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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Infectologista do Hospital do GRAACC alerta para a queda da cobertura vacinal em crianças e adolescentes

Tendência vem sendo observada há alguns anos e foi agravada com a chegada da pandemia; por conta da queda da cobertura vacinal em crianças e adolescentes, entre os dias 1º e 29 de outubro, o Governo de São Paulo e o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) participarão da Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente

 

Um recente documento divulgado pelo Ministério da Saúde revelou que a cobertura vacinal no Brasil está com níveis semelhantes aos que eram observados há 40 anos. Esse retrocesso é devido a uma série de fatores, mas principalmente à desinformação e falta de acesso. A percepção errada de que algumas doenças não são mais perigosas como antigamente leva o indivíduo à falsa sensação de segurança. A pandemia agravou isso e dificultou ainda mais o acesso aos postos e manteve as pessoas dentro da sua casa. 

"Esse quadro já vem sendo observado há alguns anos e a chegada da pandemia agravou ainda mais a situação. Essa era uma grande preocupação dos infectologistas, pois uma cobertura vacinal baixa permite que a circulação dos vírus responsáveis pelas diversas doenças existentes aumente. Isso fica ainda mais delicado no cenário atual, com a pandemia de SARS-CoV-2 infectando também crianças e adolescentes", comenta a Dra. Fabianne Carlesse, infectologista pediátrica do Hospital do GRAACC, referência em casos de alta complexidade do câncer infantojuvenil. 

Dados do Ministério da Saúde apontam que, de 2015 a 2020, a vacina BCG, que previne formas graves de tuberculose, passou de 105,08% de taxa de imunização para 73,78%. Outra doença grave como a paralisia infantil também teve queda na sua cobertura: em 2015 era de 98% e, em 2020, baixou para 76%. 

"A cobertura vacinal alta permite que essas doenças não circulem e se propaguem. Para pacientes imunossuprimidos, em quem a imunidade é muito baixa, por exemplo, dependendo do quadro clínico, a vacina não deve ser aplicada, mas quando o entorno está vacinado, como familiares e amigos, os riscos de infecção diminuem consideravelmente", explica Dra. Fabianne. 

O Programa Nacional de Vacinação (PNI) realiza, entre os dias 1º e 29 de outubro de 2021, mais uma edição da Campanha Nacional de Multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Os objetivos da iniciativa são atualizar a caderneta vacinal na faixa etária e aumentar as coberturas no país, que chegaram a patamares semelhantes aos da década de 1980. O "Dia D" é 16 de outubro.

 

Vacinas para pacientes oncológicos

Recomendadas: para pacientes em tratamento quimioterápico, algumas vacinas são recomendadas como a da influenza, contra o vírus da gripe e a vacina contra o pneumococo para prevenção das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que pode causar pneumonia, otite, amigdalite e sinusite, além de trazer complicações ao paciente.

 

Não recomendadas: vacinas com microrganismos vivos têm o momento certo para serem aplicadas. Normalmente duas semanas antes do início da quimioterapia ou após três a seis meses do término do tratamento, dependendo do quadro clínico do paciente. Vacinas de vírus vivos são: BCG, febre amarela, poliomielite oral, rotavírus, varicela e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

 

GRAACC

https://www.graacc.org.br


Dia do Idoso: confira 12 dicas para cuidar dos pés na terceira idade

Especialista da Doctor Feet reúne uma série de recomendações para rotina de cuidados com o pés na melhor fase da vida


Para celebrar o Dia Nacional do Idoso, em 1° de Outubro, com muita proteção, conforme o propósito da Organização das Nações Unidas (ONU) na instituição desta data, a rede de podologia Doctor Feet, especializada em serviços de cuidados e saúde para os pés e venda de produtos médicos e ortopédicos, preparou uma lista com 12 dicas valiosas. “As patologias mais frequentes nesta fase da vida incluem joanetes, pés chatos, dedos em garra, espessamento das unhas, micose, unhas encravadas, úlceras e alteração na caminhada”, afirma Maria de Lourdes Pinheiro, podóloga e coordenadora técnica da rede. Confira abaixo como deixar os pés idosos mais saudáveis:

 

