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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Bioeconomia Tropical Sustentável: o terceiro salto da ciência brasileira

Vivemos um momento crucial para as Ciências que integram o complexo Água, Energia e Alimento, pilares da Bioeconomia Tropical Sustentável. Do desempenho das instituições e dos pesquisadores envolvidos nessas áreas dependerão diretamente a qualidade de vida, a superação da fome, o bem-estar e, especialmente, o grau de sustentabilidade com o qual vamos conseguir continuar produzindo elementos essenciais à vida preservando os recursos naturais para as gerações futuras. 

Nos últimos 50 anos, a Plataforma de Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir da qual o Brasil criou a Agricultura Tropical Sustentável, barateou e democratizou a oferta de alimentos, ampliando a qualidade desses alimentos e gerando um impacto positivo sobre a saúde das pessoas. Além disso, permitiu aos povos tropicais produzir alimentos em seus próprios países, gerando renda e emprego para populações antes miseráveis. 

Se hoje conseguimos entregar muito mais alimentos usando menos terra, menos recursos naturais, se hoje o Brasil é responsável por alimentar perto de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, uma grande parte dessas conquistas é resultado da  Ciência, da Tecnologia e da Inovação desenvolvidas em ambiente tropical. Um esforço articulado de Universidades, da Embrapa, de outras instituições científicas e do empreendedorismo dos agricultores brasileiros. 

Apesar de todos os avanços, o desenvolvimento da agricultura tropical brasileira apresenta fragilidades tais como a significativa dependência por fertilizantes e agrotóxicos. Sem contar com a incoerência de ainda termos uma parcela significativa da população sem acesso adequado à alimentação. Portanto, é preciso avançar ainda mais e a Ciência, a Tecnologia e a Inovação são indispensáveis seja na identificação, mensuração ou na solução destas questões. Nos próximos 30 anos o mundo terá que produzir mais alimento do que a soma de tudo que já foi produzido em toda a história da humanidade. 

É nesse quadro que o Projeto Biomas Tropicais integra, em Rede, algumas das mais importantes organizações da Ciência brasileira e do mundo. Dessa vez, a missão não só é necessária, mas é urgente. E também vital! 

Ciência e Cientistas, porém, não conseguirão fazer isto sozinhos. Ninguém faz mais nada sozinho no mundo de hoje. As fronteiras entre as áreas do conhecimento estão cada vez mais tênues. Um exemplo bastante trivial disso é a própria Bioeconomia, tema desse evento. Uma palavra gerada a partir da reunião de duas áreas do conhecimento. 

Além disso, quando tratamos um tema com tantas facetas, como é caso do desenvolvimento sustentável, é fundamental tratá-lo de forma multidisciplinar, reunindo diversos atores e áreas do conhecimento. É preciso sobretudo, reunir o conhecimento gerado por outros pesquisadores e projetos como o Programa Ecológico de Longa Duração-PELD, fomentado pelo CNPq, e que há 24 anos vem reunindo importantes informações a respeito de diversos biomas brasileiros. Na ciência, devemos sempre nos lembrar da célebre frase de Issac Newton em uma carta endereçada a Robert Hooke em 1676 “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Com essa bela frase o físico ilustrou uma característica muito importante da ciência: que ela é necessariamente uma construção coletiva. 

A comunicação entre os pesquisadores é essencial, mas não suficiente, é preciso que haja também o compartilhamento do conhecimento gerado a fim de diminuir a distância entre a a academia e as expectativas que a sociedade deposita no desenvolvimento da ciência e na tecnologia. A ciência influencia, mas também é influenciada pela sociedade. Neste sentido,  comunicação entre ciência e sociedade é uma via de mão dupla, e e o único caminho na direção de sonharmos juntos um mundo melhor. 

Por isso, nos dirigimos hoje principalmente a todos, mas especial aos jovens. A juventude sabe que a Ciência é parceira dos valores, da visão de uma sociedade menos desigual, de um sistema produtivo mais humano e consciente. É só olhar a evolução da condição humana ao longo do processo civilizatório para constatar essa sinergia. 

Mas, os tempos atuais são desafiadores e mais complexos. Exigem mais protagonismo da visão da Ciência na formação da opinião e do comportamento na sociedade. 

Essa Frente de Ciência hoje aqui reunida mostra não só que isso é possível. Precisamos juntos saltar da Economia Industrial para a Economia do Conhecimento. No ambiente de transformações aceleradas do Século XXI isto é uma questão de sobrevivência. 

O conhecimento é o caminho para uma sociedade organizada de forma mais humana, mais lucrativa para os agentes econômicos, mas responsável com o Planeta e com as gerações futuras. 

O Fórum do Futuro e o Projeto Biomas procuram refletir assim os mais genuínos anseios dos jovens! 

 

 

Evaldo Vilela -Presidente do CNPq e Coordenador Científico do Fórum do Futuro

 

Brasileiros estão mais confiantes em utilizar meios de pagamentos digitais, aponta Minsait

 Em 2020, 62% dos brasileiros aumentaram o uso de aplicativos de pagamento


Em meio à pandemia, os brasileiros se viram diante de uma realidade pouco conhecida: a de ficar em casa e, com isso, encontraram na internet não só um aliado para comprar, mas para pagar também.

De acordo com o 10º Relatório de Tendências em Meios de Pagamento, da Minsait Payments, uma empresa da Minsait, os brasileiros estão aderindo cada vez mais aos meios digitais como alternativa de pagamento. De acordo com o estudo, em 2020, 62% dos brasileiros aumentaram o uso de aplicativos de pagamento. Além disso, 44,8% utilizam o app do banco pelo menos uma vez por dia, porcentagem que coloca o Brasil em segundo neste quesito na América do Sul, logo após o Chile, com o índice de 46,9%.

