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segunda-feira, 19 de abril de 2021

CIÊNCIA, LAICIDADE, RELIGIÃO: O FUTURO DE UMA ILUSÃO

Crentes insistem em uma afirmação falsa: a ciência e a religião convergem. Não é verdade. A ciência trabalha com perguntas; a religião vive de “respostas” prontas. A ciência, por método, conspira contra suas conclusões; a religião, quando pode, impõe suas conclusões. A ciência, por definição, é provisória; a religião necessita ser definitiva. A ciência é verificável; a religião é irracional. A história da ciência é feita de dúvidas investigadas; a história da religião professa dogmáticas. A ciência salva vidas de pessoas vivas; a religião promete a salvação de mortos (que serão ressuscitados).

Se há uma semelhança entre ciência e religião é que ambas são negócios do mundo. São mercadorias. A vacina é uma invenção da ciência: ela é vendida (ainda que você não pague por ela, os governos pagam). O conforto esperançoso é uma invenção da religião: ele é vendido (você paga por ele em forma de dízimo, oferta, taxas, laudêmio etc).


Quando medidas sanitárias determinam o fechamento do comércio, encerra-se a circulação de mercadorias no seu último ponto de realização: o consumidor final. Ao determinarem que templos evangélicos e igrejas católicas cerrem suas portas, os consumidores de divindades deixam de comprá-las, trazendo prejuízo ao mercado da fé.


“Lideranças e representantes de instituições católicas, evangélicas, judaicas e muçulmanas avaliam que o impacto da Covid-19 no país combinado a restrições na realização de cultos presenciais trouxe dificuldades financeiras e limitações para as entidades religiosas. Há casos em que se calcula queda de mais da metade da receita global, além de enxugamento e até desaparecimento da arrecadação com eventos religiosos” (Bernardo Mello, O Globo, 07abr21).


Em face de alegado direito de crença, quando de fato o interesse não é o Direito, mas a pecúnia, religiosos buscaram o STF para que casas de oração (e de fazer dinheiro) fossem abertas ao público devoto. Mas, o que pareceria uma contenda entre Estado e religião foi resolvido com base em argumentos da ciência. Seja: o Estado arbitrou sobre a religião com base na ciência. Vejam-se os votos (editados) dos Ministros do STF.


Gilmar Mendes: “O país se tornou um pária internacional no âmbito da saúde. Diante desse cenário, faz-se impensável invocar qualquer dever de proteção do Estado que implique a negação à proteção coletiva da saúde. Ainda que qualquer vocação íntima possa levar à escolha individual de entregar a vida pela sua religião, a Constituição de 88 não parece tutelar um direito fundamental à morte”.


Alexandre de Moraes: “O mundo ficou chocado quando morreram 3 mil pessoas nas torres gêmeas. Nós estamos com 4 mil mortes por dia. Me parece que algumas pessoas não conseguem entender o momento gravíssimo dessa pandemia. O Poder Público tem a obrigação constitucional de garantir a liberdade religiosa, mas não pode ser subserviente, não pode ser conivente com dogmas ou preceitos religiosos de uma ou várias fés. Não pode se abaixar aos dogmas, colocando em risco sua própria laicidade e a efetividade dos demais direitos fundamentais, no caso em questão, direito à vida e à saúde. O Estado não se mete na fé. A fé não se mete no Estado”.


Edson Fachin: Não se trata apenas de restrição a reunião em igrejas, mas restrição a todos os locais de aglomeração. Inconstitucional é a omissão que não age de imediato para impedir as mortes evitáveis. Inconstitucional é recusar as vacinas que teriam evitado o colapso de hoje”.


Luís Roberto Barroso: “Nós nos atrasamos em obrigar o uso de máscaras, em fomentar o isolamento e em comprar vacinas. Em triste ironia, muitos negacionistas já deixaram essa vida em razão da pandemia. Fé e ciência são dimensões diferentes da vida. No espaço público, deve vigorar a razão pública. Os fiéis também circulam e podem ser vetores de transmissão”.


Rosa Weber: “A nefasta consequência do negacionismo é o prolongamento da via crucis que a nação está a trilhar, com o aumento incontido e devastador do número de vítimas e o indesejável adiamento das condições necessárias para a recuperação econômica. Diante de evidências científicas, houve sinalização de colapso do sistema de saúde. Liberar os cultos favoreceria a morte, quando deve ser prestigiada e defendida a vida”.


Carmen Lúcia: “Sobram dores e faltam soluções administrativas. O Brasil tornou-se um país que preocupa o mundo inteiro, pela transmissibilidade letal desse vírus. Não é algo que se possa subestimar. É uma situação gravíssima, alarmante, aterrorizante e que realmente demanda um comportamento do Estado”.


Ricardo Lewandowski: “Não há como deixar de optar pela prevalência do direito à vida, à saúde e à segurança sobre a liberdade de culto, até que nós nos livremos dessa terrível pandemia que assola o país e o mundo. Nada impede que fiéis, enquanto perdurarem essas restrições, amparadas em critérios científicos, lancem mão de recursos tecnológicos para exercerem a liberdade de culto”.


Luiz Fux: “O momento de conforto espiritual ao lado de parentes, em número reduzido, mas cada um nos seus lares. É momento de deferência à ciência. Malgrado estejamos num estado democrático de direito, vivemos num estado de calamidade pública. Muito embora a Constituição consagre a liberdade de culto, crença e consciência, admitem-se medidas excepcionais”.


