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sábado, 5 de fevereiro de 2022

Sesc 24 de Maio recebe os espetáculos Goldfish, Bando: dança que ninguém quer ver e Corpos de passagem no mês de fevereiro

Apresentações de dança acontecem entre os dias 10 e 19 de fevereiro com vendas a partir do dia 08/02 às 14h pela web e 09/02 às 17h nas unidades, exceto a peça Corpos de passagem que é gratuita

 

O uso de máscara cobrindo nariz e boca, assim como, a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 com as duas doses ou dose única, se fazem necessários para acessar as unidades do Sesc SP

 

Bando: dança que ninguém quer ver | Crédito: Brunno Martins

O Sesc 24 de Maio recebe no mês de fevereiro os espetáculos de dança Goldfish, apresentação solo do artista potiguar Alexandre Américo, Bando: dança que ninguém quer ver com a companhia Gira Dança, também do Rio Grande do Norte e Corpos de Passagem com o Grupo Grua, que faz parte da programação do projeto Refestália, que acontece em diversas unidades do Sesc SP.

 

A peça Goldfish, estreia no dia 10/02, quinta, às 20h, mas também conta com outra sessão no dia 11/02, sexta, às 20h no teatro da unidade. Já a apresentação Bando: dança que ninguém quer ver, acontece nos dias 12/02, sábado, às 19h e 13/02, domingo, às 17h no Espaço de Tecnologias e Artes, no quarto andar do Sesc 24 de Maio. As vendas dos ingressos se iniciam no dia 08/02, terça, às 14h pela web e no dia seguinte, a partir das 17h, presencialmente nas bilheterias da rede Sesc. A peça Corpos de Passagem, acontece dia 19/02, sábado às 19h no Jardim da Piscina, localizado no 11º andar do prédio. A programação, que faz parte do Festival Refestália, é gratuita, mas com retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência.

 

GOLDFISH

A apresentação solo de Alexandre Américo assume a solitude como aspecto norteador. Ao tematizar o esvaziamento das atitudes empáticas para com aqueles que nos parecem distantes e repensar o que faz a humanidade ganhar seus próprios contornos, iremos desconfigurar a casa, habitat natural de Américo, e apresentar o lar enquanto estado subjetivo. Assim, pretende-se levar o público a um mergulho em uma camada da existência onde não esteja lúcida a relação espaço-temporal daquele que poderia ser um peixe dourado; o possível merecedor de nossa empatia.

 

Instigado a pensar os períodos pré e atual da pandemia, levando em conta a transição da obra e o corpo e seus graus de liberdade, Américo disse “encontrar um jeito outro de estar vivo, de aprender fazendo o próprio contexto”. Para ele, criar esta versão foi como fazer um mergulho profundo, nadar contra uma correnteza que tampouco tem direção certa. “Ser o Goldfish, neste momento, é afirmar uma estória preta, periférica, pobre, LGBTQIA+, epilética, nordestina e brasileira de uma carne que se faz fora da curva".

 

Alexandre Américo é artista e pesquisador da dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atuante na área da investigação em Arte Contemporânea com enfoque em estruturas performativas e seus desdobramentos dramatúrgicos. Ex-aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN e diretor artístico da cia. Gira Dança (Natal-RN).

 

GOLDFISH

Datas: 10 e 11 de fevereiro. Quinta e sexta, das 20h às 21h.

Local: Teatro (1º subsolo) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Bando: dança que ninguém quer ver

A companhia Gira Dança, do Rio Grande do Norte é formada também por bailarinos com deficiências físicas. Neste espetáculo, o grupo discute em cena questões que fazem com que bailarinos e coreógrafos existam enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.

 

Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinos com e sem deficiência que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. A companhia, sediada em Natal/RN em 2005, foi fundada pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais e teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão Sociocultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005. Desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Com mais de uma década de trabalho acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório, onde já apresentou por mais de 15 estados brasileiros e cinco países. 

 

Bando: dança que ninguém quer ver

Datas: 12 e 13 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h e domingo das 17h às 18h.

Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Corpos de passagem

Como o próprio nome já anuncia, "passagem": ato ou efeito de passar, comunicação, local ou sítio por onde se passa ou transita. Os verbos "passar", "comunicar" e os substantivos "lugar" e "corpo" são centrais nessa performance, que parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico do Grua se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual. São vinte anos marcados pela proposição e construção de outras espacialidades e pela valorização das relações interpessoais, uma trajetória profissional inaugurada e assinalada pela busca daquilo que se pode comunicar e modificar, em nós e no mundo. Seguindo um procedimento adotado para Corpos de passagem, desde a sua estreia, que é o de agregar outros artistas, para essa apresentação convidamos as artistas e performers, Taty Dell Campobello e Luisa Brunah, exercitando com elas a diversidade dos diálogos artísticos e a composição cênica em tempo real. 

Os bailarinos Jorge Garcia, Osmar Zampieri e Willy Helm, ao questionarem a institucionalização de seus corpos, encontraram nas ruas uma forma de fazer dança fora do ambiente conhecido. A improvisação foi a forma adotada para tensionar o pré-estabelecido, algo que não fazia parte da rotina profissional destes bailarinos, inicialmente treinados nas técnicas de dança clássicas e modernas. Instigados pela ideia, os integrantes escolheram a Avenida Paulista, centro nervoso da cidade de São Paulo, para suas primeiras intervenções. Estes parceiros, juntamente com outros artistas convidados, vestem-se dos símbolos do poder financeiro (terno preto, camisa branca, gravata e sapato social), explorando suas ações a partir da identificação direta com os passantes dessa avenida. Não há uma receita prévia para o diálogo que se estabelece, pois, ele se faz por meio das trocas sensíveis, no instante dos acontecimentos. 

