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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Brasil atinge 1 milhão de consumidores com geração própria de energia solar, informa ABSOLAR

Segundo mapeamento da entidade, setor fotovoltaico já agregou R$ 44,0 bilhões em investimentos em telhados, fachadas e pequenos terrenos e gerou mais de 260 mil empregos acumulados no País 

 

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 1 milhão de unidades consumidoras com geração própria de energia a partir da fonte solar. A modalidade representa mais de 8,6 gigawatts de potência instalada operacional, equivalente a cerca de dois terços (2/3) da potência da usina de Itaipu, sendo responsável pela atração de mais de R$ 44,0 bilhões em novos investimentos ao País, agregando mais de 260 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais.
 
Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de eletricidade do País, apenas 1,1% já faz uso do sol para produzir energia limpa, renovável e competitiva. Segundo análise da ABSOLAR, a tecnologia fotovoltaica em telhados e pequenos terrenos deve ganhar um impulso importante neste e nos próximos anos.
 
Em número de unidades consumidoras que utilizam a geração própria de energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,6% do total. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (13,4%), produtores rurais (7,6%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
 
A geração própria de energia solar já está presente em 5.446 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Fortaleza (CE), respectivamente.
 
“Em 2022, a geração própria de energia solar continuará a avançar exponencialmente, impulsionada pelos preços crescentes de energia elétrica e pelos diversos benefícios que ela traz aos consumidores. Isso inclui a redução de custos, aliada ao aumento da competitividade e sustentabilidade de pequenos negócios e produtores rurais do Brasil. Neste ano, o setor solar deve trazer mais de R$ 50,8 bilhões de investimentos ao País, gerando mais de 357 mil novos empregos, espalhados por todas as regiões do Brasil”, aponta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
 
“Embora a energia solar já atenda 1 milhão de consumidores, algo marcante por si só, ainda temos mais 88 milhões de oportunidades de unidades consumidoras de eletricidade, um enorme potencial para a fonte fotovoltaica tornar o Brasil um protagonista na transição energética no mundo nos próximos anos”, explica o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk.

Decolar apresenta tendências do turismo para 2022

Companhia também mostra que destinos que permitem contato com a natureza são os mais procurados pelos brasileiros para viagens no primeiro semestre

 

Devido à pandemia, o ano de 2021 foi marcado pela transformação e necessidade de adaptação a uma nova realidade em diversos setores do mundo, inclusive no turismo. Todos tiveram de se adaptar aos protocolos de biossegurança e aos novos hábitos sociais, principalmente na hora de viajar. 

No Brasil, o turismo é um dos principais setores da economia e permite impulsionar a geração de emprego e investimento ao longo dos anos. Pensando nisso, a Decolar – empresa líder de viagens na América Latina – apresenta algumas tendências para o setor neste ano de 2022.

 

·  Trabalho remoto durante a viagem.  A pandemia mudou paradigmas no ambiente de trabalho. O número de horas dentro de um escritório deixou de ser um indicador de produtividade. Empresas e profissionais viram que é possível ser eficiente em casa, e agora esse hábito passou a fazer parte da vida de muitos viajantes que unem lazer e trabalho. 

“Notamos novos perfis de viajantes e novas tendências. Uma tendência que veio para ficar é o anywhere office, que permite uma frequência maior nas viagens de lazer, dado que as pessoas podem trabalhar em lugares distintos”, destaca Tiago Lopes, diretor de sourcing da Decolar. "Existe também o turista que antes viajava para o exterior e que,  em função da pandemia, está preferindo descobrir novas experiências pelo Brasil, como gastronomia, aventura, turismo rural", lembra Tiago Lopes. Ele lembra também que alguns viajantes seguem optando por destinos próximos, até 3 horas de carro, aumentando a frequência de viagens mais curtas. 

O setor hoteleiro se preparou para o anywhere office, proporcionando tranquilidade para o trabalho e lazer para os momentos livres. Em muitos hotéis, áreas sociais mais amigáveis foram organizadas para trabalhar, com espaços discretos adequados para videoconferências. Também é oferecido um melhor serviço de wi-fi, que abrange não só o lobby do hotel, mas também outras áreas comuns, como piscinas e até parte da praia. Há hotéis que oferecem estações de trabalho e também serviço de  room office, que transforma o quarto em um escritório.  A Decolar tem opções de hospedagens que seguem os protocolos e tarifas flexíveis, caso o cliente precise alterar a data. 

  

·  Destinos de contato com a natureza são cada vez mais desejados.  Hoje, mais do que nunca, os viajantes querem desfrutar do contato com a natureza, o que tornou os destinos que proporcionam isso protagonistas na retomada do turismo. Levantamento da Decolar mostra que Maceió, Porto Seguro, Natal, Porto de Galinhas e Ilhabela são os destinos mais procurados para hospedagem no primeiro semestre deste ano.   

 

·  Aluguel de carro: conforto e privacidade. As novas dinâmicas sociais que se originaram da pandemia levaram os brasileiros a valorizar alguns fatores, como segurança e privacidade na hora de viajar. Embora o aluguel de carros já seja algo consolidado em viagens internacionais, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, aumentou o interesse pelo aluguel de carros em destinos nacionais, principalmente para viagens até 3 horas.