Dos 11 ministros do Supremo, eu trouxe o voto de 8. Todos fundamentados em argumentos da ciência. Dois demais (3), Marco Aurélio ressalta a importância do que nomeou “vacina do isolamento”. Nunes Marques quer templos abertos com fiéis tomando cuidados científicos, desconsiderando que o cuidado científico mais recomendado é o isolamento. Diz que “Mesmo as igrejas estando fechadas, nem por isso estará garantida a redução do contágio”. Um contrassenso, pois o que se garante é que o contágio não aumentará.


“Momento de deferência à ciência” (Luiz Fux, presidente do STF). A ciência, pois, prevaleceu sobre a fé. Bem, mais ou menos, não obstante haver sido um round importante. Prevaleceu nesse caso dos cuidados com o Coronavírus, que assombra a todos pela violência com que se impôs à humanidade, incluindo os crentes, completamente abandonados à própria sorte por sua divindade protetora, o deus semita; ou “abandonados” aos cuidados científicos, quando alguma réstia de ciência os alcança e eles procuram um médico. Bem pensado, isso tem causa:


“O nosso deus talvez não seja um deus muito poderoso, e poderá ser capaz de efetuar apenas uma pequena parte do que seus predecessores prometeram. Não será por causa disso que perderemos nosso interesse no mundo e na vida, pois dispomos de um apoio seguro. Acreditamos ser possível ao trabalho científico conseguir um certo conhecimento da realidade do mundo, conhecimento através do qual podemos aumentar nosso poder e de acordo com o qual podemos organizar nossa vida.


A ciência já nos deu provas de não ser uma ilusão. Ela conta com muitos inimigos por ter enfraquecido a fé religiosa e por ameaçar derrubá-la. É censurada pela pequenez do que nos ensinou e pelo campo incomparavelmente maior que deixou na obscuridade. As pessoas se esquecem de quão jovem ela é, quão difíceis foram seus primórdios e quão infinitesimalmente pequeno foi o período que decorreu desde que o intelecto humano ficou suficientemente forte para as tarefas que ela estabelece.

Existem diversos campos em que ainda não superamos uma fase de pesquisa na qual fazemos experiências com hipóteses que em breve têm de ser rejeitadas como inadequadas; em outros campos, porém, já possuímos um cerne de conhecimento seguro e quase inalterável. Não, nossa ciência não é uma ilusão. Ilusão seria imaginar que aquilo que a ciência não nos pode dar, podemos conseguir em outro lugar” (O Futuro de uma Ilusão, Sigmund Freud, editado.

 


Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.


Psicopatia - O Que Pode Existir por Trás das Máscaras:

O que é um Psicopata? Até que Ponto Nos Deixamos Ser Enganados? O Perigo Pode Estar ao Nosso Lado?


Infelizmente, devido ao isolamento social por consequência da pandemia, está ocorrendo um aumento de casos de violência doméstica, alguns terminando em verdadeiras tragédias, cuja maioria das vítimas são as crianças, agredidas e mortas seja pelos pais biológicos ou não, outras vezes, por algum parente próximo.

Por ser incapaz de se defender de um adulto, a criança torna-se um alvo fácil,  justamente por estar privada do contato externo, seja na escola com os professores ou com outros familiares, ou até mesmo com os vizinhos, que poderiam identificar sinais de violência, ou mesmo a própria criança em poder buscar ajuda.

Mas infelizmente o isolamento traz para essas crianças, um maior risco de sofrer essa violência e até mesmo de perder a vida.

Para entendermos um pouco da origem dessa violência, precisamos levar em conta que agressividade pode acontecer tanto em homens como em mulheres, apresentando sinais já na adolescência ou até mesmo na infância. Vários fatores podem estar envolvidos na ocorrência da agressividade, como o fator genético responsável por alterações cerebrais, histórico infantil violento; conflitos dentro de casa, traumas, abuso sexual e emocional. Pode haver ou não a ocorrência de transtornos psiquiátricos, incluindo a psicopatia.


Segundo a Dra. Aline Machado Oliveira, Psiquiatra e Psicoterapeuta Junguiana, se a agressividade for identificada na infância, como em crianças que são cruéis com animais ou que ferem outras crianças, é preciso buscar acompanhamento psicológico e psiquiátrico pois, nesta fase, pode ser possível reverter a agressividade da criança e evitar que, no futuro, ela desenvolva a psicopatia.

Casos recentes de violência extrema, envolvendo crianças, se tornaram populares e vem causando comoção em todo o país. São verdadeiras tragédias que revelam o perfil psicopata por trás de pessoas aparentemente comuns, com boa posição social ou financeira. Apesar das caraterísticas reconhecíveis, não é fácil identificar um psicopata, podendo este facilmente se esconder atrás de uma máscara de aparente normalidade.

A psicopatia é um transtorno mental grave, onde o indivíduo pode apresentar comportamentos amorais sem nenhuma demonstração de remorso ou arrependimento, podendo ser também antissocial. O psicopata não tem nenhuma empatia ao ver a dor do outro, assim não consegue desenvolver vínculos afetivos profundos. Além do extremo egocentrismo, ele também não consegue aprender com as experiências. São pessoas narcisistas e com grande poder de manipulação, mentindo e fingindo as próprias emoções.