Diante da impulsão na digitalização dos meios de pagamento, os consumidores brasileiros se mostram mais confiantes em relação a estas novas ferramentas. Segundo o relatório, quase 50% da população bancária do Brasil acredita em que as big techs fornecerão um serviço financeiro melhor do que os bancos tradicionais, ainda que 38,8% continuem utilizando dinheiro normalmente.

Prova disso, é que os dispositivos móveis têm sido mais utilizados para fazer compras online: com um crescimento de 6,2%, o Brasil hoje é o segundo país na América Latina que mais usa celulares para esta finalidade, apenas atrás da Colômbia.

Modalidade preferida na hora das compras, as novidades oferecidas pelos cartões de crédito vêm ganhando espaço no hábito de compra dos brasileiros. Atualmente, os cartões contactless já representam 38,4% da preferência, enquanto 61,6% ainda preferem o modo tradicional.

O Relatório de Pagamentos Minsait reúne as opiniões de mais de 80 executivos do setor bancário, bem como as recolhidas em 4.400 pesquisas à população bancária na Espanha, Portugal e Reino Unido, América Latina e Itália.

O relatório completo está disponível em: https://mediosdepago.minsait.com/pt

 


 Minsait Payments

https://mediosdepago.minsait.com/es


Minsait

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É possível trabalhar para viver e não viver para trabalhar? País reconhecido pela felicidade mostra que sim

Carreira e vida familiar são, quase sempre, um embate para brasileiros. Com jornadas de trabalho longas e que, muitas vezes, envolvem mais de uma ocupação, cuidar da casa e da família são planos que ficam somente para as poucas horas vagas do dia. No Brasil, trabalhar somente meio período e melhorar a  qualidade de vida são ideais que parecem não combinar com a realidade. Mas outras culturas e países mostram que isso é possível Na Holanda, por exemplo, muitos profissionais buscam viver dessa maneira. O país é reconhecido pela ONU como um dos dez lugares mais felizes do mundo.

Dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia mostram que a Holanda tem uma das maiores taxas de pessoas trabalhando meio período. Números de 2017 revelaram que quase metade da população está empregada dessa maneira, trabalhando cerca de 30,3 horas semanais, sendo que a média da União Europeia é de 19,7% dos europeus atuando dessa forma, com uma jornada média de 37,7 horas por semana. E se as realidades de Brasil e Holanda são tão diferentes nesse ponto, como é a rotina dos imigrantes que optaram por levar a vida em terras brasileiras? 

Para quem veio ao Brasil, a rotina foi diferente do que vemos na Europa. Para começar a vida do zero, foi necessário trabalhar em jornadas intermináveis. Além disso, em muitos casos, os holandeses que vieram para a América buscaram trabalhar no seu próprio negócio, principalmente com agricultura e pecuária, o que fez com que a carga de trabalho e de compromisso fossem ainda maiores para garantir renda e sucesso. 

Outro fator que deve ser levado em conta quando comparamos culturas e suas formas de exercer atividades é como são feitos os compromissos pessoais, como a própria limpeza da casa. No Brasil, a terceirização é comum, muitos lares contam com diaristas ou empregadas domésticas, que auxiliam nas tarefas e também no cuidado com as crianças, muitas vezes. Na Holanda, por outro lado, esse não é um hábito comum e, por isso, as responsabilidades domésticas ficam exclusivamente com a família, que acaba reservando momentos para isso. 

Além disso, a cultura holandesa preza pelos rituais que unem os familiares, por isso, estar presente na criação dos filhos, no dia a dia dos pais e avós e na rotina da casa é um pilar fundamental, que não pode ficar de lado. Na Holanda, o normal é trabalhar para viver. No Brasil, vemos que o modo é viver para trabalhar. E nada melhor que as trocas entre as culturas para mostrar que outras formas de construir a rotina são possíveis!



Tineke Voorsluys - conselheira da Associação Cultural Brasil Holanda


Como transformar um dom em dinheiro

Descobrir o seu talento pode te levar ao sucesso


Com o hiato mundial em novas oportunidades de empregos e vários desligamentos de trabalhadores das suas empresas em decorrência da pandemia do coronavírus, muitas pessoas, para continuarem a manter o sustento de suas casas, precisaram se reinventar com novos hobbies, aproveitando seus talentos.

Entretanto, achar em algum hobbie a oportunidade de gerar dinheiro, pode ser difícil. Antes de tudo, é necessário entender em que horizonte de oportunidades profissionais você está inserido. Uma pessoa pode, por exemplo, ter saído do emprego e conseguido uma ótima fonte de renda cozinhando, mas, como uma pessoa é diferente da outra, esse ramo pode não ser o ideal para você.

Apesar de ter mais de 7 bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo todo, ainda sim, cada uma é única em sua excentricidade. Não só pelas digitais e pelo DNA, o interior de cada pessoa é diferente. Seus gostos, manias, jeitos e talentos. Cada um tem o seu. Segundo Madalena Feliciano, gestora de carreiras, “Na hora de iniciar um novo hobbie, o primeiro passo a ser tomado é fazer uma análise sobre seus gostos, talentos e dons”.

Para se tornar uma pessoa rentável, desse modo, é necessário ter autoconhecimento. Cada pessoa tem em si uma identidade própria que a distingue dos outros. Nessa identidade está inserida todas as nossas particularidades, bem como os nossos talentos. “Para escolher um novo rumo de vida que te dê lucro e que ao mesmo tempo te realize, você deve se autoconhecer. O que você faz que gosta tanto que poderia fazer até mesmo de graça? Pelo quê você é reconhecido pelos outros? As respostas dessas perguntas te levarão ao verdadeiro entendimento da sua missão de vida”, explica a coach.