 

·  A tecnologia e o turismo andam de mãos dadas. Os operadores turísticos tiveram que se adaptar a novas necessidades e preferências dos viajantes para serem mais eficientes na hora de oferecer o melhor tipo de viagem para seus clientes. Atualmente, a Decolar conta com equipe e tecnologia para analisar mais de 3 milhões de combinações de voos diariamente para recomendar o melhor itinerário aos viajantes, em alguns casos oferecendo descontos de até 30%. A companhia também tem inovações que ampliam as opções de autogestão da viagem pelo próprio cliente, diretamente pelo site ou aplicativo, conforme as regras dos produtos e tarifas adquiridas.  

 

·  Viajantes mais exigentes. Os consumidores estão cada vez mais atentos aos detalhes na hora de planejar suas viagens. Os pacotes de viagem estão cada vez mais em alta e continuarão a assumir grande relevância neste ano de 2022. Na Decolar, o cliente pode montar o pacote de  viagem do seu jeito, escolhendo o voo e hotel que deseja, gerando uma economia de até 35% em comparação ao que é pago comprando os produtos separadamente. Nos combos, são adicionadas as reservas flexíveis, que proporcionam facilidade para que o viajante possa modificar seu itinerário de viagem sem que haja aumento nos custos. Outra vantagem para os viajantes é que ampliamos as possibilidades de pagamento, com a opção de dividir a compra em até dois cartões e diversas modalidades que oferecemos por meio da Koin, fintech do grupo Decolar (boleto parcelado, Pix e empréstimo pessoal para custear a viagem). 


Decolar

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LGPD: empresas de agronegócios estão preparadas para a lei que já está em vigor?

  Especialista afirma que risco é maior para empresas e propriedades rurais que possuem cultura das anotações em cadernos e pranchetas para arquivar dados de colaboradores, fornecedores e clientes

 

Nos últimos anos os recursos tecnológicos têm sido um aliado essencial para o agronegócio, no entanto é preciso ficar atento às exigências que a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) traz ao segmento. Em agosto de 2021, as sanções e multas da LGPD entraram em vigor e trouxeram a necessidade das empresas se adequarem às novas determinações sobre o tratamento de dados pessoais sob pena de multa de até 2% de seu faturamento. E com o agronegócio não foi diferente.

“As empresas deste segmento precisam urgentemente aplicar as normas que a lei exige. A tecnologia trouxe muitos avanços para o agronegócio, principalmente economia financeira nos processos, busca por investidores, governança mais eficiente e auxiliou em safras mais rentáveis. Contudo, também implicou em novos desafios e dúvidas no que se refere à transparência de como as informações confidenciais de funcionários, fornecedores e clientes são coletadas, armazenadas e tratadas. Principalmente para empresas e propriedades rurais que possuem a cultura da utilização de papéis para registrar informações importantes”, esclarece Sylvio Sobreira, CEO da SVX Corporate, consultoria em Governança, Proteção de Dados e Inovação.


Nova Legislação terá efeitos na agricultura de precisão

Nessa busca crescente do setor de agronegócios por soluções efetivas, muitas vezes as informações sigilosas de fornecedores, colaboradores e clientes acabam sendo guardadas informalmente, sem seguir o cumprimento legal.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a chamada agricultura de precisão nasceu com o objetivo de auxiliar no dinamismo e análise de dados, colaborando assim no entendimento das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas. Mas esse processo também acumula um enorme volume de informações pessoais, o que deixa as empresas mais suscetíveis aos vazamentos de dados e a possibilidade de ter toda sua operação interrompida. 

O executivo explica que esse tipo de situação impacta diretamente o lado financeiro e na credibilidade da empresa. “Não à toa que a normativa exige que os dados sejam tratados com cautela do início ao fim. Para que isso aconteça, é necessário criar um planejamento para cada etapa de adequação. Fazer o trabalho de qualquer jeito acarretará ainda mais custos e prejuízos na operação, por isso, é preciso muita atenção antes de executar o serviço”, afirma Sylvio.


 

SVX Corporate - dedicada à serviços integrados em estratégia, marketing, organização, operações, tecnologia, fusões e aquisições, compliance, privacidade e proteção de dados.
 
 

Comunicação e marketing são aliados do volta às aulas 2022

O cenário exige muita criatividade, empatia e capacidade de administrar expectativas

 

O setor varejista, principalmente relacionado aos estudos, foi muito prejudicado durante a crise da Covid-19, sobretudo por conta das aulas à distância. Mesmo com a volta híbrida durante esse ano, muitas empresas do segmento evitaram apresentar lançamentos de produtos. No período pandêmico, acredita-se que os artigos que mais ganharam força nas vendas foram os de atividades, como por exemplo o lettering - técnica que consiste em desenhar letras e palavras, em vez de digitá-las - e outros que estimulam expressões artísticas. Diferente do setor direcionado as mochilas e lancheiras que tiveram pouca procura pelo consumidor.

 

Porém, mesmo com a vacinação em massa e o retorno das crianças às escolas, a expectativa da indústria e do comércio para este volta às aulas é permeada por um otimismo cauteloso. Com o impacto bem significativo em termos numéricos destes dois anos, o setor traça uma projeção conservadora, tomando como base o faturamento de 2019, acrescido da inflação do período. Tendo em vista a percepção de agência com grande foco no setor papeleiro, as perspectivas giram em torno de fazer mais (ou o mesmo) com menos. 

 

É um cenário que exige muita criatividade para impactar os consumidores da maneira mais positiva possível. Crianças e adolescentes tiveram a sua relação com a vivência presencial na escola muito afetada, e neste cenário, os pais podem ver nos materiais escolares um incentivo para que os estudantes retomem o gosto pelo ritual de frequentar a escola. Existe uma expectativa de que as pessoas estejam ávidas em gastar dinheiro para promover esta compensação aos seus filhos, mas não há como saber ao certo o quanto o poder aquisitivo foi afetado.