Não existe tratamento para um psicopata, e a melhor forma de proteger a sociedade destas pessoas é a sua prisão. Porém, existem diferentes graus de psicopatia, logo nem todo psicopata cometerá crimes, podendo conviver em sociedade sem que jamais alguém suspeite de sua condição. Como exemplo, cito aquelas pessoas que costumam mentir, enganar e manipular as outras pessoas para obter vantagens, seja em seu meio familiar ou no trabalho – esclarece a Dra. Aline Machado Oliveira.


O psicopata costuma ser sedutor e possui alto grau de convencimento. Outro exemplo são os estelionatários, que mentem para obter dinheiro das outras pessoas, como aquelas pessoas que vendem falsos bilhetes premiados ou aquelas que fingem estar em um relacionamento amoroso para obter vantagens financeiras. Ou seja, existem psicopatas que cometerão atos que não são considerados crimes, embora sejam atos imorais, e outros que cometerão crimes como assassinatos e estupros.

Precisamos conversar sobre a psicopatia para que todos tenhamos conhecimento de que estas pessoas existem e podem parecer pessoas comuns, convivendo com aparente normalidade entre nós. Devemos estar preparados para protegermos nossos filhos que, por serem crianças, têm menos capacidade para se defender. É preciso que sejamos muito criteriosos com relação às pessoas com as quais nos relacionamos e que permitimos que convivam conosco e com nossa família – finaliza a Dra. Aline Machado Oliveira.

 



Dra Aline Machado Oliveira - médica psiquiatra e especialista em Psicoterapeuta Junguiana. Membro da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul e da Associação Brasileira de Psiquiatria, atua há mais de 9 anos com psiquiatria clínica e psicoterapia.

Atendimentos presenciais na cidade de Lajeado, RS e Online para todo o Brasil.

www.psiquiatralineoliveira.com.br

instagram: @fala_psiquiatra

Canal Youtube: www.youtube.com/falapsiquiatratv


COMO A AUTOESTIMA PODE INTERFERIR NA VIDA DAS PESSOAS

Referência na área da moda, Anne Garcia fala sobre o processo de autoconhecimento e a importância de trabalhar a autoestima


Nem todos os dias as pessoas acordam se sentindo maravilhosamente bem, alegres ou de bem com o espelho. Logo, quando isso acontece, a tendência é gerar estresse, mau humor ou frustração ao longo do dia. Mas você já parou para pensar na relação entre beleza e autoestima? Quando as pessoas se sentem bem e bonitas, a autoestima tende a ser mais elevada, gerando sensação de bem-estar, autoconfiança e determinação. A estilista e empresária Anne Garcia, considerada referência na área da moda, fala sobre o assunto e traz dicas para aumentar a autoestima.

Com a expansão das redes sociais e seu mundo de aparências, muitas pessoas acabam se frustrando ao ver vidas perfeitas e, principalmente, padrões de beleza que só existem virtualmente, o que acaba ocasionando baixa autoestima para quem acompanha a rotina de famosos e blogueiras. "As pessoas que estão com a autoestima baixa tendem a procurar modelos para seguir e se sentirem mais confiantes, pois elas não acreditam em si e copiam o que a sociedade impõe. Muitas vezes uma pessoa vive um estilo de vida que não quer ou, até mesmo, não pode ter, somente para agradar aos outros e não ser julgado. Pensam que vivendo os padrões impostos serão mais felizes e autoconfiantes", comenta a empresária e estilista.

Para Anne, é importante que as pessoas separem um tempo para o cuidado da saúde mental. "Temos que nos cuidar de dentro para fora. Você tem que estar bem com você mesma. Você deve ouvir e entender os sinais do seu corpo e da sua mente, encontrar os seus pontos fortes e fracos, e usar isso a seu favor. Aceitar que ninguém é perfeito é extremamente essencial para a nossa autoestima", completa.

Além de trabalhar a saúde mental, é importante manter amizades positivas, pois estar ao lado de pessoas que te frustram e te colocam para baixo pode causar baixa autoestima, gerando sentimentos ruins, como infelicidade, incapacidade, falta de confiança e inferioridade. "Temos que focar no que nos faz bem e evitar o que nos faz mal. Para isso, é importante o processo de autoconhecimento. Parece fácil, mas exige um treinamento diário e constante. Pratique atividades físicas, se alimente bem e lembre-se de que o mais importante nessa vida é sermos felizes", finaliza a estilista.

 


Anne Garcia - é uma jovem empresária ítalo-brasileira, estilista e divide a vida entre a Itália e o Brasil por conta de seus diversos empreendimentos. Vive há mais de 15 anos na Itália, onde adquiriu conhecimento e experiência em moda. Em Firenze, umas das capitais da moda, estudou técnicas handmade (confecção de peças artesanais) e os segredos do trabalho com couro. Em 2013, lançou biquínis de luxo com detalhes em ouro e diamantes, para a alta sociedade italiana e árabe. Atualmente, na Itália, possui uma produtora de filmes independentes chamada PONNTO PRODUCTION. No Brasil, é sócia-fundadora da criptomoeda BIT R. Além disso, também investe no ramo imobiliário e agronegócios

Instagram: @annexgarcia
@cryptobit_r


Afastamento por transtornos mentais cresce na pandemia

O desafio das empresas é ajudar a melhorar a saúde física e mental dos trabalhadores


Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou desde o início da quarentena. E o reflexo desse problema afetou diretamente as empresas: a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais bateu recorde no ano passado. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, foram registrados 576,6 mil afastamentos, uma alta de 26% em relação a 2019. “As empresas são um retrato da sociedade. Os efeitos da pandemia atingem em cheio o mundo corporativo e as companhias têm pela frente o desafio de cuidar da saúde mental dos seus colaboradores”, explica o psicólogo especializado em Crises e Emergências e especialista em RH Alexandre Garrett.

