Pesquisar no Blog

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Nutrição: Conheça os cuidados para paciente em recuperação de COVID-19

Especialista da Faculdade Santa Marcelina explica a importância de uma alimentação balanceada na reabilitação pós-coronavírus

 

A pandemia da Covid-19 trouxe grandes preocupações para o mundo.  Além de tomarem inúmeros cuidados para não serem infectados, adultos e crianças precisam ficar atentos no tratamento e na recuperação após serem contaminados com o coronavírus. Irani Gomes dos Santos Souza, coordenadora do curso de graduação em Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, explica os principais cuidados para que a recuperação dos pacientes seja realizada de forma adequada e contribua para um pleno restabelecimento, já que o organismo está bastante fragilizado, e uma dieta rica em vitaminas D, A, C, Complexo B, Zinco, Cálcio e Ferro são essenciais para combater as sequelas da enfermidade.  

Durante o processo de infecção pela Covid-19, o paciente pode apresentar perda do paladar e de apetite fazendo com que a ingestão de alimentos seja reduzida, comprometendo seu estado nutricional, isso porque, com o baixo consumo, também terá baixa oferta e absorção de nutrientes. Outro ponto importante é o cansaço presente e potencializado pela gravidade da doença restringindo o consumo do alimento. Profissional de saúde com 23 anos de carreira, Irani alerta: “Muitos pacientes ficam cansados durante o término da refeição, por isso é necessário também o ajuste da consistência das preparações, sem perder qualidade nutricional”. 

Irani explica como é feito o tratamento nutricional dos pacientes em estado grave da doença, em especial quando há a necessidade de intubação: “Os pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) podem se alimentar via oral, onde muitas vezes é necessária a mudança da consistência, aumento do teor calórico, fracionamento das refeições e redução do volume das preparações. No entanto, aqueles que estão intubados com uso de ventilação mecânica necessitarão de Terapia Nutricional Enteral realizada por meio de sonda de alimentação, onde a nutrição será estabelecida visando atender toda a necessidade nutricional que o paciente precisa de acordo com sua tolerância e quadro clínico”. 

Uma dieta rica em nutrientes é essencial para uma plena recuperação dos pacientes que receberam alta ou que, até mesmo, não tiveram a necessidade de se deslocarem até um hospital como explica Irani: “Pensar sempre em uma alimentação saudável é uma boa escolha, pois auxiliará na recuperação deste corpo que foi tão exigido. Portanto, as refeições precisam ser fracionadas, com variedade de alimentos visando abranger um bom leque de nutrientes. Devemos dar atenção aos alimentos ricos em vitaminas C, D e A”. 

Irani destaca ainda o papel dos considerados superalimentos, como lentilhas, nozes, abacate, chia e açaí, que podem ajudar no processo de recuperação: “Na verdade, todo alimento consumido de forma correta pode ser considerado um superalimento. Lógico que estou falando dos alimentos in natura. Esses alimentos citados são ricos em proteína, gordura polinsaturada, protegendo nosso coração e evitando riscos de trombose. Uma alimentação rica em fibras, ômega 3, ômega 6, baixo aporte de gordura saturada, sódio e açúcar auxiliarão no processo de recuperação”.  


Alimentação Saudável 

A recuperação de um paciente precisa ser seguida à risca, e isso inclui a suspensão de alimentos que podem prejudicar ou até mesmo agravar a evolução do tratamento, visto que ao longo da vida a alimentação saudável é essencial, como justifica a coordenadora do curso de nutrição da Faculdade Santa Marcelina: “ Alimentos ricos em açúcar, sódio, corante, conservantes, gorduras saturadas, gorduras TRANS e com baixo teor de fibras facilmente encontrada em alimentos ultraprocessados, devem ser evitados também ao longo de nossa vida”.  

Muitos pacientes passam a ter dificuldades de engolir os alimentos ou até mesmo perdem o apetite. A especialista aponta alternativas para ajudar na recuperação do enfermo tendo como ponto de partida a alimentação: “A melhor escolha é caprichar nos temperos naturais para exaltar o sabor dos alimentos. Além disso, a consistência pode ser alterada visando preparações mais macias e de fácil mastigação e deglutição”. 


Imunidade  

Reforçar a imunidade do organismo é primordial para combater doenças, e com a Covid-19 não é diferente. Ela ataca todo o sistema imunológico, logo, ter à disposição alimentos ricos em vitaminas D, A, C, Complexo B, Zinco, Cálcio, Ferro e fibras é importante para reforçar a imunidade. A nutricionista destaca frutas cítricas, verduras ou vegetais verdes escuros, frutas, tubérculos ou vegetais amarelos e alaranjados, como abóbora, cenoura, feijões, lentilha, ervilha, oleaginosas, leite e derivados desnatados, gengibre, entre outros. 


Hidratação 

Durante a doença o paciente apresenta um gasto energético aumentado, podendo ter febre e diarreia, provocando assim uma grande perda hídrica. Irani explica a importância da hidratação: “Mesmo sem a doença instalada, é importante manter bom funcionamento renal, intestinal, entre outros”. 

Muitas pessoas têm manifestado a queda de cabelo como um sintoma pós-Covid. Existem alimentos ou suplementos adequados que podem evitar esse efeito como detalha a nutricionista: “A queda de cabelo pode ser proveniente da perda de peso e também baixo consumo de vitaminas do Complexo B. A suplementação deve ser indicada para comprovação de alguma carência. Para evitar problemas, a variedade de alimentos durante as refeições do dia é fundamental, pois garante oferta suficiente dos nutrientes”.  


Suplementos alimentares e perda de peso 

A especialista em nutrição destaca que os suplementos alimentares no tratamento contra Covid-19 se fazem necessários, especialmente quando o consumo por via alimentar é insuficiente. Irani explica que, durante o período da doença e internação, alguns pacientes perdem muito peso, e detalha ainda as consequências nutricionais por conta deste fator: “Esse sintoma pode caracterizar desnutrição, o que dificulta uma rápida recuperação, mesmo porque a Covid-19 promove um grande gasto energético. A nutrição precisa então buscar a reposição alimentar, fazendo com que aconteça a recuperação do estado nutricional, ou seja, restabeleça um peso saudável”.  

