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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Preconceito com a velhice na inteligência artificial pode afetar seriamente a saúde dos idosos, diz OMS


Preconceitos embutidos em sistemas de inteligência artificial (IA), cada vez mais usados ​​na área da saúde, correm o risco de aprofundar a discriminação contra os idosos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na última quarta-feira. 

Segundo a agência de saúde da ONU, as tecnologias de IA têm um enorme potencial para melhorar o atendimento aos idosos, mas também apresentam riscos significativos. "A codificação de estereótipos, preconceitos, discriminação e idadismo na tecnologia de IA, ou sua manifestação em seu uso, podem minar a qualidade dos cuidados de saúde para idosos". 

O resumo da ONU destacou como os sistemas de IA dependem de grandes conjuntos de dados históricos com informações sobre pessoas coletadas, compartilhadas, mescladas e analisadas muitas vezes de forma discriminatória. Os próprios conjuntos de dados podem trazer preconceitos existentes em ambientes de saúde, onde as práticas contra o envelhecimento são generalizadas. 

A médica Vania de la Fuente Nunez, da unidade de Envelhecimento Saudável da OMS, apontou as práticas observadas durante a pandemia de Covid-19 de permitir que a idade de um paciente determinasse se ele poderia acessar oxigênio ou um leito em uma unidade de terapia intensiva lotada. Se esses padrões discriminatórios forem refletidos nos conjuntos de dados usados ​​para treinar algoritmos de IA, eles podem se tornar estruturais. 

Os algoritmos de IA podem consolidar as disparidades existentes nos cuidados de saúde e “discriminar sistematicamente em uma escala muito maior”, alertou a ONU. Além disso, os conjuntos de dados usados ​​para treinar algoritmos de IA geralmente excluem ou sub-representam significativamente os idosos. Como os diagnósticos de saúde produzidos são baseados em dados de pessoas mais jovens, eles podem errar o alvo para populações mais velhas. 

Enquanto isso, a ONU enfatizou que existem benefícios reais a serem obtidos com os sistemas de IA no atendimento de idosos, inclusive para monitoramento remoto de pessoas suscetíveis a quedas ou outras emergências de saúde. As tecnologias de IA podem imitar a supervisão humana coletando dados sobre indivíduos de monitores e sensores vestíveis incorporados em objetos, como relógios inteligentes. Eles podem compensar a falta de pessoal, garantir a coleta contínua de dados e oferecer a possibilidade de uma melhor análise preditiva da progressão da doença e dos riscos à saúde. 

Aqueles que projetam e testam novas tecnologias de IA voltadas para o setor de saúde também correm o risco de refletir atitudes contra o envelhecimento generalizadas na sociedade, especialmente porque os idosos raramente são incluídos no processo.
 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG 


Fonte: https://www.who.int/publications/i/item/9789240040793

 

Comércio de roupas é a atividade que mais formalizou MEI desde o início da pandemia

Levantamento feito pelo Sebrae, detectou que entre os anos de 2020 e 2021 cerca 380 mil empreendedores abriram um negócio nessa atividade

 

Apesar dos fortes impactos da pandemia da Covid-19 sobre a economia brasileira, o número de microempreendedores individuais (MEI) continuou a crescer e tem batido recordes de formalizações ano a ano. Somente em 2020 e 2021, foram criados 5,7 milhões de MEI, sendo que a atividade que mais apresentou adesões foi a de comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, com cerca de 380 mil formalizações.

As informações constam em levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal entre os anos de 2018 e 2021.  “Devido às suas características, essa atividade sempre se manteve entre as com maior número de formalizações, mas desde o início da pandemia ela passou a ocupar o primeiro lugar, superando o segmento de cabelereiros, manicures e pedicures, que esteve na primeira colocação no ranking durante os anos de 2018 e 2019”, observa o presidente do Sebrae, Carlos Melles. A segunda atividade mais procurada pelos microempreendedores individuais durante a pandemia foi a de promoção de vendas, com 314,5 mil novos negócios.

Para Melles, as restrições impostas pelas medidas de prevenção à pandemia e os impactos sofridos pelo setor de beleza nesses dois anos, fizeram com que as formalizações desses profissionais, apesar de continuarem apresentando um número expressivo, caísse para terceiro lugar do ranking, com aproximadamente 264 mil inscrições. “As empresas do segmento de beleza estão entre as que mais apresentaram queda de faturamento, chegando a registrar perdas de até -76%. Além disso, cerca de 12% dessas empresas ainda se encontram com o funcionamento interrompido, de acordo com a última pesquisa de impacto realizada pelo Sebrae”, comenta o presidente do Sebrae.