 

O Grua assume que não mais é possível atuar nos espaços públicos sem considerar sua instância sociopolítica. Para tanto, parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual.

 

Corpos de passagem

Datas: 19 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h.

Local: Jardim da piscina (11º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Livre

Ingressos: Gratuito - Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

 

 

 

+ AÇÃO URGENTE CONTRA A FOME

Com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade para levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Sesc São Paulo, em parceria com o Senac São Paulo, realiza campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis nas unidades do Sesc e Senac em todo o estado. São mais 100 pontos de coleta na capital, região metropolitana, interior e litoral. As doações são distribuídas às instituições sociais parceiras do Mesa Brasil Sesc, que repassam os itens para as 120 mil famílias assistidas. A Ação Urgente contra a Fome é uma iniciativa do Sesc São Paulo, por intermédio do Mesa Brasil Sesc, programa criado pela instituição há 26 anos que busca alimentos onde sobra para distribuir aos lugares em que falta. O que doar: alimentos não perecíveis como arroz, feijão, leite em pó, óleo, fubá, sardinha em lata, macarrão, molho de tomate, farinha de milho e farinha de mandioca. O Sesc conscientiza a população sobre importância da doação responsável, com itens de qualidade e dentro da validade. Saiba +: sescsp.org.br/doemesabrasil

 

MESA BRASIL SESC SÃO PAULO

Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando em lugares onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos. Hoje, dezenove unidades do Sesc no estado – na capital, interior e litoral – operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio.  Saiba +: sescsp.org.br/mesabrasil

 

SOBRE O SESC SÃO PAULO

Com 75 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações em http://www.sescsp.org.br/sobreosesc.

 

 

 

SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300


Nós Galeria apresenta Passagens, primeira exposição individual de Fée

Em fevereiro, obras da artista expressam o seu envolvimento sólido com a cultura dos povos originários do Brasil

 



A maturidade e consciência artística de Maria Fernanda Paes de Barros se revelaram potentes depois de sete anos à frente de iniciativas que resgatam o fazer de nossos povos originários, técnicas artesanais de diferentes regiões que valorizam o capital humano por trás de cada uma delas. Nesta trajetória, Maria Fernanda percebeu a importância de, além de desenvolver móveis, acessórios e peças com resgate cultural, fazer a sua voz presente para o entendimento do seu trabalho. "Aos poucos percebi que para que as pessoas pudessem “sentir” a alma das peças, eu precisava falar sobre elas. Para passar as emoções que eu sentia, precisava mostrar minha cara, enfrentar a timidez e falar com o coração", diz a artista, que passa a assinar como Fée.

E foi exatamente por esta solidez em seu trabalho e a certeza inata de seu desenvolvimento como artista plástica que a Nós Galeria, localizada na região central de São Paulo trouxe para o seu time a Fée, que realiza a sua primeira exposição individual. Intitulada Passagens, a exposição conta com a curadoria do francês Marc Pottier e tem abertura marcada para 12 de fevereiro.

A exposição nasce inspirada na história do Brasil contada por aqueles que estavam aqui muito antes de nascer a ideia de um país, nos seus saberes e tradições, nos seus sorrisos e nas suas lágrimas, na sua força e resiliência, no seu sonho e na sua luta por liberdade e respeito. "Ela nasce na oralidade, tradição fundamental para as culturas indígenas. Ao falar eles transmitem muito mais que palavras, eles geram emoções. E são as emoções que cravam lá no fundo da alma e não permite que a história seja esquecida" diz a artista. Com “Passagens”, a primeira exposição individual da Maria Fernanda Paes de Barros na Nós Galeria, a artista oferece aos espectadores anos de reflexão. São obras que se enquadram perfeitamente no século XXI. Elas não poderiam ter sido vistas ou compreendidas antes. Talvez sociológica, seu conceito nos faz olhar para o passar do tempo, mas também para a herança indígena. A artista utiliza materiais comuns que evocam "O louvor do solo", as Matériologies ou as Texturologies do grande teórico francês da Art Brut, Jean Dubuffet (1901-1985)", explica o curador de arte contemporânea Marc Pottier.

Na expografia, o visitante vai perceber uma sequência na criação das obras que segue a evolução dos sentimentos e percepções da artista sobre sua vivência e aprendizado junto ao povo Pataxó, que conheceu no Sul da Bahia em 2020. Foi neste momento que ela desenvolveu, entre outras peças, a obra Passagem, exposta em 2021, na exposição Orgânico, na 4a Circular Arte na Praça Adolpho Bloch que também teve curadoria de Marc Pottier.

Na primeira parte da exposição, chamada Passagem pela História, estão 3 obras: Essência, Resistência e Interlocução. Nelas, Fée rememora as suas primeiras impressões ao chegar na aldeia Pataxó, além de experiências no dia a dia com as pessoas da comunidade. Para adentrar às terras Pataxó, a artista se desnudou de tudo, permanecendo essência. "Meu corpo despoja-se de tudo que não é essencial, abrindo espaço para absorver o que tocar o coração" e isso revela-se na obra Essência. Na obra Resistência, Fée evidencia o sofrimento que os povos originários passam ao longo dos séculos, mas não desistem de lutar pela sua sobrevivência. Já na obra Interlocução, a artista demonstra a sutil harmonia entre o ontem e o hoje nas aldeias, onde os moradores absorveram o necessário para coexistir, se adaptando ao mundo atual sem perder a essência e a identidade.

