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sábado, 2 de abril de 2022

Perda de peso: saiba quais são as 10 estratégicas para alcançar seu objetiv

Estima-se que mundialmente, 604 milhões de adultos e 108 milhões de crianças apresentam diagnóstico de obesidade

 

A obesidade é reconhecida como uma epidemia. É uma doença com amplas implicações metabólicas, psicológicas e sociais, e considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública que o mundo enfrenta atualmente. Uma fórmula para a conquista do emagrecimento de maneira fácil e rápida — não existe. A busca desenfreada por atalhos, como as diversas opções de chás, shakes, dietas da moda ou remédios disponíveis na internet, podem prejudicar o processo e até levar à morte.

 

Uma pesquisa recente realizada e publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que a obesidade atinge cerca de 6,7% dos adolescentes. Já entre os adultos, cerca de 96 milhões de pessoas, ou seja, 60,3% apresentam excesso de peso e 26,8% obesidade, com maior prevalência entre as mulheres.

 

“O ganho de peso acontece gradualmente. A perda de peso também será assim. Não existe uma pílula ou solução mágica para mudar o quadro de um dia para o outro. Para ter sucesso no processo de emagrecimento é essencial ter o acompanhado de uma equipe multidisciplinar, e o mais importante é ter consciência do problema, ter foco, disciplina e muita força de vontade. Lembre-se: sem comprometimento é impossível conquistar os objetivos”, alerta Priscilla Martins, Mestre em Endocrinologia pela UFRJ.

 

A perda de peso não pode ser vista por meio de intervenções isoladas, mas sim como o resultado de uma atitude multifatorial. O caráter isolado de uma ação, seja um tipo de treinamento, de dieta ou de medicamento, pode até gerar efeitos em curto prazo, mas a continuidade dos resultados requer readequação para um novo estilo de vida.

 

“Emagrecer não é apenas mudar a composição corporal, mas transformar gradativamente hábitos e comportamentos que definem o perfil de vida saudável. Esta análise única de “perder gordura” é uma visão limitada de todo o processo que envolve vários fatores. A perda de peso é um processo de mudança de atitudes, não apenas físico, mas também de práticas, comportamentos e, consequentemente, da estrutura física”, orienta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech e membro do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF).

 

Os especialistas pontuaram 10 estratégias para ajudar a perder peso. Confira:

 

1.     Consuma menos calorias: o ideal é ficar entre 1200 e 1500 kcal/dia, a dieta deve ser adaptada ao paladar e estilo de vida de cada um, beba água - evite sucos e refrigerante, 50% do prato deve ser de legumes e verduras.

 

2.     Faça substituições inteligentes e tenha atenção aos rótulos de cada produto. Saber utilizá-los faz parte da busca de um estilo de vida saudável, para fazer boas escolhas e ter conhecimento do que realmente está consumindo. Os ingredientes que aparecem primeiro no rótulo estão presentes em maior quantidade.

 

3.     Pratique exercícios: comece aos poucos e vá aumentando a intensidade e tempo de treino. Encontre uma atividade para chamar de sua. Não tenha medo de se jogar nessa busca.

 

4.     Tenha metas objetivas de exercícios e dieta: avance passo a passo, seja persistente, mantenha seus objetivos e retorne sempre que houver deslizes.

 

5.     Diário alimentar: faça anotações dos alimentos e quantidades consumidas, data, horário e local das refeições, motivo da alimentação. Essa estratégia ajuda a definir quais são as preferências de cada um e a realizar as adequações e ajustes necessários na rotina alimentar balanceada.

 

6.     O combo dieta (déficit calórico) e atividade física (ganho de massa muscular e aumento do gasto calórico) caminham juntos na jornada da perda de peso. Estudos comprovam que a combinação é mais eficiente no processo de emagrecimento e reforçam que essa é a melhor opção.

 

7.     Controle do apetite: evite comprar besteiras para a casa, faça as refeições na mesa (isso diminui a chance de repetir várias vezes), fique longe de distrações (tenha atenção plena na comida essa atitude ajuda a ter maior consciência dos sabores e da quantidade que está sendo consumida) e mastigue lentamente (hormônios liberados pelo trato gastrointestinal estão intimamente relacionados a sensação de saciedade).

 

8.     Autocuidado: a alimentação saudável também é uma manifestação de amor próprio.

 

9.     A recompensa: é gratificante constatar que as escolhas que acompanham o novo estilo de vida se tornaram automáticas e prazerosas.

 

10. Autoestima: aprenda com os seus erros, não tenha receio de dizer não (é algo libertador), tenha pensamentos positivos, valorize suas qualidades, fique longe de pessoas tóxicas e ame-se.


10 tratamentos para melhorar a qualidade e a aparência da pele do rosto após mais de dois anos escondida pelas máscaras

Dra. Maria Paula, dermatologista, enumera tratamentos que estão em alta com o novo momento sem máscaras em ambientes públicos


Com a possibilidade de não usar mais máscaras, as pessoas têm demostrado mais interesse em cuidar da pele do rosto. Dra. Maria Paula Del Nero, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, percebeu um aumento considerável de pacientes no consultório em busca de procedimentos que possam melhorar a qualidade e a aparência da pele dessa região.


Segundo a médica alguns problemas de pele se intensificaram com o uso das máscaras por um período tão prolongado, foram: acne e as cicatrizes que ela deixa na pele; danos solares; manchas no rosto que se acumularam por estarem escondidas na máscara; melasmas etc.