Novas atividades

A pandemia também fez com que surgissem novas atividades no ranking das top 10. Entre elas as de transporte rodoviário de carga, que apareceu nos rankings de 2020 e 2021, com um total de 140 mil formalizações. Outra novidade foi que, em 2021, pela primeira vez, o comércio varejista de bebidas teve um crescimento significativo, com 73,5 mil formalizações.

Em relação ao comércio de bebidas, uma outra pesquisa do Sebrae, realizada com base em dados da Receita Federal, detectou que no primeiro semestre de 2021, entre os MEI, o comércio varejista de bebidas foi o que apresentou o maior incremento: um aumento de mais de 84% se comparado com o mesmo período de 2020. Enquanto no primeiro semestre de 2020, quase 21 mil MEI se formalizaram nesse segmento, no mesmo período do ano passado foram mais de 38 mil microempreendedores individuais formalizados.


Veja abaixo o ranking com as 10 atividades com maior número de formalizações nos últimos anos:

2021

  • Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios: 203.804
  • Promoção de vendas: 175.442
  • Cabeleireiros, manicure e pedicure: 134.391
  • Obras de alvenaria: 122.807
  • Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar       : 109.277
  • Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente:  107.025
  • Restaurantes e similares:  81.126
  • Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares : 77.626
  • Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal: 75.217
  • Comércio varejista de bebidas: 73.526

 

2020

  • Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios: 175.919
  • Promoção de vendas: 139.119
  • Cabeleireiros, manicure e pedicure: 129.589
  • Obras de alvenaria: 104.035
  • Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar:  103.718
  • Restaurantes e similares: 73.898
  • Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares : 72.769
  • Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente: 68.600
  • Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, municipal: 64.911
  • Outras atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente:  57.368

 

2019

  • Cabeleireiros, manicure e pedicure: 158.260
  • Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios: 154.383
  • Promoção de vendas: 124.094
  • Obras de alvenaria: 102.635
  • Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar       : 70.822
  • Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares: 60.795
  • Preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo não especificados anteriormente: 56.776
  • Serviços de entrega rápida: 51.332
  • Serviços domésticos: 49.672
  • Atividades de estética e outros serviços de cuidados com a beleza: 48.151

 

2018

  • Cabeleireiros, manicure e pedicure:  136.160
  • Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios: 133.281
  • Obras de alvenaria: 84.110
  • Promoção de vendas: 82.182
  • Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar       : 50.766
  • Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares : 49.795
  • Serviços de entrega rápida: 41.160
  • Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns: 38.132
  • Atividades de estética e outros serviços de cuidados com a beleza: 38.105
  • Serviços ambulantes de alimentação: 37.235

 

Uso de empresas para tentativas de fraude cresce 102% em meio à pandemia, aponta ClearSale

 Estudo revela que o roubo de identidade tem sido o golpe mais aplicado pelos criminosos

 

Diante da acelerada digitalização de processos e do aumento de golpes no ambiente digital, as organizações se tornaram mais uma ferramenta na mão dos fraudadores. De acordo com a ClearSale, empresa referência em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, o uso de empresas para tentativas de fraude cresceu 102% durante a pandemia.

Segundo o levantamento, a pandemia gerou uma grande quantidade de novos empreendedores. Segundo o Sebrae, foram mais de 2,6 milhões de novos microempreendedores individuais criados em 2020. Diante disso, abriu-se um novo nicho de mercado para as empresas buscarem clientes e, como consequência, criou-se possíveis brechas que são aproveitadas por fraudadores.

“Muitos dados de empresas são públicos e podem ser achados facilmente em sites da Receita Federal, por exemplo. Com isso, acabam usados indevidamente para tentar adquirir um produto ou serviço. Alguns fraudadores investem mais esforços e chegam a criar empresas em nome próprio ou em nome de “laranjas” com o intuito de conseguir dinheiro sem gerar negócio, prejudicando empresas legítimas”, afirma Henrique Braga Martins, Head de Fraude Empresarial da ClearSale.

Ainda segundo o estudo, neste caso, as microempresas são ainda mais atrativas. Mesmo com alguns empecilhos como, por exemplo, um limite de crédito menor nos bancos, a menor complexidade nos processos desde a criação de um MEI até a aquisição de um serviço ou produto facilitam a ação dos golpitas.

“Outra prática comum é a compra de empresas falidas para ter acesso ao histórico delas ou a criação de empresas chamadas ‘aquecidas’. No início, o fraudador faz alguns negócios lícitos para parecer uma companhia legitima e, depois de algum tempo ou numa manobra mais rentável, começam a aplicar golpes”, conclui o executivo.


Aposentadoria Rural 2022: Quem vai poder se aposentar?


