A Check Point Research (CPR) analisou os arquivos que estão à venda na Dark Web, cujos vendedores afirmam ser de usuários do WhatsApp, revelando que o vazamento dos registros inclui 360 milhões de números de telefone de 108 países, inclusive do Brasil
Após relatos de que hackers estavam vendendo números do WhatsApp na Dark Web,
a Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma
fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, decidiu analisá-los e
revelou que o vazamento contém 360 milhões de números de telefone de usuários
do WhatsApp de 108 países. No entanto, os pesquisadores da CPR informam
que não podem confirmar ou provar que esses números são de usuários do
WhatsApp; eles apenas analisaram os números disponibilizados na Dark Web.
Cada país tem um número diferente de registros que
foram expostos, variando de 604 na Bósnia e Herzegovina a 35 milhões atribuídos
à Itália. O Brasil teve mais de 8 milhões (exatos 8.064.910) de registros de
brasileiros expostos. A lista completa foi colocada à venda por quatro dias (os
arquivos incluem códigos de discagem internacional) e, agora, está sendo
distribuída gratuitamente entre os usuários da Dark Web.
Arquivos atualmente disponíveis na Dark Web
A notícia sobre esses arquivos sendo vendidos na
Dark Web foi exposta pela primeira vez em 16 de novembro passado em uma
mensagem publicada pelo The Hacker no fórum de hackers BreachForums, alegando
estar vendendo informações pessoais atualizadas de 487 milhões de usuários do
WhatsApp de 84 países.
Fonte: Dark Web
Observação importante: em um relatório mais recente, foi alegado que há evidências de que o banco de dados vazado é na verdade uma reutilização de um vazamento mais antigo do Facebook em 2019.
Consequências: Phishing, Vishing e Smishing devem
aumentar em meio à violação de dados
“Os pesquisadores da CPR verificaram que, embora as
informações à venda sejam apenas de números de telefone ativos e não o conteúdo
de quaisquer mensagens em si, esta é uma violação em grande escala de um
aplicativo móvel popular usado por milhões em todo o mundo. Uma consequência
imediata da violação é a possibilidade de esses números serem usados como parte
de ataques de phishing personalizados por meio do próprio aplicativo. Alertamos
a todos os usuários do WhatsApp que estejam extremamente atentos quanto às
mensagens que receberem e tenham extremo cuidado ao clicar em links e mensagens
compartilhadas no aplicativo”, ressalta Fernando de Falchi, gerente de
Engenharia de Segurança e Evangelista da Check Point Software Brasil.
Falchi explica que, depois que os cibercriminosos
tiverem acesso a esses números de telefone, ataques como vishing (phishing de voz) ou smishing (combinação das
palavras "SMS" e "phishing"), provavelmente ocorrerão.
Vishing é uma forma de ataque de engenharia social em que a vítima é induzida a
fornecer informações por telefone, enquanto o smishing é conduzido por SMS. Com
milhões de registros disponíveis para compra, é muito provável que esses tipos
de ataques aumentem. Também é possível que os cibercriminosos acessem outros
serviços online usando o número de telefone, o que pode ter consequências ainda
mais prejudiciais.
A Check Point Research (CPR) descobriu um aumento
nos ataques de phishing na época
de datas de compras, com um crescimento de 17% em e-mails maliciosos durante a
Black Friday e a Cyber Monday. Este ano, o Amazon Prime Day registrou um
aumento de 86% nos e-mails de phishing relacionados à Amazon, de acordo com
um estudo realizado pela Check Point Software.
Principais e importantes dicas a serem seguidas para que pessoas jurídicas e
físicas permaneçam protegidas:
• Evitar clicar em links: os links em
mensagens de texto são difíceis de serem verificados devido ao encurtamento do
link e à incapacidade de passar o mouse sobre eles para ver os alvos. Em vez de
clicar em links em mensagens de texto, navegue diretamente para o site de
destino. É importante não clicar em nada nem encaminhar a tal mensagem para
evitar a disseminação de links maliciosos para amigos e familiares.
• Instalar aplicativos de lojas confiáveis e oficiais
(das appstores): ataques de smishing podem ser projetados para induzir
os destinatários a instalar aplicativos maliciosos em seus dispositivos móveis.
Sempre instale aplicativos de lojas de aplicativos confiáveis e oficiais, de
preferência depois de verificar sua autenticidade no site de quem as criou.
• Não fornecer dados: os ataques de
smishing geralmente são projetados para roubar dados confidenciais de seus
alvos sob o disfarce de verificação de identidades ou outros pretextos. Nunca
forneça dados pessoais a alguém para quem você não ligou ou enviou uma mensagem
de texto por meio de um número listado em seu site.
• Verificar sempre os números de telefone:
Vishers ligarão fingindo ser de uma organização legítima. Antes de
fornecer qualquer dado pessoal ou fazer qualquer coisa que o atacante disser,
pegue o nome de quem ligou e ligue de volta usando o número oficial do site da
empresa. Se o chamador tentar convencê-lo a não fazer isso, provavelmente é uma
fraude.
• Certificar-se de que o remetente é confiável:
nunca clicar em links de remetentes desconhecidos. Se o usuário não tiver o
número atribuído a um contato conhecido e não puder verificar sua identidade,
bloqueie o número imediatamente.
• Nunca fornecer acesso remoto ao computador:
Vishers podem solicitar acesso remoto ao seu computador para “remover
malware” ou corrigir algum outro problema. Nunca forneça acesso ao seu
computador a ninguém, exceto membros verificados pelo departamento de TI.
• Implementar soluções de segurança de e-mail:
soluções modernas de filtragem de e-mail podem proteger contra malware e outras
cargas maliciosas em mensagens de e-mail. As soluções podem detectar e-mails
que contêm links maliciosos, anexos, conteúdo de spam e linguagem que pode
sugerir um ataque de phishing. As soluções de segurança de e-mail
bloqueiam e colocam em quarentena automaticamente e-mails suspeitos e usam a
tecnologia de sandbox para “detonar” e-mails para verificar se eles
contêm código malicioso.
A Check Point Software oferece uma variedade de
soluções que podem ajudar as organizações a mitigar vishing, phishing e outros
ataques relacionados. O Check Point Harmony Email and
Office inclui proteções antiphishing e auxiliam na
detecção de tentativas de exfiltração de dados inspiradas por um ataque de
vishing. Para as organizações interessadas em saber mais sobre como a Check
Point Software protege contra ameaças de engenharia social, solicite uma demonstração
gratuita.
Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point
Software
Check Point Research
Check Point