Não adianta você começar a cozinhar, se o seu verdadeiro talento está nas atividades de artesanato. O mundo está repleto de pessoas, e, por isso, se especializar no que você realmente gosta, é muito importante, já que somente você sabe fazer alguma coisa exatamente do seu jeito. Conseguir uma nova fonte de renda e fazer dinheiro com essa fonte, está intrinsecamente ligado aos seus dons.

“Saber onde está o seu talento…”, afirma Madalena, “...é saber onde você deverá investir”. Quem trabalha com o que gosta não gera só dinheiro, mas também felicidade, já que se torna uma pessoa realizada e alinhada ao seu propósito de vida. Para se adequar em uma nova área, não esqueça: Antes de tudo, se conheça. Saber quem você é, é o passo principal para saber para onde você deve ir.

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Quais são os riscos de uma gravidez no cenário de 2021?

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Ministério da Saúde recomenda adiar possíveis planos de gestação


O início da pandemia em 2020 interrompeu o planejamento na vida de muitos brasileiros. Grande parte dos casais que gostariam de aumentar a família no ano passado em especial, tiveram que adiar seus planos com a esperança de que o clima de incerteza terminasse com a chegada de 2021. Porém, ele permanece.

Com as novas variantes do coronavírus no Brasil, na última semana o Ministério da Saúde aconselhou a população que, caso pudessem, evitassem uma gestação no momento. “Tanto a gestação, quanto os primeiros meses pós-parto são naturalmente períodos delicados, que podem ter seus riscos agravados pelo vírus”, esclarece Doutor Fernando Prado, ginecologista e obstetra especializado em reprodução assistida da Clínica Neo Vita.

O especialista explica que infecções respiratórias podem ser mais sérias a partir do segundo trimestre de gestação, devido à pressão aplicada pelo útero nos pulmões e a mulher também tem o sistema imunológico mais sobrecarregado na gravidez. Além disso, os riscos de trombose, que já são maiores durante a gravidez, duplicam com a doença.

A sobrecarga do sistema de saúde também deve ser considerada. Segundo dados do Observatório Obstétrico da Covid-19, apenas 1 em cada 5 mulheres gestantes com o vírus conseguiu acesso a UTI desde o começo da pandemia no país. Até julho de 2020 o Brasil registrou 77% das mortes de gestantes e puérperas pelo coronavírus no mundo, segundo estudo realizado por instituições públicas e divulgado pelo periódico médico International Journal of Gynecology and Obstetrics.

“O grande problema é a falta de dados que podemos dar aos pacientes. Existem diversos estudos sendo realizados no momento sobre como o vírus se comporta em relação à gestante e ao bebê, mas nada concreto”, complementa o especialista.

De qualquer maneira, com os cuidados e recomendações médicas sendo seguidos à risca, foi possível para muitas mulheres terem seus bebês tranquilamente durante a pandemia. Mas, doutor Fernando Prado acredita que não há nada de errado em não querer correr riscos em um momento como este. “Se você está numa idade fértil, entre os 20 e 35 anos, não é errado esperar que a situação se estabilize. Há opções para adiar a maternidade sem prejudicar as chances futuras”, enfatiza.

Agora, para quem está se aproximando do fim deste período ou não pode esperar, há sempre a possibilidade de congelar os óvulos para pensar numa gravidez futura em um período menos conturbado, sem interferir nos níveis de fertilidade existentes agora. Segundo o IBGE, a procura pelo procedimento vem aumentando até antes da pandemia. Neste último ano, doutor Prado informa que na clínica em que atua houve um aumento de 30% na busca pelo congelamento de óvulos e embriões.

“No final, acredito que o mais importante é estar confortável com a sua decisão. Por isso, converse com seu médico e família para juntos considerarem todas as opções para que a melhor decisão seja tomada”, finaliza.

 


Fernando Prado - Médico ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, doutor pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, diretor técnico da Neo Vita e diretor do setor de embriologia do Labforlife.


 

5 dicas para escolher um médico

Como você escolhe o seu médico? Infelizmente, no Brasil este é um privilégio de poucos. Sabemos que a grande maioria dos brasileiros não tem tal oportunidade e é atendida pelos médicos dos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde – e, vale ressaltar, na maior parte das vezes terão a felicidade de ser cuidados por médicos qualificados, humanos e comprometidos com a saúde pública. Mas, e aquele usuário da saúde suplementar ou que busca atendimento particular? Como escolhe?

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que as pessoas gastam mais tempo à procura de um carro novo do que pesquisando sobre um bom médico. De acordo com o relatório, a maioria dos adultos investe de 10 horas a algumas semanas para escolher o veículo ideal para comprar, enquanto gasta menos de uma hora investigando sobre um profissional ou hospital quando precisa. Outro dado interessante vem do relatório de um sistema internacional de busca por serviços médicos: o tempo de tolerância do paciente para aguardar por um serviço de saúde que atenda sua ligação para agendamento é de quatro minutos. Após essa espera, se não atendidas, mais de 70% das pessoas passam para o profissional seguinte da lista.

Nas minhas últimas férias com a família, antes da pandemia, fiz pesquisas nos sites de busca de hotéis e restaurantes analisando vários itens, mas principalmente a opinião dos usuários. As pessoas tendem a ser críticas e este é um bom termômetro para não se dar mal na escolha. Normalmente, falam da localização, limpeza e higiene, atendimento, qualidade das refeições, preços etc. Infelizmente, para serviços médicos e de saúde não temos uma cultura assim, nem sequer um serviço que ofereça uma busca nestes moldes. Existe muita discussão ética sobre isso. Às vezes o tratamento não deu certo pelo fato de a doença ser grave, e não por falha do médico; às vezes o médico é qualificado para uma determinada situação, mas não tanto para outra. São muitas as variáveis e, por isso, a avaliação é delicada e gera controvérsias. Na minha opinião pessoal, acharia muito útil. 

