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sábado, 18 de setembro de 2021

Setembro Amarelo: é possível ajudar alguém com ideação suicida?

Identificar os sinais de risco pode proporcionar o apoio a amigos e familiares, afirma psicólogo do Hcor

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que a cada 40 segundos alguém morre em decorrência de suicídio

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 800 mil pessoas cometem suicídio, por ano. Isso significa que a cada 40 segundos alguém tira a própria vida.

Para os especialistas, o assunto - visto ainda hoje como um tabu por muitos - precisa ser desmistificado e debatido como pauta pública de saúde.

"As discussões objetivas sobre o tema facilitam que as pessoas em sofrimento busquem ajuda e que toda população saiba identificar sinais de risco. Entretanto, há cuidados importantes a serem adotados, visando diminuir o ‘Efeito Werther’ - isto é, o suicídio por ‘imitação’, em decorrência do grau de publicidade dado a essas histórias", comenta Rafael Neves, psicólogo do Hcor.

Esses cuidados são ressaltados pela própria OMS, que recomenda que as comunicações sobre o tema sejam feitas de modo utilitário, evitando-se explicitação de meios e/ou motivos e respeitando os familiares e entes queridos em seu momento de luto.

Mas, afinal, por que falar sobre suicídio pode ajudar na conscientização e prevenção do mesmo?

Segundo Neves, identificar sinais de risco é o primeiro passo para amparar uma pessoa com ideação suicida. Dentre eles, o psicólogo destaca:

- isolamento / afastamento do convívio social.

- surgimento ou agravamento de comportamentos destrutivos/autolesivos ou de manifestações verbais da intenção de morrer. "Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real".

- preocupação com a própria morte e suas repercussões ou falta de esperança. "As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e do futuro".


E, identificados esses sinais, como oferecer ajuda?

"Caso você esteja preocupado com alguém, é imprescindível mostrar que genuinamente se importa e que está disposto a ajudar", explica o especialista do Hcor. Nesses casos, três atitudes podem minimizar os riscos e melhorar a qualidade de vida da pessoa em sofrimento:


1. Converse

Acolha os sentimentos do indivíduo buscando compreendê-los, sem julgamentos. Isso não significa que você precise resolver todos os problemas da pessoa, porém deve questionar se ela está pensando em se matar, há quanto tempo e se já sabe como e quando vai fazer isso. "Um dos grandes mitos do suicídio é que se alguém perguntar sobre o suicídio, pode colocar essa ideia na cabeça da pessoa. Na verdade, se você desconfia que alguém quer se matar, é porque a pessoa provavelmente já estava pensando nisso há algum tempo".


2. Proteja

Não deixe a pessoa sozinha e se assegure de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte em casa. Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.


3. Busque ajuda

Ofereça esperança e a encaminhe a um profissional, acompanhando-a, se necessário, ou envolvendo outras pessoas importantes para o indivíduo em crise suicida. Tome atitudes e não prometa segredo. "É possível buscar ajuda e orientação em lugares como CAPS e Unidades Básicas de Saúde, UPAs 24 horas, hospitais, prontos-socorros e mesmo com o SAMU. Também temos o recurso do Centro de Valorização da Vida, que faz um ótimo trabalho pelo telefone e no qual as ligações são gratuitas. O número é o 188".

Agora, se é você quem está passando por um momento difícil ou tem um quadro diagnosticado de depressão, o tratamento combinado é fundamental. Ou seja, acompanhamento especializado com profissionais de saúde mental - como psicólogos e psiquiatras -, além da adoção de hábitos de vida mais saudáveis que ajudam na promoção de saúde mental, tais como: fazer pausas regularmente, reservando um tempo para si mesmo; organizar as tarefas cotidianas, equilibrando responsabilidades com lazer; estar próximo de quem você ama presencial ou virtualmente; praticar atividades físicas e investir em boas noites de sono.

 

Saiba tudo sobre o hormônio do amor - ocitocina, que está presente em nosso cotidiano, por meio de contato social

Com a pandemia do Covid-19, o número de casos de depressão, ansiedade, e síndrome do pânico, aumentou consideravelmente, atingindo índices alarmantes. Especialistas apontam que a COVID-19 compromete o organismo em relação a:  inflamação, estresse oxidativo,hiperativação do sistema imunológico, síndrome do desconforto respiratório agudo (SARS), e disfunção renal.  

Normalmente o que ‘equilibra’ o bem-estar do ser humano é hormônio da felicidade e do amor - ocitocina. A maior parte da produção deste hormônio é gerada, basicamente, por meio de contato social, afeto, abraços e, logo, com o isolamento social provocado pela pandemia,  fomos obrigados a abrir disso tudo para nos mantermos longe do vírus. Sendo assim, tivemos uma baixa muito grande deste hormônio e, nesses quase dois anos de reclusão social, foi necessário aprendermos a ‘sentir o sorriso das pessoas’ por meio dos olhos.  