Outra fase da exposição é Passagem para a Vida, na qual as obras Existência e Balanços Kaupüna demonstram uma nova história para um tempo que deseja que o futuro exista. "Estas obras revelam uma somatória de vidas, histórias, tempos e passagens". Em uma das paredes, uma pintura corporal realizada por Arassari Pataxó, da aldeia Barra Velha, no sul da Bahia. "A exposição não estaria completa sem a presença dos traços marcantes que resistiram ao tempo e às inúmeras passagens. Traços repletos de significados que vestem corpos que com eles jamais estarão nus, mesmo que nossos olhos culturalmente atrofiados não nos permitam perceber", explica a artista.

Com os balanços Kaupüna direcionados para a pintura de Arassari, a artista convida o público a fazer uma pausa, um encontro com o seu eu para, a partir daí, mergulhar no nós, respeitando cada diferente detalhe sem nunca deixar de reconhecer a si mesmo.

Em sequência, uma parede com composições feita com fotos das séries Barro, Ritual e Conexões complementam o conjunto, que terá intervenção da artista com cores e outros materiais.

Na Passagem entre Tempos, as obras Respiro e Sobre(a)Vida, é evidente a ideia de demonstrar a vida que insiste em existir apesar e através dos muros impostos. "Vida que insiste, que persiste, que abre uma janela quando lhe fecham todas as portas". Como um manifesto vivo, Fée demonstra a sua vocação em puxar o espectador para a alteridade. "Estamos aqui e continuaremos aqui. Somos luz na escuridão. Somos os guardiões das sementes da vida". Esta mensagem é uma constante a cada passo dado pela artista em terras Pataxós. " Não importa o fogo, não importam as cinzas, permanecemos firmes em nossa missão de proteger nossa mãe Terra e nossos irmãos".

Além das obras em sua maioria produzidas com barro, madeira, penas e outros materiais, a artista ainda explora a fotografia como registro de uma história cultural em constante movimento. Há ainda uma nova leitura para o que já foi considerado opressor e agora ganha um significado de vida fértil: na obra Nós, enxadas que antes eram usadas em trabalhos forçados pelo homem branco hoje encontram descanso em um solo fértil onde os saberes ancestrais e atuais se encontram, se abraçam e se somam. "Só haverá futuro se houver união, se a soma for feita com respeito à essência de cada um, se entendermos que somos filhos da Terra e sendo assim, somos todos irmãos".

"A Exposição Passagens chancela esta nova fase de Maria Fernanda Paes de Barros, não como uma nova artista, mas uma artista que, ao longo dos anos, vem se compreendendo como agente transformadora de novos conhecimentos, mas de forma inconsciente dentro do universo da criatividade", complementa Beth da Matta, da Nós Galeria.




FÉE - MARIA FERNANDA PAES DE BARROS - Artista visual, designer e pesquisadora, SP/SP, 1969. Formada em administração de empresas e design de interiores, Maria Fernanda trabalhou na área por mais de 20 anos. Migrou para o design de mobiliário em 2014, criando a Yankatu - design com alma, estúdio de design por meio do qual realiza projetos de impacto social junto aos artesãos brasileiros. A passagem para o mundo da arte aconteceu naturalmente em 2020 quando a busca pela valorização dos artesãos brasileiros e seus saberes gera uma crescente indignação em relação à invisibilidade e a falta de conhecimento sobre a realidade dos povos originários. Seu trabalho baseia-se nas relações que vão além do olhar e estabelecem-se na confiança mútua entre uma mulher branca e homens e mulheres indígenas. Sua produção artística perpassa uma longa atemporalidade e também uma continuidade, resultantes do privilégio e da fluidez da alteridade das relações estabelecidas. É na potência da arte que ela encontra o caminho para compartilhar seu aprendizado, ativar o olhar e a escuta do outro buscando gerar nele a mesma indignação que sente e, dessa forma, estimulá-lo a agir. É por meio de uma estética relacional que ela visa somar forças pois a reação do outro, o espectador, é essencial para a concretização de sua arte, que não se finda no objeto criado e sim expande-se para o campo imaterial e impalpável. Fée não nega seu passado nem sua condição privilegiada, ao invés disso se deixa afetar por ambos para a partir deles abrir o espaço necessário para falarmos sobre uma história que não estamos acostumados a ouvir.



Exposição: Passagens - Fée

Nós Galeria

Abertura 12 de fevereiro das 11h às 22h

Rua Cunha Horta, 38

01221-030

São Paulo - SP

Informações: (11) 93281-8808

Visita:

Segunda a sábado das 11:00 às 17:00

Agendamento via WhatsApp ou direct

 

MAIS SHOPPING RECEBE PEÇAS TEATRAIS INFANTIS e GRATUITAS AOS DOMINGOS

Clássicos das histórias para crianças chegam ao Shopping, na zona sul de São Paulo, para tornar os domingos de fevereiro ainda mais especiais 

São Paulo, fevereiro de 2022 - Muita cultura, entretenimento e diversão nas peças de teatro infantil do Mais Shopping durante o mês de fevereiro. Totalmente gratuitas, as apresentações garantem a diversão dos pequenos numa programação muito especial. 

Com o propósito de interagir com as crianças e proporcionar um momento cultural, com a magia das peças teatrais, o Mais Shopping promoverá sessões de 06 a 27 de fevereiro, às 15h. Ao todo serão quatro peças diferentes que acontecem na praça de alimentação do mall aos domingos, como o Casamento da dona baratinha, A Cigarra e a formiga.  É em comemoração ao carnaval teremos peças no final do mês com temas carnavalescos para a criançada como: Contando e Cantando o Carnaval e Os Saltimbancos Foliões. Para garantir o distanciamento, as vagas para assistir as peças são limitadas. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis no aplicativo do Mais Shopping.