Para finalizar, Irani recomenda um aporte alimentar adequado, ou seja, ofertar proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais na quantidade suficiente para restabelecer o estado nutricional para combater a falta de apetite e a perda de peso, provocada pela agressividade da doença.  

 

Faculdade Santa Marcelina


Doenças psicossomáticas

 

Problemas de saúde, muitas vezes são um alerta de que o nosso emocional está mandando sinais de desequilíbrio


Embora muitas pessoas não saibam, saúde emocional e física andam sempre juntas. Por isso, com uma saúde mental fragilizada, muito provavelmente o corpo físico também desenvolverá formas de mostrar essa fragilidade. De acordo com a relação pensamentos/emoções e corpo físico, as doenças psicossomáticas nos indicam no corpo quais são as emoções que pedem uma atenção especial.

De acordo com a terapeuta Juliana Villordo, criadora da Essencialle Óleos e Aromas, “muitos problemas físicos são gerados, primeiramente, pelas nossas formas de pensamento”. Desse modo, com exceção de doenças hereditárias, que carregam consigo uma carga genética, alguns problemas físicos podem ser desencadeados em decorrência da nossa mente.

As doenças psicossomáticas são aquelas que, involuntariamente e inconscientemente, são provocadas por causas psíquicas. Depressão, ansiedade, medo, tristeza, vontade de controlar tudo e todos ao seu redor, autocobrança e outros problemas relacionados à saúde emocional tendem a evoluírem para além da esfera psíquica e atingirem níveis físicos.

Segundo Villordo, “um exemplo de doença psicossomática, com relação à constipação no intestino, pode estar muitas vezes relacionada ao perfil de pessoas controladoras ao extremo que precisam que tudo aconteça da sua forma, ao ponto de mandar uma frequência de tensão ao corpo que acaba, assim, afetando o intestino”.

Outro exemplo bem comum também são pessoas que comumente têm problemas de garganta, faringite ou problemas com a voz. Isso pode estar relacionado com pessoas que têm dificuldades de se expressar, seja por medo ou vergonha, que “engolem muitos sapos”, que têm dificuldade de se posicionar perante os outros por medo de rejeição ou aceitação.

“Mais do que tratar as expressões físicas dos problemas, é indispensável buscar a causa emocional”, afirma a especialista. Por isso, buscar um tratamento com terapeutas que integram mente e corpo é muito importante.

A terapeuta conta que, para os problemas emocionais, a aromaterapia é uma ótima alternativa de tratamento complementar com baixo custo e resultados eficazes. Na Essencialle Óleos & Aromas, por exemplo, você tem acesso a produtos criados para ajudar na saúde emocional. “Desde de blends em rollon, banhos de ervas, sprays fitoterápicos óleos, você encontra também uma variedade de itens que ajudam a trazer mais leveza, saúde e bem-estar ao seu dia a dia”, finaliza Villordo.

 


Juliana Villordo - CEO da Essencialle Óleos & Aromas. Terapeuta especialista em Radiestesia Financeira. Instrutora de técnicas de Cura Quântica
https://essencialleoleosearomas.com.br/

 

Clientes analógicos no mundo digital: como ser inclusivo e atender a todos?


A transformação digital é uma tendência que, definitivamente, veio para ficar e revolucionar o mercado. Impulsionada durante a pandemia, cada vez mais consumidores se sentem à vontade para fazer praticamente tudo online. Mesmo diante de tamanha preferência, ainda temos uma parcela de clientes que preferem o analógico em sua jornada de compra. Ser inclusivo a todos esses públicos e garantir um atendimento de qualidade é um dos principais desafios do mundo corporativo e, uma importante necessidade para que consigam crescer e se destacar frente à ampla concorrência.

 

Não há dúvidas que a inovação possibilitou o desenvolvimento de inúmeras ferramentas e canais que auxiliam, otimizam e aproximam o relacionamento e atendimento das empresas. Seja pelo WhatsApp, RCS (Rich Communication Service) ou uso de chatbots, a Inteligência Artificial aplicada neste objetivo proporciona uma experiência muito mais rica ao usuário, por meio de features que permitem um maior entendimento sobre o perfil do consumidor, suas preferências e o que estão buscando.

 

Ainda assim, por mais benefícios que ofereça, o atendimento físico traz pontos únicos que atraem a atenção de muitos. Apenas nele, os clientes conseguem testar os produtos desejados – seja experimentando uma roupa para ver como se encaixa, ou testando o funcionamento de um objeto, por exemplo. A experiência ao vivo ainda é muito valorizada para muitas pessoas como forma de terem maior segurança em sua aquisição, o que faz com que muito não abram mão para uma jornada 100% online.

 

Diante de uma parcela da população que ainda prefere o analógico ao digital, o desafio das empresas é garantir que todos recebam um atendimento de qualidade e, acima de tudo, particularizado de acordo com seu perfil e preferências. Inclusive, essa é a expectativa de 62% dos clientes, que esperam ofertas personalizadas com base em seu histórico de compras, segundo dados divulgados pela Salesforce.

 

É claro que a tecnologia pode – e deve – ser usada a favor da empresa, tanto para identificar o perfil de seus consumidores, em quais canais estão e, as melhores ferramentas para atendê-los de maneira individualizada. Mas, também é importante não abrir mão de um profissional por trás deste processo. Afinal, muitas vezes os robôs podem não sanar as dúvidas de um cliente, o que demandará uma pessoa para auxiliá-lo.

 

Um ótimo exemplo dessa importância está em outro estudo conduzido pela PhoneTrack, o qual identificou que 60% das pessoas preferem contatar uma empresa por telefone após realizarem pesquisas online. A chave para o sucesso está na diversidade de opções de atendimento, com possibilidades acessíveis para os mais diversos perfis e gostos.

