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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Pediatra esclarece mitos e verdades sobre o uso de máscara por crianças

Pediatra responde dúvidas frequentes do consultório sobre o uso do EPI por crianças

 

A pandemia mudou a rotina de pessoas em todo o mundo. Trabalho remoto, distanciamento social, uso de álcool em gel com frequência e máscara para sair de casa são alguns dos novos hábitos que passaram a ser adotados na tentativa de prevenir a contaminação pelo novo coronavírus.

Apesar de já terem sido incorporados ao dia a dia, muitos desses hábitos ainda causam dúvidas em pais e cuidadores, principalmente por causa da alta disseminação de fake news pelas redes sociais e aplicativos de trocas de mensagens.

Dr. Paulo Telles, pediatra pela SBP, conta que muitos pais o procuram para sanar dúvidas porque recebem mensagens sem base científica e ficam assustados. O uso de máscara por crianças é um dos temas que mais gera discussões.

"Junto do distanciamento social e higiene das mãos, o uso de máscara ainda é a maneira mais fácil de evitar a contaminação pelo novo coronavírus", alerta o médico. Confira a seguir, mitos e verdades sobre o uso de máscara pela turminha:


Nem toda criança precisa usar máscara.

VERDADE: "Criança tem que usar máscara, mas é preciso que os pais e cuidadores sigam informações baseadas em boas evidências. Mas vale o alerta de que crianças com menos de 2 anos não devem usar máscara porque não são capazes de removê-la sem ajuda. Crianças com alguns problemas cognitivos também não precisam usar a máscara porque não têm condição de tolerar o uso e de removê-la também. No entanto, são exceções. E acima de dois anos, os pais podem começar a treinar a criança para usar a máscara em casa para que possa usá-la de forma adequada".


Máscara atrapalha a absorção de oxigênio.

MITO: "Uma preocupação frequente é se a máscara pode reduzir a absorção de oxigênio a ponto de prejudicar o cérebro e os pulmões e a resposta é não. As máscaras são feitas de materiais respiráveis e não prejudicam a absorção de oxigênio, nem atrapalha o foco e a concentração da criança. A partir dos dois anos pode usar o tempo todo com segurança."


Pode interferir no desenvolvimento.

MITO: "A máscara não afeta o desenvolvimento neurológico nem pulmonar. A máscara bloqueia as gotículas de saliva que contêm o vírus, não bloqueia o oxigênio. Além disso, a criança fica é mais protegida, uma vez que a máscara bloqueia o novo coronavírus e outros micro-organismos que podem causar infecções pulmonares."


A máscara faz a criança respirar mais gás carbônico e se intoxicar.

MITO: "Nenhum estudo comprova isso. É besteira. As moléculas de gás carbônico são menores do que as fibras da máscara e passam pelo tecido tranquilamente. É importante lembrar que há médicos que realizam cirurgias longas de 10, 12 horas direto, com a mesma máscara. Se fosse assim, eles desmaiariam ou se intoxicariam."


A máscara protege a pessoa de contaminar outras pessoas.

VERDADE: "Se usado de forma certa, o tecido da máscara cria uma barreira para as gotículas de saliva contaminadas, evitando que elas atinjam outra pessoa e que o vírus chegue à mucosa, se prolifere e infecte a pessoa. Não importa se é adulto ou criança, a máscara é usada para não te contaminar e para não contaminar o outro. É uma proteção de mão dupla."

 


Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles  • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Quatro coisas que você precisa saber sobre imunidade ao novo coronavírus

Tem-se comparado muito a pandemia do novo coronavírus com a gripe espanhola há 100 anos. Entre janeiro de 1918 e dezembro de 1920, 500 milhões de pessoas foram infectadas e um quarto da população mundial foi a óbito em decorrência do vírus influenza.  

Os tempos eram outros, os recursos eram mais limitados. A mensagem que quero passar é: nem todo vírus é tão letal como o da SARS-COV-2. Hoje a disseminação de notícias falsas (em especial via WhatsApp) é quase tão forte e preocupante quanto coronavírus 

Informação, cuidados básicos e prevenção ainda são remédios eficientes ao combate de muitas doenças e falácias sobre elas. Por isso, gostaria de compartilhar quatro informações que podem ajudar a aumentar o conhecimento e a imunidade. 

1 – Não há comprovação quanto a remédios que possam prevenir efetivamente a população de contrair o vírus, tanto que não há recomendação deles em sites oficiais e de informações de confiança, como no site da organização Mundial da Saúde ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Alguns cuidados como o uso de máscara, evitar aglomerações, lavar as mãos com frequência, uso de álcool em gel e isolamento social são protocolos a serem seguidos.  

2 – A imunidade contra o novo coronavírus pode ser adquirida com a infecção natural ou passivamente por vacinas que começaram a ser aplicadas recentemente. No entanto, devemos frisar que ambas as imunidades ainda não foram definidas como definitivas ou 100% eficazes. A vacinação é importante e irá ajudar a reduzir as chances de óbito por complicações em decorrência da doença. Ressaltando que as vacinas levam um tempo até fazerem efeito, portanto não se pode relaxar nas medidas de prevenção. A eficácia das diferentes vacinas nos diferentes grupos (faixa etária, sexo, imunodeprimidos, fazendo uso de imunossupressores etc.) será aprofundada nos próximos meses, quando será possível a comparação da percentagem de inibição alcançada. Exames para testar neutralizantes em laboratórios de diagnóstico também podem ser aliados nos cuidados.  