Garrett conta que os profissionais de RH de diversas empresas identificaram um aumento de problemas de saúde dos seus colaboradores em home office e estão implantando programas de qualidade de vida para ajudar a vencer os desafios da quarentena. “Médicos do trabalho estão fazendo alerta aos seus RHs sobre problemas detectados que variam desde um aumento de peso a ansiedade e altos índices de sedentarismo. Eles ressaltam a necessidade de fazer um mutirão para acalmar os ânimos e desânimos das suas equipes”, alerta o especialista.

 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar
mental piorou desde o início da quarentena

Depositphotos


O psicólogo conta que a ansiedade e a depressão atingem muitos trabalhadores em home office. “Não é somente o modelo de trabalho virtual, muitas vezes cansativo e longo, mas a convivência com os familiares em momentos de estresse coletivo pelas notícias das mortes e de pessoas infectadas pela covid. Tudo isso colabora para agravar o problema”, observa.

Para mudar esse quadro, os setores de RH estão investindo em programas virtuais de qualidade de vida. “Muitos contratam empresas que oferecem apoio psicológico a distância, orientação nutricional e professores de educação física para incentivar a prática de exercícios”, comenta. Segundo Garrett, o papel do médico do trabalho também é essencial para orientar os colaboradores sobre bons hábitos alimentares e de saúde. ¨As queixas mais comuns são de irritabilidade, má qualidade do sono e estresse, pois o desejo geral das pessoas é voltar a ter uma rotina normal como antes.

Mas isso só será possível com a vacina, e o processo de vacinação ocorre em um ritmo muito lento. Até que a população esteja vacinada, teremos que aprender a viver nessas condições e redobrar os cuidados com a nossa saúde física e mental”, afirma Garrett.

 



Alexandre Garrett - psicólogo especializado em Crises e Emergências e especialista em RH


Você é um hiperfuncionante?

Esse nome pode soar estranho, mas o fato é que esse pode ser o seu perfil. O hiperfuncionante é aquele que toma todas as atividades para si. Não só as de sua responsabilidade, mas a dos outros também. Geralmente, essas pessoas têm muita energia, são organizadas, ágeis e de fato têm facilidade e competência para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, resolver vários problemas. No entanto, esse tipo de comportamento trazer consequências negativas tanto para você como para todos ao seu redor.

Primeiro porque, certamente, você se sente sobrecarregada, acaba gastando muito da sua  energia para realizar atividades relacionadas as outras pessoas e sempre acaba  reclamando que está cansada, que tudo sobra para você e que todos dependem de ti para que as coisas fluam.

Outro ponto negativo desse excessivo senso de contribuição é que quando você faz pelo outro, você tira dele a oportunidade de aprender e o problema acaba voltando sempre para você. Assim, criam-se ciclos de incompetentes ao seu redor. São os chamados braços curtos, seja na família ou no trabalho. Na família, pode ser uma mãe que faz tudo pelos filhos ou pelo marido, tirando a autonomia deles, e no trabalho, aquele que faz tudo por todo mundo e sempre é muito requisitado. Mas nesse caso, quando você se sente sobrecarregado e não consegue resolver um problema, ainda corre o risco de receber cobranças, uma vez que os outros já se acostumaram com aquele padrão de comportamento e não querem e nem sabem resolver o problema. É a famosa ingratidão. Ou seja, você faz por eles, não há reconhecimento e sobram cobranças.

O hiperfuncionante costuma estar sempre de cabeça cheia, sem tempo para cuidar de si mesmo, como ir ao médico, por exemplo, e geralmente está acima do peso, sem dar muita importância para sua saúde e qualidade de vida.

Se você se enquadrou nessas características, a dica é parar e perguntar: esse problema é meu? Essa atividade é minha? Caso não seja, retire-os da sua lista e dê espaço para o outro fazer e aprender. Ajude se for requisitada.

O exercício de perguntar ao cérebro sobre o que realmente é de sua responsabilidade é importante para descontruir um vício de comportamento, para colocar filtros e evitar as ações automáticas. No fundo, o cérebro do hiperfuncionante acha que ele ganha alguma coisa ao tomar a função do outro para si (me torno necessário, me supervalorizo, crio dependência, evito rejeição), pois esse comportamento está ligado diretamente com a autoestima. Pode trazer algum prazer no curto prazo, mas não se sustenta quando o ‘multitarefa’ cai na rotina.

Sempre digo que o medo do hiperfuncionante é ‘pifar’. Portanto, a grande dica de ação para essa problemática é: o que não é meu devolver para quem é de responsabilidade. Dessa forma, você vai guardar energia para suas atividades, melhorando seu bem-estar e seu rendimento em todas as áreas da sua vida.

 


Karin Panes - treinadora comportamental, Master Coach especialista em Psicologia Positiva, Neurocientista e CEO da Ato Solutions, empresa especializada em Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano.


Transtornos psíquicos que podem afetar as crianças em meio a pandemia

Na lista de perguntas que as crianças fazem aos adultos, entraram mais alguns itens nos últimos tempos: o que é o Coronavírus? Porque temos que ficar em isolamento social? O que é quarentena?