 

Os avanços tecnológicos vieram para mudar o passado e quebrar paradigmas, mas isso não significa que precisam romper ou matar outras práticas. As empresas devem misturar e coexistir o físico com o digital, se adaptando às novas tendências sem que deixe de oferecer meios mais tradicionais de comunicação e atendimento para aqueles que ainda os preferirem. São os consumidores que irão ditar os canais a serem utilizados pelas empresas, não o contrário. Por isso, todas devem entender seus perfis para, a partir disso, identificar como oferecer um atendimento personalizado, de acordo com as individualidades e peculiaridades de cada um.

 


Bernardo Borzone - diretor de receitas responsável pelas áreas de Customer Success, Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Pandemia faz aumentar a procura por locações de casas de férias e inspira criação de startup em SP

  

            Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a procura por imóveis de campo, montanha ou praia para locação por temporada tem aumentado, já que muitas famílias passaram a ficar mais tempo em casa para trabalhar, estudar e também descansar em segurança. Para isso, buscam espaços mais amplos, maiores do que os tradicionais quartos de hotel. Porém, nem sempre as experiências com locações pela internet são positivas.

            E foi justamente ao identificar essa oportunidade de oferecer um atendimento completo a hóspedes, proprietários de imóveis avaliados em mais de R$ 1 milhão e corretores que nasceu a ideia de criar a WelHome no final de 2020 e iniciar as operações em julho de 2021, ainda na pandemia. Para isso, aproveitei minha experiência como arquiteta, com mais de 10 anos no mercado de incorporação imobiliária e de gestão de projetos e obras, para investir na área de tecnologia em gestão de imóveis e locação de temporada.

            Ainda enfrentamos um grande desafio que é romper o modelo mental de que casas de férias que são alugadas ficam depreciadas ou que só quem está precisando de dinheiro é que coloca um imóvel para locação. Felizmente já estamos conseguindo mudar esse mindset em nossos clientes, que estão aproveitando a oportunidade de transformar patrimônios muitas vezes subutilizados em ativos financeiros sem ter gastos nem dores de cabeça.

            Aliás, a ideia de que nossos clientes e parceiros tenham zero dor de cabeça é o que norteia o nosso modelo de negócio, chamado de “Full Service”. Isso porque oferecemos pacotes completos de serviços tanto para os proprietários de casas quanto hóspedes e corretores imobiliários, de acordo com suas necessidades. E por meio da nossa plataforma eles encontram tudo o que precisam para que o processo de locação de imóveis de temporada seja fácil, rápido e seguro.

            Quando falamos da gestão completa da Residência, da Locação e Financeira, significa que cuidamos de tudo! Isso inclui, por exemplo, os processos burocráticos com logística, suporte e contabilidade, a comunicação e negociação com funcionários, prestadores de serviços, corretores, imobiliárias, plataformas de anúncios e hóspedes, a divulgação das propriedades e o controle do calendário em diversos sites de reservas.

            Já que uma das nossas missões é ajudar os proprietários a enxergar seus imóveis de férias como investimentos geradores de receitas, assumimos integralmente a gestão dessas propriedades e seus custos fixos, incluindo gastos com condomínio, IPTU, água, energia elétrica, funcionários, seguro e cuidados com a manutenção preventiva.

            E como o foco da WelHome está em também atender com excelência os hóspedes, a plataforma traz todas as facilidades para ajudá-los a escolher um local especial para descansar. Além de oferecer visita virtual para mostrar todos os espaços das casas antes da locação, temos equipes de atendimento e de manutenção à disposição durante a estadia para qualquer necessidade e oferecemos serviços exclusivos de concierge para personalizar a estadia, como babá, arrumadeira, cozinheira, chef de cozinha, DJ, sommelier e barman.

            A WelHome também foi pensada para facilitar a vida dos corretores de imóveis e auxiliá-los a trabalhar de forma organizada e eficiente, sem custos adicionais. Para isso, a plataforma reúne os dados essenciais para as locações: informações de calendário, carteira de clientes e controle de comissões.

            Ainda estamos no início da operação, mas é fácil visualizar que o mercado está extremamente aquecido e carente de soluções “full service” e com foco em experiências.

 


Bruna Cabral - CEO da startup WelHome (welhome.com.br), graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e com MBA em Gestão de Negócios pela FIA, em SP


Atividade do comércio tem alta de 2,3% no Dia das Crianças, aponta Serasa Experian

Assim como no cenário nacional, cidade de São Paulo marca aumento na semana comemorativa

 

As vendas do comércio físico brasileiro tiveram alta de 2,3% na semana de comemoração do Dia das Crianças deste ano (05/10 a 11/10), em comparação a igual período de 2020. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, quando considerado apenas o final de semana (09/10 a 11/10), houve expansão de 1,1%. Confira as informações completas no gráfico abaixo.


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é preciso levar em consideração a baixa registrada em 2020. “O tombo do ano anterior, marcado pelas restrições de funcionamento do varejo devido a pandemia no país, fez com que o crescimento de 2,3% significasse apenas uma recuperação parcial da atividade do comércio”.

Ainda assim, o crescimento não foi maior do que os apontados no Dia das Mães (6,0%), Dia dos Namorados (13,7%) e Dia dos Pais (6,2%). Rabi também explica que “isso se deve a instabilidade econômica causada pelo aumento da inflação, dos juros e da redução dos auxílios governamentais, que influenciaram a redução dos gastos não essenciais com o passar dos meses.

A análise sobre o cenário de vendas na cidade de São Paulo revelou aumento de 1,5% na semana comemorativa (05/10 a 11/10) e de 1,3% para o final de semana (09/10 a 11/10). Para conferir mais informações e a série histórica do Indicador de Atividade do Comércio, clique aqui.
 


Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br

 

Brasil exporta 3,111 milhões de sacas de café em setembro

Diante dos gargalos logísticos e dos desafios das agendas internacionais, compromisso do setor e iniciativas do Cecafé junto a cadeia produtiva e governo permitem que o Brasil siga como sério produtor e fornecedor mundial de café

 

As exportações brasileiras de café totalizaram 3.111.905 sacas de 60 kg e renderam US$ 518,2 milhões em setembro deste ano, desempenho que implica queda de 26,5% em volume, mas leve avanço de 0,5% em receita cambial na comparação com o mesmo mês de 2020. A evolução no ingresso de divisas reflete as altas cotações da commodity no mercado internacional, tanto que o preço médio das remessas foi de US$ 166,52 por saca, 36,7% acima dos US$ 121,79 aferidos em setembro do ano passado. Os dados fazem parte do relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). 

Com o resultado, as exportações de café do país, nos três primeiros meses do ano safra 2021/22, chegaram a 8,817 milhões de sacas, ficando 20,2% aquém do apurado entre julho e o final de setembro de 2020, quando o Brasil remeteu 11,048 milhões de sacas ao exterior. Em receita, contudo, houve crescimento de 3,3% no intervalo, com os embarques rendendo US$ 1,367 bilhão até o momento, o melhor desempenho das últimas cinco temporadas.

 

ANO CIVIL

No acumulado dos nove primeiros meses de 2021, o desempenho é similar. As exportações brasileiras totais de café somaram 29,759 milhões de sacas e renderam US$ 4,172 bilhões, apresentando queda de 4,1% em volume, mas incremento de 6% em receita cambial.

 

CONTEXTO

Segundo o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, o recuo nos embarques cafeeiros do país resulta da continuidade dos entraves logísticos no comércio marítimo global. "Não há mudanças no cenário. Seguimos com intensa disputa por contêineres e espaço nos navios e ainda nos deparando com sucessivos cancelamentos de bookings, rolagens de cargas e frete extremamente custoso. Termos exportado mais de 3,1 milhões de sacas em setembro e mantido desempenho satisfatório na safra e no ano civil reflete o exímio trabalho que as áreas logística e comercial dos exportadores brasileiros vêm realizando para seguirmos honrando nossos compromissos com os clientes mundiais e internos", aponta. 

Ele explica que os entraves logísticos são um problema estrutural que vão muito além do café e do Brasil. "Esses gargalos impactam o segmento exportador no mundo todo, em especial o de commodities, e continuam desafiando os planejamentos dos exportadores, assim como dos importadores no destino, com demoras logísticas que interferem no fluxo financeiro e na geração de receita cambial das empresas", comenta. 

O presidente do Cecafé anota que o Brasil vem fazendo seu dever de casa para honrar seus compromissos no comércio mundial do café, com todos os segmentos da cadeia produtiva realizando esforços "acima da média" e atentos a todos os desafios que envolvem as negociações comerciais globais. 

"Sabidamente, temos uma safra menor em andamento, mas há café disponível da histórica colheita anterior, o que implica que o Brasil possui produto para concretizar seus negócios, por meio do trabalho hercúleo que nossos exportadores vêm realizando. A cafeicultura brasileira também é dotada de várias ferramentas tecnológicas, com plataformas de gestão e controle de riscos, que permitem demonstrar o ambiente sério e confiável do agronegócio café brasileiro, atividade que honra seus contratos e compromissos e na qual as 'não entregas' têm sido minoria, pouco representativas em relação aos volumes contratados", revela. 

Conforme Rueda, a cadeia também segue tomando providências em relação às desafiantes condições climáticas que o setor tem experimentado e que, certamente, pesarão sobre o potencial produtivo em 2022. "Por meio de ações conjuntas, no Conselho Deliberativo da Política do Café, colegiado que envolve segmento privado e governo, conseguimos a retenção de R$ 1,3 bilhão do orçamento do Funcafé para a recuperação de cafezais que foram impactados pelas geadas deste ano", exemplifica. 

O Cecafé desenvolve, ainda, importantes gestões em agricultura regenerativa, que estão em linha com a agenda do Brasil e são colocadas em prática através de diversos projetos conectados a metas sustentáveis de ESG e sua governança socioambiental e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

"Temos dedicado muitos esforços a nossos projetos de 'Cafeicultura de Baixo Carbono', 'Bem-estar Social na Cafeicultura', 'Produtor Informado' e 'Criança do Café na Escola', que são iniciativas alinhadas com os ODS voltados a 'Ação contra a Mudança Global do Clima', 'Trabalho Descente e Crescimento Econômico', 'Fome Zero e Agricultura Sustentável' e 'Educação de Qualidade'. Nosso objetivo é divulgar indicadores que evidenciam a histórica conexão da cafeicultura brasileira com as metas sustentáveis e os anseios dos consumidores internacionais, o que é uma agenda prioritária para o Cecafé", destaca.

 

PRINCIPAIS DESTINOS

Os Estados Unidos permaneceram como os principais importadores do café brasileiro de janeiro a setembro deste ano, com a aquisição de 5,674 milhões de sacas, volume praticamente estável em relação às 5,682 milhões adquiridas no mesmo intervalo em 2020. Esse volume representou 19,1% das exportações totais do Brasil até o momento. 

A Alemanha, com representatividade de 16,8%, importou 5,006 milhões de sacas (-4,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vieram Bélgica, com a compra de 2,030 milhões de sacas (-17,3%); Itália, com 2,026 milhões (-11,9%); e Japão, com a aquisição de 1,881 milhão de sacas (+17,8%). 

Segue em evidência a Colômbia, país também produtor, que ocupa a sétima colocação no ranking dos principais importadores de café do Brasil. A nação vizinha adquiriu 866.268 sacas entre janeiro e setembro de 2021, apresentando significativo crescimento de 82,6% na comparação com as compras do produto nacional realizadas nos nove primeiros meses do ano passado. Desse total, 814,5 mil sacas são do grão verde, que é utilizado para consumo interno ou industrialização como café colombiano a ser comercializado.

