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quarta-feira, 2 de março de 2022

Estilo alimentar com baixo consumo de carboidratos é eficaz no tratamento adjuvante de doenças neuropsiquiátricas

Já a dieta com muitos alimentos processados e carboidratos refinados, está relacionada com aumento de casos de depressão e ansiedade - inclusive entre as crianças

 

Associar alimentação e aspectos emocionais e mentais do ser humano é praxe do senso comum. Não é preciso ser um estudioso da área de nutrição ou psiquiatria para detectar que comer determinado alimento ou ficar sem se alimentar pode tornar uma pessoa mais irritável, por exemplo.

Segundo o médico psiquiatra, especialista em psiquiatria nutricional e membro da Brasil Low Carb, Regis Chachamovich, o que é relativamente novo é a descoberta de que o estilo alimentar impacta em quadros psiquiátricos, podendo ser utilizado no tratamento adjuvante e principal de doenças neuropsiquiátricas, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre outras.

Chachamovich afirma que cada vez mais evidências científicas e clínicas confirmam que uma alimentação saudável, principalmente baseada em “comida de verdade”, (de origem natural e minimamente processada) pode ser de grande eficácia para o manejo de diversas doenças acima mencionadas.

Conforme o médico psiquiatra, as doenças neuropsiquiátricas aumentaram significativamente nas últimas décadas e alguns tratamentos (a maioria a base de medicamentos) não apresentam resultados satisfatórios. Nesse sentido, aumentou a busca por alternativas que complementem o uso de remédios, fazendo com que as doenças sejam combatidas com mais eficácia. “E na minha prática e de colegas, cuidar da alimentação tem se mostrado uma boa forma de mitigar essas doenças”, afirma.

Isto porque alguns alimentos, se consumidos em excesso, costumam trazer complicações ao organismo humano de modo geral, inclusive ao cérebro. O açúcar, por exemplo, é responsável por mecanismos – amplamente aceitos pela comunidade científica – que podem acarretar diversas doenças neuropsiquiátricas. Entre estes mecanismos estão: inflamação crônica em nível do sistema nervoso central; diminuição da produção de energia proveniente da glicose; resistência à insulina em âmbito cerebral; desbalanços de neurotransmissores; e aumento do estresse oxidativo.

De acordo com Chachamovih, ao preconizar o baixo consumo de carboidratos e priorizar a ingestão de alimentos ricos em proteínas e gorduras, a dieta cetogênica promove importantes alterações metabólicas no corpo como um todo e também no cérebro, fazendo com que seja capaz de atuar em diversos dos mecanismos responsáveis pelas doenças neuropsiquiátricas. “Desse modo, a estratégia alimentar torna-se uma ferramenta importante para auxiliar no tratamento dessas doenças”, diz.

O paciente, contudo, de maneira nenhuma, deve interroper o tratamento que está realizando para iniciar uma terapia alternativa por conta própria. “O uso da dieta cetogênica para o tratamento de distúrbios mentais necessita do acompanhamento de um profissional com conhecimento sobre a doença e sobre o manejo da alimentação”, diz Chachamovich. O médico psiquiatra explica que, apesar de a estratégia alimentar ser bastante segura para a maioria das pessoas, são necessários cuidados importantes em relação à implementação e fase de adaptação, ao controle das medicações em uso, e ao acompanhamento de alguns parâmetros.

Por fim, o membro da Brasil Low Carb reitera que o fato de estratégia alimentar com redução de carboidratos ter se mostrado eficaz no combate de mecanismos que levam a doenças neuropsiquiátricas não significa que a terapêutica concorre com uso de medicamentos tradicionais. “Estes muitas vezes têm um papel definitivo em diversos casos”, afirma. A melhor abordagem, destaca Chachamovich, deve ser decidida entre paciente e médico, após avaliação individual, levando em conta preferências pessoais e contra indicações.


Sete cuidados que não podem faltar no verão


No verão é de extrema importância redobrar a atenção sobre alguns cuidados com a saúde, pois as altas temperaturas podem ocasionar inúmeros problemas. Outra situação da estação é que ela ocorre no maior período de férias escolares, ao contrário do que acontece no hemisfério Norte, onde naturalmente há um maior relaxamento dos pais e das crianças com relação à proteção, principalmente quando estão mais desatentos por estarem na praia ou na piscina. 

Para a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Sonia Oliveira, a temporada exige maior atenção. "Com a chegada do verão, é comum que as pessoas passem mais tempo em espaços abertos como clubes, parques e praias. No entanto, é importante sempre lembrar de se hidratar com certa frequência, não só em dias ensolarados, mas também em dia nublados, para repor a água que o corpo elimina mantendo a temperatura adequada no organismo", comenta a especialista. 

Veja abaixo, algumas dicas passadas pela coordenadora para se cuidar no verão:
 

1. Hidratação:

O corpo é formado por 70 % de água. Somos formados basicamente por água, sendo que ela é a grande aliada para as funções vitais do nosso organismo. No verão, transpiramos mais porque a água eliminada serve para a manter a temperatura corporal. É recomendado beber 2 litros de água por dia. A boa hidratação é responsável por ajudar no controle de calorias, melhorar o funcionamento dos órgãos e evitar a retenção de líquidos.
 

2. Fuja da maior incidência do Sol

Praticar atividades físicas ao ar livre em horários em que o Sol está mais forte pode causar desidratação e elevação da temperatura corporal. Os melhores horários para praticar exercícios são no início da manhã, até às 10 horas, e após às 16 horas.
 

3. O filtro que não pode faltar

É importante intensificar o uso de filtro solar. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele responde a 33% dos diagnósticos de tumores no Brasil.
 