Tratamentos acessíveis
“As pessoas estão voltando a se mostrar e, com isso, surge um ânimo para se cuidar. Então, irão começar a procurar ajuda para melhorar a qualidade da pele”, acredita a dermatologista que cita 10 formas de reparar os danos no terço inferior da face, ao redor da boca:


- Limpeza de pele com Soft Peel, para eliminar cravos e acúmulos de sebo nos poros;


- Laser Lavieen com PRP, para tratar manchas, poros abertos e queixas quanto à qualidade da pele;


- Laser Black Peel, para limpar e rejuvenescer a pele sem usar produtos químicos, reduzindo oleosidade e brilho excessivo;


- Skinboosters, para hidratar a área labial e ao redor dos lábios, e também dar firmeza, brilho, vigor e aspecto natural à pele em geral;


- Laser de CO2 fracionado, para tratamento de flacidez corporal, rejuvenescimento facial, olheiras, estrias, manchas, cicatrizes de acnes e hipertróficas;


- Microagulhamento, para combater sinais e tratar imperfeições;


- Bioestimulares, para melhoras as rugas finas e a flacidez da pele;

- Laser Fotona 4D, para tratar a pele de dentro para fora;

- Toxina botulínica, para melhorar as rugas finas;

- Micropigmentação, para melhorar a coloração dos lábios.

“Para a região labial e a peri-labial -- onde surgem o chamado “código de barra”; os sulcos nasogenianos, que é o “bigode chinês”; as rugas de marionete; toda a parte do queixo; o contorno facial, que pode ter se perdido com o envelhecimento -- podemos usar não só o preenchimento nos lábios, por exemplo, mas também fazer sessões de raio laser, para melhorar a qualidade da pele e hidratação; o Lavieen para a região labial, para melhorar e devolver a coloração vermelha aos lábios; ou a micropigmentação labial. Podemos fazer os skinboosters, para melhorar a hidratação da região dos lábios e a hidratação da parte peri-labial que fica ao redor dos lábios”, exemplifica Dra﹒Maria Paula.


Há, portanto, muitos procedimentos para exib
ir o rosto sem receio e com a pele.

 

Dra. Maria Paula Del Nero - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535. Formada em 1991 pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto-UNESP; Estágio em Dermatologia no Hospital Darcy Vargas; Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; International Fellow da Academia Americana de Dermatologia; Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica; Diretora da Clínica Healthy Dermatologia desde 2001.


Médico referência em cirurgia plástica tira dúvidas a respeito do implante de prótese masculina muscular

Dr. Wandemberg Barbosa explica que o formato e a consistência da prótese fazem com que ela seja praticamente imperceptível ao toque e não consiga ser distinguida de um músculo natural


Há não muito tempo a cirurgia plástica estética era vista como um assunto ligado em sua totalidade ao universo feminino. Nos últimos anos, vimos como este cenário se modificou bastante, o que podemos constatar não apenas através de notícias ou por conhecidos, mas também por meio de levantamentos realizados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Segundo a entidade, em 2019, um homem fazia um procedimento estético a cada dois minutos no Brasil. A SBPC constatou também, em pesquisa apresentada em 2020, que a porcentagem de pacientes do gênero masculino que se submeteram a alguma cirurgia estética havia subido de 5% para 30% em cinco anos.

Entre os procedimentos mais procurados pelos homens estão as cirurgias das pálpebras, do nariz e a lipoaspiração. Mas também cresce a procura pelas cirurgias de próteses musculares, mais especificamente de próteses peitorais, de bíceps e tríceps e de panturrilhas.  Médico referência em cirurgia plástica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa, explica a seguir para quem este tipo de procedimento é indicado, como é realizada a cirurgia, quais os cuidados que o paciente precisa ter no pós-operatório, se há impeditivos com relação à prática de exercícios físicos, entre outros detalhes.

Dr. Wandemberg informa que todas as próteses masculinas são colocadas por baixo dos músculos, por meio de uma pequena incisão na pele. Por serem feitas dessa forma, acabam deixando cicatrizes discretas, quase imperceptíveis. “O implante da prótese peitoral, por exemplo, é colocado na axila, através de uma pequena incisão em forma de “s”, que se disfarça entre o sulco natural da região axilar”, relata.

Além disso, conforme Dr. Wandemberg, o formato e consistência da prótese fazem com que ela seja praticamente imperceptível ao toque e não consiga ser distinguida de um músculo natural.  “Por exemplo, a prótese de silicone para peitoral masculino tem a forma retangular com as bordas arredondadas, é mais fina e diferentemente da prótese feminina, sua consistência de gel se aproxima a de um músculo malhado”, diz.

O bom resultado estético faz com que a prótese muscular seja bastante procurada pelos homens. De acordo com o Dr. Wandemberg, as cirurgias mais buscadas pelo público masculino são as de peitoral, bíceps e tríceps e panturrilha. O médico referência em cirurgia plástica no Brasil explica que o procedimento na região do peito é indicado para homens que por razões genéticas não conseguem um ganho muscular esperado através de exercícios e também para casos em que há defeitos congênitos, como um peitoral pouco desenvolvido ou mesmo a ausência do músculo uni ou bilateral.

No que se refere às cirurgias de bíceps e tríceps, a procura maior, segundo Dr. Wandemberg é de pacientes que tiveram uma doença que levou à perda de muita massa muscular, de pacientes jovens que não conseguem desenvolver esses músculos por uma série de motivos e de pacientes idosos. O médico ressalta ainda a procura por cirurgias de panturrilhas mesmo em homens que se submetem uma grande quantidade de exercícios físicos em academias. “As atividades físicas não são suficientes para que o músculo dessa região se desenvolva. Esse grupo de pessoas acaba optando, então, por próteses de silicone para reduzir a desproporção em relação aos músculos que ficam hipertrofiados”, diz.

Não obstante a cirurgia de prótese ser indicada também para jovens, Dr. Wandemberg informa que há um limite de idade para quem deseja se submeter ao procedimento. “É preciso que o homem já tenha completado 18 anos para que a estrutura óssea já apresente desenvolvimento completo”, diz. Além disso, segundo o médico, há restrições para quem sofre de doenças sistêmicas não controladas, diabetes e hipertensão. “Essas pessoas precisam falar com o médico para que seja avaliada se a cirurgia pode ser feita ou não”, destaca.

