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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Inadimplência atinge 5,84 milhões de empresas em setembro, revela Serasa Experian

Segmento de Serviços registra participação recorde, representando 51,7% dos negócios negativados

 

A inadimplência alcançou 5,84 milhões de empresas em setembro deste ano. O aumento de 0,1% em comparação a agosto foi impulsionado, principalmente, pelos negócios de todos os portes do setor de Serviços, que representou a maior parcela dentre os negativados (51,7%). Em relação ao mês anterior a participação desse segmento cresceu 0,5 ponto percentual, atingindo um número recorde na série histórica do índice, iniciada em 2018. Confira mais informações no gráfico e tabela abaixo.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, existe um conjunto de motivos que podem ter ocasionado o crescimento da inadimplência em setembro. “Com uma maior inflação e a alta da taxa de juros, os empresários são impactados direta e indiretamente. Primeiro pelo encarecimento dos insumos necessários para manter o próprio negócio funcionando, depois, pela sensação de incerteza gerada aos consumidores, que cortam ou priorizam gastos, enfraquecendo o fluxo de caixa das empresas”. Rabi ainda comenta que, “depois de quatro meses com quedas consecutivas na inadimplência, essa expansão, mesmo que leve, pode ser o prenuncio de um cenário mais complicado daqui até o final do ano”.

5,34 milhões de negócios com o nome no vermelho são MPEs
Agosto de 2021 registrou 5.339.564 micro e pequenas empresas inadimplentes. No mês seguinte, setembro do mesmo ano, esse número cresceu para 5.341.462. A análise por segmento mostra que, diferente do setor de Serviços que teve alta de 0,1%, os negócios das áreas de Comércio e Indústria obtiveram melhora, ambos com queda de 0,1%. Além disso, a região Sudeste foi a única a marcar retração, essa de 0,2%. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.


Serasa Experian e Sebrae lançam iniciativa de auxílios às MPEs


A Serasa Experian e o Sebrae firmaram uma parceria e juntos disponibilizam a plataforma Aprenda, que tem o objetivo de contribuir e impulsionar a retomada econômica das micro e pequenas empresas. A iniciativa gratuita traz informações diversas e confiáveis sobre como melhorar a gestão das finanças e do crédito, principais desafios encontrados pelos empreendedores atualmente. Além disso, outros temas de interesse como, prevenção a fraudes, métodos de cobrança e marketing de vendas também são contemplados pelos materiais, criando uma linha completa de aprendizado. Todos os donos de micro e pequenos negócios podem se beneficiar dos conteúdos pelo site: www.aprendaserasaesebrae.com.br

 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br

 

Plano de negócio 4.0: sua empresa está pronta para essa revolução?

Estabelecer um plano de negócio é a melhor maneira de traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes para poder iniciar um empreendimento. Com a elaboração de um planejamento, é possível verificar a viabilidade, reduzir riscos, elencar oportunidades, criar metas e identificar pontos fortes e fracos de uma atividade.

Mas é importante lembrar que a preparação de um plano de negócio é um grande desafio, pois exige pesquisa, comprometimento, persistência, dedicação ferrenha e muita criatividade.

Cada empresa é diferente, mas todas têm uma necessidade em comum. Com a transformação digital, o ciclo de vendas também muda. Toda empresa enfrenta o desafio de obter informações em tempo real sobre o envolvimento de processos, produtos e clientes.

É por isso que você deve considerar a Indústria 4.0 como sua melhor aliada.

Também chamada de Quarta Revolução Industrial, a indústria 4.0 reúne um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem, que estão modificando os modelos tradicionais de produção e negócios em todo o mundo.


ADAPTAÇÃO TEM QUE ACOMPANHAR OBJETIVOS

O caminho a ser seguido pelas indústrias que buscam uma adaptação a essa nova realidade deve estar ligada ao propósito do negócio – que vai além da venda ao cliente e geração de lucro. Segundo Frank Piller, todas as empresas precisam se questionar sobre a sustentabilidade de seus modelos de negócios existentes. Fundamentalmente, um modelo de negócio é uma hipótese de gerenciamento sobre:

  • O que os clientes querem;
  • Como eles querem;
  • Como uma empresa pode satisfazer esses desejos e lucrar com isso.

O foco da empresa deve permanecer na satisfação do cliente, mas com a utilização de todos os recursos introduzidos pela indústria 4.0. É dessa forma que se consegue adicionar valor à proposta entregue ao consumidor e potencializar os resultados obtidos. A coligação entre negócios e tecnologia é o que pode diferenciar um empreendimento de seus concorrentes. Além disso, traz a reboque benefícios, como maior eficiência, custos mais baixos, maiores receitas e processos mais inovadores.

