Pesquisar no Blog

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Conheça 5 benefícios da musicoterapia para idosos

A musicoterapia é um técnica da área da psicologia, que tem como objetivo trabalhar a saúde utilizando diversas formas de aprendizado, como expressão e arte, que inclui também a música. Isso porque ela ativa partes e áreas do nosso cérebro que melhoram o humor, a atenção, concentração, memória e lembranças profundas.

Para os idosos, em especial, essa terapia pode trazer inúmeros benefícios, já que as áreas do cérebro trabalhadas pela musicoterapia são as mais afetadas com o passar dos anos e com o processo de envelhecimento.

Pensando nisso, Tais Fernandes, psicóloga da Said Rio, empresa de cuidadores de idosos, resolveu listar os cinco principais benefícios dessa técnica:

• Promove qualidade de vida

Nesta fase da vida alguns lidam com perdas físicas e cognitivas, o que pode ser um desgaste natural da idade ou não, e esta terapia se mostra um ótimo recurso para promover qualidade de vida, aumento da criatividade e auto estima dos idosos.

• Traz estímulos

De acordo com a psicóloga, pesquisas mostram que a musicoterapia estimula os níveis físico, social e mental, o que possibilita ao idoso expressar suas emoções, melhorar sua linguagem corporal e a comunicação, que os permite manter uma boa relação social com familiares e amigos.

• Conexão com memórias

Através da música eles podem se conectar com sua história de vida e relembrar momentos que ficaram guardados na memória. Isso é importante, pois com o processo de envelhecimento, o esquecimento é um dos sintomas e alguns idosos podem se sentir "perdidos" por não se lembrarem de certos momentos de sua vida, sejam eles bons ou ruins.

• Ajuda nas funções cognitivas

A terapia com música atua nas funções cognitivas, como memória, tomada de decisão, atenção e linguagem, que são processos que necessitam de um bom funcionamento para que o idoso se mantenha ativo.

• Auxilia nos tratamentos de doenças degenerativas

Quando um idoso é diagnosticado com Alzheimer ou Parkinson, com o desenvolvimento da doença é normal que ele se torne mais agressivo e que não consiga descrever o que quer falar, pela perda de memória. A musicoterapia ajuda a retardar esses sintomas e os auxiliam para essas funções.

Esse tratamento também vem dando bons resultados em casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), principalmente quando o paciente desenvolve uma sequela denominada afasia.

"Apesar de ainda estarem sendo feitos muitos estudos sobre a musicoterapia, ela já aponta inúmeros benefícios, não somente para idosos como para crianças também. Acredito que a arte e a música trata, além da fisiologia, a alma, e mantém acesa a vontade de viver", finaliza Tais.

 

SAID RJ - empresa especializada no atendimento domiciliar de idosos..


Por que falar sobre as emoções?

Quatro dicas práticas para você aplicar no seu dia a dia

 

Mais do que em outros tempos, temos lido, ouvido e comentado sobre o quão fundamental tem sido identificarmos o que estamos sentindo e podermos falar, livre de julgamentos, sobre tais sentimentos.

Tantos têm sido os estudos que abordam a importância de nós adultos trabalharmos nossas emoções, identificando-as, entendendo-as e também criando estratégias para lidar com elas.

E nossas crianças? Será que já nascem sabendo lidar com essas emoções, já que cada vez mais esses pequenos surgem com mais destreza, inteligência e competências??? Só que não!!!

Há alguns anos os órgãos ligados à Educação vêm discutindo a reformulação curricular e em 2018 foi homologada pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) a nova BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Desde então, as escolas e seus educadores se debruçaram sobre o documento e sua implementação no âmbito escolar. Mas, qual não foi a surpresa, ao descobrir que havia um campo dentro das competências curriculares que se destinava exclusivamente ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais.

Ops… isso não fazia parte do currículo antes? Pois é, Não!!!

Estudiosos ligados ao campo da neurociência aplicados à educação, descobriram que nosso cérebro responde a estímulos se emocionalmente estivermos acolhidos e respeitados em nosso desenvolvimento integral. Ou seja, não somos só uma esponja pronta para absorver conteúdos, mas sim seres que necessitam ter seus sentimentos respeitados e acolhidos, para que possamos aprender.

Então é possível aprender a se relacionar, a expressar seus sentimentos, a saber administrá-los para adquirir bem-estar, autocontrole e autorregulação, que farão com que a convivência em sociedade seja bem-sucedida?

Sim, certamente, e o melhor é saber que as habilidades são ensinadas e esse é o papel dos educadores, sejam eles, pais, professores, avós ou demais cuidadores dos pequenos.

