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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Limpeza hospitalar, uma questão de Educação

Divulgação
Nos corredores dos hospitais e outras unidades de saúde de todo o país, profissionais cumprem turnos extensos, com paramentação pesada e muitos equipamentos de proteção individual. O risco de contaminação é alto, mesmo que eles não lidem diretamente com os pacientes de Covid-19. Embora a rotina seja parecida, não se tratam de médicos ou enfermeiros, mas de trabalhadores da limpeza hospitalar, incansáveis em sua missão de manter os ambientes, equipamentos e superfícies impecavelmente higienizados, uma atividade imprescindível no combate à pandemia.

O coronavírus é apenas uma das muitas ameaças biológicas que esses profissionais enfrentam todos os dias. Ainda corria o século XIX quando o médico húngaro Ignaz Semmelweis descobriu que o simples ato de lavar as mãos poderia diminuir de forma significativa as infecções e mortes dos pacientes na enfermaria da maternidade de um hospital em Viena, na Áustria. Uma prática que, atualmente, não é apenas normal, mas absolutamente imprescindível em unidades de saúde, ainda não era costume há 150 anos.

A partir dali, a história da limpeza dessas instituições mudaria de modo rápido e definitivo. O lavar de mãos evoluiu para práticas pessoais de higiene mais ostensivas e começou-se a pensar em outros protocolos que pudessem contribuir para que os hospitais se tornassem não apenas limpos, mas desinfetados e, portanto, mais seguros para pacientes, médicos, enfermeiros e quem mais pudesse frequentá-los. Com isso, muito antes da pandemia de Covid-19, a limpeza e a desinfecção de superfícies em locais de atendimento à saúde tornou-se uma das condições básicas de funcionamento. As chances de um paciente contrair as chamadas infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras) podem ser reduzidas em até 90% com a simples adoção de uma higiene correta do ambiente hospitalar, segundo alguns estudos.

Popularmente conhecidas como infecções hospitalares, as Iras ocorrem em pacientes internados em instituições de saúde e são causadas por microrganismos adquiridos a partir de outras pessoas que também estiveram no hospital. É o que a ciência chama de infecção cruzada. Elas também podem ser adquiridas por meio de objetos ou substâncias recentemente contaminadas por outra fonte humana, a infecção ambiental. A ocorrência de ambos os tipos de infecção pode ser minimizada se a higienização for realizada por profissionais de limpeza bem capacitados e orientados, visto que a execução dessas tarefas demanda conhecimento sobre técnicas, produtos e equipamentos específicos. 

Ao contrário do que muitos ainda acreditam, ninguém nasce sabendo limpar. E, no ambiente hospitalar, essa máxima é ainda menos verdadeira. O conhecimento adequado de técnicas, produtos e equipamentos vai garantir uma limpeza e desinfecção corretamente realizadas. Além disso, também é preciso que os profissionais de limpeza que atuam nesses espaços estejam emocionalmente preparados. Afinal, eles estarão lidando diretamente com vidas humanas - e a recuperação e sobrevida dessas pessoas dependem da responsabilidade e boa conduta pessoal frente aos quadros clínicos, bem como da sensibilidade emocional.

A pandemia de Covid-19 escancarou uma realidade que muitos ainda se negam a encarar: profissionais de limpeza que atuam na área da saúde precisam ser altamente especializados. Não basta saber fazer a higienização, é necessário o desenvolvimento da percepção global de sua função, com compreensão de questões relacionadas à biossegurança antes, durante e depois do expediente. Trata-se de uma escolha profissional que traz consequências para a conduta dessas pessoas dentro e fora do ambiente laboral. Trabalhar com a limpeza hospitalar exige seriedade e renúncias pessoais.

Por isso, esses profissionais devem ser devidamente valorizados. O investimento feito neles deve sempre aliar equipamentos e produtos de limpeza adequados a um programa de capacitação continuada. Assim, mesmo em tempos de pandemia, quando o número de infectados pressiona o sistema de saúde e os profissionais que atuam na linha de frente - incluindo a equipe de limpeza -, a formação profissional ajuda a trazer segurança para realizar os procedimentos com eficiência e qualidade, apesar das dificuldades. 