Como o próprio nome diz, a Aposentadoria Rural é um benefício do INSS concedido aos trabalhadores do campo e para os membros da família quando cumpridos alguns requisitos. 

Esse tipo de benefício pode ser concedido por idade, por contribuição e para os segurados especiais.

Acompanhe nossas publicações e veja agora em qual tipo de aposentadoria rural você se encaixa, quais são os requisitos e como provar a atividade rural e ainda, como aproveitar o tempo de trabalho urbano e o que mudou ou não em 2022.

 

1. O que garante o Direito à Aposentadoria Rural?

O regime geral de previdência social (RGPS) é direcionado para os trabalhadores da iniciativa privada, sejam trabalhadores urbanos ou rurais.

A Lei 8.213/1991 estabelece as principais regras para as concessões dos benefícios sociais. 

Além dessa lei, o Decreto 3.048/1999 regulamenta as direções que o INSS deve ter para com os segurados, principalmente quanto a universalização do atendimento, com isso ficou garantido e estendido aos trabalhadores rurais o direito a aposentadoria.

Pode parecer exagero registrar dessa forma, mas na história do direito previdenciário, alguns trabalhadores rurais e principalmente os cônjuges dos trabalhadores rurais de economia familiar ficavam de fora dos benefícios.

E quem são os segurados que têm direito a aposentadoria rural?

 

2. Como saber se me encaixo como trabalhador rural?

Existem 4 (quatro) tipos de segurados que são beneficiados com a aposentadoria rural. São os seguintes:

a) Segurado empregado rural.

O segurado empregado é fácil de ser identificado. Trata-se daquele trabalhador subordinado a um empregador de forma habitual, cumprindo jornada de trabalho específica.

A lei fala que as atividades devem ser realizadas em uma propriedade rural ou prédio rústico. A definição de prédio rústico é antiga, está no Estatuto da Terra, mas para os fins previdenciário, temos que saber que é a propriedade que independente do lugar que esteja localizada é destinada a atividades agrícola, pecuária ou agro-industrial.

A situação desse segurado empregado é praticamente a mesma do urbano, onde o empregador realiza todas as obrigações de recolhimento das contribuições.

 

b) Segurado contribuinte individual rural.

É a pessoa que não tem vínculo empregatício e pode prestar serviço para mais de uma empresa rural. Diaristas e volantes são os trabalhadores que se classificam nessa categoria.

 

c) Segurado trabalhador avulso.

Muita gente confunde o avulso com o individual, mas a grande diferença é que no caso dos avulsos, sempre tem a intermediação. Essa intermediação é feita ou por cooperativa de trabalho ou sindicato de categoria.

Diaristas ou volantes podem se encaixar tanto como avulsos ou individuais, o que vai diferenciar vai ser a intermediação.

 

d) Segurado Especial

São os trabalhadores rurais que representam o maior número de trabalhadores. Podemos destacar os seguintes trabalhadores que se encaixam nessa categoria:

- produtores rurais;

- familiares do segurado especial;

- indígena;

- garimpeiro;

- pescador artesanal;

- silvicultores e extrativistas vegetais

 

3. Quais os tipos de benefícios que o trabalhador rural tem direito?

Vamos lá pessoal!

Basicamente existem 2 (dois) tipos de aposentadoria rurais. Podemos dizer que existe a Aposentadoria Rural por Tempo de Contribuição e a Aposentadoria Rural por Idade.

 

3.1 Aposentadoria Rural por tempo de contribuição.

Para receber esse benefício, o trabalhador deve cumprir um tempo de contribuição.

Os segurados especiais não se encaixam nessa modalidade porque não contribuem para a previdência, já a gente explica direitinho.

E então, o que acontece é o seguinte, poderão se aposentar por tempo de contribuição, os empregados, os avulsos e os individuais.

 

Quais os requisitos:

Nessa modalidade existe diferença nos requisitos para homens e mulheres.

- As mulheres devem ter no mínimo 30 anos de tempo de contribuição e cumprir uma carência de 180 meses

- Os homens devem ter no mínimo 35 anos de contribuição e cumprir uma carência de 180 meses.

Vale lembrar que a Reforma da Previdência de 2019 não modificou os requisitos para essa modalidade de benefício, mas infelizmente a forma de calcular a renda mensal inicial sim. Vejam como era e como ficou.

 

O cálculo do benefício:

Não é exagero, mas o dia 13/11/2019 tem que ser muito bem verificado para saber se você tem direito às regras antigas ou as novas.

Se você cumpriu com os requisitos até 12/11/2019, o cálculo é na forma antiga. Do contrário, se você cumpriu com os requisitos, por exemplo, em 14/11/2019, já e na forma nova.

