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segunda-feira, 10 de maio de 2021

As aparências enganam...

 O que você pensa que é celulite, pode ser lipedema. Linfoterapeuta explica a diferença e como tratar

 

Inchaço nas pernas, hematomas na pele e, muita celulite. Estas são as queixas mais frequentes em mulheres que sofrem com lipedema, distúrbio crônico que costuma surgir durante a puberdade, gestação, menopausa ou em alguma situação de muito estresse. Mas, como diferenciar as famigeradas “celulites” com o lipedema?

O bioengenheiro e linfoterapeuta Daniel Zucchi, esclarece que o distúrbio se caracteriza pelo aumento simétrico do tecido gorduroso nas pernas, também podendo acometer os braços. Acometendo normalmente as mulheres, o lipedema é uma doença genética que provoca um acúmulo anormal de gorduras de tecido adiposo nos membros inferiores. Isso ocasiona um edema que comprime os vasos linfáticos e sanguíneos. O curioso é que este inchaço não atinge os pés.

Já a celulite é considerada uma doença de depósito, isto é, depositam-se tecidos a mais nos membros inferiores e que podem acumular gordura ou líquido e dar o aspecto celulítico. A questão hormonal é um fator agravante – períodos como gestação, menstruação, uso de anticoncepcional – podem provocar uma desregulação hormonal que desencadeia o processo de celulite.

No entanto, ao contrário das celulites, o lipedema pode ser doloroso ao toque, e costuma poupar regiões do corpo como mãos, pés e tronco. "Estima-se que 10% das mulheres têm lipedema. No entanto, é uma doença subdiagnosticada e pouco investigada, apesar de causar um impacto psicológico imenso. As mulheres que estão com o distúrbio escutam frases do tipo: isso é normal!; é genético; ou mesmo que estão obesas", comenta Zucchi.

De acordo com o especialista, o mal pode ser resolvido com ajuda de profissionais capacitados em linfoterapia associada à técnica de  eletroterapia. “Já tratei muitas vezes de lipedema com muito sucesso. Os resultados são bem satisfatórios e aparentes. Isso eleva a autoestima das mulheres!”, concluiu o linfoterapeuta.

 



Daniel Zucchi - O fisioterapeuta e mestre em Bioengenharia pela Escola de Engenharia da USP - São Carlos, Daniel Zucchi, especializou-se em Drenagem Linfática - foi pesquisador do tema durante oito anos na Escola Internacional de Terapia Linfática da Clínica Godoy-, com sede em São José do Rio Preto, interior de São Paulo (SP).  Na Escola de Engenharia da USP - São Carlos realizou pesquisas sobre cicatrização de feridas crônicas e efeito do laser em cultura de bactérias.  Com diversos artigos publicados no Brasil e no exterior, Zucchi é docente universitário, há mais de dez anos, coordenando aulas em cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Educação Física e Nutrição.  Atualmente, é coordenador científico do Instituto Daniel Zucchi de Estética Avançada, único centro de referência em Linfoterapia Estética do Brasil e coordenador de pós-graduação em Linfoterapia pelo CTA – Centro de Treinamento em Anatomia.


Como a nutrição pode contribuir para recuperação de Covid-19 durante a quarentena

 Consumir determinados alimentos, prática olfativa e suplementação com apoio de profissional ajudam quem está se recuperando em casa, segundo nutricionista.


Hoje a ciência já descobriu que os sintomas da Covid-19 são inúmeros, e que podem causar diferentes impactos na saúde das pessoas. Para aquelas que, felizmente, estão se recuperando em casa, uma nutrição adequada pode facilitar o período. Quem dá a dica é a nutricionista Tayse Correa, parceira da FIT FOOD.

Uma das chaves está no bom funcionamento das mitocôndrias. Já ouviu falar delas? São estruturas que estão dentro das células, e que são responsáveis por mais de 90% da energia necessária para a atividade celular. No entanto, além de gerar energia, também são linha de defesa contra a infecção do coronavírus em nível celular.

"Um profissional de Nutrição pode indicar suplementos apropriados para reforçar o funcionamento do corpo - diz Corrêa - hoje algumas das opções são por exemplo a coenzima Q10, complexo B, D-ribose, L carnitina, PQQ e e creatina. Com um suporte nutricional, é possível amenizar sintomas mais comuns como a perda de apetite, alterações do paladar, perda do olfato, cansaço, fadiga, aumento de muco, congestão nasal e dores de cabeça".

A seguir, Tayse lista o pode ser feito para se recuperar desses sintomas:

Falta de apetite: preferir alimentos amolecidos, úmidos e cozidos para facilitar a recuperação do paladar e digestão. Não abusar da quantidade de sal. Investir em ervas como manjericão, hortelã e salsa para estimular as papilas gustativas. "Uma dica é fazer smoothie com proteína (whey ou proteína vegetal) e frutas. A bebida ajuda a manter o aporte proteico durante essa fase", recomenda.