Imagina a mente dos pequenos com tanta informação, dúvidas e sendo obrigadas a ficar em casa e ter sua rotina totalmente modificada, sem o contato com a escola e com os amigos. Sem poder sair para brincar ou ir as festas, onde mantinham uma vida social sadia, gastando energia e interagindo com as pessoas. E ainda sendo obrigados a se adaptar a uma nova rotina em função de um “tal vírus”.

Desta forma, o fato de estarem confinados em casa, limitados em suas ações, tem trazido, para muitos, mudança de humor e de comportamento que começam a assustar os pais e responsáveis. Relatos demonstram que a sobrecarga emocional em meio a estas mudanças sociais está alterando bastante a relação pais e filhos.

Ao sair de sua zona de conforto e serem confrontados com o medo, dúvidas e muitas informações, é natural que o comportamental abalado seja percebido. Uma vez que, a intensidade das emoções é muito grande e elas nem sempre possuem condições cognitivas de se expressarem em palavras. Diante do turbilhão de emoções, a observação destas mudanças na fala e no gestual, pode auxiliar os pais a perceberem o quanto o momento atual está impactando os filhos.

Transtornos de ansiedade, angústia, medo excessivo, choro sem explicação, alterações bruscas de humor, oscilação no apetite, irritabilidade e agressividade incomuns e até alterações no sono são alguns sinais de alerta aos responsáveis de que algo está em desequilíbrio. As emoções e sensações internas passam a ser manifestadas pelo corpo - já que expressar pela linguagem nem sempre é de domínio das crianças.

Os pais devem estar atentos a estas alterações comportamentais e buscar meios de amenizar a tensão do momento. Um erro muito comum é tentar proteger a criança, escondendo as informações. Esta atitude não ajuda e conflita com a facilidade que hoje as crianças possuem de, através dos meios eletrônicos, obterem as notícias. O ideal é ser transparente com seu filho. Falar sobre o vírus e os motivos pelos quais temos a necessidade do isolamento, sem levar medo ou pânico. De forma lúdica, introduza o assunto e mostre que é uma situação momentânea, mas necessária para que possamos voltar a realizar, de forma saudável, as nossas atividades.

Acolha seu filho, leve carinho e busque ouvir mais. A oportunidade do isolamento nos dá a chance de desacelerar e olhar mais a nossa volta, podendo dar ás crianças condições de expressar melhor seus sentimentos.

Um ambiente harmonioso é possível - desde que os pais também estejam se cuidando mentalmente. O momento atual, onde todos estão juntos, pode estimular a criatividade, estimular brincadeiras em conjunto, melhorar o diálogo e facilitar a aproximação e o convívio da família.

Portanto, o isolamento social em função da pandemia está modificando rotinas e comportamentos, tanto dos adultos quanto das crianças. Aproveite para abrir o diálogo com seu filho e permita-se perceber suas emoções e sentimentos. Sensações que a rotina sempre nos roubou. Minimize o medo e a angústia mostrando o quanto o sacrifício é necessário para se evitar o contágio pelo vírus. Assim, o dia poderá ficar mais divertido se desenvolverem atividades juntos e incluírem um pouco mais de leveza, diálogo, cumplicidade e harmonia no dia a dia da família.

 



Dra Andréa Ladislau * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites.


Para ajudar no desconforto postural, pessoas têm procurado ajuda da Quiropraxia

 Um ano de home office, dores pelo corpo e má postura preocupam especialistas

 

Depois de um ano de Home Office, uma reclamação é constante: dores pelo corpo. O desconforto muitas vezes é motivado pela má postura, sobrepeso, falta de água e pelo sedentarismo. Para auxiliar, muitas pessoas têm procurado ajuda de médicos e especialistas, como é o caso dos Quiropraxistas.

Reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a quiropraxia é uma profissão que tem foco na melhora de todo sistema neuro musculoesquelético, o que por consequência, trata e corrige a má postura e diversas desordens que causam problemas de saúde, isso se dá por meio de técnicas e aplicação de ajustes em diferentes partes do corpo, restaurando assim o alinhamento natural da coluna e otimizando o funcionamento em sua integralidade. “Muitos desconfortos são causados por um mau funcionamento das vértebras, seja por má posição, ou por uma conesiopatologia (ao se movimentar a vértebra não o faz corretamente) isso causa uma disfunção e uma má comunicação entre o sistema nervoso e o resto do corpo. O sistema nervoso se divide em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico, são responsáveis por controlar a respiração, os batimentos cardíacos, a digestão, entre outros”, explica Diego de Toledo, Quiropraxista e diretor da clínica Kumara Chiropratic Health Life.

Com a quiropraxia é possível identificar o problema e tratá-lo de forma adequada. O profissional faz o diagnóstico, após avaliar e testar todo o organismo, e o histórico do cliente, são realizados os ajustes, utilizando a técnica mais indicada. Os ajustes melhoram a nutrição celular e a circulação local, gerando resultados rápidos, no alívio das dores e eventualmente a médio prazo, no sistema cardiovascular, cardiopulmonar, endócrino e até mesmo nos sistemas circulatório e digestivo.

A Quiropraxia contribui ainda na recuperação do foco mental, uma vez que quando o sistema nervoso está em desiquilíbrio, aumenta a irritabilidade e ocasiona a perda da concentração. Também melhora a mobilidade, já que se ganha amplitude de movimento através dos ajustes. “Eliminamos qualquer restrição que exista nas vértebras, desde que ainda não exista danos irreversíveis, nos ossos e tecidos” diz o Quiropraxista.