Estudada há muitos anos, inicialmente por Sir Henry Dale, em 1906, a ocitocina foi o primeiro hormônio peptídico a ser sequenciado e sintetizado por Vincent du Vigneaud - por essa conquista, ele recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1955. Ao longo dos anos, vários estudiosos chegaram à conclusão de que tanto o amor quanto as ligações sociais servem para facilitar a reprodução, nos dar um senso de segurança e reduzir a ansiedade e o estresse. A compreensão é de um simples peptídeo perito em induzir contrações uterinas e ejeção de leite a um neuromodulador complexo com capacidade de moldar o comportamento social humano, justamente por isso, leva o título de “hormônio do amor e felicidade”. 

A ocitocina, hoje em dia, é mais conhecida por sua atuação como terapia auxiliar do abortamento incompleto, inevitável ou retido, além dos benefícios pós parto, promovendo a contração uterina e, assim, prevenindo o sangramento excessivo pós parto, mas além disso, pode ajudar o ser humano com a reposição de um hormônio no controle das emoções, afetividade e da empatia.  

O hormônio tem como função modular e prevenir doenças cardíaca e vascular, acelerar a cicatrização da ferida, aumentar o prazer no orgasmo e aumentar o apego entre os amantes, além de estimular o impulso sexual, comportamento e sentimentos afetuosos. Também é responsável por relaxar os músculos, reduzindo a dor e estimular anabolismo e catabolismo. 

Já a baixa quantidade de ocitocina costuma causar: Palidez; Olhar infeliz; Olhos secos; Corpo pobre em expressões emocionais; Diminuição de Libido; Estresse; Diminuição da função cognitiva; Distúrbios do sono; Falta de lubrificação da glande durante o sexo; Diminuição da capacidade de ejacular; Ausência de sorrisos; Diminuição da capacidade de orgasmo da mulher; Obesidade; Dores musculares; Incapacidade de amamentar; Ansiedade excessiva/medo. 

A atividade da ocitocina diminui com o avançar da idade nas áreas centrais do cérebro que são importantes para as emoções, tornando a necessidade de suplementação de oxitocina progressivamente. Os níveis em idosos precisam ser muito maiores para saturação compensatória não espontânea dos receptores. Para essa suplementação existem algumas opções: Injetáveis, Nasais, Implante e Oral.  

Com o tempo em que vivemos, a ponto da necessidade de repor amor nas pessoas porque precisamos de afetividade, chegamos ao ponto de nos questionarmos: O que realmente vale a pena?  

Juntos somos mais generosos, gentis e humanos. É isso que gera multiplicação.

 


Dr Fabiane Berta - Médica há 10 anos, com especialização pela Santa Casa -SP em ginecologia endócrina e pós graduanda  em Endocrinologia clínica, Longevidade saudável aplicada ao antienvelhecimento genético, Bioquímica e fisiologia hormonal metabólica, Neurociência e comportamento.  Idealizadora do movimento #OCITOCINE-SE, que tem por objetivo compartilhar amor por meio da ciência, restaurando a saúde física e mental do ser humano. Apoiada pelo centro de Genoma e células tronco na USP, em desenvolvimento de pesquisas e análises clínicas, laboratoriais e genética como prova terapêutica dos protocolos embasados na ação hormonal

 

Estresse da pandemia desencadeia e piora quadros de alergia de pele e respiratória

Insegurança, medo e preocupação com a própria saúde e de pessoas queridas e a necessidade de adaptar-se a uma nova realidade elevam o estresse na pandemia e pioram quadros alérgicos


O estresse, como conhecemos e nos referimos, hoje, surge, normalmente, a partir do medo diante de um perigo iminente, desconhecido, ou fruto de um trauma. Trata-se de um instinto natural que existe em função da sobrevivência, da necessidade de preparar-se para os perigos que, potencialmente, nos levariam à morte.

É sabido que fatores emocionais, como o estresse, têm recebido crescente atenção por serem possíveis fatores relacionados à asma, por exemplo. Sintomas como irritabilidade, características depressivas e ansiosas, dificuldades de aprendizagem podem impactar de modo negativo na qualidade de vida de crianças e adolescentes asmáticos, conforme relatou a alergista e imunologista pela USP Dra. Brianna Nicoletti.

"De acordo com um recente estudo sobre Estresse e Asma na Infância e Adolescência, identificar os agentes estressores ajuda a compreender a doença e a melhorar o tratamento. Daí a importância de zerar a negligência que esses fatores sofrem por parte de profissionais da saúde, familiares e programas de saúde pública. Por isso, a necessidade de vir a público para chamar à atenção da população, especialmente dos pais e cuidadores que, inclusive, sofrem com o estresse que o tratamento, alívio dos sintomas, idas a postos de atendimento de urgência e a rotina de consultas lhes impõe, ainda mais num contexto de pandemia", alerta a alergista.