Eliza de Lima - auxiliar de hotelaria hospitalar e ex-aluna da Fundação de Asseio e Conservação, Serviços Especializados e Facilities (Facop). Mário Guedes é biólogo e coordenador dos cursos de limpeza da Facop.

POR QUE A ERGONOMIA É TÃO IMPORTANTE NA AUTOMAÇÃO?

Tanto na indústria como em outros setores da economia, a ergonomia é uma peça fundamental para manter o desenvolvimento de uma empresa. Ela, que pode ser dividida em três áreas, ergonomia física, organizacional e cognitiva, é responsável por elaborar medidas para reduzir possíveis riscos, sendo eles no ambiente de trabalho, dentro do espaço físico e até mesmo na organização de processos.

No Brasil, além da NR-12, que é a Norma Regulamentadora de Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos e ferramenta fundamental no planejamento de manufatura, já temos também a NR-17. Por meio delas, as indústrias conseguem definir referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. É possível também estabelecer requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, bem como sua fabricação, importação, comercialização e exposição em todas as atividades econômicas.

Segundo o Índice de Automação do Mercado Brasileiro, realizado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, entre 2018 e 2019, o nível de automação nas empresas cresceu 4%. Diante desse aumento cada vez mais frequente, percebe-se que essa preocupação precisa estar sempre presente no dia a dia do ambiente corporativo, independentemente do setor. Além disso, é preciso citar que as empresas que investem e se preocupam realmente com a ergonomia, se destacam e ganham muito em cima disso. Vale comentar ainda que todas as normas já presentes, não exclui o fato de funcionários adoecerem, visto que a idade também é um fator determinante para isso. Certificar que ela tenha médicos e responsáveis para monitorar é essencial para garantir que tudo funcione como os conformes estabelecidos.

Dentre os benefícios, posso citar o aumento da produtividade, redução de afastamentos e dos gastos com substituição de profissionais, prevenção de doenças ocupacionais, valorização dessas pessoas, melhoria na imagem corporativa e diminuição dos prejuízos financeiros. Então esteja apto para corrigir os problemas, aperfeiçoar o que for necessário e conscientizar seus funcionários, por meio da realização de treinamentos e palestras para que todos estejam alinhados com o mesmo propósito.

Dessa forma, concluo que a ergonomia continuará sendo relevante para as companhias, principalmente porque o setor industrial deve criar locais agradáveis, seguros e confortáveis para que as novas gerações, que estão cada vez mais exigentes encontrem o ambiente de trabalho ideal. Além disso, é muito importante que os profissionais levem em consideração o custo de afastamento temporário ou até permanente que um problema de ergonomia pode causar, pois ele pode ser muito mais alto do que o investimento em robotização. Sem contar que, muitos dos profissionais que voltam após uma lesão, precisam ser realocados em funções que - diversas vezes - não estavam acostumados, fazendo com que a companhia adapte toda a trajetória novamente. Então sem dúvidas, a implementação de robôs resolvem diversos problemas corriqueiros. Pense nisso!

 

Denis Pineda - gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos.

Prevenção ao Covid-19 começa no solo

Há pouco tempo a agricultura era motivo de críticas por ser responsável pela degradação ambiental e climática do planeta. As críticas eram direcionadas a valorizar o meio ambiente e reduzir o anseio por altas produtividade. Com a chegada da crise do Covid-19, os holofotes foram direcionados na produção de alimentos e os temas meio ambiente e clima passaram a ter menor importância. 

A crise do Covid-19 trouxe à tona a importância da agricultura para a produção de alimentos. Ao mesmo tempo, fez com que muitas pessoas repensassem sua própria relação com o meio ambiente e percebessem nosso atual distanciamento da natureza e sua importância fundamental. A agricultura brasileira sempre se comportou de forma respeitosa com o meio ambiente, ao mesmo tempo que é produtiva, deixando claro a consciência da importância de uma relação pacífica e cooperativa com a natureza.