 

TIPOS DE CAFÉ

O café arábica foi o mais exportado entre janeiro e setembro de 2021, com o envio de 23,831 milhões de sacas ao exterior, o que correspondeu a 80,1% do total. Já a variedade canéfora (robusta + conilon) registrou o envio de 2,995 milhões de sacas ao exterior, respondendo por 10,1% do total. Na sequência, vieram os segmentos do produto solúvel, que embarcou 2,900 milhões de sacas (9,7%), e do café torrado e torrado e moído, com 32.684 sacas (0,1%).

 

CAFÉS DIFERENCIADOS

Já os cafés diferenciados, que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, responderam por 17,6% das exportações totais brasileiras do produto de janeiro a setembro de 2021, com o envio de 5,248 milhões de sacas ao exterior. Esse volume representa crescimento de 2,2% na comparação com as 5,135 milhões de sacas embarcadas pelo país no mesmo período do ano antecedente. 

O preço médio desse produto foi de US$ 184,17 por saca, proporcionando uma receita de US$ 966,5 milhões nos nove meses, o que corresponde a 23,2% do total obtido com os embarques. No comparativo anual, o valor é 15,8% maior do que o aferido em idêntico intervalo anterior.

 

PORTOS

O complexo marítimo de Santos (SP) permaneceu como o principal exportador dos cafés do Brasil em 2021, com o envio de 22,832 milhões de sacas, o que equivaleu a 76,7% do total. Na sequência, vieram os portos do Rio de Janeiro, que responderam por 16% dos embarques ao remeterem 4,773 milhões de sacas até setembro, e Vitória (ES), com o envio de 901 mil sacas ao exterior, respondendo por 3%. 

O relatório completo das exportações de café em agosto de 2021 está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.

 

3 dicas para dar aulas online mais interessantes

Em homenagem ao Dia do Professor, o instrutor de carreira na Udemy Eduardo Giansante dá dicas para os professores que querem compartilhar o próprio conhecimento online


Nesta sexta, 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor no Brasil. A data faz referência ao dia, em 1827, em que Dom Pedro I baixou um decreto imperial para criar o ensino elementar no país – o decreto estipulava que salário os professores deveriam receber e que matérias deveriam ser ensinadas nas escolas, por exemplo.

Hoje, quase 200 anos depois, os professores enfrentam desafios atuais – um deles é ensinar online. Mesmo que muitas escolas já tenham retornado às aulas presenciais, muitas outras estão funcionando de maneira híbrida e outras, ainda, devem continuar ministrando algumas aulas online indefinidamente.

Para muitos professores, ensinar online é uma novidade trazida pela pandemia, que ainda está sendo assimilada e pode ser aperfeiçoada. Pensando nisso, a plataforma de aprendizado online Udemy pediu ao instrutor de carreira na Udemy Eduardo Giansante, que é instrutor online há cinco anos, para dar dicas sobre como dar aulas online mais interessantes. Veja a seguir:

 

1- Troque os recursos físicos por digitais

Segundo Giansante, vários dos artifícios usados pelos professores em sala de aula para manter os alunos interessados na matéria precisam ser repensados quando as aulas migram para o ambiente online. “Os professores da educação tradicional têm uma habilidade invejável de atrair a atenção dos alunos e de falar em público, além de poderem recorrer à lousa e a livros, por exemplo. Mas, nas aulas online, os recursos têm que ser outros, como trechos de vídeos e enquetes”, diz ele.

Giansante também destaca que o ambiente online tem mais distrações, como notificações de redes sociais e outras abas abertas no navegador. “Por isso, quanto mais recursos diferentes o professor usar para chamar a atenção do aluno, melhor”, afirma ele.

 

2- Reduza a duração das aulas

As aulas presenciais costumam durar em torno de 50 minutos – e alunos e professores já estão acostumados com isso. Já as aulas online não têm padrão, podem durar poucos minutos ou até horas a fio.

Entretanto, as aulas online mais curtas tendem a ser mais eficazes. “Como o nível de atenção dos alunos tende a ser menor no ambiente online, uma ideia é ‘quebrar’ o conteúdo de uma aula em várias miniaulas de poucos minutos cada. Outra dica é sempre terminar uma aula com um gancho para a próxima, para assegurar a continuidade da matéria”, sugere Giansante.

 

3- Use a criatividade

Apesar de parecerem uma boa ideia à primeira vista, testes e tarefas extraclasse podem cansar os alunos se requisitados em excesso. Segundo Giansante, a melhor maneira de conquistar o interesse dos alunos é durante as aulas e usando a criatividade.

Ele dá dicas para os dois tipos de aulas online, as que acontecem ao vivo e as gravadas. “Para as aulas ao vivo, o professor pode usar enquetes, lousa interativa, que está disponível em ferramentas como o Google Meet e o Zoom, e chat para receber perguntas e respostas dos alunos”, sugere ele.

Já para as aulas gravadas, uma dica é incluir testes entre as miniaulas, para assegurar que o aluno está aprendendo o conteúdo, sem precisar passar do tempo estimado de aula. “Uma dica que vale para todo tipo de aula online é trazer professores convidados. Esse é um dos benefícios das aulas online, o convidado pode estar em qualquer lugar do país ou do mundo”, diz Giansante.

 


Udemy

 

Educação financeira é necessidade nas escolas neste momento de crise


Apesar da educação financeira ser um tema já obrigatório nas escolas, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), devendo ser tratado como um dos temas transversais a serem trabalhados nas diferentes disciplinas. Ainda se vê o tema sendo tratado de forma superficial e ainda muito ligado à matemática e não comportamento.

Contudo, a atual crise que enfrentamos só comprova: o Brasil precisa de educação financeira que seja trabalhada de forma comportamental e esse conteúdo deve ser passado desde cedo.