3 – Um estudo elaborado na Alemanha e publicado na revista Nature Medicine traz indícios de que a imunidade contra a covid-19 de pacientes já infectados pode ser cada vez maior e durar anos. A presença de anticorpos do tipo neutralizantes tem meia-vida variável e diminui mais lentamente ao longo do tempo (11,7% de redução) do que os demais anticorpos não funcionais, que são apenas ligantes (76%). Se você teve a doença sem sintomas,  mais chance de descobrir que a teve pelo teste de neutralizantes do que por teste comum se já tiverem passado mais de quatro meses.  

4 – Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que até mesmo quem já foi infectado pode se reinfectar, já que a imunidade ao vírus não é duradoura e pode diminuir em poucos meses, bem como mutações podem estar surgindo, ou até ambas as situações em efeito sinérgico. Nesses casos especialmente suspeitos de reinfecção, devem ser analisados os achados clínicos, laboratoriais e de contato com infectados pelo vírus antes de concluir por reinfecção. Tudo isso deve ser analisado conforme definições do Ministério da Saúde, pois existem casos de detecção continuada de material genético viral que não devem ser confundidos com reinfecção. 

Estamos cada vez mais familiarizados com essa nomenclatura médica, o que não pode ser feito ainda é flexibilizar as medidas de proteção. Se puder, fique em casa. Se precisar sair, use máscara e tenha cuidado com o vírus dafakenews. Muitas vezes ele não é malicioso, mas se espalha por falta de entendimento.  

 


Luciana Brito - coordenadora de Qualidade e Regulatório na NL Diagnóstica – nldiagnostica@nbpress.com  


Fome, fome oculta e desnutrição: três termos distintos e que fazem parte da vida de milhões de brasileiros


A fome é caracterizada pela ausência de qualquer tipo de alimentação por períodos prolongados. A desnutrição é uma condição patológica causada pela falta de ingestão ou falta da absorção de nutrientes para correto funcionamento do corpo humano. Já a fome oculta é derivada de uma deficiência de micronutrientes no organismo, não atingindo apenas as pessoas que não ingerem uma quantidade satisfatória de alimentos, mas também aquelas que consomem alimentos em excesso, porém de baixo índice nutricional.

Estes são problemas que podem se relacionar, mas que não necessariamente têm a mesma causa. Mas a principal característica de todos eles é a falta de vitaminas e minerais essenciais para que o organismo funcione de forma adequada, inclusive mantendo a imunidade fortalecida, algo muito importante durante toda a vida e que vem sendo muito falada por estarmos em meio a uma pandemia viral global.

De acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), realizado entre 2017 e 2018, 15 pessoas, em média, morrem de fome todos os dias no país. Em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, atingindo, ao menos, 10,3 milhões de pessoas no país. Em 2018, o Ministério da Cidadania realizou o Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (MAPA InsAN); os dados mostraram que, em média, 427.551 crianças com menos de cinco anos tinham algum grau de desnutrição, calculado de acordo com o déficit de peso por idade ou altura. Para ter um parâmetro global, a Organização das Nações Unidas estimou que quase 690 milhões de pessoas passaram fome em 2019.

Agora, se falarmos em desnutrição, a FAO (Organização para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas) estima que haja aproximadamente 2 bilhões de pessoas desnutridas no mundo e 840 milhões de pessoas subnutridas nos países em desenvolvimento, destes, mais de 200 milhões são crianças. A fome oculta é a principal causa de anemia e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, 30% da população mundial é anêmica, em especial crianças abaixo de dois anos e mulheres de diferentes faixas etárias, embora também possa ocorrer em homens e idosos. No Brasil, estima-se que 40% a 50% das crianças tenham anemia.


Dentre diversas ações e planos possíveis para solucionar esses problemas está a fortificação de alimentos essenciais, como as farinhas de trigo e milho que são fortificadas com ferro e ácido fólico, o sal, enriquecido com iodo e o leite com adição de vitamina D, entre outros. Para isso, muitos governos realizam ações e parcerias público-privadas para que alguns alimentos sejam fortificados com vitaminas e micronutrientes, esse é um caminho extremamente eficiente.

A vitamina D, por exemplo, vem sendo muito considerada por médicos e nutricionistas por estar associada à saúde óssea - melhora a absorção de cálcio, o que reduz o risco de fraturas - e também porque está associada à melhora da imunidade e redução no risco de infecções no trato respiratório. Em tempos de Covid-19, esse último fator é extremamente importante. Inclusive, a OMS passou a recomendar a vitamina D para infecções respiratórias, já que pesquisas recentes apontam que o nutriente tem um efeito protetor no trato respiratório superior, podendo evitar que o organismo seja infectado e, caso seja, o vírus é combatido e tratado com mais agilidade e reduz as chances de sintomas mais severos.

É inegável que o sol é a melhor fonte de vitamina D, isso porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância no nosso organismo, mas há evidências científicas de que praticamente o mundo todo sofre com deficiência de vitamina D. Por isso, muitos reguladores e entidades científicas recomendam sua complementação em alimentos.

Por fim, a melhor forma de prevenir a desnutrição é garantir o consumo de uma dieta balanceada, rica em vitaminas e micronutrientes. Tornar isso acessível a toda a população é um trabalho árduo e complexo. E, diante disso, a parceria público-privada é essencial para trilhar esse longo caminho que temos a seguir.



Giovani Saggioro - graduado em Ciências Farmacêuticas e vice-presidente de Nutrição Humana para a DSM América Latina.


Colapso no sistema de saúde favorece o agravamento de doenças crônicas

O médico Jairo Bouer, diretor científico da plataforma HSPW, acredita na prevenção e na ciência de dados para acompanhar a saúde integral

 

 

Recente estudo de universidades federais em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, feito nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Belém e Manaus, indica um excesso de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil. Segundo o levantamento, estes óbitos aumentaram 132% no país ao longo do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19. Já em pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito em 2020. De acordo com o médico psiquiatra Jairo Bouer, Diretor Científico da healthtech HSPW - Healthy & Safe Place to Work, estes dados são indícios do crescente universo de brasileiros que atendem aos critérios de alteração da saúde física e mental em meio a mais de um ano de dificuldades geradas pela pandemia.