Nesse sentido, Dr. Wandemberg ressalta a importância de o paciente procurar um profissional gabaritado. “É essencial que o cirurgião plástico seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), e nunca faça a operação em um consultório ou clínica sem condições de receber esse tipo de cirurgia”, afirma.

Após a cirurgia, o paciente deve tomar alguns cuidados para o pronto restabelecimento. Segundo Dr. Wandemberg, na cirurgia de bíceps e tríceps, após 24 horas do procedimento, o paciente já pode voltar para a casa e cinco dias depois, está apto a retomar as atividades habituais. Para a realização de exercício físicos, a recomendação é que se espere cerca de 45 dias, a fim de evitar que as próteses, que ainda não estão fixas, saiam do lugar e deformem o corpo. Em relação à cirurgia de implante peitoral, o médico recomenda repouso relativo na primeira semana, com a liberação de atividades sociais cerca de 14 dias depois da intervenção, quando os pontos são retirados. Já a prática de exercício leves é autorizada após 30 dias e a de exercícios com os braços a partir de 60 dias.

Sobre a prática de exercícios físicos após o implante. Dr. Wandemberg afirma que é recomendável. “De um a dois meses após a cirurgia, o paciente não só pode como deve malhar, até por uma questão de manutenção de um corpo saudável e da estética trazida pela prótese”, diz. Conforme o médico, o fato de o silicone ser implantado em uma região onde o nível de contratura dos músculos é quase zero faz com que as próteses não impeçam ou prejudiquem qualquer atividade física. Contudo, aconselha parcimônia. “É preciso que haja bom senso. O aumento dos músculos causado pela malhação, em uma região onde já existe um volume maior devido ao silicone, pode deixar as formas desproporcionais”, explica.

 


Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005. Em 1998, concluiu mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


sexta-feira, 1 de abril de 2022

ViaQuatro e ViaMobilidade promovem ações de conscientização sobre o autismo

 

Abril Azul é o mês em que o tema ganha mais visibilidade; estações das linhas 4, 5, 8 e 9 recebem campanha do Instituto PENSI para reduzir estigma e orientar público sobre essa condição, que conta com mais de 70 milhões de pessoas diagnosticadas no mundo

 

O jovem Lucas Moura Quaresma, autista, é escritor e ilustrador de histórias em quadrinhos. Ele é o protagonista de uma mostra na Estação Paulista e Largo Treze e integra uma campanha de conscientização sobre o autismo, com cartazes e cartilhas disponíveis para o público em todas as estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos. Graduado em design de produtos, Lucas, que desenha desde a infância, produz seus quadrinhos, marcados por humor e clima de aventura, inspirado em situações de seu cotidiano. 

A campanha surge pela parceria com as concessionárias ViaQuatro e a ViaMobilidade e Instituto PENSI, e celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, em 2 de abril. A data foi criada em dezembro de 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para dar visibilidade a essa condição, esclarecer dúvidas e combater estigmas e preconceitos. 

Nas estações São Paulo-Morumbi, linha 4-Amarela, Largo Treze, linha 5-Lilás, Carapicuíba, linha 8-Diamante e Villa-Lobos-Jaguaré na linha 9-Esmeralda, haverá um jogo de amarelinha com mensagens de respeito, amor e inclusão, para dialogar e interagir diretamente com o público. Nos nichos de leitura de todas as estações em abril serão distribuídas cartilhas informativas sobre o tema. 

Estima-se que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) atinja cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Ou seja, cada vez mais é necessário entender esse distúrbio de neurodesenvolvimento, que afeta a capacidade de relacionamento da pessoa com outras pessoas e o ambiente. 

“Em nossas estações incentivamos o respeito às diferenças e a inclusão de todos na sociedade. Por isso, a importância de tratar o tema do autismo com respeito e conhecimento, esclarecendo nossos clientes sobre essa condição”, afirma Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade. 

 

2 de abril -- Dia Mundial de Conscientização do Autismo 

De 2 a 30 de abril: campanha com cartazes e oferta de cartilhas nos nichos de leitura de todas as estações das linhas 4 e 5 de metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos.

Estação Paulista: mostra sobre autismo de 2 de abril a 2 de maio.

Jogo da amarelinha: estações São Paulo-Morumbi, linha 4-Amarela; Largo Treze, linha 5-Lilás; Carapicuíba, linha 8-Diamante e Villa-Lobos-Jaguaré, linha 9-Esmeralda. 

 

Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo alerta sobre a importância do acompanhamento profissional

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o TEA afeta uma em cada 160 crianças no mundo


Dificuldade de comunicação, deficiência no domínio dos códigos de linguagem convencionais para uso social, dificuldade de socialização, repetição e restrição no padrão comportamental. Essas são algumas características do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais conhecido com autismo, que, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta uma em cada 160 crianças no mundo. Em 02 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, data estabelecida no ano de 2007 com o objetivo de difundir informações para a população sobre o autismo, diminuindo o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

No entanto, mesmo após 15 anos de existência da data anual, Natália Costa, psicóloga e diretora do CENSA Betim, instituição referência nacional nos cuidados a indivíduos com a condição, lembra que é preciso reforçar a importância do acompanhamento profissional. Para ela, o primeiro passo é entender essa situação. “Acredito que muitas pessoas não sabem, mas o autismo é uma condição do neurodesenvolvimento que pode ser identificado logo na primeira infância para iniciar a estimulação precoce que vai ajudar o desenvolvimento do indivíduo. A situação afeta a comunicação e pode comprometer até mesmo a capacidade de aprendizado da criança, além da sua adaptação a ambientes e situações diferentes das habituadas”, explica.