4. Alimentação leve

Ingerir alimentos pesados e gordurosos pode não ser a melhor alternativa, já que eles exigem um trabalho maior de digestão, o que aumenta a temperatura corporal. Dê preferência para refeições mais leves e alimentos com bom percentual de água. Durante o verão também é comum casos de intoxicações alimentares, pois o calor colabora para o estrago mais rápido dos produtos. Por isso, fique atento às datas de validades e a procedência dos alimentos.
 

5. Doenças do verão

Conjuntivite, dermatose e insolação são doenças comuns durante o verão. A estação também é favorável à reprodução do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue Chikungunya e Zika. Manter uma boa hidratação, proteger-se do sol, checar a qualidade dos alimentos, ter uma boa higiene e não deixar água parada são algumas das recomendações.
 

6. Ficamos estressados com o calor?

O excesso de calor influencia na quantidade de cortisol (hormônio do estresse) no organismo. Conhecido como "estresse térmico", quanto maior a temperatura, maiores são as chances de ficarmos irritados com algo. Uma alternativa bastante efetiva para controlar o estresse térmico é manter a hidratação, visto que a falta de água também afeta o funcionamento dos órgãos e pode contribuir para elevação do cortisol.
 

7. Roupas mais leves

O vestuário contribui para a elevação da temperatura corporal. Por isso, é importante ceder espaço para roupas mais leves. Busque tecidos de fibras naturais, como o algodão, linho, seda e crepe, que deixam o corpo respirar melhor. Dê preferência para as cores claras, uma vez que tonalidades escuras tendem a absorver o calor e, com isso, prejudicam o conforto.



 
Anhanguera

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 Kroton

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Você sabe o que é covid longa?


Especialista da Medicar Emergências Médicas alerta sobre

a necessidade de exames específicos para um diagnóstico adequado

Você pegou covid-19 recentemente e continua se sentindo exausto, com dores de cabeça ou sua memória está falhando? Você pode estar com o que os especialistas estão chamando de covid longa, uma consequência da doença que dura mais de um mês e vem se manifestando em algumas pessoas. Aqui no Brasil ainda não há estatísticas conclusivas, mas no Reino Unido, por exemplo, pesquisas apontaram a presença desse diagnóstico em mais de 1 milhão de pessoas que foram infectadas pelo vírus. 

“Quando falamos em cuidados após infecção pelo Sars-Cov2 podemos perceber que a reação é muito variada e os sintomas da covid longa podem mudar de pessoa para pessoa. Mas, em geral, a atenção precisa estar focada em três principais órgãos, o coração, pulmão e cérebro”, explica o médico responsável da Medicar Emergências Médicas, Dr. Alexandre Francisco. 

Segundo o especialista, entre as queixas mais comuns, percebe-se o cansaço excessivo, palpitações, falta de ar, alterações prolongadas no olfato e no paladar. “Em um estudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp), foi detectado que 40% dos pacientes apresentavam dor de cabeça, 40% tinham fadiga, 30% alteração de memória, 28% sofriam de ansiedade, 20% de depressão, 16% tinham perda de paladar e 28% de olfato”, comenta. 

O coração, conforme informa o médico, vem sendo um dos órgãos mais afetados pela doença. Por este motivo, fazer um check up com um cardiologista é muito importante. “Essa procura médica de forma preventiva é fundamental, pois somente o especialista poderá avaliar se há algum tipo de fibrose do miocárdio, que é algo que pode levar o paciente a ter dores no peito e palpitações. Arritmias e miocardites também têm sido detectadas após infecção de covid”, alerta Dr. Alexandre Francisco. 

Como cuidados essenciais nesse período pós-infecção, o médico salienta ser de suma importância realizar exames preventivos com regularidade e adotar um estilo de vida mais saudável com rotinas de exercício físico, alimentação equilibrada, evitar o consumo de álcool, bem como evitar o cigarro além de ter uma rotina de sono reparadora. “A prevenção sempre será o melhor meio de mantermos a saúde em dia”, conclui o especialista da Medicar.


Óculos de realidade virtual tornam-se aliados na reabilitação de pacientes em hospital SUS

Tecnologia permite que internados se sintam fora do ambiente hospitalar por alguns momentos


Lucas Erichsen sentia-se triste. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), onde se viu novamente isolado e distante de sua rotina. O primeiro internamento havia sido em 2017, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Três anos depois, um aneurisma e uma pneumonia o fizeram retornar ao hospital para receber cuidados médicos. Mais uma vez, todos os seus planos foram suspensos e ele deu início ao período mais difícil: a luta pela vida.

Mas o sorriso de Lucas, de 22 anos, voltou a estar estampado no rosto após ser convidado a mergulhar em um novo universo. "Ali tudo era possível, desde andar de carro até pilotar um helicóptero", conta. A experiência vivida pelo jovem não foi magia nem alucinação. Foi, sim, parte do tratamento do fisioterapeuta Rafael Cavalli, que faz uso de óculos de realidade virtual (RV) no atendimento a pacientes do hospital 100% Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba. "A ferramenta ajuda a tornar as sessões de reabilitação mais divertidas e eficazes, auxiliando pacientes com limitações motoras na recuperação", explica o fisioterapeuta.

De uns tempos para cá, a realidade virtual vem ganhando espaço no cotidiano. São computadores, videogames, óculos especiais e outros dispositivos que têm como principal proposta fazer com que o indivíduo se sinta imerso em uma espécie de existência fictícia. Não é de estranhar que essas ferramentas invadam os corredores de hospitais, consultórios e laboratórios. "Os óculos de RV podem ser usados para ajudar na locomoção de pacientes com mal de Parkinson, na fisioterapia de quem sofreu derrame cerebral e para amenizar os sintomas da depressão, por exemplo", detalha Rafael Cavalli. 