 

Em relação às campanhas e publicidade, deve-se ter um cuidado muito grande em administrar expectativas dos clientes e fazer esforços para que os consumidores sintam-se motivados a voltar a frequentar o ponto de venda. Ninguém quer fingir que nenhuma crise aconteceu, mas evitar menções à pandemia não fazem mais sentido. Um grande cuidado é gerar um clima positivo, de “bola para frente”, de forma otimista, mas com os pés no chão.

 

Valorizar a experiência dos consumidores com as marcas também é um diferencial a ser explorado nas campanhas de 2022 e as redes sociais serão fortes aliadas nesse processo de criatividade, como, por exemplo, o TikTok que está vindo com força total. A campanha “ideal” precisa ser uma combinação equilibrada de apoio ao trase e incentivos promocionais ao consumidor, tanto de packs promocionais, quanto de investimento em concursos, sorteios e principalmente, ações que estimulem as pessoas a frequentarem o ponto de venda. 

 

Como as compras via internet aumentaram consideravelmente e as pessoas se acostumaram a realizá-las, as estratégias precisam ser pensadas para o digital também. Ou seja, envolver anúncios, hotsites e influenciadores é fundamental. Além disso, a indústria e o varejo se perguntam como será a “recuperação” do tempo perdido. Em primeiro lugar, é importante ter em mente que esta recuperação não será à vista, ela será parcelada. 

 

Os consumidores estão se adaptando a uma realidade onde alguns downgrades foram necessários. Por isso, marcas que ainda não investiram em produtos da linha de entrada (primeiro preço), devem avaliar a possibilidade de incluir estes itens em seus portfólios. A verdade é que as empresas que se colocarem no lugar dos consumidores, terão o público muito mais próximo, podendo se destacar nas vendas nesse período.

 

Carlos Costa - publicitário de formação, tem mais de 20 anos de carreira na área da comunicação e hoje ocupa o cargo de diretor executivo e especialista em planejamento criativo da Agência Ecco.


Como está a situação das viagens Brasil/Exterior a nova variante ômicron?


Pouco se sabe a respeito da variante ômicron, e por esse motivo, criasse uma expectativa negativa a respeito do futuro, em virtude do que temos como exemplo do passado (2020) quando surgiu o Covid-19. E por conta disso, gera-se bastante medo e incerteza com relação a como estará minha viagem na próxima semana, no próximo mês e até mesmo no próximo semestre, e essas incertezas, acabam fazendo com que o viajante tome decisão precipitada com relação a sua viagem. 

Digo isso, porque as cias aéreas não estão realizando nenhuma flexibilização até o presente momento, ou seja, caso você deseje cancelar ou alterar a sua passagem, pagará os custos de taxa de cancelamento ou taxa de remarcação. Vale lembrar que as cias aéreas, sempre tomam ações posteriores aos que os países tomam.  

Por exemplo, Israel e Japão anunciaram recentemente o fechamento de fronteiras para todos os viajantes estrangeiros, a cia aérea só criou uma medida de flexibilização 2 dias após o comunicado.  

Abaixo, esclareço as principais dúvidas sobre o assunto. Confira: 

 

As viagens corporativas também são afetadas nesse caso? 

Sem dúvidas, as viagens internacionais principalmente. Desde março/2020 as viagens internacionais não se recuperaram, e com essa nova incerteza a tendência é de queda. As viagens nacionais dentro da nossa empresa ultrapassaram o período pré-pandemia, e acreditamos que essa variante não terá impacto de curto prazo nas viagens nacionais.  

Para quem tem viagens programadas, como deve proceder com essa quarta onda da covid? 

Caso o país de destino não feche as fronteiras as companhias aéreas estão mantendo o bilhete, e aplicando as multas e taxas previstas em cada tarifa.  

Caso o país seja afetado e haja o bloqueio da fronteira, a cia aérea permitirá o reembolso integral ou remarcação sem custo para uma data futura. Lembrando que para as viagens nacionais nada mudou, essa regra aplica-se às viagens internacionais. 

 

 

Para quem chega no Brasil, seja brasileiro ou estrangeiro tem algum critério específico? 

Teste de exame negativo (Covid-19) 

Voos com origem da África do Sul, estão proibidos de entrar no país.

isso não se aplica a: 


1. Nacionais e residentes no Brasil;

2. Passageiros que possuam prova de que trabalham para uma organização internacional;

3. Funcionários estrangeiros credenciados junto ao Governo Brasileiro;


Quarentena na chegada: 14 dias no destino final no Brasil para passageiros que estiveram na Índia ou no Reino Unido nos últimos 14 dias.

 

Leonardo Bastos - CEO na Kennedy Viagens Corporativas


O ano de 2022 promete. Mas o que queremos dele?

O ano já começou e traz as mesmas expectativas que vislumbramos nessa nova jornada rumo à correção de rotas e anseios naturais. Tudo recomeça. E todos os anos parece que existe uma demanda de mudança na comunicação das marcas. É como se agora as pessoas estivessem sentadas em suas casas aguardando uma virada de marca. Eu enxergo isso como um certo egocentrismo nosso, imaginando que a comunicação das marcas tem que mudar completamente para se manter atraente.

No entanto, eu coloco para 2022 outro questionamento: podemos substituir ‘temos que desfazer tudo que estávamos fazendo e mudar a rota’ por ‘o que queremos manter para este ano?’ Por que vira o ano e temos que apresentar tudo de novo?