 

Antes da Reforma o cálculo era o seguinte:

- média dos seus 80% maiores salários de contribuição desde julho/1994

e

- multiplicação desse média encontrada pelo fator previdenciário

Para quem não sabe, o fator previdenciário é uma fórmula matemática que informa o INSS quanto que vai custar para a previdência manter a sua aposentadoria. 

Tomamos a liberdade de dar essa afirmação, porque o fator previdenciário é um multiplicador. Quanto maior a idade e o tempo de contribuição, menor é o fator previdenciário. Por outro lado, se mais jovem e com menos tempo, o fator é maior. Essa é uma barreira da lei para forçar os trabalhadores a adiar a aposentadoria.

Exemplo: Maria tem 57 anos e 32 anos de contribuição. A média das contribuições alcançou R$ 3.000,00. Fazendo o cálculo, o fator previdenciário dela é 0,76. Multiplicando o fator por R$ 3.000,00 a aposentadoria será de R$ 2.280,00. Imaginem então que ela tenha exatos 30 anos de contribuição. O fator previdenciário será 0.72 e a aposentadoria será de 2.160,00. Vejam como 2 anos a mais de contribuição fizeram a diferença.

Depois da Reforma de 2019 já são outros requisitos:

- média de todos (100%) dos salários de contribuição desde julho/1994;

e

- em cima dessa média recebe 60% + 2% por cada ano trabalhado que ultrapassar, no caso da mulher, os 15 anos e do homem, os 20 anos.

Hã!? Como assim, que conta é essa? 

Vamos a um exemplo para deixar claro. Vamos pegar a nossa amiga Maria com seus 32 anos de contribuição. Nesse caso, a média dos salários da Maria deu R$ 2.000,00. A conta fica assim: 60% + 34% (17 anos além dos 15 de contribuição), ou seja, vamos multiplicar 94% x R$ 2.000,00. O salário de contribuição será de 1.880,00.

 

3.2 Aposentadoria Rural por Idade.

No caso da aposentadoria rural por idade será levado em consideração a idade do segurado e o tempo de carência de contribuições. Tanto para homens quanto para mulheres o prazo é de 180 meses de carência.

A diferença está na idade, para homens 60 anos de idade e para mulheres 55 anos.

 

Como ficou depois da Reforma de 2019?

Aqui há uma vantagem, não houve mudança nos requisitos, foram mantidos os mesmos requisitos de idade e carência. Na época da tramitação do projeto de alteração, levou-se em consideração as condições diferenciadas de trabalho desses trabalhadores rurais.

Mas atenção, houve mudanças na forma de calcular:

Antes da Reforma, ou seja, até o dia 12/11/2019, se a pessoa já tinha completado os requisitos, o cálculo da aposentadoria rural era assim:

- pegava a média dos 80% maiores contribuições desde julho/1994;

e

- da média apurada, o salário seria 70% + 1% por ano de contribuição feito.

Depois da Reforma, não é mais a média dos 80% maiores salários de contribuição, passou a ser a média dos 100% das contribuições desde julho/1994

 

É possível aproveitar o tempo de serviço urbano?

Sim, existe essa possibilidade se você contribuiu em atividades rurais e em atividades urbanas.

É a chamada Aposentadoria Rural por Idade Híbrida. Nesse caso soma-se os períodos de contribuição da atividade rural com a urbana.

Infelizmente, nessa modalidade houve mudanças com a Reforma de 2019.

Antes da Reforma era exigido o seguinte:

 

Homens Mulheres

* 65 anos de idade * 60 anos de idade

* 180 meses de carência * 180 meses de carência.

Se pessoa tivesse, por exemplo, 130 meses de contribuições na rural, poderia somar com as 50 da atividade urbana.

Depois da Reforma de 2019, ficou assim:

Homens Mulheres

* 65 anos de idade * 62 anos de idade

* 20 anos de contribuição * 15 anos de contribuição

No caso dos homens aumentou o prazo de 5 anos de contribuição e para as mulheres, aumentou a idade. 

Tem ainda, uma notícia ruim para quem optar pela aposentadoria híbrida, não existe regra de transição. Se o homem por exemplo já tivesse a idade e 179 meses de carência em 12/11/2019 ele não conseguiria a aposentadoria híbrida, ele já estaria na regra nova, devendo trabalhar mais 5 anos.

 

4. O segurado especial recebe qual benefício?

Quando falamos a pouco das duas modalidades de aposentadoria rural - Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Aposentadoria por Idade - vejam que sempre é necessário que o trabalhador tenha realizado a efetiva contribuição para o sistema previdenciário.