 

Em meio a essa conturbada situação está o alimento. De um lado, o acesso a alimentos suficientes e nutritivos está ameaçado. Por outro lado, focar nos alimentos oferece opções promissoras para responder positivamente à pandemia.

 

De maneira a unir essas duas necessidades, quantidade e qualidade dos alimentos, o fertilizante se apresenta como o produto para fortalecer os dois lados. Para obter alimentos com maior fartura e com valor nutritivo adequado é o fertilizante quem irá oferecer as plantas as quantidades de nutrientes para atingir seu potencial produtivo, mas sobretudo com a composição nutricional ideal para a alimentação humana e animal.

 

A preocupação com a escassez de alimentos é uma das várias preocupações que impactam muitas pessoas, deviso ao Covid-19. Entretanto, com a atual realidade da perda de empregos em grande escala, ficamos inseguros com uma provável impossibilidade de se alimentar.

 

A realidade é que o espectro da fome se aproxima de muitas famílias, principalmente para as pessoas que estão inseridas na economia informal, as quais vivem em áreas urbanas e gastam a maior parte de sua renda diária na compra de alimentos.

 

É neste contexto que o fertilizante estará fazendo sua contribuição em evitar o risco de faltar alimento para abastecer sua geladeira e sua despensa. Com alimentos com qualidade nutricional haverá grande contribuição para a prevenção ou controle de infecções virais. Assim, as mudanças na dieta podem oferecer oportunidades para melhorar sua capacidade em lidar com a Covid-19.

 

Essas medidas em sua dieta alimentar estarão de acordo com as diretrizes dietéticas publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando a importância de comer certos alimentos, como frutas e vegetais frescos, grãos inteiros, feijão, peixe e gorduras insaturadas. Esses alimentos são oriundos de uma agricultura equilibrada por manejos nutricionais e respeitando o meio ambiente, tornando a produção de alimentos um processo sustentável. Um bom caminho para melhorar o acesso a alimentos saudáveis seria a produção local de alimentos. Isso pode ajudar a garantir que esses alimentos estejam mais disponíveis e sejam baratos.

 

A chegada de várias vacinas aumentou as esperanças de que a pandemia Covid-19 possa ser interrompida em breve. No entanto, em nosso país, o processo de vacinação poderá demorar um tempo maior que o desejado. Ao mesmo tempo, as variantes que estão aparecendo levantam dúvidas, em particular em saber se a eficácia das vacinas pode ser comprometida. Diante dessa realidade, o bom funcionamento do sistema imunológico é essencial e para isso a boa alimentação é uma ótima opção.

 

A Nutrientes para a Vida tem como missão melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes. A NPV possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Sua principal missão é destacar e informar a população a respeito da relevância dos fertilizantes para o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e, consequentemente, com uma melhor nutrição e saúde humana.




 

 

Valter Casarin - engenheiro agrônomo da iniciativa Nutrientes para a Vida

 


Como a pandemia transformou os hábitos dos profissionais

Novo estudo da Udemy sobre o impacto da pandemia na força de trabalho mostra mudanças positivas e negativas no comportamento dos trabalhadores

 

Recentemente, a Udemy, o maior marketplace de cursos online do mundo, divulgou o relatório The Portrait of a Pandemic at Work, sobre como os profissionais estão adaptando as suas rotinas de trabalho durante a pandemia. Para o estudo, foram ouvidos apenas profissionais dos Estados Unidos, mas as descobertas podem servir como exemplo e como comparação para outros países.

O relatório mostra que a experiência de quem está trabalhando em home office nos tempos atuais não é necessariamente positiva ou negativa – é uma mistura de ambos. Embora o home office tenha as suas vantagens, como a economia de tempo com deslocamentos diários e a maior proximidade com as pessoas que moram na mesma casa, a realidade de quem está trabalhando em home office durante a pandemia é repleta de desafios. Alguns deles são conciliar os afazeres domésticos com as tarefas profissionais e criar limites de horário para o trabalho.