Reabilitação olfativa: diariamente, inalar diferentes odores pelo menos duas vezes ao dia. Fazer esse exercício de inalações curtas de mais ou menos de 20 segundos cada. "Separe em alguns potinhos óleos essenciais, café, canela, alho, curry. Evite itens alcoólicos e ácidos para inalar.", sugere.

Redução da secreção nasal: fazer compressas com óleos essenciais de hortelã-pimenta ou eucalipto. "Recomendo também fazer uma limpeza nasal com soro fisiológico todos os dias pela manhã", diz.

Também vale a pena não descuidar da hidratação. Manter o corpo hidratado é fundamental para conter os sintomas e trazer alívio. "Além de caprichar na água, invista também em chá de gengibre, hortelã, capim-limão, tulsi e chá verde", recomenda. E para fechar a dupla, a alimentação é essencial para se restabelecer. Além disso, comer bem ameniza o estresse oxidativo que a doença provoca.

Devem entrar na dieta elementos como zinco, vitamina D, vitamina C, selênio e N-acetil-cisteína para a recuperação. "Em forma de suplementos, o consumo deve ser feito somente com indicação profissional. Entre os alimentos, consuma ovos, peixes, carnes magras, sementes de abóbora e girassol para zinco; três castanhas-do-pará ao dia para obter selênio; sucos de frutas frescas ou em polpa de acerola, goiaba, kiwi, laranja e limão para vitamina C", recomenda.

 


FIT FOOD

http://www.fitfoodbrasil.com

 

Latinex Brands

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O tipo sanguíneo influencia na gravidade da Covid-19?

Resultado preliminar de estudo goiano aponta que não existe relação da tipagem sanguínea com casos graves da Covid-19Shutterstock

 

Vários países estão pesquisando sobre o tema, mas não há unanimidade sobre conclusão. Hematologista fala sobre o assunto e estudo goiano

 

Desde o início da pandemia de Covid-19, cientistas em todo mundo investigam as diferentes maneiras que o vírus SARS-CoV-2 afeta o organismo humano. Parte dessas pesquisas considera se os diferentes grupos sanguíneos (A, B, AB e O) podem ter papel relevante diante da Covid-19. Várias pesquisas estão sendo feitas sobre o assunto em diferentes países, mas não há consenso entre a comunidade científica, até o momento, sobre a relação entre os diferentes tipos de sangue e questões-chave como a capacidade de infecção pelo vírus, o agravamento da doença e o risco de morte. 

No Brasil não é diferente e estudos sobre o tema estão sendo realizados, um deles pelo Hemocentro de Goiás (Hemogo). Uma das médicas que participa da pesquisa no Estado é a hematologista Maria Amorelli, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia. Ela explica que o estudo é um braço de outro, que analisa o plasma convalescente (doado por recuperados da Covid-19) para auxiliar na recuperação daqueles que ainda estão com a doença. “Analisamos o sangue de 98 doadores de plasma convalescente e fizemos uma relação para saber a gravidade que o vírus os infectou e o tipo sanguíneo”, detalha. 

Ao contrário de outros estudos, como o do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (SP), que avaliou 72 pessoas e indicou que as aquelas do tipo sanguíneo A possuem um risco 2,5 vezes maior de gravidade para o coronavírus, na comparação com tipo O, a pesquisa goiana não teve essa identificação. "Dos 98 pacientes, a maioria era do tipo sanguíneo O, e em segundo lugar, do tipo sanguíneo A  que é a distribuição na nossa população. Essa ideia de que todos os pacientes que não têm o anticorpo anti-A estariam em maior risco, a gente não conseguiu confirmar", explica Maria Amorelli. 

Na avaliação de quadros graves, a equipe descobriu que a maior prevalência era de pacientes com sangue tipo AB, enquanto nenhum paciente do tipo sanguíneo A precisou de internação, indo de encontro aos resultados de outros estudos, como um conduzido por pesquisadores da Universidade de Utah, do Intermountain Medical Center Heart Institute e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que considerou cerca de 107 mil pacientes, revelou que o tipo sanguíneo não está associado a um maior risco de contrair Covid-19. 

 

Mais pesquisas

Maria Amorelli acredita que um dos fatores que não permitiram a pesquisa do Hemogo ter uma conclusão definitiva foi o número pequeno de pacientes avaliados. “Outra questão é que a população de doadores é mais selecionada, em geral, pacientes do grupo O têm mais tendência a doar, porque têm aquela ideia de que este é o melhor sangue para a doação. Então precisamos de mais estudos”, conclui ela, ressaltando que a literatura médica ainda não conseguiu confirmar a associação entre tipo sanguíneo e risco para Covid-19. 

A médica salienta que não é o momento das pessoas se preocuparem com o tipo sanguíneo que possuem. “Precisamos de mais estudos, não se pode introduzir nada relacionado a isso na prática clínica. Pacientes de qualquer tipo sanguíneo ainda não devem se preocupar. Muitos já estão chegando no consultório e perguntando se por ser do tipo A são do grupo de risco e ainda não é a questão de modificar uma conduta em relação à isso”, explica a hematologista.  