Parece mais difícil do que realmente é, por isso compartilhamos aqui quatro dicas que podem ser trabalhadas no dia a dia.


Mostre que você tem sentimentos
Sim, conversar com as crianças e expressar o que você sente e como faz para lidar com isso é uma forma natural de mostrar a eles que é permitido sentir!

Por exemplo: você está muito frustrado porque não conseguiu entregar algo no trabalho no prazo determinado. Conte para eles o porquê você se sente assim, o que o levou a não conseguir e como vai agir numa próxima vez.


Promova tempo para jogos que falem das emoções
Se você achar difícil chegar na sua criança ou adolescente para falar sobre sentimentos, utilize recursos como jogos, que facilitam o caminho e promovem o diálogo e diversão de forma lúdica.

Além de ganhar um tempo de qualidade onde todos estarão envolvidos, você também estará conversando e descobrindo outras formas de tratar o tema.


Conte histórias de quando você era pequeno
As nossas vivências geram interesse por parte dos nossos pequenos, pois eles entendem que você também passou por situações diversas. Podem ser coisas engraçadas, felizes, situações de medo, de dor… enfim, seja verdadeiro e isso irá criar cada vez mais aproximação entre vocês e também estarão exercitando a empatia.


Não reprima os sentimentos deles
Quando uma criança ou adolescente chora, se isola, ou faz birra, ele está querendo te mostrar algo. Mesmo sendo difícil acolher esses momentos, lembre-se que você é o adulto e às vezes um simples abraço ou um “eu entendo você, mas podemos fazer de outra maneira”, já será suficiente para mostrar que você entende e acolhe.

Ouça você e os que te rodeiam, se permita ser quem você é e abra espaço para os outros saberem que você os entende e aceita.

Esse processo traz equilíbrio e leva ao bem-estar. Vamos?!

 



Adriana Gardel - Apaixonada pela educação, caminhando pelo universo da pedagogia e psicopedagogia há 38 anos e, sempre curiosa, buscou na neurociência e no Kidcoach mais fundamentação para entender e atuar na formação dos pequenos. Trajetos em escolas pela educação infantil, fundamental I, coordenação e orientação educacional, mas acima de tudo mãe do Gui e do Fred, suas grandes inspirações de vida! Ah, e vovó do Gabriel.


Valéria Rezende - Mãe da Carol, do Augusto e do Vinicius, vó do Gabriel desbravadora quando o assunto é comportamento e relacionamentos humanos. Acredita na família como base para o desenvolvimento integral do ser humano melhor. Coach de pais, casais e adolescentes pela Parenting Coach Brasil, Kidcoach pela ICIJ Rio de Janeiro e instrutora da Jornada das Emoções. 


Carolina Vieira - Viajante e curiosa, novos desafios e necessidades de adaptação são o que mais a motivam. Confia que a chave para um ser humano mais preparado para o mundo e feliz está na infância e no afeto familiar. Carol é mamãe de primeira vigem do Gabriel. Comunicóloga formada pela UFJF, especialista em Marketing pela Ibmec e Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Educadora Parental com foco em Disciplina Positiva e CNV.

 

O que te apreende?

Sabemos que neste mundo a busca pelo sucesso é incessante e aí pode estar a maior armadilha de todas. Você sabe de forma profunda o que representa esta palavra para você?

Muitas vezes acabamos “comprando” um padrão que nos é vendido de diversas formas; através do que poderíamos chamar aqui da moda ou daquilo que querem que você faça, seja ou adquira.

Veja que muitas vezes a atuação de forma automática, sem usar o pensamento crítico e intuitivo faz com que muitas pessoas acabem atuando como em um teatro; com falas prontas onde o autor designa tudo que ali ocorrerá.

Neste momento trago uma pergunta: Você quer estar a vida toda na plateia ou quer subir em palcos que fazem sentido a você?

Quer fazer parte da agenda de outras pessoas ou quer equilibrar este jogo construindo a sua própria agenda?

O primeiro passo sem dúvida é o autoconhecimento; como construir sua agenda; ou aquilo que realmente faz sentido se você não se conhece em profundidade?

Costumo falar que o autoconhecimento deveria ser política pública e esta frase que está em meu livro “O Código da Realização” é uma das que mais são referenciadas por grandes profissionais como a Leila Navarro por exemplo; porque de fato é um passo essencial em nossas vidas.

A partir deste exercício conseguiremos tomar decisões mais coerentes e que possam ir ao encontro de quem nascemos para ser; ou seja, não nos desviaremos tanto de nossas maiores potencialidades.

Podemos então partir para um segundo passo que é estabelecer um propósito de vida; mergulhando naquilo que faz sentido para nós.