No que diz respeito às mudanças negativas causadas pela pandemia, o estudo identifica alguns comportamentos contraproducentes nos profissionais que estão trabalhando de casa. Por exemplo, 51% dos profissionais pesquisados disseram já ter assistido TV enquanto trabalhavam, 45% disseram já ter trabalhado da cama e 36% disseram já ter atendido a uma ligação de trabalho no banheiro de casa.

Além disso, 61% dos pesquisados disseram que cozinhar e comer estão entre os principais motivos de eles não estarem totalmente focados no trabalho.

“Esses resultados mostram a importância de trabalhar com limites de horário e de fazer pausas, principalmente para o almoço. Como estamos trabalhando sem o limite usual entre trabalho e casa, muitos funcionários e especialmente muitos chefes não respeitam os horários de trabalho e descanso, o que é prejudicial inclusive para a produtividade”, afirma Raphael Spinelli, gerente da Udemy para a América Latina.

Do lado positivo, o relatório mostra que os profissionais, enquanto estão em casa, estão buscando melhorar as próprias competências e adquirir novas por meio do aprendizado online, em plataformas como a Udemy – 67% dos pesquisados afirmaram ter a intenção de fazer isso. Além disso, 37% deles contaram que buscaram treinamento em habilidades profissionais como desenvolvimento web e design gráfico nos últimos tempos.

“Acreditamos que, com o passar do tempo, os profissionais que ainda não estavam acostumados a trabalhar de forma remota e que estão tendo dificuldades com isso atualmente conseguirão fazer alguns ajustes e se adequar”, afirma Spinelli.

Algumas dicas do estudo para uma vida mais equilibrada em home office são fazer pausas durante o trabalho, praticar atividades como meditação e ioga e desenvolver hobbies – o segredo é não deixar as tarefas de trabalho ocuparem o dia todo.

O estudo também aborda a volta gradual aos escritórios, que já está acontecendo em algumas empresas nos Estados Unidos. No entanto, os profissionais não se mostraram muito confiantes sobre o assunto –apenas 41% dos pesquisados disseram acreditar que as empresas reorganizarão os seus escritórios com o objetivo de proteger a saúde e a segurança de todos.

A opinião dos profissionais quanto ao trabalho em home office também sofreu alterações – 48% dos pesquisados disseram que, se as empresas em que trabalham não permitirem opções de trabalho flexíveis, eles considerariam pedir demissão, algo que pareceria incomum há alguns anos.

Para o relatório, foram ouvidos mais de 1.000 profissionais que trabalham em tempo integral normalmente em escritórios nos Estados Unidos. Não foram ouvidos trabalhadores essenciais, como funcionários de hospitais e supermercados.

 



Udemy

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Falta de prazo para incorporação de novos tratamentos no Rol da ANS prejudica pacientes

Apesar da inserção de período mínimo para avaliação a cada 6 meses, SBOC alerta sobre discrepâncias e ausência de prazos máximos de avaliação

 

A partir da aprovação pelo Senado do PL 6.330/2019, projeto de lei que defende a incorporação automática de quimioterápicos orais nos planos de saúde, como já é feito para tratamentos endovenosos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi solicitada a apresentar melhorias em seu moroso processo de incorporação de tecnologias. Tais melhorias, divulgadas em dezembro de 2020, propõem que em vez de aguardar dois anos até o novo ciclo de atualização do Rol, como acontece hoje em dia, que as submissões passem a ocorrer rotineiramente e as decisões de incorporação em reuniões semestrais. Embora possa ser considerada um avanço, a nova proposta da ANS não estipula um prazo máximo para análises e incorporações, o que na prática significa que pacientes podem continuar esperando por anos para terem acesso aos melhores tratamentos contra o câncer.

Para o diretor executivo da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Renan Clara, a mudança de fluxo não trará resultados efetivos, se não houver um prazo máximo de devolutiva da ANS. “Para nós, 180 dias são suficientes para todo o processo, pois é esse o tempo que o SUS utiliza e vem cumprindo de forma impecável”, afirma. “Não faz sentido o sistema privado ter um processo muito mais demorado que o sistema público para avaliar e ofertar melhores opções de tratamentos aos pacientes e, principalmente, não ter um prazo máximo para essa decisão. Hoje, pelo menos, o paciente sabe que poderá esperar até 1.300 dias para ter a oferta. Na nova proposta, isso desaparece e fica à mercê da ANS”, acrescenta.