“Outros fatores de risco têm um peso muito maior e mais importância, como doença coronariana, trombose prévia, diabetes. Várias pessoas do tipo A não precisaram internar, tiveram uma doença leve, sem complicações, e várias pessoas do tipo O tiveram doenças mais graves também. Hoje em dia, esses estudos servem para a gente melhorar nosso conhecimento sobre o genoma viral, para poder construir drogas melhores, drogas alvo na nossa luta contra o vírus, mas ainda não deve ser motivo de preocupação”, destaca Maria Amorelli.


As consequências e impactos da respiração incorreta na saúde bucal

Crianças e adultos que respiram pela boca podem ter complicações


Muitas pessoas desconhecem que fatores externos podem afetar a saúde bucal, entre eles o modo como respiramos. Respirar pela boca pode causar muitas alterações no organismo, pois o ar não é filtrado e nem adequado à temperatura corporal.

Esse hábito pode ocasionar rinites e infecções recorrentes, promovendo ressecamento da mucosa oral, gengival e até mesmo cárie, como alerta a Câmara Técnica de Ortopedia Funcional dos Maxilares do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), presidida pela cirurgiã-dentista Renata Orsi.

A profissional destaca que crianças que respiram mais pela boca do que pelo nariz podem ter a arcada dentária alterada e até mesmo ter o formato do rosto e postura diferenciados. Isso é comum de acontecer.  A diminuição de saliva também pode favorecer a proliferação dos microorganismos presentes na boca e causar doença gengival e halitose.

"A boca não foi feita para respirar. A respiração oral certamente provoca dificuldade na deglutição e mastigação pela alteração da posição da língua, que participa exageradamente destes processos alterando a configuração da boca”, explica Renata. Ela garante que esse problema deve ser tratado com atenção.

Entre as soluções estão remover os maus hábitos do dia-dia, ter uma mastigação bilateral e alternada e, quando indicado, realizar tratamentos ortopédicos, atuando diretamente nas alterações promovidas pela respiração nas estruturas faciais e bucais. 

Alguns outros problemas podem ser desencadeados devido à respiração pela boca, como ronco e apneia, já que a entrada do ar é prejudicada quando a pessoa deita.

Além disso, o chamado respirador bucal (indivíduo que respira pela boca) costuma ter alteração na postura corporal e isso pode gerar dor nas costas. Nesse contexto, a cirurgiã-dentista ressalta que pode ser importante encaminhar o paciente com esse distúrbio para especialistas como otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, pediatras e alergistas.

“É preciso ficar atento e procurar orientação de profissionais capacitados para solucionar e modificar esse hábito”, conclui a integrante do CROSP.

 

Estudo norte-americano é o primeiro a associar níveis de vitamina D à necessidade de terapia de oxigênio em pacientes com Covid-19

Pesquisadores avaliaram 437 pacientes no Mount Sinai Health System, em Nova York

 

Em função das recomendações das autoridades de saúde de manter o isolamento social por conta da pandemia, expor-se ao sol se tornou uma tarefa rara, o que reduz a possibilidade de produção de vitamina D pelo corpo. Entretanto, estudos científicos alertam que a deficiência deste pró-hormônio pode aumentar a vulnerabilidade para diversas doenças respiratórias, incluindo gripe e Covid-19.

Estudo publicado pelo Journal o f The American College Of Nutrition em fevereiro analisou os níveis de vitamina D de 437 pacientes com Covid-19, entre 56 e 79 anos, no hospital Mount Sinai Health System, em Nova York (EUA). Os pacientes foram divididos em dois grupos: com deficiência de vitamina D (nível abaixo de 20 ng/ml) e com nível suficiente, ou seja, acima deste patamar, considerando-se os exames realizados nos três meses antes de serem internados ou no momento da internação.

A pesquisa relata que a deterioração do estado de saúde dos pacientes infectados pelo novo coronavírus ocorre pelo aumento das citocinas pró-inflamatórias, o desenvolvimento da síndrome do desconforto respiratório agudo, o que faz com que os pacientes necessitem do suporte de terapias com oxigênio.

"Nos pacientes com deficiência de vitamina D, a suplementação pode ter o potencial de melhor desfecho ao suprimir as citocinas inflamatórias", afirmam os pesquisadores Elizabeth Marie Gavioli, Hirotaka Miyashita, Omar Hassaneen e Evan Siaub, em sua publicação.

Além disso, esse pró-hormônio pode aumentar a enzima conversora de angiotensina 2 (enzima com diversas funções, entre elas o controle da pressão arterial) e reduzir a lesão pulmonar, segundo os cientistas.

"De acordo com os pesquisadores, este é o primeiro estudo que demonstra como os níveis de vitamina D podem influenciar a necessidade de terapia com oxigênio nos pacientes com Covid-19. Eles apontam como a suplementação da vitamina, portanto, pode ajudar a reduzir os custos do sistema de saúde e a disponibilidade de leitos na pandemia", afirma Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

Os pesquisadores ressalvam, no entanto, que é necessário aprofundar os estudos sobre o tema.