 


Fábio Lima - consultor e mentor de empresários e executivos, especialista em gestão empresarial. CEO da LCC – Light Consulting e Coaching.


Na reta final para o Enem, dicas decisivas podem estar no YouTube

Preparada por professores e especialistas, "Prepara Enem 2021" tem resolução de questões de anos anteriores e reflexões sobre conteúdos que podem ser cobrados na prova

 

Nem só de leituras complexas e atenção focada se faz uma boa preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Estudar para esse tipo de prova exige uma combinação equilibrada entre boas doses de livros abertos e outras tantas de treinamento estratégico e emocional. Com um pouquinho de dedicação, é possível aumentar os conhecimentos sobre os mais diversos conteúdos cobrados na prova com apenas alguns minutinhos diários. Para ajudar nessa missão, o “Prepara Enem 2021” traz professores e especialistas para debater questões cobradas em anos anteriores, dar dicas de resolução e tornar as semanas que antecedem o Enem mais produtivas para os candidatos. Tudo gratuito e disponível no YouTube.


  • Não se prenda aos pequenos detalhes

De Matemática a Língua Inglesa, de Física a Arte, cada uma das áreas abordadas no exame pode ser mais facilmente compreendida e solucionada com a ajuda de alguns truques do bem. “Não vale a pena traduzir cada palavrinha do texto-base”, aconselha a assessora de Língua Inglesa do Sistema Positivo de Ensino, Patrícia Furuie. Ela explica que a intenção da avaliação é confirmar que o estudante é capaz de compreender o texto escrito em inglês e, portanto, não vale a pena desperdiçar minutos preciosos para traduzir todas as frases. A primeira dica, então, é prestar muita atenção ao título do texto. No caso de textos jornalísticos e de opinião, a primeira e a última frases também trazem informações muito importantes e que podem ser usadas na resolução da questão. “Se você encontrar poemas ou canções, o título também é importante, mas preste especial atenção às repetições, aos refrões da música ou àqueles versos que são repetitivos”, acrescenta.


  • Saiba mais sobre os assuntos mais importantes

A ideia do “Prepara Enem 2021” não é ser a única fonte de estudos para quem vai prestar o exame, mas um complemento importante para aqueles momentos em que o estudante precisa realizar outras atividades e quer continuar se preparando. Por isso, as dicas de cada disciplina muitas vezes podem ser usadas em várias situações. Uma das características das questões que caem no Enem ao longo dos últimos anos é que elas são multidisciplinares. Ou seja, é preciso saber mais de um conteúdo para solucionar uma única questão. Por isso, a assessora da área de Biologia do Sistema Positivo de Ensino, Samantha Fechio, lembra que selecionar um tema comum nas provas é uma boa forma de estudar. “Nas questões de Biologia, por exemplo, é muito frequente cair o tema ecologia, em especial os impactos da ação antrópica sobre o ambiente. Mas, como não dá para estudar só sobre esse assunto, a dica é: ao estudar conteúdos como genética, evolução e botânica, tente fazer relações com aspectos e conceitos ecológicos”, sugere.


  • Aprenda a ler gráficos, tabelas e esquemas

Conhecimentos técnicos nem sempre são os mais importantes para se sair bem no Enem. Muitas vezes, é melhor saber um pouco sobre assuntos variados do que ser especialista em um único tema. Mas alguns conhecimentos técnicos básicos são fundamentais para compreender e resolver melhor questões de várias áreas. Um desses conhecimentos é saber ler e interpretar gráficos, tabelas e esquemas. Usados das mais diversas maneiras, esses recursos ajudam a compilar informações relevantes e podem ser um grande diferencial na hora de responder às perguntas. “Tente relacionar o conteúdo do gráfico ou da tabela com o enunciado do texto-base porque a relação entre essas duas informações é que vai te dar a resposta para a resolução da questão. A resposta está na interpretação”, ressalta o assessor de Química do Sistema Positivo de Ensino, Flávio Barbosa.


  • Faça uma leitura crítica da realidade

Questões que envolvem ética, política, filosofia e outras áreas correlatas são muito importantes para quem está se preparando não apenas para o Enem, mas também para o vestibular. Informar-se por meio de veículos jornalísticos confiáveis e manter leituras variadas sempre em dia são passos que contribuem para a formação de uma visão crítica da realidade. O assessor de Filosofia e Sociologia do Sistema Positivo de Ensino, Jorge Palicer do Prado, destaca que essa preparação é indispensável não apenas para questões objetivas, mas também para a redação. “Fique sempre de olho em conteúdos que envolvem ética, política e transformações no mundo do trabalho. Essas são questões recorrentes que também nos ajudam a fazer uma leitura crítica da realidade em que vivemos, o que pode ser importante na hora de escrever a redação”, ressalta. 