 “A ação “Domingo Encantado”, sempre, foi um sucesso. Um espetáculo que as crianças amam e que garante diversão e cultura para toda a família. Sempre ficamos muito ansiosos para promover essa ação para nossos clientes que aproveitam ao máximo a experiência que proporcionamos.”, explica Rodrigo Móyses, superintendente do Mais Shopping. 

As peças contam com atores caracterizados como os principais personagens, além de um mini cenário para completar a fantasia. Todas as informações sobre a peça e as atrações do Mais Shopping podem ser encontradas no site www.maisshopping.com.br. O Shopping fica na Rua Amador Bueno, 229 – Santo Amaro, zona sul (SP).

 

“Domingo Encantado” Peças Teatrais Infantis

Local: Praça de Alimentação

Datas e Horários:

 

·        06/02 – O casamento da dona baratinha – às 15h

·        13/02 – A Cigarra e a formiga – às 15h

·        20/02 - Contando e Cantando o Carnaval – às 15h

·        27/02 - Os Saltimbancos Foliões – às 15h

 

Entrada Gratuita – Vagas limitadas com inscrições através do APP do Mais Shopping

 

O Mais Shopping localiza-se no maior polo comercial da cidade de São Paulo, com um fluxo de 1,3 milhão de pessoas por dia na região e está interligado ao metrô Largo Treze, ao terminal de ônibus Santo Amaro e próximo à estação Santo Amaro da linha 9-Esmeralda da CPTM.


“ERUDITO É POPULAR? POPULAR É ERUDITO?”

 

Apresentações propõem diálogos entre a música erudita  

e a música popular urbana e tradicional 

 

Realizado pelo Sesc Consolação, os recitais comentados têm participação do pianista Hercules Gomes,  da cantora Lívia Nestrovski e de seu pai e compositor Arthur Nestrovski no palco do Teatro Anchieta  

 

Hercules Gomes,  Lívia e Arthur Nestrovski | créditos: Ribas Dantas e José de Holanda

 

 

 ERUDITO É POPULAR? POPULAR É ERUDITO?” é o tema dos recitais comentados, que acontecem no palco do Teatro Anchieta, com a participação do pianista Hercules Gomes, no dia 09/02, e da cantora Lívia Netrovski e seu pai, o compositor Artur Nestrovski, no dia 16/02, sempre às 20h.  

Na apresentação, os músicos conversam com o público sobre as similaridades, singularidades, influências recíprocas e interdependências entre a música popular urbana, popular tradicional e a erudita, com a ideia de suscitar uma revisão destas ‘gavetas’, além do olhar e escuta sobre a importância cultural, social e musical destas vertentes. 

 

Para assistir aos recitais, basta retirar o ingresso na bilheteria do Sesc Consolação ou no portal sescsp.org.bra partir das 14h, no dia de cada apresentação  

 

Vale ressaltar que, para acessar os espaços das unidades do Sesc São Paulo, as pessoas maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 contendo duas doses ou dose única. Além disso, é obrigatório o uso de máscara em todos os espaços.  

 

Confira abaixo a programação: 

Hercules Gomes 

9 de fevereiro, quarta-feira, às 20h  

Hercules Gomes é considerado um dos mais representativos pianistas brasileiros da atualidade, com carreira consagrada na música popular. Reconhecido no meio musical erudito, foi convidado para ser solista de música de concerto em orquestras do Brasil e do mundo. Em 2021 integrou a programação da OSESP com três concertos na Sala São Paulo. 

Neste recital comentado, o pianista apresenta suas reflexões sobre a intersecção entre os repertórios popular e erudito; ao final acontece um bate-papo com o público. Entre as obras apresentadas, Odeon (Ernesto Nazareth), Batuque (Henrique Alves de Mesquita) e Toada n° 1 (Hercules Gomes). 

Lívia e Arthur Nestrovski 

16 de fevereiro, quarta-feira, às 20h 

 

A apresentação tem como referência o último álbum do duo, Sarabanda (2020), retomando a parceria entre eles. O repertório reúne várias canções inéditas e as novas versões de Schumann e Schubert, todas com letras de Arthur Nestrovski. Entremeando as músicas, Lívia e Artur apresentam suas reflexões sobre o tema “Erudito é popular? Popular é erudito?”. 

Lívia Nestrovski é apontada como uma das maiores e mais versáteis vozes da música brasileira. Conhecida do público europeu e norte-americano, desenvolve trabalhos tão intensos quanto diversos: o ousado e minimalista diálogo entre voz e a guitarra elétrica em seu Duo com Fred Ferreira; o clássico e lírico Pós você e euSarabanda, voz e violão com Arthur Nestrovski; e o show Mortal loucura, com Arthur Nestrovski e Zé Miguel Wisnik, em que explora os complexos caminhos poéticos da canção popular brasileira. 

Arthur Nestrovski é diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, desde 2010. Em 2012, foi nomeado também diretor artístico do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Doutor em Literatura e Música pela Universidade de Iowa (EUA), foi professor titular de Literatura Comparada na PUC/SP, articulista da Folha de S.Paulo e editor da PubliFolha. Autor de Tudo Tem a Ver – Literatura e Música (2019) e Outras Notas Musicais (2009), entre outros livros, incluindo vários premiados títulos de literatura infantil, mantém também atividade musical como violonista e compositor, apresentando-se e gravando com artistas como Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto, no Brasil e no exterior. Lançou, entre outros, os CDs solo Jobim Violão e Chico Violão, o DVD O Fim da Canção, com Wisnik e Luiz Tatit, e dois CDs de canções com Lívia Nestrovski: Pós Você e Eu (2016) e Sarabanda (2020). 