"Esse tema realmente muda a vida das pessoas, contudo, ainda é grande o número de pessoas que tratam como sendo relacionado as ciências exatas. Na verdade, educação financeira tem relação com comportamento, sendo assim uma ciência mais relacionada a área de humanas", explica o mentor da Metodologia DSOP e presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos

Atualmente estudos e pesquisas indicam a necessidade de uma mudança cultural em relação ao dinheiro, também é importante ter a conscientização de que o ambiente escolar é o mais propício para o ensino dessa disciplina. Comprovando ainda que a família do aluno também é beneficiada.

"Há quem pense que as crianças não têm discernimento para lidar com finanças", relata Reinaldo Domingos, "porém notamos que com 4, 5 ou 6 anos elas já reconhecem o dinheiro como um meio para realizar sonhos. Isso nos faz acreditar em uma nova geração de pessoas independentes financeiramente, mais realizadas e felizes".

A educação financeira não se restringe apenas aos alunos. Os professores são capacitados para dominar e então disseminar o tema, e também os pais assistem palestras e têm acesso a cursos online gratuitos. Dessa forma, a mudança comportamental é trabalhada em toda a comunidade.


Famílias notam resultados

Por conta dos resultados positivos sentidos nos lares, cresce nos últimos anos o número de escolas em todo o país que adotam programas de educação financeira. Pesquisa indica que 100% das crianças e jovens que recebem educação financeira na escola, participam das discussões relacionadas às finanças da família em casa.

Esse é um dos dados da 1ª Pesquisa de Educação Financeira nas Escolas, uma parceria entre o Instituto de Economia da UNICAMP, por seu Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (NEIT), o Instituto Axxus e a Abefin.

Ela também aponta que a grande maioria (71%) dos alunos que têm aulas sobre o tema nas escolas ajudam os pais a fazerem compras conscientes. A pesquisa foi realizada com 750 pais/responsáveis de cinco capitais brasileiras, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Vitória.

 


DSOP Educação Financeira

https://www.dsop.com.br


ANS determina instauração de Direção Técnica na Prevent Senior

Decisão foi formalizada em reunião da diretoria colegiada realizada nesta tarde (13). Confira as outras medidas adotadas e entenda o papel da ANS


A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na tarde desta quarta-feira (13/10), a instauração do regime especial de Direção Técnica na operadora Prevent Senior. A decisão segue para publicação no Diário Oficial da União. 

O regime Especial de Direção Técnica consiste no acompanhamento in loco realizado por agente nomeado pela ANS para verificar as causas de anormalidades que coloquem em risco a continuidade e a qualidade da assistência prestada aos beneficiários. É importante esclarecer que não se trata de uma intervenção, pois a ANS não interfere na gestão da operadora, mas de um acompanhamento com análises permanentes de informações e definição de metas a serem cumpridas pela operadora.

 

Apuração de reclamações 

A ANS atua de forma permanente na apuração de demandas recebidas em seus canais de atendimento ou encaminhadas por outros órgãos ou agentes ou que cheguem ao seu conhecimento por outros meios, como por exemplo, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou pela imprensa. 

Entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, a ANS identificou 284.179 registros de reclamação e 408.930 pedidos de informação feitos por consumidores. As demandas de beneficiários são tratadas pela intermediação de conflitos entre eles e as operadoras, o que tem resolvido, com agilidade, mais de 90% dos problemas relatados. 

Dessas 284.179 reclamações, 14 mil foram relacionadas ao tema Covid-19. Em 2020, o percentual de resolutividade das reclamações sobre Covid ficou em 90,5% e, em 2021, o percentual chegou a 93,6%. Ou seja, a grande maioria das queixas foi resolvida pela ANS por meio da intermediação de conflitos. 

Das 14 mil reclamações, 38, referentes a 23 operadoras, tinham menção ao “kit covid” ou a palavras-chave correlatas, tais como “hidroxicloroquina”, “cloroquina”, “azitromicina”, “ivermectina”, “tratamento precoce”. 

A ANS ressalta que não recebeu diretamente qualquer reclamação de médicos quantoaà coação para a prescrição do “Kit Covid”. Não houve registro de denúncias nem nos canais de atendimento a consumidores, nem pelos canais de recepção de denúncias de prestadores de serviços de saúde.

 

Denúncias que a ANS tomou conhecimento pela CPI 

É importante esclarecer que o diretor da ANS informou em seu depoimento à CPI da Covid que a Agência não tinha conhecimento a respeito das denúncias que a própria CPI recebeu e revelou sobre a realização de estudo sem as devidas autorizações; o uso de pacientes como cobaias; a falta de comunicação aos pacientes sobre o uso dos medicamentos; a determinação para que médicos trabalhassem mesmo se estivessem infectados com o novo coronavírus; alteração de CID em prontuários e em atestados de óbito; e interrupção de tratamentos para encaminhamento de pacientes a cuidados paliativos. 

Essas denúncias não foram feitas à ANS e são questões que não apareceram nos monitoramentos feitos pela Agência. Valem lembrar que a ANS regula as operadoras de planos de saúde e não atua dentro de hospitais. Essa atividade é desempenhada por outros órgãos que atuam no setor de saúde, como os órgãos de vigilância sanitária e os conselhos federal e regionais de medicina.

Ao tomar conhecimento de tais denúncias em 16/09/2021, a ANS enviou ofício à CPI da Covid solicitando cópia do processo a fim de incluir as novas informações em seu processo de apuração. Em 17/09, técnicos da Agência realizaram diligência na sede da Prevent Senior e solicitaram documentos e informações adicionais. 

Sobre as trocas de mensagens apresentadas pelo Senador Randolfe Rodrigues durante sessão da CPI da Covid em 6/10/2021, é importante esclarecer que eram mensagens trocadas em um grupo composto por profissionais da Prevent Senior. Essas mensagens foram encaminhadas à ANS apenas no último dia 4 de outubro, às 23h37, após contato ativo da Agência feito com todos os médicos da lista de demitidos da operadora. Essa lista foi recebida após pedido da ANS na diligência realizada em 17/09. Portanto, a ANS não tinha conhecimento de tais mensagens antes desta data.

