Em todo o país, os crimes cibernéticos registraram um
aumento significativo. Segundo uma pesquisa realizada pela desenvolvedora de
aplicativos de segurança PSafe,
cerca de 8,5 milhões de brasileiros já foram atingidos pelo golpe do WhatsApp
clonado. Além disso, por dia, cerca 23 pessoas são vítimas de falsários. Por
isso, é preciso ficar atento e ter cuidado redobrado com senhas, redes
inseguras de Wi-Fi e atualizações de plataformas digitais.
O especialista em segurança pública e
privada Leonardo Sant’anna relata que, normalmente, os criminosos se passam por
amigos ou familiares após clonarem os celulares para pedir dinheiro para as
pessoas que compõem sua rede social.
Somente no primeiro semestre de 2019,
foram registradas mais de 134 mil tentativas de roubo de WhatsApp em todo o
país. Em muitos casos, o golpista pode usar o conteúdo das mensagens para fazer
chantagens com a vítima em troca de dinheiro.
Dicas de segurança
Geralmente, muitos internautas ignoram
cuidados com instruções de sistemas para criação de senhas mais complexas (com
letras e números) ou entram em redes de Wi-Fi públicas, sem a mínima segurança.
"O cuidado deve ser preventivo. Quanto menos você se previne, menos
atualizações realiza, você se descuida. Um exemplo, é a entrada de uma rede de
Wi-Fi, que percebemos que é mais barata. A pessoa não quer gastar o pacote de
dados, mas se torna vulnerável a esse tipo de delito no formato digital com
muita amplitude", ressalta Leonardo.
Em caso de senhas, umas das dicas é
usar frases com conteúdo pessoal e deixá-la disponível para consulta sempre que
precisar. No caso das redes de Wi-Fi, umas das dicas é ativar a verificação em
duas etapas para reforçar a segurança da conta e evitar conectar o celular em
redes Wi-Fi desconhecidas. Se possível, instalar um aplicativo para proteger o
mensageiro com senha.
Algumas redes sociais, apresentam
códigos de segurança. No Facebook, o procedimento é feito por meio de uma
confirmação através de SMS. Já o Google, por sua vez, é possível realizar
essa etapa após digitar a senha, inserindo um código de verificação exclusivo
que é enviado para o smartphone do usuário.
De acordo com o Sant’Anna, o usuário
jamais deve informar a terceiros o código de liberação de acesso do WhatsApp.
“É importante ativar a verificação em duas etapas para reforçar a segurança da
conta e evitar conectar o celular em redes Wi-Fi desconhecidas. Se possível,
instale um aplicativo para proteger com senha”, completa o especialista.
Crime
A advogada Hanna Gomes, do escritório Kolbe Advogados Associados, explica que todos
os crimes, que são praticados em plataformas digitais, são considerados delitos
cibernéticos. Segundo ela, esta modalidade não têm regulação específica. Porém,
o código penal abrange todas as possibilidades que podem ser perpetrados pela a
via informatizada.
"Tanto calúnias, difamações,
injúrias, estelionatos, fraudes, como extorsões das mais diversas podem ser
encaminhadas via internet. Mas as delegacias especializadas têm conseguido
chegar aos autores dos crimes", explica a Hanna.
A especialista ainda enfatiza "Por
isso, se você é vítima, denuncie! Busque profissional qualificado e vá até as
autoridades policiais para assegurar o seu direito".