Segundo a especialista, as causas são variadas, por isso o diagnóstico é importante para a família até o encaminhamento profissional. “O fato é que existiam alguns estudos que consideravam o transtorno como resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas. Todavia, isso foi uma hipótese que se mostrou totalmente errônea. A tendência atual é admitir que existem múltiplas causas para o autismo, entre elas cito os fatores genéticos, biológicos e os ambientais. Lembro que o diagnóstico pode trazer sofrimento para a família, principalmente se ele não vier acompanhado de um apoio, informações e orientações acerca do que é o TEA e quais características a criança apresenta em maior ou menor grau”, salienta.

A especialista do CENSA Betim adiciona que para ser mais preciso na intervenção, é necessário entender o grau de autismo. Para tanto, é necessário um diagnóstico apurado do modo de funcionamento do indivíduo. “O TEA é dividido em três graus distintos: Grau 1 (leve), no qual as pessoas se mostram mais autônomas nos diversos contextos do dia a dia, alcançando independência e desenvoltura social com pouca intervenção profissional. Geralmente compreendem e cumprem regras e rotinas de casa com autonomia, vão driblando as dificuldades, estudam, trabalham e podem constituir família. Já os indivíduos com autismo moderado (grau 2), demandam mais apoio para se socializar, pois tendem a apresentar pouca iniciativa para interagir. Já no autismo severo (grau 3), os indivíduos apresentam dificuldades mais acentuadas e maiores comprometimentos, tendo iniciativa muito limitada e grande dificuldade para conversar e expressar o que desejam. Nesses casos, a comunicação é mínima e pode haver comprometimento da fala, precisando da ajuda de um mediador. É comum que o autismo venha acompanhado de deficiência intelectual e epilepsia. Nessas situações, o quadro clínico é ainda mais difícil”, aponta.

A psicóloga destaca que  o autismo não é uma doença, mas uma condição que pode evoluir satisfatoriamente mediante intervenção correta . “O autismo não é uma condição inalterável, sendo totalmente possível que uma pessoa avance em relação ao estágio inicial, aumentando e incrementando seu repertório comportamental. Óbvio que esse avanço vai depender da intervenção e dos estímulos que a pessoa receber e ele só se dará se a frequência, a intensidade e qualidade desses estímulos forem adequadas, além da faixa etária em que começarem a ser introduzidos e quanto mais cedo, mais possibilidades de desenvolver”, salienta.

Suporte profissional
A intervenção para a busca de melhores resultados se torna indispensável para quaisquer níveis, mas Natália Costa lembra que as pessoas que estão no grau 3, associado a deficiência mental e intelectual, precisam mais ainda. “Estes indivíduos necessitam de suporte profissional, porque geralmente são dependentes, principalmente para realizar as atividades da vida diária, como ir sozinho ao banheiro, alimentar-se e higienizar-se. Eles precisam de apoio para a maior parte das tarefas, até porque, costumam se isolar. Claro que além do acompanhamento profissional, como o que fazemos, é importante a participação dos pais nos cuidados e na interação cotidiana”, conclui.



CENSA - Centro Especializado Nossa Senhora D’ Assumpção
Endereço: BR-381, 494 - Jardim Petrópolis, Betim – MG
Telefone: (31) 3529-3500
E-mail: contato@censabetim.com.br


No Brasil, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos

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Em países como a Espanha, referência em transplantes, existem duas vezes mais doadores. Pandemia fez o Brasil reduzir ainda mais o índice de doadores e ocupar o lugar de nação com uma das piores performances no assunto. Desmistificar o tema é fundamental para mudança de cenário

 

A doação de órgãos e tecidos no Brasil ainda é cercada de tabus, resultantes da desinformação. Hoje no país, a cada milhão de pessoas, menos de 20 são doadoras de órgãos. O dado é da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (ADOTE). Em nações como a Espanha, por exemplo, referência mundial em transplantes, cerca de 40 pessoas a cada milhão são doadoras de órgãos. 

Mais de 50 mil pessoas esperam na fila para serem transplantadas no país. E desde que a pandemia causada pela Covid-19 chegou ao Brasil com mais expressão, em março de 2020, a situação ficou ainda mais grave. Um estudo publicado em setembro de 2021 na revista científica The Lancet Public Health, mostra que o total de transplantados no mundo caiu 16% no ano que passou em consequência da pandemia. O Brasil teve redução de 29%; um dos países com pior performance entre as nações consideradas. De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas esperam pelo transplante de córnea e, principalmente, rins. 

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o principal motivo do declínio no período mencionado tem relação com o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em virtude do risco de transmissão do coronavírus ou pela dificuldade encontrada para realizar a testagem em alguns momentos durante a pandemia. As doações também sofreram queda devido à lotação e ao  excesso de trabalho nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs). O fato de as pessoas que morrem em decorrência da Covid-19 não poderem ser doadoras quando estão infectadas também piorou o cenário. 

No entanto, a desinformação e os tabus que ainda envolvem a doação de órgãos também são fatores que impedem que, a cada ano, vidas possam ser salvas ou melhoradas. A doação de órgãos é de fundamental importância para a manutenção da vida de pessoas que precisam de um transplante, nos casos em que não há mais outras formas de tratamentos. Em vida, é possível, com as compatibilidades necessárias, doar rim, parcialmente o pâncreas, parte do fígado e do pulmão, em situações excepcionais. Já de doadores não vivos podem ser obtidos rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino. 

Marcelo Mion, gerente de laboratório da Biometrix Diagnóstica, lembra que, para mudar esse cenário, é fundamental continuar reforçando as campanhas de conscientização sobre a importância da doação para o salvamento de vidas. A empresa fornece soluções voltadas ao diagnóstico molecular e comercializa reagentes e equipamentos essenciais para que os laboratórios de imunogenética do Brasil possam avaliar os pacientes e doadores que serão submetidos ao transplante de medula óssea e órgãos sólidos. "Temos trabalhado todos os dias para oferecer as melhores soluções em tecnologia para que todo o processo de doação seja feito com agilidade e segurança. Para garantir que tudo dê certo para os doadores e, principalmente, para os receptores, a Biometrix oferece regentes e equipamentos para a realização dos testes para verificar a compatibilidade entre o organismo que vai doar e o que vai receber o órgão. É uma forma de cuidar, ainda mais, da vida de todos os pacientes”, explica.