No entanto, enquanto não temos ferramentas de busca tão elaboradas assim e tampouco um estudo sobre o tema no Brasil, vale a pena nos questionarmos se estamos empenhando tempo e energia suficientes na escolha de um profissional ou hospital que vá cuidar da nossa saúde. Como escolher o melhor profissional para nosso caso? É claro que, em situações de emergência, nem sempre podemos fazer isso. Mas em caso de uma consulta ou procedimento cirúrgico eletivo, vale a pena pesquisar bem. Um hospital ou plano de saúde contam com diversos médicos. Mas qual será o melhor para o seu caso? Esta é uma boa pergunta para começar a fazer, e vou dar a seguir algumas dicas que sigo sempre que estou no papel de paciente ou quando preciso indicar um colega para um familiar, amigo ou paciente.

 

1.     Entenda qual é a especialidade adequada para seu caso

Um bom começo é priorizar qual é o seu principal problema e procurar o especialista da área. Isso evita, muitas vezes, demora no diagnóstico e no tratamento, além de não correr o risco do famoso encaminhamento "au-au" – ao ortopedista, ao cirurgião, ao cardiologista e assim por diante. Por exemplo, se você está com dor nos joelhos, dê preferência a um ortopedista que atue mais especificamente nesta área.

Muitas vezes é difícil para uma pessoa que não é da área da saúde saber exatamente qual a origem do problema e que especialidade procurar. Nessas situações, o melhor é procurar um clínico geral ou médico de família, chamados médicos de atenção básica de saúde. Estes profissionais costumam ter uma visão mais generalista da situação, conseguindo com muita eficácia resolver a grande maioria das questões clínicas, além de ajudar na indicação de especialidades pontuais quando necessário. Outra grande vantagem do médico da atenção básica é que ele tem uma tendência maior para trabalhar na prevenção. Não podemos esquecer que prevenir é a melhor forma de nos mantermos saudáveis. O antigo ditado já dizia: "Melhor prevenir do que remediar". Países desenvolvidos como a Inglaterra adotam esse modelo com sucesso.

 

2.     Procure indicação de familiares, amigos e outros profissionais da saúde

Uma dica valiosa é a recomendação de familiares e amigos que já passaram pela assistência de um médico ou serviço de saúde. Mesmo sendo leigos na área da saúde, foram pacientes – e isso diz muito. Viveram na pele a experiência. A boa relação médico-paciente e médico-família é uma das principais virtudes de um médico. Quem passou por isso, tanto como paciente ou como familiar, sempre terá a disposição e o prazer de relatar tal experiência, sendo positiva ou negativa. O que precisamos fazer é tentar identificar possíveis exageros (para o lado bom ou ruim) e sempre procurar opiniões de mais pessoas. Por vezes o problema da relação é o paciente, e não o médico. Ouvindo o maior número de pessoas, e com um ouvido mais crítico, podemos ser mais certeiros na escolha.

A recomendação de outro médico ou profissional da saúde também vale muito. Nem sempre as pessoas têm este acesso, mas quando possível deve-se levar em conta. Certamente, um médico que já conhece você e o seu caso vai ter uma facilidade maior de indicar o profissional correto. Como em qualquer negócio o “boca a boca” costuma ser uma propaganda honesta.

 

3.     Fique de olho no currículo

Lembra quando falei sobre a pesquisa mostrando que as pessoas demoram mais para escolher um carro novo do que para decidir quem vai cuidar da sua saúde? Pois é, quando pesquisamos um produto temos o hábito de investigar procedência, especificações, qualidade, rendimento etc. Procure criar este hábito também ao pesquisar um médico. Confirme se o nome consta em pelo menos duas listas de referência: a do Conselho Regional de Medicina e da Sociedade, Associação ou Colégio Brasileiro da especialidade a que ele divulga pertencer. Graças à internet, é uma pesquisa simples hoje em dia.

Outra opção é a busca pelo profissional na Plataforma Lattes (cnpq.br), uma base de dados de currículos na área de ciência e tecnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nem todos os profissionais têm seu cadastro nesta plataforma, mas aqueles que estão envolvidos com atividades acadêmicas e pesquisas geralmente possuem seu currículo cadastrado ali. Uma ótima fonte para verificar todo o histórico da formação profissional do médico, como também as publicações de livros, artigos e trabalhos científicos. A medicina é uma ciência em constante evolução, portanto o médico deve procurar estar sempre atualizado. Lembre-se disso.

 

4.     Deve transmitir confiança

A confiança no médico e no tratamento faz diferença no enfrentamento da doença e na resiliência ao tratamento.

Além de atenção, o médico deve oferecer segurança ao paciente, demonstrar domínio sobre o que está falando, dedicação e interesse no seu caso. E acima de tudo deve ser franco e honesto, sempre alertando claramente dos riscos da doença ou do tratamento, como também tranquilizando quanto ao suporte e amparo que irá prestar. O paciente melhor informado sempre será um paciente mais engajado e mais confiante. Afinal, a confiança é a base para que qualquer relação seja duradoura, inclusive a do paciente com o médico.

 

5.     Deve ser uma boa pessoa antes de ser um bom médico

Entender a dor, a vontade e as escolhas do paciente, sem preconceitos, é fundamental para um ótimo relacionamento médico-paciente. O médico deve ser empático e acolhedor. Não existe mais espaço para profissionais arrogantes, com o “rei na barriga”. Discutir seu caso com colegas e outros profissionais de saúde não é sinal de ignorância. Muito pelo contrário, é uma virtude. Reconhecer o valor de toda a equipe de cuidado e evitar o egocentrismo é a melhor forma de um médico entregar o melhor cuidado ao paciente. Más pessoas nunca serão bons profissionais. Lembre-se: não tratamos a doença, e sim o paciente. Isso transforma a relação muito mais complexa e delicada. Não aceite um mau atendimento. Você que está pagando, seja pelo SUS, por convênios ou por seu próprio dinheiro, merece toda a atenção. Não se contente com pouco. Afinal, é sua saúde que está em jogo.