 


Referência:

Gavioli, E. M.; Miyashita, H.; Hassaneen, O.; Siau, E. An Evaluation of Serum 25-Hydroxy Vitamin D Levels in Patients with COVID-19 in New York City. Journal of The American College Of Nutrition. Fev, 2021. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/07315724.2020.1869626


Hipertensos devem ter cuidado redobrado na pandemia, recomenda o Seconci-SP

Doença atinge cerca de 30% da população adulta e é mais prevalente em pessoas acima dos 65 anos

 

Pessoas com doenças cardiovasculares ou fatores de risco como hipertensão e obesidade estão mais propensas a desenvolver casos graves de Covid-19. Por ocasião do Dia Mundial de Hipertensão Arterial (17 de maio), o dr. George Fernandes Maia, cardiologista do Seconci-SP, alerta sobre os cuidados extras a serem tomados pelas pessoas acometidas por essa doença, que atinge cerca de 30% da população adulta. Deste total, segundo o Ministério da Saúde, 60,9% têm mais de 65 anos. 

“O novo coronavírus provoca a `tempestade inflamatória´, reação inflamatória sistêmica no organismo, podendo danificar o coração e até levá-lo à falência. Artérias e veias também são agredidas, comprometendo a chegada do sangue a outros órgãos, como rins, cérebro, fígado, e ao sistema musculoesquelético”, explica o médico. 

O risco é maior com o descontrole da pressão arterial e para pessoas acima de 60 anos. “Além de todas as medidas preventivas à Covid-19, é fundamental que o hipertenso não suspenda a medicação e mantenha hábitos saudáveis”.

 

Causas e tratamento

A hipertensão arterial é uma doença crônica, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Pode ser causada por fatores hereditários, obesidade, sedentarismo, tabagismo, bebidas alcoólicas e alimentos com alta concentração de sódio (sal). A linha que define a hipertensão arterial considera valores de pressão sistólica igual ou maior a 140 mmhg e/ou pressão diastólica igual ou maior a 90 mmhg, o chamado 14 por 9. 

Trata-se de doença silenciosa que em muitos casos não apresenta sintomas. Os principais sinais durante uma crise são dor na nuca e no peito, falta de ar, tontura, enjoo e cansaço ao realizar esforço físico. “Os exames periódicos exigidos das empresas são uma boa oportunidade para detectar este e outros problemas de saúde e iniciar o tratamento e controle.” 

O diagnóstico requer avaliação clínica, com a aferição da pressão em pelo menos três ocasiões, acompanhada de exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, raio-x de tórax, mapa da pressão 24 horas e Holter. Este último visa detectar, registrar, quantificar e calcular a variação do ritmo cardíaco, identificando possíveis distúrbios durante as atividades diárias do paciente.

 Confirmado o diagnóstico, é primordial uma mudança de hábitos alimentares e comportamentais. O tratamento varia de acordo com cada pessoa. “Na maioria das vezes é necessária a adoção de medicamento de uso contínuo, mas há situações em que a adoção de hábitos saudáveis é suficiente para o controle da doença. As visitas ao médico costumam ser semestrais e, mesmo não tendo sintomas, é preciso seguir as orientações, não se automedicar e muito menos suspender a medicação por conta própria.” 

Dicas para diminuir os riscos da hipertensão:

• evitar o consumo de carboidratos, gordura e sódio em excesso, e manter hábitos saudáveis de alimentação;

• ingerir dois litros de água por dia;

• não fumar;

• evitar o consumo de álcool em excesso;

• praticar atividades físicas;

• monitorar e tratar outras doenças que possam causar a hipertensão, como diabetes, doenças renais, vasculares e da tireoide, se existirem. 

Saiba a diferença entre fratura e luxação

Você sabe a diferença entre fratura e luxação? As duas lesões são muito comuns e podem ser causadas por uma simples queda da cama ou um por um exercício físico mal executado.

O fisioterapeuta, doutor em anatomia humana e neuroanatomia, Mario Sabha Jr, afirma que ambas são facilmente confundidas pelos pacientes, mas cada uma requer cuidados e uma assistência específica. “Nem sempre é possível diferenciar a lesão pela dor e requer exames como radiografia ou ressonância para diferenciar a sua gravidade”, diz.

O especialista explica a diferença entre as duas lesões. “A fratura é uma descontinuidade do osso e a radiografia ou ressonância é que vão dar a dimensão da gravidade. O que chamamos de trinca, por exemplo, também é considerada uma fratura e requer tratamento adequado”, diz.

Lesões não tratadas adequadamente podem
deixar sequelas irreversíveis


Já a luxação, termo bastante utilizado e relacionado à contusão, ocorre quando a articulação é deslocada da posição normal. “É uma lesão muito grave e, na maioria dos casos, só pode ser corrigida com cirurgia. É semelhante à retirada de uma coxa de frango”, exemplifica Sabha. “Existe também a subluxação que acontece quando a mesma lesão ocorre de forma parcial e o membro fica deslocado”, completa.

Lesões não tratadas podem causar dores e deixar sequelas irreversíveis. “Um osso fraturado que não foi devidamente tratado pode causar dor no local e uma pseudoartrose, que é o resultado de um osso mal colado. Ele pode ficar suscetível a fraturar no mesmo local ou ter uma deformidade”, alerta Sabha. “Embora seja muito comum, não subestime uma queda mesmo que seja considerada boba ou uma lesão”, orienta.