 

SERVIÇO 

RECITAL COMENTADO 

Erudito é popular? Popular é erudito? 

Dia 9/02 às 20h - Hercules Gomes 

Dia 16/ 02 às 20h - Lívia e Artur Nestrovski 

Local: Teatro Anchieta (280 lugares) 

Duração: 90 minutos

Grátis* 

Classificação: Livre 

 

*Ingressos disponíveis, a partir das 14h no dia de cada apresentação, nas bilheterias do Sesc Consolação ou no portal sescsp.org.br 

Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo  Informações: (11) 3234-3000  Transporte Público: Estação Mackenzie do Metrô – Linha Amarela   sescsp.org.br/consolacao  Facebook, Twitter e Instagram: /sescconcolacao  

Horário de funcionamento Terça a sexta, das 7h às 22h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h


ViaQuatro e ViaMobilidade promovem campanha para o Dia Mundial de Combate ao Câncer

 Ação visa ampliar a divulgação sobre o tema e alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce

Painéis expostos na mostra para o Dia Mundial de Combate ao Câncer

 

Na sexta-feira, 04, foi comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Para contribuir com a conscientização de quem circula por seus espaços, a ViaQuatro e a ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linha 4-Amarela e 5-Lilás de metrô de São Paulo, respectivamente, promovem algumas ações especiais para celebrar a data. 

Durante todo mês de fevereiro, a Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 4-Amarela recebe uma exposição com histórias e depoimentos de pacientes que conviveram com diferentes tipos de câncer. Em parceria com o Instituto Vidas Raras, a mostra pretende apresentar informações, divulgar os sintomas e incentivar a procura por atendimento médico para exames de rastreio e o diagnóstico precoce, visando a reduzir as taxas de mortalidade da doença. 

Ainda em fevereiro, para ampliar o acesso às informações sobre o tema, os passageiros encontram nos nichos de leitura de todas estações das linhas 4-Amarela e 5-Lilás folders informativos. A ação é uma parceria coma Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e seguirá até o dia 28 do mês. 

De acordo com publicação do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as principais causas de morte na maioria dos países. No Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta 625 mil casos novos (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não-melanoma). 

Passageira com folder informativo sobre câncer

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e da ViaMobilidade, ceder espaços operados e mantidos pelas concessionárias é fundamental para levar informação a um maior número de pessoas. "Nossas estações são mais do que lugares de passagem e estão sempre à disposição para divulgar ações importantes como essa e incentivar, cada vez mais, o cuidado com a saúde e bem estar de toda população", afirma. 



Serviço -- Dia Mundial de Combate ao Câncer


Exposição:

Estação Higienópolis-Mackenzie, até 28 de fevereiro

 

Folders informativos

Nichos de leitura das estações das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, até 28 de fevereiro


Dia Nacional da Mamografia alerta para a importância do exame para homens e mulheres


Diagnóstico precoce pode reduzir em até 30% a possibilidade de morte por câncer de mama “quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as chances de sucesso do tratamento”, orienta médica

 

Números divulgados na última edição do Painel da Abramed, Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), indicam uma redução de 28,3% de mamografias feitas no país em 2021, em comparação com o período pré-pandemia. Produzido com base nos indicadores do SIP (Sistema de Informações de Produtos -- ANS), o documento aponta também que existem no Brasil 5.929 aparelhos mamógrafos. 

Além disso, destaca que, segundo o relatório de auditoria sobre a política nacional para prevenção e controle do câncer realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), aproximadamente 80% dos pacientes com câncer foram diagnosticados em grau de estadiamento 3 e 4. “Dados preocupantes e que apontam para a relevância de iniciativas e campanhas importantes como o Dia Nacional da Mamografia, celebrado no próximo dia 05”, analisou a médica radiologista do Grupo Sabin, Dra. Eloísa Amaral da Silva. 

A especialista observa também que os indicadores chancelam a importância dos cuidados preventivos com a saúde. “Até as pessoas com a rotina mais corrida precisam entender que nada é mais importante do que a atenção à saúde, à observação do corpo e dos sinais que ele pode estar emitindo. Isso é um passo super importante e com a medicina diagnóstica cada vez mais evoluída, a precisão diagnostica e consequentemente melhor indicação de tratamento, aumenta as chances de cura dos pacientes. Um diagnóstico tardio pode causar danos sérios não só para pacientes, mas também para o sistema de saúde”, alerta. 

A preocupação do especialista encontra legitimidade no estudo do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), que mostra que no Sistema Único de Saúde (SUS), a oferta média de mamógrafos é de 1,3 aparelho para cada 100 mil habitantes. “Uma realidade que precisa mudar. Um diagnóstico tardio pode desencadear consequências graves. É uma doença que leva a óbito mais 17 mil mulheres todos os anos no Brasil”, analisa a médica. 

Outro alerta da médica é que mesmo o exame sendo indicado para mulheres, homens também precisam observar com atenção a saúde das mamas. “É muito comum vermos pacientes deixando a prevenção de lado, principalmente entre o público masculino. O exame como a mamografia, por exemplo, para detectar tumores não observados em autoexames, por isso também é indicado para homens em casos de alguma sensibilidade no mamilo, identificação de nódulo ou aumento de volume”, conclui.