 

Denúncias sobre Kit Covid 

É preciso reforçar que a ANS regula a atividade das operadoras de planos de saúde e a relação dessas com os prestadores de serviços de saúde - profissionais, clínicas, laboratórios, hospitais. Entre suas atribuições está a definição de procedimentos e eventos em saúde que devem ter cobertura obrigatória para os beneficiários de planos de saúde regulamentados. No entanto, a ANS não tem competência legal para definir o caráter experimental de procedimentos em medicina autorizando ou vedando sua prática pelos médicos. 

Além disso, não existe, no arcabouço da saúde suplementar, nenhuma norma que impeça que a operadora disponibilize os medicamentos do chamado kit covid aos seus beneficiários, em consonância com as recomendações do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina e/ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Tal proibição só ocorreria se houvesse uma determinação por parte do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina e/ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibindo o uso experimental destes medicamentos e a sua prescrição para esta finalidade.


Medidas adotadas 

Em 23 de março de 2020, antes da manifestação do ministro Luiz Henrique Mandetta, a ANS realizou uma diligência na Prevent Senior a fim de verificar a situação da ocupação de leitos. Não foi encontrada nenhuma irregularidade. Em abril de 2021, após recebimento de demanda parlamentar, a ANS oficiou a Prevent Senior pra esclarecimentos sobre a prescrição de medicamentos do kit covid e abriu um processo apuratório: a Prevent Senior enviou 258 termos de consentimento assinados por pacientes ou familiares. Também não foram identificadas irregularidades relacionadas à legislação de saúde suplementar nesse momento. 

No que concerne à legislação de saúde suplementar, a ANS instaurou processos para apurar denúncias sobre cerceamento de liberdade da atividade dos médicos e sobre eventual falha da devida comunicação aos beneficiários sobre os riscos do uso de medicamentos nas seguintes operadoras: Prevent Senior, Hapvida, São Francisco. Na operadora Unimed Fortaleza foi instaurado processo para apuração de eventual falha de comunicação aos beneficiários sobre os riscos do uso de medicamentos. 

Até o momento, foram lavrados dois autos de infração para a Prevent Senior (falta de comunicação aos beneficiários sobre o “Kit Covid” e cerceamento à atividade do prestador de serviços); e um auto para a Hapvida (cerceamento à atividade do prestador de serviços). 

Por fim, a ANS reforça que está conduzindo as apurações sobre a Prevent Senior de forma rigorosa e bastante cuidadosa, considerando a preservação da continuidade da assistência dos beneficiários que estão na operadora. Todas as informações levantadas estão sendo analisadas para que a Agência tenha os subsídios necessários para a adoção das medidas adequadas. Também nesse sentido, cabe aqui uma palavra de tranquilidade aos quase 540 mil beneficiários da Prevent Sênior, quanto à continuidade e garantia da prestação de serviços de saúde suplementar contratados. Ao agir com o necessário rigor, a ANS também levará em conta o interesse coletivo e o necessário equilíbrio para garantia dos beneficiários, e desde já se coloca ao dispor dos mesmos, por meio de seus canais de atendimento, para esclarecer suas dúvidas e apoiá-los, sempre que necessário. Nesse quesito, como em toda a sua ação, a ANS pautará sua ação na construção de uma relação dialógica com toda a sociedade.


Offshore não é ilegal nem imoral

Advogado explica as situações em que é possível constituir uma offshore para administrar o patrimônio


O noticiário recente apontou duas figuras do alto escalão do Governo Federal que mantinham empresas offshores em paraísos fiscais, segundo informações obtidas pelo ICIJ – Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na Pandora Papers.

A maior investigação da história do jornalismo que expõe um sistema jurídico que beneficia os mais ricos e poderosos do mundo, apontou que o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto seriam donos de offshores em paraísos fiscais como o Panamá e Ilhas Virgens Britânicas.

Dr. Hugo Menezes, sócio do escritório Menezes Marques Advogados, explica que essas companhias são largamente reguladas no Brasil, tanto pela Receita Federal quanto pelo Banco Central e também são muito conhecidas no âmbito internacional, tendo inúmeros documentos da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico sobre o tema e suas regras de transparência.

De acordo com o advogado, no passado, havia sigilo, falta de transparência, as ações de empresas eram ao portador, o que dificultava substancialmente identificar o beneficiário final dessas estruturas. “Hoje, isso já não existe. Os sócios estão nos documentos societários, os bancos que abrem as contas dessas companhias solicitam toda a documentação de constituição e fazem a diligência necessária”, detalha.

Dr. Hugo destaca que a offshore é indicada para quem busca planejamento patrimonial para os investimentos que estão diversificados fora do país, seja uma conta bancária que hoje está mantida no CPF, seja para o patrimônio imobilizado que está nos EUA, por exemplo. “A vantagem que o investidor tem ao constituir uma companhia para a gestão patrimonial é otimizar os investimentos pois, se ele mantivesse esses investimentos numa conta de pessoa física, a apuração e pagamento de impostos acabariam gerando altos custos que poderiam ser reinvestidos dentro do seu portfólio”, argumenta.

O advogado cita o exemplo de uma pessoa física que tem US$ 1 milhão investidos no exterior que acabam gerando gatilhos fiscais para o fisco brasileiro. Dentro de uma companhia offshore esses investimentos são da empresa, cuja regulação é completamente diferente. “Imaginemos que o indivíduo tenha uma conta bancária, um apartamento em Miami e deseja organizar esse patrimônio em um ambiente para não ficar sujeito a uma jurisdição como a americana, que tem muitas regras fiscais a serem cumpridas, principalmente a parte regulatória de tax return — declaração de rendas enviada pelos contribuintes à Receita Federal dos EUA.