À parte das alterações e questionamentos estruturais, vejo algumas tendências importantes surgindo. O primeiro ponto, que já vemos forte no exterior e está começando no Brasil, é o fato de as marcas se consolidarem mais como curadoras de conteúdo e menos como produtoras. Em vez da marca investir boa parte de seu budget na produção de materiais positivos sobre os produtos, existe um outro caminho para aproveitar e fazer curadoria de conteúdos que as pessoas já criaram, como testemunhais mesmo, que já existem sobre elas nas redes. Será que eu preciso fazer tutorial do meu produto se já existe uma série de reviews de consumidores postados, e que talvez eu possa simplesmente usar a base de mídia que eu tenho para impulsionar o conteúdo gerado pelos usuários?

Nessa mesma linha, eu questiono a demanda dos clientes para as marcas entrarem nas conversas que estão em alta na internet. Seguir trends mostra uma preocupação importante com a cultura, mas pode ser desgastante. Muitas vezes, acompanhar tudo o que se fala nas redes sociais, além de criar armadilhas para assuntos que talvez nem sejam tão a ‘cara’ da marca, pode tirar o foco do que mais importa: a construção mais sólida da identidade a médio e longo prazo.
Sobre o comportamento, este ano ainda estaremos oscilando muito entre momentos de receios, de confiança e de escapismo. As marcas precisam estar atentas a esses movimentos e quem conseguir trazer uma sensação de segurança e falar sobre temas relevantes estará em destaque.

Vamos seguir com o País em recessão, então, as marcas precisam estar atentas a isso. Vão se sair melhor e na frente as empresas que conseguirem criar soluções que caibam no bolso do consumidor.

Também será um ano de Copa do Mundo e eleições no Brasil, o que tende a manter a polarização que já vivemos nos últimos anos. Pela nossa experiência nesse período, as marcas que tentarem se isentar da discussão política serão penalizadas. As pessoas já entenderam que se a marca acredita em direitos humanos e diversidade ela não está conivente com quaisquer desses temas. Há uma necessidade de as marcas tomarem partido: não no sentido literal da palavra do ‘vote em um ou outro candidato’, mas como uma forma de fixar para as pessoas os valores dos quais a marca não abre mão.

Com a pandemia, muitos já perceberam ainda mais que precisam começar a fazer escolhas por produtos que cuidem do meio ambiente. Inúmeras empresas no Brasil têm um programa muito consistente de sustentabilidade e acabam não falando sobre por uma questão de humildade. No entanto, para o próximo ano, todos os trabalhos feitos nesse sentido deverão ser comunicados porque será um fator ainda mais chave para as pessoas que têm possibilidade de optar por um produto, às vezes com um custo maior, mas que tenha essa preocupação com o mundo.

Com tantas mudanças que vivemos nos últimos anos, há muitos pontos sendo movimentados. A consolidação do metaverso é algo que vem com força, ainda mais que os grandes conglomerados da comunicação já estão se manifestando nesse sentido. É algo que demanda tempo e investimento estrutural, mas na minha visão grande parte desse processo já foi feito porque já não vivemos mais estritamente no mundo físico. Já dependemos e vivemos muito no virtual.

Outro aspecto de segurança importante é as marcas ajudarem as pessoas a tomarem decisões de consumo dentro do próprio portifólio delas. É essencial facilitar, dar atalhos às pessoas na hora de fechar a compra com direcionamentos do que o consumidor deseja e necessita.

E, mais do que nunca, as pessoas vão cobrar representatividade dentro das empresas. Pessoas que pensem diferente e tragam soluções diferentes. É uma cobrança que parte de dentro das organizações para transformar marcas e pessoas.

 

Fernanda Kraemer - diretora de Planejamento da W3haus, agência do Grupo Stefanini.


Pais ou responsáveis podem solicitar o CPF de crianças durante atendimento no Poupatempo

 Inscrição pode ser feita junto com a solicitação do RG infantil, mediante agendamento 

 

Menores de 16 anos que comparecem aos postos do Poupatempo em todo o Estado para serviços de RG (primeira ou segunda via), e que ainda não possuem inscrição no CPF, terão um número criado automaticamente durante o atendimento para incluir na Carteira de Identidade.   

Por ser um atendimento presencial, é necessário agendar data e horário pelos canais digitais, no portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e totens de autoatendimento para os serviços de RG – que é emitido pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), órgão da Polícia Civil de São Paulo, nas unidades do Programa.

Depois, basta comparecer ao posto selecionado com um dos pais ou responsável legal, com documento de identificação com foto, e apresentar a Certidão de Nascimento original e cópia. A foto é feita na hora e a primeira via do documento é gratuita. 
 

“Garantir cidadania às pessoas, seja de forma online ou presencial, é compromisso do Poupatempo. Neste momento em que o Estado de São Paulo inicia a vacinação infantil contra a Covid-19, o serviço de CPF é mais uma facilidade que os pais encontram para regularizar toda a documentação das crianças”, afirma diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Estado de São Paulo que administra o programa Poupatempo, Murilo Macedo.  

Apesar de não ser exigido durante a imunização das crianças em São Paulo, o CPF infantil possibilita aos pais a facilidade de acessar a carteira digital de vacinação, pelo aplicativo ou portal do Poupatempo, por meio de um cadastro que pode ser feito para o(a) filho(a).   

Todo cidadão, em qualquer idade, pode ter seu Cadastro de Pessoa Física (CPF). No caso de recém-nascidos, desde 2015 o CPF já é incluído automaticamente na Certidão de Nascimento.   