Os fatores internos que geram estresse nas crianças mais comuns são: doenças crônicas, mudanças de escola, conflitos frequentes e separação entre os pais, precariedade econômica, exigências excessivas de pais e professores, questões de personalidade como insegurança, timidez ou ansiedade e até as mudanças bruscas corporais e hormonais. Os externos podem decorrer das necessidades de adaptação por conta da doença como evitar correr, pular ou realizar atividades físicas, sentir-se excluído do grupo por sentir-se cansado ou tossir com frequência, dificultando o relacionamento social e gerando isolamento, por sentirem-se incapazes e/ou inadequadas.

A boa notícia é que, hoje, sabemos que há maneiras de evitar o aparecimento de problemas respiratórios crônicos como a asma, por exemplo, por meio de um bom acompanhamento pré-natal, de uma rede de apoio para aliviar o estresse materno no puerpério, e a realização de visitas frequentes ao pediatra para que um possível diagnóstico seja feito o quanto antes e encaminhado ao alergista. Tudo isso pode ajudar a evitar as condições favoráveis ao aparecimento de respostas alérgicas do organismo sob estresse.

"A desinformação é a melhora amiga dos quadros estressantes e o desconhecimento em relação às doenças alérgicas atrapalha a prevenção e a adesão a um tratamento com foco na cura ou na eliminação dos sintomas que, por sua vez, aumentam o estresse, como expliquei", frisa a imunologista. Dra Brianna acredita que o médico deve sempre considerar a participação de um psicólogo ou terapeuta para o alívio ou eliminação dos gatilhos estressantes nos pacientes.

Para a dermatologista Dra Maria Paula Del Nero, outras doenças de fundo psicossomático como as urticárias, dermatites, psoríase e vitiligo são algumas das enfermidades que podem surgir ou se agravar diante do estresse.

Segundo estudo realizado, entre abril e julho de 2020, com 140 pacientes com urticária crônica, em São Paulo, consequências psicológicas, como depressão e transtorno do estresse pós-traumático, presentes na pandemia da COVID-19, trouxeram grande impacto em 80 desses pacientes com doenças alérgicas e urticária, ou seja, em 57,1% deles; sendo que 27 deles (33,8%) já apresentavam registro de problema emocional.

"O importante nesse estudo é perceber que o controle do estresse é essencial para evitar o aumento dos sintomas e o agravamento das doenças alérgicas", explica Dra Brianna.

"É um círculo vicioso que precisa ser rompido, porque a pessoa com urticária crônica, segundo o estudo, diante da pandemia, ficou mais estressada e isso parece estar associado à piora do quadro. E o aumento dos sintomas leva a um maior nível de estresse, também devido aos incômodos que acarreta", indicou Maria Paula, dermatologista reconhecida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Diante dos casos observados e relatados nessas duas pesquisas, a pandemia trouxe novos casos alérgicos decorrentes do estresse e agravamento de sintomas em pessoas que já sofriam com essas comorbidades.

Dicas para aliviar o estresse - Sendo um mecanismo fisiológico de defesa do organismo em vista da sobrevivência, o estresse libera neurotransmissores, como a adrenalina, que nos colocam em constante estado de alerta diante de perigos iminentes. Se esse quadro se torna crônico, traz danos à saúde. Por isso, ao primeiro sinal de mudanças - como dificuldade para dormir, ou não conseguir dormir a noite toda, ou ainda, despertar cansado ou sem energia para trabalhar, estudar ou realizar tarefas do cotidiano, irritar-se frequentemente com os outros -, é necessário tomar uma ação.

Passos para prevenir a piora do estresse:

• Identificar a causa do estresse. Afastar-se dela, se possível;

• Se não for, buscar uma forma de conviver com a situação, dando novo significado à situação passada ou presente;

• Fazer higiene do sono, distanciando-se de dispositivos eletrônicos ao menos por 2 horas antes de ir para a cama e preparar-se para dormir;

• Acordar com tempo para cuidar de si, antes de desempenhar papéis e após dormir horas suficientes;

• Fazer terapia, submeter-se a seções de hipnose com terapeutas certificados ou outras seções terapêuticas, é uma maneira de ressignificar traumas e gatilhos do subconsciente;

• Programar e realizar momentos de lazer religiosamente;

• Estar com quem você gosta e realizar atividades que tragam prazer e realização pessoal;

• Praticar atividade física sem cobrança relacionada ao desempenho, apenas por prazer e com foco na saúde e bem-estar;

• Gastar tempo com atividades não ligadas ao trabalho profissional, como hobbies e ações voluntárias sem cobranças;

• Praticar meditação e/ou yoga;

• Não tomar remédios nem mesmo fitoterápicos sem consultar um médico ou especialista;

• Não adiar o tratamento fazendo uso de álcool ou drogas para alívio de sintomas.