O que as pesquisas dizem

Inicialmente desenvolvida para o entretenimento, a realidade virtual tem sido testada no tratamento de diversos problemas de saúde, como o estresse pós-traumático. A primeira utilização da tecnologia para esse fim foi em 1997, quando pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, realizaram um estudo com 10 veteranos de guerra traumatizados e que não haviam conseguido melhora pelas terapias convencionais. O programa, chamado Vietnã Virtual, expunha os ex-soldados a situações realistas que eles haviam vivenciado décadas antes na guerra.

Em um espaço seguro, controlado e com o acompanhamento de um profissional ao lado, a RV os levava de volta às selvas vietnamitas. Enquanto o terapeuta manipulava o software e intensificava os sons de batalha, os pacientes eram convidados a narrar seus traumas. O tratamento durou um mês e, no fim desse período, os 10 voluntários demonstraram melhora no quadro. A partir daí, foram iniciados mais testes, com número maior de participantes, tratados nos mais diversos cenários que simulavam situações distintas.

Logo, a realidade virtual se mostrou ser mais do que apenas uma ferramenta descolada para transportar o usuário para outros cenários. De acordo com pesquisa feita pelo hospital americano Cedar-Sinai, publicada no periódico JMIR Mental Health, a tecnologia também contribui para diminuir dores de pacientes. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores contaram com a ajuda de 100 pacientes diagnosticados com dor nível 3, em uma escala de 0 a 10. Metade deles usou óculos de realidade virtual e os outros 50 pacientes assistiram à televisão, ambos com cenas relaxantes. Os resultados mostraram que aqueles que usaram os óculos tiveram uma queda média de 24% na escala de dor, já para quem assistiu na tela 3D a dor diminuiu apenas 13%.

Além da dor, a RV vem sendo minuciosamente estudada como um moderno instrumento de apoio à prática fisioterapêutica, podendo  ser  aplicada  de  múltiplas  formas. Recentemente, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) concluíram que o uso da realidade virtual provoca níveis leves e moderados de atividade física em pacientes da UTI. Durante as 100 sessões de fisioterapia monitoradas na pesquisa, os pacientes internados nas unidades do Departamento de Emergência do Instituto Central do Hospital das Clínicas atingiram grau leve de atividade em 59% da duração das sessões, e 38% de nível moderado de atividade.


Tecnologia que humaniza

"Não estou atendendo bem um paciente pelo que ele tem, mas pelo que ele é". A frase do fisioterapeuta Rafael Cavalli explica a importância de iniciativas inovadoras dentro do SUS. No Hospital Universitário Cajuru, o tratamento com óculos de realidade virtual permite ouvir, oferecer conforto e compreender as opiniões dos pacientes. Longe de perder o protagonismo no processo de reabilitação, os profissionais de saúde passam a atuar como supervisores de todo processo. "Se fosse eu internado lá, será que eu ia gostar de receber apenas um tratamento padrão? A realidade virtual vem nesse sentido, de personalizar e humanizar o atendimento", relata o fisioterapeuta.

O objetivo do tratamento de reabilitação é estimular os movimentos musculares de modo que o paciente crie uma memória motora. É nesse contexto, então, que entra a realidade virtual. Uma ferramenta inovadora na fisioterapia e que tem sido utilizada na avaliação e reabilitação de pessoas com distúrbios do movimento, do equilíbrio postural e da marcha. "Imagine um paciente que perdeu movimentos de determinadas partes do corpo e precisa se submeter à fisioterapia. E se esses exercícios pudessem ser facilitados com o uso de cenários de realidade virtual?", questiona o fisioterapeuta. 

É por essa razão que a realidade virtual já está sendo utilizada como parte do tratamento para alguns pacientes em reabilitação, como o Lucas Erichsen, sendo uma maneira mais lúdica de aplicar as atividades. "O Lucas é um paciente jovem que estava há três meses internado no hospital. Após uma conversa, descobri que ele gostava de corrida, música eletrônica e aviação. A partir disso montei um vídeo que se encaixasse naquilo e o resultado foi surpreendente", complementa Rafael.

A humanização no tratamento devolve esperança para pacientes e permite que eles voltem a sonhar. Com um acompanhamento mais próximo e especializado, é possível reduzir o sofrimento e proporcionar um tratamento mais digno. "Foi bom receber esse carinho durante a internação no hospital. O tratamento me ajudou a evoluir e sair da depressão", revela Lucas. 


Entenda como a falta de higiene bucal profissional pode influenciar em doenças cardíacas

 O novo método GBT (Guided Biofilm Therapy) já é considerado um divisor de águas pela classe odontológica

 

O acesso dos brasileiros à saúde bucal já foi extremamente difícil e limitado na década de 60-70. Com o surgimento de novas técnicas e/ou protocolos de tratamento, os profissionais intensificaram os alertas para a importância do cuidado da saúde da boca e como ela reflete em todo o corpo. Aliado a este propósito, o Ministério da Saúde também passa a reforçar que a higiene bucal adequada e a ida regular ao dentista diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde. 

Entre os cuidados, a higiene bucal profissional é uma das medidas mais importantes que uma pessoa pode adotar para manter seus dentes, gengiva e até o corpo como um todo saudáveis. Para falar sobre este assunto, entrevistamos Maria Fernanda Kolbe, especialista e mestre em periodontia, sócia da Clínica Sorr, em São Paulo. Acompanhe:

 

Do que é formado o biofilme dentário e por que é importante manter o seu controle em dia? 