A inscrição no CPF de brasileiros acima dos 16 anos, que possuam Título de Eleitor em situação regular, pode ser feita de forma online, e os canais eletrônicos do Poupatempo oferecem fácil acesso a mais esse serviço, direcionando o usuário à página da Receita Federal, órgão responsável pelo documento. O CPF é digital, podendo ser baixado ou impresso, e possui o mesmo valor legal da antiga versão física.  

Entre as quase 190 opções que os canais eletrônicos do Poupatempo disponibilizam à população, estão funcionalidades da Receita Federal, como a inscrição ou solicitação do CPF, consulta de inscrição, comprovante de inscrição, alteração de dados e regularização do CPF, além de atendimentos de outros órgãos, como o Detran.SP, Instituto de Identificação (IIRGD), CDHU, Sabesp, prefeituras e muitos outros.


Transporte incorreto da soja causa prejuízo de milhões de reais anualmente

Especialista da logtech goFlux dá dicas de como não amargar perdas tomando alguns cuidados que são fundamentais na hora de transportar os grãos


Uma cena muito comum ainda quando estamos de passagem pelas rodovias do País é vermos milhares de grãos amarelos esparramados pelas margens e acostamentos. Esse é um dos vilões do lucro do sojicultor brasileiro, a hora de transportar. Quando incorreto ou mal feito, pode causar grandes prejuízos ao bolso do produtor.

É importante saber que não basta apenas carregar o caminhão e realizar a entrega. Antes de tudo é preciso planejamento, tanto de quem produz, quanto de quem embarca, prevendo e evitando contratempos e acidentes. Afinal de contas, a oleaginosa requer condições específicas para chegar intacta ao seu destino.

O especialista, Alexandre Simamura, que é Gerente de Operações e Customer, conta que o transporte de soja é um processo complexo e que envolve qualificação dos grãos quanto à umidade, % de grãos avariados e de impureza na carga.

Além disso, a qualificação do transportador, garantindo condições aceitáveis do caminhão e o correto acondicionamento da carga para que perdas no transporte sejam minimizadas, são parte fundamental do planejamento de operações de transporte de granéis, alerta Simamura.


Dicas valiosas

É importante seguir algumas etapas para que o transporte seja realizado de maneira certa e sem dor de cabeça. Veja as dicas apontadas pelo especialista:


1 – Caminhão adequado para o transporte de carga: Antes de mais nada, para realizar o transporte é importante escolher veículos certos. “Essa medida reduz o risco de perdas e desperdícios provocados pela acomodação errada da carga e a utilização de forma errônea da lona e de outros acessórios por falta de conhecimento”, relata o especialista. Além disso, ao contar com uma transportadora experiente também será possível enfrentar melhor as condições ruins das rodovias brasileiras.


2 – Armazenagem correta: Para que o grão chegue ao destino final em bom estado, o veículo deve estar devidamente vedado para evitar o contato com o claro e a umidade no decorrer da viagem. A carroceria deve ser verificada antes da operação. Isso diminui o risco da proliferação de microorganismos, que encurta a vida útil e reduz a qualidade do produto. “Assim, é possível conferir se existem vestígios de outras cargas e se o veículo está em condições para transportar o produto sem o contaminar”, destaca, o gerente.


3– Preparar e capacitar motoristas: Antes de contratar uma transportadora ou motorista autônomo é fundamental encontrar profissionais que sejam capazes de realizar o serviço. “Por isso, contar com uma plataforma de fretes como a que oferecemos, também é a melhor forma de encontrar um condutor de caminhão sem histórico de consumo de bebidas ou estresse, entre outros. Isso faz toda a diferença para evitar acidentes que possam colocar o motorista e a carga em risco”, diz o profissional da goFlux.


4– Realizar o transporte com segurança: As estradas brasileiras, além de terem uma péssima infraestrutura, proporcionam riscos de roubos e furtos. Por isso, Morgado fala que determinar roteiros que evitem caminhos perigosos para os veículos é imprescindível. “Dessa forma, ao encontrar a transportadora ideal em uma plataforma de fretes, sua embarcadora contará com caminhões com as verificações em dia, o que evitará falhas mecânicas no decorrer do transporte da oleaginosa”, completa.


Tecnologia a serviço da eficiência

O custo do transporte influencia, negativamente, nos fretes e pode tornar o transporte de soja ainda mais oneroso. Contudo, é possível ter a tecnologia a serviço da eficiência, como a plataforma logística da goFlux. O marketplace de carga da startup, conecta embarcadores e transportadoras de forma online, digitalizando o processo de contratação de fretes.


 

goFlux

https://goflux.com.br/, http://view.goflux.com.br/

http://naconta.goflux.com.br/

Brasil registra recorde de extremos de chuva no início do verão

Levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais destaca a simultaneidade de eventos extremos no país causados por excesso de chuva nas regiões Norte, Sudeste e parte do Centro-Oeste e por escassez hídrica no Sul e parte do Nordeste (região afetada por chuvas em Minas Gerais; crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG) 

 

O número de eventos extremos de chuva no início da atual estação de verão no Brasil foi recorde, aponta levantamento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos, interior de São Paulo.

Entre 1º e 31 de dezembro de 2021, a equipe técnica do Cemaden emitiu 516 alertas de risco de desastres de origem geo-hidrológica, como deslizamentos de terra, inundações e enxurradas, para os 1.058 municípios monitorados atualmente pela instituição em todo o país. Desse total, 163 concretizaram-se em ocorrências.