Com o descobrimento de seu propósito na vida; você poderá buscar meios de expressá-lo tanto profissionalmente como nas relações pessoais.

Adiante poderá estabelecer um sonho que valha à pena ser perseguido; e se é para sonhar que seja um sonho grande!

Aqui gostaria de trazer algo que considero muito importante que é o fato de não criar sonhos que possam beneficiar apenas a si e sim aquele que possa envolver muitas pessoas e beneficiar gente que talvez nunca nem conheceremos, mas que nos dará muita força nos momentos de dificuldade visto que eles chegarão.

Quando os momentos de dificuldade chegarem você deve pensar que seu sonho irá beneficiar muita gente assim você ganhará uma força enorme para não desistir.

Aqui temos o grande segredo da Realização!

Após ter escrito o livro “O Código da Realização” muitos me perguntam em mentorias; sessões de coaching e palestras sobre alguns dos itens mais importantes em busca da Realização.

Costumo falar e trazer alguns exemplos e histórias a depender do contexto, mas de modo geral gosto de trazer duas palavras: Ação e Perseverança.

A primeira palavra é fundamental visto que representa aquele impulso inicial que faz com que você coloque sua intenção em movimento e nos faz lembrar a frase do grande mestre Lao Tzu: “Toda grande jornada começa pelo primeiro passo”.

Após ler um belo livro, participar de uma palestra impactante, ou de uma sessão de coaching ou mentoria o que fará a diferença são as ações que tomará a partir dali.

A segunda palavra é ainda mais poderosa; visto que há uma quantidade razoável de pessoas que conseguem romper a primeira fase da inércia e colocam o time em campo através das primeiras ações.

De outro lado após as ações iniciais, muitos acabam desistindo no meio do caminho e não tem a perseverança necessária para curtirem o caminho e atingirem a meta ou ainda melhor realizarem os seus sonhos!!!

Deixo então aqui nestas poucas palavras a importância do autoconhecimento; conheça-te; depois suba nos palcos da vida através da Ação e finalmente não seja mais um a morrer no meio da praia e tenha perseverança; assim encontrarei você no local mais bonito que existe que é aquele em que você consegue unir os pontos passados e perceber que realizou aquilo que tanto sonhou e que percebeu que se transformou em quem deveria ser!!!

Diga sim a você e seja feliz!!!

 


Wagner Motta – Escritor, palestrante, mentor de carreira & empreendedorismo com alunos em 4 continentes. Autor do best-seller “O Código da Realização”/Curso TPE Transforme-se no Profissional Escolhido e da Mentoria Outliers Seja Um Case!


19 de novembro - Dia Internacional do Homem: O conceito psicológico da masculinidade

O machismo não afeta apenas as mulheres, mas, também, aos homens


Deixar de abraçar quem gosta, esconder seus sentimentos, não chorar ou não falar que ama um amigo são algumas das ideias que foram reforçadas aos homens por muito tempo. Desde muito cedo se aprende que quem não segue as “regras da masculinidade” é visto como “menos homem” e é associado à feminilidade.

A presença dos homens em filmes e desenhos animados é, geralmente, a do protagonista, fortalecendo ainda mais aos garotos que o domínio e a superioridade é o que eles devem buscar. Ainda que essa masculinidade seja imposta desde sempre, não são todos que podem se identificar com esses personagens. Haja vista que, essa narrativa valoriza, geralmente, homens brancos, heterossexuais e com condição econômica favorável.

Nas palavras do psicólogo Alessandro Scaranto, “entender a maneira como os meninos são criados faz toda a diferença para compreender o porquê um homem pode possuir tendências machistas e não qualificar os seus próprios sentimentos. Trata-se de um contexto psicológico que aparece na clínica inúmeras vezes.”

Em geral, por se ter uma criação de maneira inadequada, estimulando o machismo, os meninos entendem que devem se calar quando se trata de sentimento. Com isso, o homem adulto tem dificuldade em se expressar, gerando um comportamento violento quando vivenciam momentos de tristeza, raiva, medo ou insegurança. Ou seja, a agressividade acaba se tornando uma fuga para aqueles que não conseguem se manifestar. “O 'músculo' e a violência simbolizam todos esses sentimentos e as emoções que estão naufragadas dentro de cada um” – afirma Scaranto.

A violência na sociedade atual tem como um dos seus pilares o machismo uma masculinidade tóxica e frágil que atinge principalmente e diretamente as mulheres, podendo levar a vários tipos de violência (física, psicológica, moral, patrimonial etc.) e em casos extremos, ao feminicídio.