Serviço

Playlist gratuita Prepara Enem 2021 - disponível no Youtube do Sistema Positivo de Ensino

 

6 dicas para não cair em golpes financeiros durante a Black Friday e a Cyber Monday

Foi dada a largada para o mês oficial de promoções! Este ano a Black Friday será em 26 de novembro e a Cyber ​​Monday em 29 de novembro. Como todos os anos, os comerciantes estão ansiosos pela data. É sem dúvida um período de grandes oportunidades de compra e venda, mas é também um período de cautela. Os cibercriminosos sempre aproveitam o grande movimento para aplicar golpes que podem prejudicar empresas e compradores. 

No ano passado, a expectativa de e-commerces para a data era muito alta devido ao crescimento das compras online impulsionadas pela pandemia. Um estudo realizado pela Criteo que analisou 3 bilhões de transações no quarto trimestre de 2019 e 2020 de mais de 5.500 varejistas em diferentes mercados, mostra que as vendas da Black Friday aumentaram 139% globalmente em comparação com mês de outubro (1º a 28 de outubro) dos respectivos anos. O Brasil foi o país que registrou o maior aumento durante a Black Friday: + 656%.

 

Com o aumento das vendas, houve também uma maior tentativa de fraudes. Um levantamento da ClearSale aponta que no Brasil o valor das fraudes evitadas entre 26/11 e 27/11 de 2020 foi de R $ 42.000.362 - 68% maior quando comparado a 2019. Apesar disso, uma pesquisa da Boston Consulting Group revela que o impacto da crise gerada pela pandemia de Covid-19 para a indústria de pagamentos foi muito menor do que o esperado. A receita global de pagamentos eletrônicos diminuiu apenas 2,5% de 2019 a 2020, para US $ 1,5 trilhão, e pode chegar a US $ 2,9 trilhões em 2030.

 

Apesar desses números positivos, não podemos esquecer que o mês das promoções continua exigindo cuidados de consumidores e empresas. "Os compradores online estão vulneráveis ​​a golpes como phishing, sites fraudulentos, pop-ups, ataques de engenharia social e de falsas instituições de caridade. Depois de fornecer suas informações a um varejista online, é o trabalho deles proteger os dados que você forneceu, então é importante saber em quem você confia com suas informações online ", explica Dean Coclin, Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da DigiCert.

 

Aqui estão 6 coisas que você deve ficar de olho ao fazer compras online durante o mês das promoções:


 

1. Saiba de quem você está comprando

 

Compre de um site confiável em vez de um aleatório que aparece na busca. De qualquer forma, sendo um site conhecido ou não, não se esqueça de Verificar o Certificado SSL. Olhe para a URL do site. Se começar com “https” em vez de “http”, significa que o site está protegido por um certificado SSL (o S significa seguro). Os certificados SSL protegem todos os seus dados à medida que são passados ​​do seu navegador para o servidor do site. Para obter um certificado SSL, a empresa deve passar por um processo de validação. Mas você também deve "olhar além da fechadura" (consulte a etapa 3)


 

2. Esteja ciente do domínio

 

Os atacantes cibernéticos às vezes criam sites que imitam sites existentes e tentam enganar as pessoas para que comprem algo ou façam login em seu site de phishing. Essas páginas geralmente se parecem exatamente com o site já existente. Para evitar ataques, sempre olhe para o domínio do site em que você está. Se você receber um e-mail de seu banco ou outro fornecedor on-line, não clique no link do e-mail. Digite o domínio em seu navegador para certificar-se de que está se conectando ao site onde de fato pretende estar.


 

3. Olhando além da fechadura

 

É uma falácia apenas "procurar o cadeado", na hora de verificar um site, pois isso é insuficiente para proteger os usuários de sites fraudulentos. Os usuários devem procurar mais pistas sobre a identidade do site. Por isso busque o nome da Autoridade de Certificação (CA) que emitiu o certificado do site. Com alguns navegadores, os usuários podem passar o mouse sobre o bloqueio para ver o nome da CA. Se o indicador disser “Verificado pelo DigiCert”, você pode ter certeza de que a identificação do site foi verificada de acordo com os requisitos da indústria. CAs líderes, como DigiCert, estão constantemente atualizando os padrões globais pelos quais CAs validam identidades e seguem processos rigorosos.