O biofilme dentário, antigamente chamado de placa bacteriana, se forma na superfície dos dentes. Trata-se de uma massa formada por resto de alimentos, acúmulo de microrganismos e seus produtos que se aderem à superfície dentária. Essas bactérias estão presentes naturalmente na cavidade bucal, mas podem aumentar se a higiene não for realizada adequadamente. O acúmulo de biofilme acarreta doenças como a cárie dentária, a gengivite e a periodontite. Esta última pode até levar à perda dos dentes, por causar reabsorção dos tecidos de sustentação. Por isso, é fundamental manter o controle do biofilme em dia.

 

O biofilme pode causar mau hálito? 

A halitose é, frequentemente, um problema de desequilíbrio da cavidade bucal, seja por excesso de biofilme, inflamações ou infecções. A falta de controle do biofilme dental causa um aumento da decomposição bacteriana de material orgânico na cavidade bucal. É importante ressaltar que a maior causa de mau hálito vem da boca e não do estômago, como muitos podem imaginar. Além disso, podem gerar halitose os cáseos amigdalianos (bolinhas brancas presas na amigdalas formadas por restos de alimentos e saliva) e a amigdalite, doença infecciosa que causa inchaço nas amígdalas, forte dor de garganta, dificuldade para engolir e febre.

 

A falta de uma limpeza dental profissional pode afetar o organismo em geral e provocar doenças além das que ocorrem na boca? 

A negligência com a saúde bucal tem impacto sim na saúde sistêmica. Vários estudos mostram que a doença periodontal aumenta risco de infarto, parto prematuro, bebês de baixo peso ao nascer, Alzheimer, doenças cardíacas, infertilidade, complicações respiratórias entre outras comorbidades. Além disso, a periodontite pode agravar a diabetes, e vice-versa: a diabetes descontrolada aumenta a inflamação e destruição dos tecidos ao redor do dente, acelerando sua perda.

 

Quais os métodos mais eficazes para o controle do biofilme dentário? 

O meio mais eficaz para controlar o biofilme dental é a escovação eficiente e uso de fio/fita dental, adequados a cada situação (escova tradicional, escova unitufo, escova interdental, passa-fio etc.). Os hábitos de higiene oral devem ser diários, adaptados a cada indivíduo e às suas necessidades e deverão ser orientados pelo odontologista. 

A anatomia dentária, a posição dos dentes na cavidade oral, a dificuldade de acesso e também o uso de próteses e aparelhos fixos obriga à adesão de limpeza profissional dos dentes. Os métodos mais comuns são: profilaxia com borrachas ou escovas e pastas profissionais, jatos abrasivos, raspagem e aplanamento radicular, limpeza periodontal, instrumentos sônicos ou ultrassônicos. Mas, o que vem sendo aplicado e com muito sucesso é o método GBT (Guided Biofilm Therapy). 

 

Na sua opinião qual a importância de um protocolo como a GBT, que evidencia e revela o biofilme para o paciente e para o profissional? 

O principal objetivo da GBT é oferecer um tratamento suave e eficaz, com foco na eficiência dos resultados e no conforto dos pacientes, porque remove o biofilme dental de forma confortável, prevenindo diversas doenças e identificando o local exato em que a limpeza precisa acontecer. Este novo protocolo é o mais eficiente na atualidade porque é menos abrasivo e proporciona maior preservação dos tecidos e da dentina.

 

Baseado em sua experiência de uso do protocolo GBT, como tem sido a satisfação dos seus pacientes? Quais os comentários mais comuns que eles fazem após a sessão?

Ainda não completei um ano que estou aplicando a GBT em meus pacientes, mas os resultados e a satisfação deles é fantástica. Com este protocolo, os pacientes ficaram chocados ao ver o quanto o dente estava sujo, porque a GBT dá a possibilidade do paciente visualizar, de modo personalizado, o biofilme revelado em duas cores, diferenciando a placa mais antiga da mais recente. Nos métodos que eram aplicados antes não era possível evidenciar a situação para o paciente e, consequentemente, eles não eram influenciados de como a falta de higiene profissional era tão primordial para a qualidade da saúde bucal. 

Outro ponto muito importante é o conforto na realização do procedimento. Sem dor, de modo mais eficiente e mais satisfatório, a GBT proporciona uma excelente experiência ao paciente de modo que ele siga o seu regime de retorno para a nova limpeza de acordo com a avaliação de risco de sua saúde bucal. Desta forma, a GBT, além, da profilaxia dental profissional, proporciona a manutenção da saúde bucal do paciente.

 

Como a GBT tem impactado sua prática dental neste ano de trabalho com este novo protocolo? 

Pela minha experiência e dos meus pacientes, posso afirmar que a GBT é um divisor de águas. É um método indolor e oferece maior bem-estar para o paciente que fica motivado, pois o evidenciador preconizado pela metodologia permite identificar em cores diferentes o biofilme mais recente e mais antigo demonstrando onde precisa melhorar a higienização. Enquanto para o profissional, facilita a profilaxia direcionada. 

Já do ponto de vista financeiro, também é muito vantajoso. Antes, em minha prática clínica, como periodontista, precisava anestesiar 50% dos pacientes quando aplicava o protocolo que desenvolvi para dar mais conforto a eles. Hoje, com a GBT preciso anestesiar apenas 2% deles, que são casos de extrema sensibilidade. Antes, um tratamento convencional levava em média 90 minutos e com este novo protocolo desenvolvido pela EMS, Electro Medical Systems, a terapêutica é realizada em 60 minutos. Isto demonstra um ganho significativo tanto para o paciente, que fica menos tempo no consultório, como para o especialista que pode atender mais pacientes para realizar o mesmo tipo de tratamento.