Segundo Toledo, a quiropraxia faz com que o organismo funcione melhor, pois a disfunção articular causa uma compressão nos nervos, discos, e, interferindo na transmissão das informações do cérebro para nosso corpo. “Com os ajustes, tiramos essa compressão, aliviando os sintomas de dor, irradiação, formigamentos e, consequentemente, melhoramos a função do sistema nervoso, que passa por toda extensão da coluna até os membros, tecidos e órgãos”, conclu.

 

 

Kumara Chiropractic Health Life


Dia da Tontura(22/4). A doença atinge 30% população mundial

“Sim, somos ainda poucos neurologistas capacitados para análise e tratamentos. Infelizmente, o termo “labirintite” vulgarizou a patologia, pois há mais de 40 tipos de doenças por trás de cada sintoma”, reflete Dr. Saulo Nader, neurologista e membro titular da ABN – o médico foi apelidado pelo carinhosamente pelos pacientes e internautas como Doutor Tontura.    

Segundo Nader, em pesquisas recentes cerca de 30% da população mundial sofre de tontura ao longo da vida (dados brasileiros apontam até 42%). O médico ressalta ainda que milhares de pessoas recebem diariamente diagnósticos erroneamente descritos como labirintite.  

“A tontura também é sintoma do terrível inimigo invisível, COVID-19. Ano passado, estudos internacionais apontaram que 16% dos pacientes tiveram algum episódio neste sentido. Recentemente, a revista especializada Lancet Psychiatry publicou que um em cada três infectados tiveram alterações neurológicas em até seis meses depois do ocorrido.  AVC, perda de memória, ansiedade e depressão foram as mais frequentes”, explica o neurologista. 

 

Isolamento x tontura 

E neste momento de quarentena e isolamento social, o emocional das pessoas está muito abalado, consequentemente, as pessoas mais propensas podem sofrer, por exemplo, de tontura perceptual.  

“Ela está muito correlacionada com ansiedade ou estresse excessivo, acompanhada de sintomas como sensações diferentes na cabeça, piora da tontura em ambientes com muita poluição visual ( agora esse pânico de ser infectado na rua, nos supermercados), atordoamento, mal estar e insegurança, receios de caminhar mesmo dentro de casa. Com o tempo, as pessoas viram reféns da tontura delas, e se privam de fazer muitas coisas, impactando totalmente em sua qualidade de vida”, finaliza Doutor Tontura.

 

 

 

Dr. Saulo Nardy Nader - Um dos principais neurologistas do Brasil dedicados aos estudos e tratamentos das doenças Vertigens, Tonturas e Desequilíbrios (as erroneamente conhecidas como “labirintites”). Engajado nas redes sociais por levar informação de credibilidade para toda sociedade brasileira sobre essa temática, o médico foi apelidado carinhosamente pelos seus inúmeros pacientes e internautas como Doutor Tontura. Nader em seu canal do YOU TUBE “NeurologiaePsiquiatria TV”: Atualmente, é chefe de equipe de internação do Hospital Israelita Albert Einstein e Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Além das palestras e aulas comandadas periodicamente durante o ano em Congressos e no HCFMUSP, o médico atua na coordenação do Departamento Clínico de Vertigem da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).


Cirurgias bariátricas devem ser realizadas mesmo com pandemia?

Dr. Daniel Riccioppo releva impactos da não realização do procedimento neste momento


Ainda que a rede pública e particular estejam sobrecarregadas por conta da pandemia de Covid-19, alguns procedimentos como a cirurgia bariátrica precisam de atenção e em muitos casos, a não realização do procedimento pode impactar negativamente a saúde das pessoas.

É o que diz o artigo publicado pelo periódico científico The Lancet escrito por 23 cientistas, inclusive um brasileiro, que identificou em muitos casos o adiamento da cirurgia pode implicar em malefícios para a saúde.

O gastrocirurgião Daniel Riccioppo aponta para a relação que a obesidade possui entre outras comorbidades. "O excesso de peso em si está relacionado a doenças cardiovasculares, hipertensão, doença renal e até câncer. Pessoas com obesidade severa que tem diabetes grave, descontrolada, por exemplo, não deveriam adiar a cirurgia mesmo com a pandemia, desde que respeitando-se as determinações vigentes do protocolo governamental", disse. "A perda de peso significativa que ocorre nos primeiros meses após a cirurgia, assim como a rápida melhora das doenças associadas à obesidade, poderiam inclusive diminuir riscos relacionados a uma possível infecção futura pelo vírus da covid-19".

Devido a isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que cirurgia bariátrica devem continuar com os seus procedimentos e serem feitas, de preferência, em instituições que atendam aos casos de Covid-19 em salas cirúrgicas isoladas e ambiente controlado.

De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), com base no DataSUS do Ministério da Saúde, 63% dos óbitos por Covid-19 estão associados a pessoas com doenças associadas à obesidade, como o diabetes, hipertensão e cardiopatias. Por isso, a continuidade do procedimento da bariátrica é fundamental neste  momento.



Daniel Riccioppogastrocirurgião. Formado em medicina em 1998 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, possui Doutorado pela USP em Cirurgia Digestiva na área de Cirurgia da Obesidade. É cirurgião da Unidade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, onde é responsável pelo ambulatório de reganho de peso e cirurgia revisional após cirurgia bariátrica.