Nos três casos, a orientação é buscar uma assistência médica. “Quando existe uma fratura, luxação ou subluxação ninguém pode atuar, apenas o profissional da saúde no hospital. Depois disso, o paciente pode procurar tratamentos, como osteopatia, fisioterapia, entre outras terapias integrativas, para fortalecer e ajudar na recuperação”, finaliza.

Casos de Síndrome do Intestino Irritável podem crescer na pandemia

Devido à influência do fator emocional, condição é agravada em

situações de estresse e ansiedade

 

Os impactos da pandemia têm alcançado diversas áreas da saúde, aumentando a incidência de patologias que não estão necessariamente relacionadas ao sistema respiratório. Muito tem se discutido sobre os efeitos do isolamento social na saúde mental, e considerando que as emoções têm forte influência sobre o funcionamento do corpo como um todo, é esperado que males derivados de desordens psicológicas também se tornem mais presentes nos próximos anos. 

Exemplo disso é a Síndrome do Intestino Irritável (SII), uma condição intimamente ligada ao estresse e de grande fundo emocional. Um estudo feito com quase 5 mil pessoas e publicado no Centro Nacional de Informação Biotecnológica, nos EUA, mostrou que pessoas com SII apresentavam maiores taxas de ansiedade quando comparadas àquelas que não sofriam do quadro. “Como o aumento dos níveis de estresse podem agravar os sintomas, é esperado que mais pessoas relatem crises da síndrome durante a pandemia. Além do fator emocional, precisamos considerar que a quarentena provocou mudanças nos hábitos alimentares, o que também interfere diretamente na saúde intestinal”, explica a nutricionista ortomolecular Claudia Luz, da Via Farma.

 

Entendendo a SII 

Calcula-se que a SII esteja presente na vida de até 20% da população adulta brasileira, embora muitos ainda vivam sem diagnóstico. O distúrbio não é considerado uma doença, mas sim uma desordem funcional do intestino, sem a presença de alterações ou lesões que possam ser detectadas pelos exames. “Mais comum em mulheres, a SII provoca sintomas como dores, inchaço abdominal e episódios intercalados de constipação e diarreia. Seu diagnóstico é clínico, feito por eliminação, já que não existe exame específico a ser feito”, explica a nutricionista. 

Para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, é importante contar com a ajuda do nutricionista para fazer algumas mudanças nos hábitos alimentares. Já para tratar os gatilhos emocionais, que podem causar crises, também é indicado o acompanhamento psicológico, a fim de aliviar o estresse e a ansiedade.

 

Como cuidar? 

O melhor tratamento para  SII é aquele feito com o médico e o nutricionista, já que o quadro é diretamente influenciado pela alimentação. “Estudos têm mostrado que dietas ricas em alimentos altamente fermentáveis, conhecidos como FODMAPs, trazem pioras nos quadros de SII. Por isso, uma das estratégias é reduzir o consumo desses alimentos”, diz Claudia. No grupo das FODMAPs, podemos citar desde alguns tipos de frutas até leite e derivados, além de leguminosas e carboidratos. Reduzir o consumo desses alimentos pode amenizar as crises intestinais, mas a dieta não deve ser feita sem o auxílio do nutricionista. 

Além de restringir os alimentos fermentáveis, é indicado optar sempre por refeições naturais, evitando condimentos industrializados, que podem causar irritação no intestino. Para ajudar a reequilibrar a flora intestinal e complementar o plano alimentar, o nutricionista ainda pode indicar probióticos específicos para combater os sintomas da SII. “O uso desse tipo de nutracêutico é muito eficaz no alívio de dores, distensões, constipação e diarreia. A cepa Saccharomyces cerevisiae, por exemplo, conta com estudos que apontam a melhora dos desconfortos nos primeiros 15 dias de uso”, finaliza Claudia.  


Avanços nas diretrizes brasileiras para diagnóstico, tratamento e controle da Hipertensão Arterial

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado no dia 26 de abril e tem como objetivo conscientizar sobre as formas de prevenir e controlar essa doença crônica, que tem forte relação com a ocorrência de doença cardiovascular – a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

No país, morrem anualmente cerca de 350 mil pessoas em consequência de doenças cardiovasculares, e a maioria tem como uma das causas a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), que precipita 80% dos casos de acidente vascular cerebral (AVC) e também aumenta a ocorrência de infartos, aneurismas arteriais e até insuficiência renal.

Cerca de 25% dos brasileiros adultos (entre 35 milhões e 40 milhões de pessoas) são hipertensos, segundo dados de 2019 do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. Considerando estudos incluindo pacientes sem diagnóstico ou tratamento, a cifra pode chegar a 30-35% de nossa população.

Mas como tratamos essa condição tão grave e tão frequente? O que há de novo neste campo, de tanto interesse para os médicos e para a população hipertensa?