  1. Evite banhos muito quentes para que a proteção natural da pele não seja comprometida e, na hora de secar os pés, finalize com papel higiênico ou papel toalha entre os dedos, pois isso evita frieiras e micose;
  2. Corte as unhas dos pés regularmente, em linha reta e não muito curtas. Caso haja risco de lesões ou se o dedo já estiver machucado, apenas lixe-as;
  3. Hidrate pernas e pés com cremes específicos, o que pode ser feito à noite após o banho. Caso os pés fiquem escorregadios, basta usar meias de algodão após a aplicação do creme. Evite, também, aplicar o creme entre os dedos, pois pode favorecer o aparecimento de micoses. 
  4. Mantenha-se hidratado. A ingestão de água é muito importante para o bom funcionamento do organismo e aparência da pele;
  5. Evite o uso de sapatos antigos, deformados ou rompidos, pois eles não oferecem a correta sustentação durante o deslocamento;
  6. Os calçados devem ser confortáveis, respeitar as dimensões dos pés no comprimento e largura. Deixe para comprar sapatos novos ao fim do dia quando os pés estão um pouco mais inchados, evitando desconfortos posteriores;
  7. Dê preferência para calçados de fecho com velcros, pois são mais fáceis de abrir e fechar, e que tenham o solado firme para ajudar na sustentação e alinhamento dos pés e do corpo durante a locomoção; 
  8. Meias de algodão são bem-vindas, ajudam na melhor absorção do suor e evitam odores e lesões. É importante que não sejam apertadas;
  9. Nem pensar de caminhar com os pés descalços ou com chinelos de dedo, já que esta prática pode causar tropeços, quedas e fraturas, assim como tapetes e passadeiras, que devem ser retiradas do ambiente;
  10. Diminua a ingestão de açúcar e sal para que a circulação sanguínea seja a melhor possível, evitando a retenção de líquidos. E sempre que possível coloque os pés para cima para estimular o retorno sanguíneo e a melhora da circulação;
  11. Não lixe demais os pés, pois o atrito excessivo resulta no espessamento a médio e longo prazo e em alguns casos agrava o ressecamento causando rachaduras.
  12. Por fim, diariamente, movimente o pé para cima e para baixo e depois rotacione vagarosamente por aproximadamente 10 minutos. A atividade regular ajuda na circulação sanguínea, fortalecimento dos pés e na redução do inchaço.

 


Doctor Feet

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SBGG celebra o Dia do Idoso e reforça a importância de um envelhecimento saudável

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia enfatiza que ter saúde não é estar livre de doenças ou não precisar tomar remédios, e sim ser capaz de tomar suas próprias decisões, fazer as suas melhores escolhas e estar fisicamente o melhor possível


Outubro é um mês com a agenda cheia de coisas importantes para lembrar. Apesar de ser bastante conhecido pela campanha Outubro Rosa, voltada para a prevenção do câncer de mama, é importante que não esqueçamos do Dia Internacional do Idoso, comemorado no primeiro dia do mês. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reforça a importância desse dia, criado pela OMS há 30 anos, com o objetivo de sensibilizar e chamar a atenção para as questões do envelhecimento.

Definir envelhecimento e o que é ser idoso é uma missão difícil e complexa. Mas é urgente falar sobre isso, em uma sociedade que vem evoluindo tão velozmente no campo das ciências; e é isso que tem permitido que, o que antes era exceção, seja, na verdade, uma chance real. "Hoje somos um dos países que mais envelhece em proporção de pessoas com mais de 60 anos comparando com os mais jovens e, mais importante ainda, é crescente o número de indivíduos que, após serem declarados idosos, ainda vivem 25, 30, 35 anos a mais", afirma Dra. Christiane Machado, Diretora Científica da SBGG.

Do início até o final do século XX, as taxas de mortalidade diminuíram drasticamente. A mortalidade geral foi 2,6 vezes menor no ano 2000 e a mortalidade infantil, 11,3 vezes menor. A proporção de óbitos por doenças infecciosas declinou de 45,7% do total de óbitos em 1901, para 9,7% em 2000. Em 1901, entre as 10 principais causas de morte em São Paulo, 5 eram doenças infecciosas, correspondendo a 37% das mortes; em 1960, apareciam nesta lista apenas 3 doenças infecciosas (16,1% dos óbitos), e em 2000 apenas a pneumonia constava entre as principais causas de morte. Estes dados mostram como a medicina evoluiu. Os anos de vida se prolongaram de uma maneira quase natural e fluida, ao tempo em que a curva da expectativa de vida vem subindo sempre além do que as estatísticas preveem.

"Para uma pessoa idosa, ter saúde não é estar livre de doenças ou não precisar tomar remédios. É ser o gerente de sua própria vida, ser capaz de tomar suas próprias decisões, fazer as suas melhores escolhas e estar fisicamente o melhor possível, precisando de nenhuma ou pouca ajuda para exercer sua vida cotidiana. Ainda precisamos crescer nesse quesito, pois a comemorada longevidade tem trazido uma enorme demanda não apenas nos serviços relacionados à saúde, como para as famílias e a sociedade como um todo", explica Dra. Christiane.