Além do estabelecimento de prazos, a SBOC também enfatiza a importância de haver critérios mais claros de avaliação e recomendação por parte da ANS, e ainda incentiva a participação direta do autor da proposta de submissão durante todas as fases do processo de análise. “Aquele que fizer a proposta tem um compromisso com a sociedade de participar ativamente em todas as fases do processo. Espera-se que, com isso, ocorra um processo muito mais qualificado e transparente, além de gerar movimentação positiva, colaborando para uma saúde suplementar mais sólida”, explica o diretor executivo da entidade.

O texto base da minuta sobre o novo processo de atualização do Rol na ANS esteve sob consulta pública até 19 de abril e a SBOC apresentou uma sugestão para a Agência, recomendando maior interlocução entre as áreas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) brasileiras,  a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) no SUS e a ANS, com o intuito de estimular uma avaliação estratégica e integrada para o sistema de saúde brasileiro, mesmo que cada uma tenha suas particularidades.

A SBOC acredita que a colaboração estratégica entre os diversos órgãos regulatórios de ATS no Brasil é fundamental para a evolução e amadurecimento do sistema de saúde brasileiro. “Só assim será possível construir uma oncologia efetiva no país”, completa Dr. Renan Clara.

 


SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA


Começou um novo trabalho na pandemia? Dicas para se integrar ao time durante o home office

 Mesmo à distância é possível manter relações que aproximam a equipe e proporcione o sentimento de pertencer ao time


Conquistar uma nova colocação em plena pandemia é o que mais de 14 milhões de brasileiros buscam desde que o mercado de trabalho foi duramente afetado pela crise. Para quem conquista a tão sonhada vaga, mais um desafio deve ser ultrapassado: a distância. Isso porque, muitas empresas ainda adotam o home office e, por enquanto, essa é a alternativa mais segura para os colaboradores de diversas áreas. E como fica a integração de um novo colaborador no momento que precisa conhecer sua nova empresa e sua equipe. “Quem conquistou uma colocação home office em plena pandemia muitas vezes não conheceu a equipe pessoalmente e fez a integração online. É uma adaptação necessária, mas que, pode tornar as relações de trabalho mais distantes”, explica Deise Gomes, Gerente Executiva de Transição de Carreira da Thomas Case & Associados.

Embora a maioria das empresas tenham se organizado nas recepções online mais eficientes, para muitos o sentimento de estranheza que só se conhece online impacta na rotina de trabalho. Deise Gomes sugere uma reflexão de quais meios podem ser utilizados para me aproximar das pessoas, da cultura, dos objetivos da companhia. “Na maioria das vezes esse sentimento é comum, pois estamos experimentando um ambiente totalmente novo. É normal mesmo em pessoas que começam nas organizações de forma presencial. O tempo trará normalmente maior interação e conforto”, ressalta.

Mas, algumas atitudes podem ajudar a melhorar a sensação de falta de pertencimento e tornar o trabalho à distância mais prazeroso. Confira as dicas:


Mantenha-se aberto e entenda que é uma fase importante

Segundo a especialista, um dos pontos mais importantes para quem está começando em uma nova empresa ou até mesmo em uma posição diferente do que atuava anteriormente, é manter-se aberto às adaptações: “Entender que neste momento o online é a melhor opção para preservar a saúde de todos. Muitos ainda são relutantes ou tem problemas em absorver as ferramentas mais tecnológicas. É comum o sentimento de não pertencer ou de distância, faz falta. Mas o trabalho de conscientização de que é necessário precisa ser constante. Entender que vai passar e chegará o momento em que todos se verão pessoalmente”, enfatiza.