 

4. Certifique-se de que a empresa realmente existe

 

Existem alguns sinais que você pode procurar para ajudá-lo a saber se uma empresa é real ou não. O primeiro é o endereço físico e o número de telefone. Se a empresa listar um endereço físico e um número de telefone, há uma chance maior de que ela seja uma empresa real. Verifique se há uma política de devolução. Se você não conseguir encontrar no site, provavelmente não deseja comprar deles. Preste atenção se os preços estiverem muito baixos. No caso de produtos com preços muito mais baixos do que deveriam, você pode acabar tendo mercadoria falsificada, roubado ou não receber nada. E, finalmente, não se esqueça da declaração de privacidade. Sites respeitáveis ​​devem informar como protegem suas informações e se as fornecem a terceiros. Você deve verificar se o site tem uma declaração de privacidade e lê-la antes de fazer uma compra.


 

5. Verifique seus extratos bancários

 

Não espere o último dia do mês pra olhar sua conta! Fique online regularmente durante novembro e consulte os extratos eletrônicos de seu cartão de crédito, cartão de débito e contas correntes. Certifique-se de não ver cobranças fraudulentas, mesmo originadas de sites como o PayPal (afinal, há mais de uma maneira de obter seu dinheiro).


 

6. Não conte tudo sobre você

 

Evite preencher formulários contidos em mensagens que solicitem informações pessoais. Verifique as solicitações de informações pessoais de empresas entrando em contato com elas usando as informações de contato em seus sites oficiais.

 

“Um usuário de internet está sujeito a diversos tipos de crimes, como softwares maliciosos, roubo de senhas e hacking de redes de internet. Por isso, é fundamental ter cuidado, principalmente em um período em que há expectativa de fazer compras pela internet por causa dos preços baixos. Garantir essa segurança é garantir que suas compras serão tranquilas e seguras”, conclui Dean Coclin.



 

DigiCert

digicert.com

@digicert


Pandemia, home office e a migração para o interior


A Covid-19 impactou significativamente a vida das pessoas, especialmente nos grandes centros urbanos. Com restrições em relação à convivência, redução de jornadas de trabalho, desemprego crescente, escolas fechadas, parques com restrições, eventos cancelados e outros tantos espaços e serviços, as pessoas passaram a repensar suas experiências, e buscar alternativas diante dos impactos sociais e econômicos. Tudo isso, acelerou o fluxo de migração da capital para o interior.

Essa migração também revela a busca por novos padrões de relacionamento e qualidade de vida, como a possibilidade de inserir na rotina mais tempo à convivência diária com a família, lazer, prática de esportes e menos tempo em deslocamento para o trabalho, ou demais situações.

Importante destacar que diante da pandemia do coronavírus, 11% dos trabalhadores ativos no Brasil exerceram suas atividades profissionais de forma remota. É o que aponta um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  Naquele período, 74 milhões de brasileiros estavam trabalhando no país e, dentre eles, 8,2 milhões atuavam na modalidade conhecida como home office.

Do total de profissionais em home office no ano passado, 4,7 milhões são da região sudeste, o que corresponde a quase 60% (58,2%) nesta modalidade de trabalho. Por atividade profissional, o estudo apontou que em média, 51% das pessoas da educação privada estavam em trabalho remoto.

Os dados utilizados no estudo do Ipea foram coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo IBGE, entre maio e novembro de 2020.

Nesse cenário, as pessoas estão buscando alternativas para convivência em família, sem grande aglomeração, ocupando imóveis com mais espaços de lazer, o que o interior tem em abundância para oferecer, com valor mais acessível.

Em São Paulo, em 40 anos, a população fora da capital paulista saltou de 16,4 milhões de habitantes para 32 milhões, um aumento de quase 97%. O número de domicílios, em 25 anos, mais que dobrou e são mais de 11 milhões de casas espalhadas pelo interior.

Além de desacelerar a vida, muitas cidades menores se destacam pela qualidade da educação oferecida em escolas públicas e privadas. De acordo com o estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM), da consultoria Macro Plan, que apresenta uma análise da evolução recente das 100 maiores cidades brasileiras, nenhuma das cinco primeiras colocadas são capitais. O estudo reúne 15 indicadores em quatro áreas essenciais para a qualidade de vida da população: educação, saúde, segurança e saneamento e sustentabilidade.