A pandemia de COVID- 19 trouxe outros aspectos à mesa de discussão para o assunto ‘idoso’. Por conta do Coronavírus, um problema pairou na vida da pessoa idosa: o etarismo, o preconceito por ser idoso e o julgamento que pressupunha sua condição de saúde de acordo com a idade. Na Itália, no início da pandemia, foi dito que aqueles com infecção por COVID que tinha mais que 80 anos não se beneficiaram de cuidados intensivos. Porque já eram ‘velhos demais’.

Entretanto, essa pauta foi proveitosa, pois possibilitou a discussão sobre o quão individual é o processo de envelhecer, que a idade cronológica é apenas um dado a mais e nunca um estratificador de condição de vida ou de saúde. A pandemia foi cortante na vida de muitos e, especialmente, na vida dos idosos, que tiveram que passar a viver na contracorrente de tudo o que lhes foi pregado até então. Ser ativo, cultivar as relações, ter amigos, exercer o afeto por quem ama, manter-se capaz de ser independente e dono do próprio nariz. Isso se tornou impossível pelo isolamento recomendado e imposto, somado ao medo da doença, da morte, da perda.

"Agora, mais do que nunca, precisamos colocar cotidianamente na mesa de discussão as questões relacionadas ao envelhecimento da população do nosso país e a todas as consequências sociais e econômicas que isso necessariamente traz. São mais doenças e mais doentes, mais necessidade de uso de serviços, mais medicamentos, mais custos econômicos e humanos, considerando que idosos dependentes precisam de adultos independentes para se encarregarem dos cuidados. Cada idoso é singular, a idade que tem é apenas um dos dados que constam no seu cadastro vital e que nunca será o que determina o que deverá ser feito e que decisões serão tomadas, principalmente quando o assunto é saúde. É preciso falar do idoso, é essencial termos um dia, um mês para estarmos mais atentos; para pensarmos juntos sobre estratégias que no mínimo melhorem o que vemos hoje.", declara Dra. Christiane Machado.

"Neste mês em que o envelhecimento é celebrado, a SBGG deseja que todos envelheçamos muito e dentro das melhores condições biopsicossociais possíveis; que possamos chegar à velhice com acesso a todos os serviços que provenham nossas necessidades; com acesso ao cuidado, ao afeto, à convivência intergeracional. Que envelheçamos com a mente aberta para descobertas, para novos amigos, novas atitudes, com coragem, com ousadia e com propósitos. Façamos do envelhecimento uma história rica de boas e alegres memórias, construída com resiliência e adaptação às novas situações inerentes ao caminho da longevidade. E que, se no nosso envelhecimento precisarmos de apoio e de assistência, que aceitemos o cuidado e que sejamos gratos. Feliz dia da pessoa idosa", comemora Dra. Ivete Berkenbrock, Presidente da SBGG.

 


Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


No Estado de São Paulo, as regiões sul, sudeste e noroeste têm mais mortes de recém-nascidos com asfixia

Constatação foi feita por pesquisadores da Unifesp e da Fundação Seade em estudo divulgado na revista PLOS ONE. Metodologia validada pelo grupo pode contribuir com planejamento de políticas públicas voltadas a reduzir óbitos evitáveis em bebês de até 27 dias (figura: acervo dos pesquisadores)

 

Ao analisar dados do Estado de São Paulo, pesquisadores constataram que municípios das regiões sul, sudeste e noroeste paulista concentraram entre 2004 e 2013 as mais altas taxas de mortalidade de recém-nascidos com asfixia – problema frequentemente relacionado com a baixa qualidade do pré-natal e da assistência ao parto. Fazendo um cruzamento com o Produto Interno Bruto, 31 cidades dessas regiões apresentaram mortalidade alta e PIB baixo.

Os resultados fazem parte de uma pesquisa publicada na revista científica PLOS ONE por um grupo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

O estudo mostrou que a metodologia utilizada – mesclando linhas de análise espacial com dados secundários – é eficaz para indicar aglomerados de casos (clusters) e, com isso, pode contribuir para o planejamento de políticas públicas.

A mortalidade infantil, incluindo a neonatal, constitui um indicador-chave na avaliação da situação da saúde da população. Entender sua evolução por meio da análise dos principais grupos de doenças que causam essas mortes e os fatores geográficos e demográficos associados a elas pode contribuir para ações que facilitem atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Fazia sentido esmiuçar o dado da melhor maneira possível para tentar se aproximar mais das políticas públicas. Uma das formas de fazer isso é dando maior precisão à informação para mostrar onde os fenômenos estão ocorrendo. No trabalho, aplicamos a metodologia à mortalidade neonatal com asfixia, apresentando um refinamento em que mostramos onde o problema está ocorrendo”, afirma o infectologista Carlos Roberto Veiga Kiffer, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e um dos orientadores da pesquisa, juntamente com Ruth Guinsburg e Maria Fernanda Branco de Almeida.