Vale lembrar que esses segurados especiais mantêm a atividade rural sem nenhum vínculo empregatício, as atividades são realizadas de maneira individual ou familiar. A lei classifica como Regime de Economia Familiar. 

De acordo com a lei, esses trabalhadores estão livre de comprovar a contribuição, mas devem provar a carência de 180 meses exercendo a atividade rural.

Como os segurados especiais não realizam o pagamento de contribuições, o valor do benefício concedido é o equivalente ao salário mínimo e as variações dos valores seguiram os reajustes do governo.

Só para registrar, o segurado especial não foi afetado pela Reforma de 2019.

 

5. Quais são os documentos exigidos para pedir uma das aposentadorias rurais?

No geral, a lei da previdência apresenta uma lista documentos que podem ser utilizados para comprovação da condição de trabalhador rural. Essa lista está na Lei 8.213/1991:

- contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social; 

- contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

- declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que trata o inciso II do caput do art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; 

- bloco de notas do produtor rural

- notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7o do art. 30 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;

- documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante;  

- comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção;  

- cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou 

- licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra. 

Para os trabalhadores rurais segurado empregado, contribuinte individual e trabalhador avulso, além dos documentos acima referidos, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, carnes de recolhimento e quaisquer outros documentos que comprovem o recolhimento das contribuições.

Já para os segurados especiais a comprovação é um pouco mais complicada, porque como não realizam as contribuições devidas ao INSS, a comprovação de que exerceram atividades rurais dependem de outros documentos, como por exemplo nota fiscal de venda de produtos, contratos de meação ou arrendamentos além de outros documentos.

 

6. Como ter acesso a planejamento previdenciário?

Quando se fala em aposentadoria vale a pena investir em um profissional que possa auxiliar, revisar documentos, fazer cálculos e várias outras boas orientações. 

Se você quiser saber como contratar um advogado pela internet, confira esse nosso artigo.

 

Marília Schmitz - advogada e sócia da Schmitz Advogados, escritório especialista em Direito Previdenciário, com filiais no Rio Grande do Sul e Espírito Santo; e atendimento on-line para todo o Brasil.

 

Dados são resposta para a descarbonização do transporte público


O ano de 2021 foi um ano de grande avanço nas discussões sobre questões ambientais. Grandes representantes das nações se reuniram para debater (e chegar a um consenso) sobre as melhores decisões em prol do planeta. Um desses eventos foi o grande encontro em Glasgow, durante a COP26, onde tive a chance de ouvir inúmeras propostas que buscam reverter a ação do homem e preservar o meio ambiente. Contudo, o que ficou claro, é que não há meios de mudar o cenário atual sem o uso da ciência de dados e a sua relevante atuação em ações que visam colaborar para o enfrentamento às questões climáticas. 

Um dos grandes temas e pilar de discussão foi a questão da descarbonização do transporte e como esse ponto passa a ser muito além de gestão pública, inteligente e integrada a partir do uso da ciência de dados, do que apenas infraestrutura. 

Acelerar a transição para emissões líquidas zero será vital para conseguirmos manter o aumento da temperatura global perto da meta de 1,5 graus. De acordo com a ONU-Habitat, as cidades consomem 78% da energia mundial e produzem 60% das emissões de gases de efeito estufa. Mas, apesar de representarem menos de 2% da superfície terrestre, ainda é um valor considerável quando pensamos no montante. Sendo assim, a adoção de ferramentas tecnológicas pelas cidades tornará possível monitorar o meio ambiente, as cidades e as atividades humanas, a fim de extrair métricas que definirão as ações a serem executadas. 

Nesse sentido, a plataforma Trancity, desenvolvida pela Scipopulis, faz diversas análises de dados relacionados ao transporte público, e foi apresentada durante o evento com este principal propósito. Dentre as análises realizadas pela ferramenta, está um modelo de Estimativa de Emissões de Poluentes do Transporte Público, que permite estimar a quantidade de poluentes gerada por cada veículo a partir de dados reais da operação. Os resultados desse modelo deixam claros os benefícios da substituição de ônibus tradicionais por modelos elétricos, à medida que essa transição é realizada pelo poder público. 

Um outro exemplo de aplicação da ferramenta foi a análise feita durante a pandemia na cidade de São Paulo. Foi possível identificar com precisão a diminuição das emissões causada pela redução de frota circulante na cidade e pelo ganho de velocidade dos ônibus. A ferramenta, além de analisar os dados de operação de qualidade do serviço de transporte público, foi – e é - capaz de gerar diversas métricas em relação ao impacto ambiental do transporte público que ajudam o gestor público a identificar, por exemplo, as linhas que mais poluem na cidade ou as áreas mais afetadas pela poluição gerada pelo transporte público, permitindo ao gestor direcionar os investimentos em eletrificação nas áreas que mais sofrem com os impactos da poluição. 