Todavia, tal conduta afeta os próprios que executam, isso porque, de acordo com os dados do Atlas da Violência, os homens são os que mais matam, morrem e se suicidam. “A pressão para que o homem seja sempre onipotente, onipresente, não falhe e não demonstre os seus sentimentos é enorme e leva a condições extremas e perigosas.” – alerta o psicólogo.

Segundo Scaranto, “os homens têm muita resistência para buscar ajuda para cuidar da sua saúde mental porque, segundo muitos, quem busca pelos psicólogos é uma 'pessoa fraca e quem vai de encontro a seus maiores medos e questões a serem elaboradas é o verdadeiro 'forte'" – pontua Scaranto.

Em vista disso, buscar apoio para resolver essas questões e se autoconhecer é necessário.

Mesmo que na geração atual existam debates para não contribuir com o machismo e, em comparação à geração anterior, esse problema já não seja mais tão reforçado, ele ainda existe. O acompanhamento psicológico pode auxiliar no entendimento de que o homem não precisa ser agressivo para obter respeito e, muito menos, acreditar que aquele que chora é “menos homem” e não será compreendido como uma pessoa singular e única dentro da sociedade.

“É muito importante construir uma sociedade aberta a debates sobre essa questão e entender, também, que homens podem sofrem dentro desse padrão de conduta imposto que precisa ser sempre desconstruído para uma sociedade mais igualitária e saudável, dessa toxicidade masculina”, finaliza Alessandro Scaranto.

 


Alessandro Scaranto - Psicólogo - Especialista em Saúde Pública e Saúde da família Acupunturista
@scaranto_psicologia

@scaranto_psicologia

 

Os sabotadores de sucesso que se manifestam como personagens principais do nosso cotidiano

 

Quando falamos em sabotagem, a primeira ideia que pode vir à mente é de “puxadas de tapete”. Mas nem sempre a sabotagem vem do outro. Talvez a sabotagem mais cruel seja aquela que se manifesta em nosso próprio inconsciente e, cercada por crenças limitantes, nos impede de crescer pessoalmente ou profissionalmente.

 

Os sabotadores de sucesso são padrões mentais e emocionais que levam à autossabotagem diariamente. Essa sabotagem é causada por imaturidade emocional, na qual o indivíduo não se permite ser feliz ou bem sucedido. Em linhas gerais, são grandes redes de pensamentos ou atitudes e comportamentos negativos e pessimistas que nos impedem a evolução pessoal, como a raiva, medo, ódio, vingança, culpa, ansiedade e vergonha.

 

Os nossos maiores sabotadores de sucesso são o medo, o desejo de permanecer na zona de conforto, a vaidade, a prepotência, a falta de organização e planejamento, a falta de objetivos e foco, a procrastinação, a desmotivação e, por fim, as nossas crenças limitadoras. Estas últimas podem acompanhar o indivíduo desde a infância e quando adultos, se não forem bem administradas, podem dificultar relacionamentos pessoais e até a compreensão de mundo do ser humano.

 

De forma inconsciente esses sabotadores acabam por transformar e padronizar nossa personalidade e o nosso comportamento. Por exemplo, a autossabotagem pode caracterizar e definir personalidades, como indivíduos: críticos, controladores, hiper vigilantes, hiper racionais, insistentes, prestativos em demasia, hiper realizadores, inquietos ou esquivos (aquele que nunca consegue dizer não).

 

Apesar da autossabotagem ser muito dolorosa e limitante, a boa notícia é que podemos paralisar estes sabotadores de sucesso emocionais a qualquer momento, desenvolvendo a maturidade, que não tem nada a ver com a idade cronológica, com a auto intimação, tomada de consciência, reflexão e decisão.

 

Sabotagem é um auto engano, uma projeção falsa de si e da realidade, por inconsciência, não se dar o tempo para trazer as coisas para a consciência, por medo de olhar para dentro e quebrar as amarras.

 

Ela acontece quando pulamos o processo, descumprindo o ciclo de perceber (observar o que se está sentindo no momento, identificar a emoção), compreender o motivo de estar sentindo isso e o momento de concluir (chegar a uma conclusão ou choque de realidade), o querer sair dessa situação (o que fazer para sair disso). Planejar a solução, conversar com os próprios botões, dialogar consigo (inteligência intrapessoal).

 

Para sair do ciclo da auto sabotagem é necessário instalar a competência, a sabedoria emocional ou a maturidade, através da auto consciência, do autoquestionamento, do auto controle (autoestima), da análise, da sublimação (fazer alguma atividade que goste e traga alegria) e da motivação (eliminar ou ajudar).

 

E o dizer da maturidade? Ela é a capacidade de reconhecer os pontos fortes e coloca-los em prática. Você pode citar dez pontos fortes da sua personalidade? Difícil, né? Isso porque as pessoas não foram educadas ou informadas sobre como refletir sobre suas qualidades e habilidades.