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou, em novembro de 2020, a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2020, que traz avanços no contexto do diagnóstico, avaliação clínica, estratificação, tratamento e controle da doença hipertensiva nos seus diversos cenários. Esse conjunto de recomendações foi publicado agora em 2021, em 18 capítulos que atualizam o cenário da Diretriz anterior, datada de 2016.

Vamos, então, a um breve comentário sobre as novidades e destaques da nova Diretriz:

- A pressão arterial aferida por aparelhos automáticos (de braço, e não de punho) é considerada como de acurácia apropriada, exceto quando há ritmo de fibrilação atrial, em que a pressão arterial medida pelos aparelhos aneroides é mais adequada. A medida deve ser feita três vezes em uma consulta e, pelo menos, mais uma vez em outra consulta. A primeira medida deve ser descartada e o médico deve utilizar a média das duas últimas como valor de referência. No paciente com HAS estágio 3 e/ou de alto risco, não é necessária uma segunda consulta para confirmar diagnóstico de hipertensão, e o médico está autorizado a começar o tratamento de imediato. 

- Novos valores de referência para a detecção da doença pela Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA), aquela feita pelo paciente em sua residência: agora, diagnostica-se Hipertensão Arterial quando a pressão está igual ou maior que 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg. Antes, considerávamos HAS quando as medidas ficavam iguais ou maiores que 135 mmHg x 85 mmHg pela MRPA. Para as medições em consultório, os valores de referência continuam sendo de 140 mmHg x 90 mmHg.

- A nova diretriz, seguindo o padrão europeu, voltou a utilizar o termo “pré-hipertensão”, para pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg e/ou diastólica entre 85 e 89 mmHg, quando medida em consultório.

- A pressão ótima é a que registra números abaixo de 120 mmHg x 80 mmHg. A faixa entre 120 e 129 mmHg e 80 e 84 mmHg é considerada normal, mas não ótima, e deve ser acompanhada.

- Em relação ao tratamento não farmacológico, destaque para a dieta hipossódica (5 g sal/2g sódio ao dia) e com padrão DASH, rica em verduras/frutas/fibras, bem como a prática regular de exercícios físicos. O tabagismo também deve ser interrompido e o consumo de álcool moderado. O café, em doses moderadas, não parece afetar o risco cardiovascular, mas doses excessivas de cafeína, como encontrado em energéticos, podem aumentar o risco de hipertensão e arritmias.

- Quanto ao tratamento farmacológico, há três classes de drogas para uso de primeira linha – iECA (ou BRA), bloqueadores dos canais de cálcio e tiazídicos. Em negros e idosos, as combinações com anlodipino e hidroclorotiazida são mais eficazes. Para gestantes, os medicamentos disponíveis são o anlodipino, a hidralazina e a metildopa.

A nova diretriz propõe que a combinação de medicamentos seja a estratégia preferencial para a maioria dos hipertensos a partir do estágio 2 da doença hipertensiva, quando as medidas registradas são maiores ou iguais a 160 x 100 mmHg, e para os em estágio 1 (pressão arterial entre 140 e 159 mmHg e 90 e 99 mmHg), mas com risco cardiovascular moderado ou alto. Em pacientes com hipertensão resistente à combinação de três medicamentos, tomados adequadamente, recomenda-se a associação de espironolactona.

Para pacientes em estágio 1 da doença, mas com risco baixo, a recomendação é iniciar o tratamento com monoterapia. Isso vale também para os muito idosos, ou com fragilidades, que devem receber apenas um tipo de medicamento por uma questão de segurança do paciente, para que a redução da pressão aconteça de forma mais lenta e gradual, e ocorra a adaptação aos novos níveis de pressão.

- Em relação à estratificação de risco cardiovascular, a nova Diretriz de Hipertensão Arterial recomenda a adoção do escore de risco global da SBC, disponível gratuitamente online (http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html) ou em App. Nas recomendações de 2020, é dada ênfase também à busca de marcadores de aterosclerose subclínica e lesão de órgão alvo, como forma de refinar a avaliação de risco – que, em última análise, irá orientar a intensidade e os objetivos do tratamento.

Pacientes de baixo risco terão como meta a pressão arterial menor que 140/90, ao passo que os de alto risco têm por objetivo uma pressão arterial menor que 130/80 mmHg, tendo sempre o cuidado de evitar níveis de pressão arterial abaixo de 120/70. Nos pacientes idosos, uma consideração adicional: para idoso hígido, para uma boa expectativa de vida, a meta pressórica é menor que 140/90 mmHg. Em idoso frágil ou com muitas comorbidades, a meta satisfatória é abaixo de 160/90 mmHg.

Estes são alguns tópicos selecionados do documento, que traz importantes subsídios para o tratamento deste grave problema de Saúde Pública, contribuindo para a melhora da qualidade e expectativa de vida de nossa população. A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial - 2020 pode ser conferida na íntegra, de forma gratuita, no site https://abccardiol.org/article/diretrizes-brasileiras-de-hipertensao-arterial-2020/.

 


Luiz Guilherme Velloso - doutor em cardiologia pela USP, é cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e professor do Centro Universitário São Camilo .