Além disso, conseguimos estimar a quantidade de energia necessária para operar linhas existentes com ônibus elétricos, avaliando se características da linha, como a aclividade ou o modelo de ônibus utilizado, são viáveis para operação elétrica com as tecnologias atuais. Questões simples como essa impactam consideravelmente os custos operacionais e devem ser consideradas ao se planejar a transição energética do transporte público.  

Estes insights podem ser obtidos apenas com uma gestão inteligente de frotas, e apesar de discussões sobre o uso eficiente do transporte público ser um fator de atenção, pequenos detalhes precisam ser levados em conta, como por exemplo, o tempo de vida de bateria e as formas de carregá-las nos ônibus. É preciso que prolonguem o tempo de vida da bateria, evitando que se troque de forma desnecessária este componente pois é algo que pode comprometer o equilíbrio financeiro dos contratos.  

Então, não basta apenas planejar a operação com ônibus elétrico. É necessário monitorar essa operação para ter certeza de que as suas variáveis não estejam mudando ao longo do tempo e impactando as projeções realizadas durante a elaboração dos contratos, pois isso levaria a um aumento de custos e comprometeria a sustentabilidade financeira do sistema.  

A ferramenta, portanto, tem como um dos objetivos ajudar a fornecer os dados e os subsídios para planejar essa mudança e preparar os novos contratos de transporte que estão vencendo nas cidades e vão começar a ser renovados com o foco na eletrificação. Outro papel é monitorar a operação para garantir que as métricas e os parâmetros que foram especificados no planejamento continuem válidos. 

É nesse contexto que a tecnologia atua de modo favorável. A cidade é um sistema complexo e cada mudança realizada pode ter impactos imprevisíveis em diversas outras áreas. Os gestores tendo acesso a esses dados integrados para medir o impacto de uma mudança na cidade, conseguem uma melhor tomada de decisão para a gestão pública e, sobretudo, melhoram a qualidade de vida da população, já que as iniciativas são integradas.  

A descarbonização do transporte público é justamente uma dessas mudanças complexas. Se por um lado é algo que as cidades sabem que vão ter que fazer, por outro lado poucas estão agindo com metas claras e objetivas de como fazer isso. A partir de agora, acredito que essa é uma área que vai avançar bastante nas administrações municipais. Vai ficar muito mais claro para as cidades o que elas têm de fazer, como planejar ações concretas e realizá-las em um curto intervalo de tempo. 

Chego à conclusão de que para reduzir os impactos ambientais do transporte e obter resultados mensuráveis, precisamos analisar os dados de forma criteriosa e transparente. Com isso é possível viabilizar as mudanças necessárias, reduzir as necessidades de investimento, e garantir os resultados que evitarão um cenário catastrófico de mudança climática. É preciso agir hoje, pensando no amanhã.

 

Roberto Speicys  - CEO e Co-fundador da Scipopulis


Nômade digital: como trabalhar de qualquer lugar do mundo?

Trabalhar à beira da praia, imerso em meio à natureza ou em famosos centros turísticos ao redor do mundo. Isso até pode parecer um sonho distante para alguns, mas já é a realidade de muitos profissionais que não precisam mais se limitar a um escritório para realizarem suas funções. Se tornar um nômade digital – como ficou conhecido este modelo de trabalho – se mostrou completamente possível na pandemia e, cada vez mais desejado para aqueles que prezam pela liberdade em suas rotinas profissionais. Mas, mesmo com seu crescimento, a pergunta que fica é: como conquistar esta nova rotina?

Infelizmente, não são todas as carreiras que permitem o trabalho à distância. Determinadas áreas, como a da saúde, necessitam de profissionais presencialmente para desempenharem suas funções, sem muita possibilidade de exceções. Mas, uma grande maioria de cargos permite o trabalho à distância sem nenhum prejuízo – até mesmo, com uma maior produtividade e desempenho do que antes.

Há muito mais vantagens do que desvantagens em permitir que os profissionais possam operar de qualquer lugar do mundo. Dentre elas, a qualidade de vida é, sem dúvidas, um dos maiores benefícios, com maior liberdade de operar em qualquer lugar do mundo, desde que se tenha acesso à internet. Muitos ainda podem criar uma nova rotina para trabalhar nos horários em que se sentir mais à vontade, aumentando assim sua produtividade.

