Natali
Gutierrez e Renan de Paula comentam 5 tabus que podem mudar a maneira de
enxergar as relações
Quebrar tabus nem sempre é algo fácil, ainda mais
quando o assunto está relacionado à sexualidade. Mas, muitas vezes, o desafio
pode ser mais simples do que parece. O importante é ter a mente tranquila e
entender que quebrar tabus, pode ser um ato de autoconhecimento.
Para mulheres e homens que estão em busca de novas
experiências sexuais e querem enfrentar esse tema de frente, os sexólogos
Natali Gutierrez e Renan de Paula, sócios da Dona Coelha, comentam 5 tabus
comuns e dão dicas de como quebrá-los.
1 – Sexo Anal
O sexo anal sempre desperta muitas curiosidades,
interesses, dúvidas e também fantasias. Também é um tema de muitos mitos e
medos. Você já deve ter se questionado ou conversado com alguém sobre como
funciona, como faz, se é seguro, se faz mal ou não. Mas a grande questão do
sexo anal é que ele é muito prazeroso, pois o ânus possui muitas terminações
nervosas. Mas, para que seja um momento gostoso, é importante que ele seja
feito por vontade e não com o objetivo de agradar alguém. É importante
respeitar o tempo de cada pessoa, o processo, os desejos e o corpo de cada um.
2 – Orgasmo feminino
O orgasmo feminino ainda é motivo de dúvidas para
muitas mulheres. Como assim mulheres também pode ter orgasmos? A sensação é de
que apenas homens podem ter algo assim. Mas a verdade é que os orgasmos
clitorianos são muito mais intensos do que o orgasmo vindo do pênis, afinal, o
clitóris tem no mínimo o dobro de terminações nervosas comparado à glande do
pênis. O orgasmo é um novo processo para muitas mulheres, já que por muito
tempo não houve incentivo ou interesse para conhecer a própria vulva, quem dirá
tocar nela com objetivo prazeroso. A dica para se conectar é se convidar para momentos
de intimidade sem pressão ou julgamentos com um único objetivo: conhecer mais
sobre si mesma e entender o potencial orgástico que nosso corpo pode
proporcionar.
3 – Uso de sextoys
Um vibrador ainda é tema de choque, medo e
julgamentos, ainda mais quando se os pensamentos se resumem aos toys com
formatos fálicos e semelhantes demais ao pênis, mas a verdade é que existe uma
variedade enorme de possibilidades, cores, tamanhos e vibrações para serem
descobertos e levados para momentos de intimidade sozinha ou acompanhada. É
importante visualizar os brinquedos como aliados e não concorrentes, levar cada
um deles para um momento de diversão e descobertas e deixar os medos e
julgamentos para o lado de fora da porta!
4 – Carícias no ânus e nas zonas erógenas para os
homens
Se existe um grande tabu, é o estimulo anal nos
homens héteros, é como se o toque anal mudasse a orientação sexual deles e isso
como um problema. Um tremendo absurdo e falta de informação! Os homens se
fecham e não se permitem sentir novos estímulos por muro machismo e
preconceitos, por vezes vindo deles mesmos. É essencial a conversa com as
parcerias para compartilhar desejos, vontades e fantasias sem que o preconceito
tome conta. O estímulo anal pode ser extremamente excitante e gostoso, mas para
acontecer é preciso conhecer, se permitir e curtir o momento sem pensar no que
outras pessoas vão pensar, afinal a intimidade de cada um só é de
responsabilidade de cada individuo.
5 - Masturbação na vulva
O autotoque na nossa vulva ainda é motivo de muitas
questões para as mulheres, afinal, nunca tivemos liberdade para perguntar,
entender e conhecer nossa intimidade com tranquilidade. Hoje há mais espaços e
rodas de conversa para que esses momentos aconteçam, o que alivia muito essa
rigidez e tabus para falar do assunto. É importante se acolher, se permitir
entender os sinais que o corpo emana e principalmente se conectar com a própria
sexualidade. Vai muito além do prazer, é uma questão de sensibilidade, fluidez,
amor e renascimento.
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