De acordo com o estudo, que teve o apoio da FAPESP, no período analisado foram registradas no Estado 6.713 mortes neonatais (de bebês com até 27 dias) com asfixia e um total de 5.949.267 de nascidos vivos. Com isso, a taxa média paulista foi de 1,13 morte por 1.000 nascidos vivos.

Nos clusters, essa proporção ficou entre 1,1 e 1,5 óbito por 1.000 nascidos vivos, chegando à faixa de 1,5 a 3,2. “Encontramos baixo PIB per capita do município correlacionado com as altas taxas de mortalidade associada à asfixia neonatal, sugerindo que a distribuição espacial pode ser parcialmente explicada por esse indicador econômico”, escrevem os autores no artigo.

À Agência FAPESP, a primeira autora da pesquisa, Daniela Testoni Costa-Nobre, também da Unifesp, afirma que, além da correlação com o PIB, outras variáveis não analisadas podem estar associadas a esse tipo de mortalidade. “O foco maior foi na metodologia da identificação de áreas e a associação com o indicador econômico. Procuramos mostrar que esse método pode ser usado para analisar outros fatores e tentar identificar outras causas da mortalidade neonatal”, diz.

Segundo Costa-Nobre, a abordagem otimizada, estruturada e hierárquica permitiu a identificação de áreas de alto risco de mortalidade associada à asfixia, revelando que a metodologia proposta pode ser útil para orientar políticas de saúde pública visando a diminuir óbitos evitáveis de recém-nascidos.

A asfixia neonatal é causada por diversos fatores e problemas durante a gestação, o trabalho de parto e o parto, provocando a falta de oxigênio ou má perfusão de órgãos. Está fortemente relacionada à baixa qualidade do pré-natal e da assistência durante o parto, sendo considerada uma das causas principais de mortes evitáveis de recém-nascidos, juntamente com infecções e nascimentos prematuros.

"Qualquer intercorrência materna eleva o risco de asfixia pré-natal. Portanto, cuidar dessas gestantes, especialmente as de alto risco, é uma maneira de prevenção. Daí a importância do acompanhamento pré-natal adequado durante toda a gravidez e contar com profissionais especializados no parto", diz Costa-Nobre.


Cruzamento de dados

Os pesquisadores realizaram um estudo de base populacional com análise espacial por área, com todos os nascidos vivos de mães residentes no Estado entre 2004 e 2013.

Foram excluídos, no entanto, recém-nascidos com peso ao nascer menor do que 500 gramas e/ou idade gestacional inferior a 22 semanas; bebês com peso e idade gestacional desconhecidos e com anomalias congênitas. Os dados foram acessados entre outubro de 2018 e junho deste ano.

O trabalho considerou mortalidade neonatal associada à asfixia qualquer morte até 27 dias depois do nascimento com hipóxia, asfixia ou aspiração de mecônio como causa de morte em qualquer linha da declaração de óbito.

A abordagem analítica de geoprocessamento incluiu a detecção de efeitos de primeira ordem por meio de quintis (conjuntos de dados divididos em cinco partes iguais) e mapas de média móvel espacial, seguidos por efeitos de segunda ordem por autocorrelação espacial global e local (Moran e LISA, respectivamente) antes e depois do alisamento (suavização) com estimativas Bayesianas.

O índice de Moran é uma medida global da autocorrelação espacial, indicando o grau de associação presente no conjunto de dados. Já o LISA (sigla em inglês para Indicador Local de Associação Espacial) é um parâmetro estatístico que permite descrever o grau de semelhança ou diferença de cada evento em relação aos mais próximos.

Por fim, o grupo aplicou um método estatístico conhecido como correlação de Spearman entre a mortalidade neonatal associada à asfixia e as taxas médias do PIB per capita para os municípios com LISA significativo. O mapa do LISA identificou grupos desse tipo de morte no sul, sudeste e noroeste.

Após a aplicação das estimativas locais de Bayes, os clusters foram mais pronunciados, com sobreposição parcial das áreas de maior mortalidade e menor PIB médio per capita.

Segundo Kiffer, este é o primeiro estudo que mostra a distribuição espacial de causa específica de mortalidade neonatal no Brasil.


Desenvolvimento humano

Com 645 municípios, São Paulo é o Estado com o maior PIB do Brasil (cerca de R$ 2,2 trilhões ao ano), sendo a terceira maior economia e o terceiro maior mercado consumidor da América Latina. Tem um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,826.