A Biometrix é uma empresa brasileira que tem mais de 25 anos de atuação no mercado e, nos últimos dois anos, foi responsável por fornecer e comercializar reagentes para a maioria dos transplantes que foram realizados no Brasil. "Cada transplante pode gerar inúmeros testes dependendo da necessidade” explica Marcelo. 


Como ser doador de órgãos?  

Para ser doador de órgãos no Brasil, é preciso comunicar a família, pois somente parentes podem autorizar a doação. A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. Um único doador pode salvar mais de dez pessoas doando órgãos e tecidos, como córneas, coração, fígado, pulmão, rins, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem. Além de avisar a família, o interessado na doação de órgãos pode fazer o cadastro no site www.adote.org.br/register.

De acordo com a ADOTE, o doador em vida deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só ocorre mediante autorização judicial.


E de medula óssea? 

Em se tratando da doação de medula óssea, o interessado precisa ter entre 18 e 35 anos e pode ir a um Hemocentro (existem 137 em vários estados do Brasil, segundo o Ministério da Saúde), coletar  uma amostra de sangue (apenas 10 ml), preencher os dados cadastrais e se colocar à disposição para ser chamado no caso de surgir um receptor compatível. Carmen Vergueiro, médica hematologista e fundadora da AMEO - Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo, defende que "é preciso falar cada vez mais sobre o tema e desmistificá-lo para que mais pessoas se disponham a salvar vidas". 

O Instituto TMO é outra entidade que trabalha para estimular doação de medula óssea por meio de campanhas realizadas nas redes sociais. Cristiane Canet Mocellin, presidente do Instituto TMO, lembra que a amostra de sangue que o doador tira quando se apresenta a um hemocentro possibilita a análise no laboratório, chamada "tipagem HLA" - feita a partir de soluções fornecidas por empresas como a Biometrix -, que determina as características genéticas do possível doador. 

Outro importante trabalho que a instituição  desenvolve é a manutenção da Casa Malice, uma casa de apoio, cuja estrutura foi pensada para dar acolhimento institucional provisório a pessoas em situação de vulnerabilidade social e seus acompanhantes que estejam em trânsito, e sem condições de autossustento, durante o tratamento de doenças graves. "Na casa, recebemos pessoas de todo o Brasil, com idade a partir de 16 anos, que venham devidamente encaminhadas pelas redes socioassistenciais. Em média, a Casa Malice acolhe cerca de 30 pessoas por mês. Desde a sua fundação em 2016, já foram acolhidas mais de 517 pessoas, gerando um total de quase 11.720 diárias” conta Cristiane. 

O Unidos pela Vida - Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística é referência no tema da fibrose cística, uma doença genética crônica que afeta, principalmente, os pulmões, pâncreas e sistema digestivo. Desde 1985, o transplante pulmonar, principalmente, tem sido uma opção para os pacientes. De acordo com Cristiano Silveira, diretor de Políticas Públicas e advocacy do Instituto, mais da metade das doações de órgãos para pessoas acometidas pela doença deixam de acontecer por falta de autorização da família. "Precisamos melhorar a cultura da doação de órgãos no Brasil para aumentar o número de transplantes no país”, defende.  

Cristiano também destaca que, na fibrose cística, o transplante de órgãos pode ser feito entre pessoas vivas - também chamado de "modalidade intervivos”. "Além dos rins e partes do fígado, parte dos pulmões dos pais, por exemplo, também podem ser transplantados para um filho”, explica. 

Ele ainda acrescenta que, quando feito com antecedência, sem esperar que o quadro da doença evolua e se agrave, as chances de sucesso e conquista de uma qualidade de vida melhor dos pacientes da fibrose cística aumentam exponencialmente. "É um grande equívoco acreditar que fazer ou se submeter a um transplante é trocar uma doença pela outra”, esclarece. 


Entendendo o HLA - o sistema imunológico tem a função de identificar e reagir a organismos estranhos. Este processo é baseado na identificação dos antígenos, a “marca biológica” de cada célula. Quando o organismo reconhece um antígeno estranho, desencadeia uma resposta com o objetivo de destruí-lo. Este corpo estranho detectado pode ser tanto uma bactéria ou vírus, como um tecido, órgão ou medula transplantados. Assim, o HLA é o responsável pela histocompatibilidade. 

É importante saber que o HLA é herdado, uma parte da mãe e a outra do pai. A identidade HLA é composta por vários genes agrupados na mesma região no cromossomo 6. Cada gene possui uma diversidade muito grande de alelos. Sabe-se que mais de 11 mil alelos já foram identificados em todo o mundo. Por isso, é muito raro que dois indivíduos tenham o mesmo grupo de genes. A grande complexidade dos transplantes é encontrar esta compatibilidade entre doador e receptor.

 

 Biometrix

 www.biometrix.com.br


Consumo de doces entre crianças aumentou 38% durante a pandemia

Um estudo encomendado pela Tetra Pak apontou que 38% das crianças consumiram mais doces durante a pandemia. Intitulada “O Universo da Lancheira”, e realizada pela Play Pesquisa, a empresa ouviu 720 crianças de 3 a 2 anos, e 1200 adultos de São Paulo, Recife, Fortaleza, Goiânia e Porto Alegre, entre o segundo semestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021. 