 

SEM -Electro Medical System


Mudança no rol da ANS é avanço com sensação de derrota para tratamento do câncer

Agência terá 180 dias para analisar, recomendando a aprovação ou rejeição da droga. Após aprovada, a medicação em questão deverá ser fornecida ao paciente em até dez dias após a prescrição médica.


Uma nova Medida Provisória (MP 1067/2021) foi aprovada pelo Congresso  no mês de fevereiro e visa garantir acesso mais ágil às drogas orais contra o câncer pelos usuários de planos de saúde. A nova MP aprovada estabelece que a atualização da lista de medicamentos com cobertura obrigatória pelos planos deve ser feita de forma mais frequente. “Sem dúvida, é um avanço, porém foi uma solução “intermediária” para o que era esperado.  Ao invés de ser atualizada a cada dois anos, deverá ser feita “continuamente”, ou seja, as empresas solicitantes da aprovação podem enviar a requisição a qualquer momento e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) terá até 180 dias para analisar, recomendando a aprovação ou rejeição daquele produto. Após aprovada, a medicação em questão deverá ser fornecida ao paciente em até dez dias após a prescrição médica. São praticamente 200 dias para conseguir a mediação e, infelizmente, o câncer não espera”, afirma o oncologista Rafael Luís, do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia.

No ano passado, um projeto que tentava garantir a obrigatoriedade de cobertura pelos planos de saúde de medicações orais para tratamento do câncer, assim que houvesse aprovação na Anvisa, a chamada Lei da Droga Oral (PL6330/2019) foi aprovada no Congresso em julho de 2021, mas, infelizmente, foi vetada pelo presidente Bolsonaro. “Agora, em fevereiro, o veto foi (estranhamente) mantido pelo Congresso. Sendo assim, o acesso a essas drogas continua restrito e atrasado em até 3-4 anos em relação a sua comprovação de benefício. As medicações injetáveis não passam por essa barreira; elas são cobertas pelos planos tão logo são aprovadas pela Anvisa em bula”, explica Rafael

Além disso, a MP cria uma Comissão de Atualização do Rol, com membros de conselhos e entidades relacionadas ao assunto, com poder de deliberação e análise dos dados científicos e econômicos. “Não há como negar que é uma evolução no processo, que pode reduzir em mais de 75% o tempo para aprovação de uma medicação contra o câncer. Entretanto, ainda é uma regulação morosa e redundante, e cujo ônus do atraso é única e exclusivamente dos pacientes, que deveriam ser o foco de toda a discussão. Não faz sentido haver distinção entre remédios orais e injetáveis, pois cada doença tem um tipo de tratamento. A solução talvez seja uma regulação única, mais racional e ágil, que leve em conta não só a realidade econômica brasileira, mas também o interesse da população”, finaliza o médico.  

 

           Rafael Luisé -mestre em Oncologia pela Unicamp. Tem graduação e residência em Clínica Médica e Oncologia Clínica também pela Unicamp. Realizou Fellowship no MD Anderson Cancer Center Madrid.É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Rafael faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe –Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza, Hospital Madre Theodora e Santa Casa de Valinhos.

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe


Sociedade de Medicina alerta sobre os riscos da obesidade e divulga opções de tratamento

Dia 4 de março é Dia Mundial da Obesidade; um vídeo sobre o tema esclarece diversos pontos para a população


Considerada um dos principais problemas de saúde pública do mundo, a obesidade é uma doença grave. As discussões sobre o assunto são tão importantes que o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade. Para marcar a data e ajudar na conscientização das pessoas, a SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) produziu um vídeo sobre a gravidade da doença obesidade e as formas de tratamento disponíveis hoje. Você pode conferir o vídeo neste link (https://www.youtube.com/watch?v=G9-ZLXht-zw).

“A obesidade é uma doença grave. Não é falta de força de vontade, não é desleixo”, destaca o cirurgião bariátrico e membro do Departamento Científico de Endoscopia da SMCC, Dr. Admar Concon Filho. “Nós já temos em torno de 600 milhões de obesos no mundo. No Brasil, esse número chega a 30 milhões. Por essa proporção, a doença obesidade já recebeu o nome de globesidade”, comenta o médico. Em porcentagem, cerca de 52% da população do país está acima do peso, com o quadro de sobrepeso ou obesidade. Os obesos são em torno de 19% da população.

De acordo com o médico, a obesidade é um desequilíbrio entre a sensação de fome e a sensação de saciedade, entre a ingesta calórica e o gasto calórico. “Essa doença vai acarretar, durante os anos, novas doenças. Vai provocar comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono, problemas ortopédicos, dores articulares, problemas no colesterol e triglicérides, podendo levar à arterosclerose, à obstrução das artérias, que, no futuro, pode levar a quadros de anginas, infartos e derrames”, explica Dr. Concon.  


Tratamentos

Segundo o cirurgião, a obesidade deve ser prevenida na infância, ensinando uma educação alimentar para as crianças, incentivando-as a consumir alimentos mais saudáveis e a praticar atividade física de uma forma rotineira. “Quando já instalada, a obesidade precisa ser tratada. E ela começa a ser tratada com a mudança do hábito alimentar, com dieta e atividade física, mesmo que seja uma caminhada todos os dias. Depois disso, você pode entrar com medicamentos, que vão ajudar na redução do peso, quer seja diminuindo a fome, quer seja aumentando a saciedade”, diz. Esses seriam os tratamentos clínicos, mais conservadores.

“Em uma situação mais grave, você pode precisar até de uma cirurgia para obesidade mórbida, que é a chamada cirurgia bariátrica”, comenta. Este procedimento é indicado para a pessoa que tem obesidade por mais de dois anos, tentou tratamento clínico com endocrinologista, mas não conseguiu emagrecer ou emagreceu e voltou a engordar, e possui IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 40 ou IMC acima de 35, com doenças provocadas ou agravadas pela obesidade. O IMC é um cálculo para avaliar a proporção entre peso e altura. A fórmula desse cálculo é o peso dividido pela altura ao quadrado.