 

E lembre-se: não deve ser sorteio, e sim escolha.

 

 

 

RINALDO DANESI PINTO - Cirurgião oncológico e professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

 

 

Estudo aponta aumento da incidência de terçol relacionado à pandemia

Pesquisa apontou que a microbiota da região bucal pode contaminar a região palpebral com o uso da máscara


Enquanto não há tratamento e nem vacina para todos, as medidas sanitárias, como o uso da máscara e do álcool gel, são fundamentais para combater o covid-19.

Entretanto, segundo uma pesquisa publicada pelo American Journal of Ophthalmology, em fevereiro de 2021, o uso da máscara facial está relacionado ao aumento da incidência do terçol e do calázio, inflamações que atingem as bordas das pálpebras.  
 
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizaram uma análise retrospectiva de registros médicos da região, comparando a incidência do calázio antes e depois da recomendação do uso da máscara facial.

O aumento, a partir do mês de abril de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, foi muito significativo. Em junho de 2020, por exemplo, o número de casos praticamente dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior.


 

Brasil segue mesma tendência

De acordo com a oftalmologista, Dra. Tatiana Nahas, especialista em doenças da pálpebra, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a pesquisa corrobora o que acontece na prática clínica. “Realmente, é impressionante a quantidade de casos de terçol e calázio que temos recebido no consultório desde junho do ano passado, com progressivo aumento esse ano”.
 
A oftalmologista explica que o calázio é uma progressão do terçol. “O terçol é um abcesso. Na maioria das vezes, o líquido é drenado pelo organismo e se resolve sem intervenção. Porém, quando a drenagem não ocorre, a lesão se encapsula e se chama calázio. O que traz o paciente ao consultório é o calázio, cujo tratamento é cirúrgico”.


 

Bactérias do mal

“Quando estamos de máscara, a respiração é direcionada para a região periorbital. Isso significa que o microbioma, ou seja, as bactérias que colonizam nosso sistema digestivo, entram em contato com nossos olhos. Isso aumenta muito o risco de desenvolver inflamações e infecções nas pálpebras, como o calázio e o terçol”, explica Dra. Tatiana.
 
“Além disso, a máscara facial acelera a evaporação das lágrimas, piorando os sintomas do olho seco. E sabemos que olho seco está associado tanto a blefarite quanto ao calázio. A secura ocular também altera a glândula de Meibômio. Quando essa estrutura fica obstruída, pode gerar o calázio”, reforça a oftalmologista.  
 
Por fim, o Staphylococcus aureus, por exemplo, está comumente associado à blefarite e é um componente frequente da flora oral humana. Na prática, esses patógenos se incorporam às gotículas expelidas por meio de atividades como falar, espirrar e tossir. Vale lembrar ainda que as pessoas acabam levando a mão ao rosto diversas vezes para ajustar a máscara, o que também contribui para a contaminação da região ocular.


 

É possível prevenir

O uso da máscara é obrigatório. Obviamente, não é o único fator de risco para desenvolver terçol e calázio. Mas, é nítido que contribui para essas condições.  
 
Dra. Tatiana recomenda manter a higiene bucal em dia, com escovação, uso de fio dental e de um antisséptico bucal. Além disso, as máscaras de pano precisam estar sempre lavadas e higienizadas.
 
“A umidade e o calor são condições perfeitas para a proliferação das bactérias. Por isso, quando a máscara ficar úmida, é hora de trocá-la. É importante evitar também o ajuste excessivo da máscara para reduzir o contato das mãos com o rosto”, ressalta a especialista.  
 
“Uma dica que pode ajudar é colocar uma fita adesiva, o micropore, na parte superior do nariz, entre os olhos. Isso serve tanto para evitar a contaminação pela respiração quanto para reduzir a necessidade de ajustar a máscara a todo momento”, cita Dra. Tatiana.   
 
Por último, quem tem blefarite, que é uma inflamação crônica das pálpebras, deve realizar a higiene das pálpebras diariamente, com um xampu neutro infantil.
 
“Como vimos, temos estratégias importantes que podem ser adotadas para evitar o calázio, nos mantendo protegidos com o uso da máscara”, finaliza Dra. Tatiana.



Shopping Penha inicia vacinação contra Covid-19 em idosos acima de 63 anos

Empreendimento também recebe doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza nos dias de imunização 

 

O Shopping Penha está com drive-thru de vacinação contra a Covid-19 e realiza quinta e sexta-feira, 29 e 30 de abril, a imunização em idosos com idade acima de 63 anos e profissionais da saúde e educação com mais de 47 anos. A ação acontece no piso G4, das 10h às 17h e segue todas as diretrizes recomendadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).  

Os profissionais da saúde devem apresentar a Carteirinha do Conselho e comprovante de residência, enquanto os profissionais da educação precisam estar com o Comprovante Vacina Já com QR Code, comprovante de residência, vínculo empregatício na cidade de São Paulo e CPF. 

Ao se vacinar, os imunizados são convidados a participar da ação de doação de alimentos, produtos de limpeza ou higiene. Todos os insumos arrecadados são direcionados para os moradores da região da Penha que vivem em situação de vulnerabilidade. Vale ressaltar que a doação não é fator obrigatório para receber a vacina.

O Shopping é  ponto de vacinação até o final da campanha, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Hospital Dia Penha e da Supervisão Técnica de Saúde Penha. A campanha de imunização contra a Covid-19 na capital é realizada de acordo com a disponibilidade de doses repassadas pelo Ministério da Saúde e respeitando as etapas do cronograma e públicos-alvo da Campanha de Vacinação do Governo do Estado de São Paulo. 


SERVIÇO

Vacinação Covid-19 - idosos acima de 63 anos, profissionais de saúde e profissionais da educação acima de 47 anos.