Reserve um tempo de conversa com o time

Reservar períodos livres para conversas com gestores, equipe e pares é fundamental neste período. Cinco minutos de troca de ideias sobre outros assuntos já faz muita diferença. “Entenda como se fosse a pauta para o café comum nos escritórios. Caso contrário podemos nos ver submersos em atividades e nenhum contato ou relacionamento com as pessoas. Isso atrapalha nossa conexão com os objetivos e cultura da empresa”, diz Deise.

 

Entrou agora? Capriche na apresentação

Ter uma reunião de apresentação bem elaborada é fundamental. Será nesse espaço onde o profissional terá a chance de se apresentar e conhecer brevemente a equipe, por vídeo de preferência. “Mantenha-se aberto e positivo. Mostrar-se pronto para somar e estar junto. Parece clichê muitas vezes, mas neste momento faz ainda mais diferença”, ressalta a profissional.


Construa relações online

Além da apresentação, pedir momento individual com cada pessoa da equipe, ou pelo menos as pessoas chave, para conhecê-las melhor e entender as expectativas é recomendado. “Se mostrar disponível após a apresentação e manter-se atento ao grupo nos aplicativos de mensagens, onde qualquer tema urgente possa ser tratado com rapidez e mostrar-se disponível para a equipe acessar em qualquer momento de dúvidas”.

 


Thomas Case & Associados


Cerca de 70% dos MEI não entregaram a declaração anual

Prazo termina no próximo dia 31 de maio e processo por ser feito todo pela internet


O prazo para a entrega da Declaração Anual de Rendimento do MEI (DASN-SIMEI) termina no dia 31 de maio e, apesar de o processo ser totalmente online e levar poucos minutos para ser executado, 68% dos microempreendedores individuais ainda não entregaram sua declaração, o que corresponde a um universo de aproximadamente oito milhões de MEI. As informações constam em levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados da Receita Federal.

Até o momento, a Receita já recebeu a declaração de 3,7 milhões de MEI dos 11,3 milhões existentes. O Amazonas é o estado com o menor número de declarantes: apenas 21% dos formalizados cumpriram com essa obrigação. Em segundo lugar estão empatados Rio de Janeiro e Amapá, ambos com 23% de envio. Santa Catarina é o líder de entregas, com 39%, seguido por Minas Gerais, com 38%, e pelo Piauí e Paraná, com 37%. Em São Paulo, estado que concentra o maior número de MEI, apenas 30% dos 3,2 milhões de formalizados estão quites com a DAS-MEI

O gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Silas Santiago, alerta que essa é uma das obrigações do MEI e que o não envio pode originar multas e perda de benefícios. “Mesmo quem está inadimplente com as parcelas deve enviar a declaração. Quem não entregar a DASN-MEI pode pagar multa de R$ 50 e mais juros. Além disso, fica impossibilitado de emitir o Documento de Arrecadação Simplificada (DAS), boleto mensal de contribuição dessa pessoa jurídica”, pontuo Silas.

A DASN-SIMEI é a prestação de contas anual do faturamento do MEI. Nesse documento, o microempreendedor individual deve informar o valor total das vendas de produtos e da prestação de serviço no ano anterior e se teve empregado no período. Todo o procedimento é feito no Portal do Empreendedor. Para preencher a declaração, o microempreendedor deve selecionar a opção ‘Já Sou MEI’ e clicar na opção ‘Faça sua Declaração Anual de Faturamento’.


Proibição da exportação marítima de gado na Nova Zelândia tem de ser exemplo para o Brasil


Fórum Animal espera que autoridades brasileiras repensem o transporte de animais para abate no exterior 

 

 

O naufrágio de uma embarcação com quase 6 mil bovinos a bordo foi o estopim para a Nova Zelândia proibir a exportação marítima de gado este mês. A completa interrupção da operação deverá ocorrer em um prazo estabelecido de dois anos.  

 

E apesar da decisão não incluir animais transportados por via aérea, a medida tomada pelo governo neozelandês é vista com bons olhos por grupos que lutam pelo fim desse tipo cruel de comércio. O Fórum Animal, organização brasileira sem fins lucrativos que atua há mais de 20 anos na proteção animal, espera que a decisão sirva de exemplo para o Brasil, um dos principais países exportadores de animais vivos. 