 

Depressão, estresse, abuso de álcool, má qualidade do sono, mal-estar financeiro e burnout estão entre os problemas que aumentaram com a pandemia. Para piorar, o colapso no sistema de saúde favorece o agravamento de uma série de doenças crônicas, por falta de atendimento médico voltado a prevenção e/ou tratamento. Mais do que nunca, as pessoas precisam se atentar à sua alimentação, exercícios físicos, aos bons hábitos de saúde como um todo, inclusive a saúde financeira. Já as empresas podem e devem olhar para a saúde integral dos seus colaboradores, os ajudando neste processo”, afirma Jairo Bouer.

 

HSPW é uma plataforma que usa ciência de dados em tempo real para avaliar a saúde física, mental, financeira e organizacional dos colaboradores das empresas. Com metodologias científicas desenvolvidas pela empresa em Santa Catarina, a plataforma oferece auxílio preciso às hipóteses diagnósticas. Trata-se de um ecossistema completo de acompanhamento da saúde integral no trabalho, com impacto direto no bem-estar, produtividade e rentabilidade das empresas.


 

Prevenir, identificar precocemente, apoiar e reabilitar

 

Diariamente, utilizando ferramentas de inteligência artificial, algoritmos e big data, os dados dos colaboradores participantes das empresas assinantes da plataforma HSPW são apurados por meio de questionários objetivos e fáceis de serem respondidos, com perguntas diárias, constantes e fracionadas. O colaborador interage via aplicativo ou site, tendo os meios de acesso em notebooks, desktops e smartphones. As perguntas são adequadas às expectativas da empresa, demonstrando ênfase nos valores da organização. Os relatórios gerados de saúde integral ajudam as empresas a entregar cuidado, atenção, prevenção e suporte aos funcionários e familiares.

 

 

https://www.hspw.com/ e www.instagram.com/hspwpeople


Covid-19 tem forte queda na enfermagem

 Pesquisa mostra que vacina e óculos de proteção diminuem de 429% para 10% os afastamentos por covid-19 no setor.

 

Levantamento do Cofen (Conselho Federal da Enfermagem) revela que até o último domingo (25) o número de afastamentos dos profissionais da enfermagem por covid-19 no período de trinta dias teve uma expressiva queda quando comparado ao mesmo período do ano passado.  O relatório mostra que no início da pandemia em 30 dias os afastamentos nos centros de saúde por covid-19 passaram de 2531 profissionais atingidos para 13389, ou seja, um aumento de 429%. No último mês, as contaminações ficaram abaixo de 10%, quando passaram de 50.597 para 54.040 casos.

 

Óbitos

O comparativo do número de mortes nos dois períodos também mostra redução. Foram 80 casos neste mês, 20% menor que em abril do ano passado quando aconteceram 96 óbitos, embora o pico de mortes/dia dos profissionais de enfermagem tenha sido alcançado em 6 de março quando atingiu 46 profissionais. No balanço da pandemia, o Brasil ainda é apontado como líder mundial em mortes.

São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro concentram o maior número de profissionais da enfermagem contaminados por covid-19. Já o número de mortes é liderado por São Paulo, Amazonas e Rio de Janeiro respectivamente.

 

Vacina e óculos de proteção

Para o oftalmologista Leoncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o levantamento do Cofen torna claro o benefício da vacina para quem ainda duvida da eficácia da imunização. Isso porque, comenta, 81% das doses de vacina destinadas aos profissionais da saúde já foram garantidas. Não fosse isso, a explosão de casos de covid-19 nos últimos meses, somada à mutação do coronavírus tornaria a administração da saúde pública insustentável, pondera.

 

O oftalmologista ressalta que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a utilização de óculos de proteção ou  EPI (Equipamento de Proteção Individual) por profissionais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Isso porque, explica, os olhos estão interligados ao nariz pelo ducto lacrimal e por isso podem funcionar como a porta de entrada da covid-19. Quando surgiram os primeiros casos da infecção no Brasil, comenta,  muitos hospitais denunciavam a falta de EPIs para proteger a saúde dos profissionais. Por isso, com o patrocínio da Fundação Abióptica, Essilor Brasil e Allprot Queiroz Neto criou a campanha Solidariedade na qual distribuiu 12 mil EPIs para hospitais de todo o País. em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região (Sinsaude) e a Federação Paulista da Saúde.

 

Controle da imunidade

Está provado que a mulher tem o sistema imunológico mais robusto que o do homem e esta é uma das razões pela qual vive mais. Queiroz Neto afirma que idosos têm maior risco de contrair a covid-19 porque a imunidade enfraquece conforme envelhecemos. “De um modo geral a mulher tem menor propensão às infecções por vírus e bactérias, mas também ficam mais expostas às alergias e doenças autoimunes quando o organismo dá resposta exagerada aos estímulos externos. As dicas do oftalmologista para controlar a imunidade durante a pandemia são:

·         Pratique exercícios regularmente. Além de manter a imunidade sob controle diminui a produção de radicais livres que antecipam a catarata.

·         Coloque frutas cítricas e outras fonte de vitamina C no seu prato. Isso aumenta os glóbulos brancos, essenciais para afastar o risco de infecções.

·         Caminhe ao sol para ter absorção de vitamina D que também estimula a produção de dopamina, hormônio do bem-estar.

·         Durma de 6 a 8 horas/dia. O sono é essencial para o sistema imunológico e para a visão.