Passando mais tempo em casa, da mesma forma que os pais admitiram que as crianças estavam consumindo alimentos mais saudáveis, por outro, também aumentaram o consumo de doces e guloseimas. O problema é que o aumento do consumo de doces desde o início da pandemia, quando todos estavam isolados em casa, podem ter consequências agora, quase dois anos depois. Isso porque com o hábito de comer doces já instalado, difícil é tirar da criança essa vontade de comer um docinho no dia a dia.

Para a odontopediatra Helenice Biancalana, Mestre em saúde da criança e do adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas, da UNICAMP, especialista em Odontopediatria e Ortopedia Funcional dos maxilares, vice-presidente da Associação Paulista de Odontopediatria APO/ABOPED e professora de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da APCD – FAO, os hábitos alimentares da família são responsáveis pela qualidade e quantidade dos alimentos que a criança ingere. “Se os pais tiverem uma dieta rica em açúcar, carboidratos, sódio (sal), lipídios (gordura), muito provavelmente os filhos também terão. O problema é que o açúcar quando consumido em excesso é considerado um dos vilões para o desequilíbrio da saúde bucal. Isso sem contar os riscos de obesidade e doenças crônicas como as cardiovasculares, diabetes e hipertensão”, afirma.

Segundo a especialista, os efeitos nutricionais responsáveis pelo início da formação dos dentes e do sistema estomatognático (face), requerem energia e nutrientes específicos para a sua fisiologia.  “Dessa forma, períodos de desnutrição prolongados durante a infância também podem levar a limitação do desenvolvimento de órgãos como o cérebro e as glândulas salivares, provocando diminuição do fluxo salivar, além de atraso no nascimento dos dentes de leite”, alerta. 


Sem doces e guloseimas até os dois anos de vida

Para promover uma saúde dentária desde o nascimento até a crianças maiores, a especialista orienta que nos primeiros 1.000 dias de vida do bebê (período que compreende os 270 dias da gestação até o segundo ano de vida), é de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento infantil, que os pequenos não consumam doces e nem alimentos industrializados.

É importante frisar que a alimentação que a mãe recebe durante a gestação possuem elementos que ajudam a constituir o desenvolvimento do paladar infantil. “Durante a amamentação no seio materno, a criança também entra em contato com essas referências em seus hábitos alimentares, além de receber nutrientes”, afirma. Por isso é tão recomendado que a criança não consuma açúcar nesse período. “Frutas e bebidas não devem ser adoçadas. Também não devem ser oferecidas preparações que tenham o ingrediente, como bolos, biscoitos, doces e geleias”, justifica.


Açúcar escondido

A especialista lembra que o açúcar também está presente em grande parte dos alimentos ultraprocessados, achocolatados, bebidas açucaradas, cereais matinais, gelatina em pó com sabor, mingaus instantâneos preparados com farinhas, guloseimas como balas, chicletes, pirulitos e chocolates, além de biscoitos e bolachas doces. “Alimentos ricos em açúcar, seja o de adição ou o que está presente nos ultraprocessados, apresentam uma composição nutricional desbalanceada e um maior teor energético, caracterizando um padrão alimentar de baixa qualidade nutricional”, alerta. “Como consequência, esse tipo de alimento pode levar ao ganho de peso excessivo, surgimento de placa bacteriana e cárie nos dentes, além de outras doenças associadas”, endossa. Por último, mas não menos importante, a especialista lembra que a presença dos sabores doces na infância contribui para a constituição do paladar que pede mais açúcar depois.


Dicas para uma dentição sadia entre as crianças:

- A rotina dentro de casa deve ser estabelecida pela família, com a alimentação e higienização bucal, lembrando que o bebê deve ter os seus dentinhos escovados pelos pais, desde o primeiro dente que erupciona (nasce), com escova infantil, indicada para a idade e creme dental com flúor, no mínimo com 1100 ppm, com quantidade equivalente a um grão de arroz.

- O bebê alimentado exclusivamente no seio materno (sem nenhum outro líquido) até os seis meses de idade, não tem a necessidade de higienizar a boca com gaze umedecida em água filtrada, mas é recomendável que a boca faça parte dos cuidados diários, com um olhar para a língua, bochechas, mucosas, identificando a normalidade (rósea), e se necessário, passar a gaze umedecida em água filtrada.

-. A partir de 3 anos, identificando que a criança consegue cuspir o excesso de creme dental que fica na boca, a quantidade de creme dental pode aumentar para o equivalente a um grão de ervilha. Sempre lembrando que não é a escova lotada de creme dental que dá a eficiência à escovação, e sim os movimentos que a escova faz para a remoção dos restos de alimentos sobre os dentes.

- O uso da escova de dentes para adultos é recomendado após a erupção de todos os dentes permanentes, por volta dos 14 anos de idade. E o creme dental com flúor deve ter a concentração de 1450ppm.

- O hábito de usar o fio dental deve ser incorporado à higiene bucal do bebê desde cedo, complementando à escovação. Assim que os dentes de leite já permitirem o uso, o fio dental já pode ser utilizado.

- O enxaguante é importante para complementar a higienização bucal, principalmente à noite. Mas a recomendação é que somente a partir dos 12 anos ele seja utilizado pelas crianças. Abaixo dessa idade, a criança tem o risco de engolir o produto, que em excesso poderá acarretar efeitos indesejados.

- A visita ao dentista deve começar durante a gestação, quando a futura mamãe deve também fazer o pré-natal odontológico, cuidando da sua saúde bucal e recebendo todas as orientações sobre os cuidados necessários com o bebê que irá nascer.

- Da mesma forma que a criança é levada ao médico pediatra, tão logo nasça, também deve levá-lo à odontopediatra. As consultas devem ser feitas, de preferência a cada seis meses.

- Lembre-se, a família constrói os hábitos saudáveis, servindo de exemplo para os filhos também seguirem o mesmo caminho. Fora de casa, quando maiores, as crianças podem até ter o acesso, mas é no cuidado domiciliar que se atinge o equilíbrio.