A tendência é tão grande que, um estudo divulgado pela Revelo em parceria com o Estadão, mostra que 69% dos profissionais afirmaram valorizar mais a flexibilidade de horário e a possibilidade de home-office do que um aumento de salário. Como justificativa, ter um maior tempo de lazer para si mesmo foi um dos principais influenciadores, evitando desgastes de locomoção e trânsito, por exemplo. Muito mais do que ser uma nova rotina de trabalho, o nomadismo digital representa um estilo de vida completamente diferente do que muitos estão acostumados, mas com importantes vantagens para aqueles que aderem a este modelo.

Embora não seja 100% acessível para todos os cargos, existem várias maneiras de aderir a este conceito. Um dos maiores exemplos são as carreiras dos consultores de intercâmbio, que possuem uma flexibilidade imensa para venderem os melhores pacotes de viagem para estudantes estando em qualquer lugar do mundo. Além de terem uma relação próxima com os clientes, eles podem operar de qualquer lugar, sem a necessidade de estarem presencialmente nas agências ou dependerem destas para fecharem os pacotes. A autonomia é significativa, fato que também permite uma maior remuneração para estes profissionais.

Mesmo com severos impactos para o mercado de trabalho, a pandemia abriu portas para a descoberta de novos modelos de trabalho, tão vantajosos quanto para todos os envolvidos. Hoje, não há mais a necessidade de trabalhar na sede das empresas, muito menos temer em não ser produtivo ou alcançar as metas estipuladas. Incentivar uma maior qualidade de vida – assim como a flexibilidade de horário e local – são ações que trazem enormes vantagens para as empresas e seus times.

Para aqueles que desejam explorar o nomadismo digital, é importante entender a fundo este conceito e, acima de tudo, se autodisciplinar para conseguir realizar suas funções à distância. Basta escolher um local que tenha acesso à internet, ter todos os equipamentos necessários para suas funções e, no final, aproveitar de uma bela vista enquanto desempenha seu trabalho.

 

 

Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio. 

 Escola do Intercâmbio


O agro é cada vez mais high tech

Drones, predição guiada por satélites, sementes, fertilizantes e máquinas de última geração, além de softwares que aumentam os potenciais das empresas num período de crescimento exponencial e resultados fora do comum. Definitivamente, o agro é cada vez mais high tech e exige tecnologias focadas em pessoas. Quando o empresário do setor precisa implementar ferramentas para modernizar sua empresa, como deve preparar a equipe para essa mudança?

É aí que nós, gestores de mudanças (GMOs), entramos com nossa expertise para promover e traduzir a inovação na companhia, de forma suave e sem provocar abalos. Afinal, são milhões em investimento na implementação de sistemas ERPs como, por exemplo o SAP S/4HANA, além de upgrades que exigem um time afinado na recepção.

Não podemos fazer esses movimentos sem explicar para o cliente do agronegócio que a tecnologia é 30% do que vai acontecer e os outros 70% dependerão muito das pessoas que vão apertar o botão da tecnologia depois. A inovação é o meio pelo qual será feita uma alteração na chave da empresa, mas quem vai fazer o movimento são as pessoas. O atendimento neste âmbito depende do mindset da equipe, se mais disruptivo ou não. Se a resposta for positiva, fica um pouco mais fácil.

Depois que conseguimos abrir essa porta, temos o entendimento sobre o fit cultural do segmento e suas particularidades. A conexão com o cliente é que dará as cartas nesses momentos, porque não há um modelo de prateleira a ser escolhido – o que deu certo em uma empresa não vai, necessariamente, dar certo em outra. A implementação é modelada caso a caso, de acordo com as características de cada cliente na transformação que ele requer, conforme a sua maturidade, valores, região e histórico. É necessário fazer a transformação com cuidado e respeito pela cultura do cliente.

A resistência às mudanças precisa ser feita em parceria com a área de recursos humanos do agronegócio. É muito aporte de tecnologia no campo, mas nem sempre o RH recebe o mesmo aporte, fazendo com que nosso trabalho próximo a ele seja estratégico no estabelecimento de pontes, visando um melhor ritmo no desenvolvimento das pessoas. Se vamos aportar mais tecnologia, precisamos ter um time melhor preparado para um ambiente de negócios competitivo.

Entre as características do agronegócio que influenciam nosso trabalho, está, portanto, a necessidade de também se investir no RH, para que seja uma área mais preditiva e que possa, de fato, ser uma sustentação de um setor em crescimento constante, desenvolvendo a liderança para suportar essa transformação e gerando senso de pertencimento no time.

Em processos como esses, a relação de confiança é imprescindível e o cliente precisa perceber que estamos lá para construir algo juntos. Buscamos ter uma linguagem próxima ao seu universo, a fim de descomplicar a tecnologia e extrair o que há de melhor para ajudar na realidade da empresa. A ideia é que estejamos lado a lado com o executivo e os colaboradores quebrando paradigmas, ultrapassando barreiras e casando propósitos.