Em 2020, no mesmo período, o número de alertas foi ligeiramente maior – de 539 –, mas as ocorrências foram quase 60% menores (103) em comparação com 2021.

“Tivemos emissão de alertas de risco praticamente todos os dias em dezembro de 2020 e 2021. Não me recordo de outros períodos em que tivemos tanta atividade”, diz Rafael Alexandre Ferreira Luiz, tecnologista do Cemaden.

“Se levarmos em consideração a quantidade de alertas enviados, podemos considerar que 2020, 2021 e, provavelmente, 2022 são anos em que os períodos chuvosos têm apresentado mais episódios de extremos de chuva, o que aumenta consideravelmente o risco de desastres em áreas vulneráveis do país”, avalia.

Além do aumento da frequência e da intensidade dos extremos chuvosos que têm sido observados em grande parte do Brasil nesse início de verão, outra característica que chama a atenção dos pesquisadores da instituição é a simultaneidade de eventos extremos no país causados por excesso de chuva nas regiões Norte, Sudeste e parte do Centro-Oeste, e por escassez hídrica na região Sul e parte da região Nordeste, compreendida pelos Estados de Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte.

De acordo com os pesquisadores, os extremos de chuva que aconteceram no sul da Bahia – e que ocorrem agora no norte de Minas Gerais, Piauí, Tocantins e Maranhão –, além da atual seca na região Sul do país, estão associados ao La Niña. O fenômeno climático que ocorre, em média, em um intervalo de dois a sete anos, provoca uma série de alterações nos padrões de chuva e temperatura globais. No Brasil, o fenômeno causa chuvas mais abundantes no Norte e Nordeste. No Centro-Sul, provoca aumento de temperaturas e seca.

Em relação à expressiva quantidade de chuva observada recentemente no sul da Bahia, os especialistas apontam que no verão é comum a atuação de um sistema meteorológico denominado Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

Esse sistema é marcado pela presença de uma banda de nebulosidade e chuvas com orientação noroeste-sudeste, que normalmente se estende da Amazônia até o Sul/Sudeste do Brasil, contribuindo para grandes volumes de chuva principalmente na área geográfica compreendida pelos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Durante o mês de dezembro de 2021 ocorreu uma rara configuração de três episódios de ZCAS em um curto período, que oscilaram e se mantiveram predominantemente no sul da Bahia, ocasionando os extremos de precipitação fora de época naquela região.

Além disso, as ZCAS se associaram a outro sistema meteorológico de baixa pressão, denominado Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), bastante atuante no litoral nordestino nesta época do ano e que também contribuiu para a persistência das chuvas no sul da Bahia.

“Se levarmos em consideração a climatologia da região, não era esperada chuva e muito menos com o volume observado no sul da Bahia para esta época do ano”, diz à Agência FAPESP José Marengo, pesquisador do Cemaden e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC) – um dos INCTs financiados pela FAPESP em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo.

“As chuvas em dezembro nessa região foram abundantes, irregulares e concentradas em três períodos relativamente curtos. Em razão do volume e da intensidade delas, os impactos foram bastante altos”, avalia Marengo.

Em dezembro de 2021, foram registradas formações de três ZCAS no Nordeste, que provocaram as chuvas intensas no sul da Bahia. A primeira ocorreu entre os dias 1º e 4 de dezembro, a segunda entre os dias 7 e 11 e a terceira entre os dias 23 e 27 do mesmo mês.

“As chuvas causadas por esse último episódio de ZCAS não foram tão intensas como as do período de 7 a 11 de dezembro. Mas com as chuvas acumuladas o solo no sul da Bahia já estava muito encharcado, o que favoreceu as enxurradas e os movimentos de terra naquela região”, explica Marengo.

A posição dessas três ZCAS para essa época do ano e a ocorrência sucessiva delas também são raras, aponta Vinícius Sperling, meteorologista do Cemaden.

“Essas ZCAS deveriam estar em uma posição mais ao Sudeste, em Minas Gerais ou São Paulo, e estavam mais situadas no Nordeste”, diz Sperling.

“A ZCAS é um evento incomum de acontecer sobre a região do sul da Bahia. Ocorrer duas ou três em um mês é muito mais raro”, afirma o pesquisador.


Efeito das mudanças climáticas

Segundo Marcelo Seluchi, coordenador-geral do Cemaden, não é possível estabelecer uma relação direta entre as ZCAS e eventos climáticos extremos isolados com as mudanças do clima. Mas, em conjunto, esses extremos climáticos sugerem a influência do aquecimento global.

“Para cada evento climático extremo recente, como as chuvas no sul da Bahia ou a onda de calor extremo no Sul do Brasil, conseguimos dar uma explicação meteorológica. Mas quando juntamos essas situações com as de anos anteriores podemos dizer que, de alguma forma, estamos sendo afetados pelas mudanças climáticas”, avalia Seluchi.

“Esses eventos climáticos extremos serão cada vez mais frequentes e já estamos observando isso”, afirma o pesquisador.

As conclusões da contribuição do Grupo de Trabalho 1 (WG1) para o sexto relatório de avaliação (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em agosto de 2021, apontam que a intensidade e a duração de eventos climáticos extremos aumentarão mesmo se o aquecimento global se estabilizar em 1,5 ºC. Nesse cenário, haverá incremento das ondas de calor, estações quentes mais longas e temporadas de frio mais curtas.

Já com o aquecimento global de 2 ºC, os extremos de calor atingiriam mais frequentemente os limiares de tolerância crítica para a agricultura e a saúde, projetam os autores.