Os passos do estresse no organismo - No passado, as respostas negativas que traziam danos ao organismo eram designadas como síndrome geral de adaptação e só mais tarde surgiu o termo estresse. Ou seja, os sinais estressantes nada mais são do que uma resposta complexa clínica que envolve reações físicas, como a urticária e a asma, por exemplo, e psicológicas, como a ansiedade, a depressão ou o pânico.

Esse quadro de estresse tem três fases: "a primeira é a fase de alarme: é a resposta inicial diante de qualquer estímulo que desequilibre a regulação interna (aumento da frequência cardíaca, motivação e preparação do organismo para a ação); a segunda é a fase de resistência, com a motivação inicial sendo substituída pelo desgaste decorrente da tentativa contínua de adaptação e da regulação homeostática; e a última é a fase de exaustão que demonstra o fim da capacidade de adaptação, ou seja, com a permanência desse estímulo estressante, ocorrem doenças de maior gravidade ou fatais, como problemas de coração e rins", explica a Dra Brianna com base no estudo acerca da asma na infância e adolescência.

As duas médicas estão à disposição para falar sobre o estudo de observação no início da pandemia, relacionado a urticária, ou sobre o estudo sobre o aparecimento ou agravamento da asma em crianças e adolescentes associado ao estresse.

 

 

Dra. Brianna Nicoletti - CRM-SP: 74.594 / RQE: 103.535 • Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003) • Residência médica em Medicina Interna pela Universidade Estadual de Campinas (2006) • Residência médica em Alergia e Imunologia Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (2009) • Associada à Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia • Médica Especialista em Alergia e Imunologia do Corpo Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein (desde 2013) • Integrante da equipe de Qualidade da UnitedHealth Group (desde 2011) .


O amor é uma droga?! Separação tem efeito similar a abstinência de drogas

Evidências científicas apontam que as reações químicas no cérebro são similares de quem está sofrendo por um amor perdido e alguém que quer deixar um vício

Espiritualista Maicon Paiva aponta que o sofrimento, mesmo que intenso, pode ser atenuado. Paiva tem experiência de mais de 2 décadas e já ajudou mais de 35 mil pessoas na cura do coração partido (Imagem: Unsplash)

 

Você consegue apontar o que é o amor? E a dor? Sentimentos, na prática, são muito difíceis de definir pois as sensações que os envolvem variam de acordo com a experiência de cada um e até do momento da vida em que a pessoa se encontra. Sentimos de maneiras diversas e tão intensamente, que, às vezes, as emoções materializam-se para o corpo fisicamente.

Há explicação científica para essas variações e expressividades emocionais. No livro "A química entre nós", o neurocientista Larry Young se debruçou sobre o tema. Nossas ações e sentimentos são produzidas através de estímulos químicos, que podem variar de acordo com o momento e o nível de costume do cérebro com eles. Por exemplo, a alegria e a tristeza são fabricadas a partir do atendimento ou não da demanda de hormônios, como endorfina e serotonina, que o nosso corpo está acostumado a receber em determinadas situações.

Quando se trata de uma separação, a escassez dessas substâncias, produzidas enquanto se está com outra pessoa, pode provocar tristeza, solidão e angústia. Na obra, Young conta que algumas pessoas estão propensas a sentir mais intensamente. Os níveis de mudanças químicas delas quando experienciam a dor de um término ou divórcio assemelha-se à abstinência de drogas.

Maicon Paiva, especialista em união amorosa, por meio do serviço de Amarração Amorosa, já ajudou mais de 35 mil pessoas nesse processo do coração partido e explica o porquê dessa dor intensa em momentos de separação:

"A perda pode ser tão dolorosa a ponto de parecer uma abstinência química, pois nós somos tirados de uma zona de conforto amigável de forma abrupta ou muito forte, quase como um choque. Quando isso acontece, há uma urgência de recuperar as coisas boas que você sentia antes com aquela pessoa", explica o espiritualista com vivência de mais de 2 décadas e criador do Espaço Recomeçar .

Para Maicon esse tipo de sofrimento, por mais que difícil de lidar, pode ser atenuado através de práticas ligadas à Espiritualidade. Reacender o amor através da Amarração Amorosa e realizar a Limpeza Espiritual para manter as energias alinhadas em uma direção positiva de superação são opções recomendadas. O Espaço Espiritual está localizado em São Paulo, mas possui atendimento de forma virtual e conta com o atendimento especializado do Espiritualista Maicon Paiva que fundou o Espaço Recomeçar em 2002. Em 2022, o Espaço Recomeçar completará 20 anos!