 

A forma como a pessoa se relaciona consigo própria facilita a forma como se relaciona com as outras pessoas, com a empatia afetiva, cognitiva, a preocupação empática e a aptidão social (maneira de fazer parte de grupos e a liderança em família e social). Porém, também inclui a capacidade de entrar em contato com os pontos fracos, admiti-los (se aceitar) e ir à luta, transformando-os em fortes, sempre se questionando e tomando a decisão de mudá-los, dando o melhor de si.

 

Outro ponto importante é a força positiva que o ato de desenvolver a capacidade de rir de si mesmo (a), não levar tudo tão à sério, mas com naturalidade, pode imputar no indivíduo. Os erros e falhas fazem parte do ser humano e não podem derrotá-lo. Devem servir como aprendizado e desafio.

 

O ciclo todo é composto de emoções negativas, que impactam o tempo todo nos processos decisórios, nas relações e nas ações ou reações. Ele começa com o medo, que é uma emoção primária. Quando nascemos, choramos por sentir medo.

 

O medo é a primeira emoção, é a que inicia o processo da autossabotagem. O medo deve ser medido conforme sua intensidade e capacidade de destruição, pois, se soubermos lidar com o medo ele pode ser benéfico a ponto de nos impulsionar a vencer nossos próprios limites.

 

O segundo elemento desse ciclo é a perda, porque todo medo é medo de perder, ou de não atingir o objetivo. Em seguida ele leva à culpa, que é o elemento mais importante. Existem vários tipos de culpa: a persecutória ou a depressiva, que causa mau-humor. A culpa depressiva busca a energia interna para conseguir lutar contra algo que nos perturba. É necessário tratar essa culpa, limpá-la para não se tornar refém do tabu.

 

Se a pessoa perdeu algo ou alguém e não se perdoar então gera mágoa ou ressentimento, o que pode causar uma doença. O ideal, no fim das contas, é a pessoa mergulhar em si mesma, repensar o que tem que se fazer, para que assim possa se reinventar e sair renovada e mais madura. Caso não se consiga essa conscientização, então a culpa gera a raiva.

 

O tamanho da raiva é o mesmo do medo, da perda e da culpa. O ser humano precisa projetar essa raiva. Quando o medo é menor, é possível projetar essa raiva em si mesmo (se criticando). Mas quando a raiva é maior ocorre de ser projetada em outra pessoa.

 

Ao controlar melhor seus sabotadores, muitos benefícios serão gerados para a mente e para o corpo, como por exemplo: níveis menores de produção dos hormônios ligados ao estresse, pois com os sabotadores ativados, ao invés de produzir endorfinas no metabolismo, se produz adrenalina, causando uma doença degenerativa, como punição (inconsciente).

 

Além disso, tem-se um sistema imunológico mais eficiente, reduzindo as chances de contrair doenças. Outro benefício é a redução de pressão arterial, do aparecimento de dores crônicas, uma melhor higienização do sono e também, maiores chances de controle de possíveis alterações do distúrbio alimentar. Pois, cada tipo de emoção se dirige a um órgão do corpo, por isso temos que tomar consciência delas. E se não tratadas elas, se transformam em doenças somatizadas no organismo.

 

Enfim, sabotar a si mesmo é não reconhecer sua existência e não compreender o que lhe faz sofrer ou lhe impede de alcançar seus objetivos e, consequentemente, o sucesso. É preciso se conscientizar da necessidade de mudança de padrões mentais e comportamentais. Afinal, alguns sentimentos e emoções quando surgem, se não controlados, podem ativar outras emoções negativas, drenando energia, limitando forças e gerando fantasmas desnecessários.

 

Visto que, o autoconhecimento e a auto empatia são grandes aliados para derrotar os sabotadores do sucesso pessoal e emocional que, naturalmente podem surgir para minar o protagonismo do ser humano.

 

 


Andrea Ladislau - graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos.


Novembro Azul: pandemia afetou exames e prevenção ao Câncer de Próstata

Mês mundial de combate à doença promove ações de conscientização para homens, com incentivo à quebra de estigmas machistas sobre o exame de toque retal, essencial para o diagnóstico da doença em fases iniciais


Um dos maiores desafios no combate ao câncer de próstata é cultural: homens se cuidam menos e muitos têm preconceito em relação aos exames de rastreamento. Se já era difícil convencê-los a buscar os médicos antes da pandemia, a chegada da Covid-19 e as medidas de isolamento social pioraram ainda mais o cenário. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que a procura por cirurgias eletivas urológicas caiu 50% na pandemia. Desses, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade.