O jejum intermitente é uma opção de dieta para pessoas com diabetes e doenças da tireoide

Especialista alerta para acompanhamento profissional

 

Diabetes, doenças tireoidianas e obesidade podem ter indicação do jejum intermitente, dieta que conquistou milhares de pessoas e que vem sendo difundida devido aos resultados rápidos de perda de peso.

Um dos pontos positivos do jejum intermitente é a praticidade, ou seja, é uma estratégia mais simples para se encaixar na rotina, já que é mais fácil controlar quantas horas a pessoa fica sem se alimentar do que contar calorias.

Além da perda de peso, para quem gosta de comer muito à noite e tem refluxo, por exemplo, o jejum intermitente é uma boa estratégia, já que ocorre uma melhora significativa nos sintomas de refluxo.

Porém, segundo a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato, o jejum intermitente está contraindicado para pessoas com diagnóstico de hepatopatia grave, doenças crônicas graves assim como a maioria dos cânceres.


Como fazer – A periodicidade por semana vai depender de quantas horas dura o jejum, do perfil do paciente e o que se adequa à rotina de vida dele. “O jejum deve ser iniciado quando a pessoa achar que faz sentido para ela e que a faz sentir bem, mas é fundamental que tenha a orientação de um profissional nutricionista ou endocrinologista para iniciar esse tipo de dieta”, alerta Dra. Lorena.

 

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Mês marrom: até 60% dos casos de cegueira podem ser evitados

Especialista reforça a importância de manter-se atento à saúde ocular, adotando hábitos capazes de melhorar as condições de saúde da visão e tratar eventuais problemas

 

Estamos no Abril Marrom. Data criada em 2016 e destinada a conscientização da população para prevenção, diagnóstico, tratamento precoce e reabilitação da cegueira. A catarata, por exemplo é uma das principais causas de deficiência ocular e cegueira no Brasil e no mundo. Estima-se que 65 milhões de pessoas tenham essa doença, segundo censo realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em 2019. Outras condições oculares, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, correspondem a 49% das doenças visuais em todo o mundo. Mas o dado que mais chama a atenção é de que 60% dos casos de cegueira têm como ser prevenidos.

O médico oftalmologista Fábio Kira Ora comenta algumas das doenças mais recorrentes entre os brasileiros, como a catarata e a miopia, e quais são os tratamentos indicados e práticas preventivas. Veja a seguir.



Catarata, a principal causa de cegueira no mundo

Geralmente a catarata surge quando ocorre o envelhecimento natural do cristalino, que é como se fosse uma lente dentro do olho. Essa doença se desenvolve e compromete a visão. 

“A catarata é mais comum a partir dos 55 anos porque está associada ao envelhecimento, mas também existem outras causas para a doença, como traumatismo nos olhos, complicação de alguma outra condição ocular, o uso inadequado de medicações, excesso de exposição solar e até diabetes", destaca o Dr. Ora, especialista em catarata. 

O tratamento é a cirurgia, que não é indicada em todos os casos. Só um profissional pode indicá-la mediante a testes e exames.



Miopia, a dificuldade para enxergar longas distâncias

As pessoas com miopia têm dificuldade em enxergar a longas distâncias. As causas da doença são variadas, mas a exposição excessiva e muito próxima de telas de computadores, smartphones e outros dispositivos pode comprometer a saúde ocular. A falta de luz do sol e luz natural também podem agravar a situação. 

Como essa é uma doença tratável, é importante visitar rotineiramente um oftalmologista para avaliar a saúde da visão e identificar a oportunidade de adotar melhores hábitos. “Para quem constata a miopia com alto grau e não se adapta ao uso de óculos ou lentes de contato e não pode ser submetido a uma cirurgia a laser na córnea, as cirurgias refrativas são as mais indicadas”, destaca o especialista. “Uma ótima sugestão é recorrer à tecnologia de ponta das lentes implantáveis e com menor risco, como a Evo Visian ICL (implantable contact lens), da Advance Vision.  Em geral, o cirurgião de catarata é o profissional com maior expertise para fazer esse tipo de implante de lente ICL, pois ele já está habituado a trabalhar com esse modelo técnico de procedimento”, finaliza.

 

 

 

Advance Vision

 

Em 2020, acidentes de trabalho registraram mais de 16 mil casos

Números referem-se apenas aos membros superiores, partes do corpo mais sujeitas a acidentes; SBCM alerta para prevenção


A data de 28 de abril é marcada pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e as estatísticas mostram cenário alarmante: a cada minuto, uma pessoa se machuca no Brasil durante o serviço.

Dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do governo federal, mostram que, em 2019, ano pré-pandemia, foram concedidos 44.632 auxílios doença por acidente de trabalho, envolvendo os membros superiores, como as mãos, que estão entre as partes do corpo mais sujeitas a acidentes. Em 2020, ano em que muitas atividades pararam temporariamente e o home office teve grande adesão, os números caíram mais da metade, mas ainda assim, são relevantes: 16.278 casos, o que equivale a 44 acidentes por dia.