 

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial destaca os cuidados com as doenças que podem ser desencadeadas com a pressão alta

 

Segundo o IBGE, em 2020, o Brasil atingiu a marca de 39 milhões de hipertensos com mais de 18 anos

 

A hipertensão arterial é uma doença que ocorre quando a pressão sanguínea causada pela força de contração do coração e das paredes arteriais para impulsionar o sangue para todo o corpo acontece de forma intensa, sendo capaz de provocar danos em sua estrutura. A pressão arterial está em níveis normais quando ao ser aferida, marca 120 por 80 (ou 12 por 8) – o primeiro número referindo-se à pressão sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão diastólica, quando o coração relaxa.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2020, pelo IBGE, mais de 39 milhões de brasileiros com 18 anos ou mais tem hipertensão. O número corresponde a 23,9% da população dessa faixa etária, e é o maior índice registrado desde 2013. Criada em 2002, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial busca conscientizar a população sobre o diagnóstico preventivo e o tratamento adequado da doença.


As principais causas e sintomas

A hipertensão pode ser causada, principalmente, pela obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento, sendo que o sobrepeso e a obesidade podem acelerar o aparecimento da doença. Os principais sintomas que podem auxiliar o diagnóstico são tontura, falta de ar, palpitações, dores de cabeça frequentes e visões turvas, mas é importante ressaltar que, muitas vezes, a hipertensão é silenciosa e assintomática.

O médico Pedro Rubens Pereira Júnior, cardiologista do Hospital Casa de Saúde Guarujá, explica como é fundamental, ao menor sinal de uma alteração cardíaca ou física, que o paciente busque ajuda médica adequada. Isso pode ser um diferencial no tratamento e na qualidade de vida do paciente, já que a hipertensão é uma doença que não tem cura.

Ainda que grande parte dos diagnósticos possa ser tratado com medicamento, o paciente precisa adotar um novo estilo de vida, mais saudável, com mudança de hábito alimentar, principalmente. “A redução de ingestão do sal (sódio), a prática de atividades físicas, evitar bebidas alcoólicas e cigarros são alguns hábitos que, sendo praticados, podem transformar a vida das pessoas”, afirma doutor Pedro.

Assim como todas as doenças, a hipertensão também pode ter complicações. As principais e mais frequentes são o infarto agudo do miocárdio, o derrame cerebral (AVC) e a doença renal crônica, podendo levar, também, a uma hipertrofia do músculo do coração, resultando em uma possível arritmia cardíaca.

Por isso, algumas dicas de bons hábitos podem ser muito significativas para ter uma vida mais saudável:

  1. Evite alimentos gordurosos;
  2. Pratique atividade física;
  3. Controle a ingestão do sal;
  4. Modere e evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
  5. Não fume;

“De certo que estas são algumas de tantas outras recomendações que todos podemos fazer para uma vida mais saudável. O importante é lembrar sempre da prevenção, isso pode reduzir muitas doenças e até mortes”, conclui o cardiologista.

 

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá

Av. Emílio Carlos, 109 - Vila Maia - Guarujá

Telefone: (13) 3344-1500

 

Como regularizar venda de medicamentos à base de canabidiol no Brasil?

O pedido e a autorização de registro são feitos na Anvisa. Especialistas da Express CTB explicam o processo de solicitação


Um dos temas mais polêmicos nos últimos tempos é da comercialização de produtos à base de canabidiol para fins medicinais. Em dezembro de 2019, a Anvisa aprovou a regulamentação sobre a sua fabricação e comercialização, a RDC Nº 327, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2019. A regulamentação foi aprovada por unanimidade e é temporária, com validade de três anos. Hoje, sua venda já pode ser realizada em farmácias e drogarias sem manipulação, liberada por meio de uma prescrição médica. 

O canabidiol é um princípio ativo extraído da maconha, sendo que seu extrato contém até 40% da planta, e é utilizado em métodos anticonvulsivantes, anti-inflamatórios e possui efeitos antitumoral e ansiolítico. Seu uso é feito em tratamentos de epilepsia, esclerose múltipla, esquizofrenia, Mal de Parkinson e dores crônicas. 

“Nós temos dados da Anvisa, que mostram que mais de 13 milhões de pessoas foram beneficiadas por essa resolução. Lembrando que as empresas já estão liberadas para produzir e comercializar esses produtos desde março do ano passado”, conta João Esposito, CEO da Express CTB - accountech que presta serviços contábeis, financeiros e jurídicos. 

O especialista ainda ressalta que mesmo assim “não é permitida a plantação de maconha para fins medicinais, uma vez que, durante a votação da regulamentação, essa possibilidade foi negada”

Segunda a regulamentação, as empresas que são liberadas para fabricar este tipo de produto, precisam importar o extrato de canabidiol. Os pontos de entrada no país foram limitados, para manter e facilitar o monitoramento dos mesmos. 


Mas como vender? 

Mesmo após a liberação, ainda existem algumas exigências para a realização da comercialização deste que ainda é considerado um produto, e não um medicamento. Junto à Anvisa, já é possível dar entrada nessa autorização por meios digitais, o que é um grande passo quando falamos de facilidade. 

“Para adquirir essa autorização, a empresa deve solicitar a Regularização de Produtos de Cannabis junto à Anvisa. Alguns documentos serão solicitados no processo, como o Certificado de Boas Práticas de Fabricação, concentração dos principais canabinoides presente na fórmula, autorização especial para funcionamento, documentação técnica que comprove a qualidade dos produtos, além de condições para realizar análises de controle da qualidade dos produtos”, explica Esposito. Nos rótulos, é obrigatória a indicação da concentração de canabidiol e de THC. Outras exigências nos rótulos são as mensagens "Venda sob prescrição médica", "Só pode ser vendido com retenção de receita no caso de produto com menos de 0,2 de THC" e "Uso desse produto pode causar dependência física ou psíquica no caso de concentrações superiores a 0,2% de THC".