 


Espaço Recomeçar

https://espacorecomecar.com.br/

 

Setembro Amarelo: 5 dicas para evitar a depressão em idosos

Psicóloga conta a importância do acompanhamento médico e diálogo entre a família


Em setembro, desde 2015, é realizada uma campanha de prevenção do suicídio pelos profissionais da saúde com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema. Com os anos, o "Setembro Amarelo" foi ganhando mais força e trazendo ainda mais apoio para pessoas que sofrem de depressão.

Contudo, ainda há um mito que ronda o assunto que insiste em afirmar que essa é uma patologia desta geração e que os mais velhos não sofrem com este mal, porém, quem acredita nisso está enganado. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa do suicídio entre idosos a partir de 70 anos, nos últimos seis anos, aumentou, ou seja, foi registrada a taxa média de 8,9 mortes por 100 mil nesse período.

Além disso, 51% dos casos de suicídio no Brasil ocorrem dentro de casa, aponta outro dado da FioCruz, o que é o fator principal de risco para os casos de suicido dos idosos, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Para a psicóloga Tais Fernandes, da Said Rio, empresa de cuidadores de idosos, é muito importante levar essa informação e esses dados à sério. "Na terceira idade, homens e mulheres enfrentam muitos desafios, que podem ser desde a dificuldade em manter o convívio social, até as limitações físicas. Apesar dessas incapacidades serem consideradas normais a partir dos 60 anos, isso gera desconforto nos idosos que até então eram independentes e agora precisam de cuidados especiais"

Pensando nisso, a profissional resolveu listar 5 dicas para evitar a depressão nos mais velhos:

• Estimular um estilo de vida saudável

Poucos sabem, mas manter uma vida regrada com uma boa alimentação e prática de exercícios físicos podem evitar o surgimento dessa doença, isso porque, esses hábitos estimulam os hormônios da felicidade e fazem com que o idoso se sinta melhor consigo mesmo e até mais disposto.

• Formação de grupos

O item acima pode ajudar neste tópico. Ao começar a praticar uma atividade do gosto do idoso, ele pode conhecer pessoas da mesma idade e com interesses em comum, assim, ele terá com quem conversar e não se sentirá deslocado.

O mesmo vale para a família, procurem se unir mais com os pais e os avôs de idade, conversem sobre assuntos que eles também conheçam, isso evita que eles se distanciem do contato social.

• Trabalhar a aceitação

Isso pode até não ser uma tarefa fácil, mas é uma das principais a serem trabalhadas com o grupo da terceira idade. Para alguns é mais difícil que outros aceitar que a velhice chegou, mesmo que sabemos que isso é um fato e que vai acontecer.

Por isso, converse, explique, mostre para seu familiar e amigo, que isso é normal, e que assim como em todas as outras fases da vida, o envelhecimento também tem seus charmes e vantagens.

• Mantenha uma rotina com seu médico

Nessa fase da vida, o surgimento de doenças se torna comum, por isso manter uma rotina de consultas e exames pode trazer prevenção e preparo para o idoso. Além disso, ele poderá ter consciência do que acontece com o corpo dele e isso trará uma sensação de segurança e independência.

• Se necessário, procure a ajuda de um profissional

Mesmo com todas as dicas de prevenção, nem sempre conseguimos controlar o que irá ou não acontecer. Por isso, o mais importante é estar atento aos sinais e procurar ajuda profissional quando necessário. Não tenha receio do prognóstico, confie que a melhor solução e tratamento virá de uma pessoa que entende do assunto.

"Hoje em dia, os tabus em volta da depressão e do suícidio estão cada vez menores e precisamos usar isso para prevenir essa doença que atinge pessoas de todas as idade. Atente-se aos sinais, alterações de humor e hábitos, diminuição de autoestima e da capacidade de sentir felicidade, cansaço, pensamentos negativos recorrentes, entre outros. A família e os amigos podem salvar vidas", finaliza a psicóloga Tais.

 

SAID RJ


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Fato ou fake? Especialista do PROADI-SUS esclarece mitos e verdades sobre doação e transplante de órgãos

A autodeclaração ainda é a forma mais eficaz de garantir que a doação de órgãos aconteça


A negativa familiar é um dos principais entraves para que um órgão não seja doado no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, nos últimos anos, mais de 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada. Por isso, a autodeclaração é tão importante no ambiente familiar para que uma pessoa possa salvar até 8 vidas.

Mas, além de todas as dificuldades naturais do processo, a desinformação é outro fator que prejudica a efetivação da doação. Para esclarecer o assunto, confira o que é fato ou fake segundo Amanda Angrisani, enfermeira do projeto TransPlantar - a iniciativa é conduzida pelo Hospital Sírio-Libanês por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).


• Basta colocar no RG para me declarar doador. FAKE!