Data: Dia 29 e 30 de abril

Horário: 10h às 17h 

Local: Piso G4 do Shopping Penha

 

Shopping Penha

Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, nº 304 - Penha - São Paulo, SP

Mais informações: (11) 2095-8240 – www.shoppingpenha.com.br 

 

Hipertensão eleva riscos de trombose em infectados pelo coronavírus; casos em jovens preocupam

Houve aumento em 14% nos diagnósticos de hipertensão arterial em jovens adultos
Créditos: Envato


Aumento do número de pessoas mais novas diagnosticadas com pressão alta se deve principalmente ao sedentarismo e à má alimentação


O administrador Gustavo Loesch descobriu a hipertensão aos 29 anos em exames de rotina. Acima do peso e com dieta alimentar desequilibrada, precisou adotar um novo estilo de vida, além do uso da medicação indicada pelo cardiologista, para controlar a pressão arterial. “Perdi peso, cortei gorduras, reduzi o consumo do sal e faço uso de medicamento contínuo há mais de oito anos”, conta.

Segundo dados do Vigitel, do Ministério da Saúde, houve aumento em 14% dos diagnósticos de hipertensão arterial em adultos jovens (entre 20 e 44 anos) nos últimos 10 anos. Para a cardiologista e coordenadora do serviço de Check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, entre os motivos desse aumento estão o estilo de vida mais sedentário e o maior consumo de sal. No entanto, também impactou nesse aumento o crescimento do número de jovens que têm realizado a aferição da pressão arterial e a adoção de valores mais baixos para caracterizar normalidade – hoje sendo os famosos “doze por oito” (120 x 80 mmHg). 

“Via de regra, a hipertensão arterial é assintomática, e a pressão pode ficar mais elevada em situações de estresse e dor e ser uma resposta normal do organismo. Por isso, as avaliações periódicas são fundamentais, quando não se tem sintomas”, ressalta a médica.


Jovens hipertensos e a Covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz divulgou um relatório que mostra que o crescimento das taxas de hospitalizações por Covid-19, no mês de março, em pessoas com faixas etárias de 30 a 59 anos superou o aumento global da doença. Considerando todas as idades, o crescimento de casos chegou a 700%, se comparado a janeiro, enquanto em jovens essa escalada passou de assustadores 1.000%. Essa é mais uma preocupação das autoridades de saúde, já que a hipertensão é um dos agravantes para os infectados pelo coronavírus.

Ao longo da pandemia, profissionais de saúde e pesquisadores têm tentado compreender os motivos dessa piora dos pacientes hipertensos. Estudos indicam que a Covid-19 é uma doença que modifica respostas metabólicas, inflamatórias e de coagulação, gerando o comprometimento de vários órgãos, incluindo o coração. Pessoas que já tenham alterações crônicas do coração ficam, então, mais suscetíveis a ter evolução mais grave da doença. 

Especialista em hipertensão, a cardiologista Aline Moraes reforça que o aumento da pressão arterial pode fazer alterações como a hipertrofia do músculo cardíaco, o que pode aumentar o risco de trombose. “Em alguns pacientes hipertensos, notamos que há uma espécie de engrossamento que o coração faz para dar conta da pressão mais alta e que dificulta o relaxamento do coração. Quando essa hipertrofia é considerável, ela pode gerar também aumento dos átrios. Essas alterações podem fazer o paciente reter mais líquido nos pulmões, provocar arritmias e aumentar o risco de trombose - todos problemas muito associados à pior evolução da Covid-19”, reforça. “Quem já sofre com pressão alta precisa manter os níveis bem controlados com medicação e um estilo de vida saudável, além de tomar todos os cuidados já conhecidos como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social para evitar a contaminação do coronavírus”, conclui.

 


Hospital Marcelino Champagnat


Sorrir também cura

 Dia 28/04 é celebrado o dia mundial do sorriso, um gesto que antes era parte do cotidiano, mas há mais de um ano se esconde embaixo das máscaras.


Você sabia que muito mais que um gesto, o sorriso faz muito bem para a nossa saúde e influencia diretamente na nossa qualidade de vida? Já foi comprovado cientificamente que sorrir gera diversos benefícios internos e externos para o corpo, quando sorrimos, liberamos hormônios que diminuem o estresse, sensações de negatividade, tristeza, ativam o sistema de recompensa do nosso cérebro e externamente promovem o rejuvenescimento e ajudam a manter a elasticidade da pele.

O sorriso também é um idioma universal, em uma pesquisa recente conduzida em tribos da Papua Nova Guiné, pelo Dr. Paul Ekman (uma das 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time) mostrou que mesmo pessoas de aldeias mais remotas que não tinham nenhuma conexão com a cultura ocidental, atribuem o sorriso às mesmas situações que nós, para expressar alegria, empatia, diversão, etc. Pesquisas feitas na Suíça mostram que é difícil sustentar raiva e tristeza em um ambiente com sorrisos.


A saúde do sorriso

Desde o início da crise do Covid no Brasil foi notável a queda da procura por atendimento em consultórios odontológicos, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) saúde bucal está entre os serviços essenciais mais afetados pela pandemia, 77% dos países relataram interrupção parcial ou total dos tratamentos.

As pessoas têm buscado pelos dentistas apenas em caso de dores ou quebra nos dentes e quando chega nesse ponto, é bem provável que problema já esteja com algum tipo de complicação. A Drª Fernanda Calonego da Maquira Dental Group aconselha, "Não deixe de ir ao dentista, prevenir é sempre a melhor opção, já para os profissionais, manter todos os cuidados de higiene, marcar as consultas com um espaçamento entre os horários é indispensável, produtos de fácil manuseio e qualidade superior também são extremamente importantes para tratamentos efetivos e que não apresentem efeitos secundários , fazendo com que esse paciente receba o procedimento correto e não precise ficar se deslocando várias vezes. "

Dentistas são um serviço de saúde essencial, os consultórios estão preparados, e também não deixe de cuidar da saúde bucal em casa, mantenha a escovação regular e tenha uma rotina de alimentação saudável.