De acordo com os Indicadores Brasileiros para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), São Paulo registrou uma taxa de mortalidade neonatal de 7,44 óbitos por 1.000 nascidos vivos em 2018 (último dado disponível), enquanto a média no país era de 9,15. O Estado com a menor taxa foi Santa Catarina (6,91) e a maior era no Amapá (15,6) (veja quadro aqui: odsbrasil.gov.br/objetivo3/indicador322).

O ODS número 3, entre os 17 estabelecidos pela ONU, visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Estabelece que até 2030 as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos devem acabar, tendo os países o objetivo de reduzir a mortalidade neonatal para, pelo menos, 12 óbitos por 1.000 nascidos vivos.

O estudo Clusters of cause specific neonatal mortality and its association with per capita gross domestic product: A structured spatial analytical approach pode ser lido em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0255882.

 

 


Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/no-estado-de-sao-paulo-as-regioes-sul-sudeste-e-noroeste-tem-mais-mortes-de-recem-nascidos-com-asfixia/36971/


IDOSOS: AVC faz duas vítimas a cada hora

Divulgação
Segundo DATASUS, de janeiro a julho, foram 12.542 óbitos; campanha Combatendo o AVC reforça para prevenção


Em 1° de outubro celebra-se o Dia do Idoso, data voltada à sensibilização mundial para as questões do envelhecimento, destacando a necessidade e importância de ações de prevenção e de cuidados em saúde nessa população. O AVC (Acidente Vascular Cerebral) pode acontecer em qualquer faixa etária. Entretanto, observa-se que o risco aumenta com a idade, principalmente em função de alguns fatores de risco associados à doença, como a pressão alta, diabetes, colesterol alto e doenças cardíacas.

No mesmo mês, ocorrerá a campanha mundial “Combatendo o AVC”, que é coordenada nacionalmente pela Rede Brasil AVC. A campanha acontece todos os anos próximo ao dia 29 de outubro – o Dia Mundial de Combate ao AVC. A doença é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e conforme dados do DATASUS, de janeiro a julho deste ano, 12.542 pessoas acima de 60 anos morreram em decorrência do AVC, o que equivale a aproximadamente duas mortes a cada hora. Isto corresponde a um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2020. Nos sete meses de 2021, o SUS já registrou 69.491 internações por AVC.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro; e o hemorrágico, quando um vaso cerebral rompe. “Durante um evento desse tipo, cerca de 1,9 milhões de neurônios morrem por minuto”, explica a presidente da Rede Brasil AVC e presidente-eleita da World Stroke Organization (Organização Mundial de AVC), Dra. Sheila Cristina Ouriques Martins.

Entre os sinais de alerta mais comuns estão súbita fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental, súbita alteração da fala ou compreensão; súbita alteração na visão, no equilíbrio, na coordenação, no andar; tontura e dor de cabeça de início súbito, intensa e sem causa aparente. “A identificação precoce dos sintomas do AVC e o tratamento médico imediato em um Centro de AVC intensifica consideravelmente as chances de recuperação”, ressalta Sheila. Segundo a World Stroke Organization, estima-se que 30% dos pacientes demoram mais de 24 horas para procurar atendimento médico. “O socorro ágil, imediato, evita o comprometimento mais grave que pode deixar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda de memória, prejuízo à fala e diminui drasticamente o risco de morte. Ao perceber algum sintoma, o 192, telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU), deve ser acionando imediatamente para que uma equipe socorrista vá até essa pessoa”, salienta a especialista.

Sheila ressalta a necessidade de educar a população quanto aos sinais de alerta do AVC, à urgência do tratamento e ao controle dos fatores de risco. “Em 90% dos casos, o AVC é causado por pressão alta, diabetes, colesterol elevado, doenças do coração como arritmias, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool e o tabagismo tabaco”, fala a médica. A prevenção é feita através de uma alimentação saudável rica em frutas, verduras, grãos e pouca gordura e carboidratos; fazer exercício físico regularmente, limitar o uso de bebidas alcoólicas, não fumar e consultar o médico regularmente para revisão dos fatores de risco.

 

Ações de prevenção na Atenção Básica

Outra ação aliada é o engajamento de agentes de saúde, enfermeiros e médicos da Atenção Primária no combate à doença. A questão é foco de projeto iniciado em setembro, executado pelo Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, através do PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, do Sistema Único de Saúde). “A Atenção Primária é a porta de entrada do SUS e atende até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para os especialistas. Por isso, é um instrumento de grande valor no combate ao AVC e tantos outros problemas de saúde”, pontua a médica.