Apesar do indivíduo manifestar interesse em vida sobre doação de órgãos, quem autoriza a doação após o falecimento do indivíduo é a família. Caso, após sua morte, a sua família recuse a doação, os seus órgãos não serão doados para transplante. Entretanto, em geral, quando a família tem conhecimento desse desejo, frequentemente autoriza a doação.


• Doador que faleceu de Covid-19 não pode doar órgãos. FATO!

As vítimas da infecção pelo coronavírus, geralmente, não estão aptas para a doação de órgãos, pois se o vírus estiver ativo no organismo do doador, a pessoa que recebe o órgão pode ser potencialmente contaminada. Em nota técnica, o Ministério informa que há contraindicação absoluta para doação de órgãos e tecidos nos casos de doadores com COVID-19 ativa, com teste para SARS-CoV-2 positivo, e com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) sem etiologia definida e teste laboratorial não disponível.


• Independente do estado de saúde, qualquer pessoa pode doar órgãos. FAKE!

A doação de órgãos e tecidos não é permitida para pessoas que vieram à óbito devido a doenças infectocontagiosas ou que danificaram gravemente o organismo, pois a função do órgão pode estar comprometida ou a infecção pode ser transferida para a pessoa que irá receber o órgão. Pessoas soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas; pacientes com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos; indivíduos em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS) não poderão ser doadores.


• Quase todos os órgãos e tecidos do corpo podem ser doados? FATO!

É possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante apenas de um doador. Podem ser doados rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador. O único órgão que não pode ser doado é o cérebro.


• Idosos não podem se tornar doadores. FAKE!

O que determina o uso de partes do corpo para transplante é o seu estado de saúde. Em geral, aceita-se os seguintes limites, em anos: rim (75), fígado (70), coração e pulmão (55), pâncreas (50), válvulas cardíacas (65), córneas (sem limite), pele e ossos (65).


• Mesmo vivo, posso ser um doador de órgãos sem prejudicar minha saúde. FATO!

A doação entre vivos também pode acontecer no caso de órgãos duplos, como por exemplo o rim. No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor. Os órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo são:

• Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e tanto o doador quanto o transplantado podem levar uma vida perfeitamente normal;

• Medula óssea: pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue;

• Fígado ou pulmão: poderão ser doadas partes destes órgãos.


• Todos os órgãos têm o mesmo prazo de validade e devem ser transplantados em até 24h. FAKE!

Cada órgão tem um prazo máximo para ser transplantado. O coração, por exemplo, deve ser colocado em outro corpo no prazo de até 4 horas. Já o tempo de isquemia do rim é de 48 horas. Os órgãos doados vão para pacientes que aguardam em uma fila única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (STN).


• Após a cirurgia, devo agradecer meu doador. FAKE!

Por questões éticas, não é possível que a família do doador saiba para quem o órgão foi doado. Tanto o paciente transplantado como o doador devem permanecer no anonimato.


Quero ser doador! O que fazer?

Se você deseja ser doador de órgãos e tecidos, a primeira coisa a fazer é avisar a sua família para que após a sua morte possam autorizar, por escrito, a doação. Caso queira doar órgãos ainda em vida, também é possível! Para mais informações, acesse o link .


Sobre o PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse: https://hospitais.proadi-sus.org.br


Dia do Ortopedista: Quando é hora de procurar um médico especialista em coluna?

Foto ilustrativa │ Divulgação
Os problemas nas costas lideram mais uma vez o ranking de principais causas que afastam trabalhadores dos seus postos no último ano. Foram mais de 49 mil casos em 2020. A Síndrome do manguito rotador (dor nos ombros) e a COVID-19 aparecem na sequência com 37 mil afastamentos cada.


Segundo o médico ortopedista especialista em cirurgia da coluna, Dr. Antônio Krieger, além das dores nas costas, as doenças da coluna podem se manifestar através de outros sintomas, inclusive em outras partes do corpo, e alerta sobre quando um especialista deve ser procurado.

"Dores nas costas persistentes em pessoas com menos de 20 anos e acima dos 55 anos, redução da capacidade de se movimentar, alteração da força de braços e pernas, alteração da sensibilidade e dores que irradiam para os membros devem ser investigadas", diz o cirurgião.

É estimado que entre 65% e 90% da população mundial sofrerá pelo menos um episódio dessa dor que gera impactos pessoais, ocupacionais, sociais e econômicos. As dores nas costas podem estar relacionadas a diversos fatores, entre eles o envelhecimento natural, estresse, sobrepeso e sedentarismo e ser agravada devido ao uso excessivo de computadores e trabalhos que envolvam carregamento de carga, por exemplo.

"Quem fuma, tem histórico de tumores, faz uso de corticoides por longos períodos ou apresenta um comprometimento da imunidade também devem redobrar os cuidados e ficar atento à saúde da coluna", alerta Krieger.