O problema, apontam médicos e especialistas, é que muitos deixaram de detectar o câncer nos estágios iniciais, quando as chances de cura são mais altas e os tratamentos menos agressivos. Por conta desses números, as ações de conscientização do Novembro Azul deste ano se mostram ainda mais importantes, aponta o oncologista Paulo Lages, do Grupo Oncoclínicas. "Ações informativas e práticas que estimulem os homens a buscarem o aconselhamento para diagnóstico do câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil, ainda em estágio inicial são sempre importantes, mas nesses últimos quase dois anos se tornaram ainda mais fundamentais por conta da pandemia", acredita.

Diante deste cenário, a Oncoclínicas promove durante todo o mês a campanha "O mundo muda. Os homens mudam. O preconceito precisa acabar",- voltada ao debate sobre os principais tabus que fazem com que muitos pacientes evitem a realização dos exames clínicos de controle de rotina da saúde urológica e só busquem apoio médico especializado diante do avanço dos sinais de que algo não vai bem. A iniciativa trará informações em formato de pílulas nas redes sociais e um hotsite com informações respaldadas por especialistas como forma de incentivar a mobilização em torno desta quebra de paradigmas.

"A grande barreira para os homens é fazer esse acompanhamento médico de prevenção. Há grupos que precisam ficar ainda mais atentos. Pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram a doença ou afrodescendentes devem fazer a prevenção ainda antes, aos 45 anos, por terem propensão maior ao risco de desenvolver tumores de próstata", ressalta o médico.

Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após insistência de parceiras ou mulheres próximas aos pacientes. Não à toa, 70% das mulheres comparecem às consultas médicas do companheiro, segundo levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo.

"Um dos principais objetivos do diagnóstico precoce, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e promover chances de cura que podem passar de 90% em 5 anos na doença localizada, é evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. Pacientes que tem o diagnóstico precoce de um câncer de próstata com características indolentes podem ser apenas acompanhados poupando-os de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Por outro lado, quando o câncer de próstata tem características mais agressivas e é identificado em estágios mais avançados, o tratamento indicado acaba sendo mais intenso, requerendo cirurgia, radioterapia, bloqueio hormonal ou quimioterapia. O bloqueio hormonal, é o pilar principal do tratamento da doença avançada e reduz a testosterona. A falta desse hormônio gera, entre outros, elevação no risco de doenças cardiovasculares, impotência sexual e distúrbios cognitivos", explica a oncologista Mariane Fontes, do Grupo Oncoclínicas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), por ser um tumor silencioso, a grande maioria é apenas diagnosticada em fase avançada. O câncer de próstata deve atingir 65.840 pessoas em 2021. Cerca de 75% dos casos atingem homens com 65 anos ou mais e a doença mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. E com o atraso ainda maior nos exames em 2020 e 2021, o cenário tende a se agravar, com um aumento de casos em estágios mais avançados sendo detectados a partir do próximo ano.


Entenda o Câncer de Próstata

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens - ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.

Casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes dos 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral.

"Quando aparentes, os sintomas detectados como dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, parada de funcionamento dos rins indicam a presença de doença avançada, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas", destaca Mariane Fontes.

Por apresentar sintomas mais evidentes quando a doença já apresenta evolução, é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) - feita em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml) por meio de um exame simples de sangue - para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença. Quando há suspeita da doença no organismo do homem, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico.


Como o câncer de próstata é tratado

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Eles devem ser projetados individualmente para cada paciente de acordo com o seu quadro clínico pessoal. "No caso em que a doença se encontra no estágio inicial e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa", pontua Paulo Lages.

"Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta positiva", completa Mariane Fontes.

Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados, como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radioisótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.


Pesquisas mostram novas frentes de enfrentamento da doença

Entre as boas notícias para os pacientes, os especialistas apontam importantes avanços no tratamento do câncer de próstata por meio de novas pesquisas e tecnologias. Segundo Paulo Lages, a última edição do Encontro Anual da ASCO (maior conferência sobre câncer do mundo) trouxe estudos mostrando novas opções de tratamento para estes tipos de tumores, com destaque para o levantamento chamado VISION. A análise apresenta uma opção de tratamento até então indisponível para pacientes metastáticos que não respondem mais à terapia hormonal e que já fizeram quimioterapia, através de uma estratégia única.