 

Maquira Dental Group


Com 38 milhões hipertensos, Brasil tem alto risco de ocorrência de AVC, alerta especialista

 Foto Anna Shvets
Mortes por doenças cardiovasculares estão diretamente relacionadas a pressão alta


Mais de 38 milhões de brasileiros maiores de 18 anos têm hipertensão, de acordo com levantamento do IBGE de 2020. O número corresponde a 23% da população total do país e é o maior índice desde 2013. Na passagem do Dia Nacional da Hipertensão, comemorado no dia 26 de abril, especialistas alertam para a manutenção da pressão arterial. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é responsável por 80% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil.

“A hipertensão é o principal fator de risco para desencadear o AVC. Na pandemia, houve um aumento dos casos de AVC. Está escalada está relacionada às consequências do isolamento social que levaram ao aumento da ansiedade, sedentarismo, obesidade e ingestão de comidas com altas taxas de gordura e sal. Assim, consequentemente há o aumento da incidência e descontrole da hipertensão arterial”, alerta o cardiologista do Hospital Brasília Edson D’Ávila.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a HAS é a principal causa de morte por doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo. No país, anualmente cerca 350 mil pessoas morrem em decorrência de doenças no coração e a maioria desencadeada pela HAS. A entidade também alerta que a pressão alta agrava quadros de infarto, aneurisma arterial e até insuficiência renal.

Edson D’ávila explica que a HAS é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, aumentando os riscos todos os anos. “A pressão arterial é considerada normal quando está entre 120/80. Acima disso, a pessoa deve ficar de olho, sobretudo quando chegar a idade de risco. Se a pressão for maior ou igual a 140/90, está alta e um médico deve ser procurado para mais orientações”, alerta. O cardiologista ainda revela que os principais sinais do AVC são perda de força e sensibilidade, alteração na fala, alterações de equilíbrio, dores de cabeça súbitas e intensas.

Para prevenir a HAS, o médico recomenda a mudança total do estilo de vida. “Reeducação alimentar, redução de peso e atividade física. O controle da pressão reduz em 47% as taxas de AVC. Para o tratamento, além da mudança de hábitos, é necessária a terapia medicamentosa”, finaliza.


Como evitar a hipertensão arterial

Na campanha da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) de 2021, a instituição traz um folder com dicas para reduzir os casos de HAS:

  1. Pare de fumar! O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares e é apontado como fator negativo no controle de hipertensos;
  2. Tenha uma alimentação saudável! Os alimentos frescos devem ser priorizados e as refeições congeladas, embutidas e enlatadas devem ser limitadas;
  3. Limite o consumo de bebidas alcoólicas! O limite o consumo diário de álcool deve ser 1 dose (mulheres) e 2 doses (homens);
  4. Mantenha seu peso adequado para a sua altura! O excesso de peso pode aumentar a pressão em 30% além de dificultar o controle dos hipertensos;
  5. Tenha uma vida menos estressante! Uma melhor qualidade de vida ajuda;
  6. Tenha uma vida mais ativa! 30 minutos de atividade física por dia, que pode ser dividido em 2 períodos de 15 min ou 3 de 10 min fazem toda a diferença. Seu corpo foi feito para se movimentar.

Abril: mês de conscientização sobre o combate ao câncer

Especialista tira dúvidas sobre o tema e ressalta a importância do diagnóstico precoce


Abril foi o mês escolhido para a conscientização de um assunto muito sério e importante para toda a população: o Combate ao Câncer. Durante o mês, diversas ações são realizadas para conscientizar a população mundial sobre causas, prevenção e tratamento dos vários tipos de câncer, além de apoiar e incentivar os pacientes que lutam contra esta doença.

De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2019 o câncer já é a primeira ou segunda causa de morte antes dos 70 anos em 112 dos 183 países e ocupa o terceiro ou quarto lugar em mais 23 países. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) publicou o relatório com a estimativa de incidência e mortalidade por Câncer em todo mundo e as projeções para 2040. Os dados publicados de expectativa para 2020 registraram uma incidência de aproximadamente 19 milhões de casos de câncer em todo mundo, com 10 milhões de mortes.

No Brasil, o número de novos casos foi de 522.212, com aproximadamente 260.000 mortes por câncer. Os cânceres mais prevalentes na população em geral são: próstata, Mama, Colorretal e Pulmão. Nos últimos 5 anos, temos 1.500.000 de pessoas vivendo com Câncer no Brasil.

Para falar mais sobre o assunto e detalhar a importância do acompanhamento médico e do diagnóstico precoce, o oncologista clinico e professor do curso de Medicina da Unisul, Antônio Matsuda preparou um ping pong com informações que certamente irão ajudar a esclarecer quem tem dúvidas sobre o assunto.

 

Ping pong com o oncologista clinico e professor do curso de medicina da Unisul Antônio Matsuda

- O que é o câncer?

O câncer é na verdade o conjunto de mais de 100 diferentes tipos de doença malignas que tem em comum o crescimento desordenado de células formando tumores. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Esses tumores, são chamados de malignos devido ao potencial de invadir e se disseminar para outros órgãos. Esse processo é chamado de metástase. A partir desse momento a doença será considerada sistêmica. Portanto, quanto antes fizer diagnóstico melhor serão as chances de cura.


- Como ele se manifesta?

As causas do câncer podem ser uma combinação de fatores genéticos ou hereditários associados a fatores ambientais. Porém, acredita-se que 1/3 de todos os tipos de câncer poderiam ser evitados com mudança nos hábitos de vida, como abolir o uso de cigarros, adotar uma alimentação saudável evitando obesidade, praticar atividades físicas regulares e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.