 

 ABIMO- Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos

  

Fonte: Helenice Biancalana, odontopediatra, Mestre em saúde da criança e do adolescente pela Faculdade de Ciências Médicas, da UNICAMP, especialista em Odontopediatria e Ortopedia Funcional dos maxilares, vice-presidente da Associação Paulista de Odontopediatria APO/ABOPED e professora de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da APCD – FAO.

https://www.tetrapak.com/pt-br/about-tetra-pak/news-and-events/newsarchive/covid-19-o-que-mudou-na-alimentacao-de-casa

 

O Que Acontece se Não Escovarmos os Dentes?

Com a rotina corrida do dia a dia, muitas pessoas acabam esquecendo ou deixando para depois a escovação dos dentes. Acordar atrasado para um compromisso ou para o trabalho já é um motivo para aquela velha desculpa de não realizar a limpeza dos dentes. Até mesmo o fato de já estar deitado para dormir, e vem aquela preguiça como justificativa para não levantar e escovar os dentes. Quem nunca? 

A cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde esclarece alguns riscos que você corre por não escovar os dentes durante o dia. 

O aumento exagerado e o acúmulo de bactérias é onde começa tudo. 

“Quando ficamos sem escovar os dentes inicia-se um processo de perda de mineral dos dentes. E se a falta da escovação se tornar mais frequente, a desmineralização da estrutura dos dentes também será rotineira, o que pode resultar no aparecimento de cárie. O mesmo pode acontecer em relação às doenças gengivais.” explica Dra. Bruna.

Quando os dentes não são escovados antes de dormir, as bactérias passam um longo tempo na boca e vão se acumulando nos espaços que ficam entre os dentes e também na curva gengival.

Você já percebeu a cor da sua língua? Ela está esbranquiçada? Isso pode ser a saburra lingual. Ela é uma massa formada por células descamadas da boca, além de bactérias, muco da saliva e restos alimentares. Se você não escovar a língua da forma correta e com frequência terá grandes chances de ter mau hálito. 

Bruna Conde conta que em pouco tempo, o que era quase imperceptível, formam-se placas bacterianas visíveis e evidentes tanto na língua quanto nos dentes. E quando não são removidas por meio de uma limpeza odontológica, a placa dá origem a uma série de outros problemas. Alguns deles bem graves.

E quais são os problemas que a placa bacteriana causa?

Mau Hálito 

Periodontite

Gengivite

Cáries

Amolecimento e perda dentária

Bruna Conde finaliza ressaltando que, por isso, para não agravar e desenvolver doenças mais graves, mantenha um hábito de sempre escovar os dentes principalmente antes de dormir. E não se esqueça de visitar seu dentista, para te auxiliar a manter sempre os cuidados necessários para que sua saúde bucal esteja sempre em dia.

 

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.

CRO SP 102038


O que os pés revelam sobre a saúde

O médico ortopedista, Dr. Bruno Takasaki Lee, especialista em pés, da capital paulista, revela os sinais que os pés podem dar para indicar que algo não vai bem.

 

Ele conta que é importante fazer uma inspeção, mesmo que semanal, nos pés para avaliar se tudo está correto. “Pode procurar por bolhas, inchaços, rachaduras, calos, machas e atritos. Observe a cor e a textura das unhas, para verificar se não há infecção. Da mesma forma, cheque a cor dos pés: se estiverem azulados, pode indicar falta de circulação, assim como se estiverem vermelhos, podem indicar infecção ou inflamação. Também sinta se há algum incômodo ou dor constante que deve, sempre, ser investigado”, afirma. 

O ortopedista explica que a classificação de cada tipo de pé, varia de acordo com seu formato (cavo, chato ou plano) e com o tipo de pisada, podendo ser pronada, supinada ou neutra. “É importante que os pés recebam atenções frequentemente. Assim, é possível evitar males comuns, como joanetes, esporão, fascite plantar, rachaduras e frieiras, entre outros”, diz. 

Para ajudar. Dr. Lee deixa 3 pontos a serem considerados:

 

Câimbras: O desconforto passageiro, geralmente ligado ao excesso de esforço muscular.
 

Inchaço: O acúmulo de líquido sinaliza de traumas locais a problemas no sistema circulatório, como hipertensão e insuficiência cardíaca.
 

Dedos sobrepostos: Estão relacionados a degeneração por sobrecarga crônica e também podem ser resultado da progressão da artrite reumatoide.
 

Para evitar esses e outros incômodos e ainda prevenir doenças e lesões, a dica do médico é escolher o sapato adequado. “Um calçado adequado é capaz de evitar uma série de problemas nos pés, como esporões e reduzir sintomas de joanetes. Opte por modelos que encaixem da melhor forma no seu tipo de pé, com solados menos flexíveis, para redução da sobrecarga. Evite o uso excessivo de salto alto e opte pelo material e tamanho adequado. Observe também a capacidade de amortecimento de impacto do calçado e evite solados escorregadios”, avisa. 

Os cuidados também devem ser redobrados com a higienização.

Para evitar infecções, inflamações e, até mesmo, fungos, como aqueles que causam as frieiras, Dr. Lee lembra que é importante manter o pé devidamente higienizado e secá-los bem após a lavagem. Ainda, busca hidrata-los com regularidade, evitando rachaduras. 

No mais, o médico indica fazer exercícios bem orientados de amplitude e alongamento dos pés, bem como usar uma bolinha de tênis para fazer movimentos circulares na planta do pé, já que isso pode ajudar na circulação local. .


Dr. Bruno Takasaki Lee - CRM: 120.229 - Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo

Médico formado e Especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o Dr. Bruno Lee integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento de suas patologias. Nos últimos anos, o Dr. Bruno Lee buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés. Esta nova técnica, em sua opinião, revolucionou e continuará revolucionando o cuidado nas patologias do pé e tornozelo.