A maior parte dessas cidades consegue manter a variedade na oferta de empregos e estrutura, sem os problemas acentuados pelos grandes centros populacionais. Como forma de comparativo, a capital São Paulo está na 72ª posição desse mesmo ranking, atrás de cidades como Piracicaba e São José dos Campos.

Obviamente, os problemas das grandes metrópoles são mais complexos e com resoluções mais demoradas que cidades menores. Porém, ficar mais em casa possibilitou mais tempo para o diálogo com os familiares e a abertura para outras perspectivas de vida, como matricular os filhos em uma escola menor, perto de casa, na qual todos se conhecem e interagem.

O isolamento e a necessidade do trabalho em casa fez com que novos sonhos ganhassem força no coração de muitos brasileiros. Parece-me que, para afagar esse desejo de mudança, só um olhar para o interior pode ser a solução.

 


Márcia Maria Rosa - Diretora Educacional da área de Educação Básica do Grupo Marista, responsável pela gestão das unidades dos Colégios Maristas, Marista Escolas Sociais e Escolas Champagnat, somando 41 unidades.


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Exposição “Tudo de Novo Vira Começo” aborda o centro de São Paulo

Edifício Vera, tradicionalmente comercial, se transforma em espaço voltado para a arte contemporânea e recebe obras sobre o cotidiano e aspectos históricos da região central da capital paulista


Entre os dias 6 de novembro e 18 de dezembro, pela primeira vez e após passar por uma restauração, o primeiro andar do Edifício Vera, localizado no centro da cidade de São Paulo, recebe uma exposição de artes. “Tudo de Novo Vira Começo”, com curadoria de Carolina Mikoszewski, coordenação de Cynthia Loeb e participação de 13 artistas, é resultado de uma residência artística que teve início de forma virtual, em função das restrições impostas pela pandemia, e que, com a liberação gradual das atividades presenciais, passou a ser feita nos ateliês que agora fazem parte do centro histórico.

A partir de diferentes linguagens, como pinturas, esculturas, fotografias e instalações, os artistas abordam a memória do centro de São Paulo a partir da observação artística do passado e do presente da região. “A residência começou em um momento em que a cidade estava vazia e o centro desocupado. Esse contexto foi mudando com o passar do tempo e os artistas tiveram a oportunidade de fazer uma leitura poética do que existe no centro de São Paulo com ou sem restrições. Quem visitar a exposição vai encontrar obras que trazem a realidade cotidiana e também alguns aspectos históricos desse local, que é tão importante para a cidade”, conta a curadora.

A exposição “Tudo de Novo Vira Começo” será realizada no espaço expositivo, que fica no primeiro andar do Edifício Vera e traz obras de Adriana Amaral, Carolina Colichio, Carolina Mikoszewski, Cynthia Loeb, Élcio Miazaki, Gustavo Prata, Lilian Villanova, Luana Lins, Mariana Ferrero, Miriam Bratfisch Santiago, Roberta Cardoso, Sheila Kracochansky e Yohana Oizumi. A coordenadora da exposição explica que “O Edifício Vera é tradicionalmente conhecido por ser um prédio comercial, que sempre abrigou muitos escritórios, mas que agora está se transformando em um espaço dedicado a artistas, um ponto de concentração de ateliês e um abrigo para as mais diversas artes, não apenas as visuais. Esta é a primeira de uma série de exposições que faremos nesse novo ambiente artístico”.

A visitação, gratuita, pode ser feita de segunda a sábado, das 11h às 17h, mas é necessário fazer agendamento prévio via WhatsApp ou Instagram para visitar a exposição nos dias úteis – aos sábados, não é necessário agendar. O espaço segue as recomendações das autoridades de saúde e a máscara é um acessório obrigatório. A exposição também pode ser visitada de forma virtual, por meio de um tour 3D, também gratuito.

 

Sobre o Edifício Vera

Construído em meados de 1950, o Edifício Vera está localizado no centro de São Paulo, em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e próximo a locais como Teatro Municipal, Museu da Cidade, Farol Santander, Praça das Artes e Estúdio Lâmina. Tradicionalmente, a região sempre concentrou escritórios e instituições financeiras, mas com a reconfiguração da cidade, as construções passaram a receber outras atividades. Após ter alguns ambientes restaurados, além de abrigar escritórios, o Edifício Vera passa a ser um espaço artístico e cultural, que conta com biblioteca, ateliês e uma sala de exposições. Com foco em diferentes linguagens, o Vera abre espaço para a arte contemporânea produzida em programas de residência e por artistas que se interessam em pensar sobre a cidade e a região, que vem ganhando reconhecimento por ser um polo nacional dedicado às artes.