- Quais os sintomas mais comuns?

A doença se manifesta de várias formas, dependendo do órgão que é acometido. Portanto é importante ficar atento a qualquer sinal ou sintoma que piora progressivamente ou sinais inexplicáveis de perda de peso, cansaço excessivo, sangramentos e mudança de qualquer padrão de funcionamento do organismo. A febre também pode ser um sinal de alerta.


- Quais os principais tipos de câncer encontrados na população brasileira?

Na população brasileira os tipos mais frequentes de câncer são o de pele, pulmão, estômago, intestino, linfomas e leucemias, próstata (para homens) e mama/colo uterino (para mulheres). É importante lembrar que o câncer também pode cometer crianças e adolescentes, entretanto, a maior faixa etária acometida são adultos e idosos.

No Brasil, dependendo da região temos mais incidência de um tipo ou outro de câncer, por exemplo, no Sul do país, encontramos mais casos de câncer de pele do que em outras partes do país.


- Qual a importância do diagnóstico precoce?

O diagnóstico precoce é imprescindível para que se aumente as chances de cura. É importante, pois quanto antes detectar a doença e iniciar o tratamento, melhores serão as chances de sucesso.

Aliado às estratégias de prevenção, o diagnóstico precoce fornece ao paciente uma chance maior de cura e aumento de sobrevida, uma vez que possibilita a intervenção antes do desenvolvimento do câncer propriamente dito ou em suas fases iniciais, quando o tratamento é, na maioria dos casos, mais efetivo.


- Quais os tratamentos e como são realizados em sua maioria?

O tratamento do câncer pode ser com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas modalidades, a depender do estágio em que a doença se encontra.

O tratamento do câncer deverá ser realizado por uma equipe chamada multidisciplinar, onde profissionais de diversas áreas como médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas dentre outros que atuam de igual importância no combate a enfermidade.


- Qual a importância do apoio da família e de psicólogos quando um paciente é diagnosticado com câncer?

O apoio familiar e suporte médico são fundamentais no tratamento de câncer. O paciente na maioria das vezes, ao descobrir um câncer, se dá por vencido. Nesses casos é indispensável que a família esteja presente e possa apoiar o paciente, para que ele sinta que é capaz de vencer a doença. Diante do medo, insegurança e esperança, além da rotina pesada de exames e tratamentos, a batalha contra o câncer também é fortalecida pelo amor e companheirismo de pessoas queridas.


Diagnóstico precoce das Imunodeficiências Primárias salva vidas

 Na Semana Mundial que celebra a conscientização sobre erros inatos da imunidade, lembrada de 22 a 29 de abril, o Pequeno Príncipe alerta pais e responsáveis sobre sintomas

 

Já imaginou tratar oito pneumonias logo no primeiro ano de vida? Esse é o caso do João Vitor Silveira Ribeiro de 15 anos e que foi diagnosticado com imunodeficiência primária. “Ainda bebê ele começou a apresentar sinais de que algo não estava normal, como infecções recorrentes, pneumonias e uma reação alérgica muito forte ao tratamento da catapora” conta Francieli Silveira Ribeiro, mãe do adolescente. O diagnóstico veio aos 9 anos, depois que João Vitor realizou vários exames para investigar o motivo de tantas infecções de repetição. “A partir do momento que ele recebeu o diagnóstico da imunodeficiência e começou a fazer o tratamento adequado, ele respondeu muito bem e a vida da nossa família mudou”, completa Francieli.

Na Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias, celebrado de 22 a 29 de abril, o Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento e tratamento de crianças e adolescentes com algum tipo de Erro Inato da Imunidade, reforça a importância do diagnóstico precoce para uma melhor qualidade de vida desses pacientes. “As pessoas já nascem com essas doenças genéticas, mas elas podem se manifestar em diferentes idades. Pode ser nos primeiros dias de vida, aos 6 meses de idade ou até mesmo aos 20 ou 30 anos. Quanto antes fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento adequado, menores serão as sequelas e melhor será a qualidade de vida dessa criança” explica a imunologista do Pequeno Príncipe, Carolina Prando.

As imunodeficiências primárias, também conhecidas como erros inatos da imunidade, afetam mais de 6 milhões de pessoas por ano no mundo e é estimado que, deste total, 170 mil casos estejam no Brasil.  De origem genética e com 400 tipos já identificados, elas são um grupo de doenças congênitas que podem se apresentar de forma bem diferente umas das outras, e apresentam em comum o fato de afetarem o funcionamento do sistema imunológico.

Existem vários desafios para o diagnóstico das imunodeficiências primárias, como a falta de informações sobre o que são os erros inatos da imunidade e a dificuldade no acesso a exames mais complexos. “A Semana Mundial tem um papel muito importante nisso, que é disseminar o conhecimento e fazer com que o máximo de pessoas saibam mais sobre erros inatos da imunidade e fiquem atentos aos sintomas”, finaliza a imunologista.

É importante estar atento para alguns sintomas que podem indicar uma imunodeficiência e, se a criança apresentar mais de dois destes sinais, os pais devem procurar por um pediatra ou um serviço de saúde:

  • Quatro ou mais otites (infecções de ouvido) em um ano.
  • Duas ou mais sinusites em um ano.
  • Dois ou mais meses com antibiótico com pouco efeito.
  • Duas ou mais pneumonias em um ano.
  • Atraso no crescimento ou ganho de peso.
  • Abcessos de repetição de pele ou órgãos.
  • Estomatites de repetição ou sapinho na boca por mais de dois meses.
  • Necessidade de antibiótico intravenoso para tratar infecções.
  • Duas ou mais infecções graves, incluindo septicemia.
  • Histórico de infecções de repetição ou diagnóstico de IDP na família.

 


Hospital Pequeno Príncipe


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