A iniciativa envolve oito unidades de Estratégia de Saúde da Família na capital gaúcha, expandindo-se para outras 60 unidades em todo o país. 

Entre as ações previstas no projeto, estão a implementação de programa de detecção de fatores de risco na comunidade, com encaminhamento para tratamento dos fatores de risco, além de classificação de risco de AVC e doença cardiovascular através do aplicativo para celular “Riscômetro de AVC”.

“A prevenção é o melhor remédio e estratégias nesse sentido devem ser otimizadas junto aos pacientes pelos profissionais da saúde. É importante que cada vez mais o enfoque seja orientar toda a população sobre os principais fatores de risco das principais doenças crônicas, como eles podem ser evitados e quando buscar atendimento médico”, conclui Sheila.

 


Rede Brasil AVC

http://www.redebrasilavc.org.br/


Com novas cepas e sequelas pós-Covid, "Geração Prateada" amplia busca por imunidade

O consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante a pandemia, com frequência de 40,2% para 44,6%
Crédito: Jasmine


Estudos apontam necessidade de aumento dos cuidados com a saúde e alimentação, principalmente, por parte das pessoas que já passaram dos 60 anos


Mesmo com a aplicação da segunda dose da vacina na população acima dos 60 anos, as pessoas da chamada "Geração Prateada" estão sendo convidadas a mudar hábitos para diminuir os efeitos da imunossupressão, que é a queda da imunidade acentuada com o passar do tempo. O surgimento de novas cepas de Covid-19, somado ao aumento da expectativa de vida para 76,3 anos (segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são outros aspectos importantes para serem levados em conta, especialmente, neste momento da pandemia, que ainda não acabou. 

De acordo com um estudo da NutriNet Brasil, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (USP/SP), o consumo de frutas, hortaliças e leguminosas aumentou durante os últimos meses, com frequência de 40,2% para 44,6%. "Antes da pandemia, eu não me preocupava tanto com a alimentação, mas percebi a necessidade de melhorar minha dieta” conta a aposentada Cerenita Corazza, de 75 anos, que foi infectada pelo coronavírus em março deste ano e passou duas semanas internada até estar fora de risco.

Um estudo realizado pelo Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba (PR), mostrou que as sequelas causadas pela Covid-19 podem permanecer mesmo após um mês de recuperação ou de forma contínua. Bons hábitos alimentares e a adoção de rotinas mais saudáveis, no entanto, apesar de não serem determinantes para todos os casos, podem contribuir na recuperação de organismos acometidos pelo vírus. “Cortei o açúcar e as frituras, e aumentei o consumo de frutas, verduras, fibras, proteínas e alimentos com vitaminas e antioxidantes. E, no meu caso, isso foi essencial para que eu conseguisse superar a doença", completa ela.

Os dados, divulgados em junho de 2021, apontaram,  ainda, que 90% dos pacientes que enfrentaram a covid apresentam fadiga, 85% tiveram uma grande perda de massa muscular, 70% têm falta de ar ou dificuldade para respirar e 50% ainda sofrem com dores de cabeça constantes. 

 

Alimentação balanceada

De acordo com o relatório “Protocolo De Uso Do Guia Alimentar Para A População Brasileira Na Orientação Alimentar Da Pessoa Idosa” do Ministério da Saúde, os principais cuidados na hora de elaborar uma dieta saudável para a "Geração Prateada" são os seguintes: 

 

  • Estímulo do consumo diário de feijão para melhorar a saciedade;
  • Evitar a ingestão de bebidas adoçadas com açúcar e de alimentos ultraprocessados;
  • Acrescentar o consumo diário de frutas, legumes e verduras, que contêm baixa quantidade de calorias e são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes;
  • Se alimentar em ambientes apropriados e com atenção ao alimento que está ingerindo.

 

A analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Jasmine Alimentos, Erika de Almeida Rodrigues, reforça que o consumo de produtos que contenham fibras, proteínas, ferro, colágeno, ômegas, probióticos e vitaminas do complexo B são uma boa pedida para as pessoas que já passaram dos 60 anos. “No nosso portfólio temos, por exemplo, opções com quinoa, gergelim, amaranto, Bio-V, linhaça, ativo de fibras, red berries e granolas, todos naturais, integrais, saudáveis e que ajudam a equilibrar a saúde corporal”, ressalta a analista.

Ainda de acordo com ela, a escolha de cada alimento deve ser alinhada às necessidades de nutrientes de cada pessoa - e o acompanhamento de um profissional de nutrição é essencial para a composição da dieta. “Tudo depende do estado de saúde da pessoa. Observando as particularidades fisiológicas de cada um, o médico ou nutricionista indicará a melhor seleção de alimentos”, explica.