Instagram @edificiovera

 

  

Serviço

Exposição “Tudo de Novo Vira Começo”

Curadoria: Carolina Mikoszewski

Coordenação: Cynthia Loeb

Local: Edifício Vera – 1º andar – Rua Álvares Penteado, 87 – Centro, São Paulo/SP

Data: 6 de novembro a 18 de dezembro de 2021

Horário: Presencial - de segunda a sexta das 11h às 17h (mediante agendamento) e sábado das 11h às 17h

Agendamento e mais informações: DM @edificiovera ou WhatsApp (11) 99902-4477

Entrada gratuita

 

Como evitar que os medos comuns da infância se tornem patológicos

 

Segundo os últimos dados disponíveis da UNICEF, globalmente, pelo menos uma em cada sete crianças foi diretamente afetada por lockdowns, enquanto mais de 1,6 bilhão de crianças sofreram alguma perda relacionada à educação. A ruptura com as rotinas, a educação, a recreação e a preocupação com a renda familiar e com a saúde estão deixando muitos jovens com medo, irritados e preocupados com seu futuro. Por exemplo, uma pesquisa online na China, no início de 2020, citada no relatório Situação Mundial da Infância 2021, indicou que cerca de um terço dos entrevistados relatou sentir medo ou ansiedade. 

“A grande armadilha do sofrimento dos jovens é entender o que se passa dentro deles, principalmente crianças que, muitas vezes, não conseguem verbalizar o que sentem. Enquanto há casos em que é perceptível algum tipo de transtorno, em muitos outros a dor é silenciosa. Daí a importância de ficar atento a pequenos sinais, gestos, posturas e expressões”, diz a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). 

Segundo a psiquiatra, é natural que a criança se assuste com coisas que nunca teve contato antes ou que ainda não compreende. Além disso, são medos diferentes dos adultos. “Enquanto nós, geralmente, tememos situações reais, a criança mistura o real com o fantasioso. Não à toa, a saúde mental dos pequenos foi muito afetada na pandemia, afinal, se foi (e ainda é) pavoroso para nós, imagine o que é para uma criança entender ‘como um bichinho que nem dá para ver’ conseguiu fazer esse estrago no mundo todo”, pontua Danielle Admoni.

 

Quando o medo vira sinal de alerta

Vale lembrar que, até certo ponto, o medo é útil para a criança. É uma proteção instintiva que permite ela decidir se pode enfrentar uma determinada situação ou fugir dela. Com o tempo e o desenvolvimento, a criança vai aprendendo a discernir quais medos são reais e o que pode ser uma ameaça ou não. Entretanto, em alguns casos, o medo infantil pode se tornar excessivo e até patológico. Segundo a psiquiatra, a distinção entre medo “normal” e medo “patológico” é muito importante para evitar interferências no desenvolvimento da criança e repercussões na vida adulta. 

De acordo com Danielle Admoni, o medo patológico deve ser considerado quando há os seguintes fatores: 

- Medo intenso e desproporcional ao risco real 

- Medo que não corresponde à idade da criança 

- Medo de coisas que fogem do comum e que não há histórico para justificar (exemplo: objeto ou situação temidos são evitados ou enfrentados com grande angústia) 

- Medo invasivo (exemplo: medo que interfere na alimentação, no sono, nas atividades diárias ou no desenvolvimento psicológico e/ou funcional) 

- Medo que não cede a manobras de distração ou tranquilização 

- Preocupação e ansiedade persistentes (duração superior a 6 meses) 

- Medo associado a: tremores, batimentos cardíacos acelerados, respiração ofegante, tonturas, irritabilidade, choro inconsolável, entre outros 

- Comportamentos regressivos/imaturos (exemplo: criança que volta a usar a chupeta ou a mamadeira, tendo abandonado o hábito há muito tempo, ou que demanda novamente o uso da fralda) 

- Comportamentos obsessivos e/ou compulsivos (exemplo: criança com necessidade de verificar, de forma repetitiva, se portas ou janelas estão fechadas)

 

“Quadros deste tipo podem acometer cerca de 10 a 30% das crianças. Na pandemia, por não conseguirem lidar com o medo, muitas apresentaram alguns destes sinais. Podemos entender como casos pontuais, mas que precisam de observação e cuidados do mesmo jeito”, alerta a psiquiatra.