 

Grupo Sabin 

São Caetano do Sul,

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Cirurgiã dentista alerta sobre osteoporose e os impactos da doença na saúde bucal na população da terceira idade

Osteoporose diminui a densidade óssea em todo o corpo e fixação dos dentes na mandíbula pode ficar comprometida

 

Ligada ao envelhecimento, a osteoporose é uma doença silenciosa que afeta todo o corpo de forma progressiva e é caracterizada pela diminuição da massa óssea. Nas mulheres, a doença é causada pela ausência do hormônio feminino estrógeno, responsável pela proteção dos ossos. Mas o que a doença tem a ver com a saúde bucal? 

Conforme explica a cirurgiã-dentista Aline Graziele Fernandez, da Sorridents Santos e São Vicente, uma vez que a osteoporose diminui a densidade óssea em todo o corpo, a fixação dos dentes na mandíbula pode ficar comprometida, devido à fraqueza dos ossos maxilares. Além disso, alguns problemas dentários podem ter relação com a baixa densidade óssea ou apresentarem maior risco devido a essa condição. “Ossos frágeis associados a má higiene oral levam ao agravamento da perda óssea e, como consequência, os dentes ficam cada vez mais sem a estrutura de sustentação, amolecem e caem”, enfatiza a especialista. 

Aline Fernandez comenta que, naturalmente, a população da terceira idade feminina é a mais atingida, devido à menopausa. “Sem um exame específico é difícil identificar se já há o quadro de osteoporose. Por isso, é importante visitar o consultório odontológico regularmente, relatando ao dentista qualquer alteração percebida. E recomendamos isso até para as mulheres mais novas, exatamente para prevenir um quadro mais grave”, ressalta. 

Por esse motivo, Dra. Aline destaca que a prevenção é sempre a melhor forma de tratamento. “A falta de higiene oral e de limpezas semestrais feitas pelo dentista leva ao acúmulo de tártaro, ocasionando doenças periodontais, o que pode acarretar também na perda da estrutura óssea. Nesses casos, quando há indícios de osteoporose existirá uma perda óssea mais acelerada. Portanto, prevenir é sempre mais prático, mais saudável e mais barato”, conclui. 

 

Sorridents Santos e São Vicente


USO DE APARELHOS ELETRÔNICOS E AS DORES DO MUNDO ATUAL

Sobrecarga de peso sobre a coluna tem levado cada vez mais jovens a serem diagnosticados com a “síndrome Text Neck”

 

A chegada dos smartphones revolucionou a vida dos seres humanos e como lidamos com a tecnologia. É inegável que com tantas utilidades e possibilidades eles tenham se tornado nosso fiel companheiro, estando conosco o tempo todo, inclusive nas atividades em que eles não precisariam estar e por isso, está vez mais comum as pessoas serem diagnosticadas com a Síndrome do Pescoço de Texto. 

A Síndrome do pescoço de texto, ou text neck (em inglês), de acordo com Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral, unidade de Guarulhos é caracterizada pela sobrecarga da musculatura do pescoço, exatamente, o que as pessoas costumam fazer ao logo do dia, passando horas com a cabeça inclinada para baixo olhando para a tela do smartphone. “E os sintomas dessa síndrome são dores na região do pescoço e que podem começar a descer para os ombros.” – pontua. 

Por conta disso, vários estudos estão sendo realizados para saber o quão grave essa síndrome pode ser e de quais maneiras ela pode afetar a qualidade de vida dos seres humanos. Alguns deles apontam que a longo prazo o text neck pode chegar a causar lesões na coluna cervical, no entanto pesquisas ainda estão sendo realizadas para confirmar essa informação. Além disso, o uso de smartphones ainda é recente e por esse motivo é necessário continuar avaliando esse assunto ao longo dos anos para que possamos ter certeza sobre como isso pode afetar as pessoas futuramente. 

Por outro lado, o especialista alerta que é importante se precaver e tratar essa síndrome ainda no começo para que não haja mais prejuízos à saúde do nosso corpo no futuro. “Para isso podemos começar diminuindo o tempo que gastamos no celular e tablet e quando formos utilizá-los é interessante sempre movimentar a cabeça, soltar o pescoço e permanecer em posição confortável.” – diz Bernardo. Para isso existem alguns exercícios que podem ser feitos a fim de evitar ou diminuir a dor causada pelo text neck “como movimentar a cabeça, fazendo meia lua e depois girando-a  em uma volta completa ou alongar a região do trapézio, inclinando a cabeça, e com o auxílio da mão, puxando levemente para baixo.” Auxilia o fisioterapeuta.

  

 

BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br


Virose em crianças: como identificar e prevenir?

Com a volta às aulas, sintomas respiratórios reaparecem e cuidados preventivos são necessários durante socialização dos pequenos


Embora muito utilizado, o termo “virose”, na prática, é muito abrangente. Em um conceito geral, quaisquer doenças causadas por um vírus poderiam ser classificadas por essa palavra. Bebês e crianças possuem um sistema imunológico ainda em formação e, diferentemente dos adultos, as respostas a um eventual ataque infeccioso também são diversas. Pensando nisso, o que podemos fazer para evitar que as crianças contraiam doenças? 

“Esse termo “virose” ficou muito popular na pediatria, pois é a principal causa dos atendimentos pediátricos. Essas doenças, como vômitos, diarreias e resfriados são extremamente comuns, principalmente na faixa etária das crianças de até 2 anos”, destaca o Dr. Eduardo Cavalheiro Simões, Coordenador da Pediatria e Cardiologista Pediátrico pelo São Cristóvão Saúde. De acordo com o especialista, dentre os sintomas mais frequentes, estão:

  • Febre por até 3 dias;
  • Coriza;
  • Tosse;
  • Secreção nos olhos;
  • Vômitos;
  • Diarreias.