 

No dia da mentira saiba o que ninguém te conta sobre miomas

O ginecologista, Dr. Alexandre Silva e Silva, discorre sobre curiosidades sobre a doença que são desconhecidas pela maior parte das mulheres

Miomas são um tumor benigno que se forma no útero. É um quadro relativamente comum, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 80% das mulheres em idade fértil apresentam a condição, sendo ela sintomática ou não.

Apesar de não ter uma causa ainda bem definida, miomas, mesmo quando assintomáticos, devem ser acompanhados e seguidos de perto através de exames de imagem anuais. Esse controle permite que o médico consiga perceber se a doença está evoluindo ou se está estável. Nos casos em que a doença evolui e os miomas crescem, um planejamento de tratamento deve ser realizado. Nos casos em que a doença se mantem estável, o seguimento através de exames de imagem anuais é a melhor opção.

O Dr. Alexandre Silva e Silva, ginecologista, defende que, mesmo sendo uma condição comum, as informações sobre os miomas ainda não são disseminadas de maneira massiva. “Existem diversos fatos que as pessoas não comentam sobre os miomas e ter esse conhecimento pode auxiliar mulheres a perceberem sintomas e buscarem tratamento adequado”, explica.

Entre as características não debatidas sobre os miomas, está, por exemplo, o fato de que é uma doença presente em mulheres com alta predominância estrogênica. “Ou seja, são mulheres com alta produção do hormônio estradiol, o principal hormônio sexual feminino”, pontua o especialista.

Uma outra questão que deve ser esclarecida é o fato de que a doença é mais predominante em mulheres afrodescendentes, por razões que ainda desconhecemos e portanto, essa população de mulheres deve estar mais atenta em realizar os seus exames anuais.

O diagnóstico precoce é fundamental e está diretamente relacionado com a complexidade do tratamento. “Quando a mulher descobre um mioma submucoso (que fica por dentro da cavidade uterina) que mede 2cm, por exemplo, uma histeroscopia cirúrgica é suficiente para o tratamento eficaz e preciso da doença, com uma internação de hospitalar de 6h de duração. Mas se esse mesmo mioma for descoberto já acima dos 4cm, a sua retirada deixa de ser tão simples e pode ser necessária a realização de dois procedimentos cirúrgicos para resolver o problema com eficácia.”

 “O mioma deve ser tratado e o tratamento varia conforme os sintomas, o tamanho, a localização, sua relação com a cavidade uterina e principalmente de acordo com os desejos e objetivos de cada mulher.”

Mulheres com desejo gestacional ou que não querem tirar o seu útero, por qualquer que seja o motivo, tem a opção de passar por um tratamento conservador, desde que passem por um planejamento terapêutico.

Miomas grandes dificultam mas não impossibilitam o tratamento conservador, mas o quanto menores forem, melhores serão os resultados das cirurgias conservadoras. 

 

Dr. Alexandre Silva e Silva - se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em ginecologia e obstetrícia com treinamento extensivo em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston e certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta, nos EUA. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998, dando aulas de vídeo cirurgia desde então.  É referência em vídeo laparoscopia, vídeo histeroscopia e cirurgia robótica.


Dor nas pernas: como identificar se é um problema vascular ou neurológico?

Neurocirurgião destaca coluna como raiz do problema

 

Quem nunca sentiu dor nas pernas? Esse problema é mais comum do que se imagina e afeta inúmeras pessoas diariamente. São muitos os fatores que podem desencadear dor nas pernas ou nos chamados membros inferiores – desde o excesso de esforço físico até problemas mais complexos, entre os quais, doenças vasculares, problemas ortopédicos ou de origem neurológica. Nesses casos, o importante é identificar em que território a dor acontece, o que normalmente causa confusão para o paciente que não consegue diferenciar em qual área do corpo o problema está relacionado.

Dentre as doenças vasculares, a má circulação sanguínea, seja por problema arterial ou venoso, pode causar dor nas pernas. a falta de suprimento sanguíneo, por um problema arterial, costuma atingir os pacientes mais idosos e dificulta muito para caminhar. Problema na drenagem de sangue, ou seja, a insuficiência venosa também prejudica os membros inferiores podendo ocasionar inchaço nos tornozelos e pés, sensação de dormência, formigamento ou queimação.

Já no campo neurológico, dores nas pernas podem apresentar relação com doenças na coluna ou compressão do nervo. “Em geral, nós temos o problema do nervo que pode estar acometido em diferentes segmentos, o mais comum realmente é a dor na perna causada por problemas da coluna. E uma compressão da raiz nervosa - que é a origem do nervo na coluna, pode ocasionar dor, trazer perda de sensibilidade e de força”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

O Dr. Amato explica que “quando é um problema de coluna ou nervo, geralmente, respeita o território do nervo acometido. Se tem uma dormência, um formigamento que vem pela perna, pega o dorso do pé e o dedão, isso é característico de uma raiz nervosa. É muito difícil um problema vascular dar esse padrão de acometimento sensitivo. Nas doenças vasculares, a sensibilidade fica acometida de uma forma mais global”.

Uma das formas de apresentação que costuma confundir entre doença vascular e neurológica é a claudicação dos membros inferiores. “Esse termo significa que as pernas doem, adormecem e podem falhar após andar certa distância. Existe a claudicação vascular e a claudicação neurológica. Curiosamente, além de outras características, na claudicação vascular, o paciente tem muita dificuldade para subir uma ladeira, já na claudicação neurológica, o paciente tem muita dificuldade para descer a ladeira e, subi-la, costuma ser mais fácil”, detalha Dr. Amato. 

Há exames específicos para diagnosticar o problema e diferenciar cada caso. Procurar um especialista para um diagnóstico correto é essencial para o tratamento efetivo.

 


Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.

Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


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