PREVENÇÃO - A prevenção de problemas na coluna envolve alguns pilares, como a prática regular de atividade física e o fortalecimento do core (grupo com 29 pares de músculos na região lombar, abdominal, quadril e pelve); parar de fumar e manter-se dentro do peso ideal.

"Sem exercícios, seus músculos podem ficar fracos, sobrecarregando as articulações, levando a dor e acelerando o processo natural de degeneração. O hábito de fumar compromete e acelera o processo de degeneração dos discos intervertebrais, responsáveis por amortecer impactos e dar flexibilidade para a coluna, além de reduzir a capacidade de absorção de cálcio, fundamental para a saúde óssea. O sobrepeso e principalmente a obesidade podem alterar o centro de gravidade do corpo, forçando a postura e gerando uma tensão na coluna", explica Antônio Krieger.

Ainda segundo o especialista, cuidar da postura e reduzir os níveis de estresse colaboram para uma vida sem dores nas costas.

"Crie o hábito de vigiar sua postura ao estar em pé ou sentado; no trabalho busque a ergonomia na estação de trabalho, faça intervalos e alongue-se; ao levantar objetos pesados, faça da forma correta e com segurança. Com relação ao estresse, o nosso corpo reage criando tensão muscular que pode afetar suas costas e levar até mesmo a quadros de dor. Relaxar, desligar o celular, praticar exercícios podem te ajudar a gerenciar o estresse e prevenir a dor", garante o médico.

 

Dr. Antônio Krieger - Médico ortopedista especialista em Cirurgia da Coluna pela AOSpine, Mestre em Cirurgia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e membro fundador da LESSS (Latin American Endoscopic Spine Surgery Society).
Atuac
̧ão focada em tratamentos da coluna, incluindo cirurgia minimamente invasiva, medicina esportiva e reabilitação de atletas.

 

Fonte: Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)

Especialista alerta para aumento de crises alérgicas com o tempo seco

Fatores ambientais são os mais determinantes para manifestação das doenças alérgicas


Com o frio e a escassez de chuvas, a baixa umidade do ar prejudica o nosso sistema respiratório, deixando o organismo mais suscetível a desenvolver e agravar quadros de alergia. Segundo estudo do ISAAC¹ (Internacional Study of Asthma and Allergies), a rinite compromete cerca de 26% crianças e 30% dos adolescentes, já que o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo.

Ácaros da poeira, pelos de animais domésticos e pólen das flores são alguns dos agentes que causam alergias. Os poluentes que ficam mais concentradas no ar seco também são irritantes da mucosa nasal e podem agravar os sintomas respiratórios.

A Dra. Priscila Moraes (CRM 145127) explica que nas grandes cidades o problema fica mais grave, por conta da dificuldade da dispersão de gases poluentes. E os ambientes mais fechados por causa do frio, em que o ar não circula de forma adequada, também favorecem a reprodução de vírus e bactérias. "Os sintomas de alergia mais comuns são coceira, tosse seca, falta de ar, ressecamento da pele, dor de cabeça, incômodo na região abaixo dos olhos e coriza", alerta a médica.

Diferentes tipos e causas de alergia podem desencadear os mesmos sintomas, então é importante consultar um médico para ter o diagnóstico correto. O tratamento para aliviar os sintomas pode iniciar antes mesmo da identificação da causa, com anti-histamínicos que bloqueiam a crise e possuem poucos efeitos colaterais, exceto a sonolência, no caso dos antialérgicos de primeira geração, mas que, de certa forma, podem ajudar a criança a descansar.

Já existem medicamentos genéricos e similares com os mesmos princípios ativos dos medicamentos de referência, que se tornam opções mais acessíveis ao bolso do paciente.

Além do tratamento correto, algumas medidas podem ser eficazes na prevenção:

Fique de olho na ventilação: No inverno, a tendência é fechar todas as janelas, mas os ambientes fechados impedem a circulação adequada do ar e facilitam o depósito de partículas alérgicas nas superfícies.

Use umidificadores: Esses aparelhos ajudam a equilibrar a umidade do ar no ambiente, mas devem ser utilizados corretamente para que o excesso de umidade não favoreça a proliferação de fungos. Outra solução é espalhar baldes e bacias com água pelo ambiente ou toalhas úmidas.

Evite acúmulo de poeira: O ideal é retirar todos os objetos que podem acumular poeira dentro de casa, como cortinas, tapetes, bichos de pelúcia, etc.

Dê preferência ao aspirador de pó com filtro de água ou filtro HEPA: A vassoura tende a levantar e espalhar a poeira. Se não for possível utilizar o aspirador de pó, prefira o pano úmido.

 

Fonte: Neo Química - Histamin

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Agosto/2021.