 

 

Exportação de animais vivos no Brasil 

 

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne bovina processada do mundo. Entretanto, há 20 anos o país também passou a comercializar animais vivos por via marítima, sendo os principais destinos os países de origem muçulmana, como Turquia, Iraque, Líbano e Egito, onde estes animais são abatidos conforme preceitos da religião (método Halal). 

 

Dados de 2018 do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços apontam que nesse ano foram mais de 700 mil animais exportados para o abate.  

 

Já em 2019, houve uma queda na exportação (473 mil animais), e esse tipo de comércio ficou na 67ª colocação como produto exportado pelo Brasil, correspondendo a apenas 0,2% das exportações e com queda de mais de 20% se comparado com 2018.  

 

No ano de 2020, até abril, foram exportados US$ 92,1 milhões, queda de 35% se comparada ao mesmo período de 2018. 

 

O Brasil possui mais de 100 frigoríficos credenciados para realizar o abate pela técnica Halal e mais de 25% dos produtos exportados são absorvidos pelo Oriente Médio e Norte da África.  

 

O Fórum Animal alerta que, do ponto de vista econômico, a exportação marítima não beneficia o país e pode comprometer nossa imagem exterior, uma vez que esta prática submete os animais a condições deploráveis e inaceitáveis pela comunidade internacional.  

 

Para a organização, devemos seguir o exemplo de países como a Nova Zelândia, que, após um incidente que causou a morte de animais e pessoas, repensou suas práticas comerciais, abolindo as piores. A indústria brasileira é especializada e apta a atender a esse mercado de produtos Halal, sendo o transporte marítimo obsoleto, desnecessário e que acarreta sofrimento adicional aos animais e enormes riscos operacionais. 


 

O transporte marítimo de animais  

 

Primeiro de tudo, bovinos de diferentes origens são enviados a uma fazenda para realizar a quarentena que antecede a viagem marítima.  

 

Após isso, os animais são transportados até o porto e embarcados em navios que podem transportar até mais de 25 mil animais. O processo de embarque pode durar até uma semana e, nesse período, a embarcação não é higienizada e nem é ventilada.  

 

Os animais embarcados primeiro ficam mais tempo em situação precária. As viagens são longas e podem durar de dias até mais de 3 semanas.  

 

As condições durante o trajeto são terríveis. Os ambientes têm alta densidade de animais, são mal ventilados, com altas temperaturas e umidade. O excesso de sujeira existente predispõe a lesões e doenças.  

 

Como as embarcações são velhas (mais de 40 anos de uso, geralmente) e adaptadas de outros usos, os riscos de naufrágios e incidentes durante a viagem são grandes. O destino desses animais é o abate por métodos não humanitários. 


 

Luta pelo fim da exportação de gado vivo 

 

No fim de 2017, o Fórum Animal ingressou com ação judicial requerendo a suspensão da exportação marítima de gado vivo até que fossem adotadas medidas para garantir o bem-estar animal durante a viagem e que o abate no país de destino ocorresse de maneira humanitária. 

 

Em janeiro de 2018, o navio Nada que embarcava mais de 25 mil bovinos no porto de Santos-SP foi inspecionado por médica veterinária nomeada perita judicial que constatou a precariedade das instalações e a condição inadequada dos animais.  

 

À época, um inquérito policial solicitou perícia para esclarecer se as condições de embarque e transporte dos animais atendiam às exigências legais e se seria possível constatar a ocorrência de abusos ou maus-tratos na embarcação. 

 

“O caso do navio Nada não é um problema circunstancial, mas estrutural do transporte marítimo de longa distância. E esse problema não é específico do Brasil. Trata-se de um problema global. E as nações desenvolvidas não estão livres dele, incluindo o maior exportador de animais vivo do mundo: a Austrália”, afirmou a perita. "Esse laudo considera o transporte de animais por longa distância por via marítima atividade obsoleta e perigosa ao bem-estar animal.” 