O médico de esporte do Hospital Marcelino Champagnat, Pedro Murara, destaca que  o metabolismo de pessoas acima dos 60 anos exige cuidados especiais nas principais refeições. “Com o passar do tempo, a capacidade digestiva humana sofre alterações, e isso inclui a boca, o estômago e o intestino. O estômago começa a apresentar dificuldades de digestão com produtos de origem animal, como carnes, por exemplo. A digestão é prejudicada e a pessoa não consegue absorver dos alimentos tantos nutrientes quanto alguém mais jovem. Esse cenário favorece certas deficiências de nutrientes. Por isso, é bom evitar o consumo de ‘calorias vazias’ e investir em alimentos ricos em proteínas e cálcio”, explica Murara.

O médico ressalta, ainda, a importância do consumo de água. “A hidratação é ainda mais importante para crianças e pessoas com mais de 60 anos, pois ambos possuem mecanismos de regulação de temperatura corporal e de distribuição dos líquidos corporais menos eficientes. Por isso, pessoas nessa faixa etária bebem menos líquidos e perdem mais água, mesmo sem sentir a desidratação”, esclarece o médico.


Atividades físicas

Devido às características metabólicas e físicas da “Geração Prateada”, exercícios físicos também podem fazer a diferença a longo prazo. “Essa prática é essencial não só para quem está acima do peso, mas também para os que precisam controlar a glicemia, a pressão arterial, os lipídios no sangue e, claro, a imunidade. Ou seja, para todos que passaram dos 60 anos. Com a manutenção desses parâmetros, a chance de complicações cardiovasculares também diminui”, afirma. 

“Além disso, essas atividades preservam a massa magra e auxiliam na manutenção do equilíbrio, flexibilidade, da potência e resistência corporal, tão importantes nessa fase da vida, pois quedas e acidentes domésticos acontecem com mais frequência”, finaliza Murara.

 

Jasmine Alimentos

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Saúde bucal e produtividade dos funcionários: saiba a relação entre eles

 Especialista explica os diferentes problemas de saúde bucal que, se não prevenidos ou tratados adequadamente, podem trazer diversas consequências para os colaboradores


A relação com a produtividade dos funcionários está diretamente relacionada com a saúde bucal. Doenças na cavidade bucal e doenças sistêmicas podem ser detectadas a partir de visitas regulares ao cirurgião dentista.

Existe uma grande variedade de problemas bucais que podem afetar os funcionários de uma empresa, uns mais simples, outros mais complexos. Dentre os problemas mais comuns estão:

• Cárie: É uma doença que progride de forma muito lenta na maioria dos indivíduos. Sem tratamento adequado, ela progride até destruir totalmente a estrutura dentária;

• Doença periodontal: Inflamação e/ou infecção no tecido periodontal. Normalmente começa atingindo primeiramente a gengiva e, sem tratamento adequado, pode atingir até o osso que envolve e dá suporte aos dentes;

• Terceiros molares: Popularmente conhecido como dente do siso, é último dente dos maxilares, que em adultos jovens pode-se necessitar a sua retirada cirúrgica;

• Disfunção temporomandibular: Distúrbios na articulação temporomandibular, que liga a mandíbula ao crânio, podendo prejudicar sua função e causar dor.

De acordo com o Professor Doutor do curso de O dontologia da Faculdade Anhanguera, Rennan dos Santos, a dor e o incômodo causados por problemas bucais podem até prejudicar o trabalho e o relacionamento interpessoal dentro desse ambiente. "Se um funcionário sofre com alguma patologia nos dentes ou face, ele provavelmente virá a sofrer com as consequências desencadeadas por essa patologia. As mais comuns são dores nas regiões, sensibilidade dentária, aumento de volume na face, entre outros. Isso tende a levar à falta de concentração durante o expediente, o que, por sua vez, aumenta as chances do trabalhador se confundir ou esquecer algum ponto importante durante o trabalho" esclarece.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% das faltas ao trabalho no setor industrial estão vinculadas a problemas de saúde bucal. Nesse cenário, o Professor Doutor destaca que programas de qualidade de vida correlacionados a saúde bucal são um grande passo para os gestores de todas as empresas, uma vez que os problemas bucais podem trazer uma série de consequências para o trabalho, e motiva a conscientização de cada indivíduo. "Favorecer e conscientizar a saúde bucal dos trabalhadores da sua empresa como fator significante da saúde geral é essencial para garantir sua produtividade, motivação e bem-estar no trabalho. Além disso, é uma maneira de mostrar a preocupação dos gestores com os colaboradores", finaliza.