Estamos em um projeto para implementação do SAP S/4HANA e percebemos o quanto a mudança impactará as pessoas. De nossa parte, como GMOs, é muito importante que o cliente participe ativamente deste movimento e cabe a nós mostrar claramente os motivos de desejar a mudança, fazer uma boa leitura de seu cenário e manter uma atitude de acolhimento e reciprocidade.

Pavimentar o caminho sem solavancos, mas de maneira que se compreenda o benefício do que está sendo feito no final do dia é nosso objetivo. Essas empresas, especialmente as que estão implementando ou almejam implementar um novo sistema, estão cada vez mais high tech em um ambiente de crescimento que vai além das projeções estipuladas. Por isso, a decisão da mudança deve ser pautada, conforme os próprios líderes reconhecem, pela sustentabilidade que o processo garante a longo prazo em um segmento bastante pragmático quanto a resultados como é o do agronegócio.


 Lucia Teles - GMO no segmento de agronegócio da Gateware.


O papel da Biblioteca Escolar na Educação Básica

A importância da leitura é indiscutível quando o assunto é educação. Afinal, mesmo com o surgimento de tantas novidades tecnológicas, os livros continuam sendo uma ferramenta essencial para o processo de ensino, aprendizagem e a formação dos estudantes. 

Nesse sentido, a Biblioteca Escolar exerce um papel fundamental para engajar os alunos no despertar da leitura e na formação do leitor. Por meio de diferentes atividades, a Biblioteca pode servir como apoio ao professor em suas diferentes práticas pedagógicas.  

A seguir, elencamos algumas estratégias que o professor pode promover, em parceria com a Biblioteca Escolar, para engajar seus alunos na leitura durante a Educação Básica, desde a Educação Infantil.

  • Incentivar visitas periódicas à Biblioteca, com a finalidade de apresentar diferentes portadores de texto de vários gêneros literários;
     
  • Proporcionar momentos de encantamento das crianças com os livros, apresentando a obra de uma forma diferente, conversando sobre o autor, propondo a teatralização dos textos, fazendo debates, adotando atitudes e posturas que criem afinidade entre livro e leitor;
     
  • Contar histórias para os pequenos;
     
  • Mostrar os livros às crianças, contando parte do enredo e criando suspense sobre o desenrolar dos acontecimentos, aguçando a curiosidade do leitor;
     
  • Incentivar concursos de leitura e premiação de leitores;
     
  • Fomentar projetos culturais que incentivem a leitura, como momentos de bate-papo com a presença de autores, Feira de Livros, Sarau Lítero-Musical, Dia do Livro, Dia da Poesia e outros projetos envolvendo a proposta pedagógica da escola;
     
  • Proporcionar condições para que os alunos experimentem a leitura por meio de diferentes materiais, que vão muito além dos formatos mais tradicionais;
     
  • Explorar a tecnologia como fator de favorecimento, recorrendo a aplicativos móveis, grupos de leitura no Facebook, postagens interessantes nas mídias sociais, leitura de blogs, jogos educativos e vídeos que analisam obras literárias.

Esses são alguns exemplos de como envolver os alunos na leitura, permitindo também que o professor se aproxime mais dos estudantes. 

A tecnologia também traz novas formas de explorar e conhecer obras antes inacessíveis, como por exemplo:

  • O Domínio Público, que dá acesso a diversos títulos livres de direitos autorais em português;
  • O Gallica, portal da Biblioteca Nacional da França, que conta com livros, manuscritos, imagens e documentos históricos de livre acesso.

O importante é saber que, para que a criança desenvolva desde cedo o hábito e o gosto pela leitura, é preciso que ela tenha sido exposta aos livros, e veja exemplos de leitores por onde passa. A criança aprende pelo exemplo, e professores leitores geralmente são bons incentivadores da leitura. 

Em casa, os pais também podem -- e devem -- colaborar, realizando a leitura junto com os filhos para que vejam essa prática como algo que faz parte de sua rotina, como uma atitude natural. O prazer de ler um livro também está muito ligado à relação que os pais constroem com seus filhos, como o hábito de ler um livro para a criança antes de dormir, a conversa sobre livros que já leram ou que gostariam de ler. 

É importante salientar que a leitura gera reflexões, interação e crescimento intelectual. Daí a importância dessa prática no cotidiano escolar. Professores de todas as áreas devem incentivar a leitura e tratá-la como pré-requisito essencial para a aquisição de novos conhecimentos, pois é por meio dela que os alunos estudam e se aprofundam nos assuntos de seu interesse, tanto na escola quanto fora dela.

 

Lucimara Soriano - bibliotecária do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré.


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