Com a limitação do aquecimento entre 1,5 ºC e 2 ºC, os impactos dos eventos climáticos extremos seriam menores, porque permitiria a adaptação”, ponderam os autores.

Cada meio grau adicional de aquecimento global causará aumentos estatisticamente significativos nos extremos de temperatura, na intensidade de fortes chuvas e na gravidade de secas em algumas regiões.

Em escala global, os eventos de chuva forte se intensificarão em cerca de 7% para cada grau adicional de aquecimento, uma vez que uma atmosfera mais quente é capaz de reter mais umidade, estimam os cientistas (leia mais em: agencia.fapesp.br/36533/).

“Estudos já mostram que os extremos de chuva estão aumentando nos últimos 40 ou 50 anos, particularmente no sudeste da América do Sul, e as projeções de mudanças climáticas para as próximas décadas apontam na mesma direção”, diz Marengo, que editou e revisou o capítulo 3 do relatório.

“O clima está mais irregular e essa irregularidade amplifica os riscos climáticos, o que aumenta significativamente a chance de desastres de origem geo-hidrológica no Brasil”, afirma.

“Porém, o risco de desastres também é influenciado por ações que nada têm a ver com o clima, tais como política de planejamento urbano e redução de vulnerabilidade, de modo que a população possa morar longe de áreas de alto risco de enchentes, inundações, enxurradas e deslizamentos de terra. Ou seja, o governo e os tomadores de decisão têm um papel crucial para proteger a população do alto risco climático futuro”, pondera.

O pesquisador destaca a importância de centros de monitoramento e alertas no Brasil, como o Cemaden, que podem atuar conjuntamente com órgãos de Defesa Civil das três esferas do governo e que são fundamentais para a mitigação dos impactos futuros.



Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/brasil-registra-recorde-de-extremos-de-chuva-no-inicio-do-verao/37759/


Escolas particulares podem exigir a vacina contra a Covid-19 para menores de idade?

Com o retorno das aulas presenciais, advogados, instituições de ensino e médicos discutem a legalidade da exigência da vacina. Segundo eles, esse é um tema complexo que ainda apresenta muitas indefinições.

 

Desde dezembro, o País vem observando um grande aumento no número de casos e de internações em consequência da Covid-19 e da gripe influenza. O que acendeu um sinal de alerta para o retorno das atividades que estavam previstas, entre elas, o das aulas presenciais. Com isso, as direções de algumas escolas no Rio de Janeiro estabeleceram, entre suas orientações gerais para o início do ano letivo, a obrigatoriedade do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para professores, funcionários e alunos. Porém, essa exigência gerou um debate entre os pais e as escolas sobre a legalidade da decisão. 

A vacinação é obrigatória no Brasil nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias há mais de trinta anos e está prevista no Estatuto da Criança e Adolescente. Contudo, para que essa obrigatoriedade tenha efeito, é necessária a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização. 

Segundo a advogada Francine Barreto, o Estado do Rio de Janeiro conta com legislação própria e determina a obrigatoriedade da apresentação da caderneta de vacina no ato da matrícula na pré-escola e no 1º grau, tanto na rede de ensino pública como na particular. O Município do Rio de Janeiro também conta com legislação própria, mas apenas sobre a educação infantil. Já as instituições de ensino particular, possuem autonomia para cobrar o cartão de vacinação e assim o fazem de acordo com as recomendações das autoridades sanitárias, sendo que em alguns Estados e Municípios isso é uma imposição legal. 

No entanto, o Município do Rio de Janeiro já se pronunciou que não exigirá a comprovação da vacina contra a Covid-19 nas escolas e, muito provavelmente, as escolas particulares seguirão o mesmo caminho. Por isso, grupos de pais já vem se organizando em abaixos-assinados para que as instituições particulares que decidiram pela exigência voltem atrás e liberem as aulas para os jovens que não queiram receber as doses do imunizante, ou que tenham sido impedidos por seus responsáveis. Os pais alegam que a vacinação de crianças deve ser uma decisão exclusiva dos responsáveis pelas crianças, não cabendo ao diretor da escola ou à sua diretoria o direito ou a competência médica para obrigar à vacinação, sob pena de privar os menores de acesso presencial à escola. 

Francine explica que em se tratando de crianças, a obrigatoriedade da vacinação decorre da recomendação das autoridades sanitárias e da imposição legal. “Como a vacinação contra o COVID-19 ainda não foi incluída no Plano Nacional de Imunização, não há como impor a sua obrigatoriedade e consequentemente, a sua comprovação, bem como o impedimento da prática de atos da vida civil por conta de tal exigência”. 

Mas a advogada faz um alerta. No caso das instituições de ensino privadas, por questões contratuais pode se estabelecer a obrigatoriedade da comprovação da vacina, mas não como um impedimento para o acesso à sala de aula.  

“Se a escola entender que é obrigatória por contrato a comprovação da vacinação para acesso às suas dependências, em caso de negativa dos pais, pode alegar violação à norma contratual -- claro, desde que tenha sido estabelecida no contrato de serviços de ensino a apresentação da carteira de vacinação -- e considerar que há descumprimento ao art. 14 do ECA, pois ainda que a vacina do COVID-19 não esteja no Plano Nacional de Imunização, está incluída no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 instituído pelo Ministério da Saúde. A escola pode ainda alegar a violação ao art. 227 da Constituição Federal pelos pais, pois ao se negarem a vacinar seu filho, deixam de assegurar o direito à saúde em detrimento de sua própria convicção ideológica sobre a questão da vacinação”, afirma. 