 

Como ajudar a criança

O medo infantil se modifica a cada fase da vida da criança. Para evitar que os temores comuns se transformem em quadros mais sérios, Danielle Admoni listou dicas de como lidar com estes momentos:

 

Até 03 anos

Nesta fase, especialmente entre 02 e 03 anos, as crianças estão aprendendo a lidar melhor com suas emoções, mas costumam se assustar com escuro, barulhos estranhos, luzes fortes e pessoas fantasiadas. “Como a fantasia começa a fazer parte da vida dos pequenos, eles acabam estranhando palhaços, Papai Noel e pessoas fantasiadas de personagens”. 

Como ajudar: sinta como a criança reage a lugares com estímulos intensos, muito barulho e muita movimentação. Se notar desconforto ou até ansiedade, comece a leva-la a ambientes mais tranquilos e passe para os mais agitados de forma gradativa. Diante de personagens fantasiados, mostre à criança que por trás da roupa, há uma pessoa comum, como qualquer outra. Se persistir o medo, não force a interação.

 

Entre 03 e 04 anos

Quando a criança começa a aprender mais sobre o mundo, a lista de medos tende a crescer, sendo alguns reais e outros imaginários. Aos quatro anos, ela pode tanto ter medo da perda do seu cachorro como temer fantasmas, dragões e criaturas sobrenaturais. Também é uma fase de repetição dos pais. Quando ela vê a mãe ou o pai reagir com medo de alguma coisa, ela entende que também deve ter medo daquilo. 

Como ajudar: os pais devem orientar seus filhos sobre o que pode ser perigoso ou não. Use o bom senso para não confundir ainda mais a criança e acabar gerando (ou aumentando) a ansiedade. “Por exemplo, dizer coisas como ‘você já é grandinho para ter medo disso’ pode afetar sua confiança e o desmotivar a compartilhar seus sentimentos com os pais”, ressalta Danielle Admoni.

 

Entre 05 e 06 anos

Esta é a fase em que as crianças ainda não compreendem situações de causa e efeito, como vento, chuva e trovões. Também temem separação, morte e ferimentos. 

Como ajudar: explique o conceito da morte de maneira delicada, mas verdadeira. Permita que a criança se expresse e exponha seus medos. Explique como eventos naturais acontecem, para que ela compreenda que são fatos da vida.

 

Entre 07 e 10 anos

Os medos principais englobam ser castigado pelos pais e não ser aceito pelos amigos. Também há receio de enfrentar situações novas sem a presença dos pais. 

Como ajudar: explique a importância de estabelecer regras para que não haja desentendimentos entre você e a criança. Destaque a necessidade do diálogo para resolver conflitos e se mostre aberto sempre que ela quiser conversar.

 

Quando é hora de buscar ajuda 

A linha que separa o medo da fobia é diferente para cada criança. A principal forma de distinguir um medo extremo ou fantasioso de um medo real é pela observação do comportamento da criança. Mudanças bruscas podem indicar que a criança precisa de ajuda. O medo está atrapalhando a rotina? Ela está se isolando ou evitando situações novas? Ela vem apresentando condutas atípicas? 

Pais que identificarem esses sinais devem buscar ajuda imediatamente. Especialistas irão adentrar no mundo particular da criança, identificando o que precisa ser trabalhado. As famílias também se beneficiam com a terapia, pois saberão como agir em casa e em outros ambientes. “É fundamental trabalhar os medos incomuns. Caso contrário, a criança pode desenvolver fobias e transtornos que deixarão marcas indeléveis na vida adulta”, finaliza Danielle Admoni.

 

Por que temos vontade de desistir quando estamos aprendendo?

Pensa muito em desistir? Está sempre cansado para realizar atividades intelectuais? Entenda por que isso acontece.

 

“Pensar dá muito trabalho”: você certamente já ouviu alguém dizer isso ou você é a pessoa que – por inúmeros motivos –, sempre se vê no caminho da procrastinação ou já percebeu que tem alguma dificuldade para assimilar novas informações. Essa sensação de cansaço ao estudar ou aprender algo novo e a vontade de desistir diante da primeira dificuldade é explicada pela neurociência.


 

Cérebro automatizado – cérebro controlado

 

Desde a primeira infância, quando estamos frente a um problema e avaliamos que não temos recursos para lidar com ele, muitas vezes desistimos.

 

Isso acontece porque o cérebro precisa de oxigênio e glicose para sobreviver e, por isso, para o cérebro, impera a lei do menor esforço. Se julgamos que o esforço vai ser grande e não há muitas chances de dar certo, a tendência é desistir.