Nesses casos, “devemos tomar cuidado com a hidratação das crianças, pois elas desidratam facilmente”, enfatiza o médico. “Além disso, algumas medidas de conforto para os pequenos são essenciais, como repouso, comidas leves, remédios para conter os sintomas de vômitos e controlar a febre”, explica Dr. Eduardo Simões. 

Para evitar infecções por vírus, desde cedo ensine a criança a lavar bem as mãos, principalmente antes das refeições, com água e sabão. Ao preparar um alimento, certifique-se de higienizar cada ingrediente e de seu estado de conservação. Sempre que houver contato com superfícies tocadas por muitas pessoas, como no transporte público, esse hábito também é recomendado, além do uso de álcool em gel. 

Somadas a uma boa higiene, outras formas simples de prevenir doenças respiratórias são recomendadas pelo Dr. Eduardo Simões: “Manter ambientes bem arejados, evitar contato com pessoas que possam estar doentes e não compartilhar objetos são as principais medidas para evitarem as viroses típicas”, comenta. 

Por fim, lembre-se de procurar o atendimento com pediatra sempre que julgar necessário e fique atento a todas os sinais e quaisquer evolução dos quadros. “Os sintomas deixam os pais bem preocupados, mas, na maioria das vezes, com as medidas adequadas, eles são autolimitados e cessam nos primeiros dias”, finaliza o Coordenador da Pediatria do São Cristóvão Saúde.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Dia Internacional da Epilepsia: diagnóstico e tratamento adequados garantem uma boa qualidade de vida aos pacientes

O eletroencéfalograma é um dos exames que ajuda no diagnóstico da epilepsia / Foto: Camila Hampf


O Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre os cuidados ao se deparar com uma crise convulsiva e a importância do acompanhamento médico especializado 

 

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta quase 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Neste dia 7 de fevereiro, data que marca o Dia Internacional da Epilepsia, o Pequeno Príncipe reforça a importância do diagnóstico precoce e tratamento individualizado. Além disso, o maior hospital exclusivamente pediátrico do país também recomenda o acompanhamento médico, feito por um especialista: tudo isso pode garantir uma boa qualidade de vida aos pacientes.

 

A crise epiléptica é caracterizada por uma descarga elétrica anormal do cérebro, que causa convulsões. A epilepsia pode desencadear alterações do comportamento e do movimento do corpo e, em alguns casos, perda de consciência. Vale destacar que um único episódio de crise convulsiva não caracteriza a epilepsia. Para diagnosticar a doença, são necessárias pelo menos duas ou mais crises com intervalos variáveis.

“As causas podem ser genéticas ou então ser decorrentes de algum agravo de doença neurológica ou até mesmo de uma lesão que deixou alguma sequela e que, devido ao trauma, desencadeia crises convulsivas de repetição”, explica o neurologista pediátrico Alfredo Löhr Junior, que também é chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Pequeno Príncipe. 

As crises podem afetar apenas uma parte do cérebro ou várias, em pessoas de todas as idades. Os picos, normalmente, ocorrem entre crianças e adultos com mais de 60 anos. Quando é identificada uma crise convulsiva, deve-se buscar orientação médica especializada para investigação. “Analisamos sempre a recorrência dos fenômenos – com as alterações motoras, salivação, perda da consciência – aliada ao eletroencefalograma, exames de imagem e de sangue”, pontua o especialista. 

 

A importância do tratamento 

A epilepsia pode ser controlada com medicações específicas, denominadas fármacos antiepilépticos. Quando o tratamento com as drogas anticonvulsivantes não é suficiente para o controle as crises, pode-se considerar uma epilepsia farmacorresistente, então outras formas de terapias devem ser consideradas, como: o uso da dieta cetogênica (que, entre outras ações, restringe o consumo de carboidratos), a intervenção cirúrgica ou a utilização do canabidiol. Nas epilepsias farmacorresistentes,pode-se lançar mão também do gerador de impulsos elétricos ao nervo vago (Estimulador do Nervo Vago), importante elo entre o corpo e o cérebro, podendo diminuir as crises. Outras opções são os neuromoduladores, responsáveis por enviar estímulos elétricos ao cérebro, que reduzem significativamente as crises epilépticas. Todos os tratamentos devem ser prescritos de acordo com diagnóstico e orientação médica. 

Segundo o neurologista pediátrico, o tratamento é individualizado e de longo prazo, podendo durar de dois a quatro anos, ou até mesmo a vida inteira. “Caso o paciente não tenha uma epilepsia farmacorresistente, a chance de ter uma vida normal, com quase nenhuma limitação, é uma realidade. Nosso principal recado é: tomem a medicação, sigam a orientação do médico, especialmente na adolescência, que é uma fase que acaba deixando de lado esse cuidado. Só assim podemos saber se o tratamento está fazendo efeito ou se é necessário reajustar algo”, alerta. 

 

Meu filho teve uma crise convulsiva, o que eu faço? 

Confira algumas orientações de como agir em caso de crises convulsivas e o que não deve ser feito nesses casos, de acordo com o neurologista pediátrico Alfredo Löhr Junior, do Hospital Pequeno Príncipe.