“Lembrando que a documentação completa necessária depende do tipo de solicitação. A Anvisa emite uma lista de todos os documentos e formulários necessários que precisam ser entregues ao protocolar o pedido. Ao ser aceita, a autorização para venda do seu produto é válida por 5 anos, sem possibilidade de prorrogação”, conclui Bruna Estima, advogada responsável do setor jurídico da Express CTB.

 

 

Express CTB

www.expressctb.com.br


Mofo, ar condicionado sujo e trabalhos rurais sem cuidado: Entenda os riscos à saúde do seu pulmão

 Também conhecida como "pneumonia alérgica" e "pulmão de fazendeiro", a doença se manifesta pela exposição e inalação a fatores externos como mofo e poeira [i]

 

Falta de ar e tosse seca podem ser sinais comuns de diversas doenças pulmonares. Caso os sintomas sejam decorrentes da inalação de substâncias antigênicas como fungos, bactérias, mofo, poeira e até travesseiros com penas de animais, podem estar atreladas a pneumonia por hipersensibilidade [i ii] . Dados internacionais mostram que a doença atinge até 13% dos pacientes com doenças pulmonares intersticiais [iii].

"A pneumonia por hipersensibilidade (PH) se caracteriza pela inflamação do tecido pulmonar. Com isso, os alvéolos formam células de defesa que fazem o paciente ter uma baixa oxigenação que causa falta de ar, tosse e, em alguns casos, dores no peito e febre" explica o pneumologista Dr. Mauro Gomes.

A doença tem outros nomes como "pulmão do fazendeiro" e "pulmão de criadores de pássaros". "Os nomes são devido às profissões destes pacientes, que exigem o contato com substâncias presentes nos animais que, quando inaladas pelo ser humano, podem causar a doença" explica o especialista. No entanto, ela ocorre em diversas situações da vida cotidiana e não apenas nesses profissionais: morar ou trabalhar em ambiente com umidade ou mofo ou ter aparelho de ar-condicionado mal higienizado por ser causa dessa doença.

Essa doença pode se manifestar de forma aguda, exigindo um tratamento imediato que, se não for seguido, pode tornar o problema crônico. A pneumonia por hipersensibilidade pertence ao grupo de doenças pulmonares intersticiais (DPIs), acometimentos que abrangem mais de 200 distúrbios e que podem levar a uma cicatrização irreversível do tecido do pulmão (fibrose), afetando negativamente a função do órgão e a capacidade respiratória [iv v] . Apesar da PH ser considerada dentro desse grupo de doenças raras, o Brasil é o país onde ela é mais comum.

Um fato interessante e quem vem acontecendo durante a pandemia, muitas vezes a PH tem sido confundida por médicos não pneumologistas com a COVID-19 pelo fato das alterações na tomografia dos pulmões dos pacientes serem parecidas muitas vezes.

Para a condição crônica e progressiva da PH pode ser adotado o tratamento com medicamento inibidor de tirosina quinase, que atua bloqueando a proliferação, a migração e a transformação de células envolvidas no desenvolvimento da fibrose pulmonar, tratando e diminuindo a progressão da DPI [vi vii viii] . Os relatos mais comuns da doença no Brasil acontecem devido à grande exposição ao mofo, criação de pássaros, tabaco, grãos contaminados, à presença constante de pacientes em lugares úmidos, e, muito comum, o hábito de dormir com travesseiro de penas [iii].

O Dr. Mauro explica que, durante o último ERS, Congresso Europeu de Pneumologia, também foram discutidos relatos na literatura médica de edifícios e residências onde há a possibilidade de ocorrência da doença devido à contaminação de sistemas de ar condicionado central ou calefação por fungos. "Esses casos podem causar pneumonite de hipersensibilidade em diversas pessoas. Outros exemplos como a infiltração de água nas paredes levando à colonização por fungos também podem ser a causa da doença em diversas pessoas" finaliza o médico.

 


Boehringer Ingelheim

www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

 



i-Selman M, Pardo A, King TE Jr. Hypersensitivity pneumonitis: insights in diagnosis and pathobiology. Am J Respir Crit Care Med. 2012;186:314-24.
ii-Girard M, Lacasse Y, Cormier Y. Hypersensitivity pneumonitis. Allergy. 2009;64:322-34
iii-Kawassaki AM, Tibana RCC, Rodrigues SCS. Doenças Pulmonares Intersticiais - Série Atualização e Reciclagem em Pneumologia (SPPT). 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.
iv-Cottin V, Hirani NA, Hotchkin DL, et al. Presentation, diagnosis and clinical course of the spectrum of progressive fibrosing interstitial lung diseases. Eur Respir Rev 2018; 27: 180076 [http://doi. org/10.1183/16000617.0076 -2018].
v-British Lung Foundation. What is pulmonary fibrosis? Disponível: http://www.blf.org.uk/suppo rt-for-you/pulmonaryfibrosis/what-is-pulmonaryfibrosis. Última atualização: agosto de 2019. Acessado em agosto de 2020.
vi-Flaherty KR, Wells AU, Cottin V, et al. Nintedanib in Progressive Fibrosing Interstitial Lung Diseases. N Engl J Med. 2019 Oct 31;381(18):1718-1727.
vii-Wollin L, Distler JHW, Redente EF, et al. Potential of nintedanib in treatment of progressive fibrosing interstitial lung diseases. Eur Respir J 2019; 54: 1900161 [http://doi.org/10.1183/ 13993003.00161-2019].
viii-Bula prolissional de Ofev® (esilato de nintedanibe). Versão aprovada pela ANVISA em 07Jan2021.