 

Segundo Livia Ciacci, neurocientista do Método Supera– Ginástica para o cérebro, nosso órgão mais importante tem duas formas de pensar:

 

Uma automatizada, capaz de relacionar os estímulos do ambiente com eventos guardados na memória e responder sem muito esforço; e o modo controlado, que usamos enquanto executamos tarefas cognitivas complexas, entre elas, o estudo.

 

“O sistema automático usamos para atravessar a rua, quando reagimos à uma poça de água na pista ou quando emitimos uma opinião sem pensar. Já o pensamento controlado é capaz de manter uma série de dados no foco e deliberar para uma tarefa nova ou uma decisão”, detalhou a especialista.

 

Além de gastar mais energia usando o modo controlado, pensar significa usar neurônios específicos para entender e resolver uma tarefa específica. E quanto mais tempo concentrando o esforço nessa tarefa, mais os neurônios trocam informações entre si, e mais as células da glia, vizinhas aos neurônios, liberam adenosina - uma molécula que impede a hiperativação dos neurônios - literalmente freando todo o sistema.  

 

“Imagine que você está caminhando com um colega, vocês conversam e andam tranquilamente, mas peça para ele calcular 125 x 74 de cabeça imediatamente - com certeza ele vai parar de andar! A energia e o esforço serão direcionados para a atividade pensante difícil”, detalhou. 


 

Entendendo o cansaço mental

 

A quantidade de decisões uma pessoa toma durante o dia também impacta na disposição para persistir ou desistir. Segundo Livia, o cérebro tem uma capacidade limitada de tomar decisões, que vai sendo reduzida ao longo do dia.

 

Segundo ela, na prática, não se trata de ser ou não bem-dotado intelectualmente, mas, sim, de entender os limites biológicos e organizá-los da melhor maneira possível. “Muitos estudos testaram os desempenhos de grupos de pessoas em resolução de problemas, com diferenças entre grupos de pessoas que fizeram ou não escolhas (decisões) logo antes do problema ser proposto. Todos eles demonstraram que as pessoas que tomaram mais decisões antes, foram as mais propensas a desistir e ter um pior desempenho no problema”, alertou.

 

 

O que fazer para “driblar” a vontade de desistir após a primeira dificuldade?

 

É importante entender que o cansaço derivado da fadiga mental, sempre vai acontecer todas as vezes que a atividade intelectual for intensa, o que, segundo a especialista, é biológico. A boa notícia é que a nossa motivação e hábitos podem ser modificados a favor do aprendizado.

 

“Entender como você aprende melhor, eleger quais aprendizados vão trazer impactos positivos para a vida e criar uma estratégia de estudos ou práticas que não conflitem com momentos que você já esteja saturado de decisões tomadas ao longo do dia são ações possíveis”, destacou Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais e neurocientista do Supera– Ginástica para o cérebro.

 

A chave pode estar no sistema de recompensas do nosso cérebro. “Precisamos treinar nosso cérebro a entender que após o esforço, o aprendizado é prazeroso e traz benefícios. Ter clareza dos passos e celebrar os pequenos avanços ajuda nisso! Na medida em que for sendo bem-sucedido nos avanços, o cansaço ficará menos intenso”, pontuou.


 

Por que exercitar o cérebro é importante?

 

Agora que você já sabe que a tendência do cérebro é poupar esforços e isso também é uma barreira para o seu desenvolvimento pessoal, fica fácil entender a importância de estimular o cérebro ao longo de toda a vida também através da prática de treino cognitivo ou ginástica cerebral. “Por isso tudo, é importante incluir atividades que envolvam novidade, variedade e grau de desafio crescente, além de ter uma rotina nos estudos, fazer o planejamento prévio, e segui-lo, o que vai facilitar o aprendizado e manter o cérebro mais descansado, despreocupado com o que fazer - ou seja, liberto da necessidade de decidir a cada momento o que fazer”, detalhou.


 

Como ter mais disposição para aprender coisas novas?

 

·        Torne a rotina mais favorável ao trabalho mental: explore sua curiosidade e identifique qual seu interesse naquilo que deseja aprender;


·        A partir das motivações definidas, planeje a estratégia e tome todas as decisões antecipadamente. Assim, ao passar do estado de planejamento para o de execução, você terá a mente livre para se concentrar;


·        Fragmente os períodos de estudo entre períodos de descanso e divida a meta maior em pequenas metas alcançáveis mais rapidamente;

·        O descanso evita a fadiga mental e as metas fáceis agem na percepção de recompensas. Aposte em pausas que incluam algo gratificante, como um café ou acessar as redes sociais por um curto período.


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