainda não está convencido?

29. Então qual é o problema?

30. O único problema é ...

31. Entendeu?

32. E você?

33. Primeiro de tudo

34. Para começar

35. Além disso

36. Mas isso não é tudo

37. Pense desta maneira

38. E entenda isso:

39. Aqui está outra maneira de pensar sobre isso

40. Não deixe isto ser você

41. A boa notícia é que isto não precisa acontecer com você

42. E isso foi apenas o começo

43. Esse é o primeiro passo para

44. Agora é a sua vez

45. Vamos Recapitular

46. Então, o que tudo isso significa?

47. Então tudo isso contribui para ...

48. Em poucas palavras...

49. Resumidamente ...

50. Você está pronto para ...?

51. O que está impedindo você?

52. Então o que você está esperando?

53. O que você tem a perder?


Trabalho é mais difícil para jovens na Amazônia

Divulgação/Freepik
Segundo Rodrigo Baggio, tecnologia é a chave para a geração de emprego entre a população de 18 a 24 anos 


O desmatamento na Floresta Amazônica não resultou em oportunidades para jovens moradores dos noves Estados da Amazônia Legal. É o que constatou o último diagnóstico do projeto “Amazônia 2030”, segundo o qual apenas 58% da população de 18 a 24 anos integram o mercado de trabalho. No restante do país, o índice é de 71%.

Rodrigo Baggio, CEO da Recode e empreendedor social, afirma que a tecnologia é o caminho para a geração de emprego e renda, especialmente no Norte do país. Segundo ele, somente com a inovação é possível reverter o quadro apresentado no levantamento:  “Mercado de Trabalho na Amazônia Legal - uma análise comparativa com o resto do Brasil”.

Baggio lembra que a Amazônia abriga os recursos naturais necessários para o crescimento sustentável do Brasil e somente o impulsionamento em inovação e tecnologia pode mudar a realidade dos jovens moradores da região. “Formar jovens com pouca oportunidade para trabalharem com tecnologia na Amazônia é a saída para reverter os índices de desemprego”, atribui.

Quem compartilha da mesma ideia é o DJ Alok, que endossa o livro E-topia: uma aventura tecnológica que revolucionará seu modo de pensar, escrito por Baggio. “Existe algo mais tecnológico que a natureza? Eu sinto a Amazônia (natureza e sabedoria dos povos originários) como o lugar mais tecnológico do planeta”, questiona.

Em âmbito nacional, a Recode atua desde 1995 com empoderamento digital para melhorar a vida nas comunidades. A organização recebeu mais de 60 prêmios da UNICEF e Unesco por conta do alcance de suas ações, que alcançaram mais de 1,8 milhão de pessoas em 12 países. Uma de suas iniciativas mais recentes é a publicação do livro E-topia. A obra apresenta uma protagonista negra e periférica nascida em uma comunidade no Rio de Janeiro que visita uma aldeia na Amazônia e se depara com a dura realidade da região.

 

Rodrigo Baggio - é empreendedor social, fundador e CEO da organização social Recode, que atua desde 1995 com empoderamento digital e já alcançou mais de 1,8 milhão de pessoas. A atuação pela transformação social por meio da tecnologia já foi reconhecida com mais de 60 prêmios nacionais e internacionais de organizações como UNICEF e UNESCO, sendo nomeado um dos “100 líderes do amanhã” pelo Fórum Económico Mundial e selecionado pelos veículos internacionais CNN, Time & Fortune como uma das “Principais vozes do Desenvolvimento Econômico”. É membro das fundações Ashoka, Skoll, Schwab e Avina, além de ser um dos 50 "Shakers of Education and Technology" (EdTedXGlobal e WISE).

 

Conheça resultados da Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022, feita em parceria por Instituto Akatu e GlobeScan

Entre as descobertas do estudo estão: mudanças de comportamento do consumidor, fatores que influenciam as decisões de compra e ações empresariais que valorizam 



O Instituto Akatu e a GlobeScan divulgam os resultados da Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022: Um estudo global de percepções do consumidor. O estudo é realizado anualmente desde 2019, e em 2022 foi a campo em 31 países, contando com mil entrevistados no Brasil, todos maiores de 18 anos.

Suas descobertas ajudam as empresas a se tornarem, cada vez mais, aliadas dos consumidores na adoção de estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis e auxiliam na construção de uma relação de confiança e de compromisso com seus stakeholders. 