 

Além da crueldade com os animais, as más condições dos navios e a superlotação provocam alta disseminação de doenças. Hoje, cientistas alertam que novas pandemias, como a do novo coronavírus, podem ser provocadas pela forma como a sociedade tem tratado os animais. 

 

Incidentes como o naufrágio da embarcação da Nova Zelândia escancaram que não há maneira segura e humanitária de transportar animais vivos para abate em percursos tão longos e por vias marítimas.  


Ritmo de internações cai, mas hospitais continuam em colapso com falta de medicamentos e estrutura para atendimento Covid-19

A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes Covid-19 segue alta, mas o ritmo de internações diminuiu consideravelmente. Segundo pesquisa do SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo 79% dos hospitais estão com ocupação de suas UTIs acima de 80%. No entanto, apenas 17% dos hospitais informam que houve aumento de internações de pacientes Covid-19 nos últimos 10 dias. Na pesquisa anterior, 65% dos hospitais afirmavam que houve aumento de internações (10 de abril) enquanto na pesquisa de 26 de março, 99% dos hospitais relatavam crescimento das internações.

33% dos hospitais afirmam que a taxa de ocupação dos leitos de UTI está entre 91% e 100%. 4% estão com mais de 100% de ocupação. Em relação à pesquisa anterior (10 de abril), 65% dos hospitais afirmavam que a taxa de ocupação dos leitos de UTI estava entre 91% e 100%.

Para o presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin, houve uma descompressão no ritmo de internações dos hospitais  por conta da diminuição de circulação das pessoas nas últimas semanas, mas a falta de vacinas preocupa. “Com menos vacinas, haverá mais demora para vacinarmos toda a população. E nossos hospitais continuam no limite e sem condições de receber mais pacientes. Precisamos de tempo para reorganizar o sistema de saúde, repor estoques e organizar a mão de obra”, destaca.

 

A pesquisa

A pesquisa ouviu 98 hospitais, com 9.338 leitos clínicos e 4.242 leitos de UTI de 13 dos 17 Departamentos Regionais de Saúde do Estado, sendo que 38% dos hospitais são da capital.

 

Estoque de kit intubação

  • 5% dos hospitais afirmam possuir estoque para menos de uma semana;
  • 32% informam ter estoque para uma semana
  • 7% para 10 dias;
  • 28% para 15 dias;
  • 26% para até um mês;
  • 2% para mais de 1 mês

 

Estoque de oxigênio

  • 22% dos hospitais afirmam ter estoque de oxigênio para menos de uma semana;
  •  5% têm estoque para uma semana;
  • 30% para até 10 dias; 4% para até 15 dias;
  • 28% para até um mês;
  • 11% para até mais de 1 mês

 

Problemas no combate à pandemia

  • 64% citam o cancelamento de cirurgias;
  • 54% falta de profissionais da saúde;
  • 53% falta de médicos;
  • 49% dizem que o número de pacientes com Covid-19 é superior à capacidade de atendimento (fila de espera);
  • 57% o afastamento de profissionais por problemas de saúde;

 

Receita cai

69% dos respondentes constataram cancelamento de 80% das cirurgias eletivas e 79% dos participantes observaram queda na receita na ordem de até 20%. No entanto, 86% posicionaram não ter queda nos atendimentos de emergência/PS nos casos não relacionados à Covid-19 nos últimos 10 dias.

 

Tendências

A pandemia trouxe a incorporação de novas tecnologias como a telemedicina/teleconsulta. A pesquisa levantou que 69% dos serviços de saúde consultados dispõem desses serviços.

Outra modalidade de atendimento estimulada na pandemia é o serviço de homecare e de hospitais de transição. 81% dos hospitais afirmam estimular a desospitalização de pacientes com Covid-19 para homecare ou hospitais de transição.

Para Balestrin, os hospitais de transição e o serviço de homecare vêm contribuindo para a continuidade dos atendimentos de pacientes Covid-19 e também para a liberação de leitos dos hospitais, sendo importantes serviços inclusive para o tratamento de sequelas pós-Covid-19.


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