Nutrologia contribui para corrigir hábitos e evitar intercorrências na gestação

Estudos apontam que 80% dos casos dos distúrbios metabólicos na gestação podem ter melhorias somente com dieta adequada e atividade física. A medicina integrativa tem papel essencial na jornada de saúde da mulher, explica obstetra com pós-graduação em nutrologia do Centro de Saúde da Mulher da Pro Matre.


A mudança de rotina e o acúmulo de funções ao longo das últimas décadas, como as longas horas de trabalho, somando-se às tarefas domésticas, refletiu no estilo de vida e, consequentemente, trouxe prejuízo à saúde das mulheres. O aumento do índice de infartos em mulheres, que há 20 anos representava uma mulher para cada nove homens, por exemplo, atualmente é praticamente igual para ambos os sexos. Há conhecimento que o metabolismo da mulher durante a gestação passa por diversas alterações. Portanto, estar grávida no século XXI tem uma conotação totalmente diferente do que se vivia no passado. É necessário atentar ao estilo de vida da mulher moderna, repercutindo negativamente na sua saúde. Para prevenir doenças e ter uma gestação tranquila, deve-se atentar aos hábitos de vida da mulher, desde o período pré-concepção. Sabe-se que hoje, grande parte das doenças do adulto tem origem no período fetal, durante a gestação da mãe.

Segundo a Dra. Carla Delascio, ginecologista e obstetra especializada em nutrologia do Centro de Saúde da Mulher da Pro Matre, para prevenir que as mulheres adoeçam, principalmente durante o período gravídico, a visão holística da paciente é fundamental. O acompanhamento com o médico especializado permite ter uma visão integrada da paciente e priorizar as questões físicas, mas também a saúde mental, emocional e social. Por meio de anamnese e exame físico detalhados, o médico avalia a necessidade de exames complementares, além dos exames básicos do pré-natal quando a paciente for gestante. Assim, é possível avaliar e desenvolver um plano assistencial, incluindo o acompanhamento individual por equipe multidisciplinar, como nutricionista, fisioterapeuta e educador físico, além de psicólogos e psiquiatras, priorizando as necessidades de cada fase da vida da mulher.

Estudos comprovam que é possível corrigir cerca de 80% dos casos dos distúrbios metabólicos na gestação somente com dieta adequada e atividade física orientada. "Sabemos que em algumas situações a paciente tem limitações para fazer tudo o que o médico solicita, mas com pequenas mudanças de hábito, com orientação adequada e equipe multidisciplinar, já é possível alcançar inúmeros benefícios. Por isso a importância de individualizar cada atendimento, atentando para as condutas que sejam sustentáveis para cada mulher diante de suas condições", salienta a Dra. Carla.

Outras pesquisas mostram, ainda, que a exposição materna a uma dieta desequilibrada durante a gestação, e até mesmo antes de engravidar, pode aumentar o risco de o bebê apresentar problemas de saúde em sua vida adulta. Ou seja, uma alimentação consciente e o não sedentarismo tornam-se ferramentas práticas e acessíveis a todas as mulheres, podendo assim prevenir inúmeras doenças. Além disso, a suplementação adequada durante a gravidez e a lactação contribuem para garantir o bom desenvolvimento fetal e o crescimento do feto.

"Uma boa suplementação durante a gravidez contribui para diminuir os riscos de intercorrências gestacionais e prematuridade, otimizando o crescimento do bebê e prevenindo doenças da mãe, como anemia e desnutrição, além de melhorar a qualidade de vida da gestante ao longo dos nove meses de gestação e período de lactação. Com o acompanhamento adequado, a paciente responde melhor as alterações gravídicas", completa a médica.

E foi justamente por se preocupar com a saúde da mulher de forma global, que a Pro Matre inaugurou o Centro de Saúde da Mulher. O novo espaço oferece um olhar 360 que prioriza o bem-estar físico, psíquico e social da mulher, não apenas durante a gestação e no período pós-parto, mas também em diferentes fases da vida. As pacientes poderão contar com médicos especializados, como acupunturiatras e psiquiatras, bem como psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, profissionais capacitados para orientação e apoio ao aleitamento materno, entre outros.



 Hospital e Maternidade Pro Matre

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Obstrução do canal lacrimal afeta 6% dos recém-nascidos

Forma congênita da condição atinge 1 em cada 25 bebês



Atenção mamães de recém-nascidos! O acúmulo de secreção amarelada nos olhos e o lacrimejamento constante em bebês podem indicar obstrução do canal lacrimal. No caso desses sintomas surgirem logo ao nascimento, é possível que seja a forma congênita da patologia.
 
Segundo a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, a maioria dos casos de obstrução do canal lacrimal em bebês ocorre devido ao não rompimento de uma membrana, localizada na região da válvula de Hasner, estrutura que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal. “

Com essa obstrução, em vez das lágrimas percorrerem o caminho esperado, elas ficam represadas nos olhos, causando os sintomas”.

 
Sintomas mais comuns

Entre as manifestações mais comuns estão o lacrimejamento constante, bem como o acúmulo de secreção amarelada nos olhos.

“Os bebês acometidos podem ficar com as pálpebras coladas quando a secreção seca, além de apresentar irritação na pele da região palpebral, chamada de dermatite da pálpebra”, diz Dra. Marcela.  
 
A oftalmopediatra reforça que há outras condições oculares que podem se manifestar com sintomas parecidos.

“Entre elas podemos citar a conjuntivite, glaucoma congênito, triquíase (quando os cílios nascem para dentro) ou ainda o fechamento incompleto das pálpebras. Portanto, o correto é procurar um oftalmopediatra para o devido diagnóstico”.  
 