“Infelizmente, apenas de 2% a 4% dos pacientes que têm indicação para a cirurgia bariátrica estão sendo operados. Por vários motivos: dificuldade de acesso a um sistema que consiga operá-los, porque têm medo de uma cirurgia ou porque desconhecem que precisam de uma cirurgia, acham que são saudáveis, mesmo com a obesidade”, afirma o médico. Hoje, a cirurgia bariátrica, feita por videolaparoscopia, é chamada de cirurgia minimamente invasiva. “A taxa de complicações é muito baixa. Ela é comparada, em relação à complexidade ou à taxa de complicações, a uma cesárea ou a uma cirurgia de vesícula”, afirma o cirurgião.

Entre o tratamento clínico e a cirurgia bariátrica, existe um intervalo. Para esses casos, há os tratamentos endoscópicos da obesidade. No Brasil, existem dois procedimentos endoscópicos para tratar a obesidade: o balão intragástrico e a endossutura gástrica. “O balão é colocado no estômago, via endoscopia. Ele pode ficar em torno de seis meses.  Na endossutura, você vai costurar esse estômago por dentro, diminuindo seu tamanho e a capacidade gástrica”, comenta Dr. Concon.

 

SMCC - entidade associativa, que reúne milhares de médicos de Campinas e Região. Fundada em 1925, tem como objetivo promover o conhecimento científico entre os profissionais, oferecer benefícios e desenvolver projetos sociais direcionados à comunidade. É considerada a Casa do Médico de Campinas.


Por que eu como descontroladamente?

Entenda o que é compulsão alimentar e descubra características para detectar o distúrbio, com informações da nutricionista do São Cristóvão Saúde 


De acordo com levantamento da OMS - Organização Mundial da Saúde, os transtornos alimentares afetam cerca de 4,7% dos brasileiros, sendo que entre os adolescentes esse índice pode chegar até a 10% da população. São cerca de 10 milhões de brasileiros com algum distúrbio alimentar, o equivalente a 5% da população. Com o isolamento social vivenciado nos últimos tempos, somados a causas psíquicas, fatores socioculturais, hormonais ou ainda, genéticos, a compulsão alimentar precisa ser compreendida e detectada o quanto antes. 

Principais características da compulsão alimentar:

  • Necessidade de comer sem que haja fome física;
  • Não deixar de se alimentar, mesmo após satisfeito;
  • Comer mais rápido do que o normal e sozinho, por vergonha da quantidade ingerida;
  • Comer em grandes quantidades e em pouco tempo;
  • Comer até sentir desconforto;
  • Se sentir deprimido, com vergonha e culpa após comer demais. Os episódios podem ocorrer ao menos uma vez por semana, durante três meses.

Caso perceba alguns dos comportamentos citados acima, é importante consultar-se com um especialista para entender qual o seu quadro e se pode ser caracterizado como uma compulsão alimentar. Afinal, muitas vezes o exagero na alimentação pode estar pautado em sentimentos como ansiedade, estresse e tristeza e devem ser investigados. Desse modo, uma equipe multidisciplinar é essencial, pois entenderão a causa do problema e trabalharão em conjunto na situação.  

Além de profissionais de saúde mental, para entender sensações, sentimentos e conseguir identificar se há um distúrbio alimentar, é indicado acompanhamento especializado, onde uma nutricionista realiza uma anamnese detalhada para conhecer os hábitos alimentares e histórico de doenças do paciente, além de analisar crenças e medos que envolvam a comida e planejar as metas terapêuticas do paciente, que podem ser divididas em fases. De acordo com a Supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, “primeiro vem a etapa educacional, quando o paciente vai aprender sobre a doença e suas consequências, tirar dúvidas e conhecer o que é alimentação saudável. A segunda fase é a experimental, quando o foco será a mudança de comportamento”, explica a especialista. 

Ainda segundo a nutricionista, a dieta para quem sofre com a compulsão alimentar não necessariamente será baseada em alimentos que saciam a fome. “O trabalho é pautado em uma alimentação saudável e diversificada, porque o exagero na compulsão não está relacionado à fome física, mas na necessidade de suprir uma demanda emocional”. 
 
O acompanhamento não é baseado na perda ou ganho de peso do paciente, mas tem como objetivo criar uma relação saudável com a comida, com a saúde e imagem corporal do paciente. De modo geral, os resultados começam a aparecer após os primeiros meses de acompanhamento multiprofissional. Caso o paciente ainda encontre dificuldade no tratamento, então é sugerido um trabalho com um psiquiatra para que ele avalie a necessidade de entrar com medicação para ajudar no processo.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Ômicron traz de volta queixas de queda de cabelos

A nova variante provoca aumento da procura nas clínicas dermatológicas por tratamentos para fortalecer os fios


Com o aumento do número de casos de infecções pela Covid-19, devido a variante Ômicron, as clínicas dermatológicas estão sendo mais procuradas na busca por amenizar um dos efeitos colaterais que a doença pode causar. “Como já se sabe, a Covid-19 e suas variantes podem prejudicar principalmente a respiração, o olfato e o paladar. Mas a queda de cabelo pós-infecção é um relato que se tornou comum, e vem sendo uma das principais queixas no consultório”, afirma a dermatologista Karine Cade, da Clínica Otávio Macedo e associados de São Paulo. 