“Os acidentes nos membros superiores são bastante comuns, principalmente pela exposição dos mesmos, pois eles são nosso instrumento de trabalho, com as quais manejamos as máquinas e instrumentos, ao mesmo tempo que é com eles que nos protegemos”, ressalta o presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão), Dr. Henrique de Barros Pinto Netto. “Muitas vezes, o uso incorreto dos equipamentos de proteção individual ou o não uso dos mesmos aumenta o risco de lesões.  As mãos e punhos têm estruturas complexas, de grande importância em nosso corpo, pois são formados por muitos ligamentos, ossos, nervos que propiciam sensibilidade e comandam os movimentos dos músculos e tendões, importantes artérias que irrigam os membros, bem como a cobertura cutânea de todas estas estruturas. Por essas razões, são muitas as lesões que podem levar ao afastamento no trabalho”, acrescenta.

O especialista pontua que a maior incidência dos acidentes e traumas das mãos e de demais partes dos membros superiores atinge a população economicamente ativa e o afastamento dessas pessoas de suas atividades provoca um sério impacto econômico-social. “Além do trauma físico e a limitação que isso pode causar na pessoa, outro problema que envolve a questão é o custo desse tipo de acidente que, em boa parte dos casos, englobam o atendimento médico e tratamento, indenização do acidentado, horas perdidas no trabalho e substituição do funcionário. Todos esses pontos acarretam em custos para o governo, para a empresa, mas principalmente para o trabalhador acidentado, que será afastado de seu trabalho, causando um impacto econômico em sua casa e, em casos de acidentes mais graves, carregará as sequelas para o resto da vida”, fala o especialista.

O presidente da SBCM salienta que é fundamental que haja uma ação dupla de conscientização, tanto por parte das empresas, seguindo rigidamente as normas de segurança, fazendo treinamentos e manutenção nos equipamentos, quanto por parte do trabalhador, também cumprindo as normas de segurança, utilizando corretamente os equipamentos de proteção, além de redobrar a atenção. “As mãos são essenciais para qualquer coisa que fazemos, por isso, o máximo de cuidado com elas é fundamental”, conclui Dr. Henrique.

 



SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/


Implante de prótese de joelho elimina a dor e devolve a mobilidade e a qualidade de vida aos pacientes com osteoartrose

A imagem não representa um paciente real

 

Com o avanço da tecnologia, medicina robótica auxilia os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida no pós-operatório


A osteoartrose, também conhecida como osteoartrite ou artrose, é caracterizada pela degeneração progressiva das diversas estruturas da articulação do joelho, incluindo a cartilagem, superfície óssea, ligamentos e meniscos. De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), é considerada a mais prevalente doença musculoesquelética e atinge cerca de 4% da população brasileira. Para os casos mais avançados, a artroplastia total do joelho, ou implante de prótese ortopédica, é a melhor opção de tratamento, mas muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o procedimento.

Embora a artrose esteja mais relacionada ao avanço da idade - entre 70% e 80% da população com mais de 65 anos possui a enfermidade, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) -, tem sido observado casos cada vez mais precoces. Por isso, as recomendações para a cirurgia se baseiam na dor e na limitação de movimento do paciente e não na idade. Um levantamento da SBOT aponta que, entre a população jovem adulta, cerca de 20% dos indivíduos na faixa dos 30 anos foram diagnosticados com a doença até 2017. As principais causas são a obesidade e o excesso de exercícios físicos de alto impacto e repetitivos, que levam ao desgaste da articulação do joelho.

Os sintomas mais comuns da osteoartrose são dores, rigidez e dificuldade nos movimentos, pois a cartilagem que amortece os ossos do joelho amolece e se desgasta, resultando em atrito entre os ossos. As cirurgias para implante de prótese têm sido realizadas com sucesso em todas as idades, dos adolescentes com artrite juvenil aos pacientes idosos com artrose degenerativa, propiciando a melhora da função, redução da dor e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida do paciente.

Com o avanço da tecnologia, a medicina robótica passou a auxiliar os cirurgiões a ter a máxima precisão nos procedimentos de artroplastia total do joelho, possibilitando uma recuperação mais rápida do paciente, assim como o retorno à rotina de atividades diárias, no pós-operatório. Entre as premissas de uma artroplastia de sucesso está a precisão submilimétrica nas incisões para a substituição da articulação. Recém-chegado ao país, o ROSA® Knee System, um sistema cirúrgico assistido por robô, tem ajudado os cirurgiões a otimizar a eficiência do planejamento e execução das cirurgias.

Desenvolvido pela multinacional americana Zimmer Biomet, o sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas, permitindo que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar os instrumentos cirúrgicos com grande precisão, durante os procedimentos. "Com o ROSA® Knee System, esperamos cumprir nossa missão com os pacientes do Brasil. Nosso objetivo é oferecer soluções que, aliadas ao trabalho das equipes médicas, possam ajudar as pessoas a viverem melhor, recuperando sua mobilidade e qualidade de vida", afirma Thais Carneiro Martins, gerente de produtos da Zimmer Biomet Brasil.

 

Sobre o ROSA® Knee
O ROSA® Knee é um sistema cirúrgico assistido por robô, projetado para ajudar os cirurgiões na realização da cirurgia de substituição total do joelho, com recursos para auxiliar nas ressecções ósseas, bem como avaliar o estado dos tecidos moles para facilitar o posicionamento do implante no período intraoperatório. O sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos. O ROSA® Knee apresenta o protocolo de imagem X-Atlas™ - que fornece imagens pré-operatórias baseadas em raios-X para criar um modelo 3D e plano da anatomia óssea de um paciente - e mapeamento intraoperatório em tempo real da anatomia e movimento de um paciente, para ajudar os cirurgiões a personalizarem procedimentos e otimizarem a colocação do implante.



Zimmer Biomet
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