 

Referência:

• Rinite começa na infância e atinge cerca de 26% das crianças - ASBAI

• Referências Bibliográficas: 1. IQVIA PMB MAT ago/2021

 


DERMATITE ATÓPICA

Dermatologistas alertam pais sobre doença que afeta a pele, tira o sono e pode comprometer o processo de aprendizagem das crianças

 

Milhares de crianças brasileiras manifestam sinais e sintomas de dermatite atópica, um problema de saúde que causa desconforto dos pequenos e tira o sono de pais e responsáveis. Diante da alta incidência de dermatite atópica (DA) na população infantil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta os adultos sobre a importância de ficarem atentos às queixas e ao surgimento de manifestações na pele que possam ser indícios do aparecimento deste problema, que pode ter origem genética, não é contagioso e pode ser atenuado ou controlado com a ajuda de medicamentos e mudança de hábitos.

Este é um dos temas abordados pela campanha "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", que a SBD promove até o fim do mês de setembro. A iniciativa tem o apoio institucional da Sanofi, Lilly, Abbvie e Pfizer. Para esclarecer dúvidas sobre os quadros que afetam o público infantil, a SBD realizará uma live voltada para a população em 23 de setembro, data em que será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica.


Fatores desencadeantes - A DA pode aparecer em qualquer idade, geralmente na primeira infância, em bebês a partir dos três meses. A doença costuma desaparecer em aproximadamente 70% dos pacientes na adolescência. Alguns casos podem ter início na adolescência ou já na idade adulta. Silvia Soutto Mayor, coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD e responsável pelo Setor de Dermatologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo, indica fatores que merecem atenção: "em geral, os sinais mais precoces de dermatite atópica são uma pele muito seca e a presença de coceira. Como o bebê ainda não tem coordenação motora desenvolvida, fica agitado, inquieto e chora".

Como se trata de uma doença com várias causas, o surgimento de quadros em crianças pode decorrer de alterações genéticas, de disfunções da barreira cutânea, resposta imunológica alterada, disbiose ou alteração do microbioma da pele. Também entram nesta lista alterações emocionais e ambientais, que funcionam como "gatilhos" para as crises.

De acordo com a coordenadora do Departamento da SBD, banhos quentes e demorados, sabonetes que "desengorduram" muito a pele, uso de buchas ou esponjas no banho, roupas de lã ou sintéticas e alimentos alergênicos, como castanhas em geral, ovo e leite, podem agir como fatores que desencadeiam ou agravam as crises da DA. Além disso, o estresse emocional pode complicar o quadro e até mesmo ser gatilho para as crises.

"Os pais devem se manter atentos e conversar com os filhos, principalmente quando há uma piora repentina da dermatite. Ao identificar a causa do estresse emocional fica mais fácil combatê-lo e, se necessário, lançar mão da ajuda de psicólogos ou até psiquiatras", avalia.


Impactos psicológicos - Outro ponto levantado por Silvia Soutto Mayor são os impactos psicológicos que as crianças sofrem após serem diagnosticadas com dermatite atópica. Uma das consequências é o comprometimento da autoimagem do paciente por conta das lesões que aparecem no rosto e nas extremidades do corpo, como mãos, pés, orelhas, pescoço e nas dobras dos braços e joelhos.

"Por conta disso, muitos jovens se tornam vítimas de bullying. É preciso orientar seu filho sobre o fato de que a dermatite não é contagiosa, não impede o convívio escolar e nem que ele brinque e socialize com outras crianças", enfatiza. Essa doença também afeta o processo de aprendizagem, pois a coceira impede a concentração e leva a distúrbios do sono. "O aluno acorda várias vezes à noite, o que o faz se sentir cansado nas aulas. Além disso, ele pode sofrer com sonolência indesejada pelo uso de medicamentos para tratar a dermatite, como antialérgicos (anti-histamínicos).

Para prevenir o agravamento de quadros ou o surgimento de crises, a especialista da SBD recomenda a aplicação constante de hidratantes, entre outros itens. "Os pais devem evitar o ressecamento excessivo da pele das crianças, dando banhos rápidos e mornos, hidratando a pele logo após o banho e evitando a transpiração excessiva, optando por tecidos leves, preferencialmente, de algodão", aconselha.


Campanha em setembro - O lançamento desse alerta e a realização de várias ações durante o mês de setembro fazem parte da campanha que a SBD desenvolve sobre o tema da dermatite atópica. Para os dermatologistas membros da SBD será feita outra live, no dia 21 de setembro, que será transmitida no site do Conexão SBD.

A campanha contará ainda com vídeos - voltados para o público leigo - em que médicos responderão as dúvidas sobre a dermatite. Também serão distribuídas peças em redes sociais, esclarecimentos sobre causas, sintomas e tratamentos serão publicados no site e redes sociais da SBD. A SBD também criou um site dedicado a sanar dúvidas sobre a doença.

 


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