No caso das variantes não havia certeza se estas apresentariam efeitos semelhantes aos que vinham sendo descritos como consequências posteriores ao fim do ciclo do vírus no corpo, mas em princípio as variações também manifestam características similares, sendo a queda de cabelo uma delas. “Com o decorrer da pandemia foi possível diagnosticar que a Covid leva ao eflúvio telógeno agudo, ou seja, desencadeia uma perda de cabelo mais acentuada em relação ao que é considerado normal. A queda dos fios, no geral, acomete cerca de 25% das pessoas que tiveram Covid”, afirma Karine. 

O dermatologista Otávio Macedo concorda e explica ainda que não há necessariamente uma relação com o grau de desenvolvimento da doença, podendo a queda de cabelo acometer qualquer pessoa que foi infectada. “O cabelo e todas as estruturas que estão relacionadas a ele são bem sensíveis a qualquer alteração no organismo. Assim, a queda de cabelo é uma das formas do corpo refletir problemas ou transformações pelas quais vem passando. E o estopim para isso são os mais variados”, diz o médico.
 

Estresse duplo

No caso da Covid, a queda pode ter relação com dois tipos de estresse. Aquele causado pela situação em si e também devido à estafa imunológica. “Em especial nessa situação, o corpo é muito exigido na função de combate a infecção, o que acaba mexendo com o ciclo capilar”, explica doutora Karine. Assim, a Covid e suas variantes somam diversos fatores que podem ser desencadeantes de queda capilar, o que contribui ainda mais para um desprendimento acelerado. “Essa queda de cabelo decorrente da Covid é mais precoce, antes acontecia cerca de dois meses após a infecção. Com a Ômicron há pacientes que a partir de 15 dias da manifestação da doença já começam a perceber uma queda mais significativa”.
 

E agora?

O primeiro passo é buscar respaldo médico para avaliar o padrão de queda, mas Karine explica que os tratamentos só conseguem ser mais bem indicados e a causas investigadas a partir de alguns exames. “O acompanhamento dermatológico tem a função de dar respaldo ao paciente, para que este se sinta amparado e acompanhado. A Covid é uma doença que inflama o folículo piloso, somado a isso gera a queda do fio. Assim, cabe ao médico explicar que não há risco de calvície, pois o que está acontecendo é uma queda programada que vai ocorrer de qualquer maneira”, destaca a especialista. “Além disso, é preciso investigar outros fatores que podem estar contribuindo para a queda. Se há, por exemplo, deficiência de ferro, zinco, vitamina C ou D.” 

Assim, com os resultados em mãos é possível fazer as reposições necessárias para que se tenha um tratamento completo. “Ainda existem técnicas/tratamentos que podem auxiliar durante esse período. No consultório, inclusive, estamos vendo que o uso dessas ferramentas auxilia a interromper a queda, apesar de ainda não se ter tantas evidências científicas documentadas”. 

Dentre as terapias capilares feitas em consultório e que podem ser uma ajuda a mais, doutora Karine indica: “Temos a mesoterapia, onde vitaminas são colocadas no couro cabeludo com o objetivo de nutrir as estruturas ali presentes. Na mesma linha de aplicação de ativos também se tem a técnica de MMP. E ainda existe o método PRP, terapia regenerativa que utiliza o plasma e plaquetas retirados do sangue do paciente para ativar fatores de crescimento que estimulam o folículo piloso na formação de fios. Além disso, incentiva a circulação e regeneração da área com um boost de antioxidantes. Outra ferramenta que também pode ser usada é o laser fracionado, assim como corticoides tópico para um efeito anti-inflamatório na área que por vezes apresenta prurido associado, queixa muito frequente”, destaca a médica. “Estas são terapias que podem ser feitas individualmente, mas a combinação traz resultados ainda mais satisfatórios”, finaliza a especialista.


Cartão de crédito é o vilão da vida financeira? 7 formas de usar de forma inteligente


Quando se analisa as pesquisas sobre endividamento da população, dentro desses dados assustadores o que mais assusta com certeza é em relação à inadimplência e dívidas no cartão de crédito, principalmente por ser esse o principal tipo de dívida e pelas altas taxas de juros cobradas. 

Assim, quando o assunto são finanças pessoais, sem dúvida, o cartão de crédito é considerado um dos maiores vilões. Os jovens, principalmente, o utilizam com mais frequência, já que ele oferece grande facilidade com o pagamento de serviços através de aplicativos de celular, por exemplo. 

Mas muitos acabam condenando o cartão de crédito por acreditar que ele é o único culpado pelas dívidas, mas na verdade ele pode ser um grande aliado na hora das compras. Para não ter que correr atrás do prejuízo todos os meses e se apertar nas contas, a melhor forma é se educar financeiramente, assim resolvendo o problema na raiz. 

Para que todos possam se programar para utilizar essa modalidade de forma mais sustentável, preparei algumas orientações.