Congelamento de óvulos: saiba como se preparar para o procedimento

Especialista em reprodução humana da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica mais detalhes sobre o processo que preserva a fertilidade feminina

 

O congelamento de óvulos é um procedimento da Reprodução Assistida que está em alta em todo o mundo. Isso é reflexo de uma mudança de comportamento das mulheres que estão postergando a maternidade. Desta forma, seja pela vida profissional, por escolhas pessoais ou falta do parceiro, nota-se que muitas mulheres decidem engravidar mais tarde. 

Nesse sentido, a gravidez programada (quando a mulher se planeja para ter um filho) vem acontecendo cada vez mais tarde. Assim, a média de idade que elas têm tido o primeiro filho já supera os 30 anos. 

"A Medicina Reprodutiva tem utilizado a técnica de congelamento de óvulos como uma das formas para tentar preservar a fertilidade feminina, já que ela vai diminuindo com o passar dos anos, diferentemente dos homens, que permanecem férteis por toda a vida", explica o médico especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo. 

O especialista detalha mais informações sobre o procedimento, que vem sendo realizado por muitas mulheres no país. 

"O congelamento de óvulos, também chamado de criopreservação, é a técnica de preservação dos óvulos em nitrogênio líquido, por meio de vitrificação. Nesse sentido, o congelamento de óvulos é um tratamento para postergar a possibilidade de ter filhos", pontua Frantz. 

Este procedimento foi realizado pela primeira vez em 1986 e, desde então, o método progrediu significativamente. Vale ressaltar que, nos primeiros anos, a taxa de gravidez a partir de óvulo congelado era muito baixa (cerca de 1%). Isso acontecia porque a técnica utilizada para o congelamento criava cristais de gelo que danificavam a estrutura da célula. 

No entanto, com a introdução da técnica de vitrificação, em 2006, a taxa de qualidade e de sobrevivência dos óvulos, depois do descongelamento, aumentou para 95%. Desta forma, de acordo com dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), a procura por congelamento de óvulos com o intuito de adiar a maternidade triplicou nos últimos anos. 

Sendo assim, esta técnica é considerada como um dos avanços mais importantes da Medicina Reprodutiva dos últimos tempos. 

"Sabe-se que as mulheres entre 20 a 30 anos estão biologicamente no auge da fertilidade. Portanto, o ideal é fazer o congelamento de óvulos nesse período. Muitas mulheres deixam para recorrer ao procedimento aos 38, 39 ou até 40 anos, porém, as chances de sucesso diminuem muito. Isso porque o envelhecimento reduz significativamente a quantidade e a qualidade dos óvulos produzidos, interferindo diretamente nas chances de uma gravidez", explica o especialista. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRA), a idade limite para o congelamento de óvulos é de 35 anos. 

O especialista explica que o congelamento é indicado por diversos motivos, mas mais procurado por mulheres que pretendem engravidar após os 35 anos, ou que chegaram perto da idade e ainda não sabem se querem ter uma gestação. 

"É importante esclarecer que as mulheres já nascem com um número de óvulos predeterminado e o seu organismo não é capaz de produzir mais. Sendo assim, com o avanço da idade, os óvulos envelhecem e, neste processo, a quantidade e a qualidade disponíveis para serem fertilizados também diminuem", ressalta o médico. 

Por esta razão, para aquelas mulheres que pretendem adiar a maternidade é recomendado o congelamento de óvulos. Entretanto, segundo o Conselho Federal de Medicina, a idade máxima para se submeter a um tratamento de reprodução assistida é de até 50 anos. Este limite foi escolhido por causa do risco obstétrico, já que após os 50, aumentam os casos de hipertensão na gravidez, diabetes e partos prematuros. 

Outro fator que leva ao congelamento, é a menopausa precoce, um quadro clínico em que a mulher deixa de ovular e menstruar antes dos 32 anos de idade. Isso é considerado anormal já que o período natural para a falência ovariana é após os 40 anos. 

"Sabe-se que a menopausa precoce pode se originar de vários fatores, como da própria genética, por exemplo. Desta forma, é importante que a mulher saiba identificar, no histórico da mãe e das avós, quando elas entraram na menopausa, pois há uma tendência que o cenário se repita", pontua. 

O especialista ressalta que independente dos fatores, é importante que mulheres com menopausa precoce possam preservar a sua fertilidade, congelando seus óvulos de forma preventiva. Assim, quando decidirem ter filhos, poderão usar os óvulos congelados, caso necessário. 

Casos de mulheres que precisam se submeter a tratamentos oncológicos, como quimioterapia ou radioterapia, e que desejam ter filhos após a recuperação, têm a possibilidade de congelar os óvulos antes de iniciar o tratamento oncológico. 

"Nestes casos, é fundamental avaliar primeiro o nível de agravamento da doença. Caso o câncer esteja em um estado avançado, e não for possível esperar por uma indução de ovulação, existe a possibilidade da retirada e o congelamento apenas de fragmentos de tecido ovariano. Assim, quando a mulher terminar o tratamento, estes fragmentos podem ser implantados novamente, para tentar a fertilização", explica Frantz.