 – Mantenha a pessoa deitada, de preferência com a cabeça voltada para algum lado; 

– Retire objetos próximos com os quais a pessoa possa machucar-se; 

– Afrouxe as roupas, se necessário; 

– Deixe as vias aéreas livres, para facilitar a passagem de ar;

 – Não introduza o dedo ou qualquer outro objeto na boca durante a crise;

 – Não jogue água sobre ela nem ofereça nada para ela beber ou comer; 

– Permaneça ao lado da pessoa até que ela recupere a consciência; 

– Aguarde até cinco minutos para que ocorra a interrupção da crise. Caso contrário, o paciente deve ser levado ao pronto-atendimento ou, então, chame o SAMU; 

– Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar.



Câncer de testículo: apesar de raro, doença tem mais de 95% de chance de cura se descoberta no início

Podendo acontecer dos 15 aos 50 anos, o tumor pode acabar passando despercebido ou sendo mascarado por um processo inflamatório. Oncologista comenta sinais para ficar de olho e importância do tratamento precoce

 

Dentre os tipos de câncer que mais afetam a população do gênero masculino, certamente o de próstata figura entre os mais lembrados. Contudo, ainda poucas são as menções a um outro tipo de tumor que, apesar de menos incidente, responde por cerca de 5% de todos os tumores malignos detectados entre eles - e em sua grande maioria atinge os mais jovens: o câncer de testículo. 

Esse tipo de neoplasia afeta de forma mais frequente homens com idades entre 15 e 34 anos. Nessa fase, segundo dados do Ministério da Saúde, existe a chance de o tumor ser confundido, ou até mesmo mascarado, por um processo inflamatório ou infeccioso envolvendo o testículo. 

“É comum que a descoberta do tumor aconteça durante a higiene com aumento do volume do testículo ou nódulo geralmente indolor, por isso o autoexame na região é a melhor forma de garantir a detecção de qualquer alteração”, comenta Pamela Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Crianças que tiveram criptorquidia, disfunção congênita em que o testículo nasce fora da bolsa escrotal, ou seja, fora da posição normal, pertencem ao grupo com maior chance de desenvolver a doença. Outros fatores de risco incluem história familiar ou pessoal prévia de câncer de testículo e a infertilidade. 

Outros fatores como vasectomia, litíase e trauma escrotal não são fatores de risco para câncer de testículo.
 

Fique atento aos sinais 

Entre os sinais mais comuns da doença estão: o aumento ou a diminuição do testículo e o aparecimento de um nódulo duro que, na maioria das vezes, não provoca dor. Pode-se notar ainda a sensação de um peso ou dor na região abdominal. Esses achados podem ser percebidos após trauma local, ainda que não haja uma relação de causa-consequência estabelecida entre esses fatores. 

“Quando falamos de forma geral sobre câncer masculino é natural que as pessoas relacionem o termo apenas à ocorrência de tumores da próstata, principalmente por conta das campanhas globais de conscientização, como o Novembro Azul. Apesar disso, é fundamental que as pessoas passem a conversar também sobre outros tipos de tumores que afetam exclusivamente o gênero masculino, como é o caso do câncer de testículo e do pênis”, frisa a especialista.
 

Como é feito o diagnóstico 

Após exame clínico para verificação da presença de nódulos palpáveis ou alterações que sugiram câncer, um dos principais exames para confirmação diagnóstica é a ultrassonografia da bolsa escrotal, que identifica a lesão. Também são solicitados exames laboratoriais para a identificação de marcadores tumorais que contribuem para estratificar o risco da doença em questão e definir o melhor tratamento complementar após a cirurgia, como a alfa-fetoproteína, beta-HCG e DHL. 

É realizada também uma avaliação sistêmica completa para o rastreio de metástases e, portanto, exames de imagem do tórax e do abdome são habitualmente solicitados. 

A orquiectomia (retirada do testículo) é um procedimento considerado diagnóstico e terapêutico assim que confirmados nódulo ou massa no exame físico e de imagem.
 

Tratamento 

Mesmo que o nódulo seja pequeno, o tratamento costuma ser sempre cirúrgico, optando pela retirada para análise anatomopatológica ao microscópio.
  

"Após a cirurgia, pode existir ainda um tratamento posterior com quimioterapia, radioterapia ou até mesmo o seguimento clínico com exames. É muito importante que esse paciente faça o acompanhamento regular indicado pelo especialista. A partir disso, pode-se investigar a presença da doença em outros órgãos e agir o mais rápido possível para oferecer o melhor ao paciente", comenta Pamela. 

É importante lembrar que apesar de raro, o câncer de testículo é altamente curável. "Com o tratamento precoce, as chances de cura podem chegar a mais de 95%. O maior risco de recidiva da doença está nos primeiros 2 a 3 anos do diagnóstico, embora o acompanhamento próximo se mantenha ao longo dos primeiros 5 anos", comenta a oncologista.
 

Câncer de testículo pode afetar a fertilidade? 

Antes do início do tratamento contra o câncer, é importante levantar questões sobre a vontade de ter filhos. Uma das alternativas é considerar o armazenamento de sêmen, em um banco apropriado, para o uso futuro.

A oncologista Pamela Muniz alerta que como a fertilidade poder ser afetada, é muito importante conversar com o médico para as melhores alternativas de preservação antes de qualquer abordagem terapêutica. "Antes do tratamento, é fundamental que o tema da fertilidade seja abordado: divida com seu oncologista suas preocupações e esclareça todas as dúvidas. O médico tem esse importante papel de não somente indicar o melhor tratamento, mas também de orientar e desmistificar questões pouco comentadas impactadas pela doença em si e pelos seus tratamentos específicos", finaliza.

 

 

Grupo Oncoclínicas

www.oncoclinicas.com



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