Silenciosa, doença é uma das principais causas de cegueira no mundo. Oftalmologista parceiro da ZEISS, referência mundial em saúde ocular, fala sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da doença
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Em 26 de maio é
celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, doença que afeta os
olhos e pode levar à cegueira. Segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS ), estima-se que 64 milhões de pessoas em todo o mundo tenham algum tipo
de deficiência visual devido à doença. Nesse grupo, 6,9 milhões de pessoas
apresentam dificuldade de visão moderada, grave ou total (cegueira), resultante
das formas mais graves do glaucoma.
De acordo com levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), divulgado em dezembro de 2019, há mais de 6,5 milhões de brasileiros
com algum tipo de deficiência visual. Deste total, 600 mil pessoas são cegas. A
ZEISS, referência mundial em tecnologia voltada à saúde ocular, convidou
o oftalmologista, Dr. Vital Paulino Costa, professor e chefe do setor de
glaucoma da UNICAMP e um dos mais renomados especialistas na área no Brasil, para
falar sobre a doença e explicar a importância do diagnóstico precoce do
glaucoma.
Dr. Vital, o que é o
glaucoma?
O Glaucoma é uma
doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que
provoca lesões no nervo ótico e gera comprometimento visual. Se não for tratado
adequadamente, o glaucoma pode evoluir para perda total da visão (cegueira
irreversível).
E quais o tipos de
glaucoma?
Existem diversas
formas de glaucoma, sendo que o mais comum é o ‘glaucoma de ângulo aberto’ (crônico),
correspondente a aproximadamente 80% dos casos da doença. Ele é causado por uma
alteração anatômica na região de drenagem do líquido interno do olho, o que
aumenta a pressão ocular. Já o ‘glaucoma de ângulo fechado’ pode ocorrer de
forma aguda, originando um aumento rápido, doloroso e grave na pressão
intraocular.
O ‘glaucoma
congênito’, como o nome já diz, é herdado geneticamente e pode se apresentar
logo ao nascimento. Este tipo de glaucoma é raro e, se descoberto, deve ser
tratado imediatamente. Geralmente aparece em crianças até 3-4 anos. Crianças
com glaucoma congênito apresentam fotofobia, lacrimejamento e aumento do
tamanho do globo ocular. Já o ‘glaucoma secundário’ é aquele que apresenta uma
causa bem definida para o aumento da pressão intraocular, como trauma,
inflamação, ou um tumor intraocular.
Quais os principais
sintomas da doença?
O glaucoma é uma
doença assintomática em grande parte dos casos. Por isso, o glaucoma só será
percebido quando já em estágio avançado. Nos casos mais graves, os sintomas da
doença podem incluir comprometimento da visão periférica, podendo gerar uma
visão tubular e, subsequentemente, levar à cegueira. Para permitir a detecção
precoce, é fundamental fazer o acompanhamento periódico junto ao
oftalmologista.
Como é feito o
diagnóstico?
Somente o
oftalmologista pode realizar o diagnóstico correto, por meio de exames de fundo
de olho e do nervo óptico, aferição da pressão intraocular e detecção de
alterações no campo visual. Para um diagnóstico precoce, é importante realizar
consultas regularmente com o oftalmologista. A partir dos 40 anos, os exames
devem ser anuais, especialmente em pessoas que tem fatores de risco para
glaucoma, como histórico familiar, apresentar alta miopia (maior que 6 graus)
ou ser afrodescendente.
E qual tratamento
para o glaucoma?
O tratamento
indicado vai depender do tipo e de quão severo é o glaucoma. Por isso,
diagnosticar a doença com precisão, bem como identificar rapidamente sua
progressão é fundamental. Nos casos de glaucoma de ângulo aberto, o tratamento
mais comumente indicado é baseado no uso de colírios que reduzem a pressão
intraocular. Para o glaucoma de ângulo fechado, além do uso dos colírios, podem
ser realizados procedimentos a laser e medicações por via oral ou endovenosa.
Já nos casos de glaucomas congênito, bem como em casos mais graves, que não
respondem ao tratamento medicamentoso, se faz necessária a intervenção
cirúrgica. A plataforma FORUM®️ Glaucoma Workplace, da ZEISS, é uma grande
aliada no tratamento de pacientes diagnosticados com glaucoma, pois permite o
acompanhamento e comparação dos exames, mostrando toda evolução, com análise de
estrutura e função. Em uma única tela é possível ver o estágio do glaucoma e a
eventual progressão da doença, o que possibilita uma tomada de decisão rápida e
segura.
E as pessoas devem
procurar o oftalmologista mesmo durante a pandemia?
Com certeza! A saúde
ocular não deve ser colocada em segundo plano, sobretudo em pacientes que já
possuem diagnóstico de glaucoma ou outras doenças oculares. É fundamental
manter a rotina de consultas ao oftalmologista, seguindo sempre as
recomendações da OMS, como o uso de máscara e álcool gel. Nos consultórios, é
importante verificar sempre se os equipamentos foram previamente higienizados, mas
essa é também uma preocupação constante dos médicos, que adotam rigorosos
protocolos de biossegurança para garantir o bem-estar de seus pacientes. Em
caso de dúvida, basta pedir para que os equipamentos sejam higienizados no
momento dos exames.
ZEISS
http://www.zeiss.com