Por outro lado, Francine esclarece que caso os pais se sintam lesados e as crianças sejam impedidas de frequentar as aulas, os responsáveis podem ajuizar medida judicial para garantir o acesso, sob o argumento de que a vacinação não é obrigatória por não estar incluída no Plano Nacional de Imunização -- instrumento legal que contempla todas as vacinas obrigatórias -- e que não há legislação específica acerca de tal imposição. 

“Essa questão já foi enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal - STF e a partir de uma leitura conjunta e sistemática das teses, os pais são sim obrigados a vacinar seus filhos menores de idade contra a Covid-19, se o imunizante já estiver devidamente registrado pela ANVISA, estiver incluído no Plano Nacional de Imunização - PNI e tenha sua obrigatoriedade incluída em lei ou sua aplicação determinada pela autoridade competente”, assegura Francine. 

Carla Dolezel, reitora da Faculdade Instituto Rio de Janeiro - FIURJ, defende que a vacinação é um instrumento fundamental no combate à pandemia e ao atraso no ensino, pois vai possibilitar o retorno de forma mais segura e duradoura. Ela disse que a falta das aulas presenciais gerou um atraso na educação de crianças e jovens, atraso este, que levará décadas para ser superado.  

De acordo com a reitora, a não vacinação pode ser prejudicial ao setor de ensino, considerando que as salas de aulas geram uma aglomeração. “Controlar as crianças neste ambiente é extremamente difícil, especialmente no setor público, onde há um número menor de funcionários para fiscalizar e orientar as crianças quanto às medidas de prevenção, como uso correto das máscaras e uso de álcool em gel”.  

Carla Dolezel, comenta que a expectativa de retorno das aulas presenciais após dois anos de pandemia por parte das instituições de ensino, dos pais e alunos é enorme.  

“O isolamento gerado pela pandemia afetou em demasia a socialização das crianças e dos jovens, assim como, o nível de aprendizado que não foi o mesmo, especialmente na rede pública, onde muitos alunos não tinham acesso a tecnologia”, garante. 

A médica pediatra, da Iron Telemedicina, Luciana Gualberto Rocha, relata que já foi comprovada a eficácia de cerca de 90% da vacina para crianças entre 05 e 11 anos, e que os estudos já foram enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa. Ela alerta que em 2021, houveram 301 óbitos e 606 casos de síndromes inflamatórias pediátrica, no Brasil, causadas pela Covid-19.  

“Os EUA aplicaram 8,7 milhões de doses entre crianças de 05 e 11 anos, nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros na imunização de crianças no país. Temos que vacinar as crianças, e diminuir a disseminação e as intercorrências graves que esse vírus vem causando”, defende a médica. 

A recomendação à população é que continuem se vacinando. São incontestáveis os dados técnicos de que a vacina salva vidas. Mas a vacinação de crianças ainda é um assunto em aberto e que vai dar o que falar.

A TI nossa de cada dia não para nunca!


Um novo ano começou, mas o desafio para encontrar profissionais qualificados no semento de tecnologia permanece o mesmo. E ganha novos contornos diariamente, sendo um segmento de trabalho superaquecido.

O mercado brasileiro de TI corporativa, pelos apontamentos da IDC, deve se manter em crescimento ascendente. E um dos motivos é a continuidade da necessidade das empresas em fornecer infraestrutura para os funcionários trabalharem no modelo de trabalho híbrido. Ou seja, a TI exercerá um papel essencial para o funcionamento a pleno pulmões de todas as corporações.

No entanto, eu coloco aqui um questionamento: o profissional de alta performance sabe como se diferenciar para conquistar as melhores vagas? Minha experiência em ‘navegar’ nessas águas nem tão calmas, onde cada remada é milimetricamente disputada, destaco aqui as cinco principais características que fazem toda a diferença para um profissional de TI de sucesso.

Não pare no tempo. É fundamental um aprimoramento constante do conhecimento. As tecnologias evoluem diariamente. Portanto, manter o currículo ‘vivo’, com participações efetivas em workshops, cursos e tudo que venha complementar sua sanha por aprendizagem só acrescentam ao perfil deste colaborador.

Compartilhe o conhecimento. Não retenha a informação. A troca de conhecimento auxilia no desenvolvimento de todos de sua equipe e, consequentemente, no seu reconhecimento pela empresa.

Crie raízes. Há um processo de médio prazo para absorver todos os conceitos, as estratégias, a jornada daquele cliente ou daquela organização. Criar raízes demonstra comprometimento e capacidade de entrega.

Não espere acontecer. Se jogue e tome a iniciativa de buscar as melhores soluções. Às vezes, não temos todas as respostas. E a proatividade, certamente, será um diferencial para uma promoção.

Aprenda um idioma. Ou mais! Falar um segundo ou até um terceiro idioma coloca o profissional na dianteira de quaisquer vagas, seja no Brasil ou fora do País.

Enfim, as dicas acima são só uma ponta do iceberg gigante que é a tão propagada e fundamental área de Tecnologia. As lideranças de RH têm um desafio e tanto pela frente para avançar também no projeto de desenvolvimento de habilidades e competências críticas. Há um espaço imenso a ser explorado. Espero poder ajudar na construção de uma carreira em um segmento que esbarra na escassez de talentos e que são disputadíssimos no atual cenário de transformação digital.

 


Fabio Iamada - vice-presidente Financeiro e de Marketing da Orys, consultoria especializada em inteligência de dados.


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