"A maioria dos tumores de próstata produz PSA. Além do exame de sangue, existe atualmente uma modalidade de imagem que se baseia em encontrar os locais onde existe a produção desse antígeno, através de um exame chamado PET-PSMA. O que essa estratégia apresentada no estudo trazido pela ASCO faz é associar um radiofármaco (o Lutécio), que irá se ligar exatamente nesses lugares que estão produzindo o PSMA (PSA de membrana), funcionando como uma estratégia direcionada de tratamento para aqueles pacientes que são candidatos. Já havia dados mostrando que essa estratégia é capaz de reduzir o PSA, mas não sabíamos ainda se ela aumentava a sobrevida dos pacientes, e isso foi evidenciado neste estudo", finaliza o oncologista do Grupo Oncoclínicas.


Visite o site e participe lembrando quem você ama sobre a importância de se cuidar. #novembroazul

Confira o vídeo da campanha através do link:https://www.instagram.com/p/CVuxCx-t7dV/?utm_medium=share_sheet


Com a pandemia, mudou algo na administração de vitaminas e minerais para bebês e crianças?

Pediatra reafirma que aleitamento materno (ou fórmulas quando necessário), alimentação equilibrada, sono adequado, atividade física e exposição ao sol são as melhoras ferramentas para uma ótima imunidade


Quando o assunto é imunidade, a primeira coisa que vem em mente é o leite produzido no corpo da mãe do bebê. Sem dúvida, é o alimento mais importante e valioso do mundo, "pois é considerado um alimento vivo", recorda a pediatra Dra. Francielle Tosatti, da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein, em São Paulo - SP.

"Além de fornecer todos os nutrientes que o bebê precisa, o leite materno contém substâncias e células vivas que protegem o bebê contra infecções. Os benefícios da amamentação continuam a ecoar ao longo da vida. Por isso, o aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses e continuado até, pelo menos, os dois anos", recorda a médica.

Evidente que há situações de impossibilidade de realizar a amamentação. Quando estão esgotadas todas as estratégias para manter a amamentação de forma exclusiva ou parcial, é importante que o bebê receba um alimento substituto. "As fórmulas infantis são importantes, especialmente no primeiro ano de vida, fase de intenso crescimento e desenvolvimento que exige um aporte nutricional adequado e balanceado, que minimize os riscos de alergias, infecções, distúrbios metabólicos como obesidade e diabetes, que outrora eram protegidos via amamentação", explica Dra. Francielle.

Deficiências de micro ou macro-nutrientes podem resultar em prejuízos não tanto para a imunidade, como também para o crescimento e o desenvolvimento infantil, e sua programação metabólica. "É importante entender que para diagnosticar uma deficiência de vitamina em um bebê ou criança é necessário a comprovação da carência por exame laboratorial e, a partir daí, indicar a sua reposição.


Quando as crianças precisam de suplementação?

De acordo com o departamento científico de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, hoje, são indicadas a suplementação oral de Vitamina D e Ferro elementar.

A prescrição é uma prevenção. Assim, todas as crianças, a partir de uma semana de vida até os 2 anos de idade, tomam a Vitamina D, e, de 3 meses de vida a 2 anos de idade, há a suplementação com ferro elementar, ambos em gotas. "E só!", ressalta a médica que explica: "O mais importante para garantir uma imunidade adequada em bebês e crianças é entender que a manutenção do aleitamento materno e o consumo de alimentos tradicionais em uma dieta equilibrada já proporcionam todos os nutrientes necessários para garantir o crescimento e o desenvolvimento da criança".

Ao receber, continuamente, a pergunta dos pais sobre como prevenir as crianças do vírus da Covid-19, a pediatra reconhece que a pandemia intensificou a preocupação natural dos pais em promover uma boa imunidade dos filhos. Mas, recorda, que cabe ao pediatra instruir as famílias sobre as ferramentas que contribuem para a construção de uma ótima imunidade, para além de suplementos:

* Alimentação balanceada (leite materno ou fórmula quando necessário + alimentos, conforme a idade);

* Sono adequado (em quantidade e qualidade);

* Atividade física e brincadeiras ao ar livre;

* Exposição solar adequada para produzir a queridinha vitamina D.

Para conhecer 5 vitaminas e minerais essenciais:


Vitamina A: é um nutriente essencial, que atua no adequado funcionamento da visão, da função imune e na proteção contra o estresse oxidativo. Além disso, tem especial importância nos períodos de rápida multiplicação celular, como gestação, período neonatal e infância. São fontes de vitamina A: leite humano, frutas e hortaliças de cor amarelo-alaranjada ou verde-escura, gema de ovo, leite de vaca e laticínios.


Vitamina D: embora conhecida como vitamina, essa substância é conceitualmente um pró-hormônio, que tem papel fundamental no metabolismo do cálcio, atuando na constituição dos ossos e por consequência, no crescimento adequado. Além disso, tem reconhecido seu papel na função imunológica, na secreção de insulina e no controle da pressão arterial. A vitamina D é produzida a nível cutâneo a partir da exposição solar e também pode ser obtida pelo consumo de alimentos como óleo de fígado de bacalhau, salmão, iogurte e gema de ovo .