 

Quais são as taxas de sucesso de gravidez com óvulos congelados? 

O médico aponta que desde 2006, com o desenvolvimento da "vitrificação", técnica criada por cientistas japoneses, a taxa de sobrevivência do óvulo após o descongelamento se aproximou de 95%. Desta forma, as taxas de gravidez de óvulos congelados são praticamente as mesmas dos óvulos frescos. 

"É importante esclarecer que a taxa de sucesso de uma gestação vai estar diretamente ligada à idade da mulher no momento em que os óvulos foram congelados e não na idade em que eles serão fertilizados e transferidos. Portanto, a possibilidade de uma gravidez futura em mulheres que congelarem seus óvulos depois dos 38 anos de idade é menor do que em mulheres que fizeram o procedimento mais jovens", pontua. 

Além disso, é importante esclarecer que cada caso é diferente do outro e é imprescindível que a mulher passe por uma avaliação médica para verificar a sua reserva ovariana e questões gerais de saúde. Da mesma forma, ela precisa do acompanhamento de um especialista em reprodução assistida durante todo o processo de congelamento de óvulos.

 

Como funciona o congelamento de óvulos? 

Segundo o especialista, o congelamento de óvulos consiste em duas principais etapas. A primeira etapa de congelamento de óvulos possui alguns procedimentos que devem ser seguidos. Confira quais são:

 

Estimulação ovariana

A estimulação ovariana tem como principal objetivo produzir um número maior de óvulos maduros para serem congelados. Desta forma, a técnica é realizada através do uso de medicamentos, as gonadotrofinas, que promovem o amadurecimento dos óvulos.

 

Bloqueio Hipofisário

Esta técnica tem a função de impedir que a ovulação aconteça antes do momento da coleta dos óvulos, além de garantir maior precisão no acompanhamento do desenvolvimento folicular.

 

Aspiração e recuperação dos óvulos

Nesta fase, os folículos são aspirados através de uma agulha acoplada a um transdutor de ultrassom transvaginal, e o líquido colhido é encaminhado aos embriologistas para separarem os óvulos do conteúdo aspirado. Desta forma, o procedimento requer o uso de sedação endovenosa, ou seja, por via de injeção.

 

Congelamento

Para o congelamento dos óvulos, é utilizada a técnica de vitrificação, que se caracteriza pela rapidez com que atinge baixas temperaturas. Sendo assim, a velocidade da diminuição de temperatura na vitrificação é de - 23ºC por minuto, ou seja, 70 vezes mais rápido que o processo de congelamento lento.

 

Desta forma, os óvulos congelados ficam armazenados em um cilindro de nitrogênio líquido e são mantidos a -196º. Eles, por sua vez, ficam num estado vítreo, impedindo a formação de cristais de gelo, que danificam células reprodutoras.

 

2ª etapa: descongelamento e fertilização

A 2ª etapa do processo consiste no descongelamento dos óvulos, na fertilização in vitro (no laboratório) e na transferência do embrião para o endométrio da mulher. Confira abaixo, mais detalhes sobre cada procedimento.

 

Preparo do endométrio

O preparo do útero para receber os embriões pode ser considerado um processo simples. Se a mulher possui ciclos regulares, o procedimento pode ser feito dentro de um ciclo ovulatório espontâneo, acompanhado por ultrassom e dosagens hormonais.

Desta forma, no momento da ovulação, os óvulos são descongelados, fertilizados e a progesterona é introduzida.

 

Descongelamento e fertilização in vitro

No processo de descongelamento, os óvulos são retirados do nitrogênio líquido e aquecidos. Logo após, eles são encaminhados para o processo de fertilização. 

Por último, os embriões terão o seu crescimento acompanhado até o quinto dia, e quando estiverem adequadamente desenvolvidos, em fase de blastocisto, são transferidos para o útero.

 

Transferência embrionária

Com os embriões de melhor qualidade separados e endométrio adequadamente preparado, a mulher poderá agendar a transferência embrionária. 

O processo é indolor e consiste na introdução dos embriões no útero por meio de uma sonda (cateter) guiada por ultrassom abdominal. Normalmente, o procedimento é feito sem anestesia. Assim, depois de 10 dias, deve ser feito um exame beta HCG para confirmar a gravidez. 

Caso positivo, a reposição de estradiol e progesterona é mantida até completar 12 semanas de gestação. A partir desse momento, a placenta já será capaz de produzir esses hormônios em quantidades adequadas.

 

Há riscos no congelamento de óvulos? 

Dr. Nilo Frantz explica que é importante esclarecer que não há riscos em congelar óvulos, pois o processo de vitrificação garante a qualidade das células germinativas. Nesse sentido, o embrião resultante do óvulo congelado tem a mesma qualidade do embrião formado por um óvulo fresco. 

"O congelamento de óvulos é um processo seguro que não traz riscos para a saúde da mãe e nem para a saúde do bebê. No entanto, é importante ressaltar que o procedimento deve ser realizado e acompanhado por um médico especializado, numa clínica capacitada e de confiança", finaliza o especialista.

 

 

Nilo Frantz

 http://www.nilofrantz.com.br


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