Tratamento pode ser cirúrgico
 
Quase sempre, o problema tende a se resolver até o bebê completar um ano. Isso porque com o tempo a espessura das vias lacrimais aumenta, ajudando a desobstruir. Alguns procedimentos podem ser feitos para melhorar a drenagem das lágrimas, como a massagem das vias lacrimais.

Até o quinto mês de vida, a condição é tratada com medidas menos invasivas, como massagem e limpeza dos olhos.

Entretanto, alguns bebês podem precisar de tratamentos cirúrgicos, como a sondagem e irrigação do canal lacrimal e, em outros casos, uma cirurgia chamada dacriocistorrinostomia”, explica Dra. Marcela.
 
De acordo com a especialista, esse procedimento cirúrgico é realizado para criar uma comunicação do canal lacrimal com o nariz, através de uma abertura óssea na fossa lacrimal. “A indicação é feita quando a sondagem não resolveu a obstrução, ou ainda quando a criança passa do momento de fazer a sondagem”.
 
O prognóstico da obstrução do canal lacrimal é bom na maioria dos casos, cerca de 90 a 95% dos bebês tendem a apresentar melhora do quadro ao completar um ano de vida.
 
“O importante é diagnosticar e tratar precocemente, tanto para evitar procedimentos mais invasivos, como para aliviar os sintomas”, encerra Dra. Marcela.

Sedentarismo do isolamento social pode causar doenças vasculares


O sedentarismo e alteração dos hábitos alimentares são os principais fatores que contribuíram ao aumento da incidência de doenças vasculares nos pacientes mais jovens durante o período de isolamento social. A doença aterosclerótica e a trombose venosa profunda (TVP) são as principais patologias agravadas por estas mudanças no estilo de vida.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a incidência de TVP é de 60 casos a cada 100.000 pessoas de até 50 anos de idade. E, nesta mesma faixa etária, a incidência de trombose arterial, por aterosclerose, é de 1.000 casos em 100.000 pessoas. "Por isso, durante o período de isolamento social, é importante manter uma rotina saudável. É recomendada uma alimentação rica em fibras, com pouca gordura e sódio, evitar excesso de carboidratos e açúcares. Também é indicado beber bastante água, evitar bebidas alcoólicas e tabagismo", alerta Fernanda Federico, cirurgiã vascular da Clínica Leger .

Segundo a médica, a obesidade, o uso de anticoncepcionais, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto e questões genéticas também são fatores que podem provocar o surgimento e o avanço das disfunções vasculares. "A necessidade de isolamento social fez também com que muitas pessoas deixassem de fazer o acompanhamento médico das patologias vasculares crônicas e, desta forma, aumentaram as complicações destas doenças", diz Fernanda Federico.

A seguir, três dicas importantes da cirurgiã vascular, na prevenção de doenças desta natureza durante o isolamento social na pandemia

• Exercícios físicos regulares são recomendados, mesmo dentro de casa. Caminhadas, alongamentos, principalmente das panturrilhas, exercícios na ponta dos pés com extensão e flexão, são importantes para evitar o comprometimento da circulação.

• Pessoas em home office permanecem longos períodos sentadas e é recomendado pausas regulares e caminhadas para evitar a estase sanguínea nas pernas. O uso de meia elástica, prescrita por um médico, é importante para evitar edema, cansaço e dor nas pernas, além de evitar TVP em pessoas com fatores de risco.

• Mesmo que não exista doenças vasculares pré-existentes, sinais como dor, inchaço, frialdade ou vermelhidão, mudança na temperatura nas pernas e pés, são potencialmente graves e é indicada uma avaliação médica especializada para evitar complicações circulatórias.


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Aumento de procura por cannabis medicinal chama atenção para dificuldade de acesso no Brasil

Médica canabinóide aponta necessidade de produtos com qualidade farmacêutica para toda população


O crescente interesse pela cannabis medicinal tem trazido debates em vários âmbitos sobre a necessidade de acessibilizar o tratamento para todos os indivíduos. Apesar de ter sido regulamentada pesquisa, produção e comercialização de medicamentos à base de Cannabis no Brasil, aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro de 2019 e em vigor desde março de 2020, o acesso ainda é bastante limitado e restrito à elite. Mais de 30 países já regulamentaram o uso da cannabis para tratar pacientes com doenças como epilepsia refratária, Alzheimer, autismo, dor crônica, entre outras, seguindo as mais rígidas práticas para um medicamento de qualidade.

Com o cenário brasileiro, a realidade de muitas famílias é recorrer às associações que disponibilizam o óleo de cannabis a preços mais acessíveis, já que o produto importado pode custar cerca de R$ 1,5 mil. A justiça também tem autorizado o plantio individual para uso médico por meio de habeas corpus preventivos. Entretanto, alguns especialistas se preocupam com a qualidade desses medicamentos, que podem apresentar efeitos adversos ou serem ineficazes por não seguirem todos os padrões sanitários previstos pelas agências reguladoras. 

“As pessoas têm acesso a produtos mais baratos e sem controle de qualidade de grau médico. Independente da condição financeira do indivíduo, ele tem que ter acesso a um produto de qualidade, porque a cannabis medicinal é um medicamento que deve seguir todas as etapas necessárias para produção. Em cultivo ao ar livre e produções amadoras podemos ter contaminações provenientes do solo (fungos, bactérias, etc), agrotóxicos, e outros, além da impossibilidade de uma análise rigorosa de Controle de Qualidade, o que pode causar complicações. As boas práticas para fabricação de um medicamento seguro e eficaz incluem certificação do processo de gestão e garantia da qualidade, certificação das instalações e de todas as etapas necessárias, desde escolha do insumo até armazenamento e distribuição do produto final. O ponto essencial é a concentração estandardizada dos princípios ativos, que devem ser iguais em cada lote”, explica a Dra. Maria Teresa Jacob, médica que desenvolve medicina canabinóide. 