Vitamina C: a vitamina C tem seu papel reconhecido na síntese de colágeno e no seu efeito anti-oxidante. Ela também atua no sistema imune, aumentando a resistência contra infecções virais. São fontes de vitamina C frutas cítricas como a laranja e a acerola, pimentão amarelo, brócolis e caju .


Zinco: o zinco é o segundo micro-mineral mais abundante no corpo humano, atua na regeneração óssea e muscular, na imunomodulação, na atividade neuronal e memória. São fontes de zinco a carne vermelha, a carne de frango, peixes, mariscos e castanhas .


Ferro: vital para o equilíbrio celular, o ferro é fundamental para o transporte do oxigênio, metabolismo energético, síntese de DNA e síntese de hemoglobina. A carência de ferro é a principal causa de anemia ferropriva na infância, que além de afetar o crescimento e desenvolvimento, pode comprometer o desenvolvimento de habilidades cognitivas, comportamentais, linguagem e capacidade motora nas crianças. As fontes desse mineral na alimentação se dividem entre origem vegetal e animal, sendo o ferro encontrado sob as formas heme - com boa disponibilidade - em carnes vermelhas, vísceras, e na forma não heme - baixa biodisponibilidade - em leguminosas e verduras de folhas verde-escuras.



Dra. Francielle Tosatti - Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein. Médica Emergencista da equipe do pronto-socorro e enfermaria do Hospital Infantil Sabará.


Obesidade e câncer são desafios para os próximos anos

Excesso de peso é tão prejudicial para o surgimento de câncer quanto o tabaco, e pode ser fator de risco para mais de 13 tipos de tumores. Brasil atualmente tem 27 milhões de pessoas obesas

 

A obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que serão enfrentados nos próximos anos e, segundo estudo feito pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o gasto com casos de câncer relacionados à obesidade entre adultos foi de R$ 1,4 bilhão, 40% do gasto total de R$ 3,5 bilhões aplicados em 2018 no tratamento da doença na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tem cerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas, que somadas ao total de indivíduos com sobrepeso, chega a quase 75 milhões. 

“O tecido adiposo é composto por células que além de armazenarem gorduras produzem substâncias inflamatórias e hormônios que em excesso levam a um estímulo exagerado ao crescimento de outras células. Isso gera um estado de inflamação crônica que associado a hormônios estimuladores em níveis aumentados, eleva as chances de células cancerígenas serem formadas causando o surgimento de um tumor. De acordo com alguns estudos, quando falamos de causas que favorecem o surgimento do câncer, a obesidade tem uma importância hoje semelhante ao tabaco”, explica a médica oncologista Danielle Laperche. 

De acordo com dados de 2019 da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 55,4% dos adultos estão acima do peso (IMC igual ou maior que 25) e quase 20% já está obeso (IMC igual ou maior que 30). Em Goiânia, 20,6% dos homens e 18,6% de mulheres sofrem com a obesidade. O risco de desenvolver tumores já começa em pessoas com sobrepeso e aumenta progressivamente com o aumento do peso. 

A obesidade está associada a vários tipos de câncer como endométrio, mama, cólon, rim, esôfago, fígado, pâncreas, linfoma e mieloma. Nas mulheres, os impactos são ainda maiores e pode piorar prognósticos como os do câncer de mama. No câncer de endométrio, por exemplo, quanto maior for o IMC, maior é o risco de morte e as comorbidades associadas à obesidade, principalmente o diabetes, também somam para esse risco. 

“De modo geral, a obesidade está relacionada ao aumento da mortalidade, que pode chegar a 14% em homens e 20% em mulheres, além de piorar a resposta ao tratamento oncológico e aumentar também os riscos de complicações pós-operatórias (infecção e linfedema), a toxicidade dos quimioterápicos e a incidência de comorbidades e de recidiva do câncer em sobreviventes”, explica a médica oncologista.

 

Cálculo do IMC

Para calcular o IMC, é preciso calcular a relação entre peso e altura. Na prática, o jeito mais fácil é multiplicar sua altura por dois e depois dividir seu peso por esse valor (IMC = peso / altura²). O resultado deve ser comparado aos valores abaixo: 

- Entre 18,5 e 24,9 = peso normal

- Entre 25 e 29,9 = sobrepeso

- Entre 30 e 34,9 = obesidade grau I

- Entre 35 e 39,9 = obesidade grau II

- Mais do que 40 = obesidade grau III


Posts mais acessados