"A pesquisa de 2022 ressalta ainda mais o que as edições anteriores apontavam: que é fundamental empresas e marcas comunicarem com clareza suas ações de sustentabilidade e os atributos de seus produtos mais sustentáveis. Aquelas que investirem nisso serão vistas como aliadas do consumidor, o que pode representar um ganho de reputação e uma valorização como impulsionadoras de práticas mais sustentáveis", analisa Helio Mattar, presidente executivo do conselho do Instituto Akatu. 

“A recorrência desta pesquisa nos últimos quatro anos com uma análise aprofundada exclusiva revela a consistência do pensamento dos consumidores brasileiros quanto à adoção de comportamentos mais saudáveis e sustentáveis. O interesse está evidente e cabe aos demais atores que compõem o mercado prover as condições para que essas intenções se transformem em ações e novas práticas de consumo”, aponta Álvaro Almeida, diretor da GlobeScan para a América Latina. 

Tarcila Ursini, conselheira de administração e especialista em sustentabilidade nos negócios, destaca as oportunidades para as empresas diante do aumento da consciência do consumidor brasileiro apontado na pesquisa: “no campo das empresas existem oportunidades de negócios gigantescas, para que elas comuniquem melhor e estimulem o consumidor a praticar a sustentabilidade”, analisa. 

CEO do Pacto Global Brasil, Carlo Pereira, segue a mesma linha: “chama a atenção a percepção dos brasileiros diante dos problemas globais e a expectativa em cima das empresas, que são convocadas a ajudar nessa transição para uma sociedade mais saudável e sustentável. Existe muito espaço para empresas e lideranças empresariais atuarem nesse sentido.” 

Além da colaboração entre o Instituto Akatu e a GlobeScan para o desenvolvimento da pesquisa, ela contou com o patrocínio de: Ambev, Asics, Globo, Mercado Livre, PepsiCo, Tetra Pak e Vedacit. 

Confira alguns resultados:
 

Atitudes de uma vida saudável e sustentável

81% dos brasileiros afirmam que o que é bom para um indivíduo nem sempre é bom para o meio ambiente (aumento de 4 p.p. em relação à 2021); contra 46% na média mundial

84% dos brasileiros declaram desejar reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza (demonstrando estabilidade: 86%, em 2021); contra 73% da média mundial

55% dos brasileiros se dizem dispostos a pagar mais por produtos ou marcas mais sustentáveis (queda de 5 p.p. em relação à 2021); em paridade com os 57% da média dos países

 

Desempenho das instituições em ajudar a ter estilos de vida mais ecológicos

As instituições melhor avaliadas são as ONGs/grupos ativistas: 60% dos brasileiros declaram que estão se saindo muito bem/bem em ajudar as pessoas a viverem de forma mais ecológica, em comparação com as grandes empresas (43%) e os governos (30%)

 

Influenciadores de uma vida mais ecológica

Cerca de 30% dos brasileiros afirmam que os maiores influenciadores de um estilo de

vida mais ecológico são membros da família, mídia tradicional (TV, rádio e notícias)

e mídia social; em quarto lugar estão as empresas e as marcas (26%)

 

Fatores que influenciam a decisão de compra

Entre 43 e 55% dos brasileiros afirmam que o fato de um produto ser ecologicamente

correto influencia “muito” a sua decisão de compra em diferentes segmentos, especialmente produtos de cuidado pessoal (55%) e de limpeza (51%)

56% dos brasileiros dizem que suas decisões de compra são muito influenciadas por marcas que impulsionam a agricultura sustentável e que desenvolvem programas de uso eficiente de água; 54% por marcas que desenvolvem programas de reciclagem/reúso de embalagens e que proporcionam ajuda humanitária

 

Alimentação para uma vida saudável e sustentável

6 em cada 10 brasileiros declaram sempre/a maior parte do tempo” comer comida saudável, não tendo havido mudança desde 2019

6 em cada 10 brasileiros se dizem dispostas a pagar mais por alimentos saudáveis e

sustentáveis

 

Mudanças feitas na vida para privilegiar a economia, o meio ambiente e a sociedade

34% dos brasileiros declaram ter realizado mudanças no último ano para serem mais saudáveis, melhorando o bem-estar e a saúde física e mental (aumento de 4 p.p. em relação à 2021)

25% dos brasileiros declaram ter realizado mudanças no último ano para serem mais ecologicamente corretos, buscando reduzir o impacto no meio ambiente e no clima (aumento de 4 p.p. em relação à 2021)

 

Percepção sobre seriedade dos problemas globais

Seguindo o mesmo padrão dos anos anteriores, os problemas ambientais predominam como os mais sérios para os brasileiros, sendo 8 dos 11 principais problemas apontados, com destaque para poluição da água e esgotamento dos recursos naturais 

Conheça todos os resultados públicos aqui. 

 

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