  1. É preciso ficar atento para que o limite do cartão de crédito não ultrapasse 30% do salário ou ganho mensal, evitando assim gastar mais do que se ganha. Além disso, se tiver apenas uma fonte de renda, o ideal é ter apenas um cartão.
  2. Cuidado com o parcelamento. Com essa grande facilidade, o endividamento, infelizmente, acaba se tornando uma realidade. Nesse caso, é preciso ter o comprometimento para arcar com essa despesa durante os meses futuros.
  3. Um dos maiores erros cometidos em relação ao cartão de crédito é pagar a parcela mínima. As taxas de juros cobradas são uma das maiores, o que acaba levando à inadimplência. Caso não consiga pagar a parcela total, procure outra linha de crédito que não ultrapasse 2,5% ao mês;
  4. Negocie com a operadora a anuidade do cartão. Hoje, é possível encontrar cartões que não cobram nenhuma taxa de manutenção. Também nunca empreste o cartão de crédito à outra pessoa, mesmo que seja conhecida;
  5. Uma forma educada financeiramente de utilizar o cartão é saber aproveitar os benefícios que ele pode oferecer, sejam milhagens ou prêmios. Mas lembre-se que essas vantagens têm data de validade, portanto é preciso ficar atento para não perder os prazos.
  6. Caso não consiga pagar a fatura total do cartão no vencimento, faça, imediatamente, um diagnóstico financeiro e descobrir o verdadeiro problema. Além disso, busque uma linha de crédito com taxas de juros mais baixos;
  7. Evite compras por impulso. Com o bombardeiro diário de ofertas e oportunidades na mídia, muitas vezes os jovens se deixam levar e adquirem um serviço ou produto que nem sempre é necessário. Para que isso não aconteça, é preciso se perguntar antes de qualquer compra: "Eu realmente preciso disso?" "Eu terei como pagar a fatura no mês seguinte?" "Estou comprando por vontade própria ou me deixando levar pelas propagandas ou terceiros?"


Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista . É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira .


Quando direção e planejamento são fundamentais para atingir objetivos

"Não seja refém do imediatismo e desespero, planejar ainda mitiga maior parte dos riscos, senão todos eles".


Não saber como começar um plano, ter pressa pelo resultado e preferir tentar e errar, não ter um foco ou direcionamento, não conhecer verdadeiramente recursos, não ter visão de longo prazo, motivo ou propósito claros para o que pretende fazer, entre outros fatores, causam a sensação de dificuldade de planejar ações.

Se planejar antes de agir é a forma mais comprovada de eficiência e eficácia no resultado. Por isso, o chamado diagnostico prévio, para ter clareza, esclarecimento do estado atual da empresa e também da qualidade da visão de longo prazo são fundamentais para iniciar um planejamento.

E como mitigar cada um destes pontos que impedem a realização de um planejamento?

Não saber como começar pode acontecer. Para superar esse primeiro entrave, deve-se buscar mais informações, procurar profissionais que possam ajudar, ver exemplos de quem errou e, principalmente, parar de repetir que não sabe fazer.

Sempre há algo que se consegue planejar bem, mas que nem se tem ideia disso: o que vestir, como irá cortar o cabelo, a cor da roupa, a cor do esmalte. Logo, não se deve repetir que não se conhece como planejar algo.

Planejamento é, sim, o processo mais desafiador, seja na empresa, projetos pessoais e profissionais, pois exige uma visão sistêmica, visão de todas as possibilidades, integração entre áreas e recursos, entender qual o objetivo futuro e, no caso das empresas, traduzir esta visão futura em termos operacionais.

Fazer a distribuição de objetivos e submetas pela organização, eleger responsáveis, prazos, métricas, estudar recursos necessários, validar sequência de ações, prazos e entregas acordadas por cada departamento e agente envolvido no planejamento, tornam o processo de execução da estratégia e a transformação do intangível em tangível ainda mais intrincados, pois exigem um conhecimento e envolvimento profundo da empresa.

O segundo fator que pode prejudicar todo um planejamento é ter pressa na realização. Muitos querem agir rapidamente sem planejar, achando que ganha tempo. Talvez se ganhe tempo para aprender que não funciona assim, mas ai já ocorreu a perda de recursos, os resultados não são obtidos e, em alguns casos, o dano é irrecuperável.

Também é fundamental ter formas de comunicação, treinamentos em todas as instâncias e reforços com feedback e correção de rota durante o processo, incluindo considerar outros componentes, como: estrutura organizacional, cultura, pessoas, sistemas, para criar sinergia entre estes elementos e garantir o bom alinhamento e foco no mesmo objetivo.

Por isso, as organizações de sucesso investem muito na comunicação da estratégia corporativa e reforçam com todas as unidades organizacionais e departamentos o plano, analisam e medem sempre os resultados, aferindo e corrigindo rotas. Desta maneira, pode-se atuar para identificar e corrigir as causas e não apenas mitigar os sintomas.

Portanto, o importante é fazer um diagnóstico empresarial completo, conhecer verdadeiramente as dificuldades e potencialidades e, a partir daí, traçar planos. Agindo de forma profissional e direcionada, é possível atingir os resultados esperados e não ser mais refém das surpresas ou do acaso.

 

Fábio Lima - consultor e mentor especialista em gestão empresarial, CEO da LCC - Light Consulting e Coaching. www.lightconsulting.com.br


Postos do Poupatempo reabrem para atendimento a partir do meio-dia nesta quarta-feira (2/3)

 Serviços presenciais nas 117 unidades retomam após o feriado de Carnaval, mediante agendamento

 

Nesta Quarta-feira de Cinzas, dia 2 de março, os serviços presenciais no Poupatempo voltam a funcionar a partir do meio-dia, após o feriado de Carnaval. Para ser atendido em uma das 117 unidades, é obrigatório fazer o agendamento de data e horário pelos canais eletrônicos, no portal – www.poupatempo.sp.gov.br, no aplicativo Poupatempo Digital ou nos totens de autoatendimento. 

Importante reforçar que os atendimentos nos postos do Poupatempo são realizados somente para serviços que dependem da presença do cidadão para serem concluídos, como os de RG (primeira via e renovação com alteração de dados), transferência interestadual e mudança nas características de veículos, por exemplo. 

Nas plataformas digitais já são mais de 190 serviços online, para que o cidadão acesse quando e onde quiser. Entre as opções mais procuradas, estão a renovação da CNH, Carteira de Trabalho Digital, Seguro-desemprego, licenciamento de veículos, carteira de vacinação da Covid-19, entre outros. Todos permanecem disponíveis para a população 24 horas por dia, sete dias por semana.


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