Dr. Hugo enfatiza que o fisco americano tem uma tributação elevadíssima sobre a sucessão do patrimônio de um não residente americano, em torno de 40% e, por esse motivo, muitas pessoas preferem manter uma companhia offshore em paraíso fiscal, pois a carga tributária é mais branda, de modo que os recursos de herança são muito maiores e torna o planejamento sucessório mais facilitado.

Sobre o caso envolvendo o ministro da Economia brasileiro e o presidente do Banco Central, Dr. Hugo esclarece que, dentro do código de conduta da alta administração pública federal, o ocupante de cargo no Governo não pode ter ativos que poderiam se beneficiar da política pública em que ele está inserido. “Independentemente de ser offshore ou ter uma conta bancária dele, pessoa física, ele não poderia ter nenhuma das duas, pois gera um conflito de interesses. O cargo que ele ocupa é o único ponto a ser questionado”, argumenta. De acordo com o advogado, qualquer pessoa pode ter uma offshore, desde que seja declarada.

Um dos principais argumentos, além da organização patrimonial e sucessória, para constituição de uma offshore, segundo Dr. Hugo, é evitar a exposição do CPF a obrigações fiscais enquanto o contribuinte faz investimentos no mercado externo, por exemplo, compra e venda de ações da Apple ou da Goodyear, investimentos e desinvestimentos em fundos. Por outro lado, para a conta dos custos x benefícios “parar em pé” e começar a fazer sentido ter uma companhia offshore, o valor mínimo a ser integralizado nessa empresa é de US$ 250 mil.

 


Dr. Hugo Menezes - O advogado possui LLM em direito societário pela FGV-RIO, licenciado em Estate Planning pela Universidade de Berkeley e em curso na obtenção do certificado em Trust Management pelo STEP.Org (United Kingdom). Seu escritório ainda atua no rastreamento e busca de ativos no exterior, trabalhando em conjunto com os administradores judiciais em recuperação judicial e falências.  Sempre antenado, já em 2018 previu o movimento da tecnologia junto ao Direito e cursou na PUC-Rio a especialização em Direito e Novas Tecnologias, seguindo para o aprofundado conhecimento no tema da Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD; atuando desde 2019 na preparação, desenvolvimento e treinamento de empresas que buscam se adequar a nova lei.

 

Menezes Marques Advogados

https://www.menezesmarques.com.br/


Especialista aponta dicas para reorganizar as contas pós compras excessivas pela internet na pandemia

Professora e Coordenadora dos Cursos da área de Administração do Cesuca, Caroline Chagas Prates, orienta alternativas para mudar o cenário das compras por impulso


Com o isolamento social e poucas alternativas do que fazer nestes dois anos de pandemia, a população acabou recorrendo ao mundo virtual como forma de distração, e entre as atividades que cresceram na pandemia estão as compras pela internet, registrando um índice de 68% de crescimento, segundo pesquisas*.

Entretanto, grande parte dessas compras registradas pelos consumidores foram desnecessárias, sem de fato precisarem do item. A coordenadora dos cursos da área de Administração do Cesuca, Caroline Chagas Prates, explica que o comércio eletrônico cresceu substancialmente no período de pandemia, pois acabou sendo uma das únicas alternativas de muitas empresas continuarem com os seus negócios.

“Isso fez com que houvesse investimentos em redes e na ambientação das plataformas utilizadas, bem como em marketplace o que tornou as compras online mais fáceis, práticas e eficientes e, consequentemente, mais atrativas sendo utilizadas muitas vezes para realização de compras por impulso”, destaca.

Para organizar essas compras realizadas em excesso e finalizar o ano com as contas quitadas, a professora do Cesuca apontou algumas dicas, confira abaixo.

  1. Entender o tamanho da dívida e os prazos para pagamento. O primeiro passo é organizar em uma planilha de Excel ou até mesmo um simples “papel e caneta” todos os gastos até o momento e prazos de pagamento. O ideal é comparar as entradas de receitas (renda) com as saídas (gastos), período por período, e se a conta não fechar, ou seja, gasta-se mais do que recebe-se, deve-se primeiramente tentar "cortar" o que ainda pode ser cortado. Ressalta-se também que é indicado que ao menos 30% da renda seja guardada sempre que possível, para eventuais emergências.
  2. Renda Extra. Uma segunda alternativa para ajudar no momento, é pensar em um aumento de renda, entre as opções estão vendas de produtos pessoais que não estejam mais em uso, por exemplo.
  3. Aplicativos de comércio eletrônico. Neste momento, os aplicativos e o comércio eletrônico pode deixar de ser o "vilão" e auxiliar na captação de renda extra também.
  4. Evitar parcelamentos de cartões. O parcelamento do cartão de crédito deve ser evitado devido as taxas de juros elevadas, o que pode piorar as dívidas futuras ao invés de auxiliar na quitação

A docente explica ainda as consequências financeiras dessa nova forma de consumir. “Com a facilidade das compras online e as estratégias de marketing cada vez mais fortes buscando compreender o comportamento do consumidor, é necessário que haja um controle dos custos ainda mais detalhado pelo indivíduo ou família, do contrário, o endividamento será crescente. O aumento do desemprego aliada ao aumento da taxa de endividamento remete a um cenário em que muitas vezes o que é prioritário não poderá ser adquirido em detrimento de aquisições supérfluas”.

Por fim, a professora ressalta também que nos dias atuais a educação financeira na formação da criança e do adolescente é de extrema importância para mudar este comportamento de alto índices de endividamento da população.

“As pessoas precisam aprender desde criança ter o controle das entradas e saídas e identificar o que realmente é necessário. Gastos desnecessários causam o endividamento. No momento, as pessoas devem tentar buscar a felicidade e o prazer no convívio diário com a família, amigos, colegas de trabalho mesmo que muitas vezes este contato ainda seja virtual. Invista no que te trará retorno financeiro, como educação e formação continuada”, finaliza.

*Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Neotrust, sobre compras pela internet na pandemia.

 


Centro Universitário Cesuca

www.cesuca.edu.br

Nosso Jeito de Ensinar


Posts mais acessados