 

 

Anhanguera

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Campanha Outubro Rosa alerta para prevenção do câncer de mama, tipo de câncer mais incidente na população feminina

Mulheres com silicone também precisam se prevenir

 

Chegamos ao mês da Campanha Outubro Rosa, movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, a data traz mais visibilidade à doença que mais acomete mulheres em todo o mundo, constituindo a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.

Só no Brasil é o segundo tipo mais incidente na população feminina: Sessenta e seis mil casos novos de câncer de mama são estimados para o ano de 2021 no Brasil, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca, 2020). Portanto é urgente falarmos sobre a importância de um maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento preventivo o que reduz a mortalidade. Toda mulher com câncer de mama tem o direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas além de todo o suporte social, espiritual e psicológico para o enfrentamento da doença e o resgate da autoestima.

Segundo Flávia do Vale, Ginecologista Obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí, o diagnóstico precoce consegue identificar o tumor ainda em sua fase inicial, o que aumenta as possibilidades de um tratamento mais eficaz.

“Diversos estudos mostram que por meio da realização de exames preventivos é possível diagnosticar precocemente o câncer de mama, levando a um tratamento mais assertivo e aumentando as chances de cura. Realizar visitas periódicas ao médico e fazer um check-up anualmente, garante às mulheres mais plenitude e qualidade de vida, explica a médica.

Dessa forma, cerca de 30% dos cânceres de mama poderiam ter sido evitados com exames de rotina, como por exemplo, a mamografia de rastreamento, exame que deve ser feito em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama e é recomendado para mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.

“Fora dessa faixa etária e dessa periodicidade, os riscos aumentam ainda mais e o cuidado precisa ser ainda maior”, alerta Flávia lembrando que além dos exames preventivos, hábitos de vida saudáveis como alimentação rica em legumes e verduras, atividade física regular, evitar o tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas e controle do peso corporal ajudam a reduzir o número de casos e consequentemente a mortalidade.

“O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta a sobrevida das mulheres em comparação com o diagnóstico de tumores em fase avançada. O rastreamento por meio da mamografia diminui a mortalidade em cerca de 20% nas mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres nessa faixa etária devem fazer o exame de rastreamento a cada dois anos”, explica lávia lembrando que mulheres mais jovens também precisam estar atentas e é muito importante que elas percebam qualquer sinal diferente nas mamas como:

•   Presença de caroços fixos e indolores, o que está presente em 90% dos casos;

•    Alterações no mamilo;

•    Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;

•    Presença de líquido anormal dos mamilos.

Logo, o rastreamento mamográfico anual é recomendado para as mulheres entre 40 e 74 anos. As mulheres de alto risco com base na história familiar e exame genético, devem ser submetidas a rastreamento anual de câncer de mama com mamografia começando 10 anos antes da idade de diagnóstico do parente mais jovem, embora não antes dos 30 anos.

A médica lembra que atualmente, não se recomenda o auto exame periódico como método para rastreamento do câncer de mama.

“A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas e a perceber alterações suspeitas de câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de suas mamas, em situações do cotidiano. Estar familiarizado com a aparência e a sensação de seus seios pode ajudá-la a notar sintomas como caroços, dor ou mudanças no tamanho que podem ser preocupantes. Isso pode incluir alterações encontradas durante o autoexame da mama”, explica Flávia lembrando que fazer o autoexame das mamas não reduz o risco de morrer de câncer de mama por não ser eficiente em detectar lesões em fases muito precoces e iniciais da doença.

 

Câncer de Mama e Cirurgia Plástica

Mulheres que fizeram plástica também precisam se cuidar

O número de mulheres jovens que colocaram silicone nos seios praticamente dobrou em oito anos. Segundo cirurgiões plásticos essa demanda continua a crescer. Uma constatação facilmente comprovada nas ruas, escolas e academias de ginástica.

“Não há evidências de que os implantes mamários aumentem o risco de desenvolver câncer de mama. Porém, as próteses mamárias, podem obscurecer as imagens da mamografia, diminuindo a capacidade das mamografias de detectar o câncer de mama”, explica Flávia complementando que a mamografia continua sendo a ferramenta de escolha para o rastreamento do câncer de mama.

Mas às vezes os médicos podem recomendar outros exames adicionais para completar o rastreio de câncer de mama nessas pacientes como a mamografia tridimensional (também chamada de tomossíntese) ou a ressonância magnética das mamas.

Finalizando, a médica lembra que apesar das limitações do rastreamento mamográfico em mulheres com implantes, sua sobrevivência não é diferente.

“O resultado em pacientes que desenvolvem câncer de mama, mesmo com implantes, é o mesmo daqueles sem implantes” conclui.


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