No último mês, o estado de Nova York decidiu regulamentar a produção, distribuição e venda de canabidiol (CBD), uma das substâncias da cannabis, visando uma maior cautela com possíveis produtos que não atendam aos padrões de qualidade, exemplo que pode ser seguido no Brasil. “Existe a necessidade de produtos com qualidade farmacêutica para toda população e não somente para uma parte privilegiada. O importante é ter medicamentos que passem por todas as etapas de controle necessários para que sejam seguros e eficazes”, completa Dra. Maria Teresa.

A especialista acredita que deveriam existir mais estímulos para que as indústrias passem a produzir o medicamento aqui, o que diminuiria o custo e traria o respaldo necessário para o uso medicinal mais acessível. “Para isso, tem que ter uma produção industrial com todos os testes necessários, desde a escolha da semente, tipo de plantio, irrigação com água purificada e estéril, colheita e tudo mais. A saúde é um direito garantido pela Constituição. Já existem laboratórios que estão fazendo testes de qualidade para a Anvisa autorizar a produção no país, o que, segundo eles, diminuiria cerca de 40% a 50% no custo em dólar para o paciente. Acredito que beneficiaria uma grande parte da população”, finaliza.

            Hoje, para a Anvisa emitir autorização sanitária de produtos de cannabis, as indústrias devem apresentar os seguintes itens:

  • Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE);
  • Autorização Especial (AE);
  • Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF);
  • Justificativa para formular o produto;
  • Controle de qualidade;
  • Notificações de efeitos adversos;
  • Concentração dos canabinóides.

 

 

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O que acontece com o corpo quando desidratamos?

Falta de água no organismo provoca sintomas que vão de tontura a confusão mental e coma, por isso é fundamental se atentar aos primeiros sinais

 

Sentir sede é uma necessidade fisiológica tão comum que está ligada a um dos hábitos mais importantes para a sobrevivência do ser humano. Mas pode ser, também, um sinal tardio de que o organismo está ficando desidratado.

Quando o corpo sente falta de água, ele emite um sinal para o cérebro, que provoca a necessidade de ingerir líquidos ao mesmo tempo em que faz com que o corpo passe a reter a maior quantidade de água possível.

Segundo o gastroenterologista e coloproctologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Henrique Perobelli, não devemos esperar sentir sede para nos hidratar. “A partir do momento em que o corpo pede água, isso significa que já existe um processo de desidratação em andamento, que pode gerar inúmeros problemas à saúde”, destaca.

A água representa cerca de 60% do peso de uma pessoa adulta e é o elemento mais importante do nosso corpo, explica o médico. “Dela dependem todas as reações químicas do organismo, além de estar presente no sangue, nas secreções do corpo, nos sistemas digestivo, respiratório e nervoso, na pele e, até mesmo, nos nossos ossos e articulações.”

O especialista destaca que a desidratação sobrecarrega os rins, uma vez que a água existente no corpo se desloca até a corrente sanguínea para ajudar a manter o volume sanguíneo e a pressão arterial, fazendo com que os tecidos ressequem e o funcionamento das células fique comprometido.

“Consumimos cerca de 500 ml de água na respiração e mais 1500 ml no processo digestivo. Se não ingerirmos ao menos 2000 ml de água por dia, viveremos sempre no vermelho”, alerta.

Com o avanço do quadro, os órgãos internos sofrem danos graves, sobretudo os rins, fígado e cérebro. “Nesse estágio, as pessoas sentem tontura, confusão mental e podem entrar em coma caso não recebam o tratamento adequado”, explica o médico.

Dr. Henrique ressalta que, quando uma pessoa interrompe a ingestão de água completamente, entre 3 e 5 dias a desidratação fará com que o organismo pare de funcionar.

Além disso, a falta constante de água no corpo, que os especialistas chamam de desidratação crônica, pode contribuir para o desenvolvimento de diabetes, problemas digestivos e intestinais e colesterol alto, entre outras condições que impactam a saúde.



Riscos para idosos

Entre os que mais sofrem os efeitos da desidratação estão os idosos. Dr. Henrique afirma que o Alzheimer, o AVC ou as doenças reumatológicas, por exemplo, fazem com que o idoso tenha mais dificuldade ou se esqueça de ingerir líquido suficiente para manter-se hidratado.

“Até mesmo aqueles que não possuem doenças ou qualquer limitação motora podem apresentar algum quadro de desidratação, pois os idosos sentem menos sede do que os jovens”, destaca o coloproctologista.

Ele reforça a importância de fazer o acompanhamento constante, oferecendo água fresca e alimentos como frutas e legumes, que possuem bastante água em sua composição.

Essa dica vale para todos. A nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Lígia dos Santos explica que muitas pessoas acabam ingerindo menos líquido do que deveriam por não gostarem de beber água pura. “Nesses casos, orientamos acrescentar uma rodela de limão ou lima, por exemplo, ou de outros alimentos (abacaxi, melão, folhas de hortelã ou gengibre) que ajudem a deixar o sabor mais atrativo.”

Os especialistas alegam que não há uma regra exata sobre a quantidade de água a ser ingerida por dia. “Antigamente se falava em 8 copos por dia, mas a quantidade necessária vai depender de fatores como tamanho corporal, hábitos diários, prática de atividades físicas, clima do local em que se vive, entre outros. A literatura recomenda, em circunstâncias normais, cerca de 1ml/kcal para adultos ou 35 ml/kg de peso corpóreo”, explica Lígia.

De acordo com Dr. Henrique, a quantidade ideal de água depende da constituição física de cada indivíduo. “Um fator importante a se atentar é o fluxo urinário e a coloração da urina. Quanto maior o volume e mais clara está urina, mais